logÍstica empresarial no setor de … - tandara 30... · 5 logÍstica empresarial no setor de...
TRANSCRIPT
5
LOGÍSTICA EMPRESARIAL NO SETOR DE SUPERMERCADOS NO
MUNICÍPIO DE CACOAL – RO1
Tandara Jessika Trevezani da Silva2
RESUMO: A logística possui vários papéis nas organizações, dentre os quais encontram-se o manuseio, armazenamento,
locação, controle e reduzir custos. Para que isso aconteça, é necessário agilizar tais processos, de forma que
ocorra a maximização da gestão da empresa. O objetivo geral do artigo foi o de analisar como a logística
empresarial poderá contribuir com a redução das perdas de produtos hortifrúti no setor supermercadista no
município de Cacoal/RO. A metodologia utilizada apresentou caráter descritivo e exploratório, com abordagem
qualitativa e quantitativa. Foram utilizadas entrevistas com os responsáveis pelo setor de hortifrúti dos
supermercados, roteiro de observação, analise documental e aplicação de 100 (cem) formulários aos clientes de
cada supermercado para medir o nível de satisfação em relação aos produtos ofertados. A pesquisa mostrou
algumas falhas no processo logístico trabalhado dos supermercados, dentre eles: o manuseio, forma de
armazenagem e exposição, fatores que justificam a fato destes terem prejuízos com produtos estragados.
Observou-se que os preços dos produtos são considerados insatisfatórios em relação à qualidade dos produtos
oferecidos. Sugere-se para as empresas que seja realizado reformas nas salas refrigeradas, com intuito de
prevenir perdas com produtos, tanto para os que não podem ser empilhados quanto para os que não podem
receber contato com a luz, bem como, criar critérios para mensurar essas perdas.
PALAVRAS CHAVE: Logística. Perdas. Hortifrúti. Perecíveis. Setor Supermercadista.
INTRODUÇÃO
A logística tem sido uma das áreas mais estudadas no campo da administração nos
últimos 15 anos, e a necessidade de obter meios de reduzir estoques nas cadeias de
suprimentos, redução do tempo de exposição dos produtos, redução de perdas nos estoques
são as principais causas da atenção dada à logística. No município de Cacoal/RO não foi
identificado nenhum estudo sobre logística no setor supermercadista de hortifrúti, porém,
segundo Parré e Câmara (2012) no município de São Paulo, no ano de 2000 o setor
supermercadista faturou R$ 3,1 bilhão com a seção de frutas, legumes e verduras (FLV), o
que representam em média, 12,5% das vendas totais dos supermercados do estado.
1 Artigo de Conclusão de Curso apresentado à Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus Prof.
Francisco Gonçalves Quiles, como requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em Administração sob a
orientação da Profª Ms. Lucélia Largura do Vale. 2 Acadêmica do 8º período de Administração pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – Câmpus Prof.
Francisco Gonçalves Quiles. E-mail: [email protected]
6
Em contrapartida ao grande faturamento com os FLVs, segundo a Associação
Paulista de Supermercados – APAS, as perdas dos supermercados brasileiros na venda de
FLV representam 24% da produção nacional desses produtos, correspondendo a 13 milhões
de toneladas de alimentos avaliados em aproximadamente R$ 4 bilhões, Revista do Frio
(2003) apud Parré e Câmara (2012). Diante de tais informações, busca-se analisar os fatores
que interferem nas perdas, e como as empresas têm trabalhado para diminuir esse índice.
Assim, busca-se analisar a cadeia de abastecimento de produtos hortifrútis perecíveis no setor
supermercadista do município de Cacoal-RO buscando atender as expectativas dos clientes.
Sabe-se que o setor supermercadista está crescendo em relação ao oferecimento de
produtos de hortifrútis, representando cerca de 10% do faturamento da empresa, o que faz
com que o lucro seja ampliado de maneira significativa para a organização, segundo Parré e
Câmara (2012). Os supermercados estão cada vez mais preocupados em oferecer serviços de
qualidade aos seus clientes, e o setor, popularmente conhecido como “feirinha” tem sido o
meio de atrair as pessoas a escolherem um supermercado na qual se fidelizarão como clientes,
pois, levando em conta que os produtos da feirinha possuem prazo de validade menor que os
demais produtos do supermercado, os consumidores passam a frequentar a empresa mais
vezes, e consequentemente, passam a consumir os demais produtos da loja.
No caso dos hortifrútis perecíveis a logística é essencial para que os produtos
cheguem aos clientes em bom estado. É preciso, além do transporte adequado, saber detalhes
e cuidados que devem ser tomados ao armazenar as Frutas, Legumes e Verduras (FLV) para
que, quando expostas à venda, essas FLVs não cheguem às gôndolas danificadas.
A pesquisa será desenvolvida a fim de proporcionar informações a respeito da
logística no setor de hortifrútis perecíveis em dois supermercados de grande porte no
município de Cacoal/RO, haja vista que estudos sobre este tema são pouco discutidos no
município na qual a pesquisa será desenvolvida. Apesar dos supermercados serem bem
estruturados e bastante frequentados, nota-se a importância de estudos relacionados a este
tema. Diante disso, busca-se responder: Como a logística da cadeia de abastecimento de
produtos hortifrútis perecíveis pode contribuir na redução de perdas do setor supermercadista
na cidade de Cacoal/RO?
Este artigo tem como tema Logística Empresarial de produtos hortifrútis perecíveis
7
no setor supermercadista de Cacoal-RO e está delimitado na área de Logística com estudo
focado na análise da organização dos dois maiores supermercados do município de
Cacoal/RO e nos meios que estes utilizam e podem ser usados para manter o controle dos
produtos hortifrútis perecíveis tanto daqueles que estão no armazém quanto nas prateleiras
dos supermercados. Tem como objetivo geral analisar como a Logística Empresarial pode
contribuir com a redução das perdas de produtos hortifrúti no setor supermercadista no
município de Cacoal/RO. Sendo que os objetivos específicos são mensurar as perdas de
produtos hortifrúti perecíveis nas empresas estudadas; descrever os processos de
abastecimento, armazenamento, controle e descarte dos produtos hortifrúti perecíveis;
comparar os processos e controle dos produtos hortifrútis entre os supermercados.
A razão da escolha do tema está relacionada ao fato de observar como são expostos
os produtos hortifrúti perecíveis nos supermercados do município de Cacoal-RO, no qual
aparentemente são expostos sem cuidados, causando danos aos produtos, e consequentemente
gerando perdas aos estabelecimentos. Tais perdas são repassadas ao consumidor por meio de
aumento de preço do produto, desta forma, analisando tais procedimentos, ou seja, o aspecto
logístico pode-se reduzir o custo final do produto em questão. E, ainda justifica-se pelo fato
de que estudos relacionados ao setor supermercadista de Cacoal/RO no tocante aos produtos
hortifrúti perecíveis ainda são incipientes e em função do setor supermercadista ser
considerado um dos segmentos mais importantes da economia brasileira no qual se destacam
no ano de 2001, conforme expõe a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS apud
LOUREIRO, 2002). Isso pode proporcionar o enriquecimento para as pesquisas feitas na área
de logística no setor de supermercado e trazer informações acadêmicas como: o valor
investido na logística; o percentual de perdas de produtos hortifrúti; quais alternativas podem
ser adotadas para diminuir este percentual; e quais os meios mais eficazes para atingir um
nível de serviço eficiente às empresas do setor supermercadista do município na qual serão
analisados.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA LOGÍSTICA
O termo logística, conforme expõe Ching (2010), esteve inicialmente ligado a
estratégia militar, utilizada na Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de movimentação e
8
coordenação de tropas, armamento e munições para os locais necessários. Sendo assim, o
sistema logístico foi desenvolvido para abastecer, transportar e alojar as tropas,
proporcionando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Permitia que
as campanhas militares fossem realizadas e contribuía para a vitória das tropas nos combates.
Conforme expõe Dias (2012, p. 5) “todos os generais da antiguidade já davam extrema
importância à logística”.
A estruturação da logística como uma organização integrada surgiu a partir da
metade do século XX, nesta época havia grandes dificuldades de aquisição e movimentação
de mercadorias, pois estas, não estavam disponíveis em locais acessíveis quando eram
procuradas pelos consumidores. Segundo Bowersox e Closs (2010, p. 502) “antes da década
de 50, as funções hoje aceitas como logística eram consideradas como trabalho de apoio ou
facilitadoras. A responsabilidade da organização pela logística estava dispersa por toda a
empresa”. De acordo com Dias (2012) foi Henry Eccles, um almirante chefe da divisão de
Logística do Almirante Nimitz, na Campanha do Pacífico, um dos primeiros estudiosos da
logística militar e é considerado o pai da logística moderna.
Segundo Dias (2012, p. 6) somente após a Segunda Guerra Mundial que a logística
deixou de ser relacionada somente no aspecto militar, pois houve “a necessidade de suprir e
reconstruir as cidades e os países destruídos pela guerra, a logística passou também a ser
adotada por organizações e empresas civis”.
1.2 LOGÍSTICA EMPRESARIAL
No Brasil, há a Associação Brasileira de Movimentação e Logística – ABML e a
Associação Brasileira de Logística – ASLOG, ambas apresentam a mesma definição de
logística, conforme expõe Dias (2012) como sendo a parte da cadeia de abastecimento que
tem como objetivo planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem dos bens,
serviços e informações com eficácia a fim de satisfazer as necessidades dos clientes, desde o
ponto de origem até o ponto de consumo destes itens.
Para Ballou (2010) a logística empresarial estuda como a administração pode prover
melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através
de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e
9
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Para Bowersox e Closs (2010) a
logística existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando operações relevantes de
produção e marketing.
Outra definição importante apresentada por Dias (2012, p. 5) é utilizada nos Estados
Unidos, em especial pela associação Council of Supply Chain Management Professionals.
A Logística planeja, executa, coordena e controla a movimentação e o
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e
produtos acabados, desde sua origem até o local de consumo, com o propósito de
atender às exigências do cliente final.
De acordo com Paura (2012, p. 23) “a logística surge com a necessidade de se
organizar o fluxo de produtos e serviços”. Desta forma, segundo Ching (2010) a logística
empresarial além de se preocupar com produtos acabados, se preocupa com a aquisição, com
a fábrica e os locais de estocagem, níveis de estoques e sistemas de informações, juntamente
com seu transporte e armazenagem e os mecanismos dos centros de distribuição. Wanke
(2011, p. 5) destaca que a política de reagir ou planejar na gestão de estoques também está
direcionado ao estágio da cadeia onde é gerada a informação para a tomada de decisão.
Seguindo a ideia de Ballou (2010) logística empresarial está associada ao fluxo de
bens e serviços e da informação que os põe em movimento. Tendo como missão colocar as
mercadorias ou os serviços certos no lugar e no instante corretos e em boas condições, ao
menor custo possível. Entende-se sobre logística empresarial, conforme Ching (2010), como
um assunto vital para a organização, uma vez que tem por objetivo exercer a função de
estudar a maneira como a administração obtém mais eficácia/eficiência em seus serviços de
distribuição oferecidos aos seus clientes e consumidores, levando em consideração
planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Expõe Paura (2012, p. 27) que:
podemos destacar, também, o estoque dos mercados com outro ponto onde a
logística tem importante papel no comércio. A organização do processo de estoque
envolve não apenas o controle do que entra e do que sai, mas também as
informações necessárias para a solicitação de mais pedidos. Isso sem mencionar a
necessidade de controle de temperatura de alguns produtos.
10
O estoque é um fator de grande relevância para a empresa, por isso é preciso haver
um cuidado rígido quanto à qualidade dos produtos estocados, a quantidade, temperatura e
cuidados na forma de estocá-los, a forma em que são alocados e empilhados para que estes
não cheguem com danos às prateleiras dos supermercados. De acordo com Bowersox e Closs
(2010) as estratégias logísticas são projetadas para manter o mínimo de recursos financeiros
em estoque, e o objetivo do gerenciamento do estoque é obter máxima rotatividade dos
produtos ao mesmo tempo em que satisfaz os compromissos com o cliente, mantendo a
qualidade do produto.
Contudo, destaca Carneiro (2012) que a logística pode ser considerada uma parte da
cadeia de suprimentos que cuida das atividades de gestão do processamento do pedido, da
gestão de estoque e armazenagem e do transporte, atividades estas responsáveis pela
existência da cadeia de suprimentos. Enquanto a logística visa atender aos clientes do
mercado consumidor, a cadeia de suprimentos propicia as melhores condições para que as
mercadorias e produtos sejam disponibilizados aos clientes no momento e local que estes
precisam.
Sendo assim, segundo Christopher (2010, p. 4) o foco do gerenciamento da cadeia de
suprimentos está na cooperação e na confiança, e no reconhecimento de que, devidamente
gerenciado, “o todo pode ser maior que a soma de suas partes”. Portanto, a condução eficaz da
logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos pode fornecer importante vantagem
competitiva, ou seja, a empresa pode se tornar mais competitiva em relação às outras
empresas, tendo como consequência, a atratividade de novos clientes.
1.3 ARMAZENAMENTO
A evolução tecnológica estendeu seus benefícios, segundo Viana (2010) à área de
armazenagem, tanto pela introdução de novos métodos de racionalização e dos fluxos de
distribuição de produtos, como pela adequação de instalações e equipamentos para a
movimentação física de cargas. Castiglioni (2010) mostra que o propósito da armazenagem
está baseado em uma estrutura composta por recebimento, estocagem e distribuição.
Castiglioni (2010) entende por recebimento como sendo o conjunto de operações que
envolvem a identificação do material recebido, o confronto do documento fiscal com o
11
pedido, a inspeção qualitativa e quantitativa do material e a sua aceitação formal. A
estocagem como o conjunto de operações relacionadas à guarda do material e constituindo um
dos pontos mais vitais na formação do conjunto de atividades de armazenagem, pois exige
técnicas específicas para alcançar a eficiência da racionalização, a economia desejada e a
distribuição referem-se a um conjunto de operações próprias relacionadas à expedição do
material, envolvendo a acumulação do que foi recebido da estocagem, a embalagem e a
respectiva entrega ao requisitante.
Faria e Costa (2010) mostram que o processo de armazenamento constitui um elo
entre o fornecedor, a produção e o cliente, formando um sistema do abastecimento à demanda
e proporcionando um serviço eficiente ao cliente. Porém é preciso tomar alguns cuidados
básicos a respeito do armazenamento dos produtos quando estes forem perecíveis como o
hortifrúti, segundo Andrade (2010). É necessário ter muito cuidado ao armazenar os produtos
perecíveis, e verificar se são compatíveis, ou seja, se podem ser armazenados um perto do
outro, pois é fundamental para manter a qualidade dos produtos e a durabilidade deles.
Conforme o exposto, sobre os cuidados e forma de armazenamento, pode-se observar
que de acordo com Mercado Melhor (2009) hortifrútis como damasco e ameixa necessitam
ser armazenadas em locais frios, já as bananas não podem ficar em temperatura inferior a 12º
C. Ainda de acordo com o autor, o melão e a melancia devem ser armazenados sem que haja
empilhamento dos produtos. Outro exemplo de cuidados na forma de armazenagem é com
relação à batata em que a luz é prejudicial para este legume, o mesmo vale para couve-flor e
para a alcachofra. No aspecto da ventilação do armazém, Frutas Legumes ou Verduras (FLV)
como couve-flor, cenoura, nabo e pepino necessitam de um local arejado.
Conforme o que foi mostrado, considerando as definições de Carneiro (2012) pode-se
perceber que manter estoques adequados e armazená-los de maneira correta é uma função
importante da logística, uma vez que o estoque de qualquer material ou produto tem como
objetivo conseguir o equilíbrio das diferenças entre fornecimento e demanda, mesmo que, na
maioria das vezes tenha caráter econômico ou estratégico.
1.4 CONTROLE DE MATERIAIS PERECÍVEIS
Segundo Viana (2010) os produtos perecíveis devem ser armazenados conforme a
12
técnica First In First Out (FIFO), ou seja, primeiro que entra primeiro que sai, observando a
data de validade dos produtos. Se não houver controle e metodologia apropriada, a deficiência
provocará perdas com consequências danosas ao abastecimento da empresa.
Expõe Viana (2010, p. 58):
O critério de classificação pela probabilidade ou não de perecimento não exprime o
sentido único e exclusivo etimológico do vocábulo, qual seja, extinguir o
desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Muitas vezes o fator
tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire determinado
material para ser utilizado em data oportuna, e, se porventura não houver consumo,
sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por
longos períodos.
Se não consumidos no tempo adequado de consumo, os produtos perecíveis perdem
suas propriedades e principalmente o valor, o que causa prejuízo para a empresa que o
comercializa. Deve-se haver um estudo sobre os cuidados e classificações dos produtos
perecíveis com o objetivo de reduzir os custos de estocagem e acima de tudo, a quantidade
versus a demanda dos hortifrútis.
Desta forma, Viana (2010) propõe a classificação de materiais perecíveis como:
a) Pela ação higroscópica: matérias que possuem grande afinidade com o vapor de
água e podem ser retirados da atmosfera. Exemplos: sal marinho, cal virgem etc.;
b) Pela limitação do tempo: materiais com prazo de viabilidade claramente
definido. Exemplos: remédios, alimentos etc.;
c) Instáveis: produtos químicos que se decompõem ou se polimerizam
espontaneamente ou têm outro tipo de reação na presença de algum material
catalítico ou puro. Exemplos: peroxido de éter, óxido de etileno etc.;
d) Voláteis: produtos que se reduzem a gás ou vapor, evaporando naturalmente e
perdendo-se na atmosfera. Exemplo: amoníaco;
e) Por contaminação pela água: materiais que se degradam pela adição direta de
água. Exemplo: óleo para transformadores.
f) Por contaminação por partículas sólidas: materiais que, em contato com
partículas sólidas, como areias e poeiras, poderão perder parte de suas
características físicas e químicas. Exemplo: graxas.
g) Pela ação da gravidade: materiais que, estocados de forma incorreta, podem
13
sofrer deformações. Exemplo: eixos de grande comprimento;
h) Por queda, colisão ou vibração: engloba os materiais de grande fragilidade ou
sensibilidade. Exemplos: cristas, vidros, instrumentos de medição etc.;
i) Pela mudança de temperatura: materiais que perdem suas características para
aplicação, se mantidos em temperatura diferente da requerida. Exemplos: selantes
para vedação, anéis de vedação em borracha etc.;
j) Pela ação da luz: materiais que se degradam por incidência direta da luz.
Exemplos: filmes fotográficos.
k) Por ação de atmosfera agressiva: materiais que sofrem corrosão quando em
contato com atmosfera com grande concentração de gases ou vapores. A corrosão
atmosférica pode ocorrer principalmente por vapores de água e ácidos, como
sulfúrico, fósforo, nítrico, sais, cloro, flúor, entre outros;
l) Pela ação de animais: materiais sujeitos ao ataque de insetos e outros animais,
durante a estocagem. Exemplos: grãos, madeiras, peles de animais etc.
Por sua vez, de acordo com Carara (2013) os alimentos que são denominados como
perecíveis, como os hortifrutigranjeiros, exigem um cuidado maior em todo o seu percurso até
chegar ao consumidor final. Iniciando-se pelo seu cultivo e colheita, passando para o
transporte e armazenagem, e finalmente em sua distribuição ou comercialização aos pontos de
venda, como nos supermercados, e a venda aos clientes ou consumidores, por serem
alimentos extremamente sensíveis e com baixa resistência aos fatores adversos como o calor
excessivo, transporte e armazenagem inadequada, entre outros fatores, que venham a causar
danos a estes produtos.
Sendo assim, expõe Mercado Melhor (2009, p. 17) sobre a classificação do hortifrúti
em que “todos os produtos que compõem a seção de FLV são gêneros alimentares
provenientes da natureza, mais especificamente da terra, do campo, e tem como característica
comum a perecibilidade”. Diante disso, é necessário obter informação sobre a forma de
estocagem, armazenagem, e distribuição física dos produtos nas gôndolas dos supermercados.
1.5 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
A administração de materiais é o inverso da distribuição física, pois trata do fluxo de
produtos para a organização. Em grande parte, a administração de materiais é trabalhada junto
14
com a distribuição física. Ensina Ballou (2010) que a boa administração de materiais significa
coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operações, ou seja, prover o
material certo, no local de operação certo, no instante e condições de uso corretos, ao menor
custo possível, a fim de proporcionar uma economia para o supermercado.
Conforme expõe Gonçalves e Schwember (1979) apud Raimundo (2011) em
administração de materiais o uso do computador é bastante frequente, principalmente no
controle de estoque e programação de estoques, onde diversas informações são processadas e
utilizadas pelos gestores das diversas áreas da empresa. Com isso, percebe-se que ocorre a
diminuição da falta de mercadorias, e a empresa consegue obter um controle maior do estoque
e do consumo de determinados produtos.
Bowersox e Closs (2010) ressaltam que o objetivo primordial do manuseio de
materiais é a separação das cargas de acordo com as necessidades apresentadas pelos clientes.
Completa ainda o autor, são três as atividades importantes para o manuseio: o recebimento, o
manuseio interno e a expedição.
O recebimento, segundo Bowersox e Closs (2010) são as mercadorias e materiais que
chegam aos depósitos geralmente em grandes quantidades. Manuseio interno inclui toda e
qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. As mercadorias são levadas para o
depósito e colocadas no local determinado. Neste caso, o transporte é feito por empilhadeiras,
quando são usados paletes ou slipsheet3, ou por outros meios de tração mecânica, quando se
trata de cargas maiores. E, a expedição consiste basicamente na verificação e no carregamento
das mercadorias nos veículos. É executada manualmente em grande parte dos sistemas. Seu
objetivo é facilitar a obtenção das mercadorias nos locais desejados e possuem grande
importante para a logística empresarial.
O gerente de materiais, segundo Ballou (2010) utiliza essas atividades para suprir a
operação da produção com peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento
de bens para atender as necessidades da produção ou pelo abastecimento para estoque em
antecipação a essas necessidades. De acordo com Raimundo (2011) o profissional da área de
3 SlipSheet, ou folha separadora, conforme Bowersox e Closs (2010) são chapas de material variado, como
compensado de madeira ou papelão grosso, na qual é agrupado uma ou mais camada de caixas. Sua função é
permitir o transporte ou armazenagem de um conjunto de caixas e garantir a estabilidade de caixas, distribuindo
a carga de forma homogênea.
15
administração de materiais tem como responsabilidade fazer com que a empresa tenha um
estoque sustentável de acordo com sua demanda, dando ênfase na redução de custos,
rentabilidade e produtividade da empresa.
1.6 SETOR SUPERMERCADISTA
Ricarte (2005, p. 18) enfatiza a ideia de que o setor supermercadista consiste num
dos mais importantes do país, pois, além de ser responsável por uma parcela significativa do
PIB brasileiro, este setor desempenha um importante papel social, uma vez que é responsável
por abastecer os itens básicos para boa parte da população do país.
De acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010, p. 8):
Atualmente, o brasileiro compra, cada vez mais, seus hortifrutícolas nos
supermercados, mas ainda mantém uma parcela em outros canais. Segundo a
LatinPanel, em 2007, 39% das compras de hortifrútis pelos brasileiros é realizada
em supermercados e também em outros canais; somente em outros canais (atacados,
sacolões, feiras livres, etc.) representam 31% das compras e 30% das compras são
realizadas exclusivamente nos supermercados.
Percebe-se que os consumidores brasileiros estão adquirindo o hábito de comprar
hortifrúti em supermercados, pela facilidade de acesso aos produtos e pelo fato de
encontrarem nesse segmento produtos que talvez tivessem que comprar em feirões ou outros
lugares de venda de hortifrúti.
Ainda de acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010) a importância das frutas,
legumes e verduras (FLV) é notada não só por sua representatividade em vendas, mas também
por ajudar na fidelização do consumidor. Um estudo especial feito para a Associação Paulista
de Supermercados (APAS), em 2009, apontou que 61% das pessoas escolhiam o
supermercado pela qualidade e frescor dos hortifrútis. Atento a esse resultado, o
supermercadista tem aumentado a importância dada a este setor e, por isso, a relação com o
produtor de FLV tende a ser ainda mais relevante.
O aumento da preocupação dos supermercados em proporcionar produtos como o
hortifrúti de qualidade e boa aparência têm atraído novos clientes aos setores
supermercadistas. Diante desse fator, nota-se a importância em oferecer cada vez mais
qualidade em hortifrútis de forma que isso torne o meio para fidelização de clientes. De
16
acordo com a Revista Hortifrúti Brasil (2010) percebe-se que o setor de FLV vem ganhando
mais importância dentro do supermercado. A sua qualidade é um dos fatores responsáveis
pela fidelidade do consumidor à loja, de acordo com Leonardo Milyao – Diretor comercial do
setor de FLV do grupo Pão de Açúcar.
1.7 ASPECTOS DO SETOR HORTIFRÚTI NOS SUPERMERCADOS
De acordo com o Sindicato Rural de Mogi das Cruzes (2013), a busca crescente por
alimentos mais saudáveis está expandindo o espaço dedicado às frutas, legumes e verduras
(FLV) dentro dos supermercados. No Brasil, essa tendência é cada vez mais visível. O setor
de frutas, legumes e verduras representa aproximadamente 13% do faturamento de uma
empresa.
Segundo Simarelli (2006) a seção de hortifrúti é a menina dos olhos dos
supermercados, pois os consumidores chegam a consumir hortifrúti até três vezes por semana
e a ida ao supermercado com mais frequência acaba induzindo à compra de outros produtos.
As frutas, pelo alto valor agregado, representam 50% da seção de hortifrúti. Dados da
empresa Kantar World Panel (apud REVISTA HORTIFRÚTI BRASIL, 2010) mostra que o
terceiro atributo mais importante na escolha de um supermercado para o consumidor
brasileiro são frutas, legumes e verduras (FLV) de qualidade e frescos. Os dois primeiros são:
loja limpa e qualidade e frescor de carnes.
1.8 CUSTOS LOGÍSTICOS
De acordo com Paura (2012) custos logísticos representam um fator importante no
estímulo do comércio, desta forma, quanto menor o custo maior será o estímulo, assim
produtos produzidos na região tendem a ter um menor custo logístico do que produtos de
regiões distantes, necessitando assim, uma análise da origem dos produtos. Rocha (2011)
destaca que para que o sistema logístico de uma empresa seja classificado como eficiente, as
atividades logísticas devem criar valor e melhorar seu desempenho minimizando o uso dos
recursos (custos). Além disto, os administradores precisam basear-se nos pressupostos de que
a logística impacta nos resultados financeiros, pois, o resultado financeiro é fruto de ações
tomadas nos processos empresariais. A amplitude dos custos e dos tempos de resposta
17
associados às atividades primárias: o custo unitário imobilizado em estoques aumenta em
cada etapa do processo logístico em virtude de ser proporcional ao valor dos itens estocados.
Conforme expõe Faria e Costa (2011) o custo de transporte é um dos maiores
problemas na identificação dos custos logísticos de abastecimento no Brasil, pois a maioria
das empresas não tem a informação do frete de compra segregada do valor do material, pois a
maioria dos fornecedores de materiais nacionais não destaca essa informação na nota fiscal e,
quando esta informação existe, encontra-se na área de compras, pois muitos materiais são
adquiridos com preços negociados, incluindo o valor do frete e seguros, dependendo dos
termos de negociação. Christopher (2010) expõe que um dos princípios básicos do custeio
logístico é a capacidade de identificar os custos que resultam do provimento de serviços ao
cliente. Desta forma, entende-se que para analisar os custos da cadeia de suprimentos como
um todo haveria a necessidade do fornecedor compartilhar esses custos para serem
adequadamente gerenciados.
1.9 CUIDADOS NECESSÁRIOS E PERDAS
Os supermercados querem atender seus consumidores cada vez melhor, para isso o
setor de FLV é uma das apostas dos supermercados para agregação de valor ao produto e para
fidelizar o cliente, ocorre que hortifrútis, diferente da maioria dos produtos dos
supermercados necessitam de cuidados especiais, pois todos possuem características de
perecibilidade.
Os produtos hortifrúti perecíveis em decorrência de seu curto prazo de validade
devem ter alguns cuidados especiais a serem tomados pelos empresários, como cita SEBRAE
(2006, p. 46):
Na seção de hortifrutigranjeiros, os balcões serão espalhados para transmitir uma
sensação de fartura de frutas, legumes e verduras. As folhagens têm que ser
molhadas diariamente para dar a impressão de frescor. A arrumação dos legumes,
frutas e verduras é muito importante, nesse departamento. Os produtos devem ser
dispostos com ‘arte’, como em um quadro, e têm que ser cuidados para estarem
sempre em perfeito estado.(Grifo Nosso)
Desta forma, os hortifrúti deverão apresentar uma distribuição de modo a agradar os
clientes, mas serem expostos sempre em perfeito estado, com uma boa aparência e
18
posicionados de forma estratégica afim de não apresentarem danos aos demais. Existem
estudos que demonstram quais produtos podem ficar perto dos outros, pois se não colocados
corretamente o estado de maturação de um prejudica o estado de maturação do outro.
Segundo Gomes (2009, p. 01):
Nunca coloque um vegetal maduro ao lado de outro mais novo, esse último vai se
deteriorar mais rápido. Isso acontece porque algumas espécies liberam mais gás
etileno na medida em que amadurecem. O gás acelera a maturação dos vegetais que
estiverem próximos.
O descumprimento de tal cuidado gerará prejuízo para o supermercado devendo
assim, este, ter um rígido controle da armazenagem e distribuição física de produtos novos e
velhos, pois o gás etileno, segundo Andrade (2010) faz com que os vegetais amadureçam
muito rápido se não forem armazenados corretamente. Assim, caso não seja respeitado tal
cuidado o supermercado terá prejuízo, podendo perder o novo estoque.
Andrade (2010, p.7) ressalta que quanto à exposição de produtos, o importante é se
preocupar com a qualidade e beleza para atrair cliente e destaca alguns pontos importantes
para a boa exposição: é preciso observar a perecibilidade dos produtos; observar a
temperatura ambiente; a umidade; cuidado com o manuseio; observar a diversidade das cores
e o empilhamento dos produtos. Nesse caso, é preciso fazer a reposição e supervisão das
seções de hortifrúti para garantir que os produtos frescos e conservados.
De acordo com Viana (2010) existem recomendações quanto à preservação dos
materiais e sua adequada embalagem para proteção a umidade, oxidação, poeira, choques
mecânicos, pressão, etc. Andrade (2010) expõe alguns cuidados em relação a algumas frutas
como abacaxi, abacate, maçã e kiwi, que não devem ser expostas próximas, pois absorvem o
aroma uma das outras. Segundo Gomes (2009) estima-se que mais de 80% das perdas no
hortifrútis ocorram durante a exposição, enquanto o restante acontece no transporte e na
armazenagem.
De acordo com Andrade (2010, p. 4) “dependendo do grau de maturação do produto,
ele deverá ser armazenado sob refrigeração para que não se estraguem ou amadureçam muito
rápido” conforme mostrado no quadro 1 sobre as temperaturas de armazenagem para
produtos perecíveis:
19
Quadro 1: Temperaturas de Armazenagem
Classificação do Produto Temperatura do Produto
Congelados -18º C a -12º C
Refrigerados 0º C a 10º C
Secos e Salgados Temperatura Ambiente. Em geral de 15º C a 25º C
Fonte: Andrade (2010, p. 4)
Os produtos precisam estar em perfeito estado e armazenados na temperatura ideal
para cada tipo e, além disso, os supermercados precisam tomar alguns cuidados quanto ao
espaço em que os produtos serão expostos para que não ocorra nenhum dano e prejuízo para a
loja. Desta forma, observa-se nos quadros 2 e 3 os cuidados tanto no armazenamento quanto
na exposição de hortifrútis.
Quadro2: Cuidados Especiais - Frutas
Frutas Cuidados
Damasco Evitar variações bruscas de temperatura. Conservar no frio, escolher
quando for expor na seção.
Abacaxi Não precisa de frio. Conservação de 03 e 05 dias (depende do estado
de maturação). Tem necessidade de arejamento.
Abacate Evitar “choques” e manuseio. Não precisa de frio, precisa de
arejamento.
Banana Evitar manuseio. Não suporta temperatura inferior a 12º C.
Conserva-se por 2 a 3 dias quando madura.
Cereja Muito Frágil. Evitar variações bruscas de temperatura. Cuidados
especiais de manuseio, evitar que o Cliente toque no produto.
Morango Evitar “choques” e ter, no manuseio, cuidados especiais. Evitar
expor a variações de temperatura. Precisa de arejamento.
Pêssego e Nectarina Evitar pancadas e manuseio. Evitar variações bruscas de
temperatura.
Pera Evitar variações bruscas de temperatura e manipulação. Vigiar o
amadurecimento.
Maçã e Marmelo Evitar pancadas. Conservação de 6 a 8 dias.
Ameixa Evitar pancadas. Conservar no frio. Vigiar a higiene da seção.
Melão e melancia Evitar lotes com produto empilhado.
Figos Conservar em local fresco e arejado. Evitar manuseio pelos Clientes.
Uva Evitar variações bruscas de temperatura Fonte: Mercado Melhor (2009, p. 20)
Pode-se perceber que não basta tomar cuidado quanto ao lugar na qual as frutas serão
armazenadas ou expostas, é preciso haver atenção sobre detalhes na forma de expô-los nas
prateleiras e nos armazéns, não basta um espaço refrigerado, alguns legumes precisam de luz,
e não possuem durabilidade quando levam pancadas com outros legumes.
20
Quadro 3: Cuidados Especiais – Legumes
Legumes Cuidados
Alcachofra Evitar choques /pancadas. A luz é prejudicial.
Aspargos A luz é prejudicial, evitar a dessecação (fazer absorver água pela base
na Câmara).
Couve-Flor Evitar pancadas. A luz é prejudicial. Necessita de ventilação. Evitar
variações bruscas de temperatura. As folhas só devem ser cortadas a
meia cabeça para exposição.
Cenoura e Nabo Deixar na seção. Evitar a luz, colocar em local arejado e fresco.
Pepino Evitar pancadas, gosta dos lugares ventilados, mas não do frio. Evitar
luz intensa.
Espinafres Necessita de arejamento. Necessita de umidade (a noite pode-se
colocar um pano úmido) sobre o produto
Feijão Verde Necessita de arejamento. Ter atenção à rotação.
Batata A luz é prejudicial
Alface Evitar a exposição sob luz intensa. Evitar manuseio pelos Clientes
Tomate e Pimentão Evitar pancadas e manipulações. Separar produtos em diferentes
estados de maturação
Couve de Folhas Cuidado especial com as folhas. Guardar em local fresco e arejado.
Retirar folhas ou pontas envelhecidas.
Couve e Repolhos As primeiras folhas vão amarelando com o tempo, devendo ser
retiradas para melhor exposição. Colocar em local fresco e arejado Fonte: Mercado Melhor (2009, p. 21)
Segundo o Ministério da Integração Nacional e Associação Brasileira de
Supermercados (ABRAS) (apud CARARA, 2013) 86% das perdas na seção de hortifrútis
ocorrem durante a exposição dos produtos para a venda, outros 9% ocorrem no transporte e
5% na armazenagem. No estoque dos produtos hortifrútis também costuma ocorrer perdas
devido ao pouco espaço das salas de refrigeração que na maioria das vezes não tem
capacidade de armazenar adequadamente todos os produtos que os mercados comercializam,
sendo que os produtos hortifrútis necessitam de maior cuidado por possuírem prazo de
validade menor que os demais produtos. De acordo com Parré e Câmara (2012) 46% de
perdas dos hortifrútis, segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS) são
consequentes do manuseio do consumidor, e em segundo lugar aparecem a falta de qualidade
dos produtos expostos, tendo sequência o excedente de oferta e a falta de refrigeração, depois
disso, 10% cabe a falta de capacitação da equipe que cuida do setor de hortifrúti.
2 METODOLOGIA
A pesquisa apresenta caráter descritivo e exploratório com abordagem qualitativa e
quantitativa, utilizando o método dedutivo. A pesquisa descritiva, de acordo com Cervo e
21
Bervian (1996, p. 49) procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um
fato ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. Por exigir que os
dados da pesquisa sejam coletados e registrados ordenadamente, a pesquisa descritiva pode
assumir diversas formas, tendo-se uma pesquisa detalhada para o alcance dos objetivos
desejados. Na pesquisa exploratória segundo Cervo e Bervian (1996, p. 49) é considerada
como o passo inicial no processo de elaboração de uma pesquisa. Possui o objetivo de
familiarizar-se com o fato, obter novas percepções, descobrir novas ideias, proporcionando
experiência, auxílio no levantamento dos dados necessários para o estudo e a formulação da
pesquisa.
Abordagem quantitativa de acordo com Michel (2005, p. 33) trata-se da atividade de
pesquisa que usa a quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no
tratamento destas, através de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual,
média, desvio-padrão, as mais complexas, como coeficiência de correlação, análise de
regressão, etc. São amplamente utilizadas quando a intenção é garantir a precisão dos
resultados, evitando distorções de análise de interpretação e possibilitando, em consequência,
uma margem de segurança quanto às interferências. Essa abordagem foi usada para
quantificar o nível de satisfação dos clientes dos supermercados analisados a respeito da
qualidade das frutas legumes e verduras (FLV) disponíveis ao consumo e mostrar em
percentuais as informações coletadas por meio do questionário aplicado.
Na abordagem qualitativa, segundo Michel (2005, p. 33) a verdade não se comprova
numérica ou estatisticamente, mas convence na forma de experimentação empírica, a partir de
análise feita de forma detalhada, abrangente, consistente e coerente, sua interpretação não
pode ficar reduzida a quantificações frias e descontextualizadas da realidade.
Para Michel (2005) o método dedutivo parte de uma verdade estabelecida, ou seja,
geral, para provar a validade de um particular. Na dedução, se as premissas são verdadeiras, a
conclusão torna-se consequentemente verdadeira, se encarregando de provar se os fatos são
verdadeiros para todos os casos.
A pesquisa é não probabilística, que de acordo com Santos (2005, p. 126) é
aconselhável seu uso quando o tipo randômico for de impossível aplicação. Classifica-se em
amostragem intencional e amostra por quotas, ou simplesmente por cotas. Para Gil (2007) a
22
amostragem por conveniência (o mesmo que não probabilística) o pesquisador seleciona os
elementos a quem tem acesso, admitindo que estes possam representar o universo. Aplica-se
este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido
elevado nível de precisão. Na pesquisa, foi utilizado a amostragem por conveniência.
Para realizar a pesquisa foram utilizadas as técnicas de coleta de dados, tais como
entrevista, questionários, observação, pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. De
acordo com Santos (2005, p. 234) a entrevista semiestruturada (APÊNDICE A) é um
excelente instrumento de pesquisa e é largamente usada no mundo das organizações, com
múltiplas finalidades. Trata-se de uma conversa oral entre duas pessoas, sendo uma delas o
entrevistado e a outra o entrevistador. Para entrevistar satisfatoriamente, um indivíduo precisa
de preparo antecipado, como qualquer outro profissional, de maneira que o entrevistado deve
receber informações sobre a finalidade da entrevista, a utilidade, o objetivo e o compromisso
de anonimato. A entrevista foi realizada com os gerentes ou responsáveis pelo setor de
hortifrúti dos supermercados estudados. A partir daí foi feito uma análise sobre a forma como
os produtos são alocados nos supermercados e os fatores que fazem com que os produtos
estraguem antes mesmo de serem consumidos.
A aplicação dos formulários estruturados com perguntas objetivas (APÊNDICE B)
através do contato direto, Conforme expõe Santos (2005, p. 232), se caracteriza por conter um
conjunto de itens bem ordenados e bem apresentados. Ao elaborar um formulário deve-se
observar a clareza das perguntas, tamanho, conteúdo e organização de maneira que seja fácil
para o informante responde-lo. Foram aplicados 100 formulários aos clientes dos
supermercados no período da manhã, tarde e noite, de forma aleatória com objetivo de
adquirir informações a respeito da satisfação em relação ao consumo dos FLV da loja na qual
frequentam, e levantar as possíveis causa de insatisfação em relação à qualidade e aparência
dos produtos expostos nas gondolas.
A técnica de observação (APÊNDICE C) utilizada na pesquisa é a observação
simples, que segundo Gil (2007, p. 111) é aquela em que o pesquisador, permanecendo alheio
à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os
fatos que aí ocorrem. Foi utilizada a técnica de observação (APÊNDICE C) com o intuito de
verificar a maneira pela qual é feito o armazenamento, e alocação dos produtos hortifrútis
perecíveis tanto no armazém quanto na distribuição nas prateleiras dos supermercados
23
estudados. Com o objetivo de levantar os fatores que colaboram para as perdas das FLV nos
supermercados, e assim, atingir o objetivo da pesquisa.
A pesquisa documental, segundo Severino (2007) tem como fonte documentos no
sentido amplo, não englobando apenas documentos impressos, mas também documentos
como jornais, fotos, filmes e documentos legais. A pesquisa documental serviu para analisar
os dados contidos nos documentos, dentre eles os relatórios com informações sobre a
quantidade de produtos perdidos da empresa que também mostram a quantidade de produtos
que são comprados. Este tipo de pesquisa teve finalidade de colaborar para o levantamento da
quantidade de perdas que ocorrem nos supermercados estudados.
Pesquisa bibliográfica conforme expõe Gil (2007, p. 44) é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte dos
estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. A pesquisa
bibliográfica teve como principal objetivo confrontar a informações obtidas nos livros,
revistas, etc. com as informações obtidas por meio da entrevista aplicada ao responsável pelo
setor de hortifrúti e questionário aplicado aos consumidores.
Foi realizada uma pesquisa in loco com os gerentes ou responsáveis pelo setor de
hortifrútis em dois supermercados considerados de grande porte credenciados na Câmara de
Dirigentes Lojistas – CDL, o método para definir o tamanho dos supermercados foi por meio
do número de colaboradores que cada um possui, sendo escolhidos para a realização da
pesquisa, aqueles que possuírem o quadro de funcionários acima de 95, com objetivo de
analisar os gastos que a empresa possui em relação aos produtos perecíveis.
O artigo foi estruturado conforme as disposições previstas no Manual do Artigo
Cientifico do Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia - Campus
Professor Francisco Gonçalves Quiles (SILVA, TORRES NETO, QUINTINO, 2010)
3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS
A pesquisa foi realizada com os responsáveis pelo setor de hortifrúti e para isso
realizou-se aplicação de formulários contendo 21 perguntas a fim de adquirir informações
sobre o modo como a logística é trabalhada dentro das empresas, utilizou-se o roteiro de
24
observação para verificar a maneira como os FLVs são distribuídos, armazenados e expostos
nas prateleiras dos supermercados. Para saber a opinião dos clientes em relação aos hortifrútis
oferecidos pelos supermercados, foram aplicados 100 questionários aos clientes de cada
supermercado pesquisado.
3.1 ANÁLISE COMPARATIVA DA ENTREVISTA COM OS RESPONSÁVEIS PELO
SERTOR DE HORTIFRUTI DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”
O pesquisado “A” possui o ensino médio completo, 44 anos, casado, e trabalha no
setor de hortifrúti há 21 anos e o pesquisado “B” possui o ensino médio completo, 30 anos,
casado e trabalha no setor de hortifrúti há 2 anos. Os hortifrútis são entregues tanto no
supermercado “01” quanto no supermercado “02” por caminhões de câmara fria e caminhões
de carga seca, sendo este usado para transporte de produtos que não precisam de cuidados
relacionados às intempéries (sol, chuva, calor, frio, dia, noite, etc), porém, a maioria dos
produtos são transportados em caminhão de câmara fria, pois grande parte vem de outros
estados do país. Tanto no supermercado “01” quanto no supermercado “02” o setor de
hortifrúti é abastecido todas as segundas e quintas-feiras preferencialmente na parte da manhã,
por fornecedores de fora com uma média de 1.200 caixas de FLVs e nos demais dias, em
pequenas quantidades, ocorre o abastecimento por fornecedores da região. Grande parte dos
produtos fornecidos ao supermercado “01” é da Companhia de Entrepostos e Armazéns
Gerais do Estado de São Paulo (CEAGESP) enquanto que no supermercado “02” os produtos
vêm da Central de Abastecimento do Estado de Goiás (CEASA).
Assim que os caminhões chegam ao supermercado “01” e “02”, ocorre a conferência
dos produtos pedidos, pesagem, e logo em seguida são colocados em uma sala refrigerada,
este processo leva apenas 10 minutos, justificando este tempo o fato de serem produtos
perecíveis. O responsável pelo setor faz as devidas verificações a respeito da quantidade dos
hortifrúti estragados e repassa as informações aos fornecedores para a reposição dos produtos
na próxima venda. Costuma acontecer muitas perdas no transporte, pois mesmo que os
fornecedores tomem o cuidado de não colocar um produto perto de outro, separando por
categoria (verdura perto de verdura, fruta perto de fruta, etc), os motoristas dos caminhões não
tomam o cuidado de controlar a temperatura das câmaras frias (que devem estar a 4 graus).
Isso faz com que os fornecedores sejam obrigados a fornecer novos produtos no próximo
abastecimento. Conforme citado no referencial teórico, de acordo com o Ministério da
25
Integração Nacional e Associação Brasileira de Supermercado (ABRAS) (apud CARARA,
2013) as perdas no transporte correspondem a 9% e na armazenagem correspondem a 5%.
Houve relatos de que os produtos na qual o supermercado “01” mais perde nesta primeira
etapa (abastecimento) são as folhagens, que em muitas vezes não vem em caixas adequadas,
forradas com jornal ou outro material que ajuda a evitar que fiquem com a aparência de folhas
queimadas, bananas, que são fornecidas, na maioria das vezes, em caixas de madeiras, sem
forrar com jornal, e, portanto chegam com manchas pretas, ou amassadas, o mesmo ocorre
com a cebola e o tomate. No supermercado “02” os produtos danificados nesta etapa são as
folhagens, pelo mesmo motivo do supermercado “01”,assim como o tomate, cebola e maçã.
Alguns cuidados são importantes para evitar perdas de produtos como estes, conforme
mostrados no quadro 02: Cuidados Especiais – Frutas e quadro 3: Cuidados Especial –
Legumes e Verduras que mostram que o alface não pode ser exposto sob luz intensa, e deve-
se evitar o manuseio. A batata deve ser guardada em lugares escuros, a maçã não resiste a
pancadas bruscas e prazo de conservação varia de 6 a 8 dias. A banana não suporta
temperatura inferior a 12ºC e o prazo de conservação varia entre 2 a 3 dias. O tomate também
não resiste a pancadas bruscas, deve ser separado de acordo com os estado de maturação e
deve evitar a manipulação por parte dos funcionários e consumidores.
O supermercado “01” conta com uma média de 10 funcionários responsáveis pelo
abastecimento, armazenamento e exposição, enquanto que no supermercado “02” a equipe é
composta por 8 funcionários também responsáveis pelo abastecimento, armazenamento e
exposição. De acordo com os entrevistados “A” e “B”, é feito treinamento através de palestras
e reuniões pelo menos 3 vezes ao ano, afim de minimizar o desperdício pela falta de cuidado
com o manuseio dos produtos, pois, de acordo com Parré e Câmara (2012) 10% das perdas de
produtos cabe a falta de capacitação da equipe que cuida do setor de hortifrúti.
Ao perguntar se os entrevistados identificam alguma mudança na maneira como os
produtos são armazenados, obteve-se a resposta positiva, pois o entrevistado “A” alega a
necessidade de aumentar o espaço e realizar reforma das salas refrigeradas, para aumentar a
qualidade dos estoques, e o entrevistado “B” mostrou a importância do cuidado da
armazenagem de produtos que não podem ser colocados pertos um dos outros, uma vez que,
neste supermercado as FLVs são colocadas em uma única sala refrigerada.
Os supermercados, “01” e “02” possuem um sistema que permite controlar os
26
estoques, proporcionando informações sobre a quantidade vendida por dia, assim como a
quantidade de FLVs que os supermercados perdem diariamente. Este sistema é alimentado
por meio de um funcionário responsável pelo setor de hortifrúti juntamente com o gerente que
fica atento se estão pesando corretamente os produtos dando baixa no sistema a fim de evitar
erros e repasse de informação a respeito da quantidade de produtos em estoques e a
quantidade de produtos vendidos diariamente. Constatou-se que o entrevistado “A” considera
importante o uso de ferramentas que permitem medir a temperatura adequada para cada tipo
de produto, uma vez que as frutas, legumes e verduras possuem características diferentes e
necessitam de armazenamento em temperatura adequada às suas características. É válido
ressaltar que, devido ao espaço, muitos produtos são armazenados sem levar em consideração
as necessidades de armazenamento.
Ao perguntar sobre os cuidados na armazenagem dos produtos que não podem ser
colocados em contato com a luz, calor ou frio a resposta do entrevistado “A” foi positiva,
tendo como exemplo a cebola e o alho que não podem ser colocados no frio, e também não se
recomenda o transporte em câmara fria. As verduras são colocadas em uma sala resfriada a 12
graus, as frutas são colocadas em outra sala resfriada a 0 graus e os legumes são colocados em
uma sala resfriada a no máximo 15 graus. E as FLVs que não precisam de congelamento são
alocadas em um espaço com temperatura ambiente. Porém cuidados quanto ao empilhamento
dos produtos que não podem ser empilhados, não ocorre devido o espaço do armazém ser
pequeno. O entrevistado “B” respondeu que não existem cuidados quanto a esses fatores,
“devido ao fato de esses produtos não ficarem muito tempo armazenados e ficarem em uma
única sala refrigerada”. Percebe-se que, de acordo com Mercado Melhor (2009) hortifrúti
como damasco e ameixa necessitam ser armazenados em locais frios, já as bananas não
podem ficar em temperatura inferior a 12º C, o melão e a melancia devem ser armazenados
sem que haja empilhamento. Outro exemplo de cuidado na forma de armazenagem é com
relação à batata em que a luz é prejudicial para este legume. No aspecto da ventilação do
armazém, Frutas, Legumes ou Verduras como couve-flor, cenoura, nabo e pepino necessitam
de um local arejado.
Além do transporte, os supermercados “01” e “02” perdem produtos devido ao fato
de serem apalpados pelos clientes, principalmente as frutas, que, segundo os entrevistados,
não podem ser apalpadas, pois causam buracos e/ou manchas, e consequentemente, perdas
dos produtos e prejuízo ao supermercado. De acordo com Parré e Câmara (2012) 46% de
27
perdas dos hortifrútis, segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS) são
consequentes do manuseio do consumidor. As perdas semanais do supermercado “01”
consiste em uma média de 4% dos FLVs em geral, enquanto que diariamente, o supermercado
“B” perde 1% dos FLVs.
Ao levantar a quantidade de produtos perdidos, no supermercado “02”, o
encarregado pelo setor de hortifrúti, faz o registro por meio de fotos dos produtos e as
mandam para outro encarregado em São Paulo, que faz a redução do próximo pedido de
produtos que foram descartados durante a semana.
Os produtos dos supermercados “01” e “02” são retirados e guardados todas as noites
tendo o cuidado de colocar na câmara fria aqueles que necessitam de refrigeração e em locais
arejados aqueles que necessitam de temperatura ambiente.
3.2 ANÁLISE DO ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”
O roteiro de observação serviu para analisar na prática os fatos relatados na
entrevista realizada com os responsáveis pelo setor de hortifrúti. Foi observado no
supermercado “01” que o responsável pelo setor apenas estipula uma média de 1.200 caixas
que chegam ao supermercado porém, nota-se que o mesmo não possui informação precisa
sobre a quantidade de caixas que o supermercado adquire dos fornecedores de fora e da
região. A mesma consideração deve ser feita ao supermercado “02” que não possui controle
da quantidade de caixas que chegam por semana. Apenas possui um controle preciso da
quantidade de produtos que perdem por dia. Observou-se, em ambos os supermercados, que a
condição das caixas na qual os FLVs são transportados depende muito do fornecedor, alguns
tem o cuidado de forrar as caixas com jornal, ou algum outro material que ajuda a proteger os
produtos, porém, grande parte dos produtos são transportados de maneira errada. A maioria
dos produtos vem em caminhões de câmara fria, e geralmente chegam no período da manhã.
Todos os funcionários do setor de hortifrúti são responsáveis por cuidar do
abastecimento, armazenamento e exposição dos produtos, sendo que, no supermercado “01”
alguns são responsáveis por tirar os produtos da área de abastecimento e embalar os que
precisam de embalagem (geralmente em bandejas de isopor) antes de coloca-los na sala
refrigerada. Outros ficam responsáveis por alocar as FLVs nas salas específicas enquanto
28
outros são responsáveis pela exposição na área de vendas. Já no supermercado “02” esse
processo de tirar os produtos da área de abastecimento, armazenamento e exposição é feito
pelos funcionários que estiverem disponíveis na hora que os produtos chegam ao
supermercado.
Percebe-se que tanto o supermercado “01” quanto o “02” não possuem uma média da
quantidade de caixas de produtos descartados na primeira etapa de abastecimento, pois a
quantidade é medida de acordo com a qualidade dos produtos que chegam, o supermercado
possui apenas a média em reais e em quilos, porém não foi possível colocar tais informações
na pesquisa, devido às restrições exigidas por parte do entrevistado. No supermercado “01”,
observou-se que a cada 71 quilos de banana que chegam ao supermercado, em embalagens
não forradas,58 quilos são descartados, ou seja, 81 % de perda. Além da banana, o
supermercado “01” também costuma descartar com frequência as folhagens em geral, cebola
e tomate, e no supermercado “02”, além da banana, cebola, tomate e folhagens, descarta-se
também a laranja, conforme mostra a fig. 01.
Figura 01: Produtos descartados
Fonte: O autor (2014)
Laranja
29
Conforme visto na figura 1, a banana, na maioria das vezes chega ao supermercado
com manchas pretas na casca, devido à falta de cuidados no transporte, e o tomate é
descartado por não haver cuidado na hora de tira-los das salas refrigeradas para que o
processo de maturação aconteça antes de ir para as prateleiras e por não haver o cuidado de
separá-lo conforme o estado de maturação.
Na exposição, o que observou no supermercado “01” e “02” é que os responsáveis e
funcionários tomam o cuidado de expor as frutas, legumes e verduras mais sensíveis em
prateleiras refrigeradas, geralmente estas prateleiras ficam encostadas nas paredes dos
supermercados com a finalidade facilitar a movimentação dos clientes no setor da feirinha.
Porém, o que observa é que os funcionários não tomam o cuidado na hora de expor um
produto mais novo perto do mais velho, sendo que a falta de cuidado em relação a esse fator,
contribui para as perdas dos produtos. Gomes (2009, p. 01) mostra que não se pode colocar
um vegetal maduro ao lado de outro mais novo, esse último vai se deteriorar mais rápido. Isso
acontece porque algumas espécies liberam mais gás etileno na medida em que amadurecem.
O gás etileno acelera a maturação dos vegetais que estiverem próximos.
Outra questão observada, em ambos os supermercados, é que frutas como melão,
melancia e abacate, não demandam de cuidados quanto ao empilhamento, e os responsáveis
pelo setor justificam essa falta de cuidado com o prazo de tempo em que essas frutas ficam
expostas nas prateleiras. As gondolas/prateleiras são reabastecidas diariamente, tanto no
supermercado “01” quanto no supermercado “02” no período da manhã, de acordo com
anecessidade de produtos em determinados dias da semana.
3.3 QUESTIONÁRIOS AOS CLIENTES DOS SUPERMERCADOS “01” E “02”
Foram aplicados 100 questionários aos clientes de cada supermercado, a fim de obter
informações a respeito da opinião em relação aos hortifrútis que são oferecidos, assim como o
preço praticado na venda, a variedade de FLVs e qualidade do ambiente da feirinha.
De acordo com os resultados colhidos no supermercado “01” pode-se perceber que
46% dos pesquisados são do sexo feminino enquanto que 54% são do sexo masculino, no
supermercado “02”, a pesquisa mostrou que 49% dos pesquisados são do sexo feminino e
51% do sexo masculino. Em relação à idade, 37% dos pesquisados no supermercado “01” e
30
36% no supermercado “02” possuem idade acima de 42 anos. A pesquisa mostrou que 43%
dos pesquisados no supermercado “01” possuem o ensino superior e 36% ensino médio, já no
supermercado “02”, 38% possuem o ensino superior e 40% o ensino médio. Em ambos os
supermercados a maioria dos entrevistados são casados, totalizando 66% no supermercado
“01” e 57% no supermercado “02” e residente na zona urbana. Sobre a renda familiar dos
pesquisados, 44% dos clientes do supermercado “01” possuem renda de 01 a 03 salários
mínimos, 27% renda de 03 a 05 salários e apenas 14% ganham acima de 7 salários, no
supermercado “02” , 48% possuem renda de 01 a 03 salários, 23 ganham de 03 a 05 salários
mínimo e 15% ganham acima de 07 salários. Ao perguntar sobre a quantidade de vezes que os
consumidores frequentam os supermercados, a pesquisa mostrou que 87% dos entrevistados
frequentam o supermercado “01” de 1 a 3 vezes por semana, 10% frequentam de 03 a 06
vezes e apenas 3% frequentam de 06 a 08 vezes, no supermercado “02”, o percentual mostra
que 92% frequentam de 1 a 03 vezes, 5% frequentam de 03 a 06 vezes, 2% frequentam de 06
a 08 vezes e apenas 1% frequentam mais de 11 vezes por semana. Pode-se observar, conforme
a Revista Hortifrúti Brasil (2010) que a importância das frutas, legumes e verduras é notada
não só por sua representatividade em vendas, mas também por ajudar na fidelização do
consumidor. Desta forma, ainda segundo os dados da Revista hortifrútis Brasil (2010, p. 8)
30% das compras são realizadas exclusivamente nos supermercados. Observa-se que o
consumo de hortifrúti, exclusivamente em supermercado está cada dia maior, cabe ao
supermercado, a preocupação em oferecer produtos atrativos para que esse percentual
aumente a cada dia.
Ao perguntar sobre o grau de importância dos motivos que levam os consumidores
dos supermercados “01” e “02” a frequentar a loja, obteve-se as seguintes avaliações, como
mostram as tabelas 01 e 02.
Tabela 01: Grau de importância dos motivos que levam a frequentar o supermercado
Grau de Importância Pouco importante Muito importante
Nota 1 2 3 4 5
Qualidade das frutas, legumes e verduras 0% 6% 24% 28% 42%
Loja limpa e organizada 2% 3% 5% 34% 56%
Frescor das carnes e a qualidade 0% 1% 10% 25% 54%
Variedade de produtos 0% 1% 15% 25% 59% Fonte: Próprio Autor (2014)
Percebe-se que assim como citado no referencial teórico, onde consta que de acordo
31
com os dados da empresa Kantar World Panel (apud REVISTA HORTIFRUTI BRASIL,
2010) o terceiro atributo mais importante na escolha de um supermercado para o consumidor
brasileiro é Frutas, Legumes e Verduras (FLV). Os dois primeiros são: loja limpa e qualidade
das carnes. Neste caso, no município de Cacoal, as FLVs são o quarto atributo para escolha do
supermercado, ficando atrás dos fatores: Variedade de produtos, loja limpa/organizada e frescor
das carnes.
Tabela 02: Grau de importância dos motivos que levam a frequentar o supermercado
Grau de Importância Pouco importante Muito importante
Nota 1 2 3 4 5
Qualidade das frutas, legumes e verduras 1% 5% 30% 24% 40%
Loja limpa e organizada 2% 4% 12% 37% 45%
Frescor das carnes e a qualidade 3% 4% 12% 25% 56%
Variedade de produtos 2% 5% 16% 31% 46% Fonte: Próprio Autor (2014)
No supermercado “02” os consumidores consideram o Frescor das carnes e qualidade
como o primeiro fator para a escolha do supermercado a ser frequentado, ficando atrás do fator
variedade de produtos, loja limpa/organizada e em quarto lugar, considera importante a
qualidade das frutas, legumes e verduras. Nota-se que o setor de hortifrúti tem sido um fator
importante para a escolha dos supermercados. E para que as FLVs estejam em primeiro lugar
na escolha dos supermercados, é preciso que a logística seja trabalhada de forma mais eficaz
dentro da organização.
Ao indagar a respeito do nível de satisfação em relação à qualidade dos hortifrúti
oferecidos pelo supermercado “01”, 90% dos consumidores se dizem satisfeitos, enquanto
10% se dizem insatisfeito. No supermercado “02” obteve-se o percentual mostrando que 86%
dos consumidores questionados responderam que estão satisfeitos em relação aos hortifrútis
oferecidos pelo supermercado, enquanto 14% ressaltaram certa insatisfação em relação a este
fator. Porém em relação ao preço, 71% dos clientes do supermercado “01” estão insatisfeitos
em relação a isso, sendo que apenas 29% dizem estar satisfeitos, já no supermercado “02”,
62% dos pesquisados demonstram insatisfação em relação a este fator e 38% se dizem
satisfeitos.
Ao perguntar sobre a maneira usada para a escolha dos produtos do ambiente da
feirinha, tanto os consumidores do supermercado “01” e “02” responderam que não costumam
32
apertar as Frutas, Legumes e Verduras, conforme será mostrado na fig. 02 a seguir.
Supermercado “01” Supermercado “02”
Figura 02: Como os consumidores escolhem as Frutas, Legumes e Verduras.
Fonte: Próprio Autor (2014)
Percebe-se que 67% dos consumidores do supermercado “01” e 63% dos
consumidores do supermercado “02” disseram que não costumam apertar ou furar as FLVs,
porém, o roteiro de observação permitiu constatar que grande parte dos consumidores
apalpam os produtos antes de escolherem aqueles que possuem maior qualidade diantes dos
olhos de cada um. Nota-se também que os consumidores possuem o hábito de experimentar
algumas frutas, como a uva, antes de escolherem quais adquirir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo procurou analisar a logística do setor de hortifrúti dos supermercados do
município de Cacoal/RO. De acordo com o exposto, a logística, desde os tempos antigos, tem
sido responsável pela cadeia de abastecimento, que serve para planejar, programar e controlar
o fluxo e armazenagem dos produtos, serviços e informações dentro da organização. A
logística no meio empresarial tem como objetivo garantir a satisfação dos clientes por meio da
organização e disposição do produto ou serviço no local, hora e data certa. Dentro do
supermercado, especialmente no setor de hortifrúti, a logística, quando trabalhada de forma
eficiente, ajuda a evitar possíveis perdas de produtos que contém maior nível de
perecibilidade.
33%
0%
67%
Apertar asFrutas,Legumes ouVerdurasFurar com aunha
Não costumoapertar oufurar, apenasolho
37%
0%
63%
Apertar asFrutas,Legumes ouVerduras
Furar com aunha
Não costumoapertar oufurar, apenasolho
33
A pesquisa buscou analisar a contribuição da logística empresarial para a redução das
perdas de produtos hortifrútis perecíveis no setor supermercadista no município de
Cacoal/RO. Como resultado, observou-se que os supermercados “01” e “02”, apesar do
tamanho e do número de funcionários, possuem pouca especialização para trabalhar com a
logística no setor de hortifrúti, pois ao realizar entrevistas e observações no setor, foram
identificadas algumas falhas no manuseio dos produtos, tanto por parte do responsável pelo
setor, quanto do funcionário, sendo esta também, a causa das perdas dos produtos, antes
mesmo de serem expostos à venda. No supermercado “02” notou-se que não existem cuidados
em relação à armazenagem de produtos pelas características, ou seja, os produtos são
armazenados dentro de uma única sala refrigerada, o que faz com que o prazo de validade seja
reduzido devido à falta de cuidado em relação à temperatura ideal para o armazenamento.
Notou-se que grande parte das perdas acontece antes mesmo dos produtos chegarem ao
supermercado, devido à falta de cuidado no transporte.
Observou-se que, nos dois supermercados analisados, não há planejamento para
buscar a redução de perdas dos hortifrútis comercializados pelas empresas, pois as perdas
ocorrem diariamente e a única solução que se tem é a de reduzir a quantidade de produtos na
próxima compra. Notou-se que o espaço destinado ao armazenamento não vai ao encontro
com o cuidado que a teoria mostra que se deve ter, pois apesar de o supermercado “01”
mostrar maior cuidado quanto ao armazenamento em relação ao supermercado “02” ainda
assim, tais cuidados são pouco relevantes para que os produtos cheguem às prateleiras em
bom estado de consumo e com preços atraentes. Os supermercados não possuem uma média
da quantidade de produtos que são descartados na primeira etapa do abastecimento, com isso,
as empresas enfrentam certa dificuldade para trabalhar melhor com a logística dos hortifrútis,
uma vez que não sabendo a quantidade de produtos perdidos os supermercados não
conseguem buscar alternativas para reduzir tais perdas, tampouco, aumentar a efetividade da
logística trabalhada dentro das empresas estudadas.
Outro fator que deve ser ressaltado é a falta de cuidado na hora de expor um produto
novo ao lado do velho, que conforme a teoria, certos produtos não podem ser expostos ao lado
dos produtos que já estão expostos, ou seja, o mais novo perto do mais velho, pois isso acelera
o amadurecimento do produto mais novo. Essa falta de cuidado também ocorre com produtos
que não podem ser empilhados, como o melão, melancia e abacate, fazendo com que os estes
não fiquem com aparência atrativa aos consumidores, pois ficam achatados e com coloração
34
diferente dos demais produtos. Outra questão destacada diz respeito ao fator preço, pois não
corresponde com a qualidade ofertada, logo, não é atrativo aos consumidores. Desta forma, os
consumidores acabam por optar em consumir hortifrútis das feiras que ocorrem durante a
semana, em vários pontos da cidade, na busca por maior qualidade e atratividade.
Desta forma, nota-se o alcance dos objetivos da pesquisa que buscaram mensurar as
perdas dos produtos hortifrúti, assim como descrever os processos de abastecimento,
armazenamento, controle e descarte, bem como a comparação dos processos e controles dos
hortifrútis entre os supermercados pesquisados. As sugestões propostas para os
supermercados são: realizar reformas nas salas refrigeradas, com intuito de prevenir perdas
com produtos, tanto para os que não podem ser empilhados quanto para os que não podem
receber contato com a luz, bem como, criar critérios para mensurar essas perdas. Recomenda-
se-se para pesquisas futuras um estudo sobre a contribuição da logística de hortifrúti para os
feirantes do município de Cacoal/RO, uma vez que estes tendem a lidar com outros fatores
que contribuem ainda mais para as perdas dos hortifrútis, como a quantidade certa de produtos
retirados das hortas para que não ocorra perdas e prejuízo dos produtos não vendidos no dia,
exposição ao calor, assim como o vento. E ainda por serem sitiantes e possuírem poucas
informações a respeito dos cuidados de transporte, manuseio e alocação dos produtos na área
de exposição.
REFERÊNCIAS
1 ANDRADE, Jones dos Reis. Boas Praticas no setor perecíveis: Hortifruti, Frios, Laticínios
e Carnes. In: Super Norte 2010: Sustentabilidade – Novo Jeito de Produzir, vender e
consumir.
2 BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes; Administração de Materiais;
Distribuição Física. 1.ed. 22 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.
3 BOWERSOX, Donald J, CLOS, David J. Logística empresarial: O processo de integração
da cadeia de Suprimento. 1. ed. 9 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.
4 CASTIGLIONI, José Antônio de Mattos. Logística Operacional: Guia Prático. 2 ed. 3
reimp. São Paulo: Érica, 2010.
5 CARARA, Regiane Samara Boton. Planejamento E Controle De Estoque: Estudo do
Desperdício de Produtos Hotifrutis Em Uma Empresa No Município De Ministro Andrezza-
35
RO. Cacoal: UNIR, 2013
6 CARNEIRO, Ricardo José. Movimentação e Armazenagem. Paraná: IFPR, 2012.
7 CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas de Cacoal. Associados. Disponível em:
<http://www.cdlcacoal.com.br/associados.php>. Acesso em: 25 de Ago. de 2013.
8 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Cientifica. São Paulo:
Makron Books, 1996.
9 CHING, Hong Yuh. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada: Supply
Chain. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
10CONDURÚ, Marise Teles. PEREIRA, José Almir Rodrigues. Elaboração de Trabalhos
Acadêmicos: Normas, Critérios e Procedimentos, 2 ed, 2007
11 CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos:
criando redes que agregam valor. 2.ed. . São Paulo: Cengage Learning, 2010.
12 DIAS, Marco Aurélio P. Logística, Transporte e Infraestrutura. São Paulo: Atlas, 2012.
13 FARIA, Ana Cristina de. COSTA, Maria de Fatima Gameiro da. Gestão de Custos
Logísticos: Custeio Baseado em atividades, Balanced Scorecard, Valor econômico
Agregado. 1.ed. 7 reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.
14 FINDLAY, Eleide A. G. COSTA, Mauro A. GUEDES, Sandra P. L. de Camargo. Guia de
Elaboração de Projeto de Pesquisa. 2. Ed. Ver. E atual. Joinvile: UNIVELLE, 2006.
15 FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para Trabalho Científico, 14 ed, Porto
Alegre: s.n, 2008.
16 GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. 8 reimpr. São Paulo:
Atlas, 2007.
17 GOMES, Willian da Silva. Como reduzir as perdas da seção de hortifrútis?. Disponível
em: <http://www.sm.com.br/Editorias/SM-Responde/Como-reduzir-as-perdas-da-secao-de-
hortifrutis%3F-4833.html>. Acesso em: 1 de Set. de 2013.
18 MERCADO MELHOR. Manual de Normas e Procedimentos FLV. Disponível em:<
http://dc206.4shared.com/doc/cBZs8HHB/preview.html>. Acesso em 1 de set. de 2013
19 MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa cientifica em ciências sociais: um guia
prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos, São
Paulo: Atlas, 2005.
36
20 REVISTA HORTIFRUTI BRASIL. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
-CEPEA : Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”: ESALQ/USP. Ano 9. Nº 94.
Setembro de 2010 – ISSN 1981-1837
21 PARRÉ, José Luiz. CÂMARA, Djalma Fernandes. Comercialização de Hortifrutis Em
Supermercados: uma analise para o estado do Paraná. Disponível em: <
http://www.sober.org.br/palestra/12/01P061.pdf>. Acesso em: 16/09/2013.
22 PAURA, Glávio Legal. Fundamentos da Logística. Paraná: IFPR, 2012.
23 RAIMUNDO, Marcos Rosso. Gestão de Recursos Materiais: Controle de Estoque de
um Supermercado Localizado em Criciuma-SC. Disponivel em:<
http://repositorio.unesc.net/bitstream/handle/1/467/Marcos%20Rosso%20Raimundo.pdf?sequ
ence=1> Acesso em: 10 de Nov. de 2013
24 RICARTE, Marcos Antônio Chaves. A Logística em pequenos supermercados e o papel
da Tecnologia da Informação: um estudo de caso em uma associação De supermercados.
Disponível em:<http://uol01.unifor.br/oul/conteudosite/?cdConteudo=1457943>. Acesso em:
21 de Ago. de 2013.
25 ROCHA, Davi Carvalho. A Logística Como Fator Competitivo Na Fidelização De
Clientes. Disponível:< http://www.taniazambelli.com.br/arquivos/conhecimento-78.pdf >
Acesso em: 05/09/2013
26 SANTOS, Izequias Estevam dos. Métodos e técnicas de pesquisa cientifica: TCC,
Monografia, Dissertação, Tese. 5ª ed. Ver., atual. e ampl. Niterói: Impetus, 2005
27 SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Minas Gerais.
Ponto de Partida para o início de Negócio: Supermercado. Disponível em:
<http://www.dce.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/0/64f8a7efb9b61b1683256f5f005c2200/$FILE/N
T000A1F16.pdf>. Acesso em: 1 de Set. de 2013.
28 SEVERINO, Antônia Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico, 23 ed, 2007
29 SIMARELLI, Marlene. Produtor deve preparar-se para vender. In: Revista Frutas e
Derivados, ano 1, Edição 02, Junho de 2006.
30 SINDICATO RURAL DE MOGI DAS CRUZES. A Expansão Do FLV Nos
Supermercados. Disponível em: <http://www.sindicatoruralmc.com.br/artigos/expansao-do-
FLV-nos%20-supermercados.html> Acesso em: 1 de Set. de 2013.
31 SILVA, Adriano Camiloto; TORRES NETO, Diogo Gonzaga; QUINTINO, Simone
Marçal. Manual do Artigo Científico do curso de Administração. Cacoal: UNIR, 2010.
32 VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. São Paulo:
37
Atlas, 2005.
33 VIANA, João José. Administração de Materiais: Um enfoque Prático.1 ed. 13 reimp.
São Paulo:atlas 2010.
34 WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimento: Decisões e Modelos
Quantitativos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
38
ANEXO
39
ANEXO A: TERMO DE AUTORIZAÇÃO
O Supermercado autoriza: Tandara Jessika Trevezani da Silva, acadêmica matriculada no
curso de Administração Vespertino, da Fundação Universidade Federal de Rondônia Câmpus
Prof. Francisco Gonçalves Quiles, sob número de matricula 201024862, portadora do RG
1074522,. Residente no município de Cacoal/RO a realizar a pesquisa de Logística
Empresarial No Setor De Supermercados No Município De Cacoal – RO. Será permitido
que a acadêmica aplique questionários aos clientes deste estabelecimento e realize a entrevista
com o (s) responsável (is) pelo setor de hortifrúti a fim de obter informações que contribuirão
para a realização da pesquisa. A mesma esta autorizada a ter acesso a determinadas áreas
como: Setor de Hortifrúti, Armazém, Estoques, e receberá informações a respeito da
quantidade de hortifrúti que o supermercado compra e vende, não podendo ter acesso aos
valores ou qualquer outro assunto que envolva a questão financeira do estabelecimento.
Cacoal,_____de________________________de 2014
Assinatura do Participante
40
ANEXO B: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntario (a), da pesquisa Logística
Empresarial No Setor De Supermercados No Município De Cacoal – RO, no caso de você
concordar em participar, favor assinar ao final do documento. Sua participação não é
obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu
consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a)
ou com a instituição. Você receberá uma copia deste termo onde consta o telefone e endereço
do pesquisador (a) principal, podendo tirar duvidas do projeto e de sua participação.
PROGRAMA: Graduação em Administração da Fundação Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, Câmpus Prof. Francisco Gonçalves Quiles.
PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Tandara Jessika Trevezani da Silva
ENDEREÇO: Avenida Juscelino Kubitschek, nº 585, Novo Horizonte, Cacoal/RO.
TELEFONE: (69) 8114-3735
OBJETIVOS: Mensurar as perdas de produtos hortifrúti perecíveis nas empresas estudadas;
Descrever os processos de abastecimento, armazenamento, controle e descarte dos produtos
hortifrúti perecíveis; Comparar os processos e controle dos produtos hortifrútis entre os
supermercados estudados.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Se concordar em participar da pesquisa, você terá que
responder a um formulário com perguntas a respeito da logística dos hortifrútis perecíveis no
setor de supermercados. Os dados coletados serão tabulados e analisados para fechamento do
Artigo de Graduação no Curso de Administração da Universidade Federal de Rondônia-
UNIR Campus Francisco Gonçalves Quiles.
RISCOS E DESCONFORTOS: A pesquisa não apresenta nenhum risco ou prejuízo ao
participante.
BENEFICIOS: Auxiliar no levantamento de possíveis causas que contribuem para o
desperdício dos produtos hortifrútis perecíveis nos supermercados analisados, proporcionando
uma melhora nas estratégias de controle de estoque e prevenção de perdas de produtos
hortifrútis perecíveis.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto ou
pagamento com sua participação.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Garantia de sigilo que assegure a sua
privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e o seu nome
não serão divulgados.
Cacoal,_____de________________________de 2014
Assinatura do Participante
41
APÊNDICE
42
APÊNDICE A: ROTEIRO DE ENTREVISTA
Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada
“logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no
caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento, seu nome não
será divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua
participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é obter informação sobre como a logística é
trabalhada dentro da empresa. Pesquisador (a): Tandara Jessika Trevezani da Silva. Tel.
(69) 8114-3735. E-mail: [email protected].
________________________________________________________
Assinatura do Participante
Sexo:____________________________
Formação:________________________
Idade:____________________________
Estado civil:_______________________
Tempo de serviço no setor de
hortifrúti:__________________
01. Com que tipo de transporte os hortifrútis são entregues ao supermercado?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
02. Costumam acontecer algum tipo de perda ou desperdício dos produtos hortifrútis
perecíveis no transporte e na distribuição física? Quais são?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
03. Caso a resposta seja afirmativa, os fornecedores costumam repor os produtos hortifrútis
perecíveis que chegam danificados ao supermercado?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
04. Os fornecedores utilizam algum tipo de cuidado a fim de evitar essas perdas e
desperdícios?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
05. Descreva o processo de descarregamento dos produtos que chegam ao supermercado para
serem expostos à venda
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1
06. Quantos produtos hortifrútis perecíveis o mercado comercializa? São todos pedidos ao
mesmo fornecedor ou existem outros fornecedores? Se existem quantos são?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
07. Quantos funcionários são responsáveis por realizar a armazenagem e a exposição desses
produtos? São sempre os mesmos funcionários que realizam essa tarefa?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
08. Os funcionários responsáveis pelo setor de hortifrúti recebem treinamento referente aos
cuidados de armazenamento e exposição dos produtos hortifrútis? De que forma?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
09. Você identifica alguma necessidade de mudança no processo como os estoques são
armazenados ou na estrutura física dos estoques? Quais seriam essas mudanças?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
10. É utilizado algum programa para controle dos estoques de hortifrútis perecíveis ou é feito
manualmente? Se a resposta for sim, como é realizado?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
11. Existe, no seu ponto de vista, algum ponto fraco ou falhas no atual programa utilizado
pelo mercado para controlar os estoques? Quais?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
12. Você considera importante o uso de ferramentas de controle de estoque, considerando
principalmente os estoques de hortifrútis perecíveis?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
13. Existe algum tipo de cuidado no armazenamento dos produtos hortifrútis perecíveis que
não podem ser colocados em contato com a luz, calor, ou frio?
2
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
14. Quais cuidados são levados em consideração na hora de expor um produto novo perto de
um produto que já se encontra na prateleira?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
15. Em qual fase ocorre maior desperdício de produtos hortifrútis perecíveis (transporte,
armazenagem, exposição)? Por qual motivo?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
16. Ocorre muito prejuízo ao supermercado com produtos apalpados pelos clientes dos
supermercados?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
17. Em sua opinião, poderia ser tomada alguma medida no intuito de diminuir as perdas e os
desperdícios de produtos hortifrútis perecíveis? De que maneira?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
18. Quantos por cento em média de produtos hortifrúti são descartado por dia, semana ou
mês?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
19. É utilizado alguma estratégia para reduzir as perdas dos hortifrútis?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
20. Como os produtos são guardados aos finais de semana?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3
21. Qual meio é usado para conservar os produtos que ainda não estão na área de vendas?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4
APÊNDICE B: ROTEIRO DE FORMULÁRIO
QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO SOBRE “A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
EM RELAÇÃO À “FEIRINHA” DO SUPERMERCADO”
Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada
“Logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no
caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do quadro, seu nome não será
divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua
participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é medir o nível de satisfação dos clientes deste
supermercado. Pesquisador (a): tandara Jessika Trevezani da Silva. Tel. (69) 8114-3735. E-
mail: [email protected].
________________________________________________________
Assinatura do Participante
1. Sexo
( ) Feminino ( ) Masculino
2. Idade
( ) Menor de 18 anos
( ) Entre 18 a 22
( ) Entre 22 a 26
( ) Entre 26 a 30
( ) Entre 30 a 34
( ) Entre 34 a 38
( ) Entre 38 a 42
( ) Acima de 42
3. Escolaridade
( ) Da 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental
(antigo primário)
( ) Da 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental
(antigo ginásio)
( ) Ensino Médio (antigo 2º grau)
( ) Ensino Superior
( ) Especialização
( ) Não estudou
4. Estado civil
( ) Solteiro
( ) Casado
( ) Divorciado
( ) Viúvo (a)
5. Sua casa está localizada em? (Marque apenas uma resposta)
( ) Zona rural.
( ) Zona urbana
( ) Comunidade indígena.
( ) Outro_______________
6. Renda familiar
( ) 01 a 03 salários mínimos
( ) 03 a 05 salários mínimos
( ) 05 a 07 salários mínimos
( ) Acima de 07 salários mínimos.
7. Quantas vezes por semana você frequenta o setor de hortifrúti (Frutas, legumes e Verduras)
deste supermercado?
( ) de 1 a 3 vezes
( ) de 3 a 6 vezes
( ) de 6 a 8 vezes
( ) de 8 a 10 vezes
( ) de 10 a 11 vezes
( ) Mais de 11 vezes,____________
0
8. Qual a sua opinião quanto à localização do supermercado (endereço na qual esta situado)?
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo
9. Das afirmativas abaixo assinale de 1 a 5 o grau de importância dos motivos que te levam a
frequentar este supermercado.
Item Descrição das Afirmativas Pouco Importante
Muito Importante
1 2 3 4 5
01 Qualidade das frutas, legumes e verduras
02 Loja limpa e organizada
03 Frescor das carnes e qualidade
04 Variedade de produtos
10. Qual o nível de satisfação em relação à qualidade dos hortifrútis (Frutas, legumes e
Verduras) oferecidos pelo supermercado?
( ) Estou satisfeito (a) ( ) Estou insatisfeito (a)
11. Em relação ao preço dos produtos
( ) Estou satisfeito (a) ( ) Estou insatisfeito (a)
12. Em relação à climatização do ambiente da “feirinha”, qual a sua opinião?
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
( ) Péssimo
13. Em relação ao espaço da “feirinha”, qual a sua opinião? (marque somente uma opção)
( ) Acho pequeno
( ) Acho que poderia ser maior
( ) Estou satisfeito (a) em relação ao
espaço
14. Em relação à variedade, qual a sua opinião?
( ) Tem pouca variedade
( ) Tem bastante variedade
( ) Não ligo para este fator
15. Na escolha dos produtos da feirinha, você costuma:
( ) Apertar as Frutas, Legumes ou
Verduras
( ) Furar com a unha
( ) Não costumo apertar ou furar, apenas
olho
16. Em relação à aparência dos produtos, qual a sua opinião?
( ) Acho feia a aparência de alguns
produtos, como:__________________
( ) Acho feia a aparência de todos os
produtos
( ) A aparência dos produtos é agradável
aos meus olhos
( ) Não ligo para este fator
1
APÊNDICE C: ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
Você esta sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa intitulada
“logística empresarial no setor de supermercados no município de Cacoal – RO”, no
caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do quadro, seu nome não será
divulgado e se houver duvidas você poderá recorrer ao pesquisador (a) para sana-las, sua
participação não é obrigatória, e, a qualquer momento você poderá desistir de participar e
retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador (a). O objetivo da pesquisa é obter informação sobre como a logística é
trabalhada dentro da empresa estudada. Pesquisador (a): Tandara Jessika Trevezani da
Silva. Tel. (69) 8114-3735. E-mail: [email protected].
________________________________________________________
Assinatura do Participante
Supermercado:_______________________________________________________
Data _____/_____/_____ Início _____:_____Horas Término ____:_____Horas
1. ABASTECIMENTO
A. Quantidade de caixas por semana
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
B. Condições das caixas que os hortifrútis são transportados
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
C. Tipo de transporte na qual abastece a “feirinha” do supermercado
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
D. Quantidade de funcionários responsáveis pelo abastecimento
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
E. Manuseio dos produtos até o armazém
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
F. Tempo médio do abastecimento ao armazém
2
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
G. Quantidade de caixas descartados nesta primeira etapa
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
H. Tipos de produtos que são descartados nesta primeira etapa
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
I. Frequência de recebimento
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
2. ARMAZENAMENTO
A. Climatização do ambiente de armazenagem dos produtos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
B. Modo em que é feito a seleção dos itens
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
C. Descarte de produtos com defeitos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
D. Processo de armazenagem
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
E. Empilhamento dos produtos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
F. Iluminação do ambiente de armazenagem
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
3
G. Cuidados com o estado de maturação dos produtos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
3. EXPOSIÇÃO
A. Condições das gondolas
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
B. Cuidados quanto a exposição de produtos que precisam de refrigeração
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
C. Empilhamento dos produtos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
D. Exposição de produtos com estado de maturação avançado
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
E. Cuidado com as verduras (folhagens)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
F. Quantidade de funcionários no setor de hortifrútis.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
G. Cuidados ao expor os produtos
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável
H. Frequência diária/semanal/mensal na qual as gondolas são reabastecidas
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Condições ( ) boa ( ) ruim ( ) razoável