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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CONTABILIDADE I

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Page 1: Apostila Introdução a Contabilidade I

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

FACULDADE DE

CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

CONTABILIDADE I

Page 2: Apostila Introdução a Contabilidade I

Professor Claudio Armani Nunes

1. Introdução

1.1. Conceitos

A Contabilidade, na sua condição de Ciência Social, cujo objetivo é o

Patrimônio, busca, por meio da quantificação, da classificação, do registro, da eventual

sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo

Patrimônio de uma entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e

qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários.

(Resolução CFC 785, de 28/7/95 - NBCT 1)

Contabilidade é a ciência que estuda e registra os atos e fatos administrativos de

uma entidade.

Contabilidade é um Sistema de Informação e Avaliação, cujo objetivo maior é

fornecer informações úteis aos seus usuários internos e externos à empresa, de forma

a apoia-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na

formação de suas avaliações.

1.2. A Evolução da Contabilidade

Costuma-se dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem.

Na Bíblia, em seu primeiro Livro, Gênesis, dentre outras passagens que sugerem uma

Contabilidade, observamos uma “competição” no crescimento da riqueza (rebanho de

ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (± 4.000 a.C.). Se a riqueza de Jacó crescia

mais do que a de Labão, para se conhecer este fato era necessário um controle

quantitativo, por mais rudimentar que fosse.

Também são conhecidos cuneiformes em cerâmicas (±3.000a.C) que relatavam

as transações entre egípcios e babilônicos, destacando-se pagamentos de salários e

impostos.

A Contabilidade, entretanto, vai atingir a sua maturidade entre os Séculos XIII e

XVI D.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mercantilismo, etc.),

consolidando-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano Frei Luca Pacioli que

publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre Contabilidade que ainda hoje é de

grande utilidade no meio contábil. Assim nasceu a Escola Italiana de Contabilidade,

que dominou o cenário mundial até o final do século XIX.

O desenvolvimento da Contabilidade foi notório nos Estados Unidos durante o

século XX, principalmente após a Grande Depressão de 1929, acentuando-se a

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Page 3: Apostila Introdução a Contabilidade I

realização de pesquisas nesta área para melhor informar o usuário da Contabilidade. A

ascensão cultural e econômica dos EUA, o crescimento do Mercado de Capitais e,

consequentemente da Auditoria, a preocupação em tornar a Contabilidade algo útil

para a tomada de decisões, a atuação acentuada do Instituto dos Contadores Públicos

Americanos e a clareza didática da exposição dos autores em Contabilidade foram,

dentre outros, fatores que contribuíram para a formação da Escola Contábil

Americana, que domina o nosso cenário contábil atual.

1.3. A Contabilidade no Brasil

Com a criação, em 1902, da “Escola de Comércio Álvares Penteado”, em São

Paulo, foi adotada a escola européia de contabilidade, basicamente a italiana e a

alemã. Com a inauguração, em 1946, da Faculdade de Economia e Administração –

FEA/USP e com o advento das multinacionais anglo-americanas (e,

consequentemente da Auditoria originária de suas sedes), a escola contábil americana

começou a difundir-se no Brasil.

A difusão da escola contábil americana tornou-se evidente com o advento da Lei

6.404/76, Lei das Sociedades por Ações (a posteriores alterações), “que passa a

adotar uma filosofia nitidamente norte-americana".

O seu atual estágio de desenvolvimento no Brasil é paradoxal: a qualidade de

normas contábeis à disposição ou editadas por órgãos governamentais ou classistas é

claramente superior à qualidade média dos profissionais que implementam estas

normas, devido principalmente, à preocupação quase exclusiva com a legislação

fiscal, com mais de 3.000 normas a serem aplicadas às entidades.

1.4. Campo de atuação da Contabilidade

A contabilidade como metodologia especialmente concebida para captar,

registrar, acumular, resumir e interpretar fenômenos que afetam as situações

patrimoniais, financeiras e econômicas, é aplicável à qualquer entidade, seja esta

pessoa física, jurídica de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos.

1.5 Pessoas físicas e jurídicas que necessitam da informação contábil

Investidores, sócios ou acionistas - é através dos relatórios contábeis que podemos

identificar a situação econômico-financeira da empresa. Desta forma, o investidor

(público externo) ou sócio (público interno), obtém os elementos necessários para

decidir as melhores alternativas de investimentos.

Fornecedores de bens e serviços - usam relatórios para verificar a capacidade de

pagamento da empresa compradora (sua cliente).

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Page 4: Apostila Introdução a Contabilidade I

Bancos - utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limites de crédito,

descontos de duplicatas, etc.

Governo - usa os relatórios com a finalidade de apurar e arrecadar impostos, como

também para dados estatísticos (FGV, IBGE, IPEA, RAIS, etc).

Sindicatos – utilizam-na na determinação da produtividade do setor, para reajustes

de salários e concessão de benefícios nos dissídios coletivos (sindicalismo alemão).

Outros interessados - empregados, órgãos de classe e diversas instituições como

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bolsas de Valores, etc.

1.6 Contador

É o profissional que exerce as funções contábeis, com formação superior em

Contabilidade (Bacharel em Ciências Contábeis). No Brasil, os cursos de bacharel tem

4 (quatro) de duração, sendo imprescindível o registro no CRC – Conselho Regional

de Contabilidade.

1.7 Tipos de Contabilidade

1.7.1 Contabilidade Financeira: É a contabilidade necessária para todas as

entidades. Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória para fins

fiscais, recebendo denominações diversas tais como: Contabilidade Agrícola (aplicada

às empresas agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos bancos); Contabilidade

Hospitalar (aplicada aos hospitais) e mais: Contabilidade Imobiliária, Contabilidade

Pública, Contabilidade de Seguros, etc.

1.7.2. Contabilidade de Custos: também denominada Contabilidade Gerencial ou

Industrial, é utilizada para o cálculo e interpretação dos custos dos bens fabricados ou

comercializados, ou dos serviços prestados pelas empresas.

1.7.3. Contabilidade Gerencial: voltada para fins de controles internos da empresa,

procura suprir os gerentes com um elenco maior de informações, exclusivamente para

a tomada de decisões. Diferencia-se das Contabilidades já abordadas, porque não se

prende aos princípios tradicionais aceitos e/ou obrigatórios.

1.8. Auditoria: é o exame e a verificação da exatidão dos procedimentos e normas

contábeis, sendo uma função privativa do Contador.

Auditor independente é o profissional vinculado a uma empresa especializada em

Auditoria (KPMG, Delloite, etc). Já o auditor interno, é aquele que é empregado da

empresa na qual executa os serviços de Auditoria, sendo que somente grandes

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Page 5: Apostila Introdução a Contabilidade I

empresas possuem quadros de auditores.

2. Princípios Fundamentais da Contabilidade (Resolução CFC 750, de 29/12/93)

Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das

doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, conforme o entendimento

predominante nos universos científico e profissional de nosso País, não sendo iguais

em todos os países.

São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da Entidade, o da

Continuidade, o da Oportunidade, o do Registro pelo Valor Original, o da Atualização

Monetária, o da Competência e o da Prudência.

2.1. Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade

e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio

particular no universo dos diversos patrimônios existentes, independentemente de

pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de

qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta

acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários,

no caso de sociedade ou instituição.

O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma

ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas

numa unidade de natureza econômico-contábil.

2.2. Princípio da Continuidade

A continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável,

devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações

patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o

valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade

tem prazo determinado, previsto ou previsível.

A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação

do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação

dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado

importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

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Page 6: Apostila Introdução a Contabilidade I

2.3. Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à

integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este

seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que

as originaram.

Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade:

1. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve

ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua

ocorrência;

2. o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando

os aspectos físicos e monetários;

3. o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no

patrimônio da entidade, num período de tempo determinado, base necessária

para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original

Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais

das transações, expressos na moeda do País e serão mantidos na avaliação das

variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou

decomposições no interior da entidade.

Do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta:

1. a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores

de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes

externos ou da imposição destes;

2. uma vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não poderão

ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua

decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros

elementos patrimoniais;

3. o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte

do patrimônio, inclusive quando da saída deste;

4. os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são

compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e

mantém atualizado o valor de entrada;

5. o uso da moeda corrente do País na tradução do valor dos componentes

patrimoniais, constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

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Page 7: Apostila Introdução a Contabilidade I

2.5. Principio da Atualização Monetária

Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser

reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos

valores dos componentes patrimoniais.

São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária:

1. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa

unidade constante em termos de poder aquisitivo;

2. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações

originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de

que permaneçam corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por

conseqüência, o do patrimônio líquido;

3. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o

ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de

indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da

moeda nacional em um dado período.

2.6. Princípio da Competência

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período

em que ocorrerem, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem,

independentemente de recebimento ou pagamento.

Ele determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento

ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das

mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é

conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

As receitas são consideradas como realizadas:

1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou

assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade

de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição dos serviços

prestados por esta;

2. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,

sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

3. pela geração natural de novos ativos, independente da intervenção de terceiros;

4. no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Consideram-se incorridas as despesas:

1. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência

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Page 8: Apostila Introdução a Contabilidade I

de sua propriedade para terceiro;

2. Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

3. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

2.7. Princípio da Prudência

Este Princípio determina a adoção do menor valor para os itens do ativo e do maior

para os do passivo, sempre que houverem alternativas igualmente válidas para a

quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Ele impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido, quando

se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios e se

aplica também às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à

correta aplicação do Princípio da Competência.

A sua aplicação ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às

variações patrimoniais, são feitas estimativas com incertezas de grau variável.

3. Patrimônio

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou mais

pessoas, utilizando na atividade econômica ou social, com finalidade lucrativa ou não.

3.1. Bens = propriedade e posse

Bens - Bem é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que tem a qualidade

de satisfazer a uma necessidade humana. Como parte integrante do patrimônio de

empresa ou entidade, os bens podem ser de duas espécies:

Bens tangíveis - tem como característica básica a sua própria existência como coisa,

independentemente do meio em que se situam.

Exemplo: um computador tem existência própria. Ele pode ser visualizado e percebido

pelo tato e, mesmo que seja transferido para a empresa B, ele continuará existindo.

Assim, os imóveis, equipamentos, ferramentas, veículos, móveis, matérias-primas,

materiais de consumo, mercadorias, produtos fabricados, etc., são bens tangíveis.

Bens intangíveis - A principal característica de um bem intangível é a sua inexistência

como coisa, mas assumindo um valor no contexto do patrimônio quando vinculado a

um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa ou entidade.

São bens intangíveis (chamados de pré-operacionais) os gastos com a

elaboração do projeto técnico-econômico e da estrutura jurídica, organizacional e

operacional adequada aos objetivos e metas estabelecidas. Na constituição da

empresa também serão incorridas despesas com registro de comércio, repartições

públicas federais, estaduais e municipais, cartórios, etc. Tais despesas são essenciais

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Page 9: Apostila Introdução a Contabilidade I

ao início de operação do negócio e não devem ser deduzidas das receitas, pelo fato

de que a empresa não entrou em operação.

Há outros bens intangíveis que assumem característica específica, tais como as

patentes de invenção e as marcas de indústria e comércio.

Quanto valem as marcas Coca-Cola; Itaipava; Microsoft?

E uma patente do Viagra ou de embalagem Tetra Pak?

Embora não tenham vida física, que é a característica dos bens tangíveis, as

marcas, patentes de invenção, fundo de comércio, podem assumir valor substancial na

formação do patrimônio da empresa.

3.2. Direitos = Propriedade sem posse

Direitos – são os créditos a receber de terceiros e, normalmente, são originários da

venda de mercadorias, produtos ou na prestação de serviços com recebimento a

prazo, que geram um título de crédito denominado “duplicata”.

Há outros direitos creditórios ou negociáveis como: Notas Promissórias, Ações,

Obrigações do Tesouro Nacional, Certificados de Depósito Bancário, etc.

3.3. Obrigações = Posse sem propriedade

Obrigações - São as dívidas de qualquer natureza ou espécie, assumidas perante

terceiros, assumindo a forma de títulos de crédito, tais como: duplicatas de

fornecedores, promissórias emitidas em favor de credores, etc., ou de compromissos

contratuais para o ciclo operacional da empresa, tais como: luz, telefone, água e

esgoto, aluguel, etc.

Se o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações;

► Patrimônio Bruto = Bens + Direitos► Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações► Passivo a Descoberto = Bens + Direitos < Obrigações

Exemplo:1 - A família Antunes reside em casa própria, no valor de $ 100.000;

2 - Deve $ 30.000 pelo financiamento do imóvel;

3 - A casa está mobiliada e com aparelhos domésticos no valor de $ 40.000;

4 - As dívidas, relativas à aquisição desses bens duráveis, são de $ 5.000;

5 - A caderneta de poupança da família tem um saldo de $ 10.000;

6 - A família possui um veículo adquirido à vista por $ 15.000;

7- O saldo das contas bancárias é de $ 5.000;

8 - Como autônomo, o chefe da família receberá no mês seguinte o valor de $ 20.000,

mediante Nota Promissória.

Em relação ao Patrimônio da Família Antunes, pede-se:

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A - O valor dos Bens;B - O valor dos Direitos;C - O valor das Obrigações;D - O Patrimônio Líquido.

4. Equação fundamental do patrimônio

Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo Exigível

Configurações do Patrimônio Líquido / Passivo a Descoberto

Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido3.000 - 1.000 2.000

Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido1.000 - 1.000 0

Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido5.000 0 5.000

Ativo - Passivo Exigível Passivo a Descoberto100 milhões - 7,2 bilhões - 7,1 bilhões

Esta é a situação da VARIG

5. Documentos

Conceito: são comprovantes hábeis utilizados para que sejam registrados

contabilmente os fatos administrativos.

5.1. Documentos internos

Compreendem um conjunto de formulários padronizados, dotados de

características adequadas ao tipo de atividade exercida pela empresa e destinados ao

registro antecedente de fatos administrativos ocorridos no período, servindo de base

para os registros nos livros contábeis.

Exemplos:

a) Movimento de caixa - para registro de pagamento de pequenas despesas ou

recebimento de receitas eventuais.

b) Relatório de viagem - com descrição de adiantamentos e despesas incorridas,

anexando-se os comprovantes emitidos pelo hotel, passagem aérea, notas fiscais de

refeições, etc.

c) Outros como: folha de pagamento; notas de entrada de matérias-primas ou

mercadorias; demonstrativos de apropriação de custos; adiantamento de viagens;

adiantamento de salários, etc.

5.2. Documentos externos

Correspondem a formulários padronizados, previstos na legislação mercantil,

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Page 11: Apostila Introdução a Contabilidade I

fiscal, trabalhista e previdenciária. Esses documentos caracterizam transações ou

operações envolvendo terceiros.

Exemplos:

Cheque; nota fiscal; duplicata; recibo; contrato de serviços; contrato de fornecimento

de materiais; apólice de seguros; nota promissória; letra de câmbio; ações; escritura

de compra e venda de imóvel; contrato de leasing de equipamento; Certificado de

Depósito Bancário; borderô de duplicatas em cobrança ou desconto bancário; aviso de

cobrança bancária; recibo de depósito bancário; extrato de conta bancária; contrato de

locação de prédio ou terreno; conhecimento de frete; guia de recolhimento de

impostos, taxas ou contribuições previdenciárias, etc

5. Atos E Fatos Administrativos

5.1. Atos Administrativos

Atos Administrativos são aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam

alterações no Patrimônio. Por exemplo: assinatura de contrato de empregado,

assinatura de contratos de compra e venda, de seguros, fianças, avais de títulos,

emissão de circular sobre redução de horas extras, etc.

Por não provocarem modificações no Patrimônio, eles não precisam ser

contabilizados. Entretanto, alguns deles considerados relevantes e cujos efeitos

possam se traduzir em modificações futuras no Patrimônio da entidade, poderão ser

contabilizados através das Contas de Compensação.

Exemplos:

• remessas de bens a terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo;

• recebimento de bens de terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo;

• fianças a favor de terceiros;

• avais a favor de terceiros;

• remessa de títulos para cobrança bancária;

• remessa de títulos ao banco para caução;

• entrega de bens como garantia - hipotecas (imóveis), penhor (bens móveis);

• recebimento de bens de terceiros em garantia de dívidas — hipoteca ou penhor;

Ativo Compensado: duplicatas em cobrança; mostruários; consertos; comodatos;

arrendamento mercantil; beneficiamentos; seguros contratados; etc.

Passivo Compensado: cobrança de duplicatas, remessa para mostruários, remessa

para consertos, comodato de bens, arrendamento mercantil, contrato de

beneficiamentos, contrato de seguros; etc.

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Page 12: Apostila Introdução a Contabilidade I

5.2. Fatos Administrativos

Fatos Administrativos são aqueles que provocam modificações no patrimônio,

sendo, portanto, objeto de contabilizarão através das contas patrimoniais ou das

contas de resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.

Podem ser classificados em três grupos:

− permutativos ou compensativos - representam permutas (trocas) entre elementos

ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente, sem provocar variações no

Patrimônio Líquido;

− modificativos - provocam variações (modificações) no Patrimônio Líquido;

− mistos - envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo.

5.3. Fatos Administrativos possíveis

• Fatos Permutativos entre elementos Ativos — envolvem somente contas do ativo.

Os mais comuns são os que representam as compras à vista e as transferências de

contas do Ativo Realizável a Longo Prazo para o Ativo Circulante.

• Fatos Permutativos entre elementos Passivos — envolvem somente contas do

Passivo. Os mais comuns são os que representam as transferências de contas do

Passivo Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante ou vice-versa.

• Fatos Permutativos entre elementos Ativos e Passivos, envolvem contas do

Ativo e do Passivo ao mesmo tempo, sem interferir no Patrimônio Líquido. Os mais

comuns são os que representam as compras a prazo e pagamento de obrigações.

• Fatos Modificativos aumentativos - envolvem uma conta patrimonial e uma ou

mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam recebimentos de

receitas no momento da ocorrência do fato gerador (venda à vista).

• Fatos Modificativos diminutivos — envolvem uma conta patrimonial e uma ou

mais contas de despesa. Os mais comuns são os que representam pagamentos de

despesas na data da ocorrência do seu fato gerador (pagamento de despesa).

• Fatos Mistos aumentativos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma

ou mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam vendas de bens

com lucro, recebimento de duplicatas com juros e pagamento de obrigações com

desconto.

• Fatos Mistos diminutivos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou

mais contas de despesas. Os mais comuns são os que representam vendas de bens

com prejuízo, recebimentos de duplicatas com descontos, pagamentos de

obrigações com juros.

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Page 13: Apostila Introdução a Contabilidade I

6. Conta e Plano de Contas

6.1. Conta É a representação gráfica da relação débito-crédito de um fato administrativo,

podendo ser numérica, alfabética ou alfanumérica. Esta relação chamada de

lançamento contábil, deve ser complementado pelo histórico do fato administrativo, em

linguagem concisa e clara, e o valor monetário do lançamento.

A conta terá um título previsto no Plano de Contas da empresa e deve indicar, de

forma precisa, a natureza dos elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e

patrimônio líquido) ou do resultado (receitas e despesas).

Exemplo: Compra à vista de um veículo rever marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005,

conforme nota fiscal n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, no valor de R$ 20.000,00

Veículos Caixa/Bancos

20.000 20.000

Pagamento da NF n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, pela compra de automóvel

marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005, cor vermelha, placa LOK 0888, no valor de

R$ 20.000,00.

6.2. Plano de Contas

É o agrupamento ordenado de todas as contas que são utilizadas pela

Contabilidade numa empresa. 0 elenco de contas considerado é indispensável para o

registro de todos os fatos contábeis. Cada empresa, de acordo com sua atividade e

tamanho (micro, pequena, média ou grande), deve ter seu próprio plano de contas. Ao

ser elaborado deve-se levar em consideração determinados aspectos:

a) Não incluir, por exemplo, no plano de contas de uma empresa prestadora de

serviços a conta Estoques de Mercadorias, pois, não realiza operações com

mercadorias.

b) Um plano de contas deve conter as contas que são movimentadas pela

Contabilidade em decorrência das operações da empresa, ou, ainda, contas que,

embora não movimentadas no presente, poderão ser utilizadas no futuro.

c) Quando se planeja o agrupamento de contas de uma indústria de eletrodomésticos,

no que tange a impostos, incluirá as contas ICMS a Pagar (haverá circulação de

mercadorias), IPI a Pagar (haverá industrialização de bens) e, se houver

perspectivas no futuro de prestar serviços de assistência técnica, incluirá ainda,

ISS a Pagar.

d) Um plano de contas com um único título para cada conta, evita que do setor

contábil registrem um mesmo fato ou uma mesma operação com nomenclaturas

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Page 14: Apostila Introdução a Contabilidade I

diferentes. Desta forma, com a padronização dos registros contábeis, não ocorrerá

perigo de falta de uniformidade das nomenclaturas.

e) O elenco de contas e o grau de pormenores, dependem do volume e da natureza

dos negócios da empresa.

f) Na estruturação do plano de contas devem ser considerados os interesses dos

usuários (gerentes, sócios, governo, bancos, etc).

g) Para uma grande indústria é necessário destacar, para a tomada de decisões, as

contas de gastos com a fábrica (custos), com as vendas (despesas comerciais),

com a administração (despesas administrativas), despesas financeiras, etc.

h) Para um pequeno comércio, o plano de contas deve ser resumido, pois, não há

necessidade de tantos detalhes.

PLANO DE CONTAS

1.0.00.00.00 ATIVO1.1.0.0.0 - CIRCULANTE

1.1.01.00.00 - DISPONÍVEL1.1.01.01.00 - Caixa1.1.01.02.00 - Bancos Conta Movimento1.1.01.03.00 - Aplicações Financeiras (liquidez imediata)

1.1.2.0.0 - CONTAS A RECEBER1.1.02.01.00 - Clientes1.1.2.1.1 - (-)Duplicatas Descontadas1.2.02.02.00 - Adiantamento a Fornecedores1.1.02.03.00 - Adiantamento de Salários1.1.02.04.00 - Aplicações Financeiras (até 360 dias)

1.1.03.00.00 - ESTOQUES1.1-03.01.00 - Produtos Acabados1.1.03.02.00 - Produtos em Processo1.1.03-03.00 - Matérias Primas1.1.03.04.00 - Material de Escritório1.1.03.05.00 - Material de Manutenção

1.1.04.00.00 - IMPOSTOS A RECUPERAR1.1.04.01.00 - ICMS a Recuperar1.1.04.02.00 - IRRF a recuperar

1.1.05.00.00 - DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE1.1.05.01.00 - Seguros Antecipados1.1.05.02.00 - IPTU Antecipado

1.2.00.00.00 - ATIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS) 1.2.01.00.00 - ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

1.2.01.01.00 - Clientes

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1.2.01.02.00 - Empréstimos Compulsórios1.2.01.03.00 - Empréstimos a Coligadas ou Controladas

1.2.02.00.00 - INVESTIMENTOS1.2.02.01.00 - Aplicações em Incentivos Fiscais

1.2.02.01.01 - FINOR1.2.02.01.02 - FINAM1.2.02.03.00 - Participação em Coligadas Ou Controladas

1.2.03.00.00 IMOBILIZADO1.2.03.01.00 - Terrenos1.2.03.02.00 - Prédios 1.2.03.02.01 - Prédios – custo de aquisição 1.2.03.02.02 - (-) Depreciação Acumulada Prédios1.2.03.03.00 - Veículos 1.2.03.03.01 - Veículos – custo de aquisição 1.2.03.03.02 - (-) Depreciação Acumulada Veículos1.2.03.04.00 - Mina de Bauxita 1.2.03.04.01 - Mina de Bauxita – custo de aquisição 1.2.03.04.02 - (-) Exaustão Acumulada Mina de Bauxita

1.2.04.00.00 - INTANGÍVEL1.2.04.01.00 - BENS INTANGÍVEIS 1.2.04.01.01 - Fundos de Comércio 1.2.04.01.02 - Patentes

2.0.00.00.00 - PASSIVO 2.0.00.00.00 - CIRCULANTE

2.1.01.00.00 - FORNECEDORES2.1.01.01.00 - A. A. Madeiras Ltda2.1.01.02.00 - Petrobrás S/A

2.1.02.00.00 - FINANCIAMENTOS A PAGAR (ATÉ 360 DIAS)2.1.02.00.00 - Banco do Brasil

2.1.03.00.00 - Salários a Pagar2.1.04.00.00 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A PAGAR

2.1.04.01.00 - INSS a Pagar2.1.04.02.00 - FGTS a Pagar2.1.04.03.00 - PIS a Pagar2.1.04.04.00 - ICMS a Pagar2.1.04.05.00 - IRRF a Recolher

2.1.05.00.00 - DIVIDENDOS A PAGAR2.1.06.00.00 - CONTAS A PAGAR

2.1.06.01.00 - Energia Elétrica a Pagar2.1.06.02.00 - Telefone a Pagar2.1.06.03.00 - Alugueis a Pagar

2.2.00.00.00 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS)2.2.01.00.00 – FINANCIAMENTOS A PAGAR2.2.02.00.00 – IMPOSTOS A PAGAR

2.3.00.00.00 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO2.3.01.00.00 - CAPITAL SOCIAL

2.3.01.01.00 - Capital Subscrito2.3.01.02.00 - (-) Capital a Integralizar

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Page 16: Apostila Introdução a Contabilidade I

2.3.02.00.00 - RESERVAS DE CAPITAL2.3.02.01.00 - Reserva de Incentivos Fiscais

2.3.03.00.00 - AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL2.3.04.00.00 - RESERVAS DE LUCROS

2.3.04.01.00 - Reserva Legal2.3.04.02.00 - Reserva para Contingências

2.3.05.00.00 - AÇÕES EM TESOURARIA 2.3.06.00.00 - LUCROS OU PREJUÍZOS

2.3.07.01.00 - Lucros/ Prejuízos do exercício2.3.07.02.00 - Lucros/Prejuízos Acumulados

3.0.00.00.00 - RECEITAS 3.1.00.00.00 - RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

3.1.01.00.00 - Receita de Vendas3.1.02.00.00 - Receita de Serviços Vendidos

3.2.01.00.00 - DEDUÇÃO DE VENDAS E SERVIÇOS3.2.01.01.00 - Devolução de Vendas3.2.01.02.00 - Vendas Canceladas3.2.01.03.00 - Despesa de ICMS 3.2.01.04.00 - Despesa de ISS3.2.01.05.00 - Despesa de PIS3.2.01.06.00 - Despesa de COFINS

4.0.00.00.00 - CUSTOS4.1.01.00.00 - Custo das Mercadorias Vendidas4.2.01.00.00 - Custo dos Serviços Vendidos4.3.01.00.00 - Custo dos Produtos Vendid0s

5.0.00.00.00 - DESPESAS OPERACIONAIS5.1.00.00.00 - DESPESAS COMERCIAIS

5.1.01.00.00 - DESPESAS COM PESSOAL5.1.01.01.00 - Salários5.1.01.02.00 - Horas Extras5.1.01.03.00 - INSS5.1.01.04.00 - FGTS5.1.01.05.00 - Vale Transporte5.1.01.06.00 - Vale Alimentação

5.1.02.00.00 - DESPESAS DE DEVEDORES DUVIDOSOS5.1.03.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS

5.1.03.01.00 - Tributos Federais5.1.03.02.00 - Tributos Estaduais5.1.03.03.00 - Tributos Municipais

5.1.04.00.00 - DESPESAS GERAIS5.1.04.01.00 - Comissões5.1.04.02.00 - Frete nas Vendas 5.1.04.03.00 - Telefone5.1.04.04.00 - Energia Elétrica5.1.04.05.00 - Depreciação5.1.04.06.00 - Propaganda e Publicidade5.1.04.07.00 - Viagem e Alimentação

5.2.00.00.00 DESPESAS ADMINISTRATIVAS5.2.01.00.00 - Despesas com Pessoal

16

Page 17: Apostila Introdução a Contabilidade I

5.2.01.01.00 - Salários5.2.01.02.00 - Horas Extras5.2.01.03.00 - INSS5.2.01.04.00 - FGTS5.2.01.05.00 - Vale Transporte5.2.01.06.00 - Vale Alimentação

5.2.02.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS5.2.02.01.00 - Tributos Federais5.2.02.02.00 - Tributos Estaduais5.2.02.03.00 - Tributos Municipais

5.2.03.00.00 - DESPESAS GERAIS5.2.03.01.00 - Aluguel5.2.03.02.00 - Seguros 5.2.03.03.00 - Telefone5.2.03.04.00 - Energia Elétrica5.2.03.05.00 - Depreciação5.2.03.06.00 - Água e Esgoto5.2.03.07.00 - Conservação e Reparos5.2.03.08.00 - Postais5.2.03.09.00 - Material de Escritório

5.3.00.00.00 - RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 5.3.01.00.00 - DESPESAS FINANCEIRAS

5.3.01.01.00 - Despesas de Juros5.3.01.02.00 - Despesas Bancárias5.3.01.03.00 - Descontos Concedidos5.3.01.04.00 - Variação Monetária Passiva

5.3.02.00.00 - RECEITAS FINANCEIRAS5.1.02.01.00 - Receita de Juros5.1.02.02.00 - Descontos Obtidos5.1.02.03.00 - Variação Monetária Ativa

5.4.00.00.00 - OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS5.4.01.00.00 - Receita de Aluguel5.4.02.00.00 - Resultado da Equivalência Patrimonial5.4.03.00.00 - Recuperação de Devedores Duvidosos

5.5.00.00.00 - DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS5.5.01.00.00 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

5.5.01.01.00 Perdas de Capital5.5.01.01.01 Prejuízo na Alienação de Investimentos5.5.01.01.02 Prejuízo na Alienação de Investimentos

5.5.02.00.00 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS5.5.02.01.00 - Ganhos de Capital5.5.02.01.01 - Lucro na Alienação de Investimentos5.5.02.01.02 - Lucro na Alienação de Investimentos

6. Método das Partidas Dobradas O Método das Partidas Dobradas, consagrado universalmente, consiste do

princípio que: para todo DÉBITO em uma conta, há, simultaneamente, CRÉDITO

em outra. Em nenhuma hipótese, pode ser lançado valor a débito de uma conta sem

que se verifique crédito do mesmo valor em outra.

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Page 18: Apostila Introdução a Contabilidade I

Trata-se do princípio da igualdade das contas do ativo em relação às do passivo

e do patrimônio líquido. A soma dos valores debitados será igual à soma dos valores

creditados ou a soma dos saldos devedores será igual à soma dos saldos credores.

O princípio ou axioma contábil pode ser enunciado de varias maneiras:

"Não há débito sem que haja o respectivo crédito."

"Quando se debita uma conta, credita-se o mesmo valor em outra conta."

"Não há registro no débito de uma ou mais contas, sem que haja registro

simultâneo, de igual valor, a crédito de uma ou mais contas."

Esse princípio enuncia, portanto, a igualdade de débito e crédito. Entende-se que

há equilíbrio das contas pelo fato de haver igualdade entre a soma dos débitos e

créditos, ou dos saldos devedores e credores.

Em qualquer momento que se levante um Balanço Patrimonial, tendo a empresa

obtido lucro ou prejuízo, o total do ativo sempre será igual ao somatório do passivo

exigível mais patrimônio líquido.

RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO

CONTASEFETUAR UM LANÇAMENTO A:

DÉBITO CRÉDITODE ATIVO PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR

DE PASSIVO PARA DIMINUIR PARA AUMENTARDE PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR

DESPESA PARA AUMENTAR PARA DIMINUIRRECEITA PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR

OU

CONTAS PARA AUMENTAR PARA DIMINUIRDE ATIVO DEBITAR CREDITAR

DE PASSIVO CREDITAR DEBITARDE PATRIMÔNIO LÍQUIDO CREDITAR DEBITAR

DESPESA DEBITAR CREDITARRECEITA CREDITAR DEBITAR

NÃO ESQUECER

lado esquerdo lado direito

DÉBITO CRÉDITO

Exemplos:

a) Aquisição de mercadorias à vista, pagas com dinheiro: 100.000

Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta

do ativo e 100.00 a crédito, também no ativo, traduzindo a redução do disponível:

Estoque de Mercadorias Caixa

18

Page 19: Apostila Introdução a Contabilidade I

100.000 150.000 100.000

Nota: Por hipótese, a empresa possuía disponível em caixa 150.000 antes da

realização do fato administrativo exemplificado.

b) Aquisição de Mercadorias, a prazo = 100.000

Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta

do ativo denominada Estoque de Mercadorias e a crédito, sua dívida com

fornecedores, para pagamento futuro.

Mercadorias Fornecedores 100.000 100.000

c) Pagamento da obrigação assumida com o fornecedor = 100.000

Procedimento contábil: a empresa registrará a débito da conta Fornecedores o valor

de 100.000, cessando a obrigação contraída pela compra a prazo, e o crédito numa

conta do ativo que traduza a redução do disponível.

Fornecedores Caixa 100.000 100.000 d) Despesa de telefone, paga à vista em dinheiro = 200

Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de despesas e um

crédito na conta do ativo pela redução do disponível.

Despesa de telefone Caixa 200 200

e) Receita pela venda de terreno, à vista em dinheiro = 5.000

Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de ativo pelo aumento

do disponível e um crédito na conta de receita.

Caixa Receita 5.000 5.000

6.1. Fórmulas das Partidas Dobradas

1ª - um débito para um crédito

Compra de um veiculo à vista = 30.000

Veículos Caixa/Bancos

30.000 30.000

19

Page 20: Apostila Introdução a Contabilidade I

2ª - um débito para diversos créditos

Compra de veículo por 30.000, com entrada de 10.000 e o restante para 30 dias.

Veículos Caixa/Bancos Contas a Pagar

30.000 10.000 20.000

3ª - diversos débitos para um crédito

Venda de Veículo 30.000, sendo 10.000 à vista e o restante para 30 dias.

Caixa/Bancos Contas a Receber Receita Venda

10.000 20.000 30.000

4ª - diversos débitos para diversos créditos

Compra de veículo por 30.000 mais 5.000 de peças de manutenção, sendo 15.000 à

vista e o restante para 30 dias.

Veículo Estoque de Peças Contas a Pagar Caixa 30.000 5.000 20.000 15.000

Em situações de registros com vários fatos contábeis diferentes, é preferível o uso das

três primeiras fórmulas, deixando-se de usar a quarta.

7. Livros contábeis

7. 1. Livro Diário

É o livro oficial destinado ao lançamento de todas as transações da empresa

expressas em termos monetários e considerado como "a vida da entidade". O Diário

para ter validade jurídica deve ser registrado na Junta Comercial do Estado, sendo

obrigatório por lei, porque nele são registrados todos os fatos ocorridos na entidade.

As informações básicas que o livro Diário deve registrar, são:

Em ordem cronológica, a data da transação ou data em que foi registrada.

Nome das contas que estão sendo debitadas e creditadas.

Valor dos débitos e créditos em cada conta.

Histórico da transação, descrito em forma resumida.

A escrituração contábil deve ser executada em ordem cronológica de dia, mês e

ano, com base em documentos que comprovem os fatos e a prática dos atos

administrativos. Contudo, eventualmente, podem ser constatadas irregularidades nos

lançamentos contábeis, via de regra, decorrentes de falha humana e, de certa forma,

20

Page 21: Apostila Introdução a Contabilidade I

difíceis de serem evitadas.

0s erros constatados na escrituração devem ser sanados mediante retificação

dos lançamentos efetuados e de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade,

caracteriza-se como retificação de lançamento o processo técnico de correção de um

registro realizado com erro na escrituração contábil das pessoas físicas ou jurídicas.

São formas de retificação de l

Estorno: consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o

totalmente. Esse tipo de lançamento de retificação pode ser utilizado em quase todos

os erros na escrituração contábil, uma vez que tanto o lançamento estornado como o

próprio lançamento de estorno não terão mais efeito, sendo exigido um novo

lançamento a fim de registrar definitiva e corretamente o fato ou ato administrativo.

Complementação: é o lançamento posterior que complementa, aumentando ou

reduzindo, o valor anteriormente registrado.

Transferência: é o lançamento que regulariza a conta indevidamente debitada ou

creditada, mediante transposição de determinado valor para a conta adequada.

Em qualquer dessas modalidades de retificação, o histórico do lançamento deve

identificar, precisamente, o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento

de origem. 0s lançamentos efetuados fora da época devida devem consignar, ainda

nos seus históricos, as datas das efetivas ocorrências e a razão do seu atraso.

7.2. Livro RazãoÉ a transcrição do diário que demonstra todas as movimentações de cada uma

das contas, que formam a escrita contábil de um patrimônio, tendo real importância no

sistema das partidas dobradas, pois, é dele que se levantam os balancetes da posição

das contas para posterior apuração do resultado e encerramento do balanço das

empresas, sendo hoje obrigatório pela legislação do Imposto de Renda para aquelas

empresas que optarem pela tributação com base no lucro real.

No livro ou fichas, abre-se uma folha para cada conta, registrando-se todo o

movimento de débito e crédito de cada uma, apurando-se no final o saldo destinado ao

balancete de verificação.

Saldo - é a diferença entre o débito e o crédito de uma conta.

7. Balancete de Verificação

É a transcrição dos saldos do razão, com o objetivo de verificar a igualdade dos

débitos e créditos. Essa verificação deve ser feita no final de cada período contábil

(ou a cada grupo de lançamentos). Isso é o Balancete de Verificação.

0 balancete não nos fornece prova completa de exatidão do razão, indicando

21

Page 22: Apostila Introdução a Contabilidade I

apenas a igualdade entre os débitos e créditos. Todavia, esta prova é valiosa, pois,

freqüentemente, os erros afetam a referida igualdade. Se os dois totais não são iguais,

terão ocorridos provavelmente um ou mais dos seguintes erros:

1 - Na preparação do balancete:

1.1 - houve erro na soma de uma das colunas do balancete;

1.2 - o saldo de uma conta foi incorretamente lançado no Balancete;

1.3 - inclusão um saldo devedor como credor, ou vice-versa, ou omissão de um saldo.

2 - Na apuração dos saldos das contas:

2.1 - inclusão de um saldo incorreto;

2.2 - saldo incluído no lado errado da conta;

2.3 - um dos lados de uma conta incorretamente somado.

3 - Na transcrição dos lançamentos no razão:

3.1 - quantia errada lançada numa conta;

3.2 - um débito considerado como crédito ou vice-versa;

3.3 - omissão no lançamento de um débito ou crédito.

9. Regime de Competência de Exercícios

No regime de competência, as receitas de um exercício são aquelas realizadas

nesse período (não importando que tenham sido recebidas ou não), e as despesas de

um exercício, são aquelas incorridas nesse período (não importando que tenham sido

pagas ou não). Difere, pois, do regime de caixa, onde são consideradas como

receitas e despesas do exercício aquelas efetivamente recebidas e pagas dentro

desse período.

Um dispêndio poderá ser considerado ou não (parcial ou totalmente) como

despesa no exercício em que é pago. Da mesma forma pode-se reconhecer ou não

uma receita, dentro do exercício em que ocorreu o recebimento de caixa.

Uma adequada comparação entre despesas e receitas de cada exercício para

apuração do resultado, é consignada através da adoção do regime de competência,

que refletirá na Demonstração dos Resultados a situação mais próxima do real.

Exemplo: Compra de 1.000 de material de escritório em maio para ser consumido em

junho e ser pago em julho. Não podemos considerar a despesa no mês de aquisição,

nem no de pagamento, mas sim, naquele em que o material foi consumido.

Lançamentos contábeis:

1 - Na compra, em maio:

Estoque Mat. Escritório Fornecedores

22

Page 23: Apostila Introdução a Contabilidade I

1.000 1.000

2 - No consumo, em junho:

Despesa Mat. Escritório Estoque Mat. Escritório 1.000 1.000

3 - No pagamento, em julho:

Fornecedores Caixa/Bancos 1.000 1.000

No regime de competência, atenção especial deve ser dada ao reconhecimento

do "fato gerador" da receita e da despesa. Uma despesa a pagar é aquela incorrida (o

fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas ainda não foi paga. Uma receita

a receber é aquela ganha (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas

ainda não foi recebida. A ocorrência das despesas e receitas, alteram o Patrimônio

Líquido do período contábil a que se referem.

Se uma empresa obteve uma receita (ganhou), mas ainda não recebeu o dinheiro

e tampouco foi feito qualquer registro contábil, debita-se uma conta de ativo e credita-

se uma conta de receita.

a) Exemplo: Receita de aluguel de janeiro para recebimento em fevereiro.

Lançamentos contábeis:

janeiro: Aluguel a Receber Receita de Aluguel

500 500

fevereiro: Caixa/Bancos Aluguel a Receber

500 500

b) Exemplo: despesa de aluguel de janeiro para pagamento em fevereiro.

Lançamentos contábeis:

janeiro: Despesa de Aluguel Aluguel a pagar

500 500

fevereiro: Aluguel a Pagar Caixa/Bancos

500 500

9.1 .Gastos que serão despesas no próximo exercício

A contabilização como despesa da parcela (ou do todo) de um gasto ativado

23

Page 24: Apostila Introdução a Contabilidade I

(classificado no ativo), que contribui para a formação do resultado de determinado

período, é realizada, normalmente, no final daquele período e é conhecida como

ajuste. 0 conceito de ajuste é válido também para as receitas antecipadas.

Exemplo 1: A empresa Alfa pagou à vista um seguro contra incêndio, no valor de

12.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/07/05 a 30/06/06.

Lançamentos contábeis:

julho: Seguros Antecipados Caixa/Bancos

1.200 1.200

No final de julho haverá um ajuste da parcela referente ao mês –1.200 ÷ 12 = 100, que

será apropriada em despesa de seguros:

julho: Despesa de Seguros Seguros Antecipados

100 100

agosto: Despesa de Seguros Seguros Antecipados

100 100

Assim, sucessivamente, a cada mês será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado

todo o valor que foi lançado no ativo como um direito perante a seguradora.

Exemplo 2: Para aproveitar o desconto, pagamos à vista o IPTU anual no valor de

6.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/01/07 a 31/12/07.

Lançamentos contábeis:

janeiro: IPTU Antecipado Caixa/Bancos

6.000 6.000

Ao final dos meses seguintes haverá o ajuste da parcela do mês: 6.000 ÷ 12 = 500,

que será apropriada em despesa:

janeiro: Despesa de IPTU IPTU Antecipado

500 500

fevereiro Despesa de IPTU IPTU Antecipado

500 500

Sucessivamente, a cada mês, será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado todo o

valor que foi lançado no ativo como um direito perante a prefeitura.

10. Operações com mercadorias

A principal característica das empresas comerciais é a compra e venda de

24

Page 25: Apostila Introdução a Contabilidade I

mercadorias, sendo várias as operações que envolvem suas movimentações, tais

como:

compra de mercadorias;

fatos que alteram o valor das compras;

estoque de mercadorias;

venda de mercadorias;

tributos incidentes sobre as vendas;

custo de mercadorias vendidas (CMV);

fatos que alteram o valor das vendas;

resultado com mercadorias;

confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar

10.1. Compra de Mercadorias

A compra de mercadorias deve ser contabilizada na conta de estoque pelo seu

valor líquido, isto é, sem os impostos recuperáveis incluídos no preço de compra. O

ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto não

cumulativo e que será pago pelo vendedor, deve ser contabilizado numa conta do ativo

(direitos) denominada ICMS a Recuperar, pois, será deduzido do ICMS a Pagar pela

empresa, quando vender as mercadorias.

A diferença entre o valor de compra e o valor de venda é o valor agregado

(lucro, despesas, comissões, etc.) pela empresa vendedora e, o imposto a ser pago, é

somente aquele referente a esta parcela.

Exemplo: Compra à vista de mercadorias por 40.000, com ICMS de 18%

a) Registro da compra Mercadorias Caixa/Bancos

32.800 40.000

ICMS a Recuperar 7.200

10.2. Fatos que alteram o valor das compras

O valor de compra das mercadorias se altera em função das chamadas

"despesas acessórias" (frete, seguro, capatazias, desembaraço aduaneiro, impostos

de importação, etc.), que também serão contabilizados na conta de estoque, formando

o custo total das mesmas. A base para formação do preço de venda deve ser o custo

total e não o valor de compra. Na caso do frete, o ICMS também será recuperado.

Exemplo: Frete de 1.000 com ICMS de 18%; seguro de 1.000 e Imposto de Importação

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Page 26: Apostila Introdução a Contabilidade I

de 1.200, todos com pagamento à vista.

Mercadorias Caixa/Bancos

820 3.200 1.000 1.200

ICMS a Recuperar 180

Observação: após a contabilização dos itens anteriores, teríamos um saldo de estoque

de 35.820 e de ICMS a Recuperar de 7.380.

10.3. Devolução de compras de mercadorias

Quando um comerciante recebe uma mercadoria, cujo tipo, qualidade, preço ou

outro fator esteja em desacordo com o seu pedido, pode devolver a mercadoria, total

ou parcialmente. Esta devolução pode ser efetuada com a própria nota fiscal de

compra ou através de nota de sua própria emissão, dependendo das normas fiscais

estabelecidas. O lançamento efetuado será um estorno do lançamento original,

podendo ser pelo valor total ou parcial.

Ex.: devolução de 10.000 de mercadorias referente à compra de 40.000 efetuada

anteriormente, cujo ICMS foi de 18%.

Lançamento original Lançamento de estorno parcial

Mercadorias Caixa/Bancos Caixa/Bancos Mercadorias

32.800 40.000 10.000 8.200

ICMS a Recuperar ICMS a Recuperar 7.200 1.800

10.4. Venda de Mercadorias

A receita de vendas de mercadorias é contabilizada pelo valor total da nota

fiscal, porém, a cada transação de venda, também devem ser contabilizados os

tributos correspondentes e o custo da mercadoria que foi vendida.

Ex.: Venda de mercadorias por 50.000; ICMS = 18%, PIS = 0,65% e COFINS = 3,0%.

a) Registro da venda

1 - Vendas à vista:

Caixa/Bancos Receita de vendas

50.000 50.000

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Page 27: Apostila Introdução a Contabilidade I

2 - Vendas a prazo:

Clientes Receita de Vendas 50.000 50.000

b) Registro dos tributos incidentes sobre as vendas

1 - ICMS de 18%:

Despesa de ICMS ICMS a Pagar 9.000 9.000

2 - PIS (Programa de Integração Social) de 0,65%

Despesa de P I S PIS a Pagar 325 325

3 - COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3%.

Despesa de COFINS COFINS a Pagar

1.500 1.500

10.5. Devolução de vendas de mercadorias

No momento em que um comprador de nossas mercadorias faça uma

devolução, o que para ele se constitui numa "devolução de compras", para nossa

empresa o fato é uma "devolução de vendas", devendo também ser registrado o

estorno total ou parcial. Entretanto, para qualquer tipo de empresa, a devolução de

vendas deverá ser registrada em conta própria e nunca na própria conta de receita, já

que a demonstração de resultados deverá demonstrar a receita bruta e a receita

líquida de vendas.

Ex.: devolução de venda de mercadorias à vista no valor de 10.000, com ICMS de

18%, PIS de 0,65% e COFINS de 3,0%.

Devolução de Vendas Caixa/Bancos ICMS a Pagar Despesa de ICMS

10.000 10.000 1.800 1.800

PIS a Pagar Desp. de PIS COFINS a Pagar Desp. de COFINS

65 65 300 300

10.6. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

Existem dois métodos para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas:

Método do Inventário Periódico e Método do Inventário Perpétuo (ou Permanente).

a) Método do Inventário Periódico

27

Page 28: Apostila Introdução a Contabilidade I

O método é denominado de periódico, quando efetuamos as vendas sem um

controle paralelo e concomitante das movimentações do estoque (inventário) e,

portanto, sem a possibilidade de apurar o CMV de cada venda realizada.

O valor do estoque final é levantado através de uma contagem física (inventário

físico (fechado para balanço) de tudo aquilo que se encontra no estoque, devidamente

valorado. Por diferença, é então apurado o CMV, através da seguinte equação:

Estoque Inicial

+ Compras

- Estoque Final

= Custo das Mercadorias Vendidas.

Estoque Inicial: representa o estoque ao final do mês anterior ou período anterior.

Compras: representam as compras de mercadorias no período, devendo ser

registradas pelo seu valor líquido, excluindo-se o ICMS pago ao fornecedor.

Estoque Final: representa o estoque ao final do mês atual ou período atual.

Considerando-se os fatos que alteram os valores das compras, se a empresa

devolveu mercadorias ou comprou mercadorias com pagamento de frete, a equação

do Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) ficaria deste modo:

CMV = Estoque inicial + compras - devolução de compras + frete - estoque final

CMV = EI + C - DC + F - EF

Exemplo: Calcular o CMV , considerando: estoque inicial = 3.000; compras = 2.000;

devolução de compras = 500; frete = 30 e estoque final = 3.200

Estoque inicial 3.000 + Compras 2.000 - Devolução de compras (500) + Frete 30 - Estoque final (3.200) = Custo das Mercadorias Vendidas 1.330

Contabilização do método do inventário periódico

No método periódico, são usadas as contas: compras, estoque de mercadorias e

receita de vendas.

a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000;

b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000;

c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000;

d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000;

e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500.

28

Page 29: Apostila Introdução a Contabilidade I

f) encerrar conta de compras;

g) encerrar conta de vendas

h) ajustar estoque de mercadorias

A contagem física apurou 395 unidades a 10 cada = 3.950.

Mercadorias Compras Receita de Vendas

(a) 5.000 5.000 (h) (b) 3.000 6.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c)

(h) 3.950 (d) 3.000 4.500 (e)

Caixa Clientes Fornecedores

a) 5.000 (e) 4.500 3.000 (b)

Resultado do período

(f) 6.000 10.500 (g) (h) 5.000 3.950 (h)

3.450

Resultado com mercadorias no método periódico

Resultado com mercadorias é a diferença entre o total das vendas líquidas (vendas

brutas menos devoluções de vendas, vendas canceladas e Impostos incidentes sobre

as vendas) e o valor do custo das mercadorias vendidas.

Exemplo: Registros contábeis de determinado período:

Receita de vendas 10.000Devolução de vendas 1.000ICMS 1.800PIS s/faturamento 65COFINS s/ faturamento 300Estoque inicial 4.000Estoque final 7.200Compras 5.000Devolução de compras 1.500Fretes s/ compras 180

Calcular o resultado com mercadorias:

Receita de vendas 10.000– Dedução de vendas (1.000)

ICMS (1.800)PIS (65)COFINS (300) (3.165)

= Vendas líquidas 6.835– Custo de Mercadorias Vendidas (CMV)

Estoque inicial 4.000+ Compras 5.000

29

Page 30: Apostila Introdução a Contabilidade I

– Devolução de compras (1.500)+ Fretes s/ compras 180– Estoque final (3.200) (4.480)= Lucro bruto 2.355

b) Método do Inventário Permanente (ou Perpétuo)O método de controle do inventário é permanente ou perpétuo, quando

controlamos de forma contínua as entradas, as saídas (custo das mercadorias

vendidas), as devoluções de compras e vendas e, por conseqüência, o saldo final do

estoque. Hoje, com o uso dos códigos de barras, a cada compra que efetuamos numa

grande loja, de imediato é apurada a receita bruta (valor da nota fiscal), os tributos e o

CMV, obtendo-se como resultado final a receita líquida da operação. Este método é

utilizado, principalmente, nas médias e grandes empresas, sejam elas comerciais ou

industriais, pela necessidade de um controle contínuo.

Verifica-se então uma inversão na apresentação da movimentação dos

estoques em relação ao método periódico, assim sendo demonstrada:

Estoque inicial 3.000 + Compras 2.000 - Devolução de compras (500) + Frete 30 - Custo das Mercadorias Vendidas (1.330) = Estoque final 3.200

Contabilização do método do inventário permanente

No método permanente, são usadas as contas: estoque de mercadorias, custo da

mercadoria vendida (CMV) e receita de vendas.

a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000;

b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000;

c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000;

d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000;

e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500.

f) encerrar conta do custos das mercadorias vendidas;

g) encerrar conta de vendas

Mercadorias CMV Receita de Vendas

(a) 5.000 4.000 (c) (c) 4.000 7.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c)(b) 3.000 3.000 (e) (e) 3.000 4.500 (e)(d) 3.000 4.000

Caixa Clientes Fornecedores

(c) 6.000 3.000 (d) (e) 4.500 3.000 (b)

30

Page 31: Apostila Introdução a Contabilidade I

3.000

Resultado do período

(f) 7.000 10.500 (g) 3.500

c) Registros detalhados de estoque

Ao adotar o método do inventário permanente, nos dias atuais, as empresas

utilizam sistemas computadorizados de controle dos estoques de mercadorias,

matérias-primas, produtos acabados, etc., havendo uma "ficha" para cada um deles.

11. Descontos Financeiros

Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos por um pagamento antecipado

de obrigações assumidas, seja em transações comerciais, bancárias, prestação de

serviços, etc..

Na realização da transação, normalmente já fica estipulado que determinado

valor, se antecipado seu pagamento para determinada data, gozará o devedor de um

desconto, variando o percentual do mesmo de acordo com o interesse do credor em

receber com antecipação, bem como variam também as condições. Podem ser:

11.1. Descontos Concedidos

► Ocorrem quando uma empresa concede um desconto para seus clientes, por um

pagamento antecipado em relação ao prazo previsto.

Exemplo: Venda de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento

para 60 dias, tendo o cliente aproveitado 5% de desconto para pagamento em 30 dias.

a) Na venda

Clientes Receita de Vendas

10.000 10.000

Despesa de ICMS ICMS a Pagar

1.800 1.800

b) No recebimento

Caixa/Bancos Desconto Concedido Clientes

9.500 500 10.000

Observação: descontos concedidos são despesas financeiras da empresa.

11.2. Descontos obtidos

► Ocorrem quando uma empresa ganha um desconto de seus fornecedores, por um

31

Page 32: Apostila Introdução a Contabilidade I

pagamento antecipado em relação ao prazo previsto.

Exemplo: Compra de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento

para 60 dias, efetuando-se o pagamento em 30 dias com 5% de desconto.

a) Na compra

Estoque de Mercadorias Fornecedores

8.200 10.000

ICMS a Recuperar

1.800

b) No pagamento

Fornecedores Desconto Obtido Caixa/Bancos

10.000 500 9.500

Observação: descontos obtidos são receitas financeiras da empresa.

12. Confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar

Ao final de cada período, faz-se o confronto entre as duas contas, encerrando-se a de

menor saldo.

Exemplo 1: 1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.0002 - Saldo de ICMS a Pagar = 1.5003 – Encerramento da conta ICMS a Recuperar e pagamento do ICMS

ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 1.500

ICMS a Recuperar ICMS A Pagar Caixa/Bancos 1.000 1.000 1.000 1.500 500

500

Exemplo 2: 1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.0002 - Saldo de ICMS a Pagar = 5003 – Encerramento da conta ICMS a Pagar

ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 500

ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 500 500 500 500

32

Page 33: Apostila Introdução a Contabilidade I

13. Critérios de avaliação dos estoques

Os critérios de avaliação dos estoques são combinados com os métodos, sendo

vários os fatores que influenciam os preços de aquisição, tais como: inflação, deflação,

mercado, produto nacional ou importado, escassez do produto, etc. Com isso,

compras em determinado período podem ter preços diferentes, influenciando o CMV e

os resultados da empresa. Os critérios de avaliação dos estoques serão vistos na

Contabilidade de Custos.

14. Duplicatas Descontadas

As duplicatas são títulos emitidos pelas empresas nas vendas de serviços ou

vendas de mercadorias a prazo. Após emitir uma duplicata, a empresa pode adotar

uma das alternativas:

1 - Ficar com o título em seu poder até que o mesmo seja pago pelo devedor, ou seja,

ficar com as Duplicatas em Carteira;

2 - Endossar e enviar o título para que um banco promova sua cobrança em nome da

empresa. Este tipo de operação denomina-se Duplicatas em Cobrança, sendo

cobrada uma taxa de serviços pelo banco. Um conjunto de duplicatas remetidas

chama-se "borderaux".

3 - Endossar e enviar o título para um banco, transferindo ao mesmo sua propriedade

e recebendo em troca o valor do título, deduzidas as despesas e juros incidentes na

operação. Esta operação é denominada Desconto de Duplicatas.

A operação de Desconto de Duplicatas implica na transferência de posse e de

propriedade do título para o banco, sendo a forma mais simples de contabilizar este

fato a baixa do valor do título no ativo, em contrapartida com a entrada do dinheiro.

Todavia, o endosso de uma duplicata não exime a empresa da responsabilidade de

pagar o título na eventualidade de inadimplência do devedor. Assim, sua baixa só deve

ser feita quando da liquidação do mesmo

Exemplo:

1 - Saldo de Clientes 20.000

2 - Saldo de Bancos 10.000

3 - Saldo de Duplicatas Descontadas 5.000

4 - Remessa para o banco de 4.000 de Duplicatas Descontadas, tendo sido creditada

em nossa conta o valor de 3.800, com cobrança de 200 de despesas bancárias.

5 - Aviso do Banco informando o recebimento de 2.000 de Duplicatas Descontadas.

6 - Aviso do Banco debitando 300 de duplicatas descontadas não recebidas, mais

despesas de 30, devolvendo as duplicatas para a empresa.

7 - Aviso do Banco debitando 500 de duplicatas descontadas mais despesa de 80,

33

Page 34: Apostila Introdução a Contabilidade I

sendo devolvidas as duplicatas para cobrança simples.

8 – Aviso do Banco pelo recebimento de 500 de duplicatas com juros de 200,

creditando o valor total em nossa conta.

Clientes Bancos Dupl. Descontadas(1) 20.000 2.000 (5) (2) 10.000 330 (6) (5) 2.000 5.000 (3)

500 (8) (4) 3.800 580 (7) (6) 300 4.000 (4)_________ (8) 700 (7) 500 _______ 17.500 13.590 6.200

Despesas Bancárias Receita de Juros(4) 200 200 (8)(6) 30(7) 80 _____ 310 200

O saldo da conta Clientes reflete o montante das duplicatas a receber e o saldo

da conta Duplicatas Descontadas a parcela daquelas duplicatas descontadas pela

empresa. Quando da elaboração do Balanço Patrimonial, a conta Duplicatas

Descontadas deverá ser lançada no Ativo como uma conta redutora de Clientes, da

seguinte forma:

Clientes 17.500

(-) Duplicatas Descontadas ( 6.200)

11.300

15. Créditos Incobráveis

De acordo com a Lei nº 9430/96, art. 9 a 14, regulamentada pela Instrução

Normativa SRF nº 93/97, art. 24 a 28, para efeito de apuração do lucro real, poderão

ser registradas como perdas dedutíveis os créditos:

1 - Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor em

sentença emanada do poder judiciário;

2 - Sem garantia de valor:

a) até R$ 5.000,00 , por operação, vencidos há mais de 6 meses, independentemente

de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

b) acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um

ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu

recebimento, porém mantida a cobrança administrativa;

c) superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e

mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.

3 - Com garantia, vencidos há mais de 2 anos, desde que iniciados e mantidos os

procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das garantias; para esse

34

Page 35: Apostila Introdução a Contabilidade I

fim, considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com alienação

fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais;

4 - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica concordatária, relativamente à

parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o

seguinte:

a) a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da

concessão da concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos

judiciais necessários para o recebimento do crédito;

b) a parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela

empresa concordatária poderá também ser deduzida como perda.

Por operação, no caso de empresas mercantis, entende-se como a emissão da

fatura, mesmo que englobe uma ou diversas notas fiscais.

15.1. Perdas não dedutíveis

Não será admitida a dedução de perdas no recebimento de créditos com

pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada, bem como

com pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da

pessoa jurídica credora, ou parente até o terceiro grau dessas pessoas físicas.

15.2. Registro contábil das perdas

O registro contábil das perdas nas condições estabelecidas, deve ser efetuado

em dois passos: 1°) no momento em que foi levantada a possibilidade da perda,

constituindo-se uma provisão; 2°) no momento da confirmação da perda, com baixa na

conta de clientes.

Exemplo:

1 – um título de 4.500 foi considerado sob risco de não recebimento;

2 – confirmação de que não será recebido.

Despesa Devedores Duvidosos (DDD) Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) (1) 4.500 (2) 4.500 4.500 (1)

Clientes

4.500 (2)

Obs.: A DDD é uma despesa operacional (despesas com vendas).

15.3. Créditos recuperados

Deverá ser computado na determinação do lucro real, o montante dos créditos

deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época ou a qualquer título,

inclusive nos casos de novação de dívida ou do arresto dos bens recebidos em

35

Page 36: Apostila Introdução a Contabilidade I

garantia real. O registro contábil dos créditos recuperados é efetuado a débito das

contas Caixa ou Bancos e a crédito de uma conta de resultado = Recuperação de

Devedores Duvidosos .

Exemplo: recebido 3.000 de duplicatas baixadas como incobráveis, com juros de 200.

Caixa Recuperação Dev. Duvidosos Receita Juros3.200 3.000 200

Obs.; a RDD é uma receita operacional (outras receitas operacionais).

16. Depreciação, Amortização e Exaustão do Ativo Permanente

O Ativo Permanente é formado por:

Investimentos – representam os bens e direitos por participações permanentes em

outras sociedades (Controladas, Coligadas), obras de arte, imóveis para renda, etc.

Imobilizado – representam os bens destinados à manutenção das atividades da

empresa (ou entidade), ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade

industrial ou comercial. Exemplo: imóveis, veículos, instalações, móveis e utensílios,

máquinas e equipamentos, benfeitorias em bens de terceiros, etc.

Ativo Diferido – representam as aplicações de recursos em despesas que contribuirão

para a formação do resultado em mais de um exercício social. Exemplo: despesas pré-

operacionais, desenvolvimento de novos projetos, etc.

a) Depreciação

Corresponde à perda de valor pelo desgaste dos bens físicos, em decorrência do

uso, ação da natureza ou obsolescência. Na Contabilidade a depreciação é um custo

amortizado. Logo, a depreciação de um período é o custo amortizado nesse período,

bem como a depreciação total de um bem é o custo amortizado durante sua vida útil.

Devem ser depreciados todos os bens tangíveis que compõem o imobilizado de

uma entidade, porém, não podem ser depreciados os terrenos e obras de arte.

b) Amortização

Corresponde à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos cuja

existência ou exercício tenha duração limitada ou bens cuja utilização tenha o prazo

legal ou contratual limitado.

São amortizadas: as patentes, os direitos autorais (direitos de duração limitada),

as despesas pré-operacionais e as benfeitorias em bens de terceiros e, não estão

sujeitos à amortização as marcas de indústria e de comércio (direitos de duração

ilimitada).

36

Page 37: Apostila Introdução a Contabilidade I

c) Exaustão

Corresponde à perda do valor decorrente da exploração de recursos naturais,

tais como: minas (cobre, ouro, ferro, prata), florestas, reservas petrolíferas, etc.

16.1. Depreciação - Método da Linha Reta ou Linear

Distribui o custo do bem exclusivamente em função do tempo, com valores iguais

durante sua vida útil, sendo usado universalmente tendo em vista sua grande

simplicidade de cálculo e funcionamento. No Brasil, é o método permitido pela

Legislação do Imposto de Renda.

A depreciação deve ser registrada na escrituração como custo ou despesa

operacional (comerciais ou administrativas) e, será determinada mediante a divisão do

custo de aquisição menos valor residual pelo número de meses de vida útil.

A legislação permite que a depreciação seja iniciada no mês de aquisição ou no

mês seguinte, dispensado o ajuste da taxa para os bens postos em funcionamento no

curso do mês.

16.2. Depreciação de bens usados

A taxa de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior

dos seguintes prazos: 1) metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo, ou,

2) restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação

Para a depreciação do bem (Decreto 1.041 de 11.01.94), usamos a fórmula:

valor do bem - valor residual Depreciação mensal = ----------------------------------------------------- vida útil estimada em meses

Valor do bem - O valor do bem inclui todos os desembolsos realizados até que o

mesmo esteja em condições de entrar em atividade no processo operacional da

empresa. Assim, fretes, seguros, custo das instalações, projetos, impostos, etc.,

devem fazer parte de seu custo.

Valor residual – é o valor estimado que será recebido pela venda do bem quando

este não mais for útil, ou a quantia estimada quando após sua vida útil, o bem ainda

permanecer na empresa.

Vida útil estimada – é o tempo estimado de utilização do bem em pleno

funcionamento, sendo fixadas pela Secretaria da Receita Federal, podendo-se citar

como exemplos: veículos = 5 anos; prédios = 25 anos; máquinas e equipamentos = 10

anos; móveis e utensílios = 10 anos, etc.

O lançamento da depreciação tem como débito uma conta de despesa de

depreciação e como crédito uma conta de depreciação acumulada, ambas

identificando o tipo de bem. As contas de depreciação acumulada, amortização

acumulada e exaustão acumulada são chamadas de contas retificadoras do ativo,

37

Page 38: Apostila Introdução a Contabilidade I

pois, são de natureza credora entre contas de natureza devedora.

Exemplo 1 – para um veículo no valor de 60.000, com vida útil estimada de 5 anos e

valor residual de 10%, efetuar o lançamento contábil:

60.000 - 6.000 Cálculo da depreciação = -------------------- = 900/mês 60Lançamento contábil:

Despesa Deprec. Veículos Deprec. Acumulada Veículos900 900

Exemplo 2 – para uma máquina adquirida em janeiro/2000 por 30.000, vida útil

estimada de 10 anos, valor residual de 10% e início da depreciação no mês de

aquisição, calcular:

1 - Depreciação acumulada em 31/12/2007;

2 – Lançamento da despesa do mês de janeiro de 2008;

3 – Total da despesa de depreciação acumulada até 30/09/2003.

30.000 - 3.000 Cálculo da depreciação = -------------------- = 225 120

1 – Depreciação acumulada = 01/2000 a 12/2007 = 96 meses x 225 = 21.600

2 – Lançamento:

Despesa Deprec. Máquinas Deprec. Acumulada Máquinas 225 225

3 - Despesa acumulada até 30/09/2003 9 x 225 = 2.025Obs.: as contas de resultado são encerradas a cada final de exercício. Logo, só podem

existir despesas acumuladas do próprio ano de 2003.

Exemplo 3 – para benfeitorias em imóvel de terceiros no valor de 18.000, cujo

contrato de aluguel é de 5 anos, calcular a amortização mensal e fazer o lançamento

contábil.

18.000Cálculo da amortização = ---------- = 300/mês 60Lançamento contábil:

Despesa de amortização Amortização acumulada 300 300

A Amortização é um custo ou despesa operacional da empresa.

38

Page 39: Apostila Introdução a Contabilidade I

Exemplo 4 – para um pagamento de 7.200 para explorar uma mina de carvão com

vida útil estimada de 6 anos, calcular a exaustão do mês e fazer o lançamento contábil

7.200Cálculo da exaustão = ---------- = 100/mês 72Lançamento contábil:

Despesa de exuastão Exaustão acumulada 100 100

A Exaustão é um custo ou despesa operacional da empresa.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: em nossos exercícios calcularemos a depreciação,

amortização e exaustão sempre a partir do mês seguinte da aquisição.

16.3. Venda ou baixa de ativo permanente

Quando da venda ou baixa de um bem do Ativo Permanente, apura-se o

resultado (lucro ou prejuízo), que é um resultado não operacional da empresa.

Nesta apuração, deve ser calculado o valor contábil líquido do bem que é o

custo de aquisição menos a depreciação acumulada. Quando o preço de venda for

maior que o valor contábil líquido a operação deu lucro. Quando o valor contábil líquido

é menor que o preço de venda, a operação deu prejuízo.

No caso deste ativo permanente ter depreciação, amortização ou exaustão,

devem ser contabilizadas as despesas até o mês de sua realização (venda).

Exemplo 1 - um veículo no valor de 50.000, adquirido em 10/2003, com valor residual de 2.000 e vida útil estimada de 5 anos, foi vendido à vista por 15.000, em setembro de 2007. 50.000 - 2.000 Cálculo da depreciação = ------------------- = 800/mês 60Depreciação acumulada: 2003 = 2 m 2004 = 12 m

2005 = 12 m 2006 = 12 m

2007 = 9 m Total = 47 m x 800 = 37.600

Cálculo do valor contábil líquido: Custo de aquisição = 50.000

- Depreciação acumulada = (37.600)

Valor contábil líquido = 12.400

Resultado da operação = 15.000 – 12.400 = 2.600 (lucro)

Na venda de bens do permanente, devem ser efetuados os seguintes lançamentos

(considerando-se que a depreciação do mês já está contabilizada:

1 – pela venda

39

Page 40: Apostila Introdução a Contabilidade I

2 – pela baixa do bem

3 – pela baixa da depreciação acumulada

4 – na apuração do lucro ou prejuízo

Veículo Depreciação Acumulada50.000 50.000 -2 3 -37.600 37.600

Caixa Resultado Alienação de Imob. 1- 15.000 2 - 50.000 15.000 – 1

37.600 – 3 2.600

Resultado credor = lucro

Se o resultado fosse devedor, a venda teria dado prejuízo.

40

Page 41: Apostila Introdução a Contabilidade I

EXERCÍCIO DE CONT I

SALDOS DO BALANCETE DA CIA ALFA DE TURISMO EM 31.12.2007

CONTAS DÉBITO CRÉDITOCaixa 4.100Bancos 1.200INSS a pagar 180Veículos 7.270Fornecedores 480Capital 8.000Clientes 600Empréstimos a pagar 700Salários a pagar 820Lucros acumulados 3.280

Material de Escritório

290

TOTAL 13.460 13.460

OPERAÇÕES DO MÊS DE JANEIRO DE 2008:

05 – Comprou material de escritório por 120, pagando no ato 10%

08 – Pagou despesas de telefone do mês no valor de 95

10 – Realizou serviços por 2.000, recebendo no ato 90% através de banco.

12 – Pagou o INSS do mês anterior

15 – Recebeu aluguel do mês no valor de 730

20 – Pagou salários do balancete do mês anterior com cheque

26 – Recebeu o restante da operação do dia 10 com desconto de 5%

28 – Recebeu o saldo de clientes do mês anterior com juros de 10%

29 – Foi debitado na conta corrente 720 para liquidação do empréstimo existente em dez/07

30 – Salários de janeiro para pagamento em fevereiro = 1.000, foi descontado 8% de INSS

31 – Foi consumido em janeiro, 125 de material de escritório.

PEDE-SE: Lançamentos nas contas “T” e Balancete de Verificação em 31/01/08.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

Efetuar os lançamentos dos Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido

41

Page 42: Apostila Introdução a Contabilidade I

TÍTULOS VALOR R$

42

Page 43: Apostila Introdução a Contabilidade I

1. Duas pessoas formam uma sociedade integralizando o capital com

dinheiro

5.000

2. Compra a prazo de máquina de somar 5003. Compra à vista de mercadoria para vender 1.0004. Pagamento da compra (transação nº2) 5005. Recebimento de dinheiro referente a prestação de serviços 2.0006. Compra de um veículo à vista 5.0007. Pagamento de aluguel do mês 1008. Prestação de serviços a terceiros, que a firma deverá receber

posteriormente.

600

9. Compra de gasolina para o veículo, para pagamento no mês

seguinte

50

10. Recebimento do valor de um empréstimo tomado ao banco 3.00011. Pagamento da despesa de gasolina (transação nº 9) 5012. Venda de mercadorias à vista (não levar em consideração o lançamento dos

estoques)

1.500

13. Pagamento de comissão aos vendedores 30014. Compra a prazo de material de escritório (despesa) 10015. Pagamento do empréstimo que tomou (transação nº 10) 3.10016. Aumento em dinheiro do capital da empresa 4.00017. Pagamento por despesas de telefone 80018. Compra a prazo de mercadorias para vender 1.30019. Recebimento do valor pelo serviço prestado (transação nº 8) 65020. Pagamento da compra (transação nº 18) 1350

ATIVO PASSIVOBENS OBRIGAÇÕES

DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Saldos dos serviços de lanternagem Zébatido em 30.11.08.

Caixa 1.000, Banco da Praça 500, Clientes 100, Fornecedores 200, Capital 2.000, Material

de Escritório 40, Veículos 1.000, INSS a Pg 25, FGTS a Pg 8, Aluguel a PG 90, Aluguel a

Rec 100, ISS a Pg 10, Material de Limpeza 40, Salários a Pg 92, Aplicações Financeiras

500 – Lucros ou Prejuízos acumulados ?

Operações do mês de dezembro:

43

Page 44: Apostila Introdução a Contabilidade I

01 – Prestou serviços por 3.000 rec no ato 70% depositando em Banco

02 – Pg água e esgoto 50

05 – Integralizou o Capital Social c/ dinheiro 900 depositando em Banco e 100 de M. Utensílios

07 – Pg as obrigações do balancete c/ cheque

09 – Credito em C/C do Banco 300 ref a 50% de resgate de Aplicações Financeiras

10 – Rec aluguel do balancete

12 – Pg aluguel do mês 90

14 – Pg despesas postais 20

18 – Compra de material de escritório a prazo 30

20 – Recebeu 50% da operação do dia 01

22 - Pg energia elétrica 48

24 – Transferência da c/ corrente p/ Caderneta de Poupança 1.000

26 – Rec p/ serviços prestados 1.000

28 – Pg telefone 35

29 – Compra de vale transporte p/ empregados 70

Informações Complementares:

a) Aluguel a Receber do mês 90

b) Salários do mês 600 sendo descontado dos empregados 8% INSS e 6% de Vale

transporte

c) S/ Salários há encargos sociais de 25% de INSS e 8% de FGTS respectivamente

d) ISS s/ Serviços Prestados 5%

e) Saldo de Material de Escritório do mês = 15

f) Foi consumido no mês, 25 de Material de Limpeza.

Pede:se em 31.12.2008:

Lançamentos em conta “T” e Balancete de Verificação

EXERCICIO DE CONT I UCP

SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL RIO2016:

CAIXA – 29.600, FORNECEDORES – 14.000, ICMS A RECUPERAR – 1.000,

CLIENTES – 20.000, EQUIP. INFORMÁTICA. – 15.000, EMPRÉSTIMOS A PG. –

4.400, BANCOS – 18.000, CAPITAL – 60.000, MERCADORIAS – 25.200,

MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 900, LUCROS ACUMULADOS - ?

44

Page 45: Apostila Introdução a Contabilidade I

OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008:

A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%,

COFINS 3% e CUSTO DE 35%.

B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR

C – PAGOU 40% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5%

D – PAGOU SEGUROS POR 6 MESES NO TOTAL DE 600,

E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 8.000, COM ICMS 12%

F – FOI CONSUMIDO EM AGOSTO, 300 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO

G – PAGOU SALÁRIOS DE AGOSTO NO VR DE 3.000, SENDO DESCONTADO

8% DE INSS DOS EMPREGADOS

H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS

I – RECEBEU POR BANCO, 5.000 DE CLIENTES + JUROS DE 8%

J – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.000 REFERENTE EMPRÉSTIMO.

.

PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008:

RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

Exerc.cont1.6

EXERCICIO DE CONT I UCP

SALDOS EM 31/12/2009 DE COMERCIAL ELIMIN:

CAIXA – 31.600, FORNECEDORES – 10.000, ICMS A PG – 1.000, CLIENTES –

20.000, MÓVEIS E UTENSÍLIOS. – 23.000, INSS A PG – 1.400, BANCOS – 28.000,

CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 28.200, MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 700,

FGTS A PG – 350, LUCROS ACUMULADOS – 68.750.

45

Page 46: Apostila Introdução a Contabilidade I

OPERAÇÕES EM JANEIRO DE 2010:

A – VENDA DE MERCADORIAS POR 40.000, SENDO 50% À VISTA, ICMS 19%,

PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 30%.

B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A PARTE A PRAZO DO ÍTEM “A”

C – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE DEZEMBRO COM JUROS.DE 5%

D – PAGOU O IPTU DO ANO DE 2010 NO TOTAL DE 1.500.

E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 20.000, COM ICMS 12%

F – FOI CONSUMIDO EM JANEIRO, 500 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO

G –SALÁRIOS DE JAN PARA PAGAMENTO DE FEV NO VALOR DE 4.000. FOI

DESCONTADO DOS FUNCIONÁRIOS, 8% DE INSS e 2% DE SINDICATO.

H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS

I – DEVOLUÇÃO DE 20% REFERENTE O ÍTEM “E”

PEDE-SE EM JANEIRO DE 2010:

RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

Exerc.cont1.161

EXERCÍCIO DE CONT I

SALDOS EM NOVEMBRO/2007 DE COMERCIAL TRODAT LTDA:

CAIXA 23.500, FORNECEDORES 8.200, CLIENTES 18.000, MERCADORIAS 28.500,

CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 3.900, PIS A PG 1.950, COFINS A PAGAR

4.000, VEÍCULOS 18.000, BANCOS 14.700, MAT.ESCRITÓRIO 860, LUCROS

ACUMUMLADOS 65.510.

46

Page 47: Apostila Introdução a Contabilidade I

OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2007:

A – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 6.000, ICMS 12%

B – PAGOU O SALDO DE FORNECEDORES DE NOVEMBRO COM DESC.DE 5%

C – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS

3% e CUSTO 40%

D – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A LETRA “A”

E – PAGOU DESPESAS POSTAIS NO VALOR DE 920

F – RECEBEU 6.000 DE CLIENTES COM JUROS DE 5%

G – FOI CONSUMIDO EM DEZEMBRO, 280 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO

H – PAGOU COM CHEQUE, OS IMPOSTOS DO MÊS ANTERIOR

I – PAGOU DESPESAS DE TELEFONE 570 e ENERGIA ELÉTRICA 430.

PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/07.

Exerc.cont171

EXERCICIO DE CONT I UCP

SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL DANDARA:

CAIXA – 19.600, FORNECEDORES – 13.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000,

CLIENTES – 32.000, EQUIP.INFORMÁTICA. – 12.000, EMPRÉSTIMOS A PG. –

4.600, BANCOS – 8.000, CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 19.200,

MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 800, LUCROS ACUMULADOS - ?

47

Page 48: Apostila Introdução a Contabilidade I

OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008:

A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 35%.

B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR

C – PAGOU 50% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5%

D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 3.300, DE DUP.DESCONTADAS

E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 10.000, COM ICMS 12%

F – AVISO DO BANCO DEBITANDO 1.200, DE DUP.DESCONT + 100 DE DESP.

G – RECEBEU POR BANCO, 6.000 DE CLIENTES + JUROS DE 2%

H – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.200 REFERENTE EMPRÉSTIMO.

I – REMESSA PARA O BANCO DE 5.000, DE DUP.DESCONTADAS. O BANCO COBROU 5% DE DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA.

.

PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008:

RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

Exerc.cont1.10

EXERCICIO DE CONT I

SALDOS EM 31/10/2008 DE COMERCIAL RETIRO:

CAIXA – 25.600, FORNECEDORES – 12.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000,

CLIENTES – 15.000, MÓVEIS E UTENS. – 6.000, DEPREC.S/MOV.UTENS. – 2.400,

BANCOS – 7.600, APLIC.FINANCEIRAS – 25.200, CAPITAL – 30.000, ICMS A

48

Page 49: Apostila Introdução a Contabilidade I

PAGAR – 2.500, PIS A PG – 700, COFINS A PG – 1.300, MERCADORIAS – 28.200

LUCROS ACUMULADOS - ?

OPERAÇÕES EM NOVEMBRO DE 2008:

A – VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 40.000, ICMS 12%, PIS 0,65%,

COFINS 3% e CUSTO DE 25%.

B – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS

C – PAGOU COM CHEQUE, O ICMS, PIS E COFINS DE OUTUBRO

D – PAGOU SEGUROS POR 12 MESES NO TOTAL DE 3.000

E – COMPRA DE MERCADORIAS À VISTA POR 6.000, COM ICMS 12%

F – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE OUTUBRO COM JUROS DE 5%

G – RESGATOU 3.500 DA APLICAÇÃO FINANCEIRA

H – BAIXA COMO INCOBRÁVEL DE 500 DE DUP.DE CLIENTES

I – VIDA ÚTIL MOVÉIS E UTENS. = 10 ANOS.

PEDE-SE EM NOVEMBRO DE 2008:

RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

Exerc.cont1.7

EXERCICIO DE CONT I UCP

SALDOS EM NOVEMBRO/2005 DE COMERCIAL SARAU LTDA:

CAIXA 18.500, CLIENTES 10.000, DUP.DESC. 5.000, MERCADORIAS 15.500,

CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 950, COFINS A PAGAR 4.000,

VEÍCULOS 9.000, DEP.S/VEÍCULOS 4.600, BANCOS 4.000, LUCROS ACUM.

19.650.

49

Page 50: Apostila Introdução a Contabilidade I

OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2005:

DIA 04 – COMPRA DE MERCAD. A PRAZO POR 4.000, ICMS 19%

DIA 07 – VENDA DE MERC. POR 8.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS

3% e CUSTO 40%

DIA 08 – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE AO DIA 04

DIA 10 – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS

DIA 13 – REMESSA PARA O BCO. DA OPERAÇÃO DO DIA 07, O BCO. COBROU

100 DE DESP. E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA

DIA 17 – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS

DIA 20 – PAGOU A COMPRA DO DIA 04 COM DESCONTO DE 5%

DIA 23 – COMPRA À VISTA DE MÓVEIS E UTENS. POR 1.800, VIDA ÚTIL

ESTIMADA EM 10 ANOS.

DIA 30 – VIDA ÚTIL ESTIMADA VEÍCULOS = 5 ANOS

PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/05.

Exerc.cont1.8

EXERCÍCIO DE CONT I UCP

SALDOS EM JULHO/2008 DE COMERCIAL SAUÍPE LTDA:

CAIXA 12.500, MATERIAL DE ESCRIT. 500, CLIENTES 8.000, DUP.DESC. 3.000,

MERCADORIAS 9.500, CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 200,

COFINS A PG 600, EQUIP.INFORMÁTICA 9.000, DEP.S/EQUIP.INFORM. 6.000,

VEÍCULOS 8.000, DEP.S/VEÍC 4.600, BANCOS 7.000, LUCROS ACUM. 17.300.

OPERAÇÕES EM AGOSTO/2008

50

Page 51: Apostila Introdução a Contabilidade I

A – COMPRA DE MERCAD. POR 5.000 A PRAZO ICMS 19%

B – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 12%, PIS 0,65%, COFINS 3% e

CUSTO 30%

C – DEVOLUÇÃO DE 10% DO ÍTEM ANTERIOR

D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 2.000 DE DUP.DESCONTADAS

E – PAGOU O ICMS, PIS E COFINS DE JULHO

F – VENDA DO VEÍCULO DE JULHO À VISTA POR 4.000

G - REMESSA PARA O BCO. DE 3.000 DE DUP.DESC. O BANCO COBROU 5% DE

DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA.

H – AVISO DO BANCO DEBITANDO 900 DE DUP.DESC.+ 20 DE DESPESAS

I – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS

J – PAGOU COM CHEQUE, 2.000 DE FORNECEDORES COM DESC. DE 5%

K – RECEBEU 200 DE DUP.BAIXADAS COMO INCOB. + 20% DE JUROS

L - EQUIP.INFORMÁTICA: VIDA ÚTIL ESTIMADA EM 5 ANOS

PEDE-SE: BAL.VERIFICAÇÃO E RESULTADO COM MERC. EM AGOSTO/2008.

F:Word:exerc.cont1.9

51