livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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EXECUÇÃO: Alunos da EJA e Prof. Paulo Sérgio

UNIDADE ESCOLAR: COL. EST. BARTOLOMEU BUENO DA SILVA

PROFESSOR COORDENADOR: PAULO SÉRGIO DE O. SILVA

COORDENADORA PEDAGÓGICA: SÍLVIA DE OLIVEIRA SILVA

DIRETORA: HÉLICA FERNANDA LEMES GONDIN

VICE-DIRETORA: ELAINE MARIA DE MACEDO

COL. EST. BARTOLOMEU BUENO DA SILVA PARANAIGUARA-GO

2011

Page 3: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

3

A COLETÂNEA A EJA NOS

CAMINHOS DA PALAVRA ESCRITA:

MOSTRANDO QUE A LEITURA TRANSFORMA A

NOSSA VIDA É O RESULTADO DO PROJETO DE

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO EXECUTADO NAS

TURMAS DA EJA (2011), SOB A COORDENAÇÃO E

ORIENTAÇÃO DO PROF. PAULO SÉRGIO DE O.

SILVA, NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA.

A EXECUÇÃO DESTE PROJETO, EM CONSONÂNCIA COM AS

MATRIZES CURRICULARES, COM A LDB, E A LEI 10639/2003, QUE,

SEGUINDO A METODOLOGIA DO LETRAMENTO, OBRIGA O ESTUDO DOS

VÁRIOS GÊNEROS TEXTUAIS, INCENTIVANDO E FAZENDO ACONTECER A

LEITURA E A ESCRITA, LEVANDO O ALUNO A SE TORNAR AUTOR DE SUAS

PRÓPRIAS IDEIAS E OPINIÕES, O QUE COLABORA PARA QUE ELE SE

TORNE TAMBÉM AUTOR DE SUA PRÓPRIA VIDA E PARTICIPAÇÃO NA

SOCIEDADE, E, EM CONSEQUÊNCIA, CONTRIBUI PARA “TRANSFORMAR

O MUNDO NUM LUGAR MELHOR DE SE VIVER”.

O REFERIDO PROJETO FOI EXECUTADO AO LONGO DO ANO

LETIVO DE 2011, DE FEVEREIRO A NOVEMBRO, COM UMA SEQUÊNCIA

DE AÇÕES QUE INCLUEM A PESQUISA EM TEXTOS (LIVROS, REVISTAS E

INTERNET), ANÁLISE DE TEXTOS, LEITURA DE LIVROS, POEMAS, LETRAS

DE MÚSICAS; PRODUÇÃO DE FRASES, POEMAS, TEXTOS NARRATIVOS,

BIOGRÁFICOS E DE OPINIÃO.

A FINALIZAÇÃO DOS TRABALHOS FOI A MONTAGEM DE

CARTAZES, BAINERS, PAINÉIS, LIVRO E PUBLICAÇÃO NO BLOG:

http://professorpaulosergionaeja.blogspot.com .

PROF. PAULO SÉRGIO.

Page 4: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Neste ano de 2011, nós,

alunos da EJA do Bartolomeu,

nas aulas de Língua Portuguesa,

com o Professor PAULO SÉRGIO,

produzimos textos dos mais variados tipos,

sobre vários assuntos, com muita

imaginação e criatividade,

expondo ideias e opiniões,

mostrando que a leitura e a escrita

podem transformar o nosso mundo.

Com estes textos, nós procuramos

conscientizar a todos de como agir

em diversas situações da nossa vida...

Afinal, as principais funções

da leitura e da literatura são divertir

e mudar os comportamentos

de nossos leitores!

Page 5: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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DDeessddee ooss tteemmppooss rreemmoottooss,, qquuaannddoo oo hhoommeemm ccoommeeççoouu aa ssee

ccoommuunniiccaarr aattrraavvééss ddee ddeesseennhhooss nnaass ccaavveerrnnaass,,

ddeeppooiiss ccoomm aa ffaallaa,, aattéé cchheeggaarr àà eessccrriittaa ee àà lleeiittuurraa,,

uummaa bbooaa hhiissttóórriiaa sseemmpprree eennccaannttaa aa ttooddooss

ooss oouuvviinntteess ee lleeiittoorreess...... EEmmbbaarrqquuee vvooccêê ttaammbbéémm

nneessttaa vviiaaggeemm ee ssee eennccaannttee ccoomm aass hhiissttóórriiaass qquuee ooss aalluunnooss ddaa EEJJAA ttêêmm ppaarraa nnooss ccoonnttaarr..

Page 6: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

6

Falar sobre a importância da leitura é

como falar de alimentação, água ou remédio. A leitura é

uma necessidade vital, é algo que nos torna livres,

capazes de conduzir nossas vidas. A capacidade de ler

nos dá condições de realizar coisas que, às vezes

consideramos muito simples, mas que são muito

importantes, como poder pegar um ônibus com

segurança, procurar um endereço, ler a bula do

remédio, ler uma receita, ler um jornal, e,

principalmente, o hábito da leitura nos dá condições de

entendermos o que ouvimos e o que lemos. E isso, é

claro, nos torna pessoas melhores a cada leitura que

fazemos.

Prof. Paulo Sérgio

Page 7: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

7

Leitura é a palavra chave para um futuro

melhor. A leitura é para todos, basta estudar. Só quem

sabe ler, entende o quanto é importante, porque a chance

de conseguir um emprego é maior, porque, por onde

passar, muitas portas abertas encontrará e, pode ter a

certeza de que uma é para você, que tem uma boa leitura.

A leitura é importante, porque ela é o

passaporte para realizar seus sonhos. Você não vai a lugar

algum sozinho. Já quem não sabe ler, encontra muitas

dificuldades para conseguir um emprego, para saber qual

ônibus certo, para ler a receita do remédio, etc. A escrita é

o resultado de uma boa leitura.

A leitura transforma a nossa vida, porque nos

faz enxergar mais as coisas ao nosso redor. A gente passa

a conhecer o que não conhecia. Antes via, mas não sabia

o que significava. Isso é muito triste: andarmos e não

saber por onde estamos passando. É tão legal quando

passamos por um lugar e lemos e que está escrito!

Franciely – 6º Sem – 2ª Etapa – EJA (agosto a dezembro)

Page 8: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

8

Através da leitura e da escrita, podemos viajar

em um mundo mágico, um mundo onde todos nós

podemos ter a felicidade de sabermos ler e escrever, basta

só vocês começarem a leitura. Isso nos dá uma felicidade

que não tem explicação.

Tem pessoas que não sabem ler, só escrever.

Como deve ser difícil a vida dessas pessoas! Mas nunca é

tarde para aprender a ler. Comece agora mesmo. Leia um

jornal, revistas, livros, ou até mesmo as placas das ruas. O

que não podemos é viver em um mundo onde ninguém

tem tempo para a leitura.

No mundo de hoje, a leitura e a escrita são

muito importantes, porque, quem não sabe ler e escrever,

não tem muitas oportunidades de trabalho, porque, a cada

dia que passa, a leitura se torna mais importante.

Por isso seja você também um leitor. Faça

como nós: leia todos os dias!

Solange – 6º Sem – 2ª Etapa – EJA (agosto a dezembro)

Page 9: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A leitura é uma obra que, por meio dela,

transformamos a nossa escrita. Hoje, com a junção das

duas, conseguimos uma obra até mesmo um grande

espetáculo.

Se você gosta realmente de leitura, ou da

escrita, você está em um caminho que vai trazer um futuro

melhor. Eu sou uma pessoa que sou amante da leitura. É

assim que pretendo alcançar meus objetivos. A palavra

leitura é uma das coisas que todos devemos incluir em

nosso vocabulário, principalmente nos horários que

podemos ocupar a nossa imaginação.

Seja você também amante da leitura e da

escrita, que vai te trazer um grande futuro.

Sandra Rosa dos Santos

6º Sem – 2ª Etapa – EJA (agosto a dezembro)

Page 10: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

10

QQuueemm ccoonnttaa uumm ccoonnttoo aauummeennttaa uumm ppoonnttoo nnaa vviiddaa

ddee sseeuuss oouuvviinntteess oouu lleeiittoorreess......

ÉÉ ddee ccoonnttoo eemm ccoonnttoo qquuee ccrriiaammooss eennccoonnttrrooss

ee eennccaannttooss...... EEnnccoonnttrroo ccoomm aa ppaallaavvrraa ee eennccaannttoo ppeellaa vviiddaa qquuee eellaa

nnooss ttrraazz.. PPrrooff.. PPaauulloo SSéérrggiioo

Page 11: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

11

SÓ AGORA ESTOU APRENDENDO A SER FELIZ

Estou muito feliz. Depois de vinte anos que concluí a sétima série, eu voltei a estudar. Em 1985,

eu estava muito feliz, pois estava indo bem nos

estudos... Porém, eu não estava bem com a minha

família, e, por isso, fiz a escolha mais errada da minha

vida: resolvi me casar. Foi a coisa mais errada e absurda que já fiz em toda a minha vida. Só consegui

passar essa fase negra, porque Deus me deu o

privilégio de ser mãe de três filhos maravilhosos. O primeiro, Lázaro Tadeu, o segundo Marcos Lourenço e

o terceiro Navilton Matheus. Tenho também três lindos

netos: Marcos Antônio, Pedro Lucas e Daniel Henrique, e minhas três noras. Tenho ainda uma irmã e dois

sobrinhos que amo muito... Hoje estou numa fase

legal da minha vida. Consegui me divorciar, tenho minha casa própria, tenho o meu trabalho, sou

funcionária pública (Serviços Gerais Classe II) e sou vendedora autônoma. Amo muito os meus serviços.

Como diz o sábio Salomão, personagem

bíblica, devemos sempre pedir a Deus muita sabedoria. Sabedoria, inclusive, para fazermos as

nossas escolhas. É o que eu espero: que de agora em

diante Ele me dê sabedoria para que eu possa sempre fazer boas escolhas.

Luzia Donizeth de Oliveira 5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 12: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Minhas lembranças...

No meu tempo de criança, eu morava na fazenda. Gostava muito de andar a cavalo e pescar.

Na fazenda, tinha um pomar de laranjeiras, uma casa

muito bonita, cor de rosa, com um jardim muito bonito, com muitas flores.

No período da tarde, eu e meu irmão

estudávamos. Nós íamos para a escola com outros colegas. No caminho, falávamos sobre muitas coisas.

Às vezes, nós íamos a cavalo, mas, na maioria das

vezes, íamos a pé, porque nós morávamos perto da escola. Nossa professora era muito legal. Ela brincava,

contava histórias. Na hora do recreio, nós brincávamos de pique esconde. No final da aula, eu

sempre ficava brincando com as filhas da professora.

Isso aconteceu no ano de 1990. Esse foi um dos melhores anos da minha vida.

Muita coisa aconteceu desde este tempo.

Coisas divertidas, coisas tristes, e outras nem tanto. Tomei várias decisões. Segui vários caminhos... Hoje

eu estou morando em Paranaiguara-Go, tenho dois

filhos, moro com minha mãe. Voltei a estudar. Sou muito feliz vivendo ao lado da minha família.

Solange 5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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Minha Viagem à Austrália

Sexta-feira à noite, entrei no ônibus em Nova

Andradina (MS) em direção a Guarulhos (SP), onde iria pegar o voo a outro país. A sensação era estranha e, ao

mesmo tempo que estava ansiosa, eu também estava triste, pois não queria deixar minha família.

Ao entrar no ônibus, percebi que haviam muitas pessoas que também iriam para o mesmo país que

iríamos. Então fiquei mais calma. Como estava de noite, resolvi dormir, pois seria uma longa viagem, mas haviam

muitas crianças no ônibus que não paravam de bagunçar e então não consegui dormir, até que eles dormissem.

Chegando ao aeroporto de Guarulhos, todos descemos do ônibus e fomos diretamente fazer o check-in.

Após algumas horas de espera, nosso avião finalmente

chegou. Fiquei surpresa, pois nunca havia visto um avião de tão perto. Nessa hora, fiquei com medo e ansiosa.

Ao embarcar no avião, o meu medo aumentou. Eu olhava para meus pais com cara de assustada e eles

apenas sorriam, pois já sabiam que eu estava com medo. Minutos depois, o avião começou a subir. Senti um frio na

barriga. Segurei bem a mão da minha mãe e disse: “Mãe estou com medo, não quero morrer!”. E ela apenas sorria.

Então me segurei bem. Senti que o avião tinha parado de subir. Parecia que havia parado no ar. Olhei pela janela e

vi que já estava acima das nuvens. Meu medo passou. Fiquei calma. Depois do medo todo que havia passado, só

queria aproveitar a viagem. Depois de quatro horas de vôo, chegamos ao

Chile, onde iríamos pegar um outro avião para Nova

Zelândia. Esperamos por mais algumas horas, até nosso próximo avião chegar. E depois embarcamos no avião. Mas

dessa vez, eu já não estava mais com medo e sim cansada.

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Mais Doze horas se passaram e finalmente

chegamos a Nova Zelândia. Eu já não aguentava mais ficar em um avião, mas sabia que ainda haviam mais 4 horas de

voo para chegarmos à Austrália. Esperamos mais algumas

horas e nosso outro avião chegou. Estava cansada, mas também feliz em saber que aquele seria nosso último

avião. Quatro horas se passaram. Olhei pela janela. Já

avistei a cidade. Estava feliz, pois finalmente estávamos chegando à Austrália. Quando descemos do avião, percebi

que já havia um homem nos esperando. Ele se aproximou de todos nós. Estávamos entre mais de 30 brasileiros.

Então ele se apresentou como nosso intérprete. Felizes, todos fomos em direção do ônibus que

nos esperava para nos levar até nossas casas. Meu pai, como já morava lá há algum tempo, já sabia o caminho,

mas eu apenas observava por onde passávamos. Ao chegar em casa, estava muito cansada. Então

resolvi tomar um banho. Após sair do banheiro, meu pai

me chamou para ir ao shop para comprar algumas coisas para casa. Eu aceitei.

Foi então que percebi que meu pai estava dirigindo em direção errada na rua, e que também o

volante do carro estava no lugar errado. Então ele me explicou que ali era tudo ao contrário do Brasil. Ao chegar

ao shop, fomos ao mercado. Percebi que não podia entender nada do que as pessoas falavam. Muitas coisas

eram diferentes ali. Foi então que percebi que minha vida iria mudar completamente naquele lugar.

Jéssica Nascimento de Melo

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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O ENCONTRO

Era dia 09 de dezembro de 2009, um dia normal de trabalho na pizzaria, onde eu trabalhava.

Eu estava desanimada e muito triste, pois já fazia um

mês que eu havia descoberto que estava sendo traída pelo pai do meu filho, com o qual eu havia vivido por

quatro anos. Enquanto eu organizava as mesas, os copos

e os talheres, e, ao mesmo tempo, pensava no que

havia acontecido, minha patroa Solange chegou e perguntou:

−Priscila, você já abriu o caixa?

E eu, imediatamente, respondi: −Sim senhora, já abri o caixa.

Voltei aos meus pensamentos distantes,

com meus olhos vazios, sem nenhuma animação... quando, de repente, percebo que alguém chegou na

mesa 16. Corri logo para atender o primeiro e solitário

freguês que havia acabado de chegar. − Boa noite, senhor! Posso ajudá-lo?

− Sim! Por favor! Uma cerveja.

− Um copo? − Sim. A não ser que você queira me

acompanhar!

Eu dei um sorriso amarelo, mas, sem perder o foco, continuei o meu trabalho e falei:

−Senhor, quando precisar de alguma coisa,

é só chamar! Continuei o meu trabalho, sem me esquecer

do moço da mesa 16, solitário como eu.

Page 16: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Mais tarde, começou a ficar mais

cansativo. A pizzaria começou a encher de gente, mas

eu continuava sem me esquecer do moço da mesa 16. Ele já havia tomado quatro cervejas, quando me

chamou novamente:

−Garçonete, posso te fazer uma pergunta? −Sim! É claro!

−Você tem namorado?

Novamente o sorriso amarelo apareceu no meu rosto, mas, ainda assim, respondi:

−Não senhor! Por quê?

−Porque eu estou em suas mãos. −Como assim?

−Se eu ficasse aqui até a pizzaria fechar

para te levar para sua casa, você aceitaria? Apenas sorri e voltei ao meu trabalho. Já

era tarde, as pessoas já estavam indo embora, menos

o moço da mesa 16. Não me contive. Fui até ele e perguntei:

−Moço, você não vai embora?

−Não. Eu, muito sem graça, mas também curiosa

para saber se era por minha causa que ele estava

esperando, continuei o meu trabalho. O rapaz me chamou novamente e pediu a conta. Naquele

momento, desanimei. Mas fui somar sua conta. Ele

pagou e saiu do estabelecimento. Já estava no fim da minha longa noite de trabalho. Quando estava já

trancando as portas da pizzaria, olhei para o lado e lá

estava ele: o moço, que ainda só o conhecia como o moço da mesa 16, sentado em um banco, ainda

Page 17: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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sozinho. Decidi fingir que não o havia visto, quando

ele me chamou:

−Garçonete! Olhei e disse:

−Ainda aí?

−Estava te esperando. −Me esperando por quê?

−Porque eu não poderia ir embora sem

saber o seu nome. −Meu nome? Por quê?

−Porque tenho que saber o nome da

mulher que ganhou o meu coração. Fiquei sem reação, mas falei:

−Meu nome é Priscila.

Ficamos em silêncio. Mas eu também estava ansiosa para saber o nome do moço da mesa

16. Mas não perguntei. Nos sentamos e ficamos a

noite inteira conversando. Quando o sol começou a nascer, criei coragem e perguntei:

−Moço, qual é o seu nome?

E ele me respondeu com um sorriso: −Marsol.

Priscila F. Quintino

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 18: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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UMA NOITE DE TERROR

Em uma noite de quinta-feira, de lua cheia.

Resolvi assistir a um programa que passava na TV chamado “Linha Direta”, que só mostrava assuntos de

crime ou de assombração. E foi por um desses programas que resolvi ficar até mais tarde acordada, apesar de estar

com muito medo, porque o marido não estava. Até então, tudo estava normal, quando ouvi

uns passos... Achava que era algo sobrenatural, tipo uma assombração. Mas, neste momento, não tinha ninguém

que tivesse coragem de abrir a porta para ver o que era. O vento soprava forte. As pisadas aumentavam. Eu ouvia

estrondos muito estranhos. Com certeza, era uma assombração. Era uma junção de pisadas e estrondos, que

faziam sons muito estranhos, que se repetiam insistentemente... Quase me enfartei de tanto medo. O

medo era tanto, que não consegui dormir a noite toda.

Ao amanhecer, fui rápido ao quintal para ver o que tinha acontecido. Só vi rastos de cavalo e uma

lavadeira quebrada. Percebi que, por ironia do destino, justo naquela noite, eu esqueci uma lavadeira de plástico

em cima de uma mesa na lavanderia da casa. E, para completar, alguém deixou a porteira aberta, o que permitiu

que o cavalo entrasse no quintal... De assombração não tinha nada... Mas tudo era

verdade, principalmente o meu medo. “Ah! Que noite de terror!!!

Sandra Rosa dos Santos

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 19: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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O BÊBADO QUE NÃO É FORMIGA

Há uns cinco meses, estava eu em uma rodoviária esperando um ônibus. Observei todo o

ambiente, as pessoas, os comerciantes, muitos que

vinham, outros que iam. Olhei para o balcão de um bar. Algo me

chamou a atenção. Resolvi que queria comer um doce.

Pedi ao garçom. Então eu vi que uma pessoa se aproximou de mim. Ele estava com evidentes sinais de

embriaguês, além de sujo e malvestido. O pobre

homem virou-se para mim e disse:

_ Você pode me pagar uma pinga?

Eu respondi:

_ Uma pinga, não posso pagar, mas um pedaço de doce, sim!

O bêbado saiu, em silêncio, em direção aos

seus colegas. Eu já observei que, nestas situações de excesso de bebida, eles sempre andam em grupos. Ele

virou-se para os companheiros e disse:

_ Eu pedi uma pinga pra aquele rapaz e ele me disse que uma pinga não pode, mas um pedaço de

doce, sim... Acham que ia aceitar? Eu não sou formiga

pra gostar de doce!!!

Rosenildo Sousa dos Santos

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 20: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A FELICIDADE DE CASSANDRA

Cassandra era de uma família pobre. Tinha dois irmãos. Seus pais se separaram quando ela tinha 11 anos.

Seus irmãos ficaram com seu pai e ela ficou com sua mãe. As duas foram morar na casa de sua avó materna.

A avó não gostava muito de Cassandra, que pedia sempre sua mãe para ir embora, mas sua mãe sempre

se lamentava por não ter para onde ir. Passaram-se quatro anos da luta dela e da mãe na casa da avó. Cassandra completou 15 anos e foi passar o carnaval na cidade, na casa

de usa tia. Lá conheceu um rapaz. Namoraram por três dias. No quarto dia, ela iria para a casa no sítio, mas, antes da

partida, fugiu com o namorado. Saíram às três da manhã, em direção à casa da tia dele. Naquela madrugada, o moço

descobriu que Cassandra não era mais virgem. Foi horrível para ela. Ele disse que iria devolvê-la para a mãe dela.

Desesperada, a garota suplicou, aos seus pés, que não a levasse de volta para a mãe, porque lá ninguém sabia de sua

história. Não teve acordo. O moço a levou e contou tudo o que estava acontecendo. A mãe, muito nervosa, perguntou

quando e com quem aconteceu a sua primeira vez. A menina calou-se por cinco minutos, depois disse que foi com o

primo... Então chegou a noite. Todos já haviam se

acalmado. A mãe, Cassandra e o namorado se sentaram para conversar. Depois de tudo esclarecido, chegaram a uma conclusão: o moço resolveu continuar seu namoro com

Cassandra, já que percebeu que estava gostando dela, mesmo com todos os acontecimentos...

Ela, hoje, tem 18 anos e viajou com seu futuro esposo para outro estado e estão muito felizes...

Franciely dos Santos 5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 21: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

21

A MENINA DO ESCURO

Quando a minha família morava no

Maranhão, minha mãe morava numa casinha simples,

de barro e coberta com palha... Minha irmã mais nova, que tinha cabelos curtos e adorava um vestido branco,

tinha muito medo de escuro.

Num belo dia, já noite, ela saiu na porta que dava para o quintal da casa... De repente, voltou

correndo e chamou minha mãe e falou:

_ Mãe, olhe lá, uma menina com uma vela na mão!

Minha mãe perguntou:

_ Onde, minha filha? Não vendo nada! Minha irmã insistia, apontando a direção:

_ Lá fora, mãe! Minha mãe, desapontada, repetiu:

_ Não estou vendo nada, filha! Vamos

dormir. Não tem nada aqui. Minha irmã insistia que viu a menina. Então

minha mãe disse:

_ Vamos dormir! Quando clarear, a gente vê o que aconteceu.

Quando amanheceu o dia, não tinha nem

rasto de qualquer pessoa...

Lucilene de Sousa Marques

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S. (janeiro a junho)

Page 22: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

22

O MENINO QUE FOI REJEITADO PELO PAI

No dia 28/06/1987, nasceu um menino. Logo

após o nascimento, seu pai falou que aquele não era seu

filho, porque, quando olhou para a criança, viu que era

muito diferente do pai, tanto na cor da pele, quanto na

aparência do rosto.

Por da ignorância daquele homem, ele

maltratava a mãe da criança, gritava, xingava, batia,

chutava... Quando nasceram mais dois filhos, o pai não

falou nada, porque as crianças eram da mesma cor dele.

Quando os filhos já estavam grandes, os dois mais

novos, que o pai sempre defendeu, não quiseram saber

dele, foram embora cuidar de suas vidas. Só o filho

rejeitado, apesar disso, se preocupou em cuidar do pai.

Enfim, o filho rejeitado se tornou o filho

abençoado!

José Cícero de Alexandre

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 23: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A PEDINTE

Um dia, uma pessoa chegou lá em casa

pedindo um pouco de comida. Eu falei para ela:

_ Tudo bem, mas primeiro ajude a minha

esposa no serviço da casa, depois eu te pago pelo

serviço.

A mulher disse que não queria e foi embora.

Eu pensei que ela não voltaria mais em minha casa.

Mas, no outro dia, ela estava novamente pedindo

comida. Eu percebi que ela era uma pessoa muito

sofrida. Então eu perguntei se ela não gostaria de

trabalhar em minha casa e ter o seu salário. E ela falou:

_ Eu não quero trabalhar. Eu prefiro viver

pedindo na rua. Eu ganhar o meu dinheiro e comida,

assim, é muito melhor.

José Fábio Teodosio

5º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

Page 24: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

24

TRAVESSURAS QUE ME FIZERAM CRESCER

Nós morávamos na fazenda: eu, meus pais

e meus irmãos. Nós trabalhávamos na roça, mas era

muito bom. Quando nós chegávamos, tomávamos um banho, jantávamos e íamos descansar. Meu pai,

nestas horas, gostava de forrar uma esteira no chão

da cozinha para deitar. Um dia, num momento destes, minha mãe

tinha posto feijão para cozinhar e nós deitamos,

assim, perto do fogão a lenha, porque estava fazendo frio. Estávamos todos deitados ali, conversando e meu

pai nos contando uma história. Estávamos todos

tranquilos, quando, de repente, aquela panela do feijão deu um estouro. No susto, saímos todos

correndo. Esfolamos meu pai na parede, que rançou

até o couro do braço dele. Minha irmã, que estava no meio, foi correr, não se lembrou de que a parede era

ripada com taboca, e enroscou a sai na parede e a rasgou. Ela saiu correndo sem saia. O susto foi

tamanho que ela nem percebeu que estava sem

roupa. Foi realmente um susto daqueles!!! Mas ninguém se machucou. Depois de tudo, todos caímos

na gargalhada.

Muitas histórias aconteceram comigo e meus irmãos quando eu era criança. Nós gostávamos

muito de brincar e fazer travessuras. Nós

esperávamos meus pais dormirem e saíamos para andar a cavalo, à noite, para apostarmos corrida. Era

muito bom, mas era perigoso. Mas, você sabe como é

criança, não pensa nessas coisas! Nós corríamos na

Page 25: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

25

lama. Voava barro para todos os lados. Um dia, eu e

meu irmão estávamos andando a cavalo. Andamos

muito. Quando nós paramos, meu irmão foi apear do cavalo e não observou que eu estava na garupa,

passou o pé no meu pescoço e eu caí em cima de uns

cavacos de pau que meu pai tinha lavrado e estavam ali, amontoados. Eu bati com o nariz naqueles cavacos

e começou a sangrar. Eu comecei a chorar. Neste

momento, meu irmão falava assim: _ Chora baixinho, para nossos pais não

escutarem!

Agora, como é que ele queria que eu chorasse baixinho, se estava doendo muito. Não tem

jeito de chorar baixinho numa hora dessas. Depois,

tudo terminou bem. Por sorte, ninguém descobriu o perigo que passamos!

Lá na fazenda, era muito bom e divertido.

Tinham muitos vizinhos. Eu ia para a casa de uma amiga, do outro lado do córrego. Para ir lá, tinha que

passar por uma pinguela. Era muito difícil, mas,

mesmo assim, eu ia. Nós duas éramos muito amigas. Com o passar dos anos, eu me casei e me mudei de

lá. Nós nos separamos. Hoje, quase não nos vemos

mais. Foram muitas travessuras, perigos e

aventuras. Momentos de diversão, de medo, de susto.

Mas, com certeza, todos esses momentos foram de muito aprendizado, que me fizeram crescer.

Odete Lemes Cabral

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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A MUDANÇA E A MOTO

Uma vez, eu estava arrumando as coisas

para me mudar de casa, para uma casa bem longe daquele lugar onde eu morava. Eu pensava sempre

que não iria sentir falta daquele lugar...

Mas era aí que eu estava enganada, porque tudo ali era muito especial para mim. Só que eu ainda

não sabia disso. Aquela rua lembrava a minha

infância, apesar de não ter sido boa, mas lembrava. Cada detalhe formava a minha vida. Mas, como tudo

na vida, a gente não pode escolher o futuro. Não dá

para conservar algo para sempre. Tivemos que nos mudar de lá. Afinal, a casa era de aluguel. Então,

tínhamos que encontrar um outro lugar. Mas eu

pensava que, se tivesse um jeito, eu queria morar ali para sempre. Se não mesmo saída, fomos

encaixotando tudo. Roupas sendo dobradas, móveis se

desmontando, sacos e caixas de coisas. Eu sempre pensei que mudança era triste, uma bagunça só. Mas

tinha um lado que era bom. Para onde nós íamos, a

casa era melhor... essas coisas assim. Chegou o caminhão. Fomos carregando as coisas para fora. Em

minutos, o caminhão ficou lotado. Enfim, estávamos

indo. Todos foram no carro, menos eu e minha irmã. Nós duas fomos de moto. Saímos de nossa antiga casa

para nos encontrar com o caminhão de mudança e o

carro, que levava meu marido e minhas filhas. Fomos bem, até certa altura. Já tínhamos andado uns 3 km,

quando passamos por uma lombada. Um senhor já de

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idade atravessou em nossa frente sem olhar.

Quando percebemos, estávamos lá, nós duas caídas

no chão e o velhinho com o pé todo ensanguentado. Nós duas, raladas. Veio o resgate e nos acudiu.

Acabamos no hospital. O resultado? Minha irmã com a

clavícula quebrada e eu, com o joelho perfurado. O velhinho, coitado! Com o pé arrancado. Estava

grudado apenas pelo couro. Foi tudo muito triste!!!

E a mudança??? Nem sei direito, até hoje, quem a descarregou, quem arrumou tudo na nova

casa...

Ana Flávia de Sousa

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AS MADRUGADAS DO SÍTIO

Eu me lembro, quando eu era criança, que comecei a estudar, o meu pai comprou um sítio à

beira da cidade, a 1 Km.

A compra do sítio foi uma alegria muito grande para minha mãe. Mas, enquanto ela estava

contente, eu estava, do outro lado, chorando de

tristeza, porque gostava muito de brincar de queimada, na rua, com as coleguinhas. E, lá no sítio,

não tinha com quem brincar. Nos primeiros dias, eu

queria morrer. Me sentia sozinha, e, ainda, tinha que me levantar uma hora mais cedo para chegar a tempo

na escola. Minha mãe nos acordava, eu e meus dois

irmãos, sempre cantando: “Acorda, acorda, molecada!

É hora de ir para a escola.

Se não levantar mais cedo, Não irá brincar de bola!”

E, com muita tristeza, lá estávamos nós, eu

e meus irmãos, com 1 Km para percorrer para chegar à escola. Mas, quando chegava lá, era tudo maravilha.

Estudava, brincava e me divertia. No final da aula,

mais 1 Km de volta para o maldito sítio. E, assim, se passaram três anos e nunca

me acostumei. Até que, um dia, ouvi meu pai dizendo

para minha mãe que tinha vendido o sítio. E vocês, como pensam que eu fiquei? FELIZ!

Neide Aparecida Alves

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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Encontro, desencontro e reencontro

Meu nome é Iolanda. Sou natural do estado de Goiás. Nasci em uma cidadezinha da região. Sou

filha de um casal humilde, mas honestos e muito

trabalhadores, que deram suas vidas para educar-nos: eu e minhas irmãs. Sempre com aquela vida tão

humilde, fomos crescendo até pegarmos a maior

idade. Assim como os pássaros criam suas penas e tomam voo, nós também batemos asas pelo mundo

afora. Cada um tomou um rumo em sua vida.

Eu só pensava em trabalhar. Não tive

tempo para deixar o laço do amor amarrar meu

coração. Só que, um dia, tudo mudou. Mudei-me para

outra cidade. Ainda não estava com minha vida muito bem organizada, pois tinha acabado de chegar

naquele lugar. Não tinha amigos. Eu morava sozinha.

Sempre que podia, chegava mais cedo. Ao lado da casa que fui morar, tinha um barzinho bem

frequentado. Depois de um bom banho para refrescar

aquele calor miserável que estava fazendo naquela tarde, coloquei uma roupinha bem à vontade e fui até

o barzinho da vizinha. Ao ocupar uma mesa, pedi,

para o garçom, uma cerveja gelada. Foi neste momento que eu percebi que, numa mesa ao lado,

estava sentado um jovem lindo me observando. De

repente vem aquele garçom vestido de smoking, muito simpático, aproximou-se de mim e entregou-me

um bilhete que aquele moço mandou para mim. Ele

queria me oferecer uma bebida e também permissão

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para sentar-se comigo. Aceite, pois era muito bonito

aquele rapaz. Ele veio. Fomos conversando. Ele me fez

muitas perguntas. E me falou também de sua vida. E fomos nos conhecendo. Trocamos telefone. Pagamos

as despesas e fomos embora. Depois disso, ficamos

nos encontrando com frequência no mesmo barzinho. E cada vez mais nos aproximávamos mais. Quando me

dei conta, já estávamos completamente apaixonados.

Ele ia todos os dias onde eu estava. Me ligava sempre e se mostrava muito prestativo. E, eu, sempre

procurando corresponder a seus carinhos.

Como eu morava numa cidade e ele em outra, em alguns fins de semana, me levava para

passar com ele. Eu me hospedava em uma pensão, a

melhor daquela cidade. Lá nós dormíamos, nos alimentávamos e, de lá, íamos para as festas da

cidade. E, assim, se passaram meses. Estava tudo

bom demais. Tinha momentos em que ele me convidava para ir até lá no meio da semana, e

marcava um lugar na estrada, onde eu descia do

ônibus, nas terras de seu pai. E lá vinha o bonitão montado em seu cavalo castanho com crinas bem

aparadas, arreado com um belo arreio de couro. E, na

garupa do seu cavalo, bem forrada com chenil de pelo de carneiro, eu montava. E nós saíamos passeando

pelos pastos afora, até chegarmos em uma bela

represa que havia entre matas e muitos coqueiros buriti. Neste lugar, meu amor descia de seu cavalo e

me pegava em seus braços. Tudo estava perfeito. Ali

mesmo, ficávamos bem à vontade, e, em cima de sua capa de chuva, nos amávamos a tarde toda. Depois,

ele me levava de volta à estrada e eu pegava

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novamente o ônibus de volta para casa. E, assim, se

passaram mais alguns meses, até que não dava mais

para ficarmos nestes encontros. Então, achamos que o casamento seria o melhor para duas pessoas que se

amam loucamente. Fomos felizes. Tivemos filhos.

Estávamos com a nossa vida bem sucedida. Num mês de férias, fomos a uma viagem.

Mas não sabíamos que o nosso destino estava traçado

para sofrermos um acidente que viria a nos separar, não para sempre, pois o poder de Deus é muito maior

que qualquer problema sobre a Terra. Quando

aconteceu o acidente, o socorro, por algum motivo, me mandou para um lado, e ele para outro. Durante

dois anos, não tivemos nenhuma notícia. Eu quase

morri de saudades do meu amor. Eu já estava bem recuperada. Fui à procura de Olávio. Procurei pro todo

lado. Depois soube que ele também estava me

procurando. Tão grande foi a nossa felicidade... Um dia, ao pegar o metrô, nos encontramos bem na

entrada. Eu não tinha palavras para descrever a

tamanha alegria e felicidade. Eu e Olávio voltamos para casa e fomos matar a saudade. Depois disso,

nunca mais nos separamos.

Ozanete Medeiros dos Santos

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QUE SEJA BOM ENQUANTO DURAR

Tudo aconteceu na noite de sábado, quando

resolvi sair com as amigas. Arrumei meus cabelos.

Fiquei bonita e fomos para o baile. Chegando lá, fiquei encantada ao ver um

rapaz alto, de cabelos pretos e lisos, de pele clara...

Muito bonito! Fiquei observando-o e ele também me olhava a toda hora. Até que, de repente se aproximou

e convidou-me para dançar. Eu aceitei. Começamos a

conversar. Ele contou-me que estava separado e gostaria de namorar comigo. Mas, na hora, eu não

aceitei. Fiquei confusa. Então, trocamos telefone e

mantivemos contato. Assim aconteceu, até nos encontrarmos

novamente. Foi então que começou uma história linda.

Viajamos muito. Estávamos muito bem. Mas, um dia, sua ex-mulher começou a nos perseguir, fazendo

ameaças e chantagens. Percebi que eles ainda tinham algo em comum. Morávamos longe um do outro. Eu

estava em desvantagem. Não tinha como continuar.

Foi assim que eu resolvi pôr um ponto final nesta história, que foi linda, mas acabou.

Como dizem os sábios: “Tudo o que é bom

dura pouco, mas foi bom enquanto durou”.

Luzia Aparecida de Oliveira

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O GAROTO FELIZ

Era um garoto que vivia na fazenda. Não uma qualquer, mas uma fazenda muito grande. Lá

tinha muito verde, uma casa amarela grande, onde o

garoto morava com seus pais e seus irmãos. Na casa ao lado da amarela, moravam todos os que

trabalhavam na roça de arroz, plantando, olhando o

gado e cuidando das plantações. A mãe cuidava da casa e o pai cuidava dos

afazeres da fazenda. O garoto adorava cuidar das

vacas pintadas, dos bezerrinhos pintadinhos, dos cavalos pretos, das galinhas cinza e dos passarinhos.

O garoto cresceu e foi para a cidade

estudar. Além de estudar, começou a trabalhar para ganhar seu dinheiro e levar os seus irmãos para

estudarem também. Na escola, o garoto conheceu

uma garota. Começaram a namorar. Com o passar dos tempos, os dois se casaram. Vieram os filhos e se

tornaram uma família feliz.

Em todas as férias eles iam passear na fazenda dos avós. Era aquela festa, quando todos se

encontravam. Numa daquelas noites, o garoto, que já

tinha se tornado um pai de família, resolveu contar para as crianças a sua história. A felicidade foi

completa, na noite em que o pai contou tudo o que

tinha passado naquela fazenda. E, para completar, a noite estava clara e a lua muito linda naquela noite na

fazenda. Teobaldo Nascimento Borges

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A PESCARIA

Eu e meu irmão fomos pescar no rio Alegre.

Nós fomos de barco e levamos uma lona para fazer uma barraca. Também levamos fogão a gás e panela

para cozinhar.

Eu e meu irmão fizemos uma grande barraca, depois, fizemos o jantar lá dentro. Nós

jantamos, e fomos pescar. À noite, quando chegamos

da pescaria, dentro da nossa barraca tinha muitas formigas. O meu irmão teve uma ideia:

_ Vou matar as formigas com gás!

Ele espalhou gás no chão, onde as formigas estavam. Depois disso, ele falou:

_ Vou ver se agora elas morrem.

Ele riscou o isqueiro dentro da barraca. Lá de fora, eu só escutei o barulho da explosão. Tudo foi

pelos ares. Ele saiu do meio de tudo aquilo com a

sobrancelha e a cabeça sapecada. Eu não me aguentei: comecei a sorrir!!!

Huender Nogueira Rodrigues

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A MALETA

Eu tenho um tio por parte de minha mãe. O

único que nos contava algumas histórias. Ele já é

falecido. Isso foi há uns cinco meses. Ele era um beato. Nunca se casou, nem namorou. Ele só

trabalhava na fazenda e juntava seu dinheiro numa

maleta. Ele contava que, um vez, conheceu uma

moça bonita na fazenda, mas, como era muito tímido,

e o pai dela, muito bravo, não teve coragem de se aproximar. Então ficou solteiro mesmo. Nunca teve

mulher, nem filhos. Ele era realmente muito tímido,

mas o melhor tio que tive. O dinheiro que meu tio juntou em sua maleta perdeu o valor. Como ele era

muito sistemático, quase não se comunicava com

outras pessoas. Ele não sabia que o dinheiro tinha perdido o valor. Achava que valia. Não se orientou

com ninguém, cada vez que mudou a moeda nacional. Achamos o dinheiro guardado após sua

morte. Nada mais valia tanto papel. Tanta coisa que

poderia ter feito. Tanta coisa que poderia ter vivido. O seu nome é Idelfonso Bernardo Lourena. É só isso que

restou de sua vida tão prejudicada pelo excesso de

timidez. Assim como o seu dinheiro, guardou também a si mesmo numa maleta, quando se fechou em seu

próprio mundo. Adriana Aparecida Lourena Dantas

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A MOTO, A NAMORADA E O PÉ

Eu trabalhava numa oficina. Fui almoçar.

Depois que almocei, saí para ver minha namorada na

porta da escola. Mas, antes, tinha que buscar meu primo para ele também encontrar a namorada dele.

No caminho, eu avancei um PARE e bati numa perua escolar. Minha moto ficou presa embaixo

da perua. Eu levantei do chão e puxei a moto. O

perueiro falou que ia chamar a polícia. Eu não consegui ligar a moto. Eu pedi um garoto que estava

por lá pra ligar. Ele ligou a moto e eu saí “vasado”.

Cheguei na casa do meu primo e caí da moto. Eu tinha quebrado o pé. Eles me pegaram, me puseram dentro

do carro e me levaram para o hospital. Chegando lá,

cuidaram de mim. Passaram-se poucos minutos, foi chegando gente para me ver.

Quando me viram, começaram a rir, porque

o garoto que ligou a minha moto falou na escola que eu tinha quase morrido. Disse que eu havia quebrado

as duas pernas, um braço e estava em coma. Todos se

desesperaram. Quando me viram e perceberam que não passava de um pé quebrado, caíram na risada!!! E

a namorada??? Ficou para uma outra hora!

Raphael Martins de Oliveira

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O ACIDENTE

No ano de 2004, eu trabalhava na fazenda, que está situada no município de Paranaiguara-Goiás,

a doze Km da cidade. Esta fazenda chama-se Mateira

5. O seu proprietário é o Sr. José Vicente, que é o meu ex-patrão. Eu trabalhei nesta fazenda durante quatro

anos. Fui contratado para trabalhar com máquinas e

gerais. Num certo dia, o meu patrão estava no

curral mostrando uns marrucos de corte para outro

fazendeiro. Neste mesmo momento, pediu-me que tirasse o esterco do curral para adubar as hortaliças.

Enquanto eu estava tirando o esterco de uma parte do

curral, de costas para a porteira, que dava para o repartimento em que estavam os marrucos, os

mesmos começaram a brigar, vindo a se jogar contra

a porteira, o que a soltou e a atirou contra mim, jogando-me de rosto contra a vigota, o que provocou

um corte profundo no rosto e sério esgotamento de

sangue. No momento em que eu passei a mão no rosto e vi tanto sangue, desmaiei. Só acordei duas

horas depois do acidente, quando já estava na cidade,

no hospital. Depois, os enfermeiros me informaram que eu levei dezoito pontos no rosto e eu tive sorte de

não quebrar o nariz, com a batida na vigota.

Graças a Deus foi possível me recuperar sem muitas dificuldades, sem consequências mais

graves para minha saúde. Marcos Antônio de Souza

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

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UM BEIJO, UM ABORTO E UMA LIÇÃO

Certo dia, estava na fazenda trabalhando.

Logo veio o fim da tarde. Então resolvemos ir para

uma venda ali perto beber algumas cervejas. Logo chegou uma garota muito bonita. E, é claro, eu me

interessei por ela. Cheguei na garota e pedi-lhe um

beijo. Ela me disse: _ Só se for agora!

Nesse dia, comecei a ficar com ela, mas

não me lembrei de me perguntar se ela já tinha namorado.

Passaram-se uns dez dias, e ela me disse:

_ Me leve para a cidade! Então eu disse:

_ Amanhã eu te levo.

Como o prometido, no outro dia, eu a levei embora. Quando chegamos na cidade, ela me disse:

_Preciso te dizer uma coisa: tenho outro

namorado. Então eu disse para ela:

_Fique com ele e me esqueça!

Neste momento. Ela apeou da moto e eu fui de volta para a fazenda. Chegando lá, já fui direto

para o meu quarto. Fiquei muito mal com esta

história. Passaram-se mais dez dias, eu me mudei para a cidade, Paranaiguara-Go. Lá, eu a encontrei

várias vezes. Ela me disse que queria ficar comigo,

mas, como eu estava muito chateado, a ignorei e disse:

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_Não quero! Você me magoou muito!

No mesmo dia, ela me ligou e nós

conversamos. Ela sempre insistindo na ideia de voltar. Mas, como ela tinha me magoado muito, continuei

dizendo não. Depois de uns dois dias, eu encontrei

com um velho amigo meu. Ele disse que queria me bater por causa de sua namorada. Eu conversei com

ele e disse que não precisava daquilo. Ele me deu um

empurrão e foi embora. Eu também fui. À noite, fui a uma festa numa boate da cidade. Lá nos encontramos

novamente e, aí sim, nós brigamos. Os seguranças

tiraram a gente dali e fomos embora, cada um para sua casa. Passaram-se uns cinco dias, nos

encontramos na rua e ele me pediu desculpas.

Voltamos a ser amigos. Passou-se mais um mês...

A garota me ligou novamente dizendo que

estava grávida. Ela falava que era meu e eu negava. Ela insistia. Ficou um bom tempo falando isso. Eu

continuei firme em não querer assumir. Não tendo

saída, ela abortou a criança e se mudou para Itarumã-Go. O meu amigo também não quis ficar com ela. Lá,

ela se casou com outra pessoa. Aqui, eu arrumei outra

namorada, mas não deu muito certo. Terminamos. Agora eu já aprendi a lição. Encontrei uma

outra pessoa. Estou namorando a três meses e espero

que dure por muitos e muitos anos.

Aniceto Rozales da Costa 6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

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A HERANÇA DO PAI

O pai foi um senhor por nome Teodoro, nascido no ano de 1.930. Uma grande riqueza ele

formou no prazo de trinta anos. Oito filhos criou,

sendo eles, cinco homens e três mulheres. Mas um deles se destacou na fazenda do seu pai: o Antônio.

Este nunca se distanciou. Enquanto os outros para a

cidade grande se mudaram. O Antônio, com seus vinte anos, viu a

riqueza do seu pai se acabar. A herança para os oito

filhos foram oito vacas e um carro de boi. O pai, olhando para os seu filho Antônio, se lamentou:

_ Filho, a tua vida ao meu lado ficou. Para

ti eu deixo a vaca mais preciosa. De tudo aquilo que tu viste, filho, restou a Mimosa. Esta é a esperança que

te dou.

Abraçando seu pai, Antônio chorou. O pai abençoou-o e falou:

_ Onde tu estiveres, contigo estarei!

Antônio logo partiu. A herança Esperança, com ele seguiu. Chegando em Goiás, numa fazenda foi

trabalhar. Com três anos de trabalho, conseguiu

dinheiro para comprar três alqueires de terra. A esperança fruto lhe deu. Agora, ele tem a Esperança,

a Malhada, a Pintada e o Mimoso. Logo se viu que do

conhecimento que o pai lhe deu, a herança cresceu. No prazo de dez anos, sua herança aumentou ainda

mais, pois pastos em sua fazenda formaram.

Com lágrimas nos olhos, hoje ele pode contar os mil bois que acabou de comprar. Viu

novamente toda a riqueza do seu pai. Na Fazenda

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Esperança ele agora está. Com seus 68 anos, este

sonho pôde realizar, pois com ele, o conhecimento do

seu pai sempre esteve. E o Estado de Goiás pode se orgulhar. O Antônio aqui está e aqui vai ficar.

O Antônio nos ensina que não importa o

quanto você tem, o quanto você pode fazer. Hoje você pode ter um, mas amanhã pode ter um milhão.

Edvaldo Vicente de Paula

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

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A AMADA INESQUECÍVEL

1966, nasce Rosário, uma linda bebê, perfeita, com suas bochechinhas cor de rosa. Foi muito bem

recebida por seus pais e seus irmãos. Isso, por serem seis meninos, e, agora, veio a tão esperada filha! Foi muito

bem criada, com todo amor que merecia. O tempo foi passando. E, como tudo muda,

Rosário também mudou. E mudou muito. Tornou-se uma linda moça, muito vaidosa. Estava sempre muito bem

arrumada. Chamava a atenção das pessoas que por ela

passavam. Com seu andado elegante, os quadris rebolando, “pra lá e pra cá”, muito graciosa, muito

charmosa. Linda moça! Os rapazes da região até a procuravam para namoro, mas ela nunca estava preparada

para este tipo de sentimento. Não sei se ela realmente não estava preparada, ou ainda não havia encontrado seu

pretendente preferido. Ela, em conversa com sua mãe, dizia que ainda não encontrara ninguém que fizesse seu

coração balançar. Então a mãe lhe dizia que não se preocupasse, que, um dia, tudo iria mudar, que, um dia, o

seu amor iria chegar. Rosário continuava sua vida de mulher. Vida que uma bela moça pode ter.

Um dia, suas amigas convidaram-na para ir a uma festa. Rosário se aprontou. Ficou linda! Deslumbrante!

Foi à festa com suas amigas. Então, logo que chegaram,

procuraram uma mesa que estava arrumada especialmente para ela. Sentou-se ali com as amigas, sem imaginar que,

nesse exato momento, seu destino seria mudado para sempre. Quando ela olhou para mesa ao lado, ali estava

sentado Otávio, um belo rapaz. Ela não resistiu sem olhar para o moço e sentiu-se encantada. Pela primeira vez,

seus olhos olharam realmente para alguém. Mas ela ficou quieta. Porém, Otávio também estava encantado com sua

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beleza. Logo deu um jeitinho de convidá-la para dançar.

Com suas mãos transpirando, seus olhos brilhando, frente a frente. Aos poucos, seus lábios foram se aproximando e

se beijaram. Aconteceu o primeiro beijo de Rosário. Ela

estava loucamente apaixonada. E estava sendo correspondida. Começaram a namorar.

Após algum tempo, ficaram noivos e se casaram. Seu pai fez aquela festa, com direito a tudo!

Rosário sentia-se muito feliz. Na noite de núpcias, Otávio, como sempre, muito carinhoso o tempo todo com sua

noiva, agora, sua esposa. Tiveram cinco filhos. Uma família feliz e muito bonita. Viviam uma vida perfeita de um belo

casal com belas crianças, sendo dois meninos e três meninas. Mas, como nem tudo que é bom dura para

sempre, Rosário contraiu uma doença fatal, transmitida por um mosquito. Sofreu muito com a doença hemorrágica e

morreu, em vinte e quatro horas. Deixou seu esposo com as crianças. O tempo passou. Otávio sofreu muito com a

falta de sua amada. Tentou criar seus filhos sozinho, mas

foi muito difícil. Ele trabalhava muito. As crianças ainda pequenas, não podiam ficar sozinhas em casa.

Otávio resolve se casar novamente. Conheceu Margarida, uma ruiva que veio morar na terceira casa ao

lado. Ela tem dois filhos. Eles se casam. Juntam as famílias. Otávio tenta ser feliz novamente com Margarida.

Mas, na verdade, nunca esqueceu sua amada, Rosário.

Ozanete Medeiros dos Santos

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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MINHA VIDA E MINHA ESCOLA

Se juntarmos mil pessoas e pedirmos para falar da vida,

teremos mil formas de expressar.

Hoje eu quero falar da vida e a escola.

Aos meus 38 anos, tenho o prazer de estar na sala de aula,

na EJA, para ser mais preciso.

A vida é uma grande história

que podemos contar de várias formas: do nascimento

até o descobrimento do prazer que ela nos dá.

As Ciências vêm para completar a História,

que eu estou a rezar. Nela, adquirimos o conhecimento

do nosso corpo, que nos faz andar.

A Geografia, não podemos nos esquecer.

Ela registra o lugar onde nascemos e, também,

onde podemos viver, mostrando os seus oceanos,

planaltos, montanhas e serrados inesquecíveis.

Eu não posso me esquecer de que o Inglês vem nos

envolver, uma outra língua a aprender.

Com o Português venho expressar a grandeza da vida

que vem nos ensinar. Sem ler não posso escrever.

Sem a palavra, fica difícil viver.

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Sem ler não posso expressar a história que estou a

passar.

Sem ler, como eu vou falar, pois as palavras vão me faltar?

Assim como a História, a Ciência, a Geografia,

o Inglês, a Língua Portuguesa,

a Matemática esquecida não está,

pois ela vem nos mostrar que estudando, aprendemos a

contar, e os resultados nunca podemos mudar.

Quer queira no passado, no presente ou no futuro,

ela vai ser sempre igual 1+1=2.

Estudar e adquirir conhecimentos.

A EJA vem nos abrir as portas para o mundo.

Então vamos abraçá-la.

Obrigado meus mestres!

Edvaldo Vicente de Paula

6º Sem. – 2ª Etapa – EJA – 2011 – C.E.B.B.S.

(janeiro a junho)

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A nova Branca de Neve

Era uma vez uma menina por nome de Branca de

Neve. Ela morava com seus pais em um lindo castelo. Ela

vivia feliz, passeava no bosque... Até que um dia... Sua

mãe ficou muito doente e acabou morrendo. A menina

ficou muito triste.

Branca de Neve foi crescendo e se tornou uma moça

muito vaidosa. Gostava de ir a festas com suas amigas:

Cinderela, Chapeuzinho Vermelho e a Bela Adormecida.

Mas o pai de Branca de Neve estava muito preocupado,

porque ela não queria ajudá-lo a cuidar do reino.

Então e rei casou-se novamente com uma mulher

muito má. Branca de Neve não estava nem aí para a

madrasta. Só que um dia a malvada quis sumir com a

menina. Chamou-a para um passeio num bosque muito

assustador. Chegando lá, a malvada disse para Branca de

Neve ir na frente, porque ela iria pegar uma cesta com

algumas coisas gostosas.

Como Branca de Neve gostava muito de se divertir,

foi logo entrando no bosque e não prestou atenção por

onde ia passando. A madrasta, que não gostava dela, saiu

di bosque correndo para que ela não conseguisse mais

voltar para casa.

Quando Branca de Neve olhou para trás, e não viu

sua madrasta, ficou assustada. Começou a correr para

encontrar a saída, mas não encontrou. Já estava chegando

a noite... Ficou ainda mais assustada, quando ouviu um

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barulho muito sinistro... Ela pensou que era um monstro

e começou a correr. Correu tanto que caiu num buraco,

onde tinha um coelho gigante. Branca de Neve começou a

gritar, mas o coelho falou para ela não gritar, porque ela a

ajudaria a voltar para casa.

Quando Branca de Neve chegou em casa, a

madrasta ficou furiosa, porque não a queria no castelo.

Então o pai de Branca de Neve mandou a malvada embora.

No mesmo dia, a Branca de Neve organizou uma festa com

todas as suas amigas para comemorar a sua nova vida...

Mas agora ela já tinha aprendido muito sobre a vida, e

percebeu que é preciso ter também responsabilidades, e

não apenas prazer e diversão...

E eles viveram felizes para sempre.

Solange.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

Page 48: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

48

Uma Noite de Terror

Era uma família grande, de seis filhos, que mudaram

para uma nova casa, em um sitio, onde diziam ser

assombrada. Depois de uma tarde chuvosa, veio uma noite

fria.

- Elza, cuide de seus irmãos enquanto eu e sua mãe

vamos ali ao vizinho!

- Tudo bem!

Então, assim eles foram e deixaram seus filhos sós

em casa.

- Vou fazer a Lu dormir e vocês se comportem!

Então, os meninos resolveram brincar e suas outras

irmãs pegaram algumas cadeiras novas para deitarem

nelas. Uma deitou nas cadeiras e a outra colocou um pano

embaixo e deitou, quando:

- Edineuza! Senti algo arranhar em meu ombro!

- Deve ser um rato, Nice!

Quando Nice olhou e gritou:

- Ah! O que é isso? Uma cabeça!

Quando todos olharam, realmente era uma cabeça

de um paraguaio, que havia sido morto e sua cabeça

cortada.

Page 49: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

49

E todos começaram a gritar e correram para perto

de um fogão de lenha. E a cabeça continuava a persegui-

los, quando um dos meninos pegou um pedaço de cana

que tinha no fogão e tacou na cabeça. A cabeça subiu no

canto de uma parede e sumiu.

Seus pais, ouvindo os gritos, saíram correndo para

casa. Chegando lá:

- O que aconteceu aqui?

Ninguém conseguia falar. Estavam todos apavorados.

Quando conseguiram falar, contaram o que havia

acontecido. Seus pais, não acreditando muito neles, os

acalmaram. Mas desconfiavam que era verdade, pois

sabiam que aquele lugar realmente era assombrado, pois

sempre viam luzes, que apareciam e sumiam do nada.

Coisas estranhas e misteriosas aconteciam por ali.

Depois de dois meses, com as crianças ainda com

medo, resolveram mudar da casa.

- Não se preocupem! Aqui não voltaremos mais!

Jéssica Nascimento de Melo.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

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OS CAVALEIROS DO BASTIÃO

Era noite de lua cheia. Há quase vinte anos... Eu

morava na fazenda... Eu e meu irmão Leandro fomos no

último ônibus para casa. Quando chegamos no ponto, o

temporal estava formando. Eu disse ao meu irmão:

- Vamos rápido, antes da chuva!

Começamos a andar rapidamente. Logo, logo a

chuva veio e a noite também. Junto chegaram os

relâmpagos. Mas lá para aqueles lugares, andava um

homem que mexia com o mais profundo medo de uma

criança, que era chamado de “Bastião Doido”. Logo, logo

avistamos uma árvore. Lá debaixo havia um jirau. Quando

relampejou, nós vimos um homem. Quando chamamos, ele

respondeu. Era o Bastião todo molhado, de calça e saia por

cima. Só queria passar batom. Quando passamos o

primeiro córrego, ele não queria ir mais.

- Por que parou, Bastião? – Perguntei.

Ele disse que lá havia assombração. Que o compadre

da minha mãe havia contado a ele. Naquela hora o meu

cabelo arrepiou...

- Vamos! Vamos! Estamos quase chegando! – Eu

disse.

Page 51: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

51

- Não! Vamos esperar os cavaleiros. – Disse o

Bastião.

- Vamos correr? - Meu irmão disse.

- Só se for agora! – Eu falei.

Quando ouvimos um barulho de cavalo galopando,

meu irmão disse:

- São os cavalos do Bastião!

Subimos numa árvore, quase caindo de medo,

quando uma pessoa gritou:

- Leandro! Sandra! Onde estão vocês?

- Aqui, papai! - Nós respondemos.

- Aqui, onde? – Meu pai perguntou.

- Em cima da árvore!

- Por que vocês estão aí, meninos? – Perguntou meu

pai.

- Pensamos que fosse os cavaleiros do Bastião...

- Meninos, isso não existe!

Fomos embora. Nunca mais passei por lá à noite,

nem só e nem com o meu irmão.

Sandra Rosa dos Santos.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

Page 52: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A INOCÊNCIA E A REALIDADE

Luana, uma menina, ao mesmo tempo observadora e

inocente. Pensava que seus pais eram felizes.

Ela via seus pais sempre felizes e unidos. Sua mãe

era do lar e seu pai trabalhava de cobrador de ônibus. Ele

saía às 06 da manhã e voltava às 17 horas. Ele sempre

chegava, tomava banho e sentava na mesa para jantar

junto a família.

Luana prestava atenção na convivência das colegas

com a família e via que era muito diferente da sua. E

sentia muito orgulho em ter uma família unida e amada

por igual. Em todas as festas, lá esta o casal. Até que

chegou o carnaval. Luana e seus pais foram e se

divertiram. Passaram-se as horas e Luana e sua mãe

foram chamar o pai, que tinha saído para cumprimentar os

amigos. Chegando lá, as duas o encontraram beijando

outra mulher.

Naquele dia Luana descobriu que estava sendo

enganada. Por ela mesma, descobriu que estava vivendo

uma farsa.

Franciely dos Santos. 6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

Page 53: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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O chapéu de veludo

Quando eu era pequeno, eu gostava de um

chapéu de veludo. Eu não gostava que mexessem nele.

Quando alguém punha a mão nele, eu começava a brigar...

Mas eu era muito danado!

Quando eu chegava nas festas, as meninas

pegavam o chapéu e o colocavam na cabeça. Quando eu

via, já estava com alguma mulher que eu nem conhecia

antes. Eu arrumei uma namorada e ela deu fim no chapéu

de veludo. Eu não liguei, porque eu não queria mais o

chapéu, já que ele estava velho e porque todo mundo

queria usá-lo. Por isso eu deixei minha namorada dar um

fim no chapéu. Eu comprei outro para mim. E as pessoas

sempre perguntavam:

- Cadê aquele seu chapéu?

Eu respondia:

- Eu dei um fim nele, por causa de vocês!

José Fábio Teodósio.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011 (agosto a dezembro)

Page 54: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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O Chupa Cabra

Era uma vez, um fazendeiro que tinha um rebanho

de cabras na sua fazenda. Nela tinha uma mata muito

grande.

Um dia seu vizinho falou pra ele que tinha um tal de

Chupa Cabra, que estava comendo as cabritas dele. Mas

Seu Juca, que não era muito de acreditar na conversa do

seu vizinho, não acreditou que ele tinha perdido as cabras.

Um dia, Seu Juca foi dormir e as cabras ficaram no

cerrado. Quando ele acordou, três das suas cabras tinham

sumido. Quando foi uma noite, ele falou para o seu

empregado vigiar as cabras, com uma arma na mão.

Quando deu, mais ou menos, meia-noite, chegou o tal de

Chupa Cabra. O empregado atirou e matou o bicho.

Depois disso, Seu Juca percebeu que seu vizinho

estava certo: realmente tinha um Chupa Cabra por lá.

José Cícero de Alexandre.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

Page 55: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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O MENINO JOÃOZINHO

Joãozinho foi um menino criado sem pai e sem mãe. Por

isso era muito custoso. Ele foi criado por um senhor chamado

Joaquim, que morava à beira de um rio.

Senhor Joaquim achou Joãozinho jogado dentro de um tambor de lixo, em frente a uma igreja da cidade. Ele pegou o

menino e depois o levou para seu barraco, à beira do rio. Deu banho, comida, roupa, e levou o menino para ser batizado.

O tempo foi se passando... O menino foi crescendo. Quando ele fez sete anos, Sr. Joaquim o colocou para estudar. Joãozinho estudou até conseguir se formar para advogado. Três

anos depois de sua formatura, um fazendeiro muito rico comprou as terras em volta da terra do Sr. Joaquim. O

fazendeiro queria tomar aquela terra. Joãozinho ficou sabendo e foi falar com aquele fazendeiro. Ele chegou na fazenda e chamou o fazendeiro para conversar, e perguntou:

_ Por que o senhor quer tomar a terrinha do meu pai?

O fazendeiro respondeu:

_ Porque eu quero plantar lavoura. Joãozinho disse:

_ Mas a terra de meu pai é muito pequena. Ele só tem

uma vaquinha lá. Não vai dar para plantar nada. O fazendeiro falou:

_ Mas eu não quero nem saber. Quero aquela terra e vou tomá-la.

Neste momento, Joãozinho falou:

_ Se o senhor insistir em tomar as terras de meu pai, eu é que irei tomar as suas.

O fazendeiro respondeu:

_ Então veremos. Eu vou contratar o melhor advogado da cidade.

Joãozinho disse:

_ Veremos quem terá o melhor advogado!

O fazendeiro, então, foi para a cidade contratar o advogado. Quando chegou no escritório de outro advogado que

tinha na cidade, foi logo falando:

Page 56: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

56

_ Vim aqui para falar com o Dr. Renato.

Então ele entrou para falar com o advogado. _ Estou aqui porque quero tomar as terras do meu

vizinho. O advogado perguntou:

_ Quem é seu vizinho?

_ O Joaquim. _ Mas o senhor sabe quem é o filho dele?

_ Sim. Ele foi falar comigo. _ Pois então. O filho dele é o melhor advogado da cidade

e do estado. E é por isso que é perda de tempo bater de frente

com ele. É melhor o senhor deixar isso quieto. Deixe o pai dele lá. Ele não está atrapalhando o senhor. Afinal de contas, a terra

dele é do tamanho de um ovo. O fazendeiro voltou para a fazenda. Depois de um mês,

foi intimado para uma audiência. Lá, o juiz disse:

_ O senhor está nesta audiência, por que quer tomar a terra do senhor Joaquim?

Joãozinho falou:

_ É verdade. Sr. Juiz. E por isso, eu quero uma

indenização, por abusar de meu pai, que já está bem velhinho. O fazendeiro falou:

_ Eu não quero mais a terra dele, não, senhor juiz.

Como o juiz já conhecia Joãozinho, falou:

_ Mas agora o senhor vai ter que pagar um milhão de

reais para ele. _ Mas senhor juiz, eu não tenho esse dinheiro! _ Então o senhor vai ter dar dez alqueires para ele.

E assim foi feito. Joãozinho foi logo dar a notícia para seu pai. Sr. Joaquim

ficou muito alegre. Depois disso, o fazendeiro vendeu o resto da fazenda e foi embora da região.

Joãozinho e seu pai continuaram com suas vidas simples e

felizes.

Jean Carlos.

6º Semestre – 2ª Etapa – EJA – CEBBS – 2011

(agosto a dezembro)

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57

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Page 58: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

58

Eu morava no município de Ituiutaba-MG. Sou

de 1965, de 26 de outubro. Quando eu era criança, minha mãe não dava

tempo para gente brincar, porque tinha que trabalhar.

Quando a gente ia brincar, ela já pegava uma vara para bater. Mas o tempo foi passando, fui crescendo e comecei

a estudar numa linda escola, que se chama Canaã. Nesse tempo, eu morava em Quirinópolis-GO. Mais alguns anos

se passaram, e as coisas foram se complicando. Quando fiz 12 anos, minha mãe já não me deixou estudar mais. Ela

disse para o meu pai que tínhamos que nos mudar para a fazenda para a gente trabalhar. Eles não pensavam no

futuro dos filhos. Assim, quando eu fiz 21 anos, me casei e tive

duas filhas, que são o orgulho da minha vida. O meu esposo era muito ciumento. Ele saía de madrugada todos

os dias e dava muito serviço para gente. Nos fazia trabalhar igual escravos. Mas o tempo foi passando e ele

colocou as meninas contra mim. Então, eu me revoltei

muito com ele, porque não teve consideração por mim. Eu só faltava adivinhar o que ele queria. Dava-lhe tudo nas

mãos, porque eu gostava demais dele. Mas ele foi me pisando muito, até que, um dia, o amor se acabou. Assim,

veio a separação. Foi quando eu sofri mais ainda... Mais um tempo se passou, e eu fui pensando na

minha vida, que eu tinha que viver sozinha. As coisas foram melhorando para mim, porque eu voltei a estudar e

comecei a trabalhar e a fazer o curso de costura, já que esse era o meu sonho: ser costureira. Hoje eu sou muito

feliz. 2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 59: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

59

Eu nasci no estado do Paraná, no ano de 1966.

Mas meus pais mudaram-se quando eu era ainda muito

criança. Me lembro ainda da cidade onde fomos morar... Tenho na lembrança que a casa era grande e meu

pai bebia muito e chegava brigando e quebrava todos os móveis. Lembro-me também que meu pai falava que não

se lembrava de nada do que tinha acontecido. Tenho na lembrança que ouvia minha mãe falar com meu pai que ele

precisava parar com a vida de viajar, que as meninas tinham que estudar, que nós estávamos crescendo e não

podia ficar entrando e saindo da escola. Foi quando meu pai tomou a decisão de ir morar na cidade de Promissão.

Lembro-me que meu pai foi trabalhar na barragem que estava começando a ser construída e ficamos na casa de

um amigo de meu pai, até que ele conseguisse alugar uma casa. Logo conseguimos. Mas ainda demorou algum tempo

para eu e minha irmã começarmos a estudar, porque

minha mãe tinha de conseguir tirar o nosso registro de nascimento. Naquele tempo, era muita burocracia e

demorou bastante tempo para que ela conseguisse. Então, quando minha mãe conseguiu, começamos a estudar. Mas

eu já tinha 13 anos e minha irmã, 12 anos. Minha mãe ficou muito feliz, porque eu e minha irmã estávamos

estudando. Era visível a felicidade dela em nos mandar para a escola. Eu não senti muita dificuldade, porque eu

soletrava muito as letras em jornais e revistas velhos. Minha professora do primário, Eloiza, sempre me elogiava

para minha mãe e ela ficava muito feliz. Ela dizia que eu era muito caprichosa com meus cadernos e que minha

letra era muito bonita. Eu sentia alguma dificuldade para escrever, mas logo superei.

Page 60: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

60

Parei de estudar, porque me casei e logo me

engravidei do meu primeiro filho, Eduardo. Depois de três anos e meio, veio o segundo filho, João Eduardo e, por

último, minha filha Ana Paula, que se encontra com 20

anos. Graças a Deus, meus três filhos conseguiram o Ensino Médio e chegaram até a faculdade. Meu filho

Eduardo termina a faculdade de Ciências da Computação, na UNIP de Araçatuba, nesse semestre. Sou muito

orgulhosa por mais essa vitória. E também, meu filho João Eduardo está no segundo semestre de Administração de

Empresas na faculdade de Quirinópolis-Go. Minha filha pretende estudar a faculdade de Matemática, no próximo

ano. Meus filhos são meus maiores incentivadores para

que eu voltasse para a escola. E é esse incentivo que fez a diferença para que eu voltasse a estudar. E, por isso, eu

pude relatar essa história. Meu grande tesouro é minha família.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011 (agosto a dezembro)

Page 61: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

61

Eu nasci em 29 de dezembro de 1979, na cidade

de Oriente, em Minas Gerais. Minha mãe faleceu quando eu

tinha 05 anos. A perda dela foi muito difícil para mim. Daí

em diante, eu ajudei o meu pai a criar meus irmãos. Eu e

meus irmãos brincávamos muito. Como não tinha

condições de comprar um brinquedo, a gente inventava

brincadeiras. Quando eu tive o meu primeiro namorado, eu

tinha 13 anos. A gente morava numa fazenda. Cada um de

nós tinha uma obrigação. Eu não estudei, porque meu pai

bebia muito naquela época. Os pais não incentivavam os

filhos a irem para a escola. Mas agora eu tenho a

oportunidade de estudar. Quando eu era adolescente, uma

amiga me levou para morar em Belo Horizonte-MG, para

trabalhar de pajear um menino.

Foi nesse tempo que eu conheci meu amor. A

gente namorou e nos casamos. Hoje eu sou casada e tenho

dois filhos.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011 (agosto a dezembro)

Page 62: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Nasci numa fazenda, depois me mudei para uma

cidade chamada Mateira-Go. Depois, fui para outra

fazenda. Foi quando minha mãe foi embora. Eu tinha 03

anos de idade.

Fui morar com minha avó, na fazenda, onde eu

morei até a idade de 07 anos, quando fui morar com meu

pai, para estudar na escola Educandário Municipal Oscar

Bernardes, de Paranaiguara-Go. Fiz da 1ª à 4ª série. Foi

nesse tempo que a minha vida se transformou. Eu era a

dona da casa, mas, nas minhas horas vagas, minha

diversão era jogar bete, queimada, esconde-esconde...

Ainda muito jovem, arrumei o meu primeiro emprego,

como babá. Depois, como doméstica. Foi quando

realmente aprendi a ser uma dona de casa. Com 16 anos,

fui para outra cidade, onde comecei a trabalhar e estudar o

Supletivo da 5ª à 8ª série. Mas não concluí, porque conheci

um rapaz, que eu pensei que seria “uma boa”. Quando eu

fui morar com ele, era uma “beleza”. Mas, quando veio a

primeira filha, começaram os problemas. Veio a bebida.

Vieram as brigas. Com essas brigas, a família dele

começou a implicar comigo. Acreditavam que eu era ruim,

que eu é que não “valia nada”. Depois da segunda filha, as

Page 63: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

63

coisas pioraram. Meu marido nos deixava passar fome.

Assim, veio a separação, quando a minha filha tinha 02

anos. Então, voltei para a casa de meu pai. Foi quando eu

conheci um outro rapaz. Fui morar com ele. Mas, por ele

ser muito jovem, veio a segunda separação. Voltei para

Araçatuba com minhas filhas. Fui trabalhar. Consegui uma

casa. Coloquei minhas filhas. Mas não foi como eu

esperava. Como estávamos passando fome em Araçatuba,

fui tentar a sorte em São Paulo. Lá também passei muita

fome, mas venci, trabalhando como faxineira e manicure.

Foi quando arrumei um serviço numa firma. Aluguei uma

casa. Busquei minhas filhas, que estavam na casa da avó

delas. Nesse tempo, as coisas foram se ajustando. Na

mesma casa, moramos durante 03 anos. Depois disso,

voltei para Paranaiguara-Go para cuidar do meu pai, onde

estou até hoje. Eu, meu novo marido e minhas filhas.

Hoje, voltei a estudar com um propósito firme de

chegar até a faculdade e ser alguém na vida.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 64: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Nasci na cidade de Paranaiguara no dia 03/06/82.

Graças a Deus e a meus pais, fui privilegiado de vir ao

mundo. O meu sorriso foi a alegria de meus pais e a minha

infância foi muito boa.

Mas o tempo me trouxe, com a idade de vinte

anos, uma dor que não passou. Já fazem nove anos que

perdi meu pai. Com a idade de vinte e sete anos, também

foi uma transformação na minha vida, porque encontrei

uma pessoa que veio de mais de dois mil e quinhentos

quilômetros de distância.

Nos conhecemos e nos casamos. E o destino me

trouxe a tão sonhada felicidade.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 65: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

65

Na minha infância, eu brincava de boneca e de

esconder. Brincava também de banhar no rio com as

minhas irmãs. Depois fiquei moça. Não tinha escola para

eu estudar.

Assim, não tive oportunidade para estudar.

Depois minha mãe adoeceu e veio a falecer. Depois que ela

faleceu, eu mudei para o estado de Goiás e vim morar aqui

por um tempo.

Mas resolvi me casar e estou morando aqui e

estou muito feliz. Estou estudando e prendendo terminar

os meus estudos.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011 (agosto a dezembro)

Page 66: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Eu nasci em João Pinheiro, Minas Gerais, no

Hospital e Maternidade Santana, em 29/04/1976. Hoje, tenho 35 anos.

Quando criança, eu gostava de brincar de carrinho, de bola, pique esconde, salve salve, amarelinha e

caiu no poço. Quando eu tinha meus sete anos de idade, comecei a estudar na Escola Municipal Santos Dumont.

Fiquei lá, estudando, até meus 12 anos de idade. Tendo passado para a 5ª série, parei de estudar, pois, na roça,

não tinha condição de estudar mais, pois era a última série da escola. Com 15 anos, comecei a trabalhar, ajudando

meu pai a fazer rapaduras e a fabricar pinga, num alambique, lá da pequena fazenda do meu pai. Com 16

anos, fui trabalhar numa fábrica de queijo. Fiquei lá aproximadamente 2 anos, trabalhando. Com 18 anos,

voltei para a fazenda para trabalhar com meu pai. Com 21

anos de idade, me mudei para Uberlândia, no Triângulo Mineiro, à procura de serviço, devido eu ter pouca

escolaridade. Cheguei em Uberlândia em 1997. Três meses depois, arrumei um serviço num sacolão, ficando lá por 03

meses. Depois, entrei no Refrigerantes do Triângulo, ficando lá por 06 anos e 04 meses.

Depois disso, me mudei para São Simão, no estado de Goiás. Fiquei fazendo “bicos” durante 03 meses,

até que apareceu um serviço na Energética São Simão, onde estou até hoje, 29/08/2011. Mudei-me para

Paranaiguara-Go em maio de 2008 e voltei a estudar no Colégio Estadual Bartolomeu Bueno da Silva.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 67: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Tudo começou em 1975, quando minha se casou.

Em 1977, eu nasci. Não foi uma infância boa, pois, logo em

seguida, tive meus irmãos, com diferença uns dos outros de um ano e nove meses.

Minha mãe teve que trabalhar e eu, como a mais velha, tive que olhar meus irmãos. Eu, com 07 anos,

cuidava e arrumava a casa para minha mãe. Com 10 anos, nos mudamos para Goiânia-Go. Foi muito difícil. Uma total

miséria. Meu pai vendeu a casa para virmos para Paranaiguara-Go. Chegamos aqui em 1984. As coisas não

mudaram muito. A diferença é que eu comecei a trabalhar na casa do Sr. Sebastião Pasteleiro. Não tinha experiência

de nada, mas sua esposa me ajudou muito. Eu aprendi a cozinhar, pois arrumar uma casa eu já sabia.

Com 15 anos, me casei, achando que tudo iria

melhorar, mas foi muito difícil também. Levantava às 03:00 da manhã para tirar leite. Às 10:00 cozinhava para

75 peões na fazenda. Quando terminava, tinha que tratar das criações. Tive minha filha. As coisas ficaram ainda

piores, mas eu consegui. Trabalhava, cuidava de uma sede na fazenda vizinha e cozinha para os peões.

Passado um tempo, não consegui mais continuar nessa correria. Vim embora para a cidade e me casei de

novo. Comecei a trabalhar na roça (da usina) e a estudar. Minha vida, hoje, é na correria, mas eu gosto, porque

tenho um sonho: de terminar os estudos e depois, na velhice, descansar.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 68: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Eu nasci em São Simão-Go, em 1982. Morei 02

anos na Fazenda Santa Luzia. Depois, mudamos para outra fazenda. Nessa, passei parte de minha infância.

Eu e minha irmã brincávamos muito de várias brincadeiras, pois, naquele tempo, não tínhamos muito

conforto, mas a vida simples era, para nós, muito divertida, pois criança de diverte com qualquer coisa.

Durante o dia, ajudávamos nossa mãe. Depois, eu e minha irmã íamos brincar na beira de um córrego. Quando

voltávamos para casa, eu tomava banho, enquanto minha mãe ensinava minha irmã a cozinhar. Depois do jantar,

minha mãe sentava conosco no terreiro e, com o céu todo estrelado, ela contava várias histórias, até sentirmos sono.

O tempo passou muito rápido. Fomos morar na cidade de Paranaiguara-Go, porque nós tínhamos que estudar. Meu

pai continuou na fazenda e minha mãe, como uma mulher

muito guerreira que é, batalhou muito para que nós estudássemos. Com nove anos de idade, comecei a

trabalhar como babá. Daí por diante, não mais parei. O meu segundo emprego foi como babá novamente. Eu

cuidava de duas meninas. Foi nessa época, com doze anos, que arrumei o meu primeiro namorado. Era um sentimento

lindo e muito inocente. Mas a vida é cheia de contratempos. Então, terminei com ele. E, como a vida não

para, segui em frente. Com dezesseis anos, arrumei outro namorado. Mas, com esse, as coisas não foram como eu

imaginei, pois com ele parei minha vida, parei de estudar e de trabalhar, pois ele não gostava que eu saísse de casa.

Ainda assim, fiquei com ele doze anos. Terminei com ele, porque não aguentava mais. Ele me sufocava. Foi em vinte

e cinco d e dezembro de 2010, que eu quase perdi minha

Page 69: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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mãe em um acidente doméstico. Ela se queimou. Foi a

dor mais triste que senti em toda minha vida. Foi nesse momento de minha vida, que decidi acabar com meu

namoro, pois na hora em que mais precisei de apoio, ele

não me ajudou. Mas a vida é surpreendente. Minha mãe se

recuperou, com a Graça de Deus, então, tive um reencontro inesperado com o meu primeiro namorado.

Então voltamos a namorar. Ele me deu muita força e me incentivou a voltar a estudar e a trabalhar. Hoje estou

fazendo até curso de informática. Ele é uma pessoa muito especial. Com isso, pretendo chegar o mais longe que eu

puder. Essa é a minha história até agora. Quem sabe,

daqui a alguns anos, eu escreva outra redação contando minhas novas conquistas e vitórias.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 70: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Eu nasci em Ourana, na fazenda do senhor Ouro,

o fundador da cidade, em 06 de março de 1977. O nome

do meu pai é Luiz Pedro Sobrinho e da minha mãe é Maria

Nazaré de Andrade.

Quando eu completei 04 para 05 anos, começou o

meu sofrimento. Meus pais se separaram. Deixaram eu e

meus 04 irmãos sozinhos trancados em casa. Minha mãe

foi para Bahia. Eu e meus irmãos fomos separados. Meus

irmãos foram para outras pessoas que não eram parentes.

Fiquei longe deles. Eu fui criada por uma senhora chamada

Maria das Graças, que também não era minha parenta. Eu

completei 06 anos e fui para a escola. Só fiz até a 3ª série

primária. Daquele tempo pra cá, não mais frequentei a

escola, porque eu fui embora para a fazenda trabalhar na

roça. Desde esse tempo, eu sofri com a minha madrasta,

na fazenda. Ela fazia faxina toda vez para o meu pai ficar

contra mim e me mandar embora de casa. Naquele tempo,

eu não tinha ajuda de ninguém. Só tinha aqueles que

faziam mal em minha vida. Sofri e chorei demais. Desde

que eu completei 16 anos, em 1993, foi que começou a

mudar a minha vida. Conheci pessoas que me deram

apoio, que me falaram da coisa mais preciosa, que é Jesus.

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Ele mudou o meu sofrimento. Vi a felicidade morar em

meu coração, no ano de 1993, dia 30 de julho. Passei para

uma nova vida em meu caminho. Tudo começou a fazer

sentido em minha vida. Tive pessoas que estavam ali, ao

meu lado, para me ajudar.

Algum tempo depois da minha decisão, conheci

meu querido marido, aos 19 anos. Hoje, o pai de meus

filhos lindos, que Deus me deu. Há 14 anos que estamos

juntos. Agora, nós vamos nos casar para a união e a

felicidade ficarem completas.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011 (agosto a dezembro)

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Tudo começou em 17/06/1979. Foi o dia que eu nasci. Minha história é cheia de altos e baixos. Tive uma

mãe que me deu amor e carinho. Tenho duas irmãs. Nós

éramos uma família normal. Mas, com o passar dos tempos, meu pai começou a dar muito trabalho para a

minha mãe. Quando eu tinha dois anos, o meu pai foi embora.

Nós não tivemos notícias por anos. Quando eu tinha dez anos, ele voltou para a cidade de Quirinópolis-Go. O tempo

passou. Eu nunca tive contato com meu pai. Eu tinha treze anos, perdi meu pai. Depois de quatro anos, perdi minha

mãe. Foi a parte mais difícil da minha vida. Foi quando tudo o que eu mais amava foi embora, para nunca mais

voltar. Foi quando minha irmã veio morar comigo. Eu vendia coxinhas para ganhar nosso sustento. Quando tive

a idade de quinze anos, comecei a trabalhar de garçom. Eu ficava até tarde acordado e, de manhã, ia para a escola,

com tanta dificuldade em trabalhar e estudarão mesmo

tempo. Assim, tive que parar de estudar. Com dezesseis anos, comecei a viajar e vender cosméticos. Fiquei

viajando por dez anos. Com dezoito anos, fui pai. Foi a sensação mais maravilhosa que eu tive. Com o passar do

tempo, aos vinte anos, fui pai novamente. Comecei a trabalhar na usina, como motorista. Depois de um ano,

passei a ser operador de máquinas. Hoje voltei para a escola. Se Deus abençoar, vou até o fim.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 73: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Tenho 19 anos. Nasci em Cafelândia, no estado do Paraná. Morei lá até os 11 anos. Aprontava muito. Batia

nos meninos e meninas do colégio. Quase entro no mundo das drogas, porque meus

colegas eram todos traficantes de drogas. Viviam fugindo da polícia e eu, feito burra, no meio, atirava contra os

professores. Um teve que ser internado, porque acertou em sua perna. Quantas vezes meus amigos ofereciam

drogas para mim e eu disse não, porque eu sabia o que as drogas faziam. E eu também não queria ver meus pais

chorarem no dia de amanhã. Eu não tive infância na minha vida, porque era só briga daqui e polícia dali. Enquanto eu

estava nas ruas, fazendo o que não devia, meus pais estavam trabalhando. Eu quase me envolvi demais com

meus falsos amigos. Foi na hora que eu parei e pensei em

tomar juízo na cabeça e estudar, porque sem o estudo não somos nada.

E se Deus não estivesse comigo, eu estaria hoje nas drogas, ou, às vezes, até morta. Amigos, nunca usem

drogas em suas vidas. Não queira ver seus pais chorando no dia de amanhã!

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 74: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Quando eu nasci, eu era um bebê muito

bonitinho. Nós somos de uma família de cinco irmãos. Meu

pai e minha mãe sofreram muito para criar eu e meus

irmãos.

Fomos criados em fazenda. Tivemos uma infância

muito boa, principalmente, eu, por ser a caçula. Viemos

pra cidade. Me tornei moça. Me casei. Tive dois filhos

lindos. Mas o casamento não deu muito certo. Me separei.

Depois de alguns anos, me casei de novo. Também não

deu certo.

Hoje, moro com minha mãe. Meus filhos se

casaram. Trabalho e estudo. Sou feliz, pois tenho saúde e

não me falta nada. Tenho 43 anos muito bem vividos, na

esperança de chegar aos 70 anos assim: com saúde e feliz.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011 (agosto a dezembro)

Page 75: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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Minha vida difícil começou com a idade de 01 ano

e maio. Não é uma história bonita, mas é a realidade.

Meus pais se separaram. Eu tive 13 madrastas até os meus 05 anos. Brinquei muito, mas sofri muito mais. Desde

violência sexual a tentativa de assassinato, pela minha madrasta e meu pai. Mas resisti. Quando pensei que o

sofrimento iria ter fim, veio a fome. Tinha vezes que só tínhamos mandioca cozida com sal para comer. E, para não

ver os filhos passarem fome, meu pai me mandou pra morar com outra família. A nova família era de um

vereador e a mulher, professora. Aos 11 anos, ele me violentou. Fecho os olhos e ainda vejo eu naquela dispensa

e aquele monstro me segurando. Eu era só uma criança cheia de sonhos e ele me tirou tudo isso. Quando saí de lá,

contei para meus pais, mas não fizeram nada, pois era a palavra dele contra a de uma criança. Quando completei

16 anos, tive meu primeiro beijo por amor. Ele era bem

mais velho, mas gostava de mim e eu dele. Mas não podíamos ficar juntos, pois ele tinha que se casar com uma

moça que ele não gostava, mas que estava grávida. Depois nos separamos e eu saí de casa. Sofri ainda mais. Passei

fome. Dormi na rua, em banco de praça. Mas nunca me dei por vencida. Lutei e consegui encontrar uma pessoa boa

que me ajudou a superar tudo, que é o pai dos meus filhos. Não estamos juntos, mas agradeço todo dia pelos

meus filhos. Ainda não cheguei onde quero, mas eu chego lá.

Acredito em mim e uso o meu sofrimento para crescer e não para me fazer de “coitadinha”.

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 76: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A minha história de vida não foi lá estas coisas, pois

a minha infância foi muito sofrida. Quando eu nasci, perdi

meu pai com 01 mês de vida. Minha mãe não pode me criar e me deu para minha avó, que me criou com todo amor e

carinho, como se fosse minha própria mãe. Nós morávamos na fazenda. Era muito bom, pois

minha avó fazia todos os meus gostos. Quando eu estava com uns cinco para seis anos, minha avó adotou um menino.

Foi maravilhoso, pois eu tinha um irmãozinho que poderia brincar, correr, dividir minhas alegrias. Mas tudo o que é bom

dura pouco. Quando eu estava com quase 08 anos, minha avó faleceu. Fiquei muito triste. Depois disso, tive que mudar

para a cidade, pois tinha que estudar. Já estava muito atrasada. Fui morar com minha madrinha. Foi aí que começou

o sofrimento. Ela me tratava bem, me dava roupas, comida, sapato, estudo, mas, o mais importante, não tinha, que era o carinho de alguém. Minha madrinha tinha dois filhos

pequenos. Nesse tempo, já era uma criança triste, pois tudo o que acontecia lá onde eu morava, era culpa minha. Minha

madrinha me batia muito. Com o passar do tempo, fui crescendo revoltada. Mas, mesmo assim, era uma criança

esforçada. Nunca bombei. Nunca fiquei de recuperação na escola, apesar de não ter ninguém para me dar apoio. Todos

os domingos ia para a igreja. Era bom, pois quando estava lá, tinha paz, tinha alegria e não ficava escutando coisas que não

me agradavam. Depois, cheguei na minha adolescência. Já estava

com 13 anos e muito revoltada com a vida, parei de estudar. Com 15 anos, conheci um rapaz e me engravidei. Com 16

anos, tive meu filho. Quando meu filho nasceu, fui morar com o pai dele. Mas não durou muito tempo. Nós dois largamos. Tive que fazer o mesmo que minha mãe: deixar o meu filho

com o pai dele, porque era muito nova e não tinha condições de criar meu filho, pois nunca tive apoio de minha família.

Para eles, eu era uma ovelha negra. Foi assim que meu

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mundo desabou. Caí no mundo das drogas. Sofri muito.

Depois de tanto sofrimento, comecei a me recuperar, com muita garra e força de vontade de vencer na vida. Depois de

quatorze anos sem estudar, resolvi voltar. Fui morar em Rio Verde-Go. Lá, arrumei trabalho e comecei a estudar. No

começo, pensei que não conseguiria. Tive que fazer um provão, porque não tinha nenhum comprovante de minha

escolaridade. Apesar de tanto tempo sem estudar, tirei uma nota ótima. Quando tudo estava bom, tive outra recaída. Caí

de novo no mundo das drogas. Perdi o meu emprego. Parei, de novo, de estudar. Cheguei no fundo do poço. Nunca tive

coragem de falar para a minha família e pedir ajuda, pois tinha medo de eles me discriminarem.

Depois de tudo, pensei em me internar numa clínica de recuperação. Mas, graças a Deus, com minha força de vontade, não precisei... É nessas horas que vemos que quem

são nossos amigos é quem nos dá apoio. Tinha uma amiga que morava aqui, em Paranaiguara-Go. Sabendo da minha

situação, me ligou e falou para eu passear na casa dela, para me dar um tempo. Eu não pensei duas vezes. Vim, pois

estava precisando de ajuda. Chegando em Paranaiguara, gostei da cidade, fiz novos amigos. Conheci uma pessoa e me

casei. Estou muito bem, graças a Deus. Estou em fase de recuperação. Vai fazer um ano que estou aqui e nunca mais

usei drogas. Isso é só um pouco da minha história de vida. Hoje

estou com 28 anos e digo que isto só prova o quanto somos capazes de conseguir realizar tudo o que quisermos fazer na

vida. Até o impossível! Aqui termino dizendo: nunca é tarde para correr

atrás do tempo perdido. Tudo depende de nós mesmos!

2º Sem-2ª Etapa-EJA-CEBBS-2011

(agosto a dezembro)

Page 78: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

78

RREENNOOVVAARR ((ddoo llaattiimm rreennoovvaarree))::

RReeccoommeeççaarr..

AAlltteerraarr--ssee ppaarraa mmeellhhoorr..

EEffeettuuaarr mmeellhhoorraass eemm..

FFaazzeerr ccoomm qquuee vvoollttee aa bbrriillhhaarr..

DDaarr nnoovvoo bbrriillhhoo oouu nnoovvaass ffoorrççaass aa..

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CCoollooccaarr--ssee aa ppaarr ddaass ccooiissaass nnoovvaass,, pprrooggrreeddiirr..

FFaazzeerr vvoollttaarr aa uumm eessttaaddoo mmaaiiss ppeerrffeeiittoo..

EE ppaarraa vvooccêê,, oo qquuee ssiiggnniiffiiccaa rreennoovvaarr

eemm ssuuaa vviiddaa??

PPrrooppaaggaannddaa ddaa RReevviissttaa VVeejjaa -- 22001111

Page 79: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

79

O DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS

DA LEITURA E TRANSFORMAÇÃO

Por que pensar em renovação para se ter

outras visões da vida e do mundo?

Uns dizem que temos que renovar para

podermos acompanhar as mudanças do mundo nos

dias de hoje. Outros dizem que isso não é necessário,

mas, na verdade, é necessário sim, para que

possamos aprender mais com os jornais, televisão,

rádio, os cursos de Inglês, de informática, cursos

técnicos e outros.

Portanto é importante que se faça todos os

cursos possíveis e que se pratique o hábito da leitura,

pois o desenvolvimento só é possível com informação.

Juliana Neves Resende

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011. (agosto a dezembro)

Page 80: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

80

RENOVAR PARA GARANTIR O FUTURO Para se ter novas oportunidades e atingir

seus objetivos é preciso se manter bem informado e

ficar por dentro das notícias. Além de fazer cursos de informáticas e de conhecimentos gerais, para ficar por

dentro dos acontecimentos.

A atualização é necessária para se poder obter novas oportunidades, mais conhecimentos, ter

clareza e metas para se conquistar espaço no mercado

de trabalho e assim poder sonhar com um futuro

próspero e ter objetivos e metas para com os negócios

de hoje, que vêm surgindo cheios de modernidades.

Por isso é importante aproveitar estas oportunidades que o conhecimento nos dá hoje e estar

por dentro da informática, das notícias e

conhecimentos, para garantirmos a realização dos nossos objetivos e metas no mercado de trabalho e na

sociedade. Rodrigo Vieira dos Santos

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011

(agosto a dezembro)

Page 81: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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RENOVAR SEMPRE:

O CAMINHO PARA UMA VIDA MELHOR

Deve-se renovar sempre, tanto na vida

pessoal como na profissional. Renovar é abrir caminho

para uma vida melhor, porque quem não se atualiza, fica perdido no tempo.

Sempre há aqueles que não se abrem para

o novo. Dizem que têm medo do desconhecido. De acordo com pesquisas, essas pessoas acabam ficando

presas ao passado, e não se evoluem, deixando,

assim, de aprender coisas novas. Pode-se observar

que nem sempre estas pessoas são capazes de deixar

de acreditar em velhas crenças. Outros dizem que

inovar e abrir-se para o futuro é ser capaz de enxergar o amanhã, de lutar por seus sonhos e fazê-los reais.

Então, devemos estar preparados para

aceitar o novo e saber conduzir o futuro para melhor. Para isso, é preciso, fazer cursos de informática, inglês

e praticar a leitura para se renovar através da

informação. Ivanildes

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 82: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

82

RENOVAÇÃO: MAIS EXPECTATIVAS

E MELHORIAS DE VIDA

Renovar sempre, por quê? Isso é

necessário, pois estão sempre surgindo novas

tecnologias e, para não ficar parado no tempo, deve-se acompanhá-las.

Acompanhar a evolução é estar por dentro

de todos os acontecimentos políticos, econômicos, das avanças tecnológicas, procurar fazer cursos técnicos,

ler jornais e revistas com noticiários do mundo todo e,

assim, ficar por dentro da evolução do nosso país. De

acordo com pesquisas, pode-se observar que

trabalhadores que não acompanham a evolução

tecnológica perdem grandes oportunidades de emprego, porque as grandes empresas investem na

tecnologia e o trabalho que seria feito por vários

homens, é feito por uma máquina. Por isso a necessidade de se estar sempre

inovando, buscando novas ideias, novos cursos,

investir na tecnologia avançada em busca de novas oportunidades, mais expectativas e melhorias de vida.

Juscely 2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011

(agosto a dezembro)

Page 83: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

83

POR QUE ATUALIZAR-SE?

É preciso atualizar-se, através da leitura e cursos profissionalizantes, para o mercado de trabalho

e procurar ter uma qualidade de vida melhor.

Pode-se observar que o hábito de ler livros, revistas e jornais torna a pessoa mais atuante, que se

acha necessitado de participar de cursos, tais como,

informática, línguas. Algumas pessoas procuram até cursos superiores em faculdades ou universidades. De

acordo com as pesquisas, uma pessoa atuante,

habituada à leitura e aos cursos profissionalizantes, tem uma boa qualidade de vida e mais oportunidades.

Portanto atualizar-se é preciso, através da

obtenção do máximo de informações possível, para estar apto ao mercado de trabalho e garantir o seu

espaço na sociedade.

Gilberto

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 84: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

84

INFORMAÇÃO E OPORTUNIDADES DE TRABALHO

No mundo atual em que vivemos,

observamos várias mudanças. E, para acompanhar essas mudanças, é preciso estar preparado,

participando, conhecendo e dialogando com pessoas,

trocando ideias e experiências. É necessário se atualizar e acompanhar

essas mudanças para se obter benefícios. Uns dizem

que para alcançar objetivos é necessário se profissionalizar, outros dizem que através de cursos

técnicos, como informática, Inglês e outros, torna-se

mais fácil entrar no mercado de trabalho e concorrer a uma vaga através de conhecimento técnico adquirido

nos cursos profissionalizantes.

Portanto, oportunidades não faltam. Faltam pessoas com disponibilidade, interesse e que estejam

preparadas para ocupar cargos disponíveis no mercado. Por isso ter conhecimento e estar preparado

é essencial.

Silmara

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 85: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E OPORTUNIDADES

É muito importante sempre se manter

atualizado, porque quem não acompanha o

desenvolvimento e os avanços da sociedade perde o seu espaço e as oportunidades.

Uns dizem que se não temos o hábito de

ler, perdemos as oportunidades de saber o que está acontecendo no mundo e na sociedade. Outros dizem

que devemos ter conhecimento para não deixarmos as

novas oportunidades passarem despercebido. Isto porque o mercado de trabalho está exigindo pessoas

capacitadas na área de informática, línguas e cursos técnicos.

Por isso devemos fazer cursos de

atualização para não ficarmos por fora dos acontecimentos do mundo e das oportunidades de

conhecimento e de trabalho.

Débora Silva Garcia

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 86: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

86

A INFORMAÇÃO E O FUTURO

Acredita-se que renovar a vida significa dar um novo rumo a ela. E um dos meios de se conseguir

isso é ler sempre e voltar a estudar, dando mais

credibilidade ao futuro. Hoje, no mercado de trabalho, exige-se

muitos cursos, como de informática, cursos técnicos e

outros. O avanço da tecnologia está muito grande. De acordo com pesquisas, o mercado de trabalho está

bastante disputado. Pode-se dizer que não basta ter

experiência, tem que ter formação técnica e muito

mais. Dizem que no futuro será ainda mais

competitivo. É preciso que sejamos cada vez melhor,

que tenhamos cada vez mais informações, pretendendo cada vez mais conquistar um lugar no

mercado de trabalho, avançado para um futuro

melhor. Portanto, para se obter esse lugar,

precisamos ter informações obtidas através de cursos,

técnicos, informática e outros. E, é claro, muita leitura.

Rúbia Cristina

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 87: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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VIVENDO BEM: Por que devemos pensar em renovação?

Renovar é o que nos faz pensar em

melhorar, pensar em mudar, em crescer e sempre

estar bem informado sobre as atualidades que estão acontecendo a cada dia, pois a cada minuto surgem

coisas novas.

Para estar por dentro dessas informações, devemos sempre procurar fazer cursos, ler bons livros,

jornais, noticiários, revistas, assistir a programas

culturais e várias outras coisas. Os especialistas dizem que as pessoas que estão sempre atualizadas sempre

têm mais chances de passar em concursos, em ter

bons empregos e, com isso, também têm uma chance maior de crescer na vida. Também é bom ficarmos por

dentro das novas tecnologias, porque a cada dia surgem no mercado coisas novas, produtos ainda mais

modernos.

Por isso pensar em renovar a cada dia é a melhor coisa que nós devemos fazer, para sermos um

ser humano melhor, para ajudar a nós mesmos e ao

próximo.

Paula Salustino

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 88: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

88

TECNOLOGIAS DE UMA NOVA ERA Será que tudo o que é novo é o melhor

para nós? Grandes descobertas podem nos trazer

diferentes transformações e isso é muito importante em nossas vidas.

Para melhor entender tudo o que há de bom nas novas tecnologias, temos que nos aprofundar

em novos conhecimentos, como buscar informações

no computador, livros, jornais e revistas. Alguns dizem que quanto mais soubermos melhor é, por isso temos

que fazer cursos para um melhor entendimento do que

está acontecendo no mundo. É sempre bom nos manter atualizados.

Por isso todo cidadão deve lutar para abrir

novos horizontes para viver melhor com uma grande sabedoria, através da constante leitura e participação

em cursos. Jeise Kênia G. Borba

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011

(agosto a dezembro)

Page 89: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A IMPORTÂNCIA DAS ATUALIZAÇÕES

Para se atingir os objetivos, para garantir o

espaço no mercado de trabalho e na sociedade, é muito importante que o indivíduo esteja em constante

atualização.

De acordo com pesquisas de internet, rádio, TV, jornais e revistas, temos que acompanhar as

mudanças que têm hoje em dia. Observa-se que

algumas pessoas não acreditam que é necessária a atualização com as notícias; outros dizem que é

grande a importância de estarmos atualizados com os

acontecimentos do dia. Pode-se dizer que é muito importante, para vivermos na sociedade, estarmos

atualizados, sempre conhecendo a cada dia mais,

tendo novas ideias, novos projetos, etc. Portanto todo cidadão nunca pode desistir

de seus objetivos, mas deve estar em constante estudo, fazer todos os cursos possíveis, para, assim,

garantir o seu espaço no mercado de trabalho.

Gislaine Paula de Freitas

2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011 (agosto a dezembro)

Page 90: Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011

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A IMPORTÂNCIA DE CURSOS NOS DIAS DE HOJE

Todo cidadão necessita de alguns cursos. Por quê? Porque, sem esses cursos não podemos

arrumar um emprego digno, pois precisamos estudar

para ultrapassar todas as barreiras e obstáculos para chegarmos aos nossos objetivos. Mas, para chegarmos

onde queremos, é preciso uma atitude verdadeira.

A importância de estudarmos assuntos como informática e vários outros cursos é para

aprendermos mais e saber que um dia necessitaremos

de cada um deles para o aumento do currículo. Os

especialistas dizem que, para cumprirmos as nossas

metas do dia-a-dia, temos que perseverar até o fim.

Dizem que devemos ficar com nosso pensamento firme e forte para não errarmos ou desistirmos. Nos

dias de hoje tem sempre muitos obstáculos para

enfrentarmos, mas temos que insistir e fazer todos os cursos possíveis para conseguirmos.

Portanto devemos nos preparar, ler, nos

informar, estudar, aprender com nossos professores para garantirmos o nosso espaço no mercado de

trabalho; e termos uma vida melhor, com o prazer do

sonho realizado. É assim que podemos ser capazes e felizes.

Luander Carlos Silva de Araújo 2º Sem_3ª Etapa_EJA – C.E.B.B.S./2011

(agosto a dezembro)