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Exercícios de aprofundamento – período composto por subordinação/ orações subordinadas substantivas 1. Leia o texto. a) O anúncio publicitário recorre a um mesmo tipo de estrutura sintática do período composto em vários trechos. Analisando a frase “Ela não sabe que o homem chegou à Lua”, classifique que tipo de orações há nessa estrutura. Ela (sujeito) não sabe 1 (algo: VTD) / que o homem chegou à Lua 2 (2ª O faz papel de OD da OP). Língua Portuguesa – 2º ano Aluno: Lista Nº 05 Profª. Rafaella Eleutério Data: __/__/20

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Page 1: Língua Portuguesa – 2º ano Lista Nº 05 · Analisando a frase “Ela não sabe que o homem chegou à Lua”, classifique que tipo de orações há nessa estrutura. Ela (sujeito)

Exercícios de aprofundamento – período composto por subordinação/ orações subordinadas substantivas

1. Leia o texto.

a) O anúncio publicitário recorre a um mesmo tipo de estrutura sintática do período composto em vários trechos. Analisando a frase “Ela não sabe que o homem chegou à Lua”, classifique que tipo de orações há nessa estrutura.

Ela (sujeito) não sabe1 (algo: VTD) / que o homem chegou à Lua2 (2ª O faz papel de OD da OP).

Língua Portuguesa – 2º ano Aluno:

Lista Nº 05

Profª. Rafaella Eleutério Data: __/__/20

Page 2: Língua Portuguesa – 2º ano Lista Nº 05 · Analisando a frase “Ela não sabe que o homem chegou à Lua”, classifique que tipo de orações há nessa estrutura. Ela (sujeito)

1ª OP. 2ª oração subordinada substantiva objetiva direta. b) Explique de que modo o texto principal garante o efeito persuasivo pretendido pela frase: “GNT. Informação

que forma opinião”. O texto principal garante o efeito persuasivo porque induz o leitor a acreditar que, com o canal GNT, é possível

adquirir conhecimento de mundo através das informações que o canal dispõe para seu público, garantindo que ele formará, assim, uma opinião crítica. Para obter esse efeito, o anúncio expõe a imagem de uma mãe carregando uma bebê no colo e sugerindo que ela (a pequena criança) não sabe uma série de questões importantes para a sua formação crítica. Ao final, a propaganda dá a entender que quem levará todos esses conhecimentos para a filha é a mãe, desde que a mulher tenha informação para isso, pressupondo que, ao longo de sua vida, a criança terá uma mãe bem instruída para formar seus valores e opiniões.

2. Leia o texto. “O Holocausto foi executado na sociedade moderna e racional, em nosso alto estágio de civilização e no auge do

desenvolvimento cultural humano. Por isso, é um problema da nossa civilização e da nossa sociedade”, diz o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, autor de Modernidade e Holocausto. Por isso é tão difícil falar abertamente sobre o assunto. O nazismo diz respeito a nós. Auschwitz é tão ocidental e moderno quanto a calça jeans. O Holocausto foi feito ao modo moderno: racional, planejado, “cientificamente” fundamentado, especializado, burocrático, eficiente. [...]

Quando os nazistas perceberam que tiros não seriam suficientes para eliminar os 11 milhões de judeus da Europa, recorreram a outra solução moderna, as câmaras de gás, inspiradas nas mais avançadas tecnologias de dedetização. Auschwitz era uma fábrica de matar – tinha capacidade para queimar 4.756 corpos por dia em 5 crematórios. Uma grande “inovação”, se comparada aos métodos usados pelos turcos contra os armênios em 1915: fuzilamento, golpes de clavas e baionetas.

A tecnologia moderna libertou o homem de séculos de domínio da natureza. Graças a ela, o homem pela primeira vez acreditou que não era apenas uma “criatura de Deus”, à mercê de Seus desígnios, mas um sujeito capaz de moldar o mundo. Foi justamente o que os nazistas quiseram fazer: mudar a Terra, construir sua utopia. E pretendiam fazer isso do jeito moderno: sem que houvesse questionamentos morais, em nome do “progresso”.

Eduardo Skklarz. Nazismo: 4ª. Ideia: a fria modernidade. Revista Superinteressante, n. 215, julho de 2005. p. 43. a) Releia as frases: “Foi justamente o que os nazistas (sujeito) quiseram fazer (algo VTD) (1ª O): mudar a Terra (2ª O

funciona como objeto direto da OP)”. 1ª O.P. 2ª O. subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo é reduzida quando ela deixa de apresentar a

conjunção e seu verbo passa a uma forma de infinitivo (ou gerúndio ou particípio, em outros casos). “ (Sujeito oculto) E pretendiam fazer (VTD) isso (OD) do jeito moderno (adjunto adverbial de modo): (1ª O) /

sem que houvesse questionamentos morais, em nome do “progresso” (2ª O). 1ªOP. 2ª O. subordinada substantiva apositiva.

As orações subordinadas de cada fragmento (destacadas em negrito) têm a mesma classificação? Justifique sua

resposta. As orações não têm a mesma classificação porque a primeira em destaque faz papel de objeto direto da OP e está

reduzida de infinitivo (sem conjunção). Já a segunda oração destacada na outra frase faz papel de aposto da OP e não está reduzida, pois apresenta conjunção, ou seja, é a forma de oração subordinada tradicional, desenvolvida.

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b) O texto lido questiona a modernidade com que o Holocausto foi praticado, com todos os recursos tecnológicos

disponíveis para matar. De que forma o uso das aspas em expressões como “inovação” e “progresso” deixa entrever a real opinião do articulista? Como a última frase do texto reforça seu ponto de vista? Fundamente sua resposta.

As aspas deixam entrever a real opinião do articulista porque elas ressaltam sua ironia diante da suposta inovação

e do suposto progresso vivido pelos nazistas, uma vez que criar novos métodos de extermínio em massa, com a câmara de gás, não pode ser visto como uma evolução para ser comemorada, já que isso causou a morte de milhares de judeus no mundo. Na verdade, esse “progresso” é abominável, pois é um retrocesso humanitário e civilizatório, tanto que a última frase do texto comprova isso ao sugerir que essa prática nazista foi feita sem questionamentos morais, ou seja, os princípios éticos e morais não foram levados em conta pelos nazistas.

3. Observe a tira.

a) Releia a frase dita por Mafalda no terceiro quadrinho. Copie e classifique as orações presentes nesse enunciado. “ (Eu SO) Tenho (VTD) certeza (OD de quê?) (1ª O)/ de que vamos fazer ( locução verbal = faremos =

uma só oração) um mundo melhor, sem agressões nem guerras! (2ª O complemento do nome certeza)”. 1ª OP. 2ª O. subordinada substantiva completiva nominal. b) Avalie o comportamento de Miguelito ao longo da tirinha. Pode-se dizer que a resposta dele aos questionamentos

de Mafalda é irônica? Explique por quê. A resposta de Miguelito para Mafalda é irônica porque ele parece concordar com a garota ao confirmar que as

crianças, por serem as novas gerações, poderão fazer um mundo melhor no futuro, sem agressões nem guerras, no entanto o comportamento do menino é contrário a sua fala, visto que ele agride uma criança menor quando ela lhe joga areia no rosto. Logo, Miguelito não teve discernimento nem maturidade para agir com paciência e compreensão, sendo mais violento do que aquele que o agrediu, fato que revela um comportamento hipócrita de Miguelito diante das reflexões de Mafalda.

4. Leia o anúncio publicitário.

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a) O anúncio brinca com um jogo de oposição. O que está sendo oposto no texto? Em que esses pontos se

assemelham? Explique. O texto opõe dois momentos na vida das pessoas: o bom, marcado por experiências gratificantes, prazerosas; e o

ruim, marcado por experiências dolorosas e difíceis, que “esfolam”, machucam o ser. Ambos os momentos se assemelham pelo fato de serem transitórios, passageiros, efêmeros, o que ressalta o valor de constante transformação da vida.

b) Para apresentar essa oposição, as duas frases apresentam o mesmo tipo de oração subordinada substantiva.

Classifique-a. Pensando no valor da função sintática que ela tem, explique por que essa oração é importante para a ideia defendida no texto.

As duas frases têm uma oração subordinada substantiva predicativa. Essa oração é importante para a defesa do

ponto de vista do texto porque seu papel (de predicativo do sujeito) é justamente de mostrar a característica do sujeito da oração principal. Nesse caso, os sujeitos “o lado ruim da vida” e “o lado bom” possuem a mesma característica: são passageiros.

5. Leia a tirinha.

a) Classifique as orações do período: “Claro, é verdade que ele disse isso”.

1ª OP.

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2ª Oração subordinada substantiva subjetiva (é o sujeito da oração principal: O QUE É VERDADE? QUE ELE DISSE ISSO).

b) De que forma a frase do segundo quadrinho revela a capacidade de o entrevistado “sair pela tangente” diante da

pergunta feita? O que provavelmente ele quer evitar? O entrevistado sai pela tangente porque ele não responde exatamente o que lhe foi perguntado, ele deveria responder

se seu vendedor disse que o produto vendido era “autoconsertável”. O entrevistado apenas confirma que seu vendedor disse algo, pois o personagem não queria se comprometer nem confirmar a venda enganosa do vendedor, já que o produto certamente não tinha a capacidade de se consertar sozinho.

6. Leia o enunciado.

Releia o enunciado destacado na questão. Se forem retirados da oração principal o pronome demonstrativo isto e o sinal de dois-pontos, então a oração subordinada, grifada em negrito, passa a ser classificada como:

a) oração subordinada substantiva subjetiva. b) oração subordinada substantiva objetiva direta. c) oração subordinada substantiva objetiva indireta. d) oração subordinada substantiva predicativa. e) oração subordinada substantiva apositiva.

Com o pronome isto e os dois-pontos a oração “que as pessoas não estão sempre iguais” é subordinada substantiva

apositiva. Ao retirar o pronome e os dois-pontos, a oração em estudo passa a ser o predicativo do sujeito da oração principal. 7. Leia a anedota. Uma garotinha olha para a barriga da mãe grávida. – Por que você tem uma barriga tão grande, mamãe? – É porque seu pai me deu um bebê. A menina sai do quarto correndo e encontra o pai. – Papai, é verdade que o senhor deu um bebê para a mamãe? – Sim! – Pois fique sabendo que ela o comeu!

Fabrice Lelatge. 365 piadas para crianças a partir dos 7 anos. Barueri, SP. Girassol, 2006.

a) Classifique sintaticamente as orações sublinhadas no texto. Papai, é verdade (OP) / que o senhor deu um bebê para a mamãe? sujeito da OP.

Que o senhor deu um bebê para a mamãe? oração subordinada substantiva subjetiva. – Pois fique sabendo (OP) / que ela o comeu! objeto direto da OP.

Que ela o comeu! oração subordinada substantiva objetiva direta.

b) Analise por que as falas da menina ao pai provocam o efeito de humor do texto. As falas da menina provocam o efeito de humor do texto porque tanto a forma literal como ela entende a resposta

da mãe quanto a suposição que a menina faz de que a mãe, por estar barriguda, teria engolido a criança são suposições inusitadas que quebram a expectativa do leitor. Isso torna o texto cômico pela situação absurda que a fala da menina causa ao final do texto.

“O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais”.

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8. Leia a tirinha.

a) Releia a última frase, vista no terceiro quadrinho. Destaque suas orações e classifique-as sintaticamente. Não se esqueçam – oração principal. De que uma mãe cansada bate com menos força – oração subordinada substantiva objetiva indireta (é o objeto

indireto do verbo da oração principal quem se esquece se esquece de algo: de que uma mãe cansada bate com menos força).

b) Os presentes sugeridos pela mercearia Manolo para o dia das mães garantiriam uma homenagem satisfatória para

elas? Por que a frase do último quadrinho pode ser considerada apelativa? Fundamente sua resposta. Os presentes não seriam satisfatórios para as mães porque são usados para fazer a faxina, a limpeza de casa, o que,

na verdade, mostra que essas mães deveriam trabalhar mais, em vez de descansar pelo menos em seu dia. A frase é apelativa porque induz a criança a comprar os produtos de limpeza não porque ela quer presentear e homenagear a mãe, mas porque, se a mãe usar produtos na limpeza de casa, ficará tão cansada da faxina e tão sem tempo que nem terá disposição de brigar com a filha. A mensagem torna-se apelativa porque a forma como se convence a personagem a comprar esses produtos baseia-se em um argumento emocionalmente exagerado para tentar vendê-los de qualquer modo.

9. Atente-se à tirinha.

BROWNE, Dik. Hagar. Folha de São Paulo, São Paulo, 12 jan. 1999.

a) Classifique sintaticamente as orações do período “Parece que estaremos numa desvantagem de dez pra um”. Parece – oração principal. Que estaremos numa desvantagem de dez pra um – oração subordinada substantiva subjetiva (é o sujeito da oração

principal: o que parece? que estaremos numa desvantagem de dez pra um). b) A palavra “desaproximemos”, utilizada por Eddie Sortudo, é um neologismo formado pelo acréscimo do prefixo

des-. Qual o sentido desse prefixo no contexto da tira? Avalie de que maneira o uso desse neologismo ajuda a construir o efeito de humor do texto.

“Des” ação contrária: caráter covarde de Eddie Sortudo que, ao invés de se aproximar do inimigo e enfrentá-lo,

quer fugir/ se afastar dele.

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O uso desse neologismo provoca a quebra de expectativa do leitor ao reconhecer uma situação inusitada e irônica, pois Eddie, em vez de agir como um guerreiro viking valente, é covarde e, para não demonstrar sua covardia, usa o neologismo “desaproximar” em vez de palavras como “fugir”, “afastar”, que tornariam mais explícita sua covardia.

10. Leia a matéria principal da capa do jornal Folha de São Paulo, publicada em 30 de julho de 2019.

a) Releia o quinto parágrafo do texto, relacionado à fala do ministro Sergio Moro. Classifique as orações do trecho

“defendeu em redes sociais que os líderes responsáveis pela rebelião cumpram suas penas ‘para sempre’ em presídios federais”.

“Defendeu em redes sociais” oração principal. “Que os líderes responsáveis pela rebelião cumpram suas penas ‘para sempre’ em presídios federais” oração

subordinada substantiva objetiva direta (faz papel de objeto direto do verbo defender da OP).

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b) Na frase relacionada a Sergio Moro, por que foi necessário usar aspas na expressão “para sempre”? O que o ministro quis dizer? O que a expressão pode dar a entender? Fundamente sua resposta.

Foi necessário usar aspas na expressão para destacar uma fala de Sergio Moro que é ambígua, pois ela adquire dois sentidos no texto. O ministro quis dizer que os líderes da rebelião deveriam ser transferidos para presídios federais para cumprirem o restante de suas penas ali, sem a possibilidade de retorno a outras cadeias menos seguras. A expressão, no entanto, dá a entender que esses líderes serão punidos com prisão perpétua e ficarão presos em presídios federais até morrerem, situação para a qual não há respaldo na legislação brasileira, pois aqui não existe prisão perpétua.