livro de ergonomia

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RICARDO SERRANO AUTORIA E COORDENAÇÃO RICARDO SERRANO PROGRAMAÇÃO VISUAL EDSON L. ANJOS Proibida a Reprodução desta apostila sem autorização do autor

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livro de ergonomia

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Page 1: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

AUTORIA E COORDENAÇÃO

RICARDO SERRANO

PROGRAMAÇÃO VISUAL

EDSON L. ANJOS

Proibida a Reprodução desta apostila sem autorização do autor

Page 2: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

FUNDACENTRO

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Page 3: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

12 Regionais

Page 4: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

INTERVENÇÃO ERGONÔMICA CORRETIVA

CCoonncceeii ttooss ddee eerrggoonnoommiiaa

OOss ppoossttooss ddee tt rraabbaallhhoo

EEllaabboorraaççããoo ddee uumm pprroojjeettoo ccoorrrreett iivvoo

Page 5: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

INTRODUÇÃO

I – ERGONOMIA Conceitos, definições e tipos II – POSTOS DE TRABALHO Adequados e inadequados III – ERGONOMIA CORRETIVA Técnicas de elaboração e implantação de

projeto ergonômico

Page 6: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

I - ERGONOMIA

Palavra de origem grega ERGO = que significa trabalho NOMOS = que significa regras DEFINIÇÃO “Estudo entre o homem e o seu trabalho,

equipamentos e meio ambiente”

Page 7: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

QUANDO SURGIU A ERGONOMIA?

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo.

Com a necessidade de se proteger e sobreviver, o homem primitivo, sem querer, começou a aplicar os princípios de ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar alimentos, ou...

Page 8: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

fazer o tacape para se defender ou abater animais.

ONDE PODEMOS APLICAR UM ESTUDO ERGONÔMICO?

Page 9: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• No lar

• No transporte

• No lazer

• Na escola

• Principalmente, no trabalho

• Ou seja, qualquer lugar

ERGONOMIA = CIÊNCIA DO CONFORTO

Page 10: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Mas, foi na revolução industrial que a

ergonomia começou a surgir. Nas grandes guerras ela teve uma importância fundamental no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos (tanque russo).

MISSiL ERGONÔMICO

Page 11: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Como podemos notar, a ergonomia

surgiu em função da necessidade do ser humano cada vez mais querer aplicar menos esforço físico e mental nas atividades diárias.

MAIS ERGONOMIA

=MAIS ERGONOMIAMAIS ERGONOMIA

=MENOS ESFORÇO FÍSICO E MENTAL

MENOS ESFORÇO FÍSICO E MENTAL

Page 12: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O ser humano no seu dia-a-dia está cada vez mais se tornando muito exigente, e quer fazer mais com menos esforço.

Isso tem contribuído

bastante para a evolução atual. Se lembrarmos dos

primeiros computadores que surgiram e compararmos com os modelos portáteis de hoje, a evolução foi muito grande. Isto tem ocorrido com tudo rádios, televisores, aviões, etc.

A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade e da qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais, visando a interação com o ser humano.

Page 13: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

PRODUTOS ANTI-ERGONÔMICOS

(cadeira escolar)

O aluno canhoto sofre na faculdade sem uma cadeira com apoio do lado esquerdo.

Tem de usar duas, uma para sentar,

outra para escrever.

Page 14: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

TRAVA DO CARRO

Ao abrir a porta do carro é preciso destravá-la.

O pino está atrás, o que obriga a um movimento incômodo.

Em caso de acidente, uma costela solta pode perfurar algum órgão interno.

A trava deveria ser mais para a frente.

Page 15: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

BANCOS DE AUTOMÓVEIS

Os carros mais antigos têm bancos baixos.

Em caso de acidente, o impacto empurra o pescoço para trás.

Pode causar fratura da coluna cervical e deixar um motorista paralítico.

EDSONEDSON

Page 16: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

COLCHÃO

Ao dormir em colchão muito mole, o corpo afunda.

A compressão de artérias e vasos sangüíneos interrompe a circulação.

O colchão não

dever ser muito duro nem muito macio.

O duro faz a pressão muito grande na musculatura.

Page 17: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

NO ÔNIBUS

A distância entre um banco e outro é muito pequena. Pessoas com pernas mais longas têm de sentar de lado ou com as pernas abertas.

Page 18: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

SERROTE Quem tem mão muito grossa e grande

corre o risco de não conseguir colocá-la na abertura de um serrote, ( P 5% e P 95%).

Page 19: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

TÁBUA DE PASSAR ROUPA

As tábuas de passar roupa não têm

altura regulável. Pessoa alta tem que se curvar.

A baixa tem tensão nos músculos.

Page 20: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

DIGITAÇÃO As máquinas de escrever e teclados no

Brasil copiaram a posição das letras adequadas ao idioma inglês.

O excesso de vogais do português força a musculatura dos dedos mínimos.

Page 21: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

TELEVISÃO

Quem assiste televisão com as luzes

apagadas, faz com que seus olhos sofram. Diferentes picos de luminosidade

ofuscam como farol alto na estrada.

Page 22: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

BOLSAS E MOCHILAS

Bolsas, mochilas, malas e sacolas

carregadas de um só lado forçam a coluna cervical, podendo causar hérnia de disco.

Page 23: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como:

1 ) ERGONOMIA DE CORREÇÃO

◆◆◆◆ Dimensões◆◆◆◆ Iluminação◆◆◆◆ Ruído◆◆◆◆ Temperatura etc

TEM EFICÁCIA LIMITADA

◆◆◆◆◆◆◆◆ DimensõesDimensões◆◆◆◆◆◆◆◆ IluminaçãoIluminação◆◆◆◆◆◆◆◆ RuídoRuído◆◆◆◆◆◆◆◆ Temperatura etcTemperatura etc

TEM EFICÁCIA LIMITADATEM EFICÁCIA LIMITADA

Page 24: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal.

2 ) ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO

Page 25: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• Ensina o trabalhador a usufruir dos benefícios de seu posto de trabalho, tais como:

◆◆◆◆◆◆◆◆ BBooaa ppoossttuurraa ◆◆◆◆◆◆◆◆ UUssoo aaddeeqquuaaddoo ddee mmoobbii ll iiáárriiooss ee eeqquuiippaammeennttooss ◆◆◆◆◆◆◆◆ IImmppllaannttaaççããoo ddee ppaauussaass ◆◆◆◆◆◆◆◆ GGiinnáásstt iiccaa llaabboorraatt iivvaa ((aanntteess,, nnoo

mmeeiioo ee ddeeppooiiss ddaa aatt iivviiddaaddee))

3 ) ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO

Page 26: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

A ERGONOMIA estuda a situação de trabalho como:

• Atividade • Ambientes físicos • Iluminação, ruído, temperatura • O posto de Trabalho • Dimensões, formas, concepções, etc...

FRASES

◆◆◆◆ Um erro agrônomo a terra mostra

◆◆◆◆ Um erro médico a terra esconde

◆◆◆◆ Um erro do designer a ergonomiamostra

FRASES

◆◆◆◆ Um erro agrônomo a terra mostra

◆◆◆◆ Um erro médico a terra esconde

◆◆◆◆ Um erro do designer a ergonomiamostra

Page 27: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

DEFINIÇÃO

“Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessário para os engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalho que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.”

Murrel , 1949 - britânico

Page 28: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

ESTUDO DAS RELAÇÕES

HOMEM - MÁQUINA

ErgonomiaErgonomia

PsicologiaPsicologiaAntropologiaAntropologia

SociologiaSociologiaAntropometriaAntropometriae biomecânicae biomecânica

FisiologiaFisiologia

Page 29: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

II ) POSTOS DE TRABALHOS INADEQUADOS

(Baixo)

Desconforto de postura resultante da busca de um melhor ângulo de visão. Falta de espaço para as pernas Postura que gera dores no pescoço e na coluna.

Page 30: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

POSTOS DE TRABALHOS INADEQUADOS

(Alto) Braço e punho num ângulo desconfortável para a execução da atividade. Necessidade de apoio para os pés.

Page 31: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Page 32: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

PRINCIPAIS CAUSAS DOS PROBLEMAS DA COLUNA:

• “Móveis inadequados – alturas não

corretas para a coluna – tanto no ato de sentar, como no ato de trabalhar sobre a mesa”

• “ A População engordou, nos últimos

20 anos em média 2 Kg” • “Nós ficamos muito tempo sentados,

fazemos pouco exercício físico e ficamos muito estressados”

“Tudo isto reflete na coluna.”

Dr. José Knoplich (APM)

Page 33: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Exemplos de Posturas e Estação de Trabalho

Page 34: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

III) ERGONOMIA CORRETIVA

TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO E

IMPLANTAÇÃO DE UM PROJETO DE ERGONOMIA CORRETIVA

EMPRESA

A empresa com suas áreas (setores) em sua totalidade.

Área 4Área 4

Área 2Área 2

Área 3Área 3

Área 1Área 1

Área 4Área 4

Área 2Área 2

Área 3Área 3

Área 1Área 1

Page 35: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

SORTEIO PROBABILÍSTICO

Sorteio probabilístico que representa toda a empresa (funcionários envolvidos no trabalho). Número total de funcionários 700.

Números sorteados por computador 235.

235

Page 36: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

SORTEIO-LISTAGEM DOS FUNCIONÁRIOS

Lista fornecida Números sorteados Funcionários pela empresa por computador sorteados

1- João

2- Paulo

3-

4-

700-Maria

1- João

2- Paulo

3-

4-

700700-Maria

1-3-7-20-...

..............

235

1-3-7-20-...

..............

235235

1- João

3-

7-

20

235

1- João

3-

7-

20

235235

1- João

2- Paulo

3-

4-

700-Maria

1- João

2- Paulo

3-

4-

700700-Maria

1-3-7-20-...

..............

235

1-3-7-20-...

..............

235235

1- João

3-

7-

20

235

1- João

3-

7-

20

235235

Page 37: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Os funcionários e os setores

escolhidos vão:

• Responder questionário (dados pessoais, posto de trabalho, saúde e queixas).

• Sofrer medições antropométricas. • Ser entrevistados individualmente. • Ser investigados ergonomicamente.

Page 38: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Realização de estudo fotográfico para identificar as principais irregularidades.

• Cadeiras inadequadas. • Posto de trabalho. • Aspectos anti-ergonômicos em geral.

S e to re sS eto resÁ rea 1 S e to re sS eto resÁ rea 1

Page 39: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

MODELO FOTOGRÁFICO Setor de Telemarketing

Problemas: Fiação aparente, bolsa em local inadequado.

Sugestão: Troca da fiação, armários

coletivos.

Page 40: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Levantamento de aspectos anti-ergonômicos apontados pelos funcionários.

Análise Analisados todos os problemas (coleta

de todos os dados)

Àreas

/setores

Àreas

/setores

Àreas

/setores

Àreas

/setores

Àreas

/setores

Mobiliário

Postura inadequada

Irregularidades

Condições ambientais

Mobiliário

Postura inadequada

Irregularidades

Condições ambientais

? ???

??

? ???

??

Page 41: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

RELATÓRIO CONCLUSIVO

O relatório deve ter: I) Introdução II) Objetivos Gerais III) Metodologias Gerais

a - Entrevista Preliminar b - Aplicação de Questionário c - Observações de Campo

IV) Características dos funcionários, sexo, escolaridade, estado civil, idade...

V) Resultados e conclusões, jornadas de trabalho e descanso, postura, medidas antropométricas

VI) Recomendações: Saúde – queixas e opiniões

VII) Comentários finais

Page 42: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

VIII) Anexos: Documentação, desenhos, fotos, tabelas, memorial descritivo.

a – Conclui-se que b – Recomenda-se que c – Sugere-se que

Page 43: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS

Após a elaboração do relatório conclusivo, começaremos a fazer as modificações necessárias.

As modificações

necessárias devem ser feitas atacando em 1° lugar as prioridades;

Pontos Vermelhos: onde há acidentes, a

lei exige mudanças. Pontos Amarelos: Estado de Atenção. Pontos Verdes: sem necessidade de

atenção.

Page 44: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Teste comprovatório após as mudanças (acompanhamento dos resultados).

• Feitas a mudança na área X setor

Y vou acompanhar os resultados positivos e negativos procurando distorções encontradas.

• Feito isto: passar para outra área

(setor).

xy xy xyxy xy xy

xy xy xy

Page 45: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O QUE VOCÊ PRECISA

SABER SOBRE

L.E.R / DORT

PARA AJUDAR NO

TRATAMENTO

E NA

PREVENÇÃO

Page 46: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O QUE SÃO L.E.R.

Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)

são inflamações dos músculos, tendões e suas bainhas, dos nervos dos membros superiores, geralmente curáveis quando detectadas precocemente, que causam dor, perda de força, inchaço e queda no desempenho do trabalho.

A L. E. R. também é denominada: Austrália e Canadá “Lesões por esforços repetitivos”

Page 47: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Estados Unidos da América

“Distúrbios por traumas Cumulativos”

Paises Escandinavos

“Distúrbios Cérvico-Branquiais ocupacionais”

Page 48: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Trabalhadores Brasileiros

“Tenossinovite”

Médicos Brasileiros

L.E.R / DORT

Page 49: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

FATORES QUE CAUSAM A DOENÇA

Os fatores que levam à doença podem

ser resumidos na equação abaixo: Força + Repetitividade + Posturas inadequadas + Ausências de Pausas = L E R

Page 50: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR NA FASE DE

TRATAMENTO

• Procure apenas os recursos médicos indicados pela empresa

• Evite atividades domésticas de maior

exigência • Evite movimentos dolorosos

Page 51: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

QUAIS AS ATIVIDADES

DOMÉSTICAS QUE DEVEM SER EVITADAS?

• Tricô e crochê • Lavar roupa • Bater Bolo • Carregar Bebê (uso de carrinho) • Andar de ônibus em pé

Page 52: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

CUIDADOS POSTURAIS

• Procure adotar posturas corretas: • No trabalho

• Em casa

• Na Escola

Page 53: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

QUANDO RETORNAR AO TRABALHO

• Procure o médico de sua empresa, leve-o até o seu local de trabalho e mostre para ele e para o seu supervisor os movimentos que causam dor.

Page 54: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O QUE DIZ A LEI?

Portaria n° 3751, de 23 de novembro de 1990 – NR 17

17.3.3 – Os assentos utilizados nos postos

de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

Page 55: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

a) Altura ajustável à estrutura do trabalhador e a natureza da função exercida;

b) Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;

c) Borda frontal arredondada;

d) Encosto de forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

Page 56: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

17.3.4 – Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

17.4.2 – Nas atividades que envolvam

leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve “ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual”.

Page 57: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

17.4.3 – Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte:

a) Condições de

mobilidade suficiente para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos e proporcionando ângulos de visibilidade corretos ao trabalhador.

b) O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas.

Page 58: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

c) A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento seja aproximadamente iguais.

O MONITOR

Altura: Olhos na borda superior Tela: inclinada perpendicular Luminosidade: Mínima Contraste: Máximo Fundo: Escuro Tamanho: Adequado à idade e esforço Distância: 40 a 60 cm

Page 59: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

d) Ser posicionado em superfícies de trabalho com altura ajustável.

Page 60: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

17.5.2.1 – O nível de

ruído aceitável pra efeito de conforto deve ser de 65 dB (A);

Mantenha o índice de temperatura efetiva

entre 20ºC e 23º C e umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta por cento).

Page 61: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

17.5.2.1 - Nas atividades de processamento eletrônico de dados deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:

O número máximo de toques reais

exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, pra efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado.

Page 62: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho.

Page 63: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

SUGESTÕES DE MELHORIAS

1 – Proibição de Horas Extras ou dobras de Turno.

2 – Jornada de trabalho de 6 horas/dia.

3 – Revezamento de atividades.

4 – Implantação de ginástica laborativa.

5 – Adequação de todo mobiliário de acordo com a NR – 17. Pausas.

6 – Orientação postural. Ginástica.

7 – Adequação das condições ambientais.

Page 64: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

PRINCIPAIS PROBLEMAS

1 – Realização de Hora Extras ou dobras de turno. 2 – Prolongamento de Jornada de Trabalho. 3 – Excesso de Movimentos Repetitivos. 4 – Falta de Ginástica Laborativa 5 – Mobiliário inadequado. 6 – Condições ambientais inadequadas. 7 – Problemas pessoais / familiares. 8 – Desmotivação – Medo de Demissão.

Page 65: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

CONSULTORIA TÉCNICA

Consultoria Técnica solicitada pelo

Ministério Público do Estado de São Paulo - Promotoria de Justiça de Acidentes de Trabalho da Capital - Setor de Prevenção, por meio do Exmo. Sr. Promotor de Justiça Dr. Jorge Luiz Ussier, para fundamentação dos aspectos de Saúde Ocupacional sobre Lesões por Esforço Repetitivos (L.E.R.) na empresa Supermercados Carrefour Ltda., à Rodovia Anchieta, km 11, São Paulo - SP.

Page 66: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

QUESTIONÁRIO Operador(a) de Caixa Registradora no Supermercado Carrefour Anchieta. - DADOS SOBRE O TRABALHO - 1 - É freqüente ocorrer Horas Extras? ( ) SIM ( ) NÃO 2 - Você faz Horas Extras? ( ) SIM ( ) NÃO 3 - Você sente dores ao registrar as compras? ( ) SIM ( ) NÃO ONDE? ( ) OMBRO ( ) BRAÇO ( ) PUNHO ( ) DEDOS ( ) MÃOS ( ) OUTROS QUAIS?______________

Page 67: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

4 - Você sente dores no corpo? ( Respostas Múltiplas ) ( ) DURANTE O TRABALHO ( ) APÓS O TRABALHO 5 - Qual a região do corpo? ( Respostas Múltiplas ) ( ) COLUNA ( ) BRAÇOS ( ) PERNAS ( ) REG. LOMBAR ( ) CABEÇA ( ) NÁDEGAS ( ) OMBROS 6 - Você faz algum tipo de ginástica (aquecimento) para as mãos antes de iniciar sua atividade? ( ) SIM ( ) NÃO 7 - Você tem pausas?

Page 68: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

( ) SIM ( ) NÃO De quanto em quanto tempo? ( ) 1 a 5 minutos ( ) 6 a 10 minutos ( ) 11 a 15 minutos ( ) mais de 15 minutos 8 - Você realiza outra função além de caixa? ( ) SIM ( ) NÃO QUAL(IS) ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________ 9 - Faça livremente, qualquer comentário em relação ao seu trabalho. QUEIXAS - OPINIÕES: ________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________

Page 69: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO Com base na experiência profissional e em dados da

literatura, elaborou-se um questionário (ANEXO 3), para abranger os aspectos considerados críticos do ambiente de trabalho, bem como para atender ao solicitado pelo Exmo. Sr. Promotor de Justiça.

O questionário foi respondido por 106 de um total de 124

operadores de caixas registradoras, assim distribuídos: Turma A = 36 ( 30 mulheres, 6 homens ) Turma B = 10 ( 9 mulheres, 1 homem ) Turma C = 38 ( 23 mulheres, 15 homens ) Turma D = 40 ( 26 mulheres, 14 homens )

O preenchimento das questões se deu durante reuniões posteriores realizadas em cada turno individualmente, com duração média de 15 minutos cada, e durante esse tempo permanecemos na sala para possíveis esclarecimentos de dúvidas.

A não identificação das (dos) recepcionistas de caixa nos

pareceu oportuna para que não houvesse qualquer inibição quanto ao preenchimento do questionário por parte desses funcionários, muito embora tivessemos recebido dos gerentes listas com os nomes dos que integram as turmas acima enunciadas.

Essas listas foram por nós utilizadas como controle de presença durante a fase de aplicação do questionário e tão somente com esta finalidade.

Page 70: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 1

Distribuição de Operadores Segundo Sexo

88 Feminino

36 Masculino Dados fornecidos pela Carrefour

Page 71: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 2

Distribuição de Operadores Segundo Escolaridade

50 - 1°/ 3° - 2° Grau 6 - Universitários 56 5ª/8ª - 1° Grau 12 - Estudam Dados fornecidos pela Carrefour

Page 72: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 3

Distribuição de Operadores Segundo Estado Civil

97 Solteiros

27 Casados

Dados fornecidos pela Carrefour

Page 73: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 4

Distribuição de Operadores Segundo Idade

Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

1

63

30

18

12

1717 DE 18 a 22DE 18 a 22 DE 23 a 27DE 23 a 27 DE 28 a 32DE 28 a 32 ACIMA DE 32ACIMA DE 3200

1010

2020

3030

4040

5050

6060

7070

1

63

30

18

12

1717 DE 18 a 22DE 18 a 22 DE 23 a 27DE 23 a 27 DE 28 a 32DE 28 a 32 ACIMA DE 32ACIMA DE 3200

1010

2020

3030

4040

5050

6060

7070

Page 74: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 5

Você tem pausa?

Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

SIM

87

NÃO

18

N.R.Q.1

1a 5 minutos61

6 a 10 minutos19

11 a 15 minutos1

mais de 15 minutos7

SIM

87

NÃO

18

N.R.Q.1

1a 5 minutos61

6 a 10 minutos19

11 a 15 minutos1

mais de 15 minutos7

Page 75: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 6

Distribuição de Operadores Segundo Jornada

de Trabalho e Descanso.

A: 2 h de almoço- B: 30 min. de almoço- C: 1 h 30 min. de jantar- D: 30 min. de jantar

9 9,3

1415,3

17,315,3

2322

A (36)A (36) B (10)B (10) C (38)C (38) D (40)D (40)00

55

1010

1515

2020

2525

Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

Page 76: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 7

Você faz horas Extras? (número de pessoas)

SIM101

NÃO5

Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

Page 77: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 8

É freqüente ocorrer horas extras? (número de pessoas)

SIM99

NÃO7

Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

Page 78: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 9

Você sente dores ao registrar as Compras? (número de pessoas)

Você Sente Dores ao Registrar as Compras?

NÃO18

N.R.Q.2

SIM86

braço42

ombro52

mãos18

outros38

dedos26

punho30

N.R.Q = Não responderam a questão. Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

Page 79: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 10

Durante o trabalho, você sente dores no corpo?

65

APÓS TRABALHO67

N.R.Q.7

DURANTE TRABALHO

N.R.Q = Não responderam a questão. Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

Page 80: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 11

Qual a região do corpo?

N° de Funcionários Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

72

40

52

12

34

7

46

6

COLUNA BRAÇOS PERNAS REG.LOMB. CABEÇA NÁDEGAS OMBROSN.R.Q.0

20

40

60

80 72

40

52

12

34

7

46

6

COLUNA BRAÇOS PERNAS REG.LOMB. CABEÇA NÁDEGAS OMBROSN.R.Q.0

20

40

60

80

Page 81: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

GRÁFICO 12

Você faz algum tipo de Ginástica (aquecimento) para as mãos antes de iniciar

sua atividade?

NÃO101

SIM 2 N.R.Q. 3

N° de Funcionários Dados fornecidos pela empresa Carrefour.

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RICARDO SERRANO

I - INTRODUÇÃO

Em ofício datado de 19 de abril de 1994 , de n° 980/94, o Ministério Público do Estado de São Paulo representado pelo Exmo. Sr. Promotor de Justiça da cidade de São Paulo - SP, Dr. Jorge Luiz Ussier, solicitou à FUNDACENTRO “a designação de um técnico especialista em L.E.R., para assistência técnica na Investigação Prévia”, contra a empresa Supermercados Carrefour Ltda, com endereço à Rodovia Anchieta, Km 11. (Ver ANEXO 1).

Para a obtenção de todos os dados e informes constantes neste trabalho recorreu-se aos funcionários envolvidos e às Gerência de Departamentos e Gerências de Setores, que atuam diretamente na fase de atendimento final ao cliente. Relacionamos, a seguir, os ocupantes de tais cargos, à época do levantamento.

Gerente de Departamento: Fernando Mello (Contabilidade) Gerente de Departamento: Maria Naide de P. Salviano (Caixa) Gerente de Setor : Lourival dos Santos (Depósito, Mercearia)

O presente estudo foi realizado no período de 11 de novembro

de 1994 a 30 de março de 1995 nas dependências da reclamada, durante o seu período normal de funcionamento, com abrangência a todas as turmas de trabalho, conforme gráfico de “Distribuição de Operadores,Segundo Jornada de Trabalho e Descanso ". (Ver Gráfico 6)

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RICARDO SERRANO

II - OBJETIVOS GERAIS

Este trabalho, além do descrito no item anterior , tem por objetivos uma ampla análise das condições de trabalho dos recepcionistas de caixa, bem como a disseminação de informações relevantes sobre o seu trabalho. 1.4. Repetitividade de Movimentos e Pausas. 1.4.1. Toque reais por hora trabalhada.

Foram feitas coletas das fitas registradoras das caixas nos três períodos de trabalho: manhã, tarde e noite.

Essa coleta não obedeceu a um pré-requisito, tendo sido feita

uma escolha aleatória do caixa, já que os fregueses ou clientes não se distribuem uniformemente pela extensão dos “check-outs”, concentrando-se, via-de-regra, do início ao meio dessa extensão. Isto se deve em grande parte à distribuição de determinados produtos pelas gôndolas próximas às caixas registradoras.

Nos três períodos e horas considerados escolheu-se operadores

diferentes, por contingência dos horários de trabalho, adotando-se como parâmetro único o intervalo de tempo de 01 h (uma hora).

Portanto, marcou-se o início e o fim de cada fita no intervalo de 01 hora trabalhada, constatando-se o seguinte:

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RICARDO SERRANO

a) manhã - das 12 h 30 min às 13 h 30 min, uma operadora registrou 1676 toques reais.

b) tarde - das 14 h 26 min às 15 h 26 min, um operador registrou 1966 toques reais.

c) noite - das 18 h 41 min às 19 h 41 min, uma operadora registrou 1270 toques reais.

Apesar de reais esses números não espelham a verdadeira magnitude dos movimentos de digitação porque, segundo informações dos gerentes citados anteriormente, na primeira quinzena o movimento de vendas é maior do que na segunda quinzena, ou mais precisamente, na primeira semana de cada mês, quando ocorre uma grande afluência de compradores.

Nesse caso é seguro afirmar que o número de toques é, no

mínimo, o dobro daquele verificado no período de 11 a 27 de dezembro p.p., o que está abaixo do número máximo de toques reais.

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TABELA II Puxadas de Mercadorias - TARDE

Carrinho

Tempo de

Atendimento

(minutos)

Nº de Puxadas Nº de Puxadas /

Hora Trabalhada

1 14:15 180 763

2 05:15 93 1084

3 00:25 12 2880

4 02:14 70 1963

5 01:32 39 1773

TABELA III Puxadas de Mercadorias - TARDE

CarrinhoTempo de

Atendimento(minutos)

Nº dePuxadas

Nº de Puxadas /Hora Trabalhada

1 04:32 94 13052 04:05 69 10223 03:10 26 5034 01:50 34 13595 01:20 32 1599

Comentários Verbais:

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a) Sinto dores nas costas e coluna por causa da cadeira. b) O pedal do meu check-out às vezes cai no chão. O pedal é muito duro e força os pés. c) Na NCR ( máquina registradora) as teclas ficam duras e forçam os dedos, às vezes ela dispara. d) Tem pessoas que trabalham 12 horas e chegam em casa às 3 horas da manhã. O Carrefour deveria mudar isto. e) A maioria das pessoas devem horas extras ao Carrefour. f) Quando preciso ir ao banheiro às vezes demora 1 hora para ser atendida (receber autorização). g) Antes o Carrefour dava vale refeição para as pessoas que dobravam o turno. Agora o Carrefour tirou esses vales. Nós é que pagamos do nosso bolso. h) Algumas vezes somos revistados pela segurança do Carrefour. i) Muitas de nós já tomaram choque elétrico na máquina registradora e na botoeira de sinalização. j) A maioria de nós faz horas extras. O Carrefour exige as dobras. Eles pagam em folgas.

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k) Não temos armário individual. Existe muito roubo (vales, dinheiro, coisas pessoais) l) Todos os novatos na função são obrigados a dobrar 6ª e sábado m) Quando a vigilância sanitária interditou o Carrefour por 3 dias, todos os funcionários tiveram que fazer horas extras para compensar esses dias parados. VIII - COMENTÁRIOS FINAIS

Por ocasião das reuniões para preenchimento dos questionários, solicitou-se aos funcionários que fizessem livremente quaisquer comentários em relação ao seu trabalho.( ANEXO 3, questão 9 ).

Transcrevemos abaixo vários daqueles que foram apresentados,

de forma literal. Comentários Escritos: a) Queixas eu tenho muitas dores na coluna na nuca, eu chego chorar de dor, mais não me tiram do caixa de jeito nenhum eu não tenho condição de

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RICARDO SERRANO

pega caixa, eu queria fazer outro tipo de serviço menos caixa porque a dor é demais em minha coluna ataca todo meu corpo -Problema da coluna muita dor. b) Gostaria que não fosse obrigatório fazer horas extras: Além de ser cansativo , muitas vezes temos compromissos e somos obrigados a ficar até mais tarde: por isso que fiquei com tendinite : nas sextas e sábados trabalho 12:00 hs por dia.O salário sempre o mesmo e as horas eles dão folgas o dia que querem; nunca a sexta nem o sábado, acho isso um cúmulo absurdo. Minha opinião é para mudarem as máquina que estão muito velhas. Aumentar o salário esta muito baixo. Mudar as condições de trabalho em todos os sentidos. c) Adoro o meu trabalho; só não gosto de pequenas dores nos ombros, após o trabalho. d) Meu trabalho não é ruim, mas tem muitos defeitos a máquina registradora não esta em bom estado, a máquina de preencher os cheques e péssimas as cadeiras não são adequadas, falta de troco mas é na demora dos patinadores pois os clientes ficam furiosos e isso não faz bem para cabeça da gente, o salário é muito baixo para uma função que exige muito do funcionário, tanto no trabalho como em responsabilidade. Não há armários para todos os funcionários guardarem seus pertences e com isso some muita coisa.

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LEVANTAMENTO

FOTOGRÁFICO

DOS LOCAIS

DE

TRABALHO

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Foto n° 1

PROBLEMA: Operadora de caixa levantando mercadorias

pesadas. Isto se constitui em elemento crítico lesando principalmente o ombro e o punho esquerdos da operadora.

SUGESTÃO: Instituir uma regra para que sacas de arroz, caixas de leite, engradados de cerveja e outros volumes mais pesados sejam passados no próprio carrinho, objetivando menor desgaste da operadora e maior agilização no atendimento. Além disso, evita-se que o cliente retire tais mercadorias do carrinho para colocá-las na esteira, e posteriormente as reponha no carrinho.

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RICARDO SERRANO

PROBLEMA: Trabalhador com

dificuldade para introduzir os membros inferiores (pemas) por baixo da mesa de apoio da caixa registradora.Vão frontal considerado estreito, igual a 42 cm, quando o ideal seria 60 em.

SUGESTÃO: Para solucionar esta

situação, o fabricante deve ser solicitado a alterar o projeto desse equipamento, adequando-o ergonomicamente. Foto nº 02

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Foto n° 03

PROBLEMA: A Operadora de caixa está usando um tensor elástico para

punho, em virtude de problemas de L.E.R.(Lesão por Esforço Repetitivo).

SUGESTÃO: A trabalhadora deveria exercer outra atividade que não a de

operadora de caixa devido ao seu problema. Deveria estar afastada para sua melhor recuperação, evitando a execução de movimentos repetitivos com agravamento da lesão existente.

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ANEXO

FIGURA 1 CHECK-OUT - VISTA SUPERIOR

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FIGURA 2 CHECK-OUT - VISTA FRONTAL

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PORTARIA N. 3751 DE 26 DE

NOVEMBRO DE 1990PORTARIA N. 3751 DE 26 DE

NOVEMBRO DE 1990

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ANTROPOMETRIA

ANTROPO: Homem METRIA: Medidas

“É a ciência que estuda as dimensões dos segmentos corporais”

Page 97: livro de ergonomia

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1- ESTÁTICAS: São as dimensões do corpo humano,

na posição parada (alfaiate tirando medidas para fazer um terno).

2- DINÂMICAS: São as resultantes da execução de

alguma função pela pessoa (homem operando os controles de uma máquina: ângulos e alcances)

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MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS - ESTÁTICA HOMEM PARADO-EQUIPAMENTO DE MEDIÇÕES

B1

B2

B3

B4

B5

B6B7

B8

B9

B10

B1

B2

B3

B4

B5

B6B7

B8

B9

B10

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RICARDO SERRANO

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS - ESTÁTICA

LEGENDA

MEDIDA DESCRIÇÃO

B1 Assento- pé

B2 Sacro - poplítea

B3 Assento - cabeça

B4 Assento - olho

B5 Assento - ombro

B6 Assento - cotovelo

B7 Assento- altura da coxa

B8 Poplítea – extremidade do joelho

B9 Comprimento do pé

B10 Largura do pé

MEDIDA DESCRIÇÃO

B1 Assento- pé

B2 Sacro - poplítea

B3 Assento - cabeça

B4 Assento - olho

B5 Assento - ombro

B6 Assento - cotovelo

B7 Assento- altura da coxa

B8 Poplítea – extremidade do joelho

B9 Comprimento do pé

B10 Largura do pé

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RICARDO SERRANO

ÁREA DE ALCANCES ÓTIMO E MÁXIMO NA MESA, PARA O TRABALHADOR

SENTADO

(GRANDJEAN, (GRANDJEAN, -- 1983)1983)

ALCANCE ÓTIMOALCANCE ÓTIMO ÁREA ÓTIMA PARA TRABALHO COM AS DUAS MÃOSÁREA ÓTIMA PARA TRABALHO COM AS DUAS MÃOS

ALCANCE MÁXIMOALCANCE MÁXIMO

50 cm50 cm

5555--65653535--4545

2525

100100

160160

Medidas Antaropométricas Dinâmicas

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FICHA DE COLETA

DISTRIBUIÇÃO NORMAL

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(Curva de Gauss)

5% Medida menor: (homem ou mulher pequeno).

95% Medida maior: (homem ou mulher

grande).

5%5% 95%95%

XX

90%90%

5%5% 95%95%

XX

90%90%

5%5% 95%95%

XX

90%90%

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RICARDO SERRANO

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

9701 CAIXAS DE BANCO

CAPITAL INTERIOR TOTALHOMENS 281 442 723

MULHERES 396 259 655TOTAL 677 701 1.378

AGENCIAS 123 427 550

AGENCIAS

SORTEADAS

31 79 110

BANESPA= ESTADO DE SÃO PAULO

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RICARDO SERRANO

ALTURA DE BANCADAS PARA TRABALHO EM PÉ

5555--1010 88--2020

Trabalho de precisão Trabalho leve Trabalho pTrabalho de precisão Trabalho leve Trabalho p esadoesado

A DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA BANCADA DEPENDE DA ALTURA DO A DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA BANCADA DEPENDE DA ALTURA DO COTOVELO, COM A PESSOA EM PÉ, E A TAREFA QUE SERÁ EXECUTADA.COTOVELO, COM A PESSOA EM PÉ, E A TAREFA QUE SERÁ EXECUTADA.

5555--1010 88--2020

5555--1010 88--2020

Trabalho de precisão Trabalho leve Trabalho pTrabalho de precisão Trabalho leve Trabalho p esadoesado

A DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA BANCADA DEPENDE DA ALTURA DO A DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA BANCADA DEPENDE DA ALTURA DO COTOVELO, COM A PESSOA EM PÉ, E A TAREFA QUE SERÁ EXECUTADA.COTOVELO, COM A PESSOA EM PÉ, E A TAREFA QUE SERÁ EXECUTADA.

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RICARDO SERRANO

POSSIBILIDADE DE ALTERNÂNCIA DE POSIÇÕES

(Trabalhador sentado ou em pé)

Page 106: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

A Estatística na Antropometria

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DEZ CONSELHOS PARA EVITAR DESCONFORTO VISUAL

AO USAR SEU COMPUTADOR 1- Verifique se seu computador está recebendo

iluminação adequada, sem reflexos ou luzes frontais. 2- Posicione o monitor para baixo do nível de seu

olhar,com a tela perpendicular aos seus olhos. 3- Regule para o máximo de contraste,não de

intensidade. 4- Em processador de textos, utilize fundo escuro,com

letras claras e grandes. 5- Se necessitar de correção óptica, prefira os óculos

deixe as lentes de contato para as outras atividades. 6- Pisque voluntariamente,com freqüência. 7- Em sala com ar condicionado,use colírio de lágrima

artificial. 8- Em intervalos regulares, feche os olhos por alguns

instantes, relaxe, levante da cadeira e olhe para longe. 9- Mantenha sua correção óptica sempre atualizada. 10- Não despreze qualquer sintoma ocular, faça exame

oftalmológico completo regularmente.

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RICARDO SERRANO

ERGONOMIA DE PRODUTO

PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Page 109: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

BALCÃO LANCHONETE

1- O balcão não possui espaço para guardar os pertences (sacolas,

bolsas, etc.)

Page 110: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

2- Distância entre os bancos não é suficiente para o movimento entre as pessoas (Os cotovelos se encostam).

3- A distância entre os bancos e a parede do balção e

pequena. 4- O joelho apertado na parede do balcão.

Page 111: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

5- Altura do banco fixa- inadequada para pessoas altas. 6- Não existe apoio para os pés

Page 112: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

7- Profundidade do balcão inadequada (papel-prato).

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MAQUETE DO BALÇÃO DE LANCHONETE

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RICARDO SERRANO

- Banqueta fixa, não atende todas as pessoas. - Mesa de desenho, inadequada.

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RICARDO SERRANO

- Banqueta não possui apoio lombar. - Postura inadequada da aluna.

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RICARDO SERRANO

- Falta de apoio para os pés. - Postura inadequada do aluno.

Page 117: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Falta de local adequado para guardar o instrumental de

desenho (pincel, caneta, compasso).

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RICARDO SERRANO

- Local inadequado para guarda dos pertences pessoais

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RICARDO SERRANO

ERGONOMIA DE CORREÇÃO (Modificações)

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RICARDO SERRANO

Page 121: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

RISCOS HERGONÔMICOS

PANELEIRAS DE GOIABEIRAS

VITÓRIA - ESPIRITO SANTO

Page 122: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

QUAL FOI NOSSO PONTO DE PARTIDA?

•“As paneleiras, artesãs que fazem as panelas de barro, estão com vários problemas de saúde que podem vir do trabalho: dores nos braços, dores no peito, dores na coluna, dores e inchaço nas pernas, pressão alta...”

•Como é possível que uma artesã, dona do seu próprio trabalho, possa ter problemas de saúde mais comuns nos empregados das fábricas, que trabalham por imposição e recebem maus salários?

Page 123: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

Existe um jeito de ver como as pessoas adoecem que é chamado de SAÚDE DO TRABALHADOR e que diz o seguinte:

1-) O trabalho é tão importante para a vida das pessoas, que sem ele elas podem sofrer ou adoecer, inclusive por não terem como adquirir coisas para sua sobrevivência;

2-) Como passamos o maior tempo de nossa vida dedicada ao trabalho, para saber como um grupo de trabalhadores vive e adoece é preciso entender como é seu processo de trabalho, quais as cargas de trabalho a que estão submetidos e como se manifesta o desgaste desses trabalhadores;

Page 124: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

SAÚDE DO TRABALHADOR

Apesar dos médicos saberem muito sobre as doenças, quem mais sabe sobre como se vive, trabalha, sofre e adoece são os próprios trabalhadores.

Portanto, para estudar de como se adoece no trabalho, é fundamental que os próprios trabalhadores se envolvam nessa investigação e compreensão, não aceitando a opinião dos técnicos como as únicas verdades.

Page 125: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

O QUE É SER PANELEIRA?

• “É uma arte”

• “É uma distração”

• “É um trabalho como outro qualquer”

• “É uma profissão”

• “É a profissão que podemos ter”

• “É uma tradição que passa de mãe para filha,desde há muito tempo”

• “É manter uma tradição da cultura do Estado do Espírito Santo”

• “É ser reconhecido na sociedade pelo valor cultural”

• “É um trabalho que nos criou e é nosso meio de sobrevivência”

Page 126: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• “É ser independente e poder comprar coisas que desejo”

• “É ser dono do próprio trabalho e não ter patrão”

• ‘É trabalhar numa atividade muito desgastante e não ter escolha”

• “É viver a angústia da concorrência com as panelas fitas com torno”

• “É não ter certeza da subsistência amanhã”

Page 127: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

ALGUMAS VARIAÇÕES ENTRE

AS PANELEIRAS

• As mais velhas têm mais segurança quanto à sobrevivência do que as mais novas, que não acreditam mais nessa tradição.

• Apesar das muitas semelhanças,as

condições do trabalho realizado nas residências tem diferenças do trabalho realizado no galpão da Associação.

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RICARDO SERRANO

PRINCIPAIS CARGAS DE TRABALHO ENCONTRADAS NO TRABALHO DAS PANELEIRAS

EM GERAL

• A idade média foi de 43 anos, com variação entre 24 e 73 anos.

• O tempo médio de trabalho como paneleira foi de 23 anos, com variação entre 6 e 63 anos.

• 40% trabalha mais de 8 horas por dia.

• Mais da metade trabalha até no sábado e algumas também no domingo.

Page 129: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• Têm pouco tempo para o almoço.

• As pausas que realizam no trabalho

não são suficientes para se refazer do cansaço da jornada de trabalho.

• Existe sobrecarga de trabalho: quantidade excessiva de trabalho, realizam muito esforço físico e as bancadas e cadeiras que usam não são confortáveis e adequadas.

Page 130: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

CARGAS DE TRABALHO EXISTENTES NAS RESIDÊNCIAS

• Têm um maior número de solteiras e muito dos maridos daquelas que são casadas não trabalham fora.

• Têm maior tempo de trabalho como paneleiras.

• Têm menos tempo ainda de almoço e nunca realizam outras pausas.

• Muitas não recebem adequadamente as informações para a realização do seu trabalho.

Page 131: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

• Existe pressão de clientes. • Grande desgaste psíquico devido à

preocupação com as vendas.

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RICARDO SERRANO

CARGAS DE TRABALHO EXISTENTES NO TRABALHO

REALIZADO NO GALPÃO

• São relativamente mais jovens e em

maior número casadas.

• Trabalham mais dias da semana.

• Muitas referiram haver pouca amizade e solidariedade entre as colegas.

• Referiram em maior proporção a sobrecarga de trabalho com muito esforço físico,quantidade de trabalho excessivo e as bancadas e cadeiras inadequadas.

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RICARDO SERRANO

• Referiram em maior proporção haver contato com cargas químicas e físicas perigosas, principalmente o calor.

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RICARDO SERRANO

PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SAÚDE DIAGNOSTICADOS NA

AVALIAÇÃO MÉDICA Excesso de exercícios e movimentos vigorosos ou repetitivos(LER/DORT)...................................................... 57,1

Hipertensão arterial essencial............................................. 36,7

Varizes dos membros inferiores......................................... 24,5

Outras artroses.....................................................................18,4

Cefaléia................................................................................. 14,3

Lombociatalgia..................................................................... 12,2

Ansiedade............................................................................. 10,2

Episódio depressivo..............................................................10,2

Diabetes Mellítus................................................................. 10,2

Eosinofilia............................................................................. 10,2

Distúrbio do sono................................................................... 8,2

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RICARDO SERRANO

LER/DORT

Foi maior para: a) As de maior idade. b) As com maior tempo de trabalho

como paneleira.

HIPERTENSÃO ARTERIAL foi maior

para: a) As de maior idade. b) As de maior tempo de trabalho como

paneleira, seguidas das com menos tempo.

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RICARDO SERRANO

SOFRIMENTO PSÍQUICO NO TRABALHO

Suspeita de apresentar distúrbios

psiquiátricos menores: 72,9% das paneleiras/artesãos.

PRICIPAIS SINTONAS

Sente-se nervoso, tenso e preocupado.................... 100%

Sente-se cansado o tempo todo............................... 79,6%

Tem se sentido triste ultimamente......................... 75,5%

Cansa-se com facilidade.......................................... 65,3%

Tem tido dificuldade para realizar com satisfação suas atividades diárias............................................................. 61,2%

Tem tido dificuldade para pensar com clareza..... 57,1%

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RICARDO SERRANO

MODIFICAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO NAS ÚLTIMAS

2 - 3 GERAÇÕES 1-) O bairro de Goiabeiras mudou e as

paneleiras mudaram também. 2-) Viver no meio da cidade significou

mais exposição pública, que determinou modificações para uma melhor apresentação das paneleiras.

A vergonha da sujeira levou a que aquelas de meia-idade passassem a trabalhar em pé.

3-) O trabalho em pé possibilitou também

aumentar o ritmo de trabalho e despertou o sentimento de maior capacidade da pessoa pela quantidade que ela produz.

Page 138: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

4-) O aumento do ritmo de trabalho

mostrou a possibilidade de maior produtividade e maiores rendimentos.

5-) A concorrência com as panelas feita

com torno faz com que não queiram perder nenhum cliente.

6-) O aumento do ritmo faz perder o

controle sobre o próprio corpo. 7-) A perda do controle sobre o próprio

corpo faz com que seja desgastado e não consiga recuperar-se.

8-) O desgaste traz doenças osteomusculares, pressão alta, problemas emocionais, etc.

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RICARDO SERRANO

PROCESSO DE TRABALHO

ETAPAS

DE

CONFECÇÃO DA

PANELA DE

BARRO

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RICARDO SERRANO

TÉCNICAS DE CONFECÇÃO DA PANELA DE BARRO Pasta: a argila é utilizada sem qualquer alteração da

sua constituição original. Essa argila apresenta-se compacta, sendo formada por feldspato, mica, argilitos, areias e grânulos de quartzo e gneiss. Tecnicamente, pode ser classificada como grosseira pela visualização dos fragmentos de rocha e por conter uma quantidade de matéria orgânica.

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RICARDO SERRANO

A argila tem um tratamento no local de extração para uma primeira eliminação de matéria orgânica e dos grãos de areia mais grossos. Depois de retirada é aglomerada em formato de uma “bola”, sendo então guardadas em compartimentos apropriados, e hidratadas, quando necessário.

Método de manufatura: a técnica de confecção das panelas de barro e a “modelagem”. As artesãs retiram uma quantidade de barro suficiente para a modelagem de uma peça.

Page 142: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

A seguir, amassa-se a argila hidratando-a, quando necessário, para obter uma melhor plasticidade. Nessa oportunidade, retira-se da argila as impurezas Que vão aparecendo. Esse núcleo é colocado sobre um pedaço de tábua com superfície plana, o que vai facilitar a artesã na movimentação da peça no momento de sua confecção.

Após, é feita uma abertura no centro do núcleo e nesse

ato é definido o formato da peça. A partir daí, modela-se o objeto com uma série de movimentos, inicialmente usando as mãos. A panela começa a tomar os contornos desejados, ato que as paneleiras chamam de “puxar a panela’, porque ela é constantemente alisada ainda pelas mãos e depois por diversos

Page 143: livro de ergonomia

RICARDO SERRANO

tipos de materiais, como casca de coco, pedaços de cuité e espátulas de madeira, ou até objetos de metal.

As cascas de coco e cuité, por terem sua superfície arredondada, são utilizadas para dar os contornos abaulados, principalmente da parte externa das panelas.

No processo de moldagem, as paneleiras controlam a espessura da peça e as sobras vão aparecendo na parte da borda e são constantemente retiradas e reintroduzidas no corpo da panela.

Para o acabamento, principalmente da borda, são usados os dedos para um alisamento perfeito e determinação da espessura. Após tomar o formato desejado, a peça é retirada da madeira para raspagem e eliminação do excesso de argila e dar forma a base, normalmente com um objeto de metal denominado de “arco’.

Nessa etapa é verificado se dentro da argila encontram-se bolhas de ar.

“...Reconhecem o “ar” ao deitar a faca e deslizá-la na parte externa do objeto.

Quando a peça necessita de um melhor acabamento é utilizado um objeto metálico, quase sempre uma faca, para alisamento do corpo da peça que geralmente é levemente umedecida. Depois a peça é colocada para secar e eliminar o máximo de água da argila.

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Após a secagem, a peça passa por um processo de tratamento de superfície, com a raspagem e o alisamento feito com um seixo rolado “passado com uma certa pressão na superfície das peças para eliminar as saliências provocadas pela grande quantidade de areia da argila. Os grãos de areia maiores, visíveis na superfície, são retirados e os outros fixados na pasta pela pressão do seixo rolado. Os sinais desse alisamento são bem visíveis depois da peça pronta.

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RICARDO SERRANO

Queima: após concluído o tratamento de superfície, as panelas de barro são colocadas novamente para secagem e eliminação total de água da argila ficando então prontas para a queima.

Todo processo da queima se dá ao ar livre e é realizado quando duas ou mais paneleiras possuem peças para

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RICARDO SERRANO

queimar. Os trabalhos são feitos de forma conjunta, com determinação de funções específicas.

Prepara-se uma “cama” de madeira com superfície plana onde são colocadas todas as peça secas. Todo o vasilhame destinado à queima é cuidadosamente coberto por pedaços de madeira, geralmente leves e bem secos. O fogo é ateado em uma das “cabeceiras da cama” dando início à queima.

As paneleiras preferem que a queima seja feita com vento soprando do nordeste ou norte e que sua velocidade seja moderada, porque o vento forte queima mais rapidamente a madeira e as panelas não ficam no ponto desejado. Quando não há vento ou sua intensidade é fraca as paneleiras mais antigas “chamam o vento” assobiando.

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A medida que a madeira vai sendo queimada, as panelas são retiradas para receber o tingimento de tanino.

Para isso, cada artesã escolhe um lugar ao redor da “cama” de queima e deixa ao seu lado um vasilhame com tinta do tanino, que foi previamente preparada, juntamente com um açoite, feito com um maço de “vassourinha do campo”, arbusto natural do local, também chamado de muxinga, e um pedaço de madeira. Além disso, a artesã mantém ao seu lado um pedaço da casca da árvore do mangue e um pequeno rolete de argila para

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utilizar quando as peça apresentarem fraturas. Depois dessa preparação, as peças vão sendo retiradas da “cama” ainda quentes, com um gancho com terminal metálico e imediatamente açoitadas com tinta tanino.

A artesã, que mantém na mão esquerda um pedaço de madeira, utilizado para fazer a panela mudar de direção, realiza movimentos rápidos e com isso vai tingindo todo o vasilhame com o tanino.

Não se tem precisão sobre o grau de temperatura do fogo para a queima da cerâmica.

Comparando com outras situações idênticas no Brasil e observações feitas nos locais de queima, verifica-se que a

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temperatura no ato da queima ao ar livre não ultrapassa os 400º C.

Durante o processo da queima algumas peças se quebram. Umas, por ainda não estarem totalmente secas e, outras, por terem no interior uma grande quantidade de bolhas de ar. Essas bolhas de ar, na maioria das vezes, aparecem em função da queima da matéria orgânica que eventualmente não foi retirada no ato da confecção das panelas. É raro a quebra de panelas devido a má preparação da argila, principalmente de seu amassamento.

Depois de confeccionadas e queimadas as panelas de barro apresentam as seguintes características técnicas:

Textura: geralmente a cerâmica apresenta uma boa

textura em função das técnicas de manufatura. Os elementos que constituem a argila também

contribuem para uma boa compactação da pasta e para eliminação quase total das bolhas de ar.

As peças que apresentarem pequenas fraturas são recuperadas logo após a queima com a aplicação do líquido do tanino ou mesmo pela aplicação direta da casca do tanino, cuja resina faz com que esses trincamentos desapareçam. Quando a espessura do trincamento é muito grande ( excedendo a 0,3 a 0,5 cm), é aplicada uma pequena quantidade de argila. Nesse

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momento, em função da temperatura da panela, a argila aplicada é rapidamente assimilada sem a necessidade de voltar ao fogo.

Dureza: medida pela escala de Mohls e alcança de 3,5

a 4 graus de dureza. Formas: atualmente são as seguintes as formas

confeccionadas pelas paneleiras de goiabeiras; assadeiras, caldeirão, frigideiras, panelas, etc.

Fonte: texto tirado da série memória viva – As Paneleiras- Autoria: PMV- Prefeitura Municipal de Vitória- ES.

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COMENTÁRIOS VERBAIS - QUEIXAS E OPINIÕES

Por ocasião das observações em campo

solicitou-se as paneleiras que fizessem livremente quaisquer comentários a respeito do seu ambiente de trabalho (criticas e sugestões).

Transcrevemos ao final do relatório de

forma literal os depoimentos mais significativos daqueles que foram apresentados ( comentários Verbais).

a) Sinto dores nos braços e nas costas por

causa da altura da bancada de trabalho. b) Precisa mudar a altura da mesa.

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c) Trabalho ha 13 anos na profissão de paneleira ás vezes canso a munheca por causa de pegar as panelas grandes, as vezes passo álcool e faço massagem para a dor. Mas tudo isso agente supera.

d) Quando eu faço panela costumo cantar,

fazer orações, hino de louvor isso ajuda passar o tempo, distrair, é uma terapia.

e) Fica difícil suspender a panela, muitas

vezes é pesada. f) Faço panelas ha 63 anos me doe os

ombros e braços as vezes. g) Sinto dores nas pernas, o meu pé incha

de tanto ficar em pé.

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h) Prefiro trabalhar em pé pois o serviço rende mais.

i) Em média faço 30 peças de panela

tamanho médio por dia, quando faço mais sinto dores fortes nas mãos.

j) Na área de queima para cada açoitadeira

deveria existir uma cobertura para fugir do sol.

ANÁLISE ERGONÔMICA

O ambiente acima descrito, foi analisado sob a ótica das medidas de proteção ao trabalho preconizadas pela Norma Regulamentadora 17- NR 17 da Portaria 3214/78 e suas atualizações, e o resultado está apresentado conforme subitens a seguir definidos:

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ANTROPOMETRIA E BIOMECÂNICA

Introdução O projeto incorreto da área de trabalho, bem como dos

equipamentos, ferramentas e meios auxiliares nelas existentes, impõe ao trabalhador, solicitações excessivas e desnecessárias que resultam normalmente em:

• lombalgias no operário; • menor conforto e fadiga precoce do operário; • sensíveis perdas de produtividade do operário; • grande incidência de erros na execução do trabalho; • ausências constantes ao trabalho; • acréscimos consideráveis nos cistos operacionais; • menor rentabilidade da empresa. É portanto, de fundamental importância que a área de

trabalho, seu arranjo, equipamentos e ferramentas nela existentes, sejam bem projetadas. Para tanto, é necessário que as mesmas estejam adaptadas às capacidades psico-fisiológicas – antropométricas e biomecânicas humanas.

Para atingir este objetivo deve-se, portanto, conhecer as capacidades e limitações humanas.

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CONCEITOS E OBJETIVOS DE ANTROPOMETRIA

A Antropometria é definida como o estudo das medidas das várias características do corpo humano. Abrange principalmente o estudo das dimensões lineares, diâmetros, pesos, centros de gravidade do corpo humano e suas partes. Utiliza, ainda, os dados da biomecânica, estudando, nesse âmbito, ângulos, velocidade, aceleração, forças e espaços advindos de movimentos do corpo humano e suas partes.

No projeto de arranjo e espaço de trabalho, bem como de equipamentos, o ideal seria adaptar cada um deles ao seu respectivo operador. Mas isto, em geral, é tecnicamente inviável por impossibilitar a fabricação de máquinas em série, acarretando assim altos custos de fabricação e baixa produtividade. O ideal, técnica e economicamente, seria então fazer o estudo visando atender à maior faixa possível de utilizadores, dentro de um limite ótimo de custos.

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MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ESTÁTICAS E DINÂMICAS

Para a execução deste estudo torna-se necessário o conhecimento das medidas estáticas e dinâmicas do corpo humano.

As medidas estáticas são as dimensões físicas do corpo humano, na posição parada.

As medidas dinâmicas são as resultantes da execução de alguma função pela pessoa. Descrevem, portanto, a pessoa como um organismo funcionando em movimento, tal como quando operando os controles de uma máquina, estando, portanto, este estudo dentro do campo da biomecânica.

Foram realizadas medições antropométricas estáticas e dinâmicas nas bancadas de trabalho das paneleiras os resultados são apresentados a seguir:

As bancadas de trabalho apresentam alturas que variam (chão x superfície de trabalho) de 0,80 cm, 0,88 cm, 0,89 cm, 0,91 cm e 0,93 cm. Algumas bancadas ficam muito altas para a realização dos serviços.

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RESULTADOS E CONCLUSÕES

A NR-17 (ergonomia) no seu item 17.3- Mobiliário dos postos

de trabalho- subitem 17.3.2 diz:

“ Para o trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais “.

Sobre esses aspectos verificamos que nenhuma das bancadas de trabalho existentes possibilitam posicionamentos e movimentos adequados dos segmentos corporais das paneleiras por estarem com dimensões antropométricas inadequadas. Além de possuir um fechamento frontal que impede a movimentação dos membros inferiores.

A característica das superfícies de trabalho não são compatíveis com o tipo de atividade.

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A área de trabalho é de difícil alcance para execução dos serviços.

Portanto não atendem aos requisitos do item 17.3 subitem 17.3.2 ( a, b, c, ) da NR-17 (ergonomia)

Conclui-se que todas as bancadas de trabalho devem ter 0,90 cm de altura (chão x superfície de trabalho) de acordo com estudos antropométricos realizados.

Devem ser confeccionadas plataformas (superfícies) de madeira para que as pessoas mais baixas possam trabalhar adequadamente.

As plataformas devem ser confeccionadas de madeira (compensado) de 2,0 cm de espessura, com 45,0 cm de comprimento e 30,0 cm de largura.

Sua altura deverá ser de 11,0 cm.

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Foram realizadas medições antropométricas dinâmicas para determinar a área de alcance ótimo e máximo nas bancadas de trabalho para o trabalhador em pé.

Solicitou-se que as paneleiras fizessem movimentos em semicírculo com a mão direita e esquerda, riscando com um pincel atômico superfície de trabalho. Com isso pudemos avaliar a área de alcance ótima para o trabalho com as duas mãos ( alcance máximo e alcance ótimo).

Após essa medição constata-se que a profundidade de todas as bancadas de trabalho devem ser de 80 cm.

As bancadas atuais variam a profundidade de 0,80 cm, 0,83 cm, 1,05 cm, e 1,12 cm.

(GRANDJEAN, (GRANDJEAN, -- 1983)1983)

ALCANCE ÓT IMOALCANCE ÓTIMO ÁREA ÓTIMA PARA TRABALHO COM AS DUAS MÃOSÁREA ÓTIMA PARA T RABALHO COM AS DUAS MÃOS

ALCANCE MÁXIMOALCANCE MÁXIMO

50 cm50 cm

5555 --65653535--4545

2525

100100

160160

Fig.: Alcance ótimo e máximo na mesa, para o trabalho sentado.

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RESULTADO DO ESTUDO BIOMECÂNICO REALIZADO COM AS PANELEIRAS.

MEDIÇÕES ANTROPOMÉTRICAS DINÂMICAS

(ALCANCES BIOMECÂNICOS).

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As fotos mostram os movimentos biomecânicos (área de alcance ótimo e máximo) na bancada de trabalho realizado pelas paneleiras.

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As fotos mostram os movimentos biomecânicos ( área de alcance ótimo e máximo ) realizado pelas paneleiras nas bancadas de trabalho. Os riscos brancos na superfície da bancada de trabalho registram a área de alcance para execução dos serviços.

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ASSENTOS PARA DESCANSO, CUIDADOS POSTURAIS PARA TRABALHAR E EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS

A NR-17 (ergonomia) no seu item 17.3- Mobiliário dos postos

de trabalho, subitem 17.3.5 diz:

“Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas”.

Nas visitas realizadas nos locais de trabalho pode-se constatar que não existe assentos para descanso nas bancadas de trabalho.

Verificou-se também que a grande maioria das paneleiras trabalham o tempo todo em pé.

Portanto, recomenda-se que: No galpão sejam colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante o trabalho e pausas para descanso.

CUIDADOS POSTURAIS

Uma série de cuidados pode ser ensinada às paneleiras, principalmente para evitarem posturas viciosas desnecessárias. A conscientização dos riscos e da forma de evitá-los ou minimizá-los, pode resultar em que as paneleiras assumam melhores posturas na realização de

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seu trabalho. E, indiretamente, uma atitude mais positiva diante de pequenas queixas.

Portanto, recomenda-se que: Todas as paneleiras participem de palestras, e que recebam treinamentos de como cuidar da sua postura para trabalhar.

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EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS

Como todos nós sabemos, essas trabalhadoras, em geral estão entre os profissionais sujeitos às chamadas lesões por esforços repetitivos, em função da sua rotina de trabalho. Essas lesões são consideradas como doenças profissionais. A tenossinovite (doença nas articulações das mãos) é uma delas.

Portanto, recomenda-se que: Seja promovido exercícios específicos entre as paneleiras, como ginástica laborativa.

Ginástica laborativa são exercícios feitos antes da realização das tarefas. São exercícios de alongamento e relaxamento que evitam a fadiga muscular.

DETERMINAÇÃO DA FAIXA DE UTILIZADORES

O limite máximo da faixa de utilizadores no projeto seria evidentemente uma faixa de 100%, ou seja, toda a população dos utilizadores. Entretanto, para esta faixa, o projeto em geral é técnica e/ou ergonomicamente inviável. Por isso, num projeto objetiva-se, em princípio, a sua adaptação às características dimensionais de, no mínimo 90% dos utilizadores, ou seja, pessoas cujas dimensões variam entre os padrões 5% e 95%.

O que significa pessoa – padrão 5%?

O percentual pessoa 5% significa que apenas 5% das pessoas que fazem parte do levantamento antropométrico considerado, têm

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dimensões ou capacidades físicas inferiores à deste padrão 5%. Ou, ainda, que 95% das pessoas deste mesmo levantamento têm dimensões ou capacidades físicas superiores à deste padrão 5%.

O que significa pessoa – padrão 95%?

Da mesma forma, o percentual pessoa 95%, significa que 95% das pessoas do levantamento considerado têm dimensões ou capacidade físicas inferiores e que apenas 5% têm dimensões ou capacidades físicas superiores a este padrão.

CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DAS MEDIDAS HUMANAS

O tratamento dos dados antropométricos pelos métodos estatísticos, resulta em geral quanto às medidas antropométricas em uma curva de distribuição normal.

ANTROPOMETRIA ESTÁTICA

Valores de antropometria estática dados do Instituto Nacional de Tecnologia- INT- Rio de Janeiro. e considerações ergonômicas.

As tabelas que seguem apresentam resultados de um levantamento antropométrico realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia – INT- (Rio de Janeiro) ERGOKIT- onde estão relacionadas as dimensões estáticas do corpo humano. Este levantamento determinou

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dados antropométricos aplicáveis a estudos de espaço de trabalho, determinação de altura de bancadas e assentos. Observem que os dados são apresentados não somente em termos de uma pessoa média (50%), pois tais valores não fornecem indicações sobre as dimensões externas superiores e inferiores das pessoas (95% e 5%).

As dimensões abaixo relacionadas foram aplicadas para determinar a altura das bancadas de trabalho e assentos utilizados no Galpão da Associação das paneleiras de Goiabeiras.

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DISPOSITIVO - CAVALETE ROTATÓRIO PARA MODELAGEM DAS PANELAS DE BARRO

Foi construído um dispositivo rotatório para modelagem das panelas de barro que permite movimentar a panela sem ter que levanta-la, permitindo com que a modelagem seja feita sem levantar a bandeja e panela de barro . Esse dispositivo permite movimentos mais confortáveis para a modelagem.

Da forma com que o trabalho de modelagem das panelas de barro era feito, as paneleiras se queixavam de dores nas mãos, braços , punho, e ombros. Com a implantação desse dispositivo as queixas de dores serão reduzidas.

Dispositivo sendo testado na modelagem da Panela de Barro.

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RESULTADOS E CONCLUSÕES

Para solucionar esta situação é necessário que sejam

confeccionados dispositivos de modelagem rotatórios conforme mostram as fotos.

CAVALETE DE MODELAGEM RECOMENDADO PARA PANELA DE BARRO

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BASE SUPERIOR DO DISPOSITIVO DE MODELAGEM

DESCRIÇÃO DO MATERIAL:

1-) Madeira com 2,0 cm de espessura, pintada com tinta óleo.

2-) Bandeja de madeira com 39,0 cm de diâmetro .

3-) Quatro rodinhas com 3 cm de diâmetro ( rotatórias).

4-) Chapa em aço de forma retangular de 7,0 cm x 4,5 cm com espessura de 3mm.

5-) Eixo central em aço com 6,0 cm de comprimento e 1,0 cm de diâmetro.

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BASE INFERIOR DO DISPOSITIVO DE MODELAGEM

DESCRIÇÃO DO MATERIAL:

1-) Madeira com 2,0 cm de espessura, pintada com tinta óleo.

2-) Diâmetro da circunferência da madeira ( bandeja) 39,0 cm.

3-) Chapa de aço de forma retangular de 7,0 cm x 4,5 cm, com espessura de 3mm, furada ao centro com 1,0 cm de diâmetro.

4-) Quatro parafusos auto atarraxante.

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VISTA DO DISPOSITIVO DE MODELAGEM COM AS DUAS BASES (BANDEJAS) SOBREPOSTAS AO EIXO CENTRAL

BARRA DE ENCAIXE PARA REGULAGEM DE ALTURA DO DISPOSITIVO DE MODELAGEM.

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ESTAR A FRENTE

VOCÊ JÁ REPAROU COMO ENTRE TANTAS PESSOAS QUE FAZEM EXATAMENTE A MESMA COISA

SEMPRE EXISTEM AQUELAS QUE ENCONTRAM UMA MANEIRA

DE FAZER MELHOR? GENTE QUE SE SUPERA.

GENTE QUE INSISTE, PERSISTE, QUE ACREDITA TANTO NAS SUAS

IDÉIAS QUE NÃO DESCANSA ENQUANTO NÃO CONSEGUE

COLOCÁ-LAS EM PÉ. ESSE É O TIPO DE GENTE QUE VOCÊ

RECONHECE DE LONGE. PORQUE ESTÁ A FRENTE, SERVINDO DE EXEMPLO,

SERVINDO DE REFERÊNCIA PARA TODOS AQUELES QUE VÊM DEPOIS.

SÃO PESSOAS ASSIM QUE MOVEM O MUNDO E AMPLIAM HORIZONTES.

SÃO PESSOAS ASSIM QUE FAZEM AS COISAS ACONTECEREM.

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Portaria N.° 3.751 de 23 de novembro de 1990. O MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL, no uso de suas atribuições; CONSIDERANDO o disposto no Titulo II, Capítulo

V, da Consolidação das Leis do Trabalho com a redação dada pela lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1997;

CONSIDERANDO o estatuído no Decreto n° 127, da

Organização Internacional do Trabalho; CONSIDERANDO que a experiência mostrou a

necessidade de adequação da Norma Regulamentadora n°. 17 – Ergonomia, inserida da Portaria MTb/GM n.° 3223 de 29 de junho de 1989, resolve:

Art. 1°. - Fica alterada a Norma Regulamentadora n°.

17 – ERGONOMIA, nos termos do ANEXO constante desta Portaria.

Art. 2°. - Os empregadores terão 90 dias para se adaptarem às novas exigências introduzidas pela NR – 17,

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contados a partir da publicação desta Norma, ressalvando o disposto no art. 3°. Da presente Portaria.

Parágrafo Único – A partir da data em que se esgotar

o prazo de 90 dias a que se refere o Art. 1°., ficarão automaticamente revogados o subitem 15.1.2, o Anexo n° 4 e o item 4 do Quadro de Graus de Insalubridade, todos da NR n° 15, inserida na Portaria MTb/GM/ n°. 3214/78.

Art. 5°. Esta Portaria entra em vigor na data de sua

publicação. Art. 6°. Revogam-se as disposições em contrário,

especialmente a Portaria MTPS/GM n° 3.435 de 19 junho de 1990, a Portaria MTPS/GM n° 3.618 de 21 de setembro de 1990 e a Portaria MTPS/GM n° 3.697 de 24 de outubro de 1990.

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NR-17 - ERGONOMIA

17.1 - A Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1 - As condições de trabalho incluem aspectos, relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.

17.1.2 - Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.1 - Para efeito desta Norma Regulamentadora:

17.2.1.1 - Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um

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só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

17.2.1.2 - Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que a inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de carga.

17.2.1.3 - Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos.

17.2.2 - Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.

17.2.3 - Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

17.2.4 - Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos apropriados.

17.2.5 - Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança.

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17.2.6 - O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsao ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforco físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

17.2.7 - O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1 - Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.

17.3.2 - Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

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b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.

17.3.2.1 - Para trabalho que necessite tambem a utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comando para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabaIho a ser executado.

17.3.3 - Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) altura ajustável a estatura do trabalhador e a natureza da função exercida;

b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;

c) borda frontal arredondada;

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

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17.3.4 - Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

17.3.5 - Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho.

17.4.1 - Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser executado.

17.4.2 - Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve:

a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;

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b) ser utilizado documento de fácil legibilidade, sempre que possível, sendo vedada a utilização de papel brilhante ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.

17.4.3 - Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo, devem observar o seguinte:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;

c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;

d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.

17.4.3.1 - Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de video forem utilizados eventualmente, poderão ser dispensadas as exigências previstas no

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subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.

17.5 - Condições ambientais de trabalho.

17.5.1 - As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psico-fisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser executado.

17.5.2 - Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO.

b) índice de temperatura efetiva entre 20 e 23º C.

c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.

d) umidade relativa ao ar não inferior a 40% (quarenta por cento).

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17.5.2.1 - Para as atividades que possuem as características definidas no subitem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.

17.5.2.2 - Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos a zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

17.5.3 - Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.

17.5.3.1 - A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.

17.5.3.2 - A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

17.5.3.3 - Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.

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17.5.3.4 - A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.

17.5.3.5 - Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4 este será um plano horizontal a 0,75 m do piso.

17.6 - Organização do trabalho.

17.6.1 - organização do trabalho deve ser adequada às características psico-fisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.6.2 - A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:

a) as normas de produção;

b) modo operatório;

c) a exigência de tempo;

d) a determinação do conteúdo de tempo;

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e) o ritmo de trabalho;

f) o conteúdo das tarefas.

17.6.3 - Nas atividades que exijam sobrecarga muscular a estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonocoletivos de trabalho, observar o seguinte:

a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;

b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;

c) tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que no período de tempo restante à jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observando o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;

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d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo; uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados não deduzidos na jornada normal de trabalho;

e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciada em níveis inferiores ao máximo estabelecido na alínea b e ser ampliada progressivamente.

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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“Pensou conforto, pensou

Cavaletti”