livro contabilidade e gestão

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Contabilidade e gestão para Clóvis Luís Padoveze Miltes Angelita M. Martins Página: M IC R O J E IP E Q U E IW S; EMBRESAS . ■.■ ..... . ■ ■.. ■ '■ .■■■■•.;

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  1. 1. C o n t a b i l i d a d e e g e s t o p a r a Clvis Lus Padoveze M iltes Angelita M. Martins Pgina: M IC R O J E IP E Q U E IW S ; EMBRESAS ..........'..;
  2. 2. DIALGICASRIEGESTOFINANCEIRA O solo DIALGICA da Editora InterSaberes faz referncia s publicaes que privilegiam uma linguagem na qual o autor dialoga com o leitor por meio de recursos textuais e visuais, o que torna o contedo muito mais dinmico. So livros que criam um ambiente de interao com o leitor - seu universo cultural, social e de elaborao de conhecimentos possibilitando um real processo de interlocuo para que a comunicao se efetive. j I c>
  3. 3. Clvis Lus Padoveze Contabilidade Miltcs Angelita M. M artins ^ ^ e gesto para micro e pequenas empresas
  4. 4. A t A t o i t o r a intersaberes Av. Vicwtlo ilic h a d * jijr y ' andai Centro.CF.P 80420-010. Curitiba . PK Brasil Fone: (.ft) a(03*7506 wwwi-dltoMintcrsibcro.com.br editora*txlitoraintcniabvrcvcombr C ooaelh odiiof ii Dr. Ivojos Bolh (presidente) Dr-. Elena Godov Dr. Nelson Luis Dias Dr. Ulf Grcgor Baranow EdHar*Mtcntc Ariadne Nunes Wenger cajM D o lg n Las Galvo dos Santos Ilustraes Adriano Pinheiro rKpon^o d minUiur Mayra Yoshisawa IVofetogrfico Raphael Bernadelli l*odl.Vo. JOM FofeHoo dcpAsito legal. n.u!o% Internacional* de Catalogao ru Publlcao mprea* |livro eleuAnic|jlvli U l t tW * ir M M lbn AugcllU M M K t:M < n lci Curitiba 1 u
  5. 5. u / im n ^ s is O - Como aproveitar ao mxim o este livro 9 Introduo# 13 I Micro e pequenas empresas 17 i.i Campo de atuao do microemprccndcdor individual e das microempresas 25 1.2 Franquias 32 1.3 Caractersticas diferenciais das micro e pequenas empresas 35 1.4 Enquadramento como micro e pequena empresa 36 Regulamentao das micro e pequenas empresas 41 Registros das micro e pequenas empresas 59 3.1 Os processos de formalizao 64 Z 2.1 Entidades de apoio e pesquisa 47
  6. 6. Contabilidade para micro e pequenas empresas 81 Fundamentos da contabilidade 85 4.2. Fundamentos da estrutura contbil 95 4.3 A metodologia contbil 99 4.4 O estudo das contas contbeis 103 4 Introduo ao lanamento contbil 106 4.6 Relatrios contbeis bsicos 118 4.7 Registros contbeis 122 4.8 A estrutura da contabilidade brasileira 135 4-9 Introduo aos princpios o s prticas contbeis 138 4.10 Relatrios essenciais 143 4.11 Balano Patrimonial 145 4.12 Demonstrao do Resultado do Exerccio 150 4.13 Exemplo numrico de demonstraes contbeis 157 4.14 Notas explicativas 169 4.15 Gerenciando os custos 171 Planejamento tributrio 221 5.1 Classificao dos tributos para fins contbeis e gerenciais 223 5.2 Tributos sobre compra e venda de mercadorias 226 5 3 Tributos sobre vendas: empresas enquadradas no Simples 237 5.4 lributos sobre o lucro 243 5.5 Tributos na formao de preos de venda 250 5.6 Cesio 0 planejamento tributrio 251
  7. 7. Investim ento e financiam ento 259 6.1 Investimentos e atividades 262 6.2 Ativos fixos e capital dc giro 262 6.3 Estrutura de financiamento ou de Passivo 264 64 Fontes de financiamento 26 6.5 Montante de captao de recursos para o investimento inicial 272 6.6 Captao de recursos 282 6.7 I.inhas de crdito 384 Para concluir... 323 Lista de siglas 327 Referncias 333 Sobre os autores *341
  8. 8. dc 'vw- Este livro traz alguns recursos que visam enriquecer seu aprendizado, facilitar a compreenso dos contedos e tornar a leitura mais dinmica. So ferramentas projetadas de acordo com a natureza dos temas que vamos examinar. Veja a seguir como esses recursos se encontram distribudos no decorrer desta obra. Si i i i i h Vw~.ii. . -mIv.thtKfe.Ittirti n.w.lu MFfc I"1 wn[gtltaiH UH *pMumiadanU UKrt.w * 11jpu dr itiKici ii-jhiv. s c n r M f h ttrxo*oi w iiim now n n n luta x umiu>uvicuii eiv-auili i.rac v uriui numlum iwtunvuDi-inman CilrrM* (VWF Contedos do captulo Logo na abertura do capitulo, voc fica conhecendo os contedos que nele sero abordados. Aps o estudo deste capitulo, voc ser capaz de: Voc tambm informado a res peito das competncias que ir desenvolver e dos conhecimen tos que ir adquirir com o estudo do capitulo.
  9. 9. imiim nnn M n M lim M m jubiuvi-i, .niliMItuiJj *_>(iKrii A->iu-.l4Jr A bwitad*runaiaawrtuaiimM U ipmMttm o o i , .1 - i, ||i lm cai cjplulo nptvdxu < itnmRDwgraUrtAdfaMi-mpm^rU.maalnii Trataidim ;u4l~c-tuh/j< iwpoc) i.vnpoj>i dr rtnfw*diina'tm> Vu num iurivwUt*- ri v m iftwr* aitkidjco Ar pmlnnr n m o riitn r wl|&*iKa jurt Ir.l,*. IS- |Vimihn urtih-iW nn^TVMf.i *.rcv rwo-V*i Im n u **pt'i**- l*nUijik Malvti m r n )u m m n n it ntnrTrrnpiaivinaimmi S u mo .1 imiM^x 0 |a4odr *n i n u . ' i * wr tma dr li*1h.iii.< di'i '>i im1oiXmrVmne parvJ t k(id ijn Exerccios resolvidos A obra conta tambm com exerccios seguidos da resoluo feita pelos prprios autores, com o objetivo de demonstrar, na prtica, a aplicao dos conceitos examinados. Perguntas & respostas Nesta seo, os autores respondem a dvidas freqentes relacionadas aos contedos do capitulo. IVrgurttAS&respoMas 1 QuiU U ow rtn li tm w lpfliW fro , qu*f tu*rtp(IM vIk *oc*rpoM. f>iunai,inrii^ii w iVh.nm .invkiali Ir[WfKMiiniriiMa m< Itiurerii s Oill * 4norw>:oio erm^rroincimrejd f)oi>Mfl1 OuandAMi(* gur Ml itui*' cm n/ja m p n iA s ' m n * i no |IU'>>:a il.ii vtli.u-, v 0uK4iodf iV*i*i>' *Wl*ovliajkKHOr Alauim^JvihUiiiii|ilianiUiu ii}ttuiiidiu.u uaMIaav^1dui|iiiiKculKuiMJummtiMdcm . u i i d j MTV .iXrfuIm .M. Ult-.T.l^L..I^U*nil-,.m | 0>aUala|Mte*H
  10. 10. f pftorn ^juinsov*l*rKprqw o (* m- rh>>ru' Hmjviir Sn- i mMMwriu mit ">- ->4uIjihii i|uanitM malaiaili qtv i on>(xa ati-r.lr K> qof drtOTTTTiM t . Circuloi n. Uk Ur u .ilc Is Ur iulh>dr uu L c 1*1ii u .v /lJ c J dcdcjnihM il ju#; Consultando a legislao Voc pode consultar tambm os textos legais relacionados aos assuntos abordados no capitulo. H ^ / Pgina:

11. ___________________________________________________ 12. objetivo deste trabalho apresentar um conjunto estru turado de informaes bsicas para o processo de gesto das micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras. As MPEs respondem hoje pela maior parte da quantidade de empreendimentos formais no pas. Do total de empreendimen tos abertos, mais de 98% so de micro e pequenos empreende dores, que respondem por 48% da mo de obra ocupada no pas. 13. Tais dados so mais que suficientes para merecer estudos acadmicos mais aprofundados relacionados ao setor. Nosso trabalho insere-se nessa preocupao e pretende contribuir com um conjunto de informaes estruturadas a fim de dar o suporte inicial para a abertura e a sustentabilidade dos micro e pequenos empreendimentos. Essas informaes bsicas foram reunidas em quatro con juntos de captulos, como descrito a seguir. Trs captulos so dedicados ao entendimento do que so micro e pequenas empresas, sua caracterizao e classificao, a legislao voltada para o setor e os aspectos regulatrios, que incluem os procedimentos de abertura desses tipos de negcio. Um capitulo dedicado a apresentao e discusso dos fun damentos da estrutura contbil, com exemplos numricos dos principais eventos econmicos de um empreendimento, os con ceitos envolvidos, os principais relatrios gerados e instruo de utilizao das demonstraes contbeis. Estas se constituem na principal ferramenta de ajuda ao micro e pequeno empres rio para lhe garantir lucratividade e continuidade no negcio. Em razo da complexidade do sistema tributrio brasileiro e das diversas legislaes que buscam m inim izar a carga tri butria dos micro e pequenos empreendimentos, dedicamos um captulo aos tributos, apresentando as bases de apurao dessas contribuies e um entendimento mnimo da gesto tributria, que o caminho para otimizao da carga tributria de cada empreendimento. Elaboramos um capitulo especfico para a apresentao das linhas de crdito para os micro e pequenos empreendimentos, visando dar sustentao ao processo financeiro inicial de aber tura do negcio. Nesse captulo, destacamos a viso econmica de abertura do empreendimento, deixando clara a necessidade de entendimento da estrutura de ativo necessria, com nfase no capital de giro, bem como a necessidade de investimento 14. financeiro para suportar o perodo inicial do negcio, em que a lucratividade esperada normalmente demora a ser obtida. Esperamos que este livro seja de ajuda para empresrios, estudantes e professores da rea. Gostaramos de receber con tribuies para as novas verses ou edies da obra. C l v is L u s Pa d o v e z e , cpadoveze^yahoo.com.br, M il t e s A n c e l it a M . M a r t in s , [email protected] OS AUTORES. 15. ( / ( / &jjs e s y s u s & v u n # 16. iiit Contedos do capitulo Definio de empresa. Definio de micro e pequena empresa (MPE). Sistema de franquias. rea de atuao das MPEs. Microempreendedores individuais (MEIs). Principais condies para enquadram ento de MPEs. Aps o estudo deste capitulo, voc ser capaz de: 1. compreender os termos empresa, microempresa e pequena empresa; 2. reconhecer as diferentes referncias utilizadas para a classificao das empresas; 3. conhecer as principais atividades exploradas pelas em presas de micro e pequeno porte e pelos MEIs; 4. compreender o termo franquia, seu funcionamento e as razes de sua associao com em presas de micro e pequeno porte; 5. conhecer as condies para o enquadramento nas categorias de MPE. 17. o ,palavra empresa, definida pelo Dicionrio Houaiss (2009) como "tarefa para realizao de um objetivo; empreen dimento" ou, ainda, "organizao econmica, civil ou comer cial, constituda para explorar determinado ramo de negcio e oferecer ao mercado bens e ou servios", tem sua origem na palavra impresa, do italiano, cujo significado e "organizao produtora de bens econmicos" (Houaiss, 2009). Limpresas so constitudas por e com diferentes objetivos, que, de forma geral, relacionam-se produo e venda de produtos, mercadorias e/ou servios. 18. O prefixo micr(o) e o adjetivo pequena designam tamanho, que, em relao a uma empresa, est associado a duas princi pais referncias: nm ero d e em p regad o s e faturam ento. Destaca-se, no entanto, que no h uniformidade nas refe rncias para essa classificao, ainda que elas fiquem restritas s utilizadas no Brasil. Na academia, no existe um construto nico que defina e caracterize o porte das organizaes. A maioria das tentativas de definio foi feita pelos pases em geral, como base para a elaborao de polticas pblicas destinadas ao tratamento diferenciado das empresas cm funo de seu tamanho (Filion, 1991, citado por Freire; Muritiba, 2012). O Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas limpresas (Sebrae), ao classificar o tamanho dos empreendimentos pelo nm ero d e em p reg ad o s, faz distino por setor de segmento econmico, considerando como microempresas (MEs) do setor industrial aquelas com at 19 empregados, e as dos setores comercial e de servios aquelas com at 9 empregados; empre sas de pequeno porte (F.PPs) so as indstrias que contam com 20 a 99 empregados, enquanto EPPs do segmento de comrcio e servios so aquelas que tm de 10 a 49 colaboradores, con forme demonstrado no Quadro 1.1 a seguir. Quadro 1.1 - Classificao de empresas por nmero de empregados Indstria C om rcio e servios M icro: com at 19 em p regad o s M icro: at 9 em p reg ad o s Peq u en a: d e 20 a 99 em p regad o s P equena: d e 10 a 49 em p reg ad o s M dia: 10 0 a 499 em p reg ad o s M dia: d e 50 a 99 em p reg ad o s G rande: m ais d e 500 em p regad o s G rande: m ais d e 10 0 em p regad o s I o n i . -SdaptjJii (ir W brjc-SC io ry 19. a O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) no adota como referncia o nmero de empregados, mas sim o nm ero d e pesso as ocu padas, desconsiderando a segmentao econmica de atuao. A anlise estatstica por porte realizada em 2010 especifica que, para tanto, o instituto citado adota como referncia o nmero total de pessoal ocupado, conforme defi nido pelo Gabinete de Estatsticas da Comunidade Europia (Eurostat - Statistieal Office of the European Communities) e pela Organizao das Naes Unidas (ONU). De acordo com essa definio, so consideradas MEs aquelas com at 9 pes soas ocupadas; EPPs, as que empregam de 10 a 49 pessoas; em presas mdias, de 50 a 249 pessoas; e empresas grandes as que contam com 250 pessoas ocupadas ou mais (Schmiemann, 2008, citado por IBGE, 2011). Para fins tributrios, a referncia para a classificao das em presas por tamanho no Brasil o fatu ram en to anual. Conforme estabelecido na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (Brasil, 2006), conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, enquadram-se nessas categorias aque las que faturam at R$ 3.600.000 por ano, conforme atualizao efetuada pela Lei Complementar n. 139, de 10 de novembro de 2011 (Brasil, 2011b). No entanto, h divises intermedirias, de acordo com o intervalo de faturamento, a seguir especificadas no Quadro 1.2. Quadro 1.2 - Classificao de empresas por faturamento1*! M icro em p reen d ed o r individual (MD) At R$ 60 mil M lcroem p resa: faturam en to At R s 360 mil Em p resa de p e q u en o porte Entre R s 360.000.01 at R s 3.6 m ilhes N o ta: 0 fatu ram en to (ou ve n d as brutas) ob tid o m ultipllcan do-se a qu an tid ad e ve n d id a p elo valor unitrio d o s iten s com ercializados. A referncia de valores de faturamento para fins de classifi cao diferente para o Banco Nacional de Desenvolvimento 20. Econmico e Social (BNDES), que classifica como M Es aque las que faturam at R $ 2.400.000 por ano e como EPPs as que faturam anualmente entre RS 2.400.000 a R$ 16.000.000 (BNDES, 2013). No cotidiano da administrao das empresas, a principal referncia utilizada tende a ser o faturamento anual, seja a da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, seja a utilizada pelo BNDES/ pois so as adotadas para as polticas pblicas nacio nais de tratamento diferenciado. De acordo com os estudos estatsticos efetuados pelo IBGE, cuja referncia utilizada para classificao por porte nmero de pessoal ocupado, as MEs e EPPs so maioria no Brasil. Em 31 de dezembro de 2010, aps levantamento sobre a posio do quadro nacional de empresas, pessoal ocupado e remune rao, o IBGE constatou que as MEs e as EPPs representavam 98,4% do total, respondendo juntas por 48,8% (Tabela 1.1) do pessoal ocupado no pas. Em 2007, elas representavam 98,5% das empresas e respondiam juntas por 49,8% do pessoal ocu pado (IBGE, 2013). 21. Tabela i .i - Empresas, pessoal ocupado e remunerao - 31/12/2010 Porte da em p resa E m presas Pessoal o cu p ad o Salrio e outras rem u n era es em R$ (1.000)Total A ssalariado A bsoluto R elativo A b soluto R elativo % A b soluto R elativo % A b solu to Relativo % Micro 4 0 8 0 .16 8 88,50 9.914.335 26.50 4 497.579 14.60 50.058.661 8,80 P eq u en as 446.884 9,90 8.309.365 22,30 7.4338 50 24,10 92.785.129 16,40 M dias 60.111 1.30 5798.743 15.60 5.685.412 18.40 95^02 272 16.80 G randes 12-7*7 0,30 13.250.093 35.6o 13.224.960 42,90 328.452.643 58,00 Total 4 .599.88 o 10 0 ,0 37.272536 10 0 ,0 0 30 .8 4 1.8 0 1 10 0 ,00 S6 6 .29 8.70 5 10 0 ,00 Fo.vit; JB C t, io v 22. Nesse sentido, entender o ambiente das MPEs, embora no seja uma tarefa fcil, dada sua diversidade, essencial para quem se interessa pelo mundo dos negcios. A Constituio Federal do Brasil prev tratamento diferenciado a essas orga nizaes, objetivo central da Lei Complementar n. 123/2006: estabelecer as regras para tratamento diferenciado a pequenas empresas principalmente no que se refere s questes tribu trias e, dessa forma, estimular seu crescimento e, por conse guinte, o desenvolvimento econmico e social. A classificao como pequena empresa o ltimo estgio para tratamento diferenciado e enquadramento tributrio no Simples Nacional, sistema tributrio que congrega diferentes tributos, cujas alquotas sofrem aumentos gradativos de acordo com a mudana do faturamento, o qual abordamos em captulo especfico deste livro. Nesse sentido, "as F.PPs so um pblico bastante diferen ciado tanto do Em preendedor Individual (EI) quanto das Microempresas (ME)." (Sebrae, 2011). Como afirma A ssaf Neto (2012, p. 12), ao dar tratamento diferenciado s MEs e EPPs, "a legislao brasileira tem por objetivo proporcionar as melhores condies para seu cresci mento". Nessa perspectiva, espera-se que as condies dife renciadas permitam que um negcio iniciado na configurao jurdica de empreendedor individual (EI) possa crescer, ultra passando a condio de EPP, o que impactaria positivamente o desenvolvimento econmico. O tratamento diferenciado para fins tributrios, no entanto, no dado a toda e qualquer empresa cujo faturamento seja inferior a R$ 3,6 milhes, pois h outras restries, inclusive vinculadas a seu campo de atuao. 23. a 1.1 Campo dc atuao do microempreendedor individual e das microempresas O m icroem preendedor individual (MEI) uma categoria nova entre o rol de pequenos negcios, que foi instituda a partir da Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008 (Brasil, 2008), com vigncia desde 19 dc julho dc 2009. "Microempreendedor Individual (M EI)a pessoa que trabalha por conta prpria e que se legaliza como pequeno empresrio." (Portal do Empreendedor, 2013). O art. 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Brasil, 2002a) classifica como "empresrio quem exerce profissional mente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou dc servios". Nesse sentido, o campo de atuao est relacionado diretamente atividade econmica do negcio, independentemente de seu porte. Inicialmente, trataremos aqui do cam po de atuao dos empreendimentos liderados por MEIs e, em seguida, das MEs e EPPs. O objetivo da Lei Complementar n. 128/2008 foi criar con dies especiais para que o trabalhador informal pudesse se tornar um empresrio, denominado, dadas suas caractersticas, microempreendedor individual. So 471' atividades perm itidas para registro como MEI, envolvendo os quatro segmentos econmicos: indstria, com r cio, servios e con struo civil. O segmento que oferece o maior nmero de atividades o da prestao de servios, no qual se encontram profissionais como: contadores, humoristas, lava dores dc sofs, cabeleireiros etc. Na rea industrial, so permi tidos os fabricantes de massas alimentcias, rapadura e melao, meias, polpas de frutas, laticnios, gelo etc. Apesar disso, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae (2012b) junto aos MEIs, o comrcio o segmento que rene H l Q y Pgina: AIteiaowipleiadealivkUdepermitidapodeserarejadaem: wwAv.pintjli!dt*dor-ndvidu.1!/ itn'idades-fH.nritidji. 24. o a maior proporo dessa categoria: 39%. A distribuio por segmento dos M EIs praticamente no se modificou de 2011 para 2012, que tem a rea servios com 36%, seguida pela indstria, com 17%, e construo civil, com 8% em 2012 e 7,3% em 2011/ conforme demonstrado no Grfico 1.1. Grfico i.i - Distribuio de MEI por segmentos 4 5.0% 4 0 .0 % 35.5% 3 0 .0 % 25.0% 20.0% IS .0 % 10,0% 5 .0 % 0.0% Comrcio Servios Indstria ConstruoCivil hoKti? Sebra!. aoiab. A pesquisa realizada pelo Sebrae tambm identificou as dez atividades de maior concentrao de MEI em abril de 2012, cujo destaque o comrcio varejista de artigos de vesturio e acessrios, com 10,4%, seguido de cabeleireiros, com 7,3%, e obras de alvenaria com 3%, segundo a Tabela 1.2 a seguir. Tabela 1.2 - Atividades mais freqentes entre os MEIs - abril 2012 Ativida de s Q uant. % Com rcio varejista d e artigos d e ve stu rio e acessrios 214.228 10,40 C abeleireiros 150.826 7.30 O bras d e lv e n a ria s 62.036 3.00 Lan chonetes, casas d e ch, d e su cos e sim ilares 59.264 2.90 (contin ua) 25. (TaM a t.3 concfasio) A tivid a d e s Q uant. % C om rcio varejista d e m ercadorias em geral, pred om in n cia d e p ro d u tos alim entcios (m inim ercados, m ercearias e arm azns) 53947 3,60 B are s e o u tro s esta b elecim en to s esp ecializad o s em servir b eb id as 51.317 2,50 A tivid ad es d e esttica e outros servios d c cuidados c o m a beleza 47.576 2,30 Forn ecim en to d e alim en to s prep a rad o s para con su m o dom iciliar 39-648 1,90 In stalao e m an u ten o eltrica 37931 1.80 R ep arao e m an u ten o d e com p u tad ores e de e q u ip am en to s perifricos 37930 1,8 0 Total 754-703 36.50 F o x tt : Ail.ipia.1o r*Sebrae. 3013b. Em 2011, a situao no era muito diferente, pois o comrcio varejista de artigos de vesturio e acessrios tambm repre sentava a atividade com maior nmero de empreendimentos, 10,2%, seguido pelos cabeleireiros, com 7,6%. Em consonncia com o crescimento do segmento construo civil de 7,3 para 8% de 2011 para 2012, obras de alvenaria que, em 2011, apareciam em 6- lugar, respondendo por 2,6% do total dos empreendi mentos, passaram para 3 lugar em 2012. Por essa mesma razo, h a insero no rol das dez atividades m ais freqentes da at ividade instalao e manuteno eltrica, levando sada da atividade confeco sob medida, que figurava em 7 lugar em 2011, conforme demonstrado na Tabela 1.3 a seguir. 26. o Tabela 1.3 - Atividades mais freqentes entre os MEIs - maio 20H A tivid a d e s Q uant. % C om rcio varejista d e artig o s d e vestu rio e acessrios 110.917 10,20 C ab eleireiros 82.805 7.60 L an ch o n etes, casas d e ch. d e su cos e sim ilares 33-124 3.10 C om rcio varejista d e m ercadorias em g eral, predom in ncia de p ro d u to s alim entcios (m inim ercados, m ercearias e arm azns) 30.494 2,80 B are s e o utros esta b elecim en to s esp ecializad o s e m servir b e b id a s 28.971 2,70 O b ras d e alvenaria 28.530 2.60 C on feco so b m edida d e p e as do vestu rio, exceto roup as n tim as 2S.434 2,30 R ep arao e m an u ten o d e com p u tad ores e de eq u ip am en to s perifrico s 23.582 2.20 F orn ecim en to d e alim entos p rep a rad o s para con sum o dom iciliar 20.584 1,9 0 A tivid ad es d e esttica e ou tro s se rvios de cu id ad os com a beleza 20.515 1,90 Total 4 0 4 .9 2 0 37,30 F v rt: A tJjp U Jo Ji* S*brai 2012b. Desde a instituio da figura do MEI, o nmero de novos empresrios no parou de crescer e j passa de 2,5 milhes de empreendedores formalizados. A expectativa que, em 2014, os MEIs ultrapassem a quantidade de MEs e EPPs enquadradas no Simples Nacional (Sebrae, 2012b). A qualificao do empreendimento como ME ou EPP, como anteriormente explicado, atende principalmente a dois fatores: faturamento e numero de empregados. Assim , a micro e a pequena empresa podem atuar em qualquer ramo de negcio: indstria, comrcio e servio. Na verdade, a restrio de atua o, na maioria das vezes, est relacionada ao aporte de capital requerido e tecnologia para insero em alguns negcios. Nesse sentido, valo destacar outras caractersticas das MPEs, conforme Quadro 1.3. 27. Quadro 1.3 - Caractersticas das MPEs Baixa intensidade de capital. Altas taxas de natalidade e de mortalidade; demografia elevada. Forte presena de proprietrios, scios e membros da fam lia como mo de obra ocupada nos negcios. Poder decisrio centralizado. Estreito vnculo entre os proprietrios e as empresas. Registros contbeis pouco adequados. Contratao direta de mo de obra. Utilizao de mo de obra no qualificada ou semi- qualificada. Baixo investimento em inovao tecnolgica. Maior dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro. Relao de complementaridade e subordinao com as empresas de grande porte. IfflfT r IDGR. 3003. Assim , no se encontram no rol de M PEs negcios cujo aporto de capital inicial seja alto, pois, consequentemente, sua viabilidade depende de um faturamento elevado, como indstrias de aviao, mineradoras, empresas de extrao de petrleo e gs, construo naval, hospitais, entre outras. Por outro lado, mais comum encontrarmos empresas de comer cializao dc vesturios c acessrios, de prestao de servios, as quais exigem menor investimento inicial. A seguir, com partilham os resultado de pesquisa execu tada pelo Sebrae (2011), "As pequenas em presas vinculadas ao Simples Nacional"*, pelo qual possvel perceber que essas empresas, de forma sim ilar aos MEIs, tambm esto presentes Si^aematilhiifiirlrte4pfn.ilp*raMPEsAfrjivdapesquisemque$lAoe.ideemptvsa*. optante*pelofwmpk-*.Nacionalqueentregaramill.u.*cii>>KeceitaFederalemjom refarvnU'aototuramtmtoobtidonoanode3*109, 28. PMmisiwsdeiallvs,vejapesquisacompteia:'AspequtDMempresasdoSimples Nacional"DUpomvdcm:. O nos quatro segmentos econmicos: indstria, comrcio, ser vios e construo c iv il O comrcio o segmento econmico que m ais concentra esse tipo de organizaes: 59% (Grfico 1.2). A rea de servios, que requer um investimento menor, aparece cm segundo lugar, com 27% nas MHs, enquanto nas EPPS a indstria que ocupa o segundo lugar, com 20% das empresas atuando nesse segmento, conforme ilustrado a seguir. Grfico 1.2 - Distribuio por segmento de empresas de micro e pequeno porte 59% 59% EPP M icro 27% 19% 20% 1 12% 2% 2% Com rcio Servios Indstria C on stru o Crvll Fun r u Scb iae, -Kni. A pesquisa realizada pelo Sebrae tambm nos permite conhecer quais so os negcios prevalecentes nas EPPs: "das dez atividades com maior nmero de EPP, oito esto no setor de comrcio." (Sebrae, 2011). Isso porque, conforme explica mos, essas so atividades que exigem menor volume de inves timento inicial. As atividades de atuao aqui citadas esto ilustradas na Tabela 1.4. Tabela 1.4 - Principais atividades de atuao das EPPs - Brasil 2011 A tivida de s Q uant. % Com rcio varejista d e artig os d e vestu rio e acessrios 25578 5,80 C om rcio varejista d e m ercadorias em geral m inim ercados, m ercearias e arm azns 22.656 5.20 (cotitmua) 29. (Tabela 1.4 concluso) A tivid a d e s Q uant. % C om rcio e varejo d e p eas e acessrio s novos para veculos a u to m oto res 16.24 3/70 R estau ran te s e sim ilares 14.585 3,30 C om rcio varejista d e pro d u tos farm acu ticos, sem m an ip u lao d e frm ulas 14 .015 3.20 C om rcio varejista d e o u tro s p rodutos no esp ecificad o s an teriorm en te 13.102 3.00 C om rcio varejista d e m ateriais de con stru o no esp ecificad o s an teriorm en te 12.364 2.80 T ransporte rodovirio d e carga, exceto p rodutos p erig o so s e m u d an a s (exceto m unicipal) 10.078 2,30 C om rcio varejista d e m veis 9505 2.20 C om rcio varejista d c m ateriais d c con stru o cm geral 9.476 2.20 Su b to ta l A cum ulado 14 7.6 0 0 3370 lix vn : Sebrae. 2011. A deciso de abertura de um negcio exige um a gam a variada de informaes, a comear pelo conhecimento da estru- tura mnima requerida para dar incio ao seu funcionamento, definindo, portanto, a demanda de investimento inicial. Esse fator passa a ser determinante quando se trata de iniciativa individual e quando os recursos prprios dc que se dispe so escassos. Os segmentos de comrcio e prestao de ser vios permitem uma maior flexibilidade em termos de estru tura inicial, o que explica, em nosso ponto de vista, serem os segmentos com maior fora na realidade dos micro e pequenos empreendimentos. A abertura e o gerenciamento de negcios, independente mente do tamanho, implicam risco no s de o empreendi mento crescer e gerar riqueza aos proprietrios, como tambm de quebrar e gerar perdas para eles. Nesse sentido, ideal que o empreendedor estude as diferentes alternativas existentes para minimizar o risco de perda. 30. 1.2 Franquias A partir do sistema de franquias, possvel abrir uma EPP dos mais diversos ramos: alimentao, beleza e sade, vesturio e calados, construo e imobiliria, entre outros. Tem sido comum no Brasil a busca de franquias como alter nativa de constituio de um negcio, porque se parte do pres suposto de que o risco dc fracasso e menor. A ideia faz sentido, uma vez que o franqueador disponibiliza ao franqueado sua experincia na gesto do negcio e fornecedor das mercado rias, produtos e itens essenciais para o processo de prestao de servio. No ramo de franquias, comum que se fale em: : ....................................................................................................................................................................................: : franchising sistem a de operao comerciaI de concesso e compra : de m arcas, produtos e servios; : : franqueador: proprietrio de um negcio e de sua m arca, o qual : : concede o direito de explorao a outrem m ediante condies : : preestabelecidas contratualm ente; : : fr a n q u e a d o : aquele que adquire o direito de explorar m arca e | i negcio m ediante condies preestabelecidas contratualm ente, j O art. da Lei n. 8.955, de 15 de dezembro de 1994, define franquia empresarial como um sistem a pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de m arca ou patente, associado ao direito de distribuio exclusiva ou sem iexclusiva de produtos ou servios e, eventual mente, tambm ao direito de uso de tecnologia de im plantao e adm inistrao de negcio ou sistem a operacional desenvolvi dos ou detidos pelo franqueador, m ediante rem unerao direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vnculo em pregaticio. (Brasil, 1994) 31. A s franquias tm o importante papel de alavancar neg cios, do ponto de vista tanto do franqueador quanto do fran queado. E uma rea que cresce anualmente. Em 2002, havia, no Brasil, 56 mil unidades franqueadas, enquanto em 2012 o nm ero chegava a 104.543 unidades, um crescimento de 87% em uma dcada. Para com preender melhor a importncia desse tipo de negcio na economia, complementamos que, conform e dados da Associao Brasileira de Franchising - A B F (2013), o segm ento respondia, em 2012, por 940.887 em pregos diretos. Entre as vantagens para franqueador e franqueado, citamos a seguir aquelas que consideramos as mais relevantes. V an tagen s para o fran queador Expanso da marca e do negcio com capital de terceiros. Ganho de escala na produo de produtos ou servios. Diluio do risco de expanso. Ampliao de ganho sobre a marca a partir dos royalties. V an tagen s para o fran queado Investimento em um negcio formatado e testado. Orientaes sobre o funcionamento do mercado. Minimizao do risco na abertura dc um negcio prprio. Apoio no processo de anlise, abertura e gerenciamento do negcio. Gerenciamento independente. Facilidade de aquisio de m ercadorias, produtos e servios. Maior facilidade de acesso a crdito. Transmisso contnua de conhecimento sobre o negcio, know-how. M aior fora na divulgao do negcio. 32. a No entanto, os riscos de abertura de negcios a partir do sistema de franchising tambm existem. H caractersticas da EPP que se repetem, como centralizao do negcio nas mos do proprietrio, envolvimento direto de familiares e limites de investimento em capital de giro, que se somam a outros fatores limitantes, especficos dessa relao comercial, como a dependncia do franqueador em relao ao abastecimento de mercadorias, produtos e servios. Nesse sentido, pesquisa realizada com ex-franqueados indica os dez principais fatores para o fracasso, conforme elencados no Quadro 1.4 a seguir. Quadro 1.4 - Fatores de fracasso para franquia Resultado financeiro com a franquia abaixo da expecta- | tiva inicial. : Apoio do franqueador abaixo do esperado/prometido. Atritos constantes com 0 franqueador. Falta de informaes gerenciais ou de controle gerencial. Escolha do ramo/setor de negcios errada. Falta de capital de giro. Taxas de royallies elevadas. : Falta de experincia no ramo/setor de negcios escolhido, j Carga tributria elevada. Falta de experincia gerencial. F onti.: A d jp ia io d o M .>ch.ido c E s p in lu . 2012- No Brasil, a Lei n. 8.955/1994 regulamenta esse tipo de tran sao comercial. A lei de fcil acesso e deixa claros os direitos e os deveres de franqueado e franqueador. Antes de fechar o negcio, importante conhecer, analisar e avaliar as regras do jogo, afinal, tambm h riscos para o empreendedor. 33. 1.3 Caractersticas diferenciais das micro e pequenas empresas a O agrupam ento de em presas, cham ado Micro e Pequena Empresa (MPE), tambm apresenta diferenciais, os quais esto relacionados na Tabela 1.5, como tipo de empresa, nmero de empregados, faturamento, nmero dc titular/scio e principais formas de registro: Tabela 1.5 - Diferenciais das MPEs T ip o de em p re sa N. d e em p regad o s Titular/ Scio Principais form as d e reg istroCom rcio e servios Indstria Faturam en to M icro em p reen d e d o r individual (MEI) 1 1 A t R s 60 mil A p en as 1 MEI M icro o a 9 o a i 9 A t R $ 360 mil o u mais Em presrio in dividual (El) Em presrio Individual de respon sabilid ade lim itada (Eireli) LTDA (Lim itada) P eq u en a 10 3 49 20 a 99 A t 3.6 m ilhes 1 o u m ais El. Eireli. LTDA M ais adiante, tratamos especificamente das formas de regis tro ou formalizao das MPEs. Observe na Tabela 1.5 que as MPEs, diferentemente do VIEI, podem ser empreendidas por m ais de uma pessoa fsica, o que leva a trs opes de cons tituio da pessoa jurdica (EI, Eireli, LTDA, ainda conforme Tabela 1.5), duas opes no formato de empresrio individual (El e Eireli) c como sociedade, indicada na tabela a mais comum, que a sociedade de responsabilidade limitada (I.TDA). 34. o 1.4 Enquadramento como micro e pequena empresa Para enquadram ento como M PE e garantia de benefcios previstos na Lei Geral da M icro e Pequena Em presa (Lei n. 123/2006), preciso cum prir alguns requisitos. Alm de respeitar os limites de faturamento anteriormente indicado, as organizaes no podem operar com atividades indicadas no art. 17 da referida lei e, ainda, de acordo com o que estabelece o pargrafo 40do art. 30, a empresa no pode: ter na composio da sociedade outra pessoa jurdica, tampouco pessoa fsica que j tenha outra em presa nessa configurao, cuja som a de faturamento ultra passe o limite estabelecido pela lei para fins desse enquadramento; ser filial, sucursal, agncia ou representao, no pas, de pessoa jurdica com sede no exterior; ter como scio pessoa fsica que participe com mais de 10% do capital de outra empresa, ainda que no enqua drada como MPB; ter como scio pessoa fsica que seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurdica com fins lucrativos, quando a receita bruta global ultrapassar o limite esta belecido na lei para fins desse enquadramento; ser constituda sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; participar do capital de outra pessoa jurdica; exercer atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econmica, de sociedade de crdito, financiamento e investimento ou de crdito imobilirio, de corretora ou de distribuidora de ttulos, valores mobilirios c cmbio, de empresa dc arrenda mento mercantil, de seguros privados e de capitalizao ou de previdncia complementar; 35. ser resultado de eiso ou qualquer outra forma de des membramento de pessoa jurdica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendrio anteriores; ser constituda sob a forma de sociedade por aes. A obteno do enquadramento como MPF garante tambm o tratamento diferenciado para fins de tributao, o que tra tado em captulo especfico. Exerccios resolvidos 1. Dona Rosa gostaria de ser empresria, mas tem muitas dvi das a respeito. Ela sequer conhece as alternativas existentes para formalizar o negcio e tampouco as caractersticas de cada tipo de empreendimento. Sua maior curiosidade cen tra-se em saber se a atividade de produzir e comercializar salgados para festas lhe permitir o ttulo de empresria. Responda dvida de dona Rosa, R esposta: Sim, dona Rosa pode form alizar seu negcio. Entre as opes, ela tem o MEI, registrando sua atividade como salga- deira. Como MEI, ela est limitada a um faturamento anual de at R$ 60.000 e somente um funcionrio. O MEI destinado pessoa que trabalha por conta prpria e deseja se form alizar como pequeno empresrio. Dona Rosa tambm pode forma lizar seu negcio como microempresa, e nesse caso seu fatu ramento anual est limitado a RS 360.000. 2. Flvia uma jovem empreendedora e est estudando a pos sibilidade de abrir uma franquia, pois acredita que, se abrir um negcio nesse formato, no corre riscos de insucesso. Sua nica dvida se o fato de abrir uma franquia a impediria de ter sua empresa enquadrada como ME e EPP para fins de tratamento diferenciado conform e prev a legislao. 36. Voc concorda com a viso que Flvia tem sobre a franquia? 1 l riscos tambm para a franquia? Se houver, explique-os. R esposta: Abrir uma franquia um a iniciativa com muitas vanta gens, dcstacando-se a de se abrir um ncgcio com um for mato definido e j testado, bem como a sinergia na divulgao. No entanto, isso no impede o fracasso, que ocorre muitas vezes em virtude de fatores como baixo apoio do franqueador e resultado financeiro abaixo da expectativa inicial. O fato de se abrir um a franquia no impede que a empresa seja enqua drada como M E ou EPP e se beneficie das vantagens inerentes, pois as condies para o enquadramento no tm essa restrio. Para ser enquadrada como M E ou EPP, necessrio atender a algumas condies, entre as quais dispor de faturamento anual limitado a R $ 3,6 milhes, no ter na composio societria scio pessoa jurdica ou fsica que participa de outra sociedade com mais de 10% e no ser constituda na forma de socieda des por aes. H algum as atividades que esto impedidas de usufruir esse enquadramento, as quais esto listadas no art. 17 da Lei Complementar n. 123/2006, como exercer atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econmica, de sociedade de crdito. Portanto, a organi zao deve estar atenta a isso, inclusive na hora de definir a atividade que empreender. Perguntas & respostas 1. O faturam en to a nica referncia utilizada para fins de classi ficao da em p resa por tam anho? Existem outras? Q uais so? Resposta: No, 0 faturamento c uma das referncias utiliza das. A classificao tambm feita por nmero de empregados. 37. como a utilizada pelo Sebrae, considerando a particularidade de cada ramo de negcios. For exemplo: um comrcio conside rado MF. quando emprega no mximo 9 empregados, enquanto empreendimentos no setor da indstria so considerados ME quando dispem dc at 19 empregados. O IBGE utiliza como referncia para classificao o nmero de pessoas ocupadas. Mesmo quando se fala em faturamento, no h um consenso, pois o BNDES utiliza outros intervalos de valores. 2. Qual o ob jetivo da criao do MEI? R esp osta: Dar condies de form alizao s pessoas que trabalham por conta prpria. Para tanto, o empreendedor deve verificar se a atividade que exerce uma das 471 permitidas para esse tipo de formalizao. 3. Com o sab er se a ativid ad e em qu e se preten de atuar p o d e ser en q u ad rad a com o MEI? R esposta: So47T atividades permitidas para registro como MEI, envolvendo os quatro segmentos econmicos: indstria, comrcio, servios e construo civil. E possvel consultar as ati vidades no seguinte site: . 4. Cite qu atro caractersticas das MEs e das EPPs. R esposta: 'Iem poder decisrio centralizado: normalmente mantm estreito vnculo entre os proprietrios e as empresas; os registros contbeis so pouco adequados; o proprietrio responsvel pela contratao da mo de obra de que necessita, entre outras. 38. Consultando a legislao Observe que neste captulo referenciamos algum as leis. Uma das primeiras legislaes a serem mencionadas no texto foi a Lei Com plem entar n. 128, promulgada em 19 de dezem bro de 2008 (Brasil, 2008), que promoveu alteraes na Lei Complementar n. 123, dc 2006, conhecida como Lei do Simples. A Lei Complementar n. 128 inseriu a figura do MEI, impu tando ao Comit Gestor do Simples Nacional (CGSN) a res ponsabilidade de regulamentar as atividades permitidas, as quais esto listadas no Anexo XIII da Resoluo do CGSN n. 94, de 29 de novembro de 2011 (Brasil, 2011c). Voc pode consultar essa legislao mediante acesso eletrnico no link: . O Cdigo Civil Brasileiro foi institudo pela Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Seu Livro II dedica-se ao direito da empresa, sendo o Ttulo I destinado ao empresrio, cuja defini o est estabelecida no art. 966. Acesse o Cdigo Civil no link: . A Lei Federal n. 8.955, de 15 de dezembro de 1994, regula menta os contratos de franquia e pode ser consultada na nte gra no link: . 39. 'i w l o W ' & 40. 1 M i U H S s Contedos do capitulo Resgate das iniciativas governamentais de apoio s empresas de pequeno porte (EPPs). Estrutura atual de regulamentao de EPPs. Instituies de apoio ao desenvolvimento de EPPs. Papel do Sebrae em relao EPP no Brasil. Aps o estudo deste captulo, voc ser capaz de: 1. entender a importncia das microempresas (MEs) e EPPs para o crescimento da economia; 2. reconhecer o processo e a histria do tratamento diferenciado dado s MPEs no Brasil; 3. conhecer as bases do tratamento diferenciado e a abrangncia da Lei Complementar n. 123/2006; 4. conhecer diferentes instituies de pesquisa e o papel delas e do Sebrae no apoio s MPEs. 41. a a . micro e pequenas em presas (MPEs) tm reconhe cida importncia no desenvolvim ento econmico do pas. Conforme afirmam Naretto, Botelho e Mendona (2004), diver sas experincias atestam isso. Nesse sentido, corroboramos com os autores, pois entendemos que o prprio resgate da histria de algum as das grandes empresas existentes hoje no pas ratifica essa afirmao. Como exemplo, podemos citar o Grupo Po de Acar, cuja histria se iniciou em 1948, quando o empreendedor portugus Valentim dos Santos Diniz abriu a Doceria Po de Acar, na cidade de So Paulo (Grupo Po de Acar, 2013). Outro exemplo o da Companhia Hering, cujo crescimento foi alavancado pelo sistema de frnnchisitig. A empresa comeou sua atividade em Blumenau - SC, em 1880, quando o alemo H erm am m H ering abriu um a tecelagem (Cia I lering, 2013). O reconhecimento dessa realidade pelo Poder Pblico repre sentou a alavanca para as iniciativas de apoio MPE, cujo apoio inicial no Brasil se deu na forma de linhas de crdito espec ficas pelo Banco Nacional de Desenvolvim ento Econmico (BNDE), por meio do program a de Financiamento para as 42. A*;ldc3006(Brasil,Mifth;,*,portam.n.Snconstamnartitrnci# 1rinaldottanbv*. o Pequenas e M dias Em presas (Fipeme), em 1966 (Naretto; Botelho; Mendona, 2004). O prim eiro instituto de apoio MPE, inicialmente intitu lado Centro Brasileiro de Assistncia Gerencial Pequena Empresa (Cebrae), foi criado em 1972 (Sebrae, 2014c). Em termos de regulamentao para a microempresa, o marco legal data de 27 de novembro de 1984, quando o Congresso Nacional aprovou a Lei n. 7.256, de 27 de novembro de 1984', que instituiu tratamento simplificado e favorecido s microem- presas nos cam pos adm inistrativo, tributrio, previdenci- rio, trabalhista, creditcio e de desenvolvimento empresarial (Naretto; Botelho; Mendona, 2004). At ento, o tratamento diferenciado estava restrito ME, e, como destaca Toigo (2003), o Estatuto da Microempresa se alicerou em trs pontos bsicos e importantes que deram forma ao seu contedo e clareza sua interpretao. So eles: definio de microempresa, benefcios tributrios e de ordem burocrtica e apoio creditcio. Em 1994, por meio da Lei n. 8.864, de 28 dc maro, sancio nada pelo governo federal, a EPP passou a integrar o denomi nado "N ovo Estatuto das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte" (Toigo, 2003, p. 6). Conceitos institudos por essa lei, a definio de micro e pequena empresa e a indicao de quais no poderiam usufruir os benefcios a elas destinados esto presentes nas regulamentaes atuais. N o entanto, as regulamentaes iniciais restringiam os benefcios tributrios microempresa. Somente cm 1996, por meio da Lei n. 9.317, dc 5 dc dezem bro, instituiu-se o Simples, o qual, alm de integrar, sim pli ficar o clculo e a forma de recolhimento de vrios tributos, inclua as empresas de pequeno porte e organizava a tributao em torno de tabela com aliquotas diferenciadas com base no faturamento progressivo. Integram 0 recolhimento unificado os tributos: Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas (TT^PJ); 43. Contribuio Social sobre Lucro Lquido (CSLL); Contribuio para os Program as de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico (PIS/Pasep); Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Imposto sobre Produtos Industrializados (IP1). A Lei n. 8.864/1994, conhecida como Estatuto da Microe Pequena Empresa, foi revogada pela Lei n. 9.841, de 5 de outubro 1999, posteriormente substituda pela Lei Complementar n. 123, de dezembro de 2006 (Brasil, 2006). A partir da prom ulgao da Lei n. 9.317/1996, que insti tuiu o Simples Nacional, at a unificao em 2006, com a Lei Complementar n. 123, h a coexistncia do Estatuto da Micro e Pequena Empresa e da Lei do Simples, esta ltima com o objetivo de regulam entar especificamente a forma de tribu tao diferenciada. Atualmente, a principal regulamentao da micro e pequena empresa a Lei Complementar n. 123/2006, que foi alterada por diversas leis, com destaque para a Lei Complementar 11. 139, de 10 de novembro de 2011 (Brasil, 2011b), que atualizou a tabela progressiva de faturamento, entre outras questes. A promulgao da Lei n. 123/2006 teve como ganho a unificao dos principais instrumentos de regulamentao da micro e da pequena empresa: o estatuto e as regras diferenciadas de tributao. Embora no Brasil haja um certo culto ao sistema tributrio, o Estatuto da M icro e Pequena Empresa sinaliza contribui es importantes que abrangem a poltica de apoio ao crdito, a exportao e, principalmente, as diretrizes de apoio ao desenvolvimento administrativo e tecnolgico MPE a par tir de instituies pblicas, bem como por meio de parcerias pblico-privadas. O que se presencia da evoluo dessas legis laes, no Brasil, uma mudana de postura estratgica diante dos desenvolvimentos econmico e social, conforme explicam Naretto, Botelho e Mendona (2004, p. 86). 44. Os autores explicam que foi na dcada de 1990 que as pol ticas de apoio s MPEs tornaram-se efetivas, com uma nova estratgia de desenvolvimento, baseada na liberalizao eco nmica. Com a mudana no modelo de interveno do Estado no setor produtivo, surgiu o Sebrae, que ganhou substancial reforo de recursos financeiros. Atualmente, a poltica de apoio MPE e, por conseguinte, a regulam entao esto centradas nas leis destacadas no Quadro 2.1 a seguir. Quadro 2.1 - Regulamentaes da MPE Leis O bjetivo 10.406, d e 10 d e jan e iro d e 2002 Instituir 0 C digo Civil Brasileiro. C om p lem en tar n. 123, de 2006 R egulam en tar 0 tratam en to diferen ciad o m icro e p eq u en a em p resa n os seu s m ais d iverso s asp ecto s. 11.598, d e 3 de d ezem b ro d e 2007 E stab elecer diretrizes e proced im en tos para a sim plificao e in tegrao do pro cesso d e registro e legali2a o de em p resrios e de p esso as jurdicas. C om p lem entar n. 128. d e 2008 Institu ir figura d o M icroem preendedor Individual (MEI). 12.441. d e 11 d e julh o d e 2011 A lterar a Lei n. 10.406, d e 10 d e janeiro d e 2002 (Cdigo Civil), para perm itir a con stitu io d e em p resa individual de respon sabilid ad e lim itada. N ix 1 !>rtal di> Em preendtsliir. km y possvel constatar que houve significativos avanos na regulamentao das MPEs, considerando o contexto brasileiro. O desafio agora trabalhar para que elas sejam compreendidas pelos empreendedores no como fim, mas como meio para o crescimento do seu negcio. Nesse sentido, as entidades de apoio tm papel fundamental, conforme abordado a seguir. 45. 2.1 Entidades de apoio e pesquisa O Entre as entidades de apoio, existem aquelas que so abrangen tes, como o Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Em presas (Sebrae), e as especficas, como o caso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa). A Embrapa, rgo ligado ao M inistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, tem como misso "viabilizar solu es de pesquisa, desenvolvimento e inovao para a susten- tabilidade da agricultura, em benefcio da sociedade brasileira" (Embrapa, 2013). Nesse sentido, destacam-se, entre suas aes, aquelas voltadas para o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos ligados agroindstria. O objetivo dessas entidades fomentar o surgimento de ini ciativas, bem como sua manuteno e continuidade. Alm de pesquisarem a realidade das empresas, essas instituies tra balham na difuso de conhecimentos e no estabelecimento de parcerias a fim de orientar, capacitar e apoiar empreendedores. A articulao das PM Es com instituies de apoio de carter estatal e paraestatal, tais como Sebrae, Servio Nacional da Indstria (Senai), Institutos de Pesquisas Tecnolgicas (IPTs), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa) e CTA relevante e permite s empresas aglomeradas dispor de infraestruturas dc: i) apoio melhoria de qualidade (entidades de normatizao, laboratrios de testes e controle de qualidade e centros de pesquisa); ii) capacitao de recursos humanos (treinamento e especializao profissional); e iii) dissem ina o de tcnicas de gesto e de tecnologias (cursos e palestras direcionados ao desenvolvimento de capital intelectual, acesso a informaes tcnicas, produtivas e de mercado). (Naretto; Botelho; Mendona, 2004, p. 73) As universidades e os centros universitrios, com base no tri- nm ioensino, pesquisa e extenso, tambm adotam iniciativas de apoio MPE. Em decorrncia da diversidade de conhecimento 46. 1ar.invus,xm>:'http/fwww.firwp.gov.brX Conhvvuoulrui.nutituudept-vLjui.jaicv>.indoositeUuMCTI:. disponvel e produzido nesse ambiente, o apoio pode envolver diferentes aspectos, como a estruturao administrativa e a inovao tecnolgica. F.ssa interao universidade-empresa traz benefcios para ambos os lados, pois a MPE um labora trio riqussimo de estudo cm virtude da facilidade de visua lizao das partes e do todo do sistema empresa. Para esse fim, as universidades e os centros universitrios podem contar com agncias de fomento, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundao de Amparo Pesquisa do Estado dc So Paulo (Fapcsp), cntrc outras. A Finep c um rgo governamental ligado ao Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao (MCTI)*, cuja misso "pro mover o desenvolvimento econmico e social do Brasil por meio do fomento pblico Cincia, Tecnologia e Inovao em empresas, universidades, institutos tecnolgicos e outras instituies pblicas ou privadas" (Finep, 2014b). Para cumprir sua misso, esse rgo dispe de diversos pro gramas, que abrangem trs linhas de ao: a) apoio inovao em empresas; b) apoio s Instituies Cientficas e Tecnolgicas (ICTs); c) apoio cooperao entre empresa e ICT. O apoio da FIN EP abrange todas as etapas e dim enses do ciclo de desenvolvim ento cientifico e tecnolgico: pesquisa bsica, pesquisa aplicada, m elhoria e desenvolvim ento de produtos, servio s e processos. A FIN E P apoia, ainda, a incubao de em presas de base tecnolgica, a im plantao de parques tecno lgicos, a estruturao e consolidao dos processos de p es quisa e o desenvolvim ento de m ercados. (Finep, 2014b) A Fapesp, por sua vez, est ligada Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Cincia c Tecnologia do Governo do Estado de So Paulo. Entre as vrias modalidades de apoio s pesquisas cientfica e tecnolgica, destacamos aqui o pro gram a de Pesquisa Inovativa na Pequena e M icroem presa - (Pipe), que se destina a apoiar a execuo de pesquisa cientfica 47. e/ou tecnolgica em empresas de pequeno porte, sediadas no Estado de So Paulo (Fapesp, 2013). Associaes comerciais, sindicais etc. tambm se configu ram como importante fonte de apoio gesto de pequenos empreend imentos. 2.1.1 O papel do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) uma instituio conhecida e presente no ambiente das MEs e EPPs, decorrncia de seu intenso trabalho de pes quisa, capacitao e apoio ao processo de criao e desenvol vim ento dos negcios no Brasil. Conform e destacado no site da instituio, a ferramenta bsica do trabalho do Sebrae " a informao, fundamental para as empresas [...]. Todas as aes, projetos, produtos e ser vios da instituio tm como premissa que a cultura do apren dizado e do uso do conhecimento pode garantir uma gesto profissional, eficiente e inovadora" (Sebrae, 2014a). Com estrutura fsica, o Sebrae est presente em todos os esta dos brasileiros e em vrias cidades de grande e mdio portes. Portanto, possvel fazer uma visita in locoe obter atendimento presencial. H tambm a possibilidade de atendimento por meio de telefone gratuito'. Pelo sistema virtual, o Sebrae est presente em todo o Brasil, o que facilitou significativamente o cumprimento de seu papel, que, conforme afirmao da instituio, tem permitido "[...] um relacionamento duradouro e assistido entre o Sebrae e o empreendedor" (Sebrae, 2014a). Ao acessar o site do Sebrae, o empreendedor se depara com uma gama de servios: cursos, treinamentos, palestras, semin- ri(>s, publicaes etc. Os subsidios oferecidos ao empreendedor Paramaior****inlorma/Vs.cesseoUlfdopormeui1t*Uni.- 48. a envolvem todos os passos requeridos para o processo de aber tura e acompanhamento do negcio. nessa perspectiva que sua atuao est centrada em quatro reas, apresentadas no Quadro 2.2 a seguir. Quadro 2.2 - Papel do Sebrae A rticulao de polticas pblicas que criem um am biente institu cional m ais favorvel ao desenvolvim ento de negcios. A cesso a novos m ercados. A cesso tecnologia e inovao. Facilitao e am pliao do acesso aos servios financeiros. f o M t A d a p u J u d c S c b ije -P A . JD 14 . Um relevante papel liderado pelo Sebrae a elaborao de estudos sobre o universo das MPEs, os quais, alm de subsidiarem o estabelecimento das aes dessas organiza es, fomentam pesquisas no ambiente acadmico. O obje tivo do rgo , com base no conhecimento adquirido sobre a realidade das M PEs, traar iniciativas que prom ovam o desenvolvimento sustentvel dessas empresas, bem como o empreendedorismo consciente. 2.1.1.1 Como utilizar o Sebrae H trs caminhos para se acessar o Sebrae, conforme ilustrado na Figura 2.1 c explicado cm seguida. Figura 2.1 - Acesso ao Sebrae 50 |r< 49. Estudantes, pesquisadores, empresrios e empreendedores podem (e devem) acessar os postos de atendimentos tanto no site como por meio de ligao gratuita ao servio de aten dimento telefnico. As iniciativas do Sebrae disponibilizam apoios especficos para quem deseja abrir um negcio c para quem j tem uma empresa e pretende melhor-la. Para quem tem acesso internet, o Sebrae est ao toque das mos. Pelo sistema, possvel: fazer cursos presen ciais e/ou a distncia: os cursos ofereci dos envolvem diferentes conhecimentos e informaes necessrios para empreender e adm inistrar negcios e esto agrupados em quatro grandes temas (EADSebrae, 2014): Quero empreender. Sou microempreendedor individual. Tenho uma microempresa. Tenho uma empresa de pequeno porte. levar con sultoria em p resa: se o empresrio deseja um apoio mais direcionado, presencial e prximo, a opo pode ser a consultoria Sebrae. Nesse caso, "um agente de Orientao Empresarial vai realizar visitas na empresa e aplicar um diagnstico de gesto bsica, que abrange questes de mercado, finanas e operao de negcios" (Sebrae, 2014b). Nessa frente de trabalho, o Sebrae tam bm oferece o acesso a vrias iniciativas, por exemplo, o Sebraetec, responsvel por propor solues de tecno logia a um custo subsidiado; ter acesso a in fo rm a es e estu d o s da rea d e n eg cio s: por meio de diferentes meios (postos de atendimento, televiso, rdio, internet, telefone, materiais impressos e vdeos), o Sebrae disponibiliza publicaes para con sultas e estudos; 50. a i ? l l I 1 2 '2 i S Is f f I J. J j Z C i s *3 V 2 TJ l l l 1 l 1 1 1 * 5 ** I I 1 | 2 | | l i receb er orien taes para expan dir e acessar m ercados: com o objetivo de aproximar clientes e fornecedores, o Sebrae lidera vrios projetos, entre os quais podemos destacar o plano de marketing o n -lin e a bolsa de negcios, a inter nacionalizao da MPE', o Sebrae franquias6e a feira do empreendedor7; receb er orien taes de co m o acessar servio s financeiros: nesse caso, a finalidade aproxim ar as instituies de crdito dos empreendedores, alm de orientar o empre srio sobre os cuidados necessrios, bem como onde e como obter crdito. A poltica do Sebrae oferecer conhecimento, indicando os caminhos possveis para empreender, adm inistrar eexpandir o negcio. O apoio inicia-se na concepo e se estende at a vida adulta da empresa, quando se espera que o negcio tenha alcanado tamanho e robustez, ultrapassando o teto estabele cido de empresa de pequeno porte. / C f i solvidc 1. A empresria Slvia tem uma microempresa de produo de acessrios artesanais e deseja expandir seu mercado de venda. Slvia no tem ideia do que fazer para concretizar seu objetivo. Oriente-a a esse respeito. Resposta: A empresria Silvia pode buscar ajuda no Sebrae, que oferece apoio para expanso e acesso a novos mercados. Esse apoio pode ocorrer por meio de elaborao de plano de marketing, participao em feiras etc. 2. Dr. Alexandre, mdico dermatologista, deseja abrir uma clnica mdica. Ele acredita que seu faturamento anual deve ser em torno de R$ 500 mil. Sua empresa pode receber 51. tratamento diferenciado destinado s MPEs para fins tribu trios? Como saber? R esposta: Embora o faturamento previsto a coloque na faixa de pequena empresa, ela no pode ser enquadrada no regime tributrio Simples, pois sua atividade decorre do exerccio de atividade intelectual, vedada no inciso XI do art. 17 da Lei Complementar n. 123/2006, conforme destacamos a seguir: "XI - que tenha por finalidade a prestao dc servios decorrentes do exerccio de atividade intelectual, de natureza tcnica, cien tfica, desportiva, artstica ou cultural, que constitua profisso regulam entada ou no, bem como a que preste servios de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediao dc negcios". Perguntas & respostas 1. Q uais so as principais b ase s do Estatuto da M icro e P equena Em presa e qual foi sua principal evolu o con sideran do a p r tica at ento? R esp o sta: O Estatuto da M icroem presa se alicerou em trs pontos bsicos e importantes que deram forma ao seu contedo e clareza sua interpretao. So eles: definio de microempresa, benefcios tributrios c dc ordem burocrtica e apoio creditcio. At ento, os benefcios estavam restritos s microempresas, portanto, a evoluo se deu com a incluso das pequenas empresas nesse tratamento. 52. 2. Q ual a d en om in ao do prim eiro instituto de ap o io MPE? Q uando foi criado? R esposta: O primeiro instituto de apoio MPF. foi o Centro Brasileiro de Assistncia Gerencial Pequena Empresa (Cebrae), criado em 1972, cuja evoluo resultou no que hoje conhecemos como o Sebrae. 3. Q ual atualm en te a principal regu lam en tao para a MPE no Brasil? R esposta: E a L.ei Complementar n. 123/2006, alterada pela Lei n. 139/2011, que atualizou a tabela progressiva de fatura mento para fins de clculo de impostos, entre outras questes. A promulgao da Lei Complementar n. 123/2006 resultou na unificao dos principais instrumentos de regulamentao da MPE: o estatuto e as regras diferenciadas de tributao. 4. Qual a principal instituio de apoio aos em presrios das MPEs? C om ente o papel d e sse organ ism o no processo d e em p reen d i m en to de um negcio. R esposta: A principal instituio de apoio aos empresrios de MPE o Sebrae, embora a MPE possa se beneficiar tambm dos servios prestados por outras entidades, como instituies de apoio para obteno de crdito (BNDES) e de tecnologia (universidades, Finep). A poltica do Sebrae oferecer conheci mento, indicando os caminhos para empreender, administrar e expandir o negcio. O ideal que o empreendedor, antes de abrir seu negcio, levante dados e elabore um plano de neg cios, para analisar a viabilidade da abertura da empresa. Caso no tenha conhecimento para isso, poder buscar capacitao por meio do sistema Sebrae, que dispe de diferentes canais para socializar conhecimento e ferramentas que auxiliam o empreendedor nessa fase. 53. 5- C o m en te a im p o rtn cia d a e stra t g ia a d o ta d a p e lo p o d e r pblico d e criar um sistem a d iferen ciad o d e ap o io s m icro e p eq u en as em p resas. R esposta: Ao oferecer apoio e tratamento diferenciado s M PEs, o Poder Pblico d condies para que a micro e a pequena empresa se fortaleam, estim ulando com isso seu crescimento c, por conseguinte, o desenvolvimento econmico e o social, que traz em seu bojo a distribuio da riqueza. Consultando a legislao Neste capitulo, mencionamos vrias leis, algum as inclusive j revogadas, como a Lei n. 8.864/1994, que instituiu o tratamento diferenciado s MPEs. Para melhor compreenso, listamos a seguir as leis citadas: Lei n. 7.256/1984, que regulamentou normas integrantes do Estatuto da Microempresa relativas ao tratamento diferenciado, sim plificado e favorecido nos campos administrativo, tributrio, previdencirio, trabalhista, creditcio e de desenvolvimento em presarial. poss vel acessar a lei no endereo eletrnico: . Lei n. 8.864/1994, que instituiu normas para as M Es e EPPs, relativas ao tratamento diferenciado e sim plifi cado nos campos administrativo, fiscal, previdencirio, trabalhista, creditcio e de desenvolvimento em presa rial, portanto, revogando a Lei n. 7.256/1984. possvel acess-la no endereo eletrnico: . Lei n. 9.317/1996, que regulamentou o regime tributrio das MEs e EPPs, instituiu o Sistema Integrado de Pagamento 54. o de Impostos e Contribuies das Microempresas e das Em presas dc Pequeno Porte (Simples), entre outras providncias. Foi revogada pela Lei Com plem entar n. 123/2006. A consulta lei pode ser efetuada por meio do link: . Lei n. 9.841/1999, que instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tra tamento jurdico diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Constituio Federal. Essa lei foi revogada pela Lei Complementar n. 123/2006. Pode ser acessada no link: . Lei Complementar n. 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das leis n. 8.212 c 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de iude maio de 1943, da Lei n. 10.189, de 1 4 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar n. 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis n. 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841/1999. A consulta lei pode ser feita no link: . Lei n. 11.598, de 3 de dezembro de 2007, que estabelece diretrizes e procedimentos para a simplificao e a inte grao do processo de registro e legalizao de empres rios e de pessoas jurdicas, cria a Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios (Redesim); entre outras providncias. Pode ser acessada no link: . 55. Lei n. 12 4 4 1, de 1 1 de julho de 2011, que altera a Lei n. 10406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), para perm itir a constituio de Em presa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli). A consulta na nte gra da lei pode ser feita no site: . Lei Complementar n. 139, de 10 de novembro de 2011, que allera dispositivos da Lei Complementar n. 123/2006 e d outras providncias. Pode ser acessada no link: . 56. 'PVlH&PO C- 57. Contedos do captulo Processo para a formalizao (registro) das micro e pequenas empresas (MPEs). Formas jurdicas de constituio e procedimentos requeridos para a efetivao das MPEs. Aps o estudo deste capitulo, voc ser capaz de: 1. compreender o significado do registro das empresas com dimenso dos procedimentos requeridos; 2. identificar as possibilidades de constituio jurdica das empresas; 3. reconhecer as exigncias para efetivao dos registros com a identificao das instituies federais, estaduais e municipais envolvidos nesse processo. 58. o processo de formalizao de uma empresa eqivale ao registro civil de uma pessoa fsica, o que permite ao Estado o reconhecimento da pessoa e sua insero na sociedade como cidad, garantindo-lhe o exerccio de seus direitos e deveres. A esse respeito, tambm vale uma analogia da empresa com a pessoa natural, cujo registro ocorre assim que a criana nasce, ou seja, antes disso houve uma concepo e gestao, que cor respondem a um perodo de nove meses. F. para um negcio? Com o , ou melhor, como deveria ser? O registro formal deve ocorrer aps o perodo de concepo e gestao do empreendimento/negcio. Esse perodo que ante cede o registro requer uma srie de pesquisas, inicialmente para definir o objeto social do empreendimento e, em seguida, para estrutur-lo. Assim, temos, por exemplo: Objeto social - O que a empresa pode fazen Comrcio de roupas em geral Industria: confeco de materiais txteis para casa 59. O processo de estruturao deve iniciar-se com a elaborao de um plano de negcios, o que envolve desde a definio do empreendimento, suas dimenses, sua localizao, o estudo e a definio de fornecedores e clientes, levantamento valor do investimento requerido, fontes de financiamento, quadro de funcionrios, valor dos custos totais mensais, valor mnimo necessrio de faturamento, poltica de concesso e obteno de crdito, poltica de crescimento, at outras particularidades necessrias para o funcionamento da empresa. A melhor forma de administrar um negcio reconhec-lo como pessoa independente, autnoma pessoa fsica, indepen dentemente da configurao jurdica em que ele se enquadre. Uma forma saudvel de fazer isso a elaborao do plano de negcios, trabalho que eqivale gestao da pessoa natural. O tipo de negcio, o tamanho inicial e o faturamento anual projetado so dados essenciais ao estudo das alternativas exis tentes para a formalizao, que, por sua vez, tambm influencia as opes de atuao de mercado e o resultado operacional gerado pelo prprio negcio. Na Tabela 3.1 apresentado um apontamento sinttico das possibilidades existentes de registro de negcio, no aspecto de sua configurao societria e das restries de faturamento, com as opes de enquadra monto tributrio e onde efetuar o registro. Esses passos so detalha dos adequadamente na seqncia. Tabela 3.1 - Possibilidades de constituio de MPEs T ipo de em p resa En qu ad ram ento/Fatu ram ento Anual Scio/ Titular O pes tributrias O nde form alizarMEI ME EPP Em presa norm al At R$ 60 mil Um titular Sim ples Internet Em presrio Individual - At Rs 360 mil A t R s 3.6 m ilhes Por o p o o u com fatu ram en to d c im a d e R s 3,6 m ilhes Um titular Sim ples, Lucro Real ou Presum ido Ju n ta C om ercial (continua) 60. (Tabela 3.1 concluso) Ti p o d e e m p resa Enquac MEI ram ento ME /Faturam er EPP U o Anual Em presa norm al Scio/ Titular O pes tributrias O nde form alizar Eireli At Rs 360 mil At R s 3,6 m llh es Por op ao ou com faturam en to acim a d e Rs 3,6 m ilhes Um titular Sim ples, Lucro Real ou Presum ido Jun ta Com ercial S o cied ad e Lim itada - At Rs 360 mil At R s 3.6 m ilhes Por o p o ou com faturam en to acim a d e Rs 3,6 m ilhes D ois ou m ais scios Sim ples, Lucro Real ou Presum ido Jun ta Com ercial FootiK: Por Ml d o F mprconiidor, 1013. O empresrio individual (EI) tem como caracterstica pre ponderante o fato de a constituio do negcio, de micro a m dio porte, partir de uma nica pessoa. Como tal, e depen dendo do faturamento anual do negcio, existe a opo de o El constituir-se como M icroempreendor Individual (MEI) e, ainda, de Responsabilidade Limitada (Eireli). Quando o negcio concebido por duas ou mais pessoas, deixa de existir a possibilidade da figura do MEI, ainda que o faturamento inicial seja inferior a RS 60.000. Na seqncia, detalhamos os procedimentos requeridos de formalizao para cada uma das alternativas existentes. Como destacado, o faturamento em si no suficiente para definir o enquadramento como empresa de micro ou pequeno porte e obter os benefcios estabelecidos na Lei n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (Brasil, 2006). So vrias as empresas de micro e pequeno porte que, por impedimento ou opo, ope ram em outro sistema tributrio que no o Simples Nacional. Elas podem operar em um dos trs sistem as de tributao, a saber: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real (Quadro 3.1). Tratamos desse tema em captulo parte. 61. 3.1 Os processos dc formalizao Apresentamos a seguir os processos de formalizao das trs categorias de empresas citadas anteriormente: o MEI, o El e a Sociedade Limitada, respectivamente. 3.1.1 Formalizao do MEI A primeira providncia a ser tomada para a formalizao do MEI verificar se o negcio se enquadra em uma das 471 ati vidades permitidas, as quais podem ser consultadas no site Portal do Empreendedor1. O registro como MEI exige alguns requisitos: o limite de faturamento, j citado, de al R$ 60.000, a proibio de o empre srio participar como scio ou titular de outra organizao e a contratao de apenas um funcionrio, cuja remunerao est limitada ao salrio m nim o da categoria profissional a que pertence. A formalizao do MEI feita, via internet, pelo prprio em preendedor, no Portal do Em preendedor. No entanto, 5 importante ressaltar que o empresrio pode obter apoio de 9 1 -5 | um escritrio de contabilidade para esse procedimento sem qualquer nus financeiro, desde que seja optante do Simples | 11 Nacional, o que toma o escritrio obrigado a prestar esse ser- i 1 1 i vio gratuitamente2. 1 Se o empresrio decidir fazer o registro, deve acessar o site | e do Portal do Empreendedor e escolher a opo de formalizao. 5 s 5 1 , i i | Para tanto, necessrio estar de posse de: * s 's * % 1 c 4 nmero do CPF; v v j f data de nascimento; | nmero de recibo da Declarao de Imposto de Renda c ! 1 i. 11 2 da Pessoa Fsica dos dois ltimos anos, se houver; 5 c l 2 - nmero do ttulo de eleitor. PS y Pgina: 62. O sistema autoexplicativo, alm disso, o portal fornece um a cartilha com detalhes de todos os passos requeridos. No existe custo para a formalizao, e todo o procedimento e feito pela internet, o que dispensa a entrega de documento a qualquer rgo. Ao final do processo, o em presrio rece ber o certificado da condio de microempreendedor indivi dual, que tem a funo de alvar provisrio de funcionamento. Importante destacar que o alvar poder ser cancelado pela prefeitura local caso o negcio, a localizao e as condies de funcionamento no estejam em conformidade com as regras estabelecidas pela legislao de cada municpio. Assim, uma das providncias iniciais, a qual inclusive deve fazer parte do plano de negcios, o estudo das condies requeridas para o exerccio das atividades da empresa. Ao final do processo, o empresrio deve assinar trs decla raes, explicadas a seguir: 1. Declarao de desimpedimento: ou seja, o empresrio deve estar ciente das condies estabelecidas para atuar como MEI e s deve se declarar desimpedido se atender a todas elas. 2. Declarao de opo pelo Sim ples Nacional e term o de cincia e responsabilidade com efeito de alvar de licena e funcionam ento provisrio: o empresrio deve ler esse documento para se conscientizar das obrigaes fiscais e acessrias imputadas a ele pelos artigos especficos da Lei Complementar n. 123/2006, estabelecidos nos arts. 17, 18-A c 29. Alm disso, afirma ter cincia e declara confor midade da empresa s regras do muncipio em relao a uso do solo, aspectos sanitrios, ambientais e outros elementos que possam cancelar o alvar de licena e funcionamento. 3. Declarao de Enquadramento como Microempresa: nessa declarao, o empresrio assum e que conhece as regras 63. estabelecidas pela Lei Complementar n. 123/2006, Lei do Sim ples, para o enquadram ento como microem- presa, com a respectiva afirm ao de que atende aos diferentes requisitos necessrios para constituio como microcmpresa. Quando o empresrio menor de 18 anos, h ainda a soli citao de declarao de capacidade. A partir da confirmao do cadastro, gerado o Certificado de Microempreendedor Individual, que tem funo de alvar de licena e funcionamento provisrio, impresso pelo prprio emitente no ato. O alvar provisrio tem prazo de 180 dias, que se torna definitivo se no houver manifestao da prefeitura local at essa data. O cadastro como MEI gera obrigaes tributrias e acess rias, as quais tambm so facilmente cumpridas por meio do prprio portal do empreendedor. So elas: 1. o recolhimento mensal de Documento de Arrecadao do Simples (DAS), at o dia 20 de cada ms, cujos valo res so fixos, sendo: a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a ttulo da contribuio pre vista no inciso IV do pargrafo 30 do art. 18-A, da Lei Complementar n. 123/2006; RS 1,00 (um real), caso seja contribuinte do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios (1CMS); R$ 5,00 (cinco reais), caso seja contribuinte do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza (ISS); 2. o preenchimento e a im presso do Relatrio M ensal das Receitas Brutas, o qual deve ser separado por rea: comrcio, indstria e servios. Depois de preenchido e assinado, deve ser anexado aos documentos fiscais e arquivado; 3. o preenchimento anual, at o ltimo dia de maio de cada ano, da Declarao Anual do Simples Nacional do 64. M icroem preendedor Individual (DASN-Simei), infor mando: a) a receita bruta no ano anterior; b) a receita bruta no ano anterior sujeita ao ICMS; c) a utilizao ou no da faculdade de contratar o empregado nico per mitido pelo art. 18-C da Lei Com plem entam . 123/2006. Caso o MEI opte por contratar o funcionrio, deve cum prir as obrigaes trabalhistas e acessrias decorrentes, para garantir os direitos desse funcionrio. De acordo com a Lei Complementar n. 123/2006, o MEI tem as seguintes obrigaes: 1. Preencher, entregar e recolher mensalmente a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social (GFIP), cuja alquota de 8% sobre o salrio mnimo, ou o piso sala rial da categoria a que pertence o empregado da empresa. 2. Recolher mensalmente o INSS, em um valor total de 11% sobre o salrio m nim o do funcionrio, o qual com posto da parte do empregador (3% sobre o salrio) mais a parte descontada do funcionrio, de 8%. 3. Entregar anualmente a Relao Anual de Informaes Sociais (Rais). As vantagens da formalizao apresentam-se destacadas a seguir: Integrao ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ). Abertura de conta bancria com dados da pessoa jurdica. Acesso a crdito. Enquadramento no Simples Nacional. Iseno dos tributos federais: Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPIeC SLL. Pagamento fixo de tributos destinados Previdncia Social e ao ICMS, ou ao ISS. 65. Acesso a direitos gerados pela Previdncia Social: auxi lio maternidade, auxilio doena e aposentadoria. Emisso de nota fiscal para pessoa jurdica. 3.1.2 Formalizao como empresrio individual Como j ressaltado do ponto de vista da configurao jurdica, existem dois formatos adicionais possveis, alm do formato do MEI j tratado, para pessoa fsica individual que deseja formalizar seu negcio: Empresrio individual Eireli O registro como em presrio individual para fins de res ponsabilidade civil no faz distino entre o patrimnio da pessoa fsica e o da pessoa jurdica. Trata-se de empresrio que exerce em nome prprio atividade empresarial, no havendo patrimnio particular delee, portanto, que no exige um valor mnimo de capital social para sua constituio. No sistema Eireli, por sua vez, h essa distino, e, em decor rncia disso, o art. 980-A da Lei n. 12.441, de 1 1 de julho de 2011 (Brasil, 2011a), estabelece que, para constituio da empresa, seja totalmente integralizado um capital social no inferior a 100 vezes o valor do salrio mnimo vigente no pas. As dem andas para abertura so similares. A formalizao como pessoa jurdica implica registro na Junta Com ercial e nas trs esferas governamentais: federal, estadual e municipal, na Previdncia Social e nos rgos regu ladores especficos, conforme apontado 11a Figura 3.1 a seguir e explicado em seguida. 66. Figura 3.1 - Processo de formalizao O r----------------------------------------------------^ Ju n ta C o r w o a l = Nlre r----------------------------------------------------' R eceita Federal = CNPJ R eceita d o Estado - IE r ^ P refeitura - A lvar e CMC k- Previdncia Social C CEF - FGTS O registro na Junta Com ercial do Estado d acesso ao N m ero de Identificao de Registro da Em presa (Nire); na esfera federal, a formalizao se d por meio da Receita Federal, rgo em que se obtm o Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ); na Secretaria de Fazenda do Estado se obtm a Inscrio Estadual (1E) e, na prefeitura municipal, o alvar de licena e funcionamento e o Cadastro Municipal do Contribuinte (CMC) para os prestadores de servios. Para fins de contratao de empregados, a empresa deve obter cadastro junto Previdncia Social, na Caixa Econmica Federal (CEF). Na fase de elaborao do plano de negcios, importante que se levantem as dem andas adicionais de registros do neg cio, a exemplo do conselho de classe, como o caso de ativi dades centradas em imobiliria e escritrio de contabilidade, cuja constituio de empresa deve ser previamente avaliada pelo Conselho Regional de Corretores de Imveis (Creci) e pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC), respectivamente. Tambm nessa fase aconselhvel a consulta prvia na prefei- tura sobre as possibilidades de localizao da empresa, uma vez que o alvar de funcionamento depende da conformidade da localizao e da atividade da empresa com o que determina a lei de zoneamento do municpio. 67. O incio da formalizao se d com o preenchimento do requerimento de empresrio, que dever ser registrado na Junta Comercial do Estado, cuja denominao se altera con forme o estado; no caso do Estado de So Paulo, essa junta leva o ttulo de Jucesp. O requerimento deve ser apresentado cm quatro vias e assinado pelo empresrio, procurador ou seu representante legal (Brasil, 2002b). No site do Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC)', possvel encontrar o modelo de requerimento de empresrio, inclusive com as instrues de preenchimento. Devem constar anexos ao requerimento: cpia de documento de identidade do empresrio, guia do recolhimento na Junta Comercial e Documento de Arrecadao de Receitas Federais (Darf), com o cdigo 6621, utilizado para recolhimento de taxas de servios de registro do comrcio. As taxas variam de acordo com o estado, portanto, devem ser obtidas no endereo eletr nico da Junta Comercial do prprio estado. Para o preenchi mento do requerimento do empresrio, so necessrias algu mas providncias importantes, como as destacadas a seguir: i. Classificao Nacional de Atividades Econmicas (Cnae): esse cdigo diretamente dependente do plano de negcios, uma vez que est relacionado com o objeto social da empresa. Aps a definio do objeto social, um texto que explica a finalidade da empresa, possvel identifi car e classificar suas atividades econmicas. C iso voc decidisse, por exemplo, em preender um comrcio de calados para a populao, o Cnae dessa atividade seria 4782-2/01 - varejista de calados em geral - que obtido por meio da pgina da Concla (Comisso Nacional de Classificao) na internet4. No requerimento pode cons tar o Cnae da atividade principal, que ser a principal fonte de Receita, e de atividades secundrias, se existirem. 68. a 2. Enquadramento como Micro ou Pequena Empresa: essa solicitao deve ser feita quando constatada sua con formidade com o que determina a Lei do Simples (Lei n. 123/2006). Aps a obteno do Nire, deve-se providenciar o registro na Receita Federal, o que se d mediante o preenchimento, direta mente no site da Receita Federal*, da Ficha Cadastral da Pessoa Jurdica (FCPJ). O preenchimento tambm pode ser realizado por meio do Programa Gerador de Documentos, disponvel para download no site da Receita Federal (Receita Federal, 2013). O Cadastro Sincronizado N acional (CadSinc) tem como finalidade integrar os procedimentos cadastrais de pessoas jurdicas e dem ais entidades nas esferas da Adm inistrao Pblica: Unio, estados, Distrito Federal e municpios, alm dos demais rgos e entidades que fazem parte do processo J de constituio de empresas. O principal objetivo do CadSinc f sim plificar e agilizar o processo de formalizao das empre- ? sas. Nos estados e m unicpios em que ele est implantado,o procedimento de form alizao de em presas ocorre a par-tir do protocolo de documentos em duas instituies: Junta Com ercial e prefeitura. A seguir, na Figura 3.2, possvel > visu alizar uma sntese dos procedim entos desencadeados f pelo cadastro sincronizado. 69. Figura 3.2 - Cadastro sincronizado (CadSinc) O registro na Secretaria do Estado necessrio quando a empresa exerce atividade industrial ou comercial, pois nesse caso ela contribuinte do ICMS. Esse procedimento posterior obteno do Nire e do CNPJ. A formalizao junto prefeitura tem dois objetivos: ........................................................................................................... . . . . . . . . . J Cadastro Municipal do Contribuinte (CMC) Alvar de funcionamento O CMC a inscrio na Secretaria de Finanas da Prefeitura como contribuinte de ISS, para as empresas com atividades de prestao de servios. A emisso do alvar de funcionamento, documento sem o qual a empresa no deve iniciar suas atividades, depende da obteno de licenas nos rgos de fiscalizao. Nos municpios em que o Sistema Integrado de Licenciamento (SIL) est em 70. operao, a prpria prefeitura aciona os rgos responsveis pela emisso das licenas. O alvar de funcionamento requer conformidade com as normas de zoneamento urbano, avalia o do risco da atividade observando os seguintes aspectos: segurana da edificao, segurana pblica, segurana do tra balho, higiene e limpeza e meio ambiente. A sugesto que, na fase de elaborao do plano de negcios, aps a definio do negcio, j se contate a prefeitura do municpio para avaliar as alternativas de localizao existentes, bem como as licenas necessrias para o exerccio da atividade. Essa providncia auxilia, inclusive, a determinao da estrutura requerida para a em presa c, portanto, o dimensionamento do volume total do investimento necessrio e seus custos mensais. Quando a atividade de baixo risco, a prefeitura costuma emitir uma alvar de funcionamento provisrio, cuja validade, conforme j exposto, se extingue em 180 dias. A pessoa jurdica constituda tanto no formato de empres rio individual quanto de Eireli pode se beneficiar do enquadra mento como microempresa (ME) ou (EPP), desde que atenda aos diferentes requisitos necessrios estabelecidos pela Lei Complementar n. 123/2006 e apresente, no ato do registro na Junta Comercial do estado, declarao dessa conformidade. Com o objetivo de sim plificar o processo de formalizao das empresas, em dezembro de 2007 foi promulgada pelo ento Presidente Lus Incio Lula da Silva a Lei n. 11.598, de 3 de dezembro de 2007 (Brasil, 2007), que criou a Rede Nacional para a Simplificao do Registro e da Legalizao de Empresas e Negcios (Redesim). A Redesim adm inistrada por um comit gestor presi dido pelo ministro de Estado do Desenvolvimento, Indstria e Com rcio Exterior. Os rgos integrantes dela devem dis ponibilizar informaes detalhadas sobre os procedimentos requeridos para a abertura e a legalizao das empresas em um nico local de forma presencial e pela internet, e assim 71. Dtspunivvicm:IjtJpvVr.j>.);. simplificar os proccdimentos para registros, alteraes e bai xas de empresrios e pessoas jurdicas no Brasil. No entanto, como estabelece o art. 2o da Lei n. 11.598/2007, a participao na Redesim " obrigatria para os rgos federais e volunt ria, por adeso mediante consrcio, para rgos, autoridades e entidades no federais com competncias e atribuies vin culadas aos assuntos de interesse da Redesim". A rede ainda est em processo: "O integrador nacional pretende se conectar com 27 integradores estaduais, os quais fazem o papel de interligao com os rgos estaduais e os municpios de cada Estado, o que ainda est em fase de implan tao no Brasil" (Brasil, 2013b). Em sintonia e em atendimento Lei n. 11.598/2007, no Estado de So Paulo, por exemplo, o governo, por meio do site Poupatempo do Em preendedor6, perm ite acesso Jucesp on-line e ao SIL. No entanto, dos 645 m unicpios do estado (Seade, 2013), apenas 22 mantm parceria com o governo de estado para operar nesse sistema. 3.1.3 Formalizao como sociedade limitada A form alizao como sociedade pressupe a existncia de duas pessoas fsicas, ou mais, que, por interesse comum, for mam uma sociedade a partir da integralizao de capital em dinheiro ou bens com finalidade de exerccio de atividade econmica. Conforme estabelece o art. 1.052 do Cdigo Civil, "N a sociedade de responsabilidade limitada, a responsabili dade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela inlegralizao do capi tal social". Para a constituio de sociedade limitada, obrigatria a elaborao de contrato social, que deve especificar, entre outras questes, a composio do capital social da sociedade, < indicando a participao das quotas de cada scio. O contrato 72. social deve atender s determinaes estabelecidas no Cdigo C ivil Brasileiro. O governo federal, com o objetivo de agilizar o processo de form alizao das empresas, no mbito da Redesim, dis ponibiliza por meio do Portal do Empreendedor modelo de contrato-padro, alm de outros detalhes e sugestes para orientar o interessado e contribuir com o procedimento de formalizao das empresas no formato de sociedade limitada. Os procedimentos para a formalizao da sociedade limi tada seguem os mesmos trmites do empresrio individual de responsabilidade limitada. A s principais diferenas so: a exi gncia de apresentao do contraio social e a faculdade de deter* m inao do valor total do capital social. No mbito da Receita Federal, para fins de obteno do CNPJ, requerida tambm a apresentao do Quadro de Scios e Administradores (QSA), o qual deve estar em conformidade com os dados constantes no contrato social. Exercidos resolvidos i. Etelvina, desde criana, deseja empreender um negcio. Ela quer dar inicio ao seu projeto. Oriente-a sobre os procedi mentos necessrios para dar incio ao seu projeto. Resposta: Etelvina deve comear elaborando um plano de negcios, o que envolve desde a definio do empreendimento, seu tama nho inicial, sua localizao, estudo e indicao de fornecedores e clientes, valor do investimento requerido, fontes de financia mento, quadro de funcionrios, valor dos custos totais mensais, valor mnimo requerido de faturamento, poltica de concesso e obteno de crdito, poltica de crescimento, at outras parti cularidades necessrias para o funcionamento da empresa. De 73. posse dessas definies, a futura empresria poder verificar as possibilidades de constituio jurdica. 2. Francisco tem uma microempresa de comrcio de alimentos, cujo faturamento anual no tem ultrapassado RS 60.000. No seria mais econmico para a empresa encerrar a atividade da microempresa e se formalizar como MEI? Comente. Resposta: Sim , pode ser m ais econmico, pois, na categoria de microempresa, a empresa recolhe uma alquota de 4% sobre seu faturamento mensal. Caso seu faturamento esteja na ordem de R$ 5.000 mensais, ter de recolher um guia men sal de RS 200,00. Como MEI, esse custo somaria R$ 86,65, j considerando o custo de INSS de 3% sobre o salrio piso da categoria (R$ 1.000), que tambm teria de recolher. No entanto, o empresrio estar limitado em ter apenas um funcionrio e ao faturamento anual de RS 60.000, logo, preciso analisar se essa mudana no acabaria por prejudicar o crescimento do negcio. 3. Q uais so as possibilidades de constituio jurdica para uma confecode roupas femininas cujo faturamento anual esperado de R $ 1.800.000? Resposta: A confeco pode ser constituda no formato de empres rio individual, Empresrio Individual com Responsabilidade Limitada (Eireli), casos que dispensam a necessidade de scios. Pode tambm ser constituda como sociedade limitada, mas necessrio no mnimo um scio. 4. Considerando que a opo de constituio foi sociedade limitada, quais so os procedim entos requeridos para a formalizao? 74. Resposta: Um passo importante, alm da elaborao do plano de neg cios, a definio da localizao da empresa aps consulta lei de zoncamento da prefeitura do municpio em que ser insti- luda. Outra providncia antes de elaborar a documentao a consulta sobre a denominao da empresa. Uma caracterstica da sociedade a exigncia de apresentao do contrato social e a faculdade de determinao do valor total do capital social. N o mbito da Receita Federal para fins de obteno do CNPJ, requerida tambm a apresentao do Quadro de Scios e Administradores (QSA), que deve estar em conformidade com os dados constantes no contrato social. O contrato social deve ser protocolado na Junta Comercial, o que, nos estados em que est em funcionamento o Cadastro Sincronizado, permite o acesso ao Nire, CNPJ e IE, enquanto a solicitao de alvar de funcionamento prefeitura aciona os rgos competentes para a concesso das licenas e o CMC. Deve-se tambm solicitar registro de contribuinte de FGTS na Caixa Econmica Federal. Perguntas & respostas i. Quais so as vantagens para quem trabalha por conta prpria em se formalizar como MEI? Resposta: So muitas as vantagens: integrar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica (CNPJ); abrir conta bancria com dados da pessoa jurdica; ter acesso a crdito; pagar tribu tos fixos destinado Previdncia Social e ao ICMS ou ao ISS; ter acesso a direitos gerados pela Previdncia Social: aux- lio-matemidade, auxlio-doena e aposentadoria; emisso de nota fiscal para pessoa jurdica, e outros. 75. 2. Qual a diferena em constituir uma em presa como empresrio individual ou como Eireli? Resposta:O registro como empresrio individual para fins de responsabilidade civil no faz distino entre o patrimnio da pessoa fsica e o da pessoa jurdica. Trata-se de empres rio que exerce em nome prprio atividade empresarial, no havendo patrimnio particular do empresrio e, portanto, no exige um valor mnimo de capital social para sua constituio. J no sistema Eireli h essa distino e, em decorrncia disso, o art. 9S0-A da Lei n. 12.441/2011 estabelece que, para a constitui _target