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Revoltas Regencia s Período 1831– 1840 Fonte: SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica. Editora Nova Geração, 2009. MAPA UNITARISMO: As revoltas regenciais vinculam-se à excessiva centralização do poder no Rio de Janeiro. Com a Constituição de 1824 impôs-se o unitarismo, ou seja, o predominou da capital sobre o país. MAPA DO FEDERALISMO: As revoltas combatiam a centralização política e defendiam o federalismo, ou seja, a descentralização do poder e autonomia das províncias.

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Page 1: LOCAL Regencia s C O AUSAS BJETIVOS - evl.com.brevl.com.br/enem/.../uploads/2015/09/revoltas-regenciais-aluno-533.pdf · Revolta dos Malês e Sabinada República Juliana (SC) República

HUMANAS HIS Da Regência à RepúblicaPeríodo regencial: política e revoltas populares

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RIO GRANDE DO SULRIO GRANDE DO SULRIO GRANDE DO SULRIO GRANDE DO SUL Porto AlegrePorto Alegre

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1835–1840 LOCAL: ParáCAUSAS: opressão, miséria, aumento dos impostos.OBJETIVOS: abolição da escravidão, redistribuição de terras, fundação de uma República.

1835 (Revolta dos Malês) LOCAL: SalvadorCAUSAS: maus-tratos e discriminação.OBJETIVOS: fundar uma República Negra, extinção da escravidão e do latifúndio.

1837–1838 (Sabinada)LOCAL: BahiaCAUSAS: abandono político, estagnação econômica, insatisfação dos segmentos populares e das camadas médias.OBJETIVOS: fundação da República Bahiense e autonomia das províncias

1838–1841 LOCAL: Maranhão

CAUSAS: crise econômica, disputa política local,

instabilidade política e social, desemprego,

escravidão e miséria.

OBJETIVOS: descentralização política e instauração

da República.

1835–1845 LOCAL: Rio Grande do SulCAUSAS: descontentamento com a política econômica, aumento dos impostos sobre o charque, concorrência com produtos estrangeiros e do custo de artigos.OBJETIVOS: descentralização do poder.

Período 1831–1840

Rio de Janeiro

Porto Alegre

DesterroRio de Janeiro

Ouro Preto

Salvador

Recife

Fortaleza

São Paulo

Belém

São Luís

Fonte: SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica. Editora Nova Geração, 2009.

MAPA UNITARISMO: As revoltas regenciais vinculam-se à excessiva centralização do

poder no Rio de Janeiro. Com a Constituição de 1824 impôs-se o unitarismo, ou seja, o

predominou da capital sobre o país.

MAPA DO FEDERALISMO: As revoltas combatiam a centralização política e defendiam o federalismo, ou

seja, a descentralização do poder e autonomia das províncias.

Page 2: LOCAL Regencia s C O AUSAS BJETIVOS - evl.com.brevl.com.br/enem/.../uploads/2015/09/revoltas-regenciais-aluno-533.pdf · Revolta dos Malês e Sabinada República Juliana (SC) República

HUMANAS HIS Da Regência à RepúblicaPeríodo regencial: política e revoltas populares

H 11-Identi�car registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

1 Leia o texto.

A revolução social dos cabanos que explodiu em Belém do Pará, em 1835, deixou mais de 30 mil mortos e uma população local que só voltou a crescer signi�cativamente em 1860. Este movimento matou mestiços, índios e africanos pobres ou escravos, mas tam-bém dizimou boa parte da elite da Amazônia. O principal alvo dos cabanos eram os bran-cos, especialmente os portugueses mais abastados.

RICCI, Magda. Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o proble-ma do patriotismo na Amazônia, www.scielo.br (acesso em 4 de abr. 2013).

A revolta cabana ocorrida no conturbado período regencial caracterizou-se:a) pela disputa de poder entre as oligarquias estaduais e em razão das desigualdades sociais.b) pelas divergências ocorridas entre as elites locais e pela ampla participação popular.c) pela luta a favor da descentralização política e pelas divergências entre liberais e o gabinete

conservador.d) por uma ampla perseguição aos setores que representavam a elite nacional, composta

majoritariamente de portugueses.e) por ser uma revolta armada contra as péssimas condições de vida e pela centralização do

poder local.

H 13- Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

2 Leia os textos.Para arregimentar soldados, os farroupilhas incorporaram escravos às suas �leiras, pro-

metendo em troca a liberdade após o �m do con�ito. De olho na alforria, alguns negros fugi-ram das propriedades onde eram mantidos escravos para aderir à luta. Outros foram cedidos por senhores de terra que apoiavam a revolução. Já senhores contrários ao movimento po-diam ter seus escravos capturados à força, como aconteceu nas charqueadas – propriedades rurais onde se produz o charque (carne salgada) – de Pelotas.

SALAINI, Cristian Jobi; OLIVEIRA, Vinicius Pereira de Escravos farrapos. Docu-mento que revela massacre de soldados negros por líderes farroupilhas gera po-

lêmicas até hoje. Revista de História da Biblioteca Nacional, 2010.

A insurreição de milhares de negros (1838-1840) liderados por Cosme Bento das Cha-gas tornou-se o fermento mais explosivo durante a Balaiada (1838-1841). Aquele acon-tecimento revelou um aumento do nível de amadurecimento dos negros escravos, pois, através da insurreição buscaram superar a escravidão (após sucessivas fugas e a constitui-

ção de diversos núcleos de quilombolas), impondo uma forma mais incisiva de resistência àquela sociedade escravista. Tamanha era a resistência ao trabalho e à condição de escravo que, quando eclodiu a Balaiada (1838), a revolta dos negros e os numerosos quilombos já sacudiam todo o Maranhão. E todo aquele movimento ganhou mais consciência quando liderado pelo negro Cosme Bento das Chagas.

BORGES, Edson. A rota da liberdade do negro Cosme Bento das Chagas e a Ba-laiada. 2009. Disponível em: www.geledes.org.br/ (acesso em 6 mar. 2013).

O papel desempenhado pelos escravos nas duas revoltas regenciais revela:a) um antagonismo da própria sociedade escravista em que cabia aos negros o protagonismo

no movimento abolicionista.b) um per�l distinto, no sul a luta pela liberdade patrocinada pelo próprio estado, diante da

guerra e, no norte catalizada pelos quilombos.c) ações de caráter libertário e independente que convergiam em busca da abolição do trabalho

escravo nas províncias rebeldes.d) a intensidade da luta pela libertação do escravo que ameaçava a ordem aristocrática e

escravista predominante.e) controvérsias a respeito da abolição, a liberdade vista como troca e não conquista e a resis-

tência ativa dos quilombos.

H 8 - Analisar a ação dos Estados nacionais no que se refere à dinâmica dos �uxos populacio-nais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

3 Leia o texto.

O processo da independência foi longo, penoso e violento, permeado de manifestações em várias províncias. O grito do Ipiranga constituiu-se em uma forma encontrada pelas elites para frear as ideias revolucionárias, manter a dinastia, os privilégios do antigo sistema colonial e ga-rantir os interesses econômicos. O movimento de independência foi “um complexo processo no qual lançam suas raízes todos os desenvolvimentos decisivos ulteriores da sociedade brasileira”.

DIAS, Claudete Maria Miranda. Balaiada: a guerrilha sertaneja. Estudos Sociedade e Agri-cultura, n. 5, nov. 1995. p. 73-88. Disponível em:r1.ufrrj.br/(acesso em 22 fev. 2013).

As revoltas regenciais inserem-se no contexto de organização do estado nacional Brasileiro e denunciam:a) o fortalecimento de movimentos de independência nas províncias mais pobres do país.b) a fragilidade do Estado nacional diante das manifestações republicanas difundidas pelas

rebeliões provinciais.c) a instabilidade política nas províncias e a existência de movimentos separatistas.d) as mazelas da sociedade e o recrudescimento do movimento abolicionista.e) a fragmentação da unidade territorial em prol da manutenção da monarquia.