introdução a disciplina de contabilidade
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Este texto, foi feito para auxiliar os alunos de contabilidade que encontram com dificuldade. O conteúdo nele escrito foi extraído das Aulas de Contabilidade com o professor Luiz e do livro Contabilidade para não contadores.TRANSCRIPT
Introdução à disciplina de contabilidade
Conceito de Contabilidade
É uma ciência social que estuda e pratica as funções de controle permanente
e eficiente de gestão do Patrimônio de uma entidade contábil {Pessoas físicas
(Portadoras de CPF) e Pessoas Jurídicas (Portadoras de CNPJ, empresa com fins
lucrativos ou não)}.
Objeto de estudo
É o patrimônio das entidades.
Objetivo da Contabilidade
É estudar, controlar e registrar os fatos decorrentes da gestão do patrimônio das
entidades econômico-administrativas.
Finalidade
É permitir a obtenção de informações econômicas e financeiras acerca da entidade,
para auxiliar nas tomadas de decisões.
Usuários da Contabilidade.
Internos (dentro da organização)
O Empresário, os sócios ou acionistas da sociedade: Que usam as informações
contábeis para avaliar o retorno do capital investido, valorização da empresa e entre
outras.
Diretores, gerentes e administradores dos diversos níveis: Utilizam as
informações para aperfeiçoar as decisões.
Externos (fora da Organização )
Bancos: Utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, financiamentos, limite de
crédito e etc.
Fornecedores: Utilizam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da
empresa
Clientes: Avaliam a capacidade produtiva em relação aos compromissos assumidos
(as vendas e serviços) e a responsabilidade social.
Governo (fiscalização): Utilizam os relatórios contábeis com a finalidade de
arrecadação de impostos, fiscalizarem as entidades para saberem se elas estão
cumprindo as leis impostas, no sentido de melhor redimensionar a economia e
avaliar a locação da mão de obra e a renda per capta (IBGE).
Sindicatos: Para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para
reajustes de salários e para as melhorias para as classes economicamente
organizadas.
Investidores: Saber a capacidade da empresa de gerar lucros.
Função do Contador:
A função básica do Contador é produzir informações úteis aos usuários da
contabilidade para a tomada de decisões.
Patrimônio
Conceito: São o Conjunto de BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES.
PATRIMÔNIO BRUTO, OBIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LIQUIDO.
ATIVO E PASSIVO.
BENS + DIREITOS (ATIVO) OBRIGAÇÕES (PASSIVO)BENS OBRIGAÇÕES EXIGIVEISDinheiro Empréstimos a PagarVeículos Fornecedores (Duplicatas á Pagar)Imóveis Salários a PagarMaquinas Encargos Sociais a PagarFerramentas FinanciamentosMoveis e Utensílios Impostos a PagarMarcas e Patentes Aluguéis a Pagar Títulos a Pagar
DIREITOS Contas a Pagar
Depósitos em banco Patrimônio Liquido (PASSIVO NÃO EXIGIVEL)Duplicatas a Receber Capital Social Títulos a Receber Lucros Acumulados
Alugueis a Receber Prejuízos AcumuladosAções Reserva de LucrosAdiantamentos
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
Bens:
No sentido geral, são todas as coisas úteis capazes de satisfazer as necessidades
das pessoas ou empresas, gerando algum retorno.
Bens Tangíveis: São bens palpáveis, como dinheiro, estoque, imóvel e etc.
Bens Numerários: Dinheiro
Bens de venda; Estoque de mercadorias para revenda, de matérias- primas;
Bens Imóveis: Vinculados ao solo. Não podem ser retirados sem destruição ou
dano: edifício, árvores e etc.
Bens móveis: Podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: Animais
(semoventes) máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias.
Bens de renda: Imóveis para aluguel (Leasing = Arrendamento mercantil)
Bens Intangíveis: São bens que não tem existência física: Capital intelectual,
marcas e patentes, direitos autorais, franquias, fundo de comercio e etc.
Direitos
Em Contabilidade, entende-se por Direito ou Direito a receber, o poder de exigir
alguma coisa, ou ainda, valores de propriedade da empresa em posse de terceiros.
Exemplos: Duplicatas a receber (ou clientes), bancos com movimentos, prêmios de
seguros a vencer, Impostos a recuperar, Adiantamentos a empregados, a
fornecedores, a sócios e etc.
Obrigações
São dividas com terceiros (Governo, fornecedores, bancos, empregados).
Obrigações são compromissos que serão reclamados, exigidos na data do
vencimento.
Exemplos: Salários a pagar, impostos a recolher, adiantamentos de clientes,
fornecedores e etc.
Elementos Patrimoniais
No sistema patrimonial da pessoa jurídica, os elementos patrimoniais Bens e
Direitos são registrados com a nomenclatura de ATIVO (Lado positivo), refletindo as
aplicações de recursos que os administradores fizeram dos recursos recebidos. Os
elementos patrimoniais classificados como Obrigações são registrado com a
nomenclatura de Passivo (Lado negativo), refletindo a origem dos recursos.
Resumindo: Sempre haverá uma origem e um destino para cada operação
realizada.
Patrimônio líquido
Para conhecermos a riqueza liquida uma pessoa ou empresa, devemos somar os
bens e os direitos e, desse total, subtrair as suas obrigações e o resultado obtido é a
situação liquida, ou seja, patrimônio liquido.
Patrimônio Líquido é igual a:
BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS
ou ATIVO - ORIGENS
ou PATRIMÔNIO BRUTO – PASSIVO EXIGÍVEL
Origens e Aplicações de recursos
O lado do passivo mostra a origem dos recursos (sua origens), enquanto o lado do
Ativo mostra a aplicações dos recursos (seu destino).
Ativo é o lado destinado agrupar as aplicações de recursos, enquanto que passivo é
o lado destinado a agrupar as origens dos recursos obtidos pela entidade.
Passivo
Recursos de Terceiros: Como o nome já identifica, são os recursos obtidos junto a
terceiros, quaisquer que sejam.
Passivo Exigível da empresa: Circulante e Exigível a longo prazo
Passivo Circulante Exigível - São as obrigações que normalmente são pagas
dentro de um exercício social.
Passivo Exigível a Longo Prazo : São as dívidas de uma empresa que serão
liquidadas com prazo superior a um exercício social.
Recursos de funcionamento: obrigações que surgem em decorrência da gestão
normal da empresa. Exemplos: Fornecedores diversos, Obrigações fiscais,
obrigações trabalhistas, dentre outras necessárias para a manutenção normal da
entidade.
Recursos de Financiamentos: Recursos obtidos pela empresa, junto a terceiros,
sob a modalidade de financiamentos ou empréstimos, face á deficiência de seu
capital próprio.
Recursos próprios: são recursos originados da própria empresa.
Passivo não exigível: Obrigações da empresa com os seus proprietários,
que ,assumindo o risco da atividade empresarias, mantém os seus capitais a serviço
da sociedade por tempo indeterminado.
Capital dos proprietários ou Sócios: Parcela do Capital Social que foi investida na
empresa pelo titular ou pelos sócios, com intenção de mantê-la aplicada de forma
permanente.
Giro normal: São os acréscimos ocorridos no patrimônio líquido em decorrência da
gestão normal da empresa. Exemplos: Lucros Acumulados ou Reserva de lucros
*Capital = Recursos*
Ativo
Conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São itens positivos do
patrimônio é o destino dos recursos originados do passivo, que foram aplicados pela
administração da empresa.
Balanço patrimonial
É uma das demonstrações muito utilizadas, pelos usuários externos à empresa a
palavra balanço decorre do equilibro:
Ativo = Passivo, ou da igualdade: Aplicações = Origens.
O termo de balanço patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja,
conjunto de bens, direitos e obrigações.
Ativo = Destino Passivo = Origens
Situação Patrimonial
Situação Patrimonial Líquida Positiva: Quando o ativo é maior que o valor das
obrigações exigíveis
Situação Patrimonial Liquida Negativa (Passivo a descoberto): Quanto o ativo é
menor que o valor das obrigações exigíveis.
Situação Patrimonial Liquida Nula: Quanto o ativo e as obrigações exigíveis forem
iguais.
As contas do Ativo, Passivo e Patrimônio líquido são chamados de contas
patrimoniais.
Grupo de Contas
São os agrupamentos de contas que contem as mesmas características, para
facilitar a ler, interpretar e analisar o Balanço Patrimonial.
Duas regras básicas para a distribuição das contas:
Prazo
Circulante - Tudo aquilo que circula durante o exercício contábil de uma entidade.
Exemplo: Disponível (a conta caixa, bancos e etc.)
Não Circulante - Tudo aquilo que circula com mais de um exercício contábil.
Exemplo: Imobilizado (Maquinas e equipamentos e etc.)
Grau de liquidez Decrescente:
As contas que tem um maior grau de liquidez são classificadas em primeiro no plano
de contas.
Exemplo: A conta Disponível sempre será a primeira conta, pois é aonde circula o
dinheiro da empresa.
Grupos de contas do Ativo
- Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua
liquidez, isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em
dinheiro.
Ativo Circulante
É o agrupado com os itens que, serão transformados em dinheiro, consumidos ou
vendidos em curto prazo, ou seja, dentro de um ciclo contábil.
1 - Disponível: (Caixa, Bancos)
2 - Contas a Receber: São os valores que ainda não recebidos decorrentes de
vendas de mercadorias ou prestações de serviços a prazo. São valores a receber,
também denominados Duplicatas a receber ou Clientes.
3 - Estoques: São matérias ou mercadorias a serem vendidas ou revendidas.
(Estoque de matéria prima, material de uso e consumo, mercadoria para revenda)
4 - Investimento Temporário: São aplicações realizadas normalmente no mercado
financeiro com excedente do caixa. São investimentos por um curto período, pois,
tão logo a empresa necessite do dinheiro, ela se desfaz da aplicação.
5 - Despesas do Exercício seguinte: As despesas do exercício seguinte devem ser
contabilizadas em conta de ativo. Conforme Lei n° 6.404/76, as despesas do
exercício seguinte são denominadas de “aplicações de recurso em despesas de
exercício seguinte”. Estas despesas também são comumente denominadas de
“despesas antecipadas”. Como o próprio nome indica, esta conta refere-se a
despesas que foram pagas antecipadamente. A partir do momento que se paga algo
antes da realização, gera-se um DIREITO.
As despesas antecipadas são aquelas pagas ou devidas com antecedência, mas
referindo-se a períodos de competência subseqüentes.
Exemplos:
Prêmios de seguro Aluguel pago antecipadamente
Assinaturas de periódicos e anuidades Juros sobre descontos de duplicatas
Deduções do Circulante:
* Contas a Receber: Parcela estimada pela empresa que não será recebida em
decorrência dos maus pagadores deve ser subtraída de contas a receber, com o titulo
Provisão para Devedores Duvidosos.
* Antigamente existia a conta duplicatas descontadas como dedução do ativo, de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 ela passa a ser uma conta do Passivo.
Ativo Não Circulante
È um grupo formado pelos bens de natureza duradora, assim como também pelos
direitos, ou seja, por valores a receber, garantindo assim o bom funcionamento da
empresa.
Realizável á longo prazo
São ativos de menor liquidez (transformam- se em dinheiro mais lentamente) que o
Circulante. Exemplos: Empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades
coligadas ou controlas, a diretores, acionistas etc., títulos a receber a longo prazo
Investimentos
As participações (que não se destinam à venda ) em outras sociedades e outras
aplicações de característica permanente que não se destinam a manutenção da
atividade operacional da empresa. Exemplos: Imóveis destinados para aluguel.
Imobilizado
O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direitos necessários à
manutenção das atividades da empresa, caracterizados por apresentar-se na forma
tangível (prédios para uso da empresa, máquinas e equipamentos, instalações, moveis
e utensílios, etc.).
Deduções desde subgrupo do ativo são: As depreciações acumuladas
Intangível
São direitos que tenham por objetos incorpóreos, isto é, não palpáveis, que não se
podem tocar pegar, destinados à manutenção da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comercio adquirido. Exemplos: Fundo de comercio,
marcas e patentes, software etc.
Grupos de contas do Passivo
O Passivo agrupará contas de acordo com o seu vencimento, isto é, são aquelas
contas que serão liquidadas mais rapidamente integrarão o primeiro grupo.
Passivo Circulante
São as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano (curto prazo):
Contas a pagar, Fornecedores Diversos, Impostos a recolher, empréstimos bancários
com vencimentos dentro do exercício contábil, Provisões (São as despesas incorridas,
geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: Imposto de Renda,
Ferias, 13º Salário, salários a pagar, encargos sociais a pagar etc.) Duplicatas
Descontadas e etc.
Passivo não circulante
È um grupo formado pelas obrigações das empresas, que ultrapassam o ciclo do
exercício social das empresas.
Exigível a longo prazo
São dividas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano :
Financiamentos ,Títulos a Pagar, Empréstimos e financiamentos, Receitas Diferidas e
etc.
Patrimônio liquido
O P.L. representa os investimentos dos proprietários (capital) alem das Reservas (destino especifico para
o lucro não distribuído) e outros itens.
Ativo Destino (D) Passivo Origem (C)
Circulante D Circulante C
Disponível D Não Circulante C
Contas a receber D Exigível a Longo Prazo C
Estoques D
Investimento Temporário D Patrimônio Liquido C
Provisão para Devedores Duvidosos (Credora) C Capital Social C
Não Circulante D
Realizável a longo prazo D
Investimentos D
Imobilizado D
Depreciações Acumuladas (Credora ou Redutora) C
Intangível D
Ciclo operacional
O Ciclo operacional é o período de tempo que a empresa demora em produzir, vender
e receber o produto.
Receitas
Receitas são todos os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma
prestação de serviços, porém nem todos são oriundos de vendas ou prestação de
serviços, como por exemplo: aluguéis, rendimentos de uma aplicação financeira, juros
e etc.
Toda receita aumenta o ativo, seja na conta dos disponíveis, realizável ou realizável a
longo prazo. Existem alguns casos que a receita é utilizada para a quitação de contas.
Exemplo: A empresa X prestou um serviço para Y, no qual a X estava devendo a Y. O
lançamento deste exemplo é:
Receitas (Serviços, Produtos ou Mercadorias).
Passivo (Contas a Pagar, Fornecedores a pagar).
Exemplos: Receita de vendas de mercadorias; Receitas de Vendas de Produtos;
Receitas de Prestação de Serviços; Descontos Obtidos; Aluguéis Ativos; Juros Ativos.
Nem todo o aumento do ativo é receita. Exemplo: Uma empresa contrai um
empréstimo, aumenta o ativo e também o passivo.
Custos
Os custos representam os gastos (investimentos) incorridos com a produção de algum
produto (Custos de produção), além dos dispêndios (gastos) com a aquisição das
mercadorias que foram vendidas pela empresa (Custos das mercadorias Vendidas -
C.M.V). Podemos dizer que os custos da produção são "despesas" realizadas com
destinação especifica á área produtiva. È importante observar que tais "custos da
produção" serão recuperados tão logo ocorra à venda dos produtos, motivo de serem
considerados como um "investimento" e não como uma despesa.
Exemplos: Custo das Mercadorias Vendidas, Custo dos Serviços Prestados, Custo dos
produtos Vendidos, Custos Indiretos, Custo da Mão de obra Direta e Custo das
Matérias Primas e Embalagens.
Despesas
As despesas representam o sacrifício ou esforço da empresa para obter Receita. Todo
consumo de bens ou serviços com o objetivo de gerar Receita é considerado Despesa.
Exemplos: Água e Esgoto; Alugueis Passivos; Descontos Concedidos, Despesas
Bancarias; Fretes e Carretos; Juros Passivos, Ordenados e Salários, Despesas
Administrativas, Despesas Comerciais, Despesas com Pessoal e etc.
A Despesa é refletida no balanço Patrimonial, pela redução do Ativo - Disponível
(Quando é paga a vista), ou mediante aumento de uma divida - Passivo (quando a
despesa vai ser paga a prazo).
Todo dinheiro que sair do Disponível para pagamento de alguma despesa é
denominado de desembolso.
Toda vez que se tem uma despesa e não se paga nada dela no momento, é
denominado de não desembolso. Pois, você contraiu uma obrigação e ela vai ser paga
algum dia.
As contas de Custos, Despesas e Receitas são chamadas de contas de Resultado.
Ativo + Custos + Despesas = Passivo + Receitas
Ativo X Despesa
Quando um bem perde a capacidade de trazer benefícios para empresa, ele se torna
uma despesa.
Apuração de Resultado
A cada exercício social a empresa deve apurar o resultado do seu negocio, para saber
se obteve lucro ou prejuízo. Para saber a situação da empresa basta pagar a Receitas
menos as Despesas e Custos.
Se a receita for maior que as despesas e os custos, a empresa obteve lucro.
Se a receita for menor que as despesas e os custos, a empresa obteve prejuízo.
RECEITAS>CUSTOS E DESPESAS = LUCRO
RECEITAS < CUSTOS E DESPESAS = PREJUÍZO
Regimes de competência
È a forma mais adequada e completa, que evidencia o resultado. Sendo
universalmente adotada pelo Imposto de Renda.
Receita: Será contabilizada no período em que for gerada, independentemente do seu
recebimento. Dessa forma, se a empresa vendeu a prazo em Junho-2014 para receber
em Julho-2014, considera-se que a receita foi gerada em Junho-2014.
Despesas: Será contabilizada no período em que for incorrida, consumida, utilizada,
independentemente do pagamento. Assim, se em Maio-2014, a empresa pagar os
salários de seus colaboradores que trabalharam em Abril-2014, a despesa pertence a
Abril-2014, pois foi neste período que ela efetivamente incorreu.
Quando uma empresa recebe um adiantamento de clientes, esta Receita vai ser
lançada em uma conta Patrimonial, pois é uma divida. E ela vai ser apropriada a uma
conta de resultado, quando você realmente efetuar a venda ou a prestação de serviço.
Quando se paga uma despesa antecipadamente você adquiri um direito (Conta
Patrimonial). E vai apropriando à medida que é utilizada, na conta de Despesa (Conta
de Resultado).
Apurando o resultado de exercício pelo regime de competência: Toda despesa gerada
num determinado período será subtraída do total da receita gerada no mesmo.
Regime de Caixa
È uma forma simplificada de contabilidade, aplicando basicamente às microempresas
ou entidades sem fins lucrativos. As regras são:
Receita: Será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando o
dinheiro entra na empresa.
Despesa: Será considerada no momento do seu recebimento, ou seja, quando a
empresa desembolsar dinheiro.
Apurando o resultado de exercício pelo regime de caixa: subtraindo-se toda despesa
paga da receita recebida.
Exemplos de Operações - Aplicação e Destino
Constituição de uma Empresa: Entrada inicial de capital social em dinheiro, em
01/03/X2, no valor de R$ 100.000:
Aplicação (onde foi aplicado o recurso): Caixa (bem)
Origem (de onde veio o recurso): Capital Social (Patrimônio Líquido)
Depósito em Banco: abertura de uma conta bancária no Banco Monetário, em
01/03/X2, com depósito inicial de R$ 98.000:
Aplicação: Banco Monetário (Ativo)
Origem: Caixa (Ativo)
Empréstimo Bancário: obtenção de um empréstimo junto ao Banco Monetário, em
06/03/X2, no valor de R$ 50.000, creditado em sua conta bancária. O pagamento
ocorrerá dentro de 60 dias. Nesse momento, não houve nenhuma despesa ou
cobrança de juros:
Aplicação: Banco Monetário (Ativo)
Origem: Empréstimos bancários (Passivo)
Aquisição de Mercadorias para Revenda: aquisição de três moveis para revenda, em
10/03/X2, nos respectivos valores de R$ 5.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 15.000,00
totalizando R$ 20.000,00. O pagamento ocorrera em 36 parcelas, sem juros em
duplicata mercantil.
Aplicação: Mercadorias para Revenda (Ativo)
Origem: Fornecedores (Passivo)
Venda de Mercadorias a Vista: venda de um móvel (adquirido por R$ 15.000,00) por
R$ 22.000,00, onde R$ 12.000,00 foi recebido em dinheiro e metade em deposito
bancário, em 15/03/X2:
Aplicação: Caixa e Banco (Ativo)
Origem: Vendas de mercadorias (Receita)
Custo da venda do móvel: No momento da venda, a empresa já fez o custo da compra
desta mercadoria. (R$ 15.000,00)
Aplicação: Custo das Mercadorias Vendidas (Custo)
Origem: Mercadorias para Revenda (Bem)
Venda de Mercadorias a Prazo: em 20/03/X2 foi efetuada a venda a prazo de todo o
estoque (adquirido por R$ 15.000,00) por R$ 35.000, para ser recebido dentro de 30
dias, 45 dias e 60, com emissão de duplicatas mercantis pelo cliente.
Aplicação: Clientes (Direito)
Origem: Vendas de Mercadorias (Receita)
Custo de venda do estoque final: No momento da venda, a empresa já efetuou o custo
das mercadorias vendidas.
Aplicação: Custo das Mercadorias Vendidas
Origem: Mercadorias para Revenda
Pagamento de Despesas: em 31/03/X2 foi feito o pagamento de salários do mês de
março no valor de R$ 5.000,00, em cheque:
Aplicação: Despesas com pessoal
Origem: Banco com movimentos
Apropriação de Despesa a Pagar: em 31/03/X2 foi feita a apropriação de despesa de
Energia Elétrica consumida no mês de março, no valor de R$ 500,00, a ser paga em
10/04/X2:
Aplicação: Energia (despesas)
Origem: Contas a pagar (Obrigação)
PLANO DE CONTAS
Para controlar o patrimônio e fornecer informações úteis e confiáveis, a Contabilidade
precisa registrar todos os fatos administrativos que ocorrem na entidade, utilizando-se
das contas.
O Plano de Contas é o agrupamento ordenado de todas as contas que serão utilizadas
pela Contabilidade de uma empresa, sendo indispensável para o registro de todos os
fatos contábeis e servindo como parâmetro para a elaboração das demonstrações
contábeis. Em outras palavras, o Plano de Contas é o instrumento que o profissional
consulta quando vai fazer o lançamento contábil, pois indica qual conta deve ser
utilizada.
Cada empresa terá seu próprio Plano de Contas, de acordo com sua atividade e seu
tamanho (micro, pequena, média ou grande)
Na elaboração do Plano de Contas, devem ser levados em conta três objetivos:
Atender as necessidades de informação da administração;
Observar a Lei 6.404/76, que regula a elaboração do Balanço Patrimonial e das
demais demonstrações contábeis;
Não ser excessivamente diferente dos modelos usualmente utilizados, visando
adaptar-se às exigências dos agentes externos à empresa e particularmente, às
regras da legislação do Imposto de Renda.
CODIFICAÇÃO DAS CONTAS
O Plano de Contas é numerado ou codificado de forma racional. A codificação das
contas é elemento indispensável para contabilização através de processos eletrônicos.
O critério que iremos utilizar é o seguinte:
X. 1º Grau: (um digito que indica a estrutura) São as contas: Ativo, Passivo, Receitas,
Custos e Despesas.
X. X. 2º Grau: (Um digito que indica o grupo) São as contas: Circulante, Não Circulante,
Receitas Diferidas, Patrimônio Liquido, Receitas Operacionais, Custos, Despesas e etc.
X. X. X 3º Grau: (um dígito que indica o subgrupo): São as contas: Disponível,
Realizável, Despesas do Exercício Seguinte, Realizável a Longo Prazo, Investimentos,
Imobilizado, Intangível, Fornecedores, Empréstimos e Financiamentos e etc.
X. X. X. XX. 4º Grau: (Um digito que indica o subgrupo) São as contas: Caixa, Banco
com Movimento, Aplicações de Liquidez Imediata, Duplicatas a receber e etc.
X. X. X. XX. XXXX 5º Grau (Dois dígitos que indicam a conta objeto de lançamento)
São as contas: Caixa Matriz, Caixa Filial 1, Banco Monetário, Banco Financeiro e etc.
Contas analíticas: São as contas do 5º grau, pois são nestas contas que fazemos
os lançamentos contábeis.
Contas Sintéticas ou Totalizadoras: São as demais contas.
DÉBITO E CRÉDITO
Débito na linguagem comum significa: dívida, situação negativa, estar devendo para
alguém etc. Já a palavra Crédito significa: ter crédito com alguém, situação positiva,
poder comprar a prazo etc.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
“Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo
que cada débito corresponde um crédito de igual valor”.
Assim, temos que, para todo fato contábil, ou seja, para todos os acontecimentos que
provocam variações nos valores patrimoniais, devemos registrar um débito e um
crédito correspondente, de mesmo valor.
NATUREZA DAS CONTAS
As contas do Ativo são de natureza Devedora;
As contas do Passivo são de natureza Credora.
As contas de Despesas são de natureza Devedora;
As contas de Receitas são de natureza Credora.
As contas de Custos são de natureza Devedora
Contas Natureza Natureza
Para o Saldo
Aumentar Diminuir
ATIVO Devedora(D) D C
Ativo (retificadora) Credora (C) C D
Passivo Credora (C) C D
Passivo (retificadora) Devedora (D) D C
Receitas Credora (C) C D
Despesas e Custos Devedora (D) D C