logÍstica reversa no setor pÚblico: percepÇÃo...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LOGÍSTICA REVERSA NO SETOR PÚBLICO: PERCEPÇÃO DOS PROCURADORES DA PROCURADORIA MUNICIPAL DE CAMPINA
GRANDE - PB
Joaquim Carlos Lourenço
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB
Jacqueline Echeverría Barrancos Professora do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - UEPB
RESUMO O presente estudo tem por objetivo avaliar a percepção dos procuradores da procuradoria do município de Campina Grande-PB em relação ao impacto da logística reversa e o grau de conscientização sobre as questões ambientais. Para tanto, foi adotada uma combinação de métodos: descritivo, exploratório e a pesquisa de campo. Utilizou-se o questionário estruturado como instrumento de coleta de dados. Na análise dos dados foi utilizado o software estatístico Excel e também o método interpretativo. Os resultados do estudo mostraram que a logística reversa ainda é uma área com baixa prioridade no setor público, sobretudo, na procuradoria do município de Campina Grande-PB, onde apenas 14,29% sabem o seu significado e afirmaram de forma unânime que a procuradoria não tem nenhuma política pública para a minimização dos resíduos gerados por ela. Além disso, não faz a coleta seletiva e nem a reciclagem. Por outro lado, 100% dos procuradores sabem o significado do conceito de coleta seletiva; 85,71% sabem o significado do conceito de reciclagem e padrões sustentáveis de produção e consumo respectivamente; 85,71% encaminham seus produtos eletroeletrônicos sem uso para a reciclagem e/ou dão outra destinação adequada. Diante desses resultados, conclui-se que, existe certo grau de conscientização dos procuradores em relação a logística reversa e a problemática ambiental, mesmo com as discrepâncias dos resultados. Palavras-chave: Gestão Ambiental, Canal Reverso, Organizações Públicas.
1 - INTRODUÇÃO
O ambiente organizacional no cenário público está submetido a constantes mudanças,
principalmente após a crescente globalização dos mercados. As organizações no ambiente
público e privado viram aumentar a sua responsabilidade perante a sociedade para manter-se
no mercado atualizados os seus processos produtivos e o atendimento ao cliente cidadão. Não
obstante, um maior interesse pela consciência ambiental da indústria tem sido observado
devido ao aumento da poluição, desenvolvimento de legislações preventivas e crescimento da
demanda de produtos e processos de produção “verde”.
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Em consonância com este cenário, organizações de todos os tipos estão cada vez mais
preocupadas com o atingimento e demonstração de um desempenho ambiental correto, por
meio do controle dos impactos de suas atividades, produtos e serviços sobre o meio ambiente,
coerente com sua política e seus objetivos ambientais. Agem assim dentro de um contexto de
legislação cada vez mais exigente, e de uma crescente preocupação expressa em relação ao
desenvolvimento sustentável.
A exigência dos consumidores e da sociedade por um nível de serviço mais elevado –
que inclui as preocupações com o ecossistema – estaria fazendo com que empresas no
ambiente público e privado implantassem e investissem em atividades de logística reversa
como fator de diferenciação e fidelização dos clientes. Assim, a mudança na cultura de
consumo dos clientes estaria incentivando de forma importante a logística reversa.
Nos últimos anos, a própria logística vem apresentando uma evolução constante,
sendo hoje um dos elementos chave na estratégia competitiva das empresas. No início, era
confundida com o transporte e a armazenagem de produtos. Hoje, é o ponto nevrálgico da
cadeia produtiva integrada, atuando em estreita consonância com o moderno Gerenciamento
da Cadeia de Suprimento.
De fato, é muito difícil visualizar algum produto que chegue ao cliente sem suporte
logístico, porém, somente há relativamente pouco tempo, as empresas têm se concentrado na
Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos como fontes de vantagens competitivas.
Nesse sentido, a maior preocupação dos governos com esta questão reflete-se no
desenvolvimento de legislação adaptada aos modos de produção e consumo sustentáveis, que
visem minimizar os impactos das atividades produtivas ao meio ambiente.
Nesse contexto, tanto organizações privadas como as públicas têm buscado adequar
suas atividades e aderir aos princípios da responsabilidade sócio-ambiental. Algumas em
busca de melhorias na própria imagem perante aos consumidores, outras buscando redução de
custos, aumento de receitas e diferencial competitivo. Independentemente da motivação das
empresas, a Logística Reversa, por exemplo, tem as ferramentas que demonstram ser
apropriadas para cuidar dessa tarefa.
No caso específico das organizações do setor público, o acúmulo de resíduos é
constante, e por esse motivo, essas organizações também precisam buscar novas
possibilidades de uso para esses materiais. Nesta perspectiva, as questões que norteiam o
desenvolvimento desta pesquisa são as seguintes: Como os servidores públicos percebem a
importância da logística reversa? E qual o grau de conscientização que os servidores têm em
relação às questões ambientais?
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Diante do exposto, o presente estudo tem por objetivo avaliar a percepção dos
procuradores da procuradoria do município de Campina Grande-PB em relação ao impacto da
logística reversa e o grau de conscientização sobre as questões ambientais.
A pesquisa justifica-se pela relevância que as ferramentas da logística reversa têm para
auxiliar a gestão pública responsável na redução dos danos ambientais, causados pela
deposição inadequada de resíduos que podem ser recicláveis no meio ambiente. E também
pela relevância que o tema vem recebendo a cada dia, bem como pela ausência de estudos que
trate dessa questão no âmbito do setor público.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Setor público no Brasil
No Brasil, o setor público é compartilhado entre as três esferas que compõe o Estado
brasileiro, Municípios, DF, Estados e União. Além disso, têm-se as organizações que
compõem a administração pública direta e indireta. A administração direta é composta pelos
próprios organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. Enquanto que administração
indireta é aquela composta por entidades com personalidade jurídica própria, que foram
criadas para realizar atividades de Governo de forma descentralizada, como as autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Cabe ressaltar que, tanto a
administração direta como a indireta tem como objetivo assegura a satisfação das
necessidades coletivas, tais como a segurança, a saúde e o bem estar das populações.
Segundo Tavares (2009) a Administração Pública tem como principal objetivo o
interesse público, seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Assim, administração pública em sentido material é
administrar os interesses da coletividade e em sentido formal é o conjunto de entidades,
órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado. Para cumprir suas
finalidades, o Estado brasileiro utiliza-se das organizações públicas para implementar as suas
ações, devido ao seu escopo de atuação e aos inúmeros e diferentes segmentos da sociedade
com os quais se relacionam, assumem um grau de alta relevância.
Mesmo assim, para Nagem (2006) a percepção que se tem das organizações públicas
na sociedade é que elas não conseguem acompanhar o ritmo frenético hoje determinante das
mudanças organizacionais, especialmente se forem levados em consideração os inúmeros e
diversificados tipos de organizações públicas existentes, em relação a tipo, gênero, tamanho,
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localização geográfica, jurisdição e outras inúmeras variáveis que tornam esse segmento
altamente heterogêneo e com realidades díspares.
Tal percepção se deve a burocracia excessiva, formalista, ritualista, centralizadora e da
má qualidade dos bens e serviços públicos oferecidos pelo Estado. (MARTONE, 2007, p.19,
grifo do autor). Evidentemente, esta prestação de serviços é habitualmente realizada com a
limitação dos recursos recebidos pelas organizações. E, quando há recursos disponíveis, eles
tendem a depender da decisão política e das flutuações da capacidade econômica do Estado.
Nesse sentido, para Gaster (1999), a baixa qualidade dos serviços públicos gera e
perpetua uma baixa expectativa em relação ao que pode ser oferecido, tanto por usuários
quanto por prestadores de serviços, contribuindo, assim, para gerar um ciclo vicioso de
insatisfação e frustração de gerentes e usuários.
Por outro lado, de acordo com Carbone (2000), a história da administração pública no
Brasil ainda é muito recente, e de outro, as forças modernizantes, por seu turno,
industrializadas e abertas ao exterior, tem exigido novas missões para o Estado,
principalmente na área de ampliação da infraestrutura econômica e social, que hoje apontam
para a globalização e o liberalismo. Essas forças inovadoras procuram introduzir, nas
organizações públicas, uma cultura de flexibilidade e de gestão empreendedora que permita às
organizações públicas atuarem de forma eficiente, num mundo de rápidas transformações.
No âmbito macroeconômico se percebe que atualmente, o ambiente organizacional é
marcado por constantes mudanças, principalmente após a crescente globalização dos
mercados. Hoje, não basta às empresas oferecerem produtos com qualidade e preços
competitivos, pois esses fatores deixaram de ser apenas um diferencial entre as companhias
para se tornarem fator de sobrevivência no mercado global.
Além disso, com a crescente conscientização dos consumidores, as exigências por um
nível de serviço mais adequado têm forçado as empresas a incluir nas suas estratégias além
das tradicionais preocupações com as áreas de marketing, finanças e produção, novas
ferramentas para a gestão mais eficiente da cadeia de suprimentos.
Nessa perspectiva, é correto afirmar que os preceitos válidos para as organizações em
geral estão valendo também para as organizações públicas, uma vez que estas mantêm as
mesmas características básicas das demais organizações, acrescidas, entretanto, de algumas
especificidades como: apego às regras e rotinas, supervalorização da hierarquia, paternalismo
nas relações, apego ao poder, entre outras. Desse modo, implementar projetos de reformas
administrativas de maneira efetiva no setor público assumem papel de relevante importância,
não apenas pelas exigências atuais, mas também como instrumento de gestão pública.
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2.2 Origem e evolução da logística
A logística teve sua origem nos primórdios, a partir das necessidades observadas pelo
homem em viver em grupos que, por sua vez, se tornariam as comunidades de hoje. Com o
crescimento desse grupo surgiu à necessidade de suprir-lo de alimentos, com quantidades
cada vez maiores, nasce, então, o abastecimento, na sequência, a embalagem, o transporte e a
armazenagem. Contudo, a logística como se conhece hoje é resultante de um longo processo
de evolução que começou nas organizações militares.
Como precedente pode-se destacar a Guerra do Golfo, no início de 1999, quando os
Estados Unidos e seus aliados tiveram que deslocar grandes quantidades de materiais a
grandes distâncias, que se pensava ser em um tempo impossivelmente curto. “Meio milhão de
pessoas e mais de meio milhão de materiais e suprimentos tiveram que ser transportados
através de 12.000 quilômetros por via aérea, mais 2,3 milhões de toneladas de equipamentos
transportados por mar – tudo isso feito em questão de meses.” (CRISTHOPER, 2002, p. 01).
Assim constata-se nas obras de referência que em períodos de guerras, os exércitos
tinham que movimentar grandes quantias de materiais a grandes distâncias, em que se
pensava em um tempo extremamente curto. Para isso, é necessário fazer o planejamento
quanto ao suprimento e movimentação de tropas, e esse planejamento, entre outros, traçava os
primeiros sinais logísticos, ainda que restritos ao lugar onde se travavam as batalhas,
principalmente porque foi aí que a logística ganhou sua importância altamente proficiente, no
planejamento, direção e execução das atividades militares não abrangidas pela tática e
estratégia.
Na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), a logística teve um papel preponderante, e
a relevância do apoio logístico chegou a ultrapassar, em muitos casos, a dos fatores tático e
estratégico. Entretanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial, os exércitos tinham um
grande contingencial de estrategistas ociosos e para não desperdiçar seus talentos, os generais
agregaram esse pessoal nas empresas estatais (LOURENÇO, 2009).
Com o crescimento da população mundial, aliada a segunda Revolução Industrial e
outros acontecimentos, aumentou muito a circulação de mercadorias, e também a preocupação
em movimentar. Foi a partir de então, que começou a ser implementada à logística no âmbito
empresarial.
Porém, foi somente durante a década de 90 que o interesse surgiu de fato nas
organizações empresariais, quando os profissionais de logística reconheceram o aspecto vital
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que o gerenciamento logístico pode ter para a obtenção da vantagem competitiva
(BERTAGLIA, 2003).
Em virtude disso, novas técnicas e conceitos do modelo japonês, ou seja, do
Toyotismo surgiram novas ferramentas gerenciais como, por exemplo: Just-in-time, Supply
Chain Management, Manufacturing Resource Planning, (MRP), First In First Out, (FIFO),
Last In, Last Out, Set-up (LIFO) Centros de Distribuição (CDs) entre outras ferramentas
foram adotadas, e os suprimentos passaram a ser administrados de forma mais eficiente.
2.3 Conceituação de logística
Entender o conceito de logística é de fundamental importância para que as empresas
gerenciem os processos de distribuição de seus produtos. Bem como o gerenciamento da
organização como um todo. Por isso, para Ballou (1993, p.23) “a logística empresarial “estuda
como a administração poderá prover uma melhora no nível de rentabilidade de distribuição
aos clientes, por interface do planejamento, da organização e do controle efetivo para
atividades de movimentação e armazenagem, visando a facilidade do fluxo de produtos”.
Nesse sentido, a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima
até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos
em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a
um custo razoável (POZO, 2002).
Nesse contexto, todas as organizações tentam se diferenciar de seus concorrentes, para
conquistar e manter seus clientes, e isso está se tornado cada vez mais difícil, devido os
clientes estarem bem informados e exigentes.
Com isso, para competir nesse cenário, às organizações precisam de vantagens
competitivas. E a logística é fundamental para aumentar o grau de competitividade das
organizações, principalmente porque as novas exigências para a atividade logística no mundo
passam pelo maior controle e redução de custos, nos prazos de entrega e aumento da
qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação
das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo
prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas
ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios.
Dessa forma, a gestão das cadeias de suprimento tornou-se fundamental para a
sobrevivência no mundo globalizado e exige profundas mudanças nas empresas e
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especialmente no ambiente de negócios onde atuam, demandando infra-estrutura, políticas
públicas e competências cada vez mais adequadas ao momento atual, pois a logística do
amanhã segundo Lourenço (2009) traz em seu conteúdo o planejamento estratégico, a adoção
dinâmica de novas tecnologias, parcerias e alianças e a visão futura de curto, médio e longo
prazo. Hoje, quando todas as empresas buscam colocar os seus produtos ao consumidor final,
de maneira competitiva e eficiente, no tempo e lugar certo, a logística se sobrepõe como
elemento essencial à sobrevivência das mesmas.
Logo, a logística é muito importante no dia-a-dia, pois dela se depende para quase
tudo. Todos os produtos que se compra, chegam as nossas mãos por processos logísticos. É
por isso, que a logística è a chave de sucesso de muitos negócios. Contribuindo com tal
raciocínio, Glugoski (2008) destaca que a logística é a forma racional e econômica de fazer
com que produtos cheguem ao lugar certo, na hora certa e em condições adequadas. Assim,
pode-se definir logística como sendo a junção de quatro atividades básicas: as de aquisição,
movimentação, armazenagem e entrega de produtos.
De acordo com Christopher (2002, p.2), a logística é o processo de gerenciar
estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais, peças e
produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas), por meio da organização e de seus
canais de marketing, de modo a maximizar, pelo atendimento dos pedidos a baixo custo, a
lucratividade presente e futura.
Já para Novaes (2001), logística “é o processo de planejar, implementar e controlar
eficientemente o custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a
produção e produtos acabados, e as informações relativas a essas atividades, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos do cliente”.
Corroborando com esse pensamento, Villa (2003), coloca a logística como sendo a
gestão na empresa de todo o movimento: de cargas, pessoas e documentos; da forma mais
adequada, portanto incorpora, indubitavelmente, todo o processo de planejar.
Essa mesma lógica aplica-se, também, a qualquer empresa, sempre na busca de melhor
gestão e da realização em termos de eficiência e de eficácia no fluxo de insumos e de
produtos. Nesse sentido, a logística é um modo de gestão que cuida especialmente da
movimentação dos produtos, nos diversos segmentos dentro de toda a cadeia produtiva ou de
prestação de serviços e de qualquer produto, inclusive nas diferentes cadeias produtivas ou de
prestação de serviços do setor público.
Em todos os casos, o conceito de logística vai sempre envolver o gerenciamento da
cadeia produtiva, desde sua origem até o consumidor final. Ou seja, a logística empresarial
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inclui todas as atividades de movimentação de matéria-prima, produtos em processo, produtos
acabados, estoque, transporte, distribuição, planejamento, implementação e controle dos
custos e a transferência de informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo
com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
Novaes (2003) comenta que a logística moderna procura coligar todos os elementos do
processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com
fornecedores e clientes para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais.
A logística empresarial moderna surgiu justamente da importância da redução de custos nas
empresas e na maior importância que se dá hoje em atendimento das necessidades dos
clientes.
A amplitude do conceito de logística empresarial decorreu da evolução e adoção de
sistemas de gestão do estoque, como o just-in-time, para atender os clientes (interno e
externo) no momento exato de suas requisições, contando com as qualidades pertinentes para
a operação. Nesse contexto, surge também o Supply Chain Management (SCM), ou
gerenciamento da cadeia de suprimentos.
Nos períodos mais recentes Leite e Brito (2003); Fuller e Allen (1995); Braga Junior et
al. (2006) apontam que a logística empresarial deve considerar também a logística reversa
como parte integrante de seus processos produtivos. Para reduzir os custos, e também para a
proteção do nosso meio ambiente.
2.4 Evolução da logística reversa
Outro fator importante que surgiu com a evolução da logística foi à logística reversa,
que é a área da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem,
substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e reformas, reparos e
remanufatura. Assim, o objetivo da logística reversa é possibilitar os retornos dos bens ou
seus materiais aos ciclos produtivos ou de negócio, com a respectiva agregação de valor
econômico ou ecológico.
A logística reversa tem conquistado maior importância e espaço na operação logística
das empresas, principalmente por seu potencial econômico. Nas grandes empresas norte-
americanas, a logística reversa contabiliza cerca de 4% dos custos logísticos totais, um valor
estima- do de 35 a 42 bilhões de dólares ao ano, que representa a importância do
melhoramento dos processos envolvidos com os produtos e materiais retornados (CHAVES;
BATALHA, 2006).
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Conforme mostra a literatura, nos anos 80, o conceito de logística reversa ainda estava
limitado a um movimento contrário ao fluxo direto de produtos na cadeia de suprimentos. Foi
na década de 90 que com as novas abordagens introduzidas o conceito evoluiu impulsionado
pelo aumento da preocupação com questões de preservação do meio ambiente. Esta pressão,
induzida pelos consumidores, implicou em ações legais dos órgãos fiscalizadores.
Além disso, a partir desse período, as empresas de processamento e distribuição
passaram a ver a logística reversa como uma fonte importante de redução de perdas. Dessa
forma, as atividades de logística reversa passaram a ser utilizadas em maior intensidade nos
Estados Unidos e Europa, países onde os conceitos e ferramentas clássicas de logística já
eram mais disseminados (CHAVES; BATALHA, 2006).
De modo geral, o conceito de logística evoluiu muito, e hoje congrega todos os
aspectos da cadeia de suprimento, de montante a jusante, e vice-versa. Ou seja, saindo do
fabricante em direção ao centro de distribuição e ao consumidor final. Nessa perspectiva, o
sistema logístico compreende a embalagem e a armazenagem, o manuseio, a movimentação e
o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e todo o transporte necessário, a
recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do
produto pelo cliente. A partir dessa ideia, deriva-se os conceitos de logística.
2.5 Logística Reversa
Na prática a logística reversa existe e vem sendo usada desde que se iniciou o
comércio de mercadorias. Ou seja, a troca de mercadorias com defeitos ou danificadas era
comum no comércio desde os tempos antigos, e esta prática concretiza um tipo de fluxo
reverso. Apesar disso, foi somente no século XX, na década de 90 que o conceito de logística
reversa evoluiu impulsionado pelo aumento da preocupação com questões de preservação do
meio ambiente. A partir deste período, as empresas de processamento e distribuição passaram
a ver a logística reversa como outros olhos, sobretudo, devido ao aumento da pressão induzida
pelos consumidores, que posteriormente implicou em ações legais dos órgãos fiscalizadores.
Inicialmente, as atividades de logística reversa passaram a ser utilizadas com maior
intensidade nos Estados Unidos e Europa, países onde os conceitos e ferramentas clássicas de
logística já eram mais disseminados (BARRATT, 2004; FLEYRY, 1999; FERREIRA et al.,
2010). Enquanto isso no Brasil, embora seja notável o potencial da logística reversa na
economia, a falta de visão da atividade como potencial gerador de vantagem competitiva às
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empresas compromete a estruturação dos canais e funcionamento de forma eficiente, mesmo
nos canais mais tradicionais e melhor estruturados.
Atualmente, com a redução do tempo de ciclo dos produtos, o foco de atuação da
logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais à cadeia de valor por sua
reinserção no ciclo de produção ou de negócios e, portanto, um produto só é descartado em
último caso. Isto porque o processo logístico reverso pode prolongar o reuso dos produtos
descartados e/ou seus componentes, principalmente reintroduzindo nos processos produtivos
em forma de matéria-prima.
O processo de logística abrange desde a etapa inicial partindo-se da matéria-prima até
a entrega do produto ao consumidor. No entanto, conforme Santos (2010) é possível estender
os estudos além deste ponto e analisar o fluxo inverso ao da cadeia tradicional, ou seja, o
produto partindo-se do consumidor final até sua reutilização, evitando assim o descarte
incorreto no meio ambiente. Ainda de acordo com o mesmo autor, o estudo desse fluxo
inverso da logística é denominado logística reversa.
A logística reversa pode ser entendida como a área da logística que planeja, opera e
controla o fluxo de matérias-primas, da produção e do produto acabado (e seu fluxo de infor-
mação), do ponto de consumo até a origem, com o fim de recapturar valor ou oferecer um
destino ecologicamente adequado, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-
lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem
corporativa, entre outros.
Para Daher et al. (2004), a logística reversa em seu sentido mais amplo, significa todas
as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. Refere-se, assim, a
todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos e/ou materiais e
peças usados a fim de assegurar uma recuperação sustentável antes do descarte dos
componentes inutilizáveis no meio ambiente.
Nessa perspectiva, a logística reversa torna-se uma das mais importantes áreas dentro
da empresa, sobretudo nas empresas modernas, face ao crescente ambiente de competitividade
e de sensibilidade ecológica da sociedade. Contudo, o sucesso do canal reverso depende do
tipo de material e o motivo pelo qual ele entrou no sistema. Os produtos, em geral, retornam
devido a uma necessidade de reparo, reciclagem, descarte ou simplesmente porque os clientes
os devolveram.
Pela ótica de Novaes (2007), a logística reversa cuida dos fluxos de materiais que se
iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o
objetivo de recapturar valor ou de disposição final. Ou seja, o processo de logística reversa
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envolve a movimentação de produtos através de canais reversos de distribuição, com o
propósito de atender os requisitos dos clientes e/ou para o retorno ao ciclo de negócios, ou
para disposição final adequada.
A logística reversa atua em duas grandes áreas, a logística reversa de pós-venda e de
pós-consumo, sendo estas diferenciadas pelo estágio ou fase do ciclo de vida útil do produto
retornado. A logística pós-venda se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo
físico e das informações logísticas correspondentes de bens pós-venda, sem uso ou com pouco
uso, que por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta.
Segundo Leite (2003), o canal de distribuição reverso pós-venda é caracterizado pelo
retorno de produto que apresentaram problemas. O objetivo estratégico dessa área da logística
é agregar valor ao produto logístico que é devolvido por razões comerciais, erros no
processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de
funcionamento, avarias no transporte, manuseio, entre outros. Assim, esse fluxo de retorno se
estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta, dependendo do objetivo
estratégico ou do motivo de retorno.
Já a logística reversa de pós-consumo é responsável pelo retorno dos produtos
descartados pela sociedade em geral. Através desse canal os bens pós-consumo retornam ao
ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição reversos
específicos. Esses produtos podem ser divididos em duas categorias: produtos ainda em
condições de uso e que podem ser recolocados no mercado como produtos de segunda mão, e
aqueles em fim de vida útil, que poderão ter seus componentes reutilizados em outros
produtos, ser reciclados ou descartados por não ter mais condição de uso.
Para Leite (2005), os materiais descartados nesse canal podem ser enviados a destinos
finais tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários, considerados meios seguros de
estocagem e eliminação, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de desmanche,
reciclagem ou reuso em uma extensão de sua vida útil.
Segundo Guarnieri (2005), essa vida útil pode ser prolongada se outras pessoas virem
neste mesmo bem, outras utilidades o mantendo em uso por um determinado tempo, após isso
esse bem é destinado à coleta de lixo urbano, podendo ser reciclado ou simplesmente
depositado em aterros sanitários, causando sérios impactos ao meio ambiente.
Leite (2003) destaca que a disposição final segura dos bens pós-consumo usando-se
um meio controlado que não danifique, de alguma maneira, o meio ambiente e que não atinja,
direta ou indiretamente, a sociedade é essencial. Deste modo, as alternativas de retorno de
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produtos ao ciclo produtivo constituem-se atualmente na principal preocupação do estudo da
logística reversa e dos canais de distribuição reversos de pós-venda e pós-consumo.
2.6 Responsabilidade socioambiental nas organizações
A responsabilidade socioambiental emergiu no bojo das transformações culturais que
ocorreram nas décadas de 60 e 70. Contudo, somente após a Segunda Guerra Mundial,
quando os problemas ambientais ficaram mais evidentes, principalmente devido o aumento
excessivo da produção e exploração dos recursos naturais. Ou seja, quando às conseqüências
dos atos do homem começam aparecer, começou aparecer às primeiras reflexões contundentes
sobre a relação sociedade e meio ambiente, que só vieram a ganhar mais musculatura no final
da década de 80 e o início dos anos 90, após o Relatório de Brundtlandde (1987) e da ECO-92
realizada no Rio de Janeiro. A partir desses eventos a questão ambiental ganhou dimensão e
situou o meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno.
Segundo Moreira e Soares (2008), nos anos 80, os gastos com proteção ambiental
começaram a ser vistos pelas empresas líderes não primordialmente como custos, mas como
investimentos no futuro e vantagem competitiva. A inclusão da proteção do ambiente entre os
objetivos da organização moderna ampliou substancialmente o conceito de administração.
Gestores introduziram em suas empresas programas de reciclagem, medidas para poupar
energia e outras inovações ecológicas, surgindo a cada dia novos sistemas gerenciais de cunho
ecológico.
Na década de 1990, a visão socioambiental começou a ganhar maior ênfase nas
decisões gerenciais das organizações, levando-as a estabelecer de forma mais frequente,
práticas de gestão ambiental. Com as conferências das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento, Rio-92 e Rio+10 (Johanesburgo 2002), a causa ambiental ganhou mais
contorno e foi de fato institucionalizada por diversas organizações públicas e privada.
Atualmente, a responsabilidade socioambiental é acatada como um imperativo para
sobrevivência de qualquer organização.
Nesse contexto, as empresas devem criar uma visão de uma economia global
sustentável, desenvolver estratégias integradas com o meio ambiente e o sistema produtivo.
Na verdade, as empresas já vêm se adequando às exigências da preservação pela utilização
das técnicas que utilizam racionalmente os recursos, além de atender às expectativas
ecológicas dos consumidores e clientes (SCHENINI, 2005).
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Para Machado (2007), as ações voltadas à sustentabilidade da organização devem
considerar os efeitos da sua atuação em todo o ciclo produtivo e em todos aqueles que, de
alguma forma, possam ser afetados pelo desenvolvimento de novas técnicas ou novos
métodos criados pela organização em suas atividades.
Assim, as ações voltadas para a responsabilidade socioambiental devem incorporar
além das pressões sociais que exigem das empresas, um processo produtivo que gere menos
impactos sociais e ambientais, a valorização do colaborador como parte integrante da empresa
e, também, a preocupação em criar medidas que proporcionem qualidade de vida dentro da
organização. Os consumidores neste novo cenário empresarial têm expectativas de interagir
com as organizações mais éticas, com boa imagem institucional, e que atuem de forma
ecologicamente responsável.
De acordo com Tachizawa (2007):
...Nota-se que a crescente tendência do exercício da responsabilidade socioambiental por parte das organizações deve continuar de forma permanente e definitiva onde resultados econômicos passam a depender cada vez mais de decisões empresariais que levem em conta que: a) não há conflito entre lucratividade e a questão socioambiental; b) o movimento de sustentabilidade cresce em escala mundial; c) clientes e comunidade em geral passam a valorizar cada vez mais a adoção das práticas socioambientais por parte das organizações; d) a demanda e o faturamento das empresas passam a sofrer cada vez mais de pressões e a depender diretamente do comportamento de consumidores que enfatizarão suas preferências para produtos e organizações ecologicamente corretas.
Em vista disso, na próxima década, o desenvolvimento sustentável será uma das
maiores oportunidades da história dos negócios e cabe aos executivos/gestores liderar este
caminho. Segundo Hart (1997), as empresas devem assumir o papel de educadoras,
direcionando a preferência dos consumidores por produtos e serviços consistentes com a
questão da sustentabilidade.
Nesse sentido, as organizações também passaram a aumentar suas atividades voltadas
à atenção aos seus clientes e à manutenção de uma relação de parceria com outras entidades
externas, em busca de desenvolver vantagens competitivas e criar novas oportunidades que
lhes permitam atingir mercados cada vez maiores e à adição de valor aos negócios existentes.
3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo é uma pesquisa de campo (Marcone e Lakatos, 2008; Vergara,
2007), exploratória (Mattar, 2001; Vergara, 2007), descritiva (Gil, 2002; Vergara, 2007), com
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abordagem quantitativa e qualitativa. O universo dessa pesquisa é constituído por todos os
procuradores da procuradoria municipal de Campina Grande-PB (VERGARA, 2007;
MARCONI e LAKATOS, 2008). Contudo, em virtude de limitações no decorrer do trabalho,
optou-se por selecionar uma amostra não-probabilística, selecionada pelo critério de
acessibilidade, observando-se os seguintes requisitos: Ser procurador da procuradoria
municipal de Campina Grande e estar disponível para responder o questionário (VERGARA,
2007).
Em um universo de cerca de 20 procuradores efetivos, que exercem suas funções nas
repartições da procuradoria, foram distribuídos 12 questionários objetivando-se obter o
mínimo de 10 questionários respondidos. Todavia, a amostra final foi composta por 7
procuradores, que representa 35% do total.
Na primeira fase da pesquisa os dados foram coletados em material já elaborado,
constituído principalmente de livros, monografias, dissertações, teses, artigos científicos e
portais da internet.
Na segunda fase da pesquisa utilizou-se do questionário estruturado, combinado com o
método survey. Para a análise quantitativa dos dados foi utilizado o software estatístico da
Microsoft, o Excel. Já a análise qualitativa foi feita através dos métodos interpretativo
(RAUEN, 1999).
4 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Este item foi dividido em cinco partes. Na primeira parte é apresentado o histórico do
município ambiente da pesquisa, a segunda mostra o perfil dos sujeitos da pesquisa, a terceira
parte mostra as percepções iniciais dos pesquisados em relação aos conceitos de logística
reversa, a quarta parte descreve o grau de conscientização que os servidores têm em relação às
questões ambientais, a partir de suas percepções e a quinta parte mostra o nível de
comprometimento da organização de atuação dos investigados com a causa ambiental.
4.1 Histórico do município de Campina Grande-PB
Campina Grande-PB foi fundada no ano de 1788, mas só foi elevada à categoria de
cidade em 11 de outubro de 1864. Sua ocupação inicial foi feita por índios Ariús, e
posteriormente foi colonizada pelo Capitão-Mor Teodósio de Oliveira Ledo. A urbanização
do município tem um forte vínculo com suas atividades comerciais. Primeiramente o
15
município foi lugar de repouso para tropeiros, em seguida se formou uma feira de gado e uma
grande feira geral com destaque em todo Nordeste.
Devido às atividades tropeiras e ao crescimento da cultura do algodão o município deu
um grande salto de desenvolvimento, sendo a monocultura do algodão fundamental nesse
processo. No início do século XX, a cultura do algodão foi para Campina Grande a principal
atividade responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de todas as regiões
da Paraíba e de todo o Nordeste. Até a década de 1940, Campina Grande era a segunda maior
exportadora de algodão do mundo, atrás somente de Liverpool, na Inglaterra.
Devido ao algodão, Campina Grande cresceu e se desenvolveu muito, principalmente,
porque o beneficiamento do algodão teve um impulso importante com a chegada das linhas
ferroviárias para a cidade. Com o uso do trem, houve uma grande mudança na economia
local: Campina pôde mais facilmente exportar sua produção de algodão beneficiado, assim
como outros produtos para os portos mais próximos. Esse cenário permitiu Campina Grande
despontar em 1960, como pólo comercial e industrial não só do estado, mas também da região
Nordeste.
Campina Grande possui uma área territorial de 594, 179 Km2 e está localizada na
Mesorregião da Borborema. A sede do município está situada geograficamente nas
coordenadas 35°53’5.82 de longitude Oeste e 7°13’11.85 de latitude Sul. Sua altitude é de
550m em relação ao nível do mar. A distância da capital do Estado é de 130 km.
Atualmente, o município tem 385.213 mil habitantes segundo dados do IBGE (2010),
e é referência no desenvolvimento comercial, industrial, educacional e tecnológico, além de
congregar habitantes de cidades circunvizinhas em busca de serviços diversos, o município
exerce grande influência política e econômica em muitos municípios do estado e também nos
estados vizinhos.
4.2 Perfil dos sujeitos da pesquisa
Por meio da tabulação dos dados obtidos foi possível caracterizar o perfil dos
procuradores que responderam o questionário da ótica das seguintes variáveis: gênero, estado
civil, faixa etária, nível de instrução, renda familiar, cargo ocupado e/ou função exercida,
tempo de atuação no cargo atual e tempo de atuação na organização.
Como mostra o Quadro 1, é notável a predominância do gênero feminino entre os
respondentes, constituindo 85,71% da amostra. Quanto ao estado civil, os dados observados
são os seguintes: 42,85% dos respondentes são solteiros, já o público de casados soma um
16
total de 57,15% da amostra. Em relação à faixa etária, a maior concentração encontra-se na
faixa “de 30 a 35 anos”, com 85,71% dos respondentes. Acerca do nível de instrução, mais da
metade dos sujeitos da pesquisa possuem especialização, ou seja, 71,42%, enquanto
aproximadamente 14,29% possuem doutorado e 14,29% tem apenas graduação. Esses dados
demonstram que o nível do Sistema Educacional no País está melhorando no ensino superior,
oferecendo aos cidadãos brasileiros oportunidades de crescimento intelectual e científico
Quadro 1 – Gênero dos procuradores
Gênero
Masculino 14,29%
Feminino 85,71%
Fonte: Dados da pesquisa (2011).
No que tange ao cargo ocupado e/ou função exercida pelos respondentes, todos são
procuradores do município de Campina Grande-PB. Com relação ao tempo de atuação no
cargo atual, as faixas apresentam distribuição razoavelmente equilibrada, a categoria “de 3
anos” apresenta um percentual de 28,57%, seguida da categoria “de 5 anos”, com percentual
de 28,57%, enquanto as categorias “de 1 ano”, “de 2 anos” e “de 4 anos”, apresentam 14,29%
respectivamente.
No que diz respeito ao tempo de atuação na organização, a distribuição dos números
relativos apresenta o mesmo padrão como já observado para a variável “tempo no cargo”. É
possível perceber por meio do resultado uma maior concentração de servidores exercendo
função com menos de 5 anos na instituição, em função da nomeação dos servidores aprovados
no concurso público realizado pelo município em anos bem recentes.
4.3 Percepções iniciais dos procuradores
De posse dos questionários respondidos, verificou-se que apenas 14,29% dos
procuradores sabem o que significa a terminologia “Logística Reversa”, enquanto a maioria
85,71%, não tem ideia do que se trata. Com relação à legislação que regulamenta a destinação
do lixo, 85,71% não têm conhecimento do objeto e do campo de aplicação da Política
17
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de agosto de 2010), embora a lei tenha sido
sancionada há mais de um ano.
Um dos principais pontos da lei diz respeito à logística reversa, que traz para os
vendedores e fabricantes parte da responsabilidade no descarte dos resíduos dos produtos.
Além disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos mudou a maneira como o governo, em
suas três esferas e cidadãos devem encarar a destinação do lixo.
Cabe ressaltar, entretanto, que para sair do papel, a lei depende de acordos com as
cadeias produtoras que devem definir o modelo de recolhimento, reciclagem e destinação
final, para entrar efetivamente em funcionamento. Essa indefinição de que modelo adotar para
a gestão dos resíduos sólidos pode ser superada no curto prazo tendo em vista que a nova
legislação permite diversas formas de execução da logística reversa e que sua aplicação deve
está efetivada em 2014, quando só poderá ir para os aterros o lixo que não tem mais como ser
aproveitado ou remanufaturado.
A coleta seletiva considerada essencial para a reciclagem é realizada por apenas
14,29% dos procuradores. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) em 2010, 57,6% dos municípios
brasileiros afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, ante 56,6% em 2009. Mesmo assim, de
acordo com a entidade a quantidade de resíduos encaminhados a lixões ainda permanece alta,
quase 23 milhões de toneladas de resíduos seguiram para os lixões em 2010, em comparação
a 21 milhões de toneladas em 2009.
O levantamento da ABRELPE identifica ainda uma melhora na destinação final dos
resíduos sólidos urbanos: 57,6% do total coletado em 2010 tiveram destinação adequada,
sendo encaminhados a aterros sanitários, ante um índice de 56,8% no ano de 2009.
Em relação à reciclagem, os resultados obtidos apontam que apenas 14,29% dos
procuradores direcionam o lixo domestico para a reciclagem. Por outro lado, foi constatado
que 28,58% encaminham seus produtos eletroeletrônicos (computadores, celulares,
eletrodomésticos, etc.) sem uso para a reciclagem, 14,29% jogam no lixo comum, enquanto
57,13% dão outra destinação (Gráfico 1).
Gráfico 1: Biograma do descarte de produtos eletroeletrônicos
18
0
1
2
3
4
Encaminha parareciclagem
Joga no lixo
Dão outros destinosEntrega onde comprou
Envia para o fabricante
Fonte: Dados da pesquisa (2011).
Dentre os outros destinos de descarte dado aos produtos eletroeletrônicos sem uso
pelos procuradores estão: o reaproveitamento e o acondicionamento em deposito em casa,
esse último acontece enquanto não é encontrado um ponto de coleta adequado para descartar-
los. O descarte incorreto do lixo eletrônico ocasiona graves prejuízos ao meio ambiente e a
saúde dos seres humanos, pois possuem em sua composição elementos químicos inclusive
metais pesados, que podem contaminar os seres humanos e o meio ambiente, através da
manipulação de seus equipamentos, de forma direta ou indireta.
Alguns produtos como as baterias e pilhas com carga esgotada devem ser descartados
somente em local adequado, conforme determina a resolução n° 257/99 do CONAMA.
Devido a seus componentes tóxicos, depreendem desses equipamentos substancias que causa
câncer de pulmão, doenças de pele, além de causar danos ao sistema sanguíneo, sistema
nervoso, desordens hormonais entre outros problemas. Além disso, quando descartadas em
lixões ou aterros sanitários, liberam componentes tóxicos que contaminam o solo, os cursos
d'água e os lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna das regiões circunvizinhas e o homem,
pela cadeia alimentar. Os principais componentes tóxicos encontrados nos eletroeletrônicos
são: cádmio, chumbo e mercúrio, todos eles estão presentes nos aparelhos celulares e nas
baterias de notebooks ou computadores.
O Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2010,
quantia 6,8% superior ao registrado em 2009 e seis vezes superior ao índice de crescimento
19
populacional urbano apurado no mesmo período (ABRELPE, 2011). Em função desse fato, e
visando corroborar com a redução dos resíduos sólidos urbanos, nos questionários, foi pedido
para os procuradores citar soluções de seu conhecimento que podem ser utilizadas para
diminuir o volume de lixo gerado nos grandes centros urbanos, as principais soluções
apontadas foram: mais coleta de lixo; a coleta seletiva e reciclagem; fazer compostagem dos
resíduos coletados; campanhas educativas; utilização da logística reversa; educação da
população em todos os níveis sociais e etários; e fazer reuso, reciclagem e principalmente
diminuir o consumo.
Esses resultados demonstram que os procuradores têm consciência e conhecem alguns
conceitos e ferramentas da logística reversa, mesmo que inconscientemente, uma vez que
85,71% dos procuradores encaminham seus produtos eletroeletrônicos sem uso para a
reciclagem ou dão outra destinação adequada. Note-se que 85,71% dos procuradores não
sabem o que significa a nomenclatura logística reversa.
4.4 Grau de conscientização dos procuradores
Para a análise do grau de conscientização dos procuradores quanto às questões
ambientais, pediu-se por meio do questionário aos pesquisados a exemplificação do conceito
de aquecimento global; para citar os tipos de poluição de seu conhecimento; e para fazer a
correlação de conceitos ligados às questões ambientais com seus significados. Também foi
perguntado aos pesquisados se eles apagam a luz toda vez que saem de um ambiente.
Após a tabulação dos dados, verificou-se que 100% dos procuradores sabem e/ou
entendem o conceito de coleta seletiva. Tal dado pode ser considerado um fator positivo do
ponto de vista da consciência ambiental. Não obstante, como foi mostrado anteriormente,
apenas 14,29% fazem a separação dos resíduos sólidos, mesmo sabendo da importância desse
trabalho. Identificou-se, ainda, que 85,71% sabem o significado do conceito da reciclagem e
também dos padrões sustentáveis de produção e consumo (Quadro 2).
Quadro 2: Correlação de conceitos
Conceitos Significados Certo Errado
I - padrões sustentáveis de produção e consumo:
( ) produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras;
85,71%
14,29%
20
II - ciclo de vida do produto:
( ) série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;
71,42%
28,58%
III - coleta seletiva:
( ) coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição;
100%
00%
IV - destinação final ambientalmente adequada:
( ) destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes;
71,42%
28,58%
V - reciclagem:
( ) processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos;
85,71%
14,29%
Fonte: Dados da pesquisa (2011).
Verifica-se que 71,42% sabem o significado ou conceito do “ciclo de vida do
produto”, enquanto 28,58% não sabem o conceito ou significado de “destinação final
ambientalmente adequada”, Apesar de 85,71% encaminharem seus produtos eletroeletrônicos
sem uso para a reciclagem e/ou dão outra destinação adequada. De acordo com a Lei Federal
nº 12.305/2010, somente depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação, os resíduos devem ter uma disposição final ambientalmente adequada. Por isso,
a importância do entendimento do conceito.
Por outro lado, percebeu-se nas respostas dos pesquisados que todos apagam a luz toda
vez que saem de um ambiente. Denota-se, então, que 100% dos pesquisados têm consciência
ambiental, pelo menos em relação a essa questão. Nesse caso é indispensável salientar que,
entre outros motivos para essa atitude de apagar a luz toda vez que sai de um ambiente, está o
econômico, em contraponto com a questão ambiental.
Com vistas em conhecer o grau de conscientização dos pesquisados, pediu-se aos
mesmos por meio do questionário para citar os tipos de poluição de seu conhecimento e,
também, para exemplificarem o conceito de aquecimento global com suas palavras. Os
principais tipos de poluição citados foram: ar, água, solo, ambiental, atmosférica, sonora e
visual. Apesar de os resultados dos questionários apontarem para um maior entendimento do
conceito, percebeu-se nas respostas dos pesquisados pouca consciência dos diversos tipos de
poluição existentes, principalmente, em virtude ao baixo número citado por cada um dos
pesquisados, em média foram citados três tipos.
21
Quanto à exemplificação do conceito de aquecimento global, o principal ponto
apontado pelos pesquisados foi que o aquecimento global é causado pela liberação gradual de
gases provenientes da poluição em suas diversas formas. Também foi apontado que
aquecimento global – é um fenômeno existente no nosso clima em que ocorre o aumento da
temperatura devido às ações predatórias do homem na natureza ou por causas naturais.
A ocorrência desse fenômeno é para um dos pesquisados provocado devido o aumento
da temperatura do planeta a nível incompatível com a adaptação dos ecossistemas, já para
outro pesquisado, o aquecimento global acontece devido à emissão de gás carbônico em alta
concentração, provocando superaquecimento na camada de ozônio. Pelas respostas dadas,
observa-se que a maioria dos pesquisados sabem de fato o que significa aquecimento global.
De maneira geral, percebe-se certo grau de conscientização entre as dimensões estudadas.
4.5 Nível de comprometimento da organização de atuação dos pesquisados
Foi perguntado aos pesquisados se a organização e/ou departamento em que eles
trabalham pratica a coleta seletiva, 85,71% responderam que não, enquanto 14,29%
responderam que sim. Na sequência, foi perguntado se a organização faz ou direciona os
resíduos gerados para a reciclagem, 85,71% responderam que não, e 14,29% responderam que
sim. Também foi perguntado se a organização em que os procuradores trabalham tem alguma
política para a diminuição dos resíduos gerados, 100% responderam que não. Ou seja, a
organização não tem nenhuma política para redução dos resíduos que gera no dia a dia.
Nessas circunstâncias de ausência de políticas, a capacidade de participação da
instituição fica comprometida e, por sua vez, a gestão dos resíduos. Nesse sentido, seu grau de
comprometimento com a causa ambiental é imperceptível. Não obstante, essa realidade tem se
revelado no âmbito de outras organizações públicas, devido principalmente ao pouco
envolvimento dessas instituições .
Por fim, foi perguntado a todos os pesquisados se o município de Campina Grande já
tem um plano municipal para a gestão dos resíduos, como determina a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de agosto de 2010). Embora, seja sabido que o município
ainda não tem um plano de gestão dos resíduos, assim como a maioria dos municípios do país,
por se tratar de um assunto ainda em discussão, 28,58% responderam que sim. Note-se que a
função do procurador é defender os interesses do município. Desse modo, é irrefutável o
conhecimento da legislação que afligem os interesses do município.
22
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das respostas obtidas, pode-se opinar que, a logística reversa ainda é uma área
com baixa prioridade, sobretudo, no setor público, mais especificamente na organização
pesquisada – a procuradoria do município de Campina Grande-PB. De forma unânime os
procuradores participantes da pesquisa afirmaram que a organização em que eles trabalham,
não tem nenhuma política pública para a minimização dos resíduos gerados por ela.
Entretanto, segundo Lima Filho et al. (2006) esta realidade está mudando em resposta
às influências externas devido às pressões legais, a necessidade de redução de custos e uma
maior conscientização por parte dos consumidores que cada vez mais passam a valorizar
organizações “ecologicamente corretas”.
Destaca-se ainda que apenas 14,29% sabem o significado da terminologia “Logística
Reversa”, enquanto a maioria (85,71%) não tem nem ideia do que se trata. Isto se reflete nas
ações praticadas no dia a dia na organização, uma vez que 85,71% responderam que a
organização não faz coleta seletiva nem direciona os resíduos gerados para a reciclagem.
Um resultado importante deste trabalho é o número significativo de que 100% dos
sujeitos da pesquisa sabem o significado do conceito de coleta seletiva; 85,71% sabem o
significado do conceito de reciclagem; 85,71% dos padrões sustentáveis de produção e
consumo; e 100% apagam a luz toda vez que saem de um ambiente.
Observe-se que 85,71% encaminham seus produtos eletroeletrônicos sem uso para a
reciclagem e/ou dão outra destinação adequada. Diante desses resultados, conclui-se que, de
forma geral, existe certo grau de conscientização dos procuradores em relação à logística
reversa e a problemática ambiental, mesmo com as discrepâncias dos resultados.
Quanto a pesquisas futuras, é um tema relevante e pouco explorado. Com a
disponibilidade dos dados necessários e citados anteriormente, é possível, aprofundar esta
pesquisa, recomenda-se, para efeito de comparação, o desenvolvimento de novos estudos em
diferentes secretarias do município e também em outras esferas do domínio da administração
pública.
Por fim, como forma de contribuir com o nosso compromisso e dever acadêmico e
social ao finalizar o presente artigo no Curso de Especialização em Gestão Pública
Municipal, é possível opinar que o gestor público precisa de uma conscientização ambiental
através do emprego da Logística Reversa – poderosa ferramenta que se bem aplicada poder-
se-ia ser uma contribuição generosa ao planeta Terra.
23
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MINICURRÍCULO
Joaquim Carlos Lourenço
Possui graduação em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB - 2009);
Atualmente, é mestrando em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG – 2011-2012); Membro do GETEC - Grupo de Estudos em Tecnologias Empresariais e Conhecimento – UFPB, e do Grupo Gestão do Conhecimento e Sustentabilidade (UEPB);
Tem experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: Logística, Microcrédito, Turismo e Desenvolvimento Sustentável, Gestão da Produção, Gestão Pública, Metodologia do Trabalho Científico, Tecnologia da Informação e Agronegócio.