o santabranquense - edição 802

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O SantaBranquense Santa Branca, 22 de maio de 2012 R$ 1,00 Nº 802 28 ANOS 6.000 exemplares Santa Branca comemora 180 anos com desfile e fanfarra O Artesanato na Cidade Presépio Celso Simão recebeu o Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Silvio Peninck, e o membro da Comissão eleita Alexandre de Oliveira, dos trabalhadores da Wirex Cable para falar sobre a atual crise da empresa. A entrevista foi ao ar no “Jornal das Oito” da Rádio SB 106 onde os entrevistados expuseram a atual situação da empresa. Plenaryum e página 16 Celso Simão entrevistou Sindicalistas da Wirex Cable na SB106. Fábrica volta a funcionar normalmente e tranquiliza a população. Entrevistamos o “artesão” Antonio Jose Ferreira, adepto da arte de confecções de peças com bambu ou taquara poca, conforme é conhecido na zona rural. Página 16 Equipes masculina e feminina do vôlei adaptado participam de torneio na cidade de Jacareí As equipes masculinas e femininas de vôlei adaptado de Santa Branca participaram do torneio em Jacareí neste sábado dia 05 de maio de 2012, a equipe femi- nina conquistou o 3º lu- gar e a masculina ficou em 2º lugar só perdendo para São José dos Cam- pos, sob o comando foi do tenente Luis Faustino Rodrigues. Página 4 12 de maio, Dia do Enfermeiro Em Santa Branca a exem- plo de milhares de municípi- os no Brasil, temos um qua- dro significativo de profissi- onais que dedicam parte das suas vidas a cuidar da saúde dos enfermos, pessoas idosas, portadoras de necessidades especiais e na saúde pública nos mais variados setores. Página 13 Após quase 30 anos, nosso Município terá de volta os desfiles cívicos com fanfarra e muita alegria. A fanfarra é dirigida pelo maestro Lucas Naressi desde o dia 29 de março deste ano. Acontecerá também uma bela coreografia dirigida por Liliane Guedes, com 50 participantes da linha de frente da fanfarra, além dos 40 músicos dividos em trompete, trambone, bombardino e percussão. Leia na página 14 a história do Município, Bandeira e Brasão de Santa Branca.

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Edição de número 802 do jornal "O Santabranquense"

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Page 1: O Santabranquense - Edição 802

O SantaBranquense Santa Branca, 22 de maio de 2012 R$ 1,00 Nº 80228 ANOS 6.000

exemplares

Santa Branca comemora180 anos com desfile e fanfarra

O Artesanatona Cidade Presépio

Celso Simão recebeu o Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Silvio Peninck, e o membro da Comissão eleita Alexandre deOliveira, dos trabalhadores da Wirex Cable para falar sobre a atual crise da empresa. A entrevista foi ao ar no “Jornal das Oito”da Rádio SB 106 onde os entrevistados expuseram a atual situação da empresa. Plenaryum e página 16

Celso Simão entrevistou Sindicalistas da Wirex Cable na SB106.Fábrica volta a funcionar normalmente e tranquiliza a população.

Entrevistamos o “artesão” Antonio Jose Ferreira, adeptoda arte de confecções de peças com bambu ou taquara poca,conforme é conhecido na zona rural. Página 16

Equipes masculina e feminina do vôlei adaptadoparticipam de torneio na cidade de Jacareí

As equipes masculinase femininas de vôleiadaptado de SantaBranca participaram dotorneio em Jacareí nestesábado dia 05 de maiode 2012, a equipe femi-nina conquistou o 3º lu-gar e a masculina ficouem 2º lugar só perdendopara São José dos Cam-pos, sob o comando foido tenente Luis FaustinoRodrigues. Página 4

12 de maio, Dia do EnfermeiroEm Santa Branca a exem-

plo de milhares de municípi-os no Brasil, temos um qua-dro significativo de profissi-onais que dedicam parte dassuas vidas a cuidar da saúdedos enfermos, pessoas idosas,portadoras de necessidadesespeciais e na saúde públicanos mais variados setores.

Página 13

Após quase 30 anos, nosso Município terá de volta os desfiles cívicos com fanfarra e muitaalegria. A fanfarra é dirigida pelo maestro Lucas Naressi desde o dia 29 de março deste ano.

Acontecerá também uma bela coreografia dirigida por Liliane Guedes, com 50 participantesda linha de frente da fanfarra, além dos 40 músicos dividos em trompete, trambone, bombardinoe percussão.

Leia na página 14 a história do Município, Bandeira e Brasão de Santa Branca.

Page 2: O Santabranquense - Edição 802

2 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

O SantaBranquense é um jornal de propriedade da Editora Cidade Presépio Ltda, registrado no Cartório de Títulos e Documentos de Santa Branca, sob o nº 03-livro 1- folha 04.

Sede e redação: Rua Prudente de Moraes, 270, Centro - Santa Branca- SP. CEP 12.380-000 Tel: (12) 3972-1047Editoração e Impressão: Jornal Diário da Região Ltda. - SJC - Tel: (012) 3966-1212Editor: Dailor Varela - (149 RN)Representante: Revesp Representação Ltda -Al. dos Juripis, 455 - 4º andar cj- 46,Moema - (11) 5051-4611 FAX: 573-7723 - São Paulo Cep: 04088-000Circulação semanal: Santa Branca, Salesópolis, Jacareí, Guararema e Paraíbuna. (6.000 exemplares)

O SantaBranquense 28 anos

WILSON CHAVES - [email protected]

O sossego das tardes daqueles tempos era muito grande, Depois do almoço a criançada da rua queestudava no período vespertino já tinha partido em direção do Grupo Escolar Barão de Santa Branca.Enquanto eu e mais alguns amigos estávamos livres do compromisso, nossa aula era no período damanhã. Depois do almoço, a lenha do fogão ia apagando as chamas como se fosse automático en-quanto minha mãe lavava as louças e panelas de ferro no tanque do lado de fora no quintal. Ali noquintal eu abria o portão grande e sentava na calçada deixando me levar pelos pensamentos naquelasombra tão gostosa enquanto no céu anil de maio era interrompido pelo barulho do grande pássaro deprata que rasgava o céu. Era um dos famosos aviões quadrimotores, barulhentos e lentos se compa-rados aos modernos jatos da atualidade. Com o passar do grande pássaro de prata a gente pegavauma carona para viajar nas emoções... Coisas das almas poéticas onde tudo tem um motivo praregistrar as passagens por mínimo que elas sejam, aos olhos dos poetas e pensadores tudo é muitoclaro e nítido trazendo o contexto de relatos maravilhosos.

Algumas horas silenciosas em plena tarde assim era o hábito daquela gente antiga sem manias, sempressa, que sabia esperar o tempo que o tempo dá. Caia a tarde e não demorava muito já se podiaouvir a algazarra e cantoria da turma da tarde que deixava as aulas, afinal a volta pra casa sempre foifestejada, venha de onde vier! Depois que desciam as crianças entre risos e cantorias bem no finalaparecia a cozinheira da escola, “Dona Benedita Wenceslau dos Santos” A gente olhava para aquelesemblante cansado mais feliz sempre com um sorriso e um conselho a deixar, Dona Benedita chegavacansada, mas com disposição para limpar a casa e preparar uma sopa para os filhos que deixavam aCaramuru (fábrica de fogos de artifício).

Paulo, Osmar, Maria, João e Davi viviam ali naquele lar pobre, porém honrado sob a chefia matri-arcal de Dona Benedita. Uma Rua com uma comunidade maravilhosa, as casas alinhadas com pare-des de pau a pique e janelas de madeira. Quando a noite chegava tinha início a mais um show deacontecimentos que até hoje estão arquivados no meu coração. Enquanto as meninas formavam asgrandes rodas com canções a cantar, os meninos distribuíam imitações de armas para brincar defaroeste correndo pelos vazios terrenos da vizinhança. Mais adiante próximo da casa do Juca Caxi edo Zé Cândido os músicos empunhando violão, cavaquinho e percussão começavam a cantoria queprosseguia até o sono chegar.

Quantos valores eu aprendi naquela comunidade maravilhosa nos meus tempos de menino. Foi alique eu firmei amizade pra valer com tantos personagens: Pedrinho Sabiá, filho do Pedro Lenhador. OAnjo de Luz “Içá” pequenino menino ao qual peço perdão por nunca ter memorizado o nome debatismo. Benedito de Sousa (Dito Gordo), um menino determinado e escolhido pelo destino a trabalharcom amendoim ou os produtos deste cereal. Jaime Caxi um menino arteiro ao mesmo tempo inteligen-te herdou dos avôs a mania de lidar com madeiras.

Davi era um garoto pobre, no entanto o destino preparou uma grata surpresa para o menino. Maistarde durante a sua adolescência foi convidado por um rico empresário para trabalhar no comercio dacapital. De lá nunca mais retornou, tornou um grande comerciante de pneus e prosperou muito devidoa sua garra e determinação.

A menina Olivia... Meiga e bela Olivia nunca deixou de transparecer muita humildade nos gestosdelicados. Costumava quando arrumava a casa pra sua mãe deixar um vaso de violeta na janelacontrastando com as brancas cortinas embaladas pela brisa da manhã. Um dia Deus a chamou pra setransformar numa serviçal, e assim Olivia nunca mais foi chamada pelo nome, mas atendia semprecom o título “Irmã Maria José”, foi servir a Deus atendendo seus irmãos sofridos nos leitos doshospitais.

Pouco mais abaixo morava a família do Pedro Lenhador, a menina Arlete e seu irmão Pedrinhoviviam na calma da rua cantarolando e correndo livre pela Rua dos Sonhos até que um dia o destinocruel marcou pra sempre suas vidas. A mãe durante uma crise de perturbação mental atacou o maridocom um machado enquanto ele dormia. Um bárbaro acontecimento que nunca mais seria esquecido.A mãe foi internada num manicômio pra sempre, Arlete foi adotada por uma família da capital ePedrinho Sabiá foi morar com a família do senhor Modesto e Dona Pascoalina ali no fim da rua.

Esses amigos diletos eu preservo carinhosamente no coração: meus irmãos Hugo, Ivan Helena eRenê. Os irmãos Diquito e Silvio Braga, Daniel Martins, Jaime Caxi, Benedito de Sousa, Paulinho doNute, os irmãos Benedito Adilson Ademir, Roseli e Vera, Rita Salvador, Queco, Zuca, Pedrinho Kalilentre muitos outros! Memórias da minha Rua do Pito. Muitos sonhos, risos e lágrimas compõem o ricocenário de “Uma Rua Chamada Saudade.”

TEMPOS QUE O TEMPO LEVA

A imagem do amor mater-no desta foto traduz todo ocontexto do comemorado“Dia das Mães” no último dia13 de maio. “Por mais com-pleta e profunda seja a inspi-ração de um poeta, as pala-vras transmitem apenas senti-mentos superficiais, pois ogrande mistério do amor ma-terno cabe somente a elas(mães) e Deus o entendimen-to”

A dedicação integral desteamor maternal é vivida em to-dos os ângulos da vida pelamamãe; Bárbara Cristina deSousa e sua filhinha; MariaEduarda Aparecida da Silvacom cinco aninhos de idade.

Mamãe Barbara, o maridoJoão Eduardo da Silva e a fi-lhinha Maria Eduarda, abra-çam a felicidade de uma famí-lia feliz fortalecida pela fé eamor a Deus, superando a

cada dia as dificuldades quesurgem como desafio.

O casal Barbara e JoãoEduardo testemunha que mui-tas renuncias são vividas dia-riamente para dedicar o tem-po e atenção no cuidado deMaria Eduarda, fatos que fa-zem questão de priorizar embeneficio da filha que é muitoespecial.

Parabéns Bárbara pelotranscurso do Dia das Mães,felicidades a filhinha MariaEduarda e ao papai JoãoEduardo.

Contrariando sob alguns aspectos a previsão da equipe eco-nômica do governo federal, a crise que está marcando temposdifíceis na Europa principalmente, chega ao Brasil, ainda que demaneira de respingos isolados atingindo alguns setores da eco-nomia.

As montadoras de veículos já começaram a ressentir a criseprovocando a queda nas vendas obrigando a revisão de metasprogramadas para o ano em curso.

De uma maneira ou outra Santa Branca infelizmente está vi-vendo também um momento delicado com a crise na “WirexCable”. A dispensa de funcionários chega ao patamar de algu-mas dezenas, sem previsão que a medida venha a melhorar.

Na manhã desta quarta feira, o jornalista Celso Simão rece-beu o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Região de SãoJose dos Campos, Silvio Peninck de Oliveira e Alexandre deOliveira, representante dos funcionários da empresa, onde fo-ram entrevistados no programa “Jornal das Oito da Radio SB106”.

Segundo os entrevistados, a crise é bastante séria podendolevar a mais demissões ou até mesmo a possível venda da em-presa para outro grupo empresarial.

No entanto, minutos após a entrevista, a empresa se manifes-tou através da titular do RH “Samanta” afirmando que não existenenhuma possibilidade da Wirex Cable ser negociada com al-gum outro grupo financeiro.

Outra reunião foi realizada na Câmara Municipal na tarde deontem tratando do mesmo assunto. Aguarda-se que esta junçãode esforços ajudem a encontrar caminhos de saída da atual crise.

Page 3: O Santabranquense - Edição 802

3O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

A população de Santa Branca está apreensiva, pois em menos de uma semana, 165 funcionári-os da Wirex Cable foram demitidos, da empresa. Na semana passada, os trabalhadores organiza-ram uma greve, em protesto às demissões de 60 operários da fábrica. Nesta semana o caso serepetiu pela demissão de mais 105 trabalhadores, determinada pela Direção da empresa nestasegunda-feira, dia 14.

Os motivos, segundo a Wirex Cable, são os mesmos da semana passada. A empresa informou por meioda sua gerente de RH Samanta, que precisa readequar a produção. Segundo a direção, as vendas estão emníveis muito baixos e as demissões seriam necessárias. O sindicato da categoria informou que a greve é porte mpo indeterminado, o que poderá complicar ainda mais a já delicada situação financeira da Wirex Cable.

A Wirex Cable passa, desde março desde ano, por uma grande crise financeira. Hoje ela nãotem capital de giro, ou seja, não consegue repor a matéria prima necessária para tocar a produçãoda fábrica. Como o cobre é um material de alto valor, isso complica ainda mais a situação. Váriassão as hipóteses para explicar essa crise, desde complicações financeiras até o sufocamento daempresa pelos grandes fabricantes do mercado, que trabalham com lucros baixos para forçar ainviabilidade de empresas de menor porte.

Pressionada pela mobilização dos trabalhadores, a Wirex Cable vai conceder 90 dias de estabilidadepara os funcionários que ficaram na fábrica, cancelou a demissão dos lesionados e cipeiros e se comprome-teu, por escrito, a pagar as verbas rescisórias de todos os demitidos. Com isso, os metalúrgicos decidiram,em assembleia, retornar nesta quarta-feira, dia 16, ao trabalho.

Os trabalhadores estavam em greve desde ontem, após a empresa ter anunciado a demissãode mais 105 funcionários, somando 165 cortes em menos de uma semana. Além de demitir osfuncionários, a empresa ainda havia anunciado que não tinha previsão de quando pagaria asverbas rescisórias.

O acordo também inclui o pagamento do vale a partir de hoje, transferência do DepartamentoFinanceiro de Diadema para Santa Branca e pagament o integral dos dias parados.

As demissões geraram forte apreensão entre todos os trabalhadores, que temiam pelo fechamento dafábrica. Em negociação com o Sindicato, a Wirex afirmou que não pretende encerrar as atividades emSanta Branca.

“O importante foi a mobilização e a união dos trabalhadores, hoje temos uma militância de chãode fábrica na Wirex que permite uma rápida resposta dos trabalhadores nesse tipo de crise,contamos na fábrica com o diretor do sindicato Sílvio Peninck, com os cipeiros e ativistas MárcioSilva, Welber Hasmann, Marcelo Costa e Tiago Paiva”, diz Alexandre de Oliveira, membro dacomissão dos trabalhadores para acompanhar a crise na fábrica, que esteve no Jornal das Oito,da Rádio SB106FM, ocasião em que foi recebido por Celso Simão, Wilson Chaves, ValdemarMagoo e Paulinho Teodoro.

Em entrevista a Celso Simão, os sindicalistas Silvio Peninck e Alexandre "Alê" de Oliveira, falaram àpopulação de Santa Branca e região da real situação em que se encontra atualmente a Wirex Cable e seusfuncionários. Este pronunciamento teve grande repercusão em todo o municípío de Santa Branca.

Wirex Cable demite 165 trabalhadores nesta semanaRádio SB106FM abre espaço aos trabalhadores da Wirex, que recebem total apoio da população

Dia das Mães,a comunidade

santabranquense comemoroucom muita festa a data

O domingo dia 13 demaio “Dia das Mães” foicomemorado pela popu-lação santabranquense.Presentes, flores, almo-ços especiais, foram algu-mas das formas de home-nagear a mães nesta datatão especial.

Foi grande o movi-mento nas lojas em bus-ca de uma lembrança ca-rinhosa, ou nas barracasde floristas onde muitosvasos, arranjos e buquesforam comprados parapresentear a rainha dolar.

Além das lojas outrogrande movimento depúblico foi nos restauran-tes locais onde as famíli-as lotaram os ambientesem busca de um almoçofestivo como forma dehomenagear as mamães.

Os dois cemitérios dacidade também forammuito visitados pelas pes-soas que levavam florese rezavam pelas mães fa-lecidas.

Mantendo uma tradi-ção local, o Bom Dia Su-permercado, mais umavez disponibilizou umamesa farta com um ma-ravilhoso café da manhã.Bolos confeitados, bis-coitos, bolachas, doces,café, leite chá, enfim umamesa farta destinada arecepcionar todas as pes-soas que passavam pelolocal.

Como Surgiuo Dia das Mães:A história da criação

do Dia das Mães come-ça nos Estados Unidos,em maio de 1905, emuma pequena cidade doEstado da Virgínia Oci-dental.

Foi lá que a filha depastores Anna Jarvis ealgumas amigas começa-ram um movimento para

instituir um dia em quetodas as crianças se lem-brassem e homenageas-sem suas mães.

A idéia era fortaleceros laços familiares e orespeito pelos pais. ParaAnna, a data tinha um sig-nificado mais especial:homenagear a própriamãe, Ann Marie ReevesJarvis, falecida naquelemesmo ano. Ann Marietinha almejado um feria-do especial para honraras mães.

Durante três anos se-guidos, Anna lutou paraque fosse criado o Diadas Mães. A primeira ce-lebração oficial aconte-ceu somente em 26 deabril de 1910, quando ogovernador de VirgíniaOcidental, William E.Glasscock incorporou oDia das Mães ao calen-dário de datas comemo-rativas daquele estado.Rapidamente, outros es-tados norte-americanosaderiram à comemora-ção.

Em 1914, a celebra-ção foi unificada nos Es-tados Unidos, sendo co-memorado sempre nosegundo domingo demaio. Em pouco tempo,mais de 40 países adota-ram a data.

O primeiro Dia dasMães brasileiro foi pro-movido pela AssociaçãoCristã de Moços de Por-to Alegre, no dia 12 demaio de 1918. Em 1932,o então presidente Getú-lio Vargas oficializou oferiado. Mas Anna nãofoi a primeira a sugerir acriação do Dia das Mães.Antes dela, em 1872, aescritora Julia WardHowe chegou a organi-zar em Boston um encon-tro de mães dedicado àpaz.

Fotos: W.Magoo

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4 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

Equipes masculina e femininado vôlei adaptado participam

de torneio na cidade de Jacareí

As equipes masculinas efemininas de vôlei adapta-do de Santa Branca parti-ciparam do torneio em Ja-careí neste sábado dia 05de maio de 2012, a equi-pe feminina conquistou o3º lugar e a masculina fi-cou em 2º lugar só perden-do para São José dosCampos, sob o comandofoi do tenente Luis Fausti-no Rodrigues as equipesmostraram o espírito deunião, proporcionando umjogo de bom rendimentotécnico colocando-se en-tre as melhores do torneio.

A recepção pelo pes-soal de Jacareí foi muitocalorosa, oferecendo café

da manhã, almoçoabrilhantado pelas oda-liscas com a dança doventre, o transporte fi-cou a cargo da Prefei-tura Municipal de San-ta Branca.

O torneio contoucom as seguintes equi-pes: Jacareí, São Se-bastião, Santa Branca,São Jose dos Campos,e Cesp. A equipe da ci-dade de Ilhabela nãocompareceu devido aum defeito no ônibusque conduzia a equipe.

Parabéns aos nossosatletas e ao dirigentetécnico, Tenente LuisFaustino Rodrigues.

A Princesa Alexan-dra

Amor de menina,tão meiga que me fas-cina

Razão pela qualmuito me orgulha

O seu sorriso en-cantador, sua educa-ção, sua beleza é comoluz a irradiar meu vi-ver.

Peço a Deus quecontinue iluminandovocê.

Nunca esqueça,você é um pedacinhode mim.

A maior riqueza domeu viver

A mamãe Fernandae seu irmão Fernando,seus avós Teresinha e

NOTA SOCIAIS

Zé Batista, seus padri-nhos Flávia e Tonhão epriminhas, Júlia e Ma-ria Luiza e seus tiosCintia e Joaquim(Kiko)

Nós te parabeniza-mos pelo seu dia e teamamos muito.

FELIZANIVERSÁRIO

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5O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

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6 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

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7O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

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8 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

Page 9: O Santabranquense - Edição 802

9O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

Jornal

O Santabranquense RUA PRUDENTE DE MORAES, 270,SANTA BRANCA - SP

Tel: 81263532

Page 10: O Santabranquense - Edição 802

10 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

Os organizadores daFapija 2012 já estão fe-chando shows para oevento deste ano.

Já estão acertados apresença de sete shows:Fernando e Sorocaba,Gustavo Lima, Humber-to e Ronaldo, Israel No-vaes, Jorge e Mateus,Luan Santana e MichelTeló. O dia para apre-sentação de cada artistaainda está sendo definido.O preço de ingresso tam-bém será divulgado so-mente em junho, depoisdo levantamento de todosos custos do evento,principalmente palco, luz,som e segurança.

As datas de apresen-tação de cada show tam-bém será definida nospróximos dias, conformedisponibilidade de cadaartista.

Ainda serão acertadosmais três shows para osdias restantes, perfazen-do os dez mega shows

Fapija fecha sete shows

deste ano. A feira terá ain-da o palco cultural comshows todas as manhãs.Estarão presentes violei-

ros e grupos folclóricosda cidade de Jacareí eregião do Vale do Paraí-ba.

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11O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

PARABÉNS SANTA BRANCAPELO SEUS 180 ANOS

Page 12: O Santabranquense - Edição 802

12 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

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Tel.: 9721-1451 - 3972-4793

PODER JUDICIÁRIOComarca de Santa Branca

(12) 39720103/ (12) 39720651 “PROJETO APADRINHAMENTO AFETIVO”

“Foi realizado no dia 20/04/2012, no Fórum de San-ta Branca, evento para divulgação do PROJETOAPADRINHAMENTO AFETIVO, elaborado pela Varada Infância e Juventude, através de seus técnicose colaboradores, e que foi explanado pela Assis-tente Social Maria Angélica Del Esposte Ferreira.O evento contou com a presença de representan-tes da sociedade civil e Ministério Público, queforam convocados com o intuito de divulgar e im-plementar o Projeto na sociedade Santabranquen-se, trazendo as famílias mais próximas das crian-ças que estão no Abrigo.O projeto objetiva incentivar as famílias da comuni-dade, voluntariamente, a ajudarem na criação e edu-cação das crianças e adolescentes que estão abri-gadas em entidades locais. Visa possibilitar a se-leção das famílias em condições de prestar auxíliomaterial e/ou moral aos abrigados, possibilitandodesta forma a aproximação entre eles, sem queassumam os encargos da adoção ou guarda.Para tanto, após a família ser submetida à avalia-ção e cadastrada, será a ela possibilitada a aproxi-mação com um ou mais abrigados e recebê-loscomo “hóspedes”, passando a retirá-los do Abrigoa fim de favorecer a convivência familiar e comuni-tária, participando de eventos esportivos, religio-sos, comemorativos, recreativos, tais como aniver-sários, natal, reveillon, páscoa, passeios aos finaisde semana e feriados em geral.O Cadastro e Pedido de Autorização poderão serfeitos na Vara da Infância e Juventude (Fórum deSanta Branca), com apresentação dos seguintesdocumentos:1 – Carteira de Identidade;2 – Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF);3 – Comprovante de Endereço (Conta de Água,Luz, Telefone, etc). Contatos para Informações:(12) 3972-0103 (Fórum de Santa Branca)(12) 3972-0877 (Abrigo Municipal de Santa Branca)”

ADRIANA VICENTIN PEZZATTI DE CARVALHOJuíza de Direito

Fibria capta R$ 1,3 bilhão em Oferta de Ações e registrarecorde de produção no primeiro trimestre

Vendas somaram mais de 1,3 milhão de toneladas de celulose – praticamente 100% do volume produzidoReceita líquida foi de R$ 1,27 bilhão

Ebitda somou R$ 377 milhões, com margem de 30%

São Paulo, 14 demaio de 2012 – A Fi-bria realizou mais umaimportante etapa na es-tratégia de redução doseu endividamento. Aoferta primária deações, anunciada emmarço e concluída em30 de abril, viabilizou acaptação de R$ 1,3 bi-lhão por meio da emis-são de 86 milhões deações ao preço de R$15,83/ação. Adicional-mente, a Companhiaanunciou a venda dosativos florestais daBahia Produtos de Ma-deira no valor de R$235 milhões, cujo rece-bimento está previstopara fim de junho. Osrecursos desses eventosde liquidez contribuirãopara os resultados dosegundo trimestre de2012.

No primeiro trimes-tre, destaca-se o recor-de na produção de ce-lulose de 1,3 milhão detoneladas, volume 3%superior ao último tri-mestre de 2011 e 1%,na comparação anocontra ano.

Este resultado de-monstra a contínua ex-celência operacional daFibria, mesmo com aparada programadapara manutenção naUnidade Veracel. Prati-camente 100% dessevolume foi vendido -1,31 milhão de tonela-das, 4% a mais se com-parado a igual períodoem 2011. A Europa foiresponsável pela maiordemanda da commodi-ty, 44%, seguida pelaÁsia (28%), América doNorte (18%) e AméricaLatina (10%).

O custo caixa de pro-dução, excluindo osefeitos da parada, foi deR$ 444 por tonelada,uma queda de R$ 2 portonelada em relação aomesmo período de2011, quando a inflaçãofoi de 5,2% no acumu-lado dos últimos 12 me-ses. Essa redução foipossível devido à otimi-zação de processos e aomenor consumo de quí-micos, a exemplo danova linha de branque-amento da fábrica A deAracruz.

Em função da ausên-cia da operação de pa-pel (Unidade Piracica-ba) e da redução no pre-ço médio líquido da ce-lulose em reais, a recei-ta líquida somou R$1,27 bilhão e o Ebitdafoi de R$ 377 milhões –18% e 38% inferior narelação ano contra ano,respectivamente. A mar-gem Ebitda foi de 30%.Com uma melhora sig-nificativa no resultado fi-nanceiro, explicada peladesvalorização do dólarem relação ao real de3% em comparaçãocom a valorização de1% verificada no trimes-tre anterior, a Fibria re-gistrou prejuízo de R$10 milhões ante os R$358 milhões de prejuízono último trimestre de2011.

A dívida líquida regis-

trou queda de 5% nacomparação com o últi-mo trimestre de 2011,totalizando R$ 8,965bilhões, principalmenteem função da variaçãocambial, uma vez que aFibria, empresa de na-

tureza exportadora, tem93% da dívida indexa-da ao dólar. Se consi-derados os recursosobtidos com a oferta deações (recebidos em 30de abril) e a venda daBahia Produtos de Ma-deira (BPM), cujo pa-gamento está previstopara final de junho, a dí-vida líquida pró-formada companhia seria deR$ 7,4 bilhões, uma re-presentativa redução de22% em relação ao tri-mestre anterior.

O caixa pró-formasomaria R$ 3,6 bilhões,o equivalente a 3,3 ve-zes a dívida de curtoprazo, reforçando a po-sição de liquidez dacompanhia frente aoscompromissos previstospara 2012.

Sustentabilidade - AFibria lançou seu Rela-tório de Sustentabilida-de 2011 com as açõessocioambientais da em-presa, cujos fundamen-tos são o uso responsá-vel dos recursos natu-rais, o fomento do de-senvolvimento e dobem-estar das comuni-dades vizinhas e a con-servação e recuperaçãodos ecossistemas nati-vos. O documento, quesegue às diretrizes daGlobal Reporting Initia-tive (GRI G3.1), deta-lha as prioridades rela-cionadas à sustentabili-dade que balizam a es-tratégia da empresa.

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13O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

Em Santa Branca aexemplo de milhares demunicípios no Brasil,temos um quadro signi-ficativo de profissionaisque dedicam parte dassuas vidas a cuidar dasaúde dos enfermos,pessoas idosas, porta-doras de necessidadesespeciais e na saúdepública nos mais varia-dos setores.

A classe da enferma-gem nos tempos atuaisé extremamente impor-tante no auxilio a popu-lação que recorre aoscuidados clínicos, atra-vés da atuação PSF“Plano Saúde da Famí-lia”. As visitas em do-micilio levam as enfer-meiras até as residênci-as, cadastrando, fazen-do aferição de pressãoarterial, testes de diabe-tes entre outros, agen-dando consulta médicaem casos de necessida-de.

Parabéns a todas aspessoas que abraçarama profissão visando tra-zer um pouco de alívioe carinho as pessoasnecessitadas da nossacomunidade.

Dia 12 de maio co-memora-se mundial-mente o Dia do Enfer-meiro, em referência aFlorence Nightingale,um marco da enferma-gem moderna no mun-do e que nasceu em 12de maio de 1820.

Já no Brasil, além doDia do Enfermeiro, en-tre os dias 12 e 20 demaio, comemora-se aSemana da Enferma-gem, data instituída emmeados dos anos 40,em homenagem a doisgrandes personagensda Enfermagem nomundo: Florence Nig-thingale e Ana Néri, en-fermeira brasileira e aprimeira a se alistar vo-luntariamente em com-bates militares.

A profissão tem suaorigem milenar e datada época em que serenfermeiro era uma re-ferência a quem cuida-va, protegia e nutriapessoas convalescentes,

12 de maio data consagrada como o “Dia do Enfermeiro”, em homenagema classe dos enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem

idosos e deficientes.Durante séculos, a

Enfermagem vem for-mando profissionaisem todo o mundo,comprometidos com asaúde e o bem-estar doser humano.

Só no Brasil, sãomais de 100 mil enfer-meiros, além de técni-cos e auxiliares de en-fermagem, que somamcerca de 900 mil profis-sionais em todo país.Essas variações de car-gos fazem com quemais profissionais sejuntem ao setor e a no-vas possibilidades detrabalho nesta área.

Origem daProfissão

Desde os tempos doVelho Testamento, aprofissão de enfermeirojá era reconhecida poraqueles que cuidavame protegiam pessoasdoentes, em especialidosos e deficientes, poisnessa época, tais atitu-des garantiam ao ho-mem a manutenção dasua sobrevivência.

Nessa época e duran-te muitos séculos, a en-fermagem estava asso-ciada ao trabalho femi-nino, caracterizadopela prática de cuidarde grupos nômades pri-mitivos.

Com o passar dostempos, as práticas desaúde evoluíram e, en-tre os séculos V e VIII,

a Enfermagem surgecomo uma prática leiga,desenvolvida por religi-osos como se fosse maisum sacerdócio. Sendoassim, tornou-se umaprática indigna e sematrativos para as mu-lheres da época, poisconsideravam o traba-lho como um serviçodoméstico, o que ates-tava queda dos padrõesmorais que sustenta-vam, até então, o traba-lho da enfermagem.

Mesmo com essa cri-se da profissão, a evo-lução do trabalho asso-ciado ao reconhecimen-to da prática, em mea-dos do século XVI, aEnfermagem já começa

a ser vista como umaatividade profissionalinstitucionalizada e, noséculo XIX, vista comoEnfermagem modernana Inglaterra.

A partir daí, foramcatalogadas definiçõese padrões para a pro-fissão e a ANA (Ame-rican Nurses Associati-on) define a Enferma-gem como "uma ciênciae uma arte, levando emconsideração que o ob-jetivo principal do tra-balho é o de cuidar dosproblemas reais de saú-de, por meio de açõesinterdependentes comsuporte técnico –cientí-fico, bem como reco-nhecer o papel signifi-cativo do enfermeiro deeducar para saúde, terhabilidades em preverdoenças e o cuidado in-dividual e único do pa-ciente".

De onde vem onome Enfermeiro

A palavra Enfermei-ra/o se compõe deduas palavras do latim:“nutrix”, que significaMãe, e do verbo “nutri-re”, que tem como sig-nificados criar e nutrir.Essas duas palavras,adaptadas ao inglês doséculo XIX, acabaramse transformando napalavra NURSE que,traduzida para o por-tuguês, significa Enfer-meira.

EnfermeirasFamosas

Nos últimos três sé-culos, alguns nomes daEnfermagem mundialtornaram-se referênciada história da profissãoe dos ensinamentos quesua prática propagaatravés dos tempos.

Imortalizadas, algu-mas delas como Floren-ce e Ana Néri, aindaservem como fonte deinspiração para novosprofissionais, para estu-diosos, romancistas einteressados na profis-são de Enfermeiro.

FlorenceNightingale –

Dama da LâmpadaNascida a 12 de

maio de 1820, em Flo-

rença, Itália, possuíainteligência incomum,tenacidade de propósi-tos, determinação eperseverança - o quelhe permitia dialogarcom políticos e oficiaisdo Exército, fazendoprevalecer suas idéias.Dominava com facili-dade o inglês, o francês,o alemão, o italiano,além do grego e do la-tim. Em 1845, emRoma, no desejo de re-alizar-se como enfer-meira, estudou as ativi-dades das IrmandadesCatólicas e, em 1849,fez uma viagem ao Egi-to, onde decide servir aDeus, trabalhando emKaiserswert, Alema-nha, entre as diaconi-sas. Seu primeiro papelcomo enfermeira deguerra foi em 1854, naGuerra da Criméia.

Durante os combatesda Guerra da Criméia,os soldados fizeram deFlorence o seu anjo daguarda pois, de lanter-na na mão, percorria asenfermarias dos bata-lhões e acampamentos,atendendo os doentes,o que a fez ficar conhe-cida mundialmentecomo Lady With TheLight.

Ao retornar em1856, adoentada pelotifo, Florence recebe umprêmio em dinheiro dogoverno inglês, em re-conhecimento ao seutrabalho. Ela usa o di-nheiro e dá início à Pri-meira Escola de Enfer-magem, fundada noHospital Saint Thomas,em 1859, e que passoua servir de modelo paraas demais escolas quevieram depois.

Ana NériAna Justina Ferreira

nasceu em 1813, na Ci-dade de Cachoeira, naBahia. Sua vocaçãocomo enfermeira come-çou em meados de1864, quando seus doisfilhos, um médico mili-tar e um oficial do Exér-cito, foram convocadospara a Guerra do Para-guai (1864-1870). AnaNéri não resiste à sepa-

ração da família e colo-ca-se à disposição dogoverno para ir à guer-ra, sendo considerada aprimeira enfermeira vo-luntária do Brasil.

A atuação de AnaNéri na guerra, juntoaos feridos, foi incansá-vel. Desdobrou-secomo enfermeira, mi-nistrando medicamen-tos e proporcionandoalívio e conforto aosdoentes.

Após cinco anos deguerra, Néri retorna ao

Brasil e o Governo Im-perial lhe concede umapensão, além de meda-lhas humanitárias e decampanha; e no perío-do já republicano, onome Ana Néri foidado à primeira Escolade Enfermagem oficia-lizada pelo GovernoFederal, em 1923, per-tencente à Universida-de do Brasil. Ana Nérifaleceu no Rio de Janei-ro, em 20 de maio de1880, aos sessenta e seisanos

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14 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

A Flor de Liz e aCORRENTE que a cir-cunda, de prata, em cam-po de góles (Vermelho),evocam a padroeira domunicípio que é SANTABRANCA. a flor de Lizsimboliza a milagrosaSanta e a corrente lem-bra o seu martírio. No pri-meiro quartel à senestra,em campo de bláo (azul),traz o BRASÃO DE AR-MAS, dos NOGUEI-RAS, lembrando JoséJoaquim Nogueira, a no-bre figura da fundação dacidade, a rogos de quemDomingos de Brito Go-doy acedeu de doar umtrecho de suas terras, apartir do ponto em queresidia, rumo a uns terre-nos ligeiramente monta-nhosa, situados em fren-te, para servirem de pa-trimônio à capela que se-ria erguida em homena-gem a Santa Branca, deque Nogueira era devo-to. O Brasão dos No-

No decurso de1820, quando nestetrecho do Estadoeram conhecidaspoucas vilas e mes-mo estando em for-mação, já havia mo-radores no territórioagora ocupado peloMunicípio de SantaBranca.

Esses moradoreseram brasileiros eportugueses, vindosde São Vicente e San-to André, além desilvícolas semi-do-mesticados, habitan-do cabanas cobertasde sapé e entregan-do-se à pesca realiza-da no Rio Paraíba eseus afluentes.

A família Brito deGodoy, muito pode-rosa e possuidora deamplo território, es-tava estabelecida àmargem esquerdado Rio Paraíba.

Ao redor de suashabitações, outras fo-ram surgindo, atéque, atendendo aopedido de José Joa-quim Nogueira, ho-mem progressista eousado, o velho Do-mingos Brito de Go-doy, resolveu doarum trecho de suasterras, a partir doponto em que resi-dia, rumo a algunsterrenos ligeiramen-te montanhosos, si-tuados em frentepara servirem de pa-trimônio à capelaque seria construídaem homenagem a

Até o ano de 1.977 omunicípio de SantaBranca não possuía aBandeira, um dos sím-bolos representativos domunicípio.

Pensando nisso os se-nhores Wilson Chavesde Sousa e o professorRoberto Campos Gon-çalves levaram a idéiaaté o prefeito José Wuoque achou excelente aidéia e deu todo apoio eincentivo ao projeto.

Foi então que a partirdo ano de 1.978 o mu-nicípio de Santa Brancapassou a possuir suaBandeira representativa:“O fundo em cor Bran-

Brasão de Santa Brancagueiras tem as seguintescaracterísticas: tem porarmas em campo deouro, uma banda empe-quetada de prata, verde,cinco peças em faixa, so-bre tudo uma correa ver-melha. Timbre: um pes-coço de Serpe de ouroempequetado de verdecô hu ramo de Nogueirana bocca, cô ouriços desua mesma cor.

No segundo campo,de sinópla (verde), umaFAIXA DE PRATA on-dulante, é o caudal doRio Paraíba, que "tendosua primeira origem noscampos da Bocaina, atra-vessava o Município deLeste para Oeste, rece-bendo diversos ribeirões,dentro dos quais o Go-meatinga, o dos Monos eo Potim".

Como suportes: a dex-tra, o RAMO DE CAFÉfrutificado na sua cor na-tural lembra o café, a la-voura que deu riqueza aSão Paulo e ao Brasil, eo trabalho incansável dospaulistas; o FEIXE DASCANAS, à senestra, sim-bolizava uma das rique-zas do Município de San-

ta Branca. No listel, a le-genda "honor et Labor".(Honra e Trabalho), sãoo apanágio do nobrepovo de Santa Branca.

A COROA MURALde Ciro é a propriedadedo Município e, o CA-PACETE na sua cor na-tural, recorda a contribui-ção dos santabranquen-ses em todas as lutas pelobem da Pátria comum. Asduas datas 8-2-1841 é adata da elevação a fre-guesia da Capela Cura-da de Santa Branca e ade 5-3-1856 é a criaçãodo Município de SantaBranca pela Lei nº 1.

Quanto aos esmaltes(cores) do Brasão, o gó-les (vermelho) do 1ºQuartel é a simbologia doespírito de luta, da audá-cia e da tenacidade; o si-nople (azul) do 2º Quar-tel é o símbolo da nobre-za e da seriedade; o ver-de que é a esperança,lembra também os cam-pos férteis e as grandespastarias do município deSanta Branca, cujos re-banhos constituem gran-de base econômica deprodução.

HISTÓRIA

Santa Branca, da qualera devoto. Obtidosos terrenos inicia-ram-se os trabalhosde construção do pe-quenino templo,com doações conse-guidas por José Joa-quim Nogueira juntoaos sitiantes da re-gião. A existência daCapela, aliada ao fa-vorecimento do solopara o cultivo docafé, foram os moti-vos para a chegadade muitos habitan-tes, sendo construí-das várias casas aoredor da elevação,onde se localiza a

Igreja Matriz e a pra-ça municipal da ci-dade.

Rapidamente flo-resceu o povoado,pelo que, seus habi-tantes, em apresenta-ção dirigida ao Exce-lentíssimo senhorBispo Diocesano, so-licitaram a previsãode elevação para aCapela, concedidaem 22 de maio de1832 (data concedidaa Fundação e aniver-sário da cidade).

A cidade de SantaBranca teve comoponto de origem aCapela em homena-gem à Santa Branca,erguida por José Jo-aquim Nogueira emterras de DomingosBrito de Godoy, situ-ada à margem es-querda do curso su-perior do Rio Paraí-ba (meados do sécu-lo XVIII).

A nossa Bandeira

ca representando a pazdos habitantes.

A margem em lateralVermelha, simboliza omartírio da PadroeiraSanta Branca.

E faixa azul no centrolembra o Rio Paraíba doSul, cujas águas banham

e atravessam o municí-pio.

No alto do lado es-querdo está fixado oBrasão Municipal.

A Bandeira foi ofici-alizada como símbolodo município através deLei Municipal em 1.990.

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15O SANTABRANQUENSESanta Branca, 22 de maio de 2012

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BRANCACEP: 12380-000— Estado de São PauloEdital nº 02/2012Edital de retificação do Anexo I(Ref. Concurso Público No. 01/2012)O Prefeito Municipal de SANTA BRANCA (SP), no uso de suasatribuições legais, torna público o presente edital para fins de retifi-cação do ANEXOI do Edital de Abertura de Inscrições No. 01/2012, nos termos abai-xo:1. No ANEXO I – Cargo: PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICAII – PEB II –Tópico: Requisitos BásicosOnde se lê:Pedagogia com Habilitação para Magistério da Educação Infantil edas Séries Iniciais doEnsino Fundamental.Leia-se:Curso Normal Superior ou de Licenciatura Plena Pedagogia comHabilitação para Magistérioda Educação Infantil e das Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

SANTA BRANCA, 02 de MAIO de 2012LUIS FERNANDO DE SOUSA LEMES

PREFEITO MUNICIPAL DE SANTA BRANCA

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16 O SANTABRANQUENSE Santa Branca, 22 de maio de 2012

O jornalista Celso Si-mão recebeu os senhores,Silvio Peninck de Oliveira,Diretor do Sindicato dosMetalúrgicos, região deSão Jose dos Campos eAlexandre de Oliveira,membro da Comissão elei-ta dos trabalhadores daWirex Cable para falar so-bre a atual crise da em-

Celso Simão entrevistou Sindicalistas da Wirex Cable na SB106.Fábrica volta a funcionar normalmente e tranquiliza a população.

presa. A entrevista foi aoar no Programa da RadioSB 106 “Jornal das Oito”onde os entrevistados ex-puseram a atual situaçãoda crise gerada. Segundoo Diretor do Sindicato, Sil-vio Peninck de Oliveira háuma crise na empresa e oassunto preocupa os traba-lhadores que foram demi-

tidos sobre as garantias daquitação dos salários e di-reitos trabalhistas, bemcomo a garantia de estabi-lidade no emprego ao con-tingente de funcionáriosque estão trabalhando.

- Silvio disse que a dire-ção do Sindicato está pro-curando saber da direçãoda Wirex Cable se haverá

mais demissões, e tambémse a fábrica será vendidapara outro grupo.

Após o encerramentoda entrevista, o jornalistaCelso Simão colocou osmicrofones da Radio SB106 a disposição da empre-sa para as declarações arespeito do assunto.

Logo em seguida hou-

Nossa equipe de repor-tagem buscou contactocom o “artesão” AntonioJose Ferreira, adepto daarte de confecções de pe-ças com o bambu ou a ta-quara poca conforme éconhecido pelos habitan-tes da zona rural da nossaregião.

Quando lá chegamos oAntonio do Zeca conformeé conhecido na cidade es-tava sentado na área da suaresidência e nos atendeucom muita cordialidade.

O Santabranquense:Antonio quando teve inícioa sua vocação voltado aarte com peças de bambu?

Antonio do Zeca:Bem, eu posso dizer que

O ARTESANATO NA CIDADE PRESEPIO

aprendi com meu paiquando ainda eu era me-nino e morava na roça.

O Santabranquense:Como era a lida na roça,vocês trabalhavam so-mente com artesanato?

Antonio do Zeca: Oartesanato era mais coisade passatempo, a gentemontava alguns balaiospra servir de ninho prasgalinhas e também paratransportar espigas de mi-lho, nossa luta era mesmoo Olaria do meu pai quetirava a renda para o sus-tento da casa. Além doolaria, a gente plantava etambém fabricava rapa-duras que era muito con-sumida na época.

O Santabranquense:Os tijolos que vocês ven-diam eram retirados noolaria ou eram entreguesnas construções?

Antonio do Zeca: Eramuito difícil na época otransporte motorizado porisso a gente entregava le-vando no carro de boi atéas construções.

O Santabranquense:Quando você começou adedicar seu tempo para oartesanato?

Antonio do Zeca: Foimuito tempo depois.Quando atingi a maiorida-de eu resolvi tentar umemprego na cidade de SãoPaulo, lá consegui umavaga em uma indústria.Durante esta época eunamorei e casei por lá.Mais tarde a minha mãeestava muito doente, en-tão resolvi vir morar emSanta Branca, aqui euconstruí esta casa ondemoro até hoje e fui traba-lhar na construção da atu-al Wirex Cable. Já maistarde trabalhando comoautônomo eu consegui mi-nha aposentadoria foi as-sim que resolvi aplicar atécnica do artesanato embambu para preencher ovazio que fica na gente.

O Santabranquense:

Quais as peças que vocêmais vende?

Antonio do Zeca: Eufaço o Jacá ou balaio quevocês conhecem por aqui,covo (armadilhas para pe-gar peixe), peneiras, sam-burás e mais alguns obje-tos.

O Santabranquense:Você consegue bons lu-cros com a venda das pe-ças?

Antonio do Zeca:Não consigo não, façomesmo por amor a arte,algumas pessoas passampor aqui encomendam aspeças e depois não pare-cem mais, outras não pa-

ve o contato telefônicocom a empresa Wirex, odea Sra. Samanta falou como jornalista Celso Simão egarantiu que a empresanão será vendida a nenhumgrupo empresarial.

Disse também que aempresa está de luto pelofalecimento do sócio pro-prietário Senhor Fernando

Berardo.Samanta garantiu tam-

bém a Celso Simão queaconteceria um pronunci-amento oficial da empresapara os seus funcionários,tratando do assunto commuita tranquilidade, paraque a fábrica continuasseem funcionamento e supe-rasse esta crise.

gam, causando prejuízosno ganho da gente.

O Santabranquense:Gostaria de deixar algumamensagem para os nossosleitores?

Antonio do Zeca:Quero dizer que apesardas dificuldades de viverna roça, se preciso fosseeu voltaria a fazer o mes-mo trabalho com muitaalegria. Atualmente euestou com 78 anos de ida-de, lembro com saudadeso meu tempo de escola,tempo em que nós os alu-nos da roça tinha de vircaminhando até a escolaBarão pra aprender um

pouquinho. Saudades tam-bém das professoras;Dona Isaura Martins,Dona Dolores Braga,Dona Silvia Cantinho Bra-ga, Célio Lencioni e tam-bém do Chico Totó. Naescola Barão eu passeium tempo muito feliz!

Despedimo-nos do nos-so amigo Antonio que con-cedeu uma entrevista ma-ravilhosa. O Artesanato éarte popular e como tal omestre Antonio do Zecademonstra isto através daperseverança e paciênciacriativa que somente aalma dos artesãos sabecultivar.