1 - introdução contabilidade e gestão

19
Contabilidade Prof. Ms. Geni Francisca dos Santos Vanzo Introdução: Contabilidade e Gestão

Upload: andreia-maria-silva

Post on 02-Jan-2016

54 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

ContabilidadeProf. Ms. Geni Francisca dos Santos Vanzo

Introdução: Contabilidade e Gestão

Page 2: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão2

Introdução: Contabilidade e Gestão

IntroduçãoA origem e a evolução histórica da Contabilidade mostram, com clareza, que a sua

finalidade de controle patrimonial está estritamente ligada à sua utilidade como instrumento

de gestão.

Contabilidade: origem e evolução históricaA Contabilidade, propriamente dita, surge nos primórdios da civilização juntamente com

as primeiras necessidades do homem primitivo em controlar seu “patrimônio” - animais,

ferramentas e outros pertences. Sua evolução está diretamente associada

ao desenvolvimento do homem em sociedade.

Desde os registros rudimentares, passando pelos grandes momentos da evolução humana,

Revolução Agrícola, Revolução Industrial e Revolução Tecnológica, observa-se que a

Contabilidade “acompanhou” o homem na sua trajetória evolutiva.

É fácil constatar que na medida em que as relações comerciais evoluíram da simples

“troca” para as transações on line em bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, a

Contabilidade tem sido a linguagem utilizada para informar e controlar essas relações.

Contabilidade uma Ciência Social AplicadaReconhecida como Ciência Social pela Academia de Ciências da França, em 1834,

a Ciência Contábil é responsável por registrar todas as transações ocorridas em uma

organização, com ou sem fins lucrativos, com a finalidade de gerar informações financeiras

que possibilitem o controle e a gestão do seu patrimônio.

http://www.youtube.com/watch?v=MKHkCUPHXJk&feature=related

Page 3: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão3

Tais registros, realizados por meio da aplicação de técnicas específicas, guardam

os princípios teóricos que lhes asseguram a lógica e a confiabilidade próprias do seu caráter

científico.

As teorias contábeis evoluíram através dos tempos, passando por várias fases, dentro das

“escolas” que as originaram.

Entre as escolas do pensamento contábil, as que mais se destacaram foram: a escola

italiana e a escola americana.

Objeto da Contabilidade

Um dos pressupostos básicos para que uma determinada área de estudos possa ser

considerada uma ciência é que esta possua um objeto próprio para pesquisas

e formulação de teorias embasadas em conhecimentos obtidos por meio da aplicação

de metodologias racionais. A Contabilidade tem como seu objeto de estudos o “patrimônio

das entidades”.

Objetivo da ContabilidadeO objetivo “científico” da Contabilidade é apresentar corretamente o patrimônio das

entidades e apreender e analisar as causas das suas mutações.

A correta apresentação do patrimônio remete ao objetivo “prático” da Contabilidade que

pode ser expresso como sendo o de gerar informações de natureza econômica, financeira

e física sobre o patrimônio das entidades e suas mutações, de forma a suportar as decisões

que seus usuários precisem tomar a respeito desses patrimônios.

Para saber mais consulte:

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/248.pdf

Page 4: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão4

Não se deve confundir o objetivo e o objeto da Contabilidade, por se tratar de coisas

distintas. O objetivo representa a “finalidade” e o objeto é o meio, a origem da informação,

o foco dos estudos da Contabilidade.

Conceitos e Definições

ContabilidadeOs conceitos são abstratos, embora portadores de significado. Partindo-se desse princípio,

pode-se inferir que a Contabilidade deve ser conceituada em função do que ela significa

para as organizações ou, melhor dizendo, para a gestão das organizações.

Trata-se de um instrumento do qual, independentemente do tipo ou porte, nenhuma

organização pode prescindir, pois é a única fonte de informações sobre os respectivos

patrimônios.

Como já foi anteriormente abordado, o objetivo da Contabilidade é apresentar informações

sobre o patrimônio das entidades, de forma a que estas sejam úteis ao processo de tomada

de decisões por qualquer dos seus usuários.

Assim, é possível afirmar que o conceito que melhor se aplica à Contabilidade é aquele que

a define como sendo um instrumento gerador de informações úteis à tomada de decisões

por parte dos seus usuários, sejam eles internos ou externos às organizações.

Tais informações são geradas mediante a utilização de um conjunto de técnicas alicerçadas

em princípios gerados pela aplicação prática das teorias contábeis.

Patrimônio A concepção empírica de patrimônio o relaciona às riquezas de propriedade de uma

pessoa. A primeira impressão que se apresenta quando se fala de patrimônio é a de posse

Page 5: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão5

de bens ou riquezas.

Com as organizações ou entidades, a concepção não é diferente, porém, é mais ampla.

O patrimônio de uma entidade pode ser entendido como sendo um conjunto de bens,

direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a qualquer tipo de pessoa natural

ou jurídica, independentemente de sua finalidade incluir ou não a obtenção de lucro.

BensSão diversas as definições para “bens”, dependendo do grau de detalhe que se pretende

abordar. De acordo com Iudícibus, Marion e Pereira (2003, p. 31), “entende-se por bens

as coisas úteis capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e empresas”.

Em Contabilidade, também é importante classificar os bens de acordo com o seu grau

de tangibilidade:

• Bens tangíveis: são bens palpáveis, cuja existência física é observável, também chamados

de bens corpóreos. Exemplo: imóveis, veículos, equipamentos, dinheiro em caixa,

estoques de mercadorias etc.

• Bens intangíveis: são bens incorpóreos, não palpáveis, não constituídos de matéria.

Exemplo: marcas, patentes etc.Pode-se, ainda, classificar os bens em:• Móveis: bens que podem ser movidos de lugar (máquinas, móveis etc.).• Imóveis: bens que não podem ser movidos de lugar (edifícios, terrenos etc.). • Semoventes: bens representados por seres vivos (animais em geral, integrantes do Ativo

das entidades).

Andreia Maria da Sil
Highlight
Page 6: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão6

DireitosAlgumas riquezas que estão em poder de terceiros, mas, sobre as quais se tem direitos de recebimento ou integração, também são consideradas como integrantes do patrimônio. Tais riquezas são denominadas, na Contabilidade, como “Direitos”. Por exemplo: duplicatas e títulos a receber, depósitos em contas bancárias etc.

ObrigaçõesObrigações, como o próprio nome sugere, são compromissos a serem cumpridos com terceiros.

Ao contrário dos direitos que representam riquezas a receber, as obrigações representam pagamentos a efetuar e, portanto, são redutoras da riqueza.

Patrimônio LíquidoO Patrimônio Líquido pode ser definido sob dois enfoques.

a) Investimentos dos sócios: valores entregues/investidos pelos sócios na empresa para que ela os aplique em suas operações e os remunere mediante os resultados obtidos nessas operações, por meio da distribuição de lucros e/ou dividendos.

b) Riqueza líquida ou Situação Líquida: valor do patrimônio/riqueza, líquido das obrigações com terceiros e representado pela seguinte equação: PL = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES

Page 7: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão7

Princípios da ContabilidadeOs Princípios de Contabilidade, de acordo com a Resolução CFC n° 750/93, com a

redação atualizada pela Resolução CFC n° 1282/10, “representam a essência das doutrinas

e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos

universos científico e profissional de nosso País”.

A Resolução CFC n° 750/93 está disponível em:

http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1993/000750

Todas as técnicas contábeis, particularmente as utilizadas na Contabilidade Financeira

tomam como premissa básica as disposições dos Princípios de Contabilidade. Para a

Contabilidade Gerencial, entretanto, a observância de tais princípios não é rigorosa, visto

que esta tem objetivos específicos voltados para o auxílio ao processo decisório.

A observância obrigatória dos princípios contábeis para o registro e o controle do

patrimônio das entidades assegura o embasamento científico das informações geradas pela

Contabilidade.

Os Princípios de Contabilidade, de acordo com as normas do CFC retro citadas que

já contemplam a preocupação com a harmonização com as normas internacionais de

Contabilidade, são os seguintes:

• Princípio da Entidade;

• Princípio da Continuidade;

• Princípio da Oportunidade;

• Princípio do Registro pelo Valor Original;

• Princípio da Competência;

• Princípio da Prudência (ou Conservadorismo).

Page 8: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão8

Princípio da EntidadeO Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio da entidade não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários.

Princípio da ContinuidadeO Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Princípio da OportunidadeO Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Princípio do Registro pelo Valor OriginalO Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional, observando-se as seguintes base de mensuração, em graus distintos e combinadas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o

passivo no curso normal das operações; e

Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Page 9: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão9

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes

patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes

de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem

adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são

reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados,

que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das

demonstrações contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes

de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada.

Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não

descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes

obrigações no curso normal das operações da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo

futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso

normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,

descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário

para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,

entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda

nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da

expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

Page 10: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão10

Princípio da CompetênciaO Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos

sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou

pagamento, além de pressupor a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas

correlatas.

Princípio da Prudência O Princípio da Prudência, também conhecido como Conservadorismo, determina a adoção

do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo patrimoniais

que alterem o patrimônio líquido.

Pressupõe, ainda, o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos

necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e

receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,

atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos

componentes patrimoniais.

Técnicas ContábeisAs técnicas contábeis consistem no conjunto de procedimentos a serem adotados para que

as informações contábeis possam ser geradas adequadamente.

As principais técnicas contábeis são:

• Escrituração: consiste no registro sistemático de todas as ocorrências que afetam o

patrimônio das entidades;

• Demonstrações contábeis ou Relatórios contábeis: são quadros técnicos elaborados com

base nos registros escriturados;

Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Andreia Maria da Sil
Highlight
Page 11: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão11

• Auditoria: consiste na verificação, por meio de procedimentos específicos, da exatidão

dos dados contidos nas demonstrações contábeis e nos respectivos documentos;

• Análise de balanços: é o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações

contábeis de forma a fornecer informações úteis aos respectivos usuários.

• Consolidação de balanços: consiste na junção das demonstrações contábeis de uma

empresa controladora com suas controladas, obedecendo a procedimentos específicos,

com o objetivo de demonstrar a situação econômica e financeira do grupo de empresas.

Além de registrar as transações já ocorridas, as técnicas contábeis permitem, também,

que se realizem análises e projeções importantes no processo decisório dessas organizações.

Usuários das Informações ContábeisSão usuários das informações contábeis todos aqueles que delas necessitam para tomar

qualquer tipo de decisão relacionada com a respectiva organização.

Os usuários das informações contábeis podem ser internos ou externos à organização.

Exemplo:

Page 12: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão12

Os usuários internos, como a própria denominação sugere, são aqueles que utilizam as informações contábeis para tomar decisões internas à organização. Normalmente, tais usuários são gestores de níveis hierárquicos diversos.

Os usuários externos são todos aqueles que não pertencem à organização, mas, que têm interesses diversos em seu desempenho.

Relatórios ContábeisDenomina-se por Relatório Contábil qualquer demonstrativo elaborado de forma ordenada, resumida ou não, com base em dados processados pela Contabilidade. Tais relatórios ou informes têm como objetivo levar a informação contábil, de forma inteligível e útil, aos respectivos usuários.

Os relatórios contábeis podem ser obrigatórios e não obrigatórios. Os relatórios não obrigatórios são todos aqueles elaborados para atender às necessidades específicas de usuários internos ou externos e que não são exigidos por lei comercial ou fiscal.

Os relatórios contábeis obrigatórios são:

• Balanço Patrimonial (BP);• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc) ou Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);• Demonstração do Valor Adicionado (DVA) – apenas para sociedades anônimas de capital aberto.

Os relatórios contábeis obrigatórios são elaborados com base na escrituração contábil, sendo denominados como Demonstrações Contábeis ou Demonstrações Financeiras.

Page 13: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão13

Algumas Demonstrações Financeiras não obrigatórias são muito importantes no processo decisório das empresas como, por exemplo, a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos – DOAR e as Demonstrações Financeiras Orçamentárias.

Outros relatórios financeiros / contábeis / sociais

Alguns outros relatórios complementam as Demonstrações Contábeis obrigatórias e, embora não exigidas de entidades que não sejam sociedades anônimas ou regidas por legislações especiais, auxiliam o processo de análise e entendimento das informações contábeis de organizações de qualquer porte ou segmento econômico.

São elas:

• Relatório da Diretoria ou Relatório da Administração – fornece informações como dados estatísticos, indicadores de produtividade e outros índices de performance, nível de desenvolvimento tecnológico, planos de expansão, etc., que facilitam o entendimento das ações e planos da organização.

• Notas Explicativas – são informações que têm por objetivo elucidar ou complementar dados não inteiramente transparentes das Demonstrações Contábeis ou, ainda, informar qualquer outro fato que possa ser importante para o entendimento da situação patrimonial da organização.

• Parecer dos auditores – obrigatório para as companhias abertas e empresas de grande

porte, é cada vez mais comum encontrar o parecer dos auditores compondo as

Demonstrações Financeiras de outros tipos de organizações. O parecer de auditoria

atesta que as Demonstrações foram elaboradas de acordo com os Princípios de

Contabilidade e e representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da

organização, no período sob exame.

Page 14: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão14

• Balanço Social – Outro relatório não obrigatório, mas que cada vez mais vem sendo

divulgado pelas organizações. Embora a Demonstração do Valor Adicionado, que é uma

demonstração obrigatória para as empresas de capital aberto, faça parte do relatório de

Balanço Social, este relatório, em sua completude, não é exigido pela legislação.

O Balanço Social contém diversas informações de caráter social e, algumas vezes,

ambiental que demonstram a atuação da organização junto à sociedade como,

por exemplo, dados sobre os investimentos em treinamento e outros benefícios aos

empregados, ações de incentivo à cultura, esportes, saúde, educação, etc. junto à

comunidade onde estão inseridas, entre outras.

Estrutura Básica de Publicação das Demonstrações Contábeis

Veja o Balanço Social (Relatório de Sustentabilidade) e as Demonstrações Contábeis da Petrobrás:

http://www.petrobras.com.br/rs2009/downloads/pt/relatorios.zip

Acesse o link das Demonstrações Financeiras do Grupo Gerdau:

http://www.gerdau.com.br/investidores/informacoes-financeiras-Trimestres.aspx?Ano=2009&Trimestre=4

Page 15: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão15

Contabilidade e Gestão

Contabilidade Geral ou Financeira e Contabilidade GerencialA Contabilidade das organizações pode assumir denominações complementares,

de acordo com os diferentes segmentos econômicos ao quais é aplicada ou, ainda,

de acordo com os fins a que se destina. Por exemplo:

• Contabilidade comercial – praticada pelas empresas comerciais;

• Contabilidade industrial – praticada pelas indústrias;

• Contabilidade do terceiro setor – praticada pelas entidades sem fins lucrativos;

• Contabilidade rural ou agrícola – praticada pelas empresas agroindustriais;

• Contabilidade tributária ou fiscal - destinada ao registro e controle dos impostos e

contribuições;

• Contabilidade de custos – destinada ao registro e controle dos custos das

organizações etc.

Apesar das diferentes denominações complementares, a Contabilidade não é diferente

no que se refere aos seus princípios ou técnicas. Ela é essencialmente a mesma, com

peculiaridades específicas a cada segmento ou finalidade.

A Contabilidade que registra as ocorrências diárias da vida das organizações, registros

estes que darão origem às Demonstrações Contábeis, independentemente de segmento

econômico (comercial, industrial, rural etc.), é chamada de Contabilidade Geral ou

Financeira.

A modalidade contábil que se ocupa da elaboração de projeções e geração de informações

para apoio à gestão das organizações é denominada Contabilidade Gerencial.

Page 16: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão16

Destinada a registrar, de maneira ordenada e sistemática, todas as transações da organização, com o propósito de gerar informações sobre as mutações patrimoniais que sejam úteis aos seus diversos usuários, a Contabilidade Geral ou Financeira difere da Contabilidade Gerencial nos seguintes pontos:

Contabilidade Geral ou FinanceiraCondiciona-se aos Princípios de Contabilidade e à normatização legal pertinente; registra os fatos já ocorridos; destina-se, principalmente, aos usuários externos (credores, fornecedores, governo, acionistas etc.), sendo obrigatória para todas as organizações; sua utilização no processo decisório é restrita a analise de fatos “passados”, o que nem sempre é útil ao gestor.

Contabilidade GerencialFaz uso das mesmas técnicas contábeis da Contabilidade Financeira, sem, no entanto subordinar-se aos Princípios de Contabilidade; tem como principal objetivo fornecer informações úteis e em tempo para a tomada de decisões; destina-se ao público interno da organização, tendo em vista o seu caráter gerencial; faz uso, para geração das informações, prioritariamente, de conceitos de “finanças” e de “custos”.

Processo decisório das organizações

As últimas décadas, em decorrência da chamada Revolução Tecnológica, têm registrado a necessidade de decisões rápidas e eficazes de todas as organizações, mesmo aquelas criadas sem a finalidade de obtenção de lucros. É o acirramento da concorrência que leva à constatação de que “quem chega primeiro, leva”.

Nesse contexto, o processo decisório depende, cada vez mais, de informações confiáveis e dentro de tempo hábil. A Contabilidade é o único instrumento capaz de fornecer as informações de caráter econômico e financeiro necessárias a esse processo.

Saiba mais sobre a utilização da Contabilidade como instrumento de gestão: PEDROSA, Carlos José. A contabilidade como instrumento de gestão.

Disponível em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/ff9af6e19f6bb9fa03256c6b00474272/2a92a94fcb65dfd703256f29004fb6a9/$FILE/NT000A0786.pdf.

Page 17: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão17

Iudícibus e Marion (2009, p. 1) afirmam que a Contabilidade “coleta todos os dados

econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma

de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada

de decisões”.

Considerações finaisA Unidade 1 objetivou oferecer uma visão geral da Contabilidade, destacando sua origem

e evolução histórica, seu caráter científico, seus Princípios e técnicas e, sobretudo, a sua

utilização como instrumento de gestão e controle dos patrimônios das entidades.

Page 18: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão18

Bibliografia

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 6 ed. São Paulo, Atlas, 2009.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José C.; PEREIRA, Elias. Dicionário de Contabilidade.

2 ed. São Paulo, Atlas, 2003.

PADOVEZE, Clóvis. Manual de contabilidade básica. 5 ed. São Paulo, Atlas, 2007.

Page 19: 1 - Introdução Contabilidade e Gestão

Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão19

Este documento é de uso exclusivo da Universidade Anhembi Morumbi, está protegido pelas leis de

Direito Autoral e não deve ser copiado, divulgado ou utilizado para outros fins que não os pretendidos

pelo autor ou por ele expressamente autorizados.