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MATO GROSSO

Regularizao Ambiental Reserva Legal, rea de Proteo Permanente, Autorizao de Desmatamento, Controle de Fogo e Licenciamento Ambiental Rural.

Livro 4: Srie Boas Prticas Joo Daniel S Oriana Almeida Srgio Rivero Claudia Stickler

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04 05 06 07 07 08 08 09 10 11 12 12 13 13 14 15 17 18 18 19 20 20 21 22 22 24 24 25 26 26 27 28 28 29 30 31 32 33 34 36 38 41

INTRODUO RESERVA LEGAL 1. DEFINIO 2. LOCALIZAO DA RESERVA LEGAL 3. TAMANHOS DA RESERVA LEGAL 4. AVERBAO DA RESERVA LEGAL 5. RECOMPOSIO 6. COMPENSAO 7. RESERVA LEGAL EM REGIME DE CONDOMNIO REA DE PRESERVAO PERMANENTE 1. DEFINIO 2. IMPORTNCIA DA APP 3. LOCALIZAO 4. TAMANHOS DA APP 5. USO DA APP 6. RECUPERAO DE APP DESMATAMENTO 1. A AUTORIZAO DE DESMATE 2. REQUISITOS PARA OBTENO DA AUTORIZAO DE DESMATE 3. PRAZOS PARA RENOVAO DA AUTORIZAO 4. DESMATAMENTO EM REAS DE AGRICULTURA FAMILIAR 5. VISTORIAS A QUEIMADA EM PROPRIEDADES RURAIS 1. CONDIES PARA O USO DO FOGO 2. PROCEDIMENTO PARA A EMISSO DE LICENA DE QUEIMA CONTROLADA 3. QUEIMA COMUNITRIA 4. PROIBIES PARA O USO DO FOGO INFRAES AMBIENTAIS 1. O QUE SO INFRAES AMBIENTAIS? 2. QUAIS SO AS ESPCIES DE INFRAES? 3. SANES ADMINISTRATIVAS 4. SANES PENAIS 5. CONVERSO DA MULTA SIMPLES ADMINISTRATIVA LICENCIAMENTO 1. CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR 2. DEFINIO E IMPORTNCIA DO LICENCIAMENTO 3. REQUISITOS E PROCEDIMENTOS PARA OBTENO DA LICENA AMBIENTAL 4. PRAZOS DE VALIDADE E CONDIES DE RENOVAO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS REFERNCIAS LEGISLATIVAS ESTADUAIS REFERNCIAS LEGISLATIVAS FEDERAIS ANEXOS

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INTRODUOA propriedade rural possui trs formas de destinao: rea de Preservao Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e reas de Uso Agropecurio. As limitaes impostas a essas reas no esvaziam seu contedo econmico. Ao contrrio, potencializam seu uso, pois essas modalidades coexistem em todos os nveis de proteo dos recursos naturais na propriedade rural, nos quais a atividade humana regulada de forma distinta. O uso dessas reas distinto porque o poder dominial do titular do imvel sobre os bens ambientais apresenta caractersticas prprias, conforme definies normativas, cumprindo diferentes objetivos econmicos e ambientais (BENATTI, 2005, p. 213). No trabalho, ora apresentado, temos como objetivo detalhar as regras de cumprimento da legislao federal e estadual do Mato Grosso, no que diz respeito cobertura vegetal da propriedade, especificando as leis que regem a Reserva Legal, rea de Preservao Permanente, desmatamento e uso controlado do fogo. Para isso dividimos o texto em 6 partes. A primeira parte apresenta a legislao da Reserva Legal, seu tamanho, como fazer a averbao e de que forma a legislao permite recompor ou compensar uma floresta que foi desmatada. O segundo bloco apresenta a legislao sobre as reas de Preservao Permanente APPs. A terceira parte trata da autorizao para o desmatamento, seus requisitos e condies. A quarta trata da queimada em propriedades rurais, identificando as proibies para o uso do fogo, as condies e os procedimentos para obteno de licena para queima controlada. Em seguida, abordamos as infraes ambientais previstas pela legislao, mostrando as penas e os valores de multa que podem ser aplicados por seu descumprimento. Por fim, na sexta e ltima parte, tratamos do licenciamento ambiental, apresentando a sua importncia, os requisitos, procedimentos e condies para obteno da licena ambiental.

PROPRIEDADE RURAL web

Sabemos que h muitas dificuldades para o cumprimento das leis no Brasil e que, muitas vezes, essas dificuldades esto ligadas aos processos burocrticos exigidos pelos rgos ambientais para a regularizao ou o licenciamento das propriedades rurais. No sentido de auxiliar o produtor que, nesse fascculo, mostramos as regras de cumprimento da legislao sobre a manuteno de florestas dentro da propriedade rural no Estado do Mato Grosso, esclarecendo, por exemplo, porque em alguns locais no podemos plantar ou criar animais, relacionando os problemas que essas atividades causam ao meio ambiente. Dessa forma, nosso objetivo ajudar o produtor a conhecer a legislao ambiental para garantir a conservao ambiental e a preservao dos recursos hdricos das reas de sua propriedade. At o fechamento da edio desse material, no tivemos conhecimento de nova regulamentao por parte da Secretaria de Estado do Meio Ambiente Governo de Mato Grosso (SEMA-MT) sobre os procedimentos aqui explicitados.

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1. Definio A Reserva Legal encontra-se definida no Cdigo Florestal Brasileiro Lei Federal n. 4.771/65, com as alteraes promovidas pela Medida Provisria 2166-67/01. a rea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservao permanente, necessria ao uso sustentvel dos recursos naturais, conservao e reabilitao dos processos ecolgicos, conservao da biodiversidade e ao abrigo e proteo de fauna e flora nativas Art. 1, 2, III do Cdigo Florestal. Nas reas de Reserva Legal proibido o corte e a derrubada de todas as rvores ou de parte delas sem a autorizao do rgo ambiental. A explorao florestal pode ocorrer na Reserva Legal, com base em um plano de manejo. Da mesma forma, a utilizao pelo produtor rural de toda a sua propriedade, com finalidade agropecuria, caracteriza situao contrria legislao, quando no existe rea de Reserva Legal definida ou compensada nas formas e possibilidades previstas.

BIOMAS DO ESTADO DO MATO GROSSO

No Estado do Mato Grosso, ao se pensar em Reserva Legal, deve-se considerar a existncia de vrios biomas: a Amaznia, o Cerrado e o Pantanal. Essa diversidade de tipologias ecossistmicas leva ao desenvolvimento de algumas reas definidas como reas de transio. Essas reas so as regies onde pode ser identificado mais de um bioma, ainda que um prevalea sobre o outro. Essa multiplicidade de

PROPRIEDADE COM 20% DA REA DESMATADA DE ACORDO COM A LEGISLAO AMBIENTAL VIGENTE PARA A AMAZNIA

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biomas influencia o dimensionamento da Reserva Legal, pois enquanto instrumento de promoo do uso sustentvel dos recursos naturais, a rea a ser preservada deve abranger todos os elementos naturais existentes e/ou predominantes em cada regio. Outro fator importante que poder influenciar o dimensionamento da Reserva Legal a realizao do Zoneamento Ecolgico Econmico ZEE, conforme previsto pelo Cdigo Florestal art. 16, 5. O Governo do Estado do Mato Grosso, a partir do ZEE 1 , poder reduzir, para fins de recomposio, a dimenso da Reserva Legal, na Amaznia Legal, para at cinqenta por cento da propriedade. A existncia da Reserva Legal importante para a conservao do meio ambiente e para as funes que a natureza desempenha, como o abrigo e a proteo de animais e plantas nativas. 2. Localizao da Reserva Legal A localizao da rea de Reserva Legal pode ser indicada pelo proprietrio ou possuidor, mas deve ser previamente aprovada pelo rgo ambiental. Os critrios para a localizao da Reserva Legal so vrios e incluem a proximidade com reas indgenas, unidades de conservao e/ ou com outras reservas legais. As zonas de amortecimento so reas que circundam uma unidade de conservao e onde as atividades humanas esto sujeitas s normas e restries especficas, objetivando minimizar os impactos negativos que tais atividades provocam na unidade protegida art. 2, inciso XVIII da Lei n. 9.9852 , de 18 de julho de 2000. Uma vez localizada a rea de Reserva Legal da propriedade, sendo a mesma inferior aos limites permitidos, o proprietrio pode solicitar a relocao da Reserva Legal existente, na mesma propriedade, desde que a rea indicada constitua um ganho ambiental justificado, nos termos do art. 25, pargrafo 1 da Instruo Normativa n. 1, de

06 de julho de 20073. No entanto, se ainda existir vegetao nativa na propriedade, ela deve ser includa na rea que ser definida como Reserva Legal. Mesmo que o rgo ambiental autorize a relocao, caso seja constatado que houve a degradao da Reserva Legal anteriormente definida na propriedade, ou seja, quando a Reserva Legal no est de acordo com os percentuais que existiam anteriormente, a SEMA, atravs da Superintendncia de Aes Descentralizadas (SUAD), encaminhar o processo para que seja lavrado o Auto de Infrao - pargrafo 2 do artigo 25 da IN n. 1. Para a pessoa que tem a posse de um imvel rural, pois nele mora e trabalha h muito tempo, mas no tem o ttulo de propriedade, a rea de Reserva Legal deve ser identificada no momento da solicitao da Licena Ambiental nica LAU. A solicitao da LAU feita atravs da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental para Locao de Reserva Legal em rea de Posse, e nesse documento, o posseiro compromete-se a manter a rea de Reserva Legal devidamente localizada em seu imvel, em conformidade com a Legislao Ambiental em vigor. 3. Dimenses da Reserva Legal Em cada propriedade rural, deve existir um mnimo percentual de Reserva Legal que determinado pelo Cdigo Florestal Federal, e que deve ser respeitado, pois devemos observar que, ao atender sua funo social, a propriedade busca uma frmula de harmonia que tenta conciliar os interesses do indivduo com os da sociedade toda, impedindo que o exerccio do proprietrio possa menosprezar o bem comum (FARIAS, 2005 , p.51).

1 A proposta de reduo para fins de recomposio da reserva legal depende do aval do CONAMA, do Ministrio do Meio Ambiente e do Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento. 2 A referida lei regulamenta o art. 225, 1, incisos I, II, III e VII da Constituio Federal, e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC). 3 Instruo Normativa promulgada pela SEMA-MT para regular os procedimentos tcnicos e administrativos de licenciamento ambiental das propriedades rurais do Estado do Mato Grosso.

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Para o Estado do Mato Grosso, na parte que compreende a chamada Amaznia Legal, o Cdigo Florestal Lei Federal n 4.771/65, com as alteraes promovidas pela Medida Provisria 2166-67/01 - determina que a Reserva Legal seja de 80% da rea do imvel rural em regio coberta por florestas includas as chamadas florestas de transio e de 35% da rea, nas regies de cerrado4. Para dosar a extenso de terra correspondente a cada bioma, a SEMA-MT, a partir da Instruo Normativa n01, de 06 de julho de 2007, determinou que, atravs de vistoria da rea e em observncia aos percentuais estipulados pelo Cdigo Florestal Federal, sejam emitidos pareceres tcnicos e realizadas vistorias para definir a distribuio das porcentagens, diante das diversas tipologias florestais identificadas. Deve-se considerar, no entanto, que a rea de Reserva Legal pode ser inferior rea determinada pelo Cdigo Florestal Federal, entendendose que, nos casos em que as percentagens legais forem alteradas, cabe ao proprietrio adequar-se aos padres exigidos5. 4. Averbao da Reserva Legal Aps a escolha e aprovao pela SEMAMT da rea destinada implementao da Reserva Legal, a averbao ocorrer de acordo com o Cdigo Florestal Federal - Lei N. 4.771/65, artigo 16, 8. A averbao realizada no cartrio de imveis da cidade ou municpio onde reside o proprietrio, na margem direita do documento de propriedade, definido como matrcula de imvel, sendo que, de acordo com o 9 do Artigo 16 da Lei 4.771/65, tal averbao ser gratuita para as pequenas propriedades ou posses rurais que funcionam com carter familiar, cabendo ao rgo pblico competente prestar apoio tcnico e jurdico, caso seja necessrio. Uma vez definida e averbada a rea da Reserva Legal, esta no pode ser mudada de local, mesmo com a diviso de propriedade ou a sua

venda, cabendo apenas as excees previstas no Cdigo Florestal Federal ou quando for devidamente justificada e previamente aprovada a relocao da rea da Reserva Legal. Pode ocorrer, ainda, a necessidade de correo da rea da Reserva Legal, pelas seguintes razes: A Reserva Legal da propriedade insuficiente para atender as exigncias legais; A Reserva Legal, diante de alteraes no percentual exigido por lei, passa a ser insuficiente para atender as exigncias legais; A Reserva Legal, diante de alteraes no percentual exigido por lei, continua sendo suficiente para atender as exigncias legais, mas devendo obter novo termo de averbao com a adequao da percentagem de rea de Reserva Legal que ento passou a vigorar e ajustamento da percentagem de reserva legal remanescente na propriedade. Nesses casos, a recomendao feita pela SEMA-MT que seja requerida, no rgo responsvel, a retificao da rea da Reserva Legal. A SEMAMT enviar um tcnico habilitado para a anlise e adequao da(s) propriedade(s) aos percentuais exigidos por lei. A identificao e adequao dos percentuais exigidos para retificao da averbao da Reserva Legal, quando necessria, depender de formalizao do ato pelo interessado. A retificao, segundo o 2 do artigo 21 da Instruo Normativa N 1/SEMA-MT, de 06 de julho de 2007, s no exigida nos casos em que o proprietrio ou possuidor rural tenha realizado a converso de florestas ou vegetaes nativas da regio para o uso alternativo do solo, obedecendo as percentagens de Reserva Legal que vigoravam na poca. 5. Recomposio Nos casos em que o proprietrio do imvel rural estiver com rea de Reserva Legal inferior rea determinada por lei, ele pode, ao dar incio ao processo de licenciamento da propriedade, indicar a forma escolhida para reconstituir a Reserva Legal de sua propriedade.

No caso do cerrado, pelo menos 20% da rea de reserva legal deve se encontrar na prpria propriedade rural e os 15% restantes podem ser compensados em outra rea rural, desde que localizada na mesma regio. Entende-se por mesma regio uma rea que possua caractersticas semelhantes rea que se deseja compensar. 5 Artigo 22, Instruo Normativa n. 1/SEMA-MT, de 06 de julho de 2007.4

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A legislao permite fazer isso de vrias formas, sendo uma delas a recomposio florestal. A recomposio florestal se constitui no processo de plantio das espcies nativas6, que se encontravam na rea antes de sua degradao, para recuperar a parcela de Reserva Legal faltante na propriedade. O procedimento adotado, para fins de recomposio da Reserva Legal, depende da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental7 TAC para Recuperao de reas Degradadas, que o instrumento atravs do qual o proprietrio ou posseiro assume o compromisso de recuperar sua Reserva Legal. Com a assinatura desse documento, o responsvel pela recuperao compromete-se a faz-la no prazo estipulado. O no cumprimento do TAC far com que a SEMA envie uma notificao informando sobre o arquivamento do processo de licenciamento, o embargo das atividades desenvolvidas na rea e a lavratura de Auto de Infrao Instruo Normativa SEMA n. 01, de 06 de julho de 2007.

TAC Termo de Ajustamento de Conduta TAC o instrumento destinado a adaptar a conduta dos interessados s exigncias legais, mediante acordos, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial8.

6. Compensao Uma outra forma de restituio da Reserva Legal de uma propriedade a compensao florestal. A compensao de rea da Reserva Legal de uma propriedade pode ocorrer quando ela insuficiente para atender aos padres legais exigidos. No caso, permite-se ao proprietrio a compensao da rea de Reserva Legal em outro imvel rural, sendo exigido o atendimento de alguns requisitos. O proprietrio pode compensar a Reserva Legal por outra rea equivalente em importncia ecolgica e extenso, desde que pertena ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia. Ou seja, se sua propriedade se localizar em rea de floresta amaznica, a compensao precisa ser em rea de floresta amaznica. Se sua rea se localizar em regio de cerrado, a compensao precisa ser feita em rea de cerrado.

A RECUPERAO FLORESTAL PODE SER FEITA EM AT 30 ANOS, SENDO 10% DA REA A SER RECUPERADA A CADA 3 ANOS

Entende-se por espcies nativas o conjunto de espcies naturais que ocupavam a rea destinada a Reserva Legal antes da degradao, devendo ser efetuado o plantio de tais espcies, no podendo ser substitudas por outras que no faziam parte da reserva, mas aceitando a substituio por espcies que compem o mesmo bioma. 7 Para todas as subespcies de Termos de Ajustamento de Conduta TAC ou Termo de Compromisso de Compensao TCC, o prazo mximo para a apresentao no rgo competente de 60 dias aps o recebimento de advertncia quanto a inadequao da rea de Reserva Legal estabelecida na propriedade, sob pena de arquivamento do pedido de Licenciamento Ambiental, segundo o caput do artigo 34 da Instruo Normativa n. 1/SEMA-MT, de 06 de julho de 2007. 8 A figura jurdica do TAC foi introduzida no 6, do inciso II, do artigo 5 da chamada Lei da Ao Civil Pblica (Lei Federal n 7.347, de 24 de julho de 1985).6

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Na impossibilidade de compensao da Reserva Legal dentro da mesma microbacia hidrogrfica, o proprietrio deve fazer a compensao numa rea mais prxima da propriedade em que a Reserva Legal insuficiente, desde que na mesma bacia hidrogrfica e no mesmo Estado, atendendo, quando houver, o Plano de Bacia Hidrogrfica. O importante que, para fazer a compensao, o proprietrio precisa comprar um tamanho equivalente de rea de floresta, ou vegetao nativa, ao que ele deveria ter na sua propriedade, mas respeitando o limite da Reserva Legal que essa outra propriedade tambm dever possuir. A compensao pode ser efetuada atravs da adoo dos seguintes procedimentos: Termo de Ajustamento de Conduta para Compensao de Reserva Legal Degradada9; Termo de Compromisso de Compensao TCC. Nos dois casos, ao assinar um dos termos, o proprietrio compromete-se a compensar a rea de Reserva Legal insuficiente em uma rea de outro imvel rural, com as mesmas caractersticas nativas que deveria ter na rea em questo. A compensao da Reserva Legal tambm pode ser implementada mediante o arrendamento de uma rea sob regime de servido florestal ou de reserva legal. Nesse caso, aps a anuncia do rgo ambiental, a Reserva Legal deve ser averba-

da, margem da inscrio da matrcula do imvel rural, pelo cartrio de imveis da cidade ou municpio do proprietrio, sendo vedada a alterao da destinao dada rea de servido, mesmo nos casos de transmisso da titularidade da propriedade, desmembramento de parte da rea ou na correo de limites territoriais do imvel rural. 6. Reserva Legal em Regime de Condomnio Segundo o Cdigo Florestal, poder ser instituda Reserva Legal em regime de condomnio entre mais de uma propriedade, respeitado o percentual legal em relao a cada imvel, mediante a aprovao do rgo ambiental estadual competente e as devidas averbaes referentes a todos os imveis envolvidos Art. 16, 11 da Lei Federal n. 4.771/65. Nesse caso, na anlise do projeto com mais de uma matrcula de imvel rural, para instituio de Reserva Legal em regime de condomnio, a SEMA MT observar se todos os limites legais cabveis a cada matrcula individualizada foram considerados. Nesse caso, a rea de Reserva Legal deve incidir sobre todas as reas dos interessados, e deve ser equivalente soma de todas as reas de Reserva Legal cabveis a cada imvel rural individualmente.

COMPENSAO

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Uma vez assinado o TAC para compensao de Reserva Legal Degradada, o proprietrio tem 120 (cento e vinte) dias para apresentar o projeto de compensao ao rgo ambiental competente.

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Daniel Nepstad

REA DE PRESERVAO PERMANENTE REGIO DO MATO GROSSO

1. Definio Considera-se rea de Preservao Permanente APP10 toda a faixa de terra, coberta por vegetao que exerce a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, tendo por finalidade a proteo do solo e o bem estar das populaes, nos limites definidos pela legislao art. 1, 2, II do Cdigo Florestal. No meio rural, a forma mais comum de APP encontrada so as reas localizadas em encostas acentuadas, espaos caracterizados como Matas Ciliares ou ainda reas marginais aos rios, nascentes, crregos, etc. Nesse sentido, o artigo 58 da Lei Complementar n. 38, de 21 de novembro de 1995, define como rea de Preservao Permanente, dentro do Estado do Mato Grosso, as florestas e demais formas de vegetao localizadas prximas a fontes hdricas.

2. Importncia da APP As APPs funcionam como verdadeiros componentes fsicos e ecolgicos de agroecossistemas, proporcionando diversos benefcios, tais como (SKORUPA, 2003): Garantir a estabilidade do solo, evitando a sua eroso e deslizamentos para regies mais baixas do terreno, como estradas ou cursos de gua; Amortecer o impacto da gua das chuvas no solo e sua compactao, pois um e outro impacto e compactao diminuem a porosidade do terreno, prejudicando a absoro de gua para alimentar os lenis freticos; Evitar o processo de lixiviao, no qual partculas slidas, poluentes e resduos txicos podem ser levados para os cursos de gua, provocando sua contaminao e assoreando-os; Evitar a escassez de gua.

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Apesar da APP ser uma rea de preservao como a Reserva Legal, elas se diferenciam, pois esta ltima RL pode ser objeto de explorao a partir de um Plano de Manejo Sustentvel, enquanto que a primeira APP - no poder ser objeto de nenhuma forma de explorao.

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3. Localizao As APPs encontram-se localizadas em reas importantes para manuteno de fontes hdricas e em reas essenciais para a perpetuao da vegetao e da biodiversidade nativa da regio, tais como: Ao longo dos rios; Ao redor das lagoas ou reservatrios de gua naturais ou artificiais; Ao redor das nascentes e nos olhos dgua; No topo dos morros, montes ou montanhas; Nas encostas. 4. Tamanhos da APP A relao entre a localizao da APP e a dimenso do curso de gua importante, pois quanto maior a distncia entre uma margem e outra de um rio, maior deve ser a extenso de vegetao nas suas margens. A ordem de proporo da largura mnima da faixa marginal de APP e o tamanho dos cursos de gua, desde o seu nvel mais alto, ocorre na seguinte razo: Ao redor de lagoas, lagos, reservatrios50m, para os cursos de gua de at 50m de largura11; 100 metros, para os cursos de gua de largura variando entre 50 e 200 metros; 200 metros, para os cursos de gua que possuam largura variando entre 200 e 600 metros; 500 metros, para os cursos de gua com largura superior a 600 metros;

naturais ou artificiais de gua, represas hidreltricas12 ou de usos diversos; em faixa marginal, a largura mnima da APP de 100 metros, em todos os casos; Nas nascentes13, nos olhos dgua, independente da situao topogrfica, nas veredas, nas cachoeiras ou quedas dgua, a APP deve possuir um raio de, no mnimo, 100 metros; No topo dos morros, montes e serras, a rea deve ser determinada por um responsvel tcnico habilitado, bem como nas encostas ou partes destas com declive superior a 45. Nas bordas dos tabuleiros e chapadas, a APP deve ser definida a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeo horizontal. Nas reas alagveis do Pantanal Mato-Grossense, os limites so determinados pelo CONSEMA. Segundo o art. 58, 3, da Lei Complementar Estadual n. 38/95, nas reas de Preservao Permanente dos reservatrios artificiais de barragens hidreltricas, sero respeitadas as ocupaes consolidadas, atendidas as recomendaes tcnicas para adoo de medidas mitigadoras14. No entanto, proibida a expanso dessas reas j ocupadas.

MATA CILIAR

Conforme definido pelo art. 58 da Lei Complementar Estadual n. 38, de 21 de novembro de 1995. Nas reas de barragens hidreltricas e de reservatrios artificiais, a ocupao e ao do homem na rea assegurada, mas sob a condio de que sejam adotadas medidas mitigadoras e a vedao da expanso da rea originalmente ocupada, devendo o ocupante da rea obter no rgo competente uma autorizao especfica garantindo sua permanncia na rea. 13 Mesmo que as nascentes intermitentes nascentes que surgem em determinados perodos do ano, como perodos chuvosos, mas que no permanecem com o fim da estao deve ser respeitada a colocao e preservao da APP. 14 Nesses casos, desde que possvel, o proprietrio que usufrui da rea dever pagar a recuperao de 50 metros contguos, sendo os 50 metros restantes deixados para a sua recuperao natural - art. 58, 5, da Lei Complementar Estadual n. 38/1995.11 12

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5. Uso da APP Como fica claro a partir do prprio significado da expresso rea de Preservao Permanente, essas reas so locais onde a ao antrpica no deve ocorrer, ou seja, no podem ser objeto de explorao econmica direta. Nesse sentido, o art. 59 da Lei Estadual Complementar n. 38/95 tambm determina que so proibidos, nas reas de Preservao Permanente, o depsito de qualquer tipo de resduos e o exerccio de atividades que impliquem na remoo da cobertura vegetal. Aes de interveno em APP sempre dependero de prvia autorizao. Isso quer dizer que o proprietrio s poder fazer qualquer alterao nessas reas com a autorizao prvia do rgo ambiental, sob pena de ser autuado por crime ambiental. A Resoluo do CONAMA n 369/06 dispe sobre os casos excepcionais, de utilidade pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou supresso de vegetao em APP. vedada a interveno em vegetao de APP localizadas em reas de nascentes, de veredas, de manguezais e dunas originalmente providas de vegetao, salvo nos casos de utilidade pblica e para o acesso de pessoas e animais para obteno de gua, quando no exija a supresso e no comprometa a regenerao e a manuteno, a longo prazo, da vegetao nativa art. 4, 7 da Lei n. 4.771/65. A autorizao para interveno ou supresso de vegetao em APP de nascente, fica condicionada outorga do direito de uso15 de recurso hdrico, conforme o disposto no art. 12 da Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.Segundo a Resoluo 369, so casos de utilidade pblica: a) As atividades de segurana nacional e proteo sanitria; b) As obras essenciais de infraestrutura destinadas aos servios pblicos de transporte, saneamento e energia; c) As atividades de pesquisa e extrao de substncias minerais, outorgadas pela autoridade competente, exceto areia, argila, saibro e cascalho; d) A implantao de rea verde pblica em rea urbana; e) Pesquisa arqueolgica; f) Obras pblicas para implantao de instalaes necessrias captao e conduo de gua e de efluentes tratados; e g) Implantao de instalaes necessrias captao e conduo de gua e de efluentes tratados para projetos privados de aqicultura, obedecidos os critrios da Resoluo.

A autorizao de interveno ou supresso de vegetao em APP tambm depende de procedimento administrativo, com a comprovao pelo empreendedor do cumprimento integral das obrigaes definidas anteriormente para essas reas e s pode ser autorizada nos casos de utilidade pblica, interesse social e interveno ou supresso de vegetao eventual e de baixo impacto ambiental, observados os parmetros da Resoluo 369.Segundo a Resoluo 369, so casos de interesse social: a) As atividades imprescindveis proteo da integridade da vegetao nativa, tais como preveno, combate e controle do fogo, controle da eroso, erradicao de invasoras e proteo de plantios com espcies nativas, de acordo com o estabelecido pelo rgo ambiental competente; b) O manejo agroflorestal, ambientalmente sustentvel, praticado na pequena propriedade ou posse rural familiar, que no descaracterize a cobertura vegetal nativa, ou impea sua recuperao, e no prejudique a funo ecolgica da rea; c) A regularizao fundiria sustentvel de rea urbana; d) As atividades de pesquisa e extrao de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente.

A interveno ou supresso de vegetao em APP somente poder ser autorizada quando for comprovado que: No existe alternativa tcnica e locacional para as obras, planos, atividades ou projetos propostos; Sero atendidas as condies e padres16 aplicveis aos corpos de gua; A rea de reserva legal foi averbada; e No existe risco de agravamento de processos como enchentes, eroso ou movimentos acidentais de massa rochosa.

Segundo a Lei n. 9.433, esto sujeitos outorga: a derivao ou captao de parcela da gua existente em um corpo de gua para consumo final, inclusive abastecimento pblico, ou insumo de processo produtivo; a extrao de gua de aqfero subterrneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; o lanamento em corpo de gua de esgotos e demais resduos lquidos ou gasosos, tratados ou no, com o fim de sua diluio, transporte ou disposio final; o aproveitamento dos potenciais hidreltricos; 16 A Resoluo do Conama, n 357/05, dispe sobre a classificao dos corpos de gua e estabelece diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes.15

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Segundo a Resoluo 369, considera-se interveno ou supresso de vegetao, eventual e de baixo impacto ambiental em APP: a) Abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhes, quando necessrias travessia de um curso de gua, ou retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentvel praticado na pequena propriedade ou posse rural familiar; b) Implantao de instalaes necessrias captao e conduo de gua e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da gua, quando couber; c) Implantao de corredor de acesso de pessoas e animais para obteno de gua; d) Implantao de trilhas para desenvolvimento de ecoturismo; e) Construo de rampa de lanamento de barcos e pequeno ancoradouro; f) Construo de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populaes extrativistas e tradicionais em reas rurais da regio amaznica ou do Pantanal, onde o abastecimento de gua se d pelo esforo prprio dos moradores; g) Construo e manuteno de cercas de divisa de propriedades; h) Pesquisa cientfica, desde que no interfira nas condies ecolgicas da rea, nem enseje qualquer tipo de explorao econmica direta, respeitados outros requisitos previstos na legislao aplicvel; i) Coleta de produtos no madeireiros para fins de subsistncia e produo de mudas, como sementes, castanhas e frutos, desde que eventual e respeitada a legislao especfica a respeito do acesso a recursos genticos; j) Plantio de espcies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais em reas alteradas, plantados junto ou de modo misto; k) Outras aes ou atividades similares, reconhecidas como eventual e de baixo impacto ambiental pelo respectivo Conselho Estadual de Meio Ambiente de cada Estado.

Nesses casos, cabe ao proprietrio, aps anlise de um tcnico ambiental habilitado, apresentar, obrigatoriamente, um Plano de Recuperao de rea Degradada PRAD, ou um Projeto de Compensao, formalizado atravs de Termo de Ajustamento de Conduta TAC, ou Termo de Compromisso de Compensao TCC17. Na anlise elaborada pelo tcnico ambiental responsvel, sero verificados os seguintes aspectos: O grau de antropizao das APPs; A existncia ou no de apresentao de PRAD. Aps a anlise, sendo verificada a necessidade de recuperao da rea degradada, o proprietrio dever apresentar o PRAD e assinlo, comprometendo-se a cumprir, no prazo estipulado, o Plano de Recuperao, submetendo o PRAD aprovao do rgo ambiental competente. Se o responsvel faltar com alguma de suas obrigaes, ele estar sujeito a sofrer as seguintes sanes18: 1 Arquivamento do Pedido de LAU: A solicitao feita pelo proprietrio pode ser arquivada nas seguintes hipteses: Quando o TAC ou TCC no apresentado dentro do prazo de 60 dias, aps a constatao da Degradao da APP e a emisso de advertncia ao proprietrio rural; Quando o proprietrio se recusa a assinar o TAC ou TCC no momento de apresent-lo para a aprovao da SEMA; Quando o proprietrio, aps a apresentao, assinatura e aprovao do TAC ou TCC, acaba por no cumpr-lo no devido prazo, sendo notificado pelo rgo ambiental competente. 2 Lavratura de Auto de Infrao A.I. 3 Embargo da atividade desenvolvida na propriedade.

6. Recuperao da APP As reas de Preservao Permanente podem vir a sofrer degradao ambiental devido atividade realizada na propriedade, quando o responsvel pela rea no toma as devidas precaues para garantir a sua perpetuao. Normalmente, a degradao verificada no momento em que feito o pedido de LAU, quando feita a anlise e mapeamento da propriedade para identificar a localizao da rea de Reserva Legal e da rea de Preservao Permanente.

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Nesse sentido, ver Art. 34 da Instruo Normativa n. 01/SEMA, promulgada em 06 de julho de 2007. Nesse sentido, ver pargrafos do art. 34 da Instruo Normativa n. 01/SEMA, promulgada em 06 de julho de 2007.

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Charton Jahn Locks

REA DE FLORESTA EM PROPRIEDADE NO MATO GROSSO

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1. A autorizao de desmate Devido preocupao existente com a prtica do desmatamento, o Estado do Mato Grosso passou a exigir de todos os proprietrios de terras que estiverem interessados em desmatar uma determinada rea de suas propriedades, que solicitem previamente autorizao SEMA MT. No perodo compreendido entre 2003-2004, s no Estado do Mato Grosso, foram desmatados 12.000 Km de terras de acordo com o Programa de Clculo do Desflorestamento da Amaznia PRODES, um sistema de monitoramento por satlite que pode detectar reas de desflorestamento de mais de 6,5 hectares19. A inteno da Autorizao de Desmate no a de impedir o desenvolvimento de atividades econmicas pelo proprietrio de terra, mas sim garantir que estas sejam feitas de forma racional, com orientao tcnica e segundo os critrios da legislao. 2. Requisitos para obteno da Autorizao de Desmate A Autorizao de Desmate encontra-se condicionada obteno da Licena Ambiental nica LAU20. Somente aps a obteno da Licena que o proprietrio poder requerer SEMA MT a autorizao para converso e/ou explorao florestal de uma rea. O desmatamento para converso de uso do solo depende, segundo o Art. 56 do Decreto Estadual N.8.188/06, da: Elaborao de Plano de Explorao Florestal PEF; ou Concesso de Autorizao de Desmatamento AD, pela SEMA MT.Para que o proprietrio possa solicitar a Autorizao de Desmatamento, segundo o artigo 27 do Decreto Estadual n. 8.188, devem ser respeitados os seguintes critrios: a) Respeitar os Limites Mximos para a prtica do desmatamento (1.000 hectares, segundo o artigo 42 da Instruo Normativa n. 01/SEMA); b) Localizar as reas de Reserva Legal e Preservao Permanente, para que elas no sejam objeto de desmatamento;19 20

c) Verificar a existncia de outras reas anteriormente convertidas e que se encontram abandonadas, sub-utilizadas ou utilizadas de forma inadequada; d) A existncia de espcies em extino na rea que se deseja converter, devendo o proprietrio aplicar medidas compensatrias e mitigatrias que assegurem a perpetuao das referidas espcies; e) No existir na rea uma concentrao macia de castanheira (Bertholletia excelsa) e de seringueira (Hevea spp); f) A proximidade com reas indgenas, determinada atravs de um entorno de 10km da rea de reserva indgena (arts. 65 e 66 do Decreto Estadual n. 8.188/06); g) No se tratar de plancie alagvel de Pantanal.

Observados os critrios definidos para obteno da Autorizao de Desmate, se for o caso de PEF, o proprietrio deve contratar por sua prpria conta profissional tcnico habilitado para a elaborao de um laudo da explorao florestal, tratando tambm da reposio florestal, quando for necessrio. O PEF dever ser submetido aprovao do rgo ambiental e ser acompanhado dos seguintes documentos21: Requerimento Padro integralmente preenchido e com assinatura reconhecida; Cpia autenticada do CPF e Identidade; Comprovante de residncia (exceto conta de telefone celular), devendo ser anexada declarao do proprietrio comprovando a moradia do indivduo, quando o proprietrio da residncia no for o mesmo proprietrio do imvel rural; Identificao do Responsvel Tcnico pelo Plano, com anexao de cpia autenticada do CREA, do Certificado de Cadastro Tcnico Estadual de Servios e Consultorias Ambientais; Anotao de Responsabilidade Tcnica ART, declarando os servios a serem prestados; Original e cpia do comprovante de pagamento da ART; Via da Guia de Pagamento de Taxas de Recolhimento e Taxas de Vistoria, acompanhado de originais e cpias; Cpia autenticada da LAU; Certido autenticada de Inteiro Teor do Imvel com menos de 90 dias da data de expedio22, ou Escritura de Compra e Venda, caso a averbao de transferncia ainda no tenha sido feita;

Fonte: www.sema.mt.gov.br. Nesse sentido, ver art. 21 da Lei Complementar n. 233, de 21 de dezembro de 2005. 21 Nesse sentido, ver anexo II da Portaria SEMA n. 99, de 20 de agosto de 2007. 22 Entenda-se que a certido deve ter menos de 90 dias de emisso na data em que o documento for protocolado, e no que ao final do procedimento a certido deva ter menos de 90 dias.

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Apresentao de cpia autenticada de certido expedida pela FUNAI, quando a rea estiver localizada no entorno de Terras Indgenas; Carta de imagem analgica e digital do georreferenciamento da propriedade, contendo o detalhamento e dimensionamento de reas degradadas, contendo tambm as coordenadas geogrficas, bem como o mapa da rea a ser explorada em formato Shape File; Croqui de Acesso feito a partir da Sede do Municpio at a propriedade rural; PEF, o Inventrio Florestal23, quadro geral de volume contendo relao das espcies, a sua freqncia, volume por classe de dimetro e por unidade de amostra (facultado para o cerrado), quadro geral de volume por espcies comerciais/ ha/rea/uso, elaborado de acordo com o roteiro da SEMA; CD contendo os dados constantes nos Anexos I, II e III, do Roteiro de Elaborao de Plano de Explorao Florestal da SEMA . Segundo os Artigos, 61, 78 e 80 do Decreto Estadual n 8.188, h a possibilidade de ser dispensada a AD para o exerccio das atividades de limpeza de pastagem, quando estas estiverem inclusas na prpria LAU. Na possibilidade da prtica no estar descrita, o proprietrio dever solicitar ao rgo a autorizao especfica. No entanto, se a limpeza for feita em reas prximas ao Pantanal e que no estejam situadas em reas alagveis, verificada a existncia de um processo evoludo de regenerao natural no local, que envolva a retirada de material lenhoso ou madeireiro, o proprietrio dever solicitar a autorizao de desmatamento, juntamente com a apresentao de um PEF. Aps o desmatamento da rea convertida, deve ser apresentado SEMA o laudo elaborado pelo tcnico responsvel, devendo ser observados os prazos dispostos no cronograma apresentado SEMA atravs do PEF. Podem ocorrer casos especiais de concesso de desmatamento, que ultrapassem o limite de 1.000 hectares determinados pela23

SEMA na Instruo Normativa n. 01/2007, bem como o desmatamento que envolva reas de grande importncia para o equilbrio ambiental de uma regio. Os requisitos exigidos para estes casos so24: Diagnstico Ambiental exigido para a converso de 10km por ano, em propriedades rurais entre 50km a 100km, mediante apresentao de Termo de Referncia, que dever seguir o roteiro disposto no art. 21, 5, da Lei Complementar n. 233/05, levando-se em considerao a rea total do projeto proposto; Estudo de Impacto Ambiental e Relatrio de Impacto Ambiental EIA/RIMA exigido em propriedades rurais que possuem reas superiores a 100km, em propriedades que convertam anualmente reas superiores a 10km, ou em reas que a SEMA considere como sensveis a este tipo de prtica, levando-se em considerao a rea total do projeto proposto.A Autorizao de Desmatamento, quando aprovada, disponibilizada no prprio site da SEMA (www.sema. mt.gov.br), e segundo o Artigo 25 da Lei Complementar Estadual n.233/05, deve conter os seguintes elementos: a) Nome do interessado e do seu responsvel tcnico; b) Municpio de localizao da propriedade rural; c) Dimenso da rea da propriedade; d) Imagem digitalizada da propriedade com coordenadas geogrficas e a delimitao da ARL, APP e a rea que se deseja converter/explorar; e) Nomes dos agentes responsveis pela anlise dos pedidos.

3. Prazos para renovao da Autorizao de Desmatamento Uma vez concedida a Autorizao para Desmatamento, o proprietrio dever observar todos os critrios que so dispostos no Plano de Explorao Florestal PEF, incluindo o cronograma para a execuo do PEF. A durao da AD depender do cronograma proposto pelo responsvel tcnico25, no entanto, deve-se respeitar os limites da vigncia da LAU, ou seja, o prazo de durao da AD no deve ser superior ao de vigncia da LAU26.

o levantamento das espcies nativas existentes na rea, caracterizando a tipologia vegetal que predomina no local. Para as pequenas propriedades rurais - entre 51 e 150 hectares, de acordo com o art. 63 do Decreto Estadual n. 8.188 - facultada apresentao de inventrio florestal, devendo a SEMA considerar o volume mximo de 15m/ha da rea a ser convertida. 24 Nesse sentido, ver art. 21 da Lei Complementar n 233, de 21 de dezembro de 2005. 25 Nesse sentido, ver Art. 60 do Decreto Estadual n 8.188, de 10 de outubro de 2006. 26 A LAU tem validade de, no mnimo, 8 anos para atividades de explorao vegetal e desmatamento e, no mximo, 10 anos para atividades agrcolas e agropecurias, segundo o artigo 19 da Lei Complementar n 38, de 21 de novembro de 1995.

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O proprietrio dever requerer as suas renovaes at 30 dias antes do vencimento de sua Licena e AD, devendo apresentar o respectivo laudo, elaborado aps o desmatamento, para comprovar o tamanho da rea efetivamente convertida, bem como solicitar, se for o caso, um novo PEF, que ser submetido aprovao do rgo ambiental. Para as AD, a vigncia pode ser prorrogada em at 12 meses aps seu vencimento27. A renovao da AD pode no ser concedida Artigos 67 e 73 do Decreto Estadual n. 8.188/06 quando for verificada: Existncia de reas subutilizadas; Constatao de que o titular da AD no cumpriu com a Legislao Ambiental vigente; Quando o proprietrio no seguir os procedimentos que foram determinados atravs da PEF.

Para esse tipo de propriedade, exigem-se os seguintes requisitos para a concesso da AD: Requerimento em formulrio padronizado, disponvel no site da SEMA, que dever ser preenchido com a assistncia de responsvel tcnico de rgos ou entidades de assistncia tcnica e extenso rural ou de entidades nogovernamentais representativas de produtores rurais cadastrados pela SEMA; Prova de propriedade; Documento que comprove a averbao de rea de Reserva Legal, quando for o caso; Mapa com as coordenadas geogrficas dos vrtices do permetro da propriedade; Para o pequeno produtor, no exigido o PEF, pois considera-se que a atividade desenvolvida na rea, por ser de caracterstica familiar, possui um baixo potencial lesivo para o meio ambiente. 5. Vistorias A SEMA, dentro de sua competncia, possui poderes para fiscalizar e vistoriar as reas quando for necessrio. Para que uma AD possa ser concedida, existem muitos critrios a serem observados e levados em considerao no momento da escolha de uma rea para solicitar a sua converso, bem como para a emisso da AD. Em caso de dvida quanto observncia dos critrios, a SEMA pode fazer vistorias tanto nas grandes propriedades, como nas propriedades de agricultura familiar e nos Assentamentos. As vistorias do rgo podem ocorrer nos seguintes casos: Nas pequenas propriedades, a vistoria pode ocorrer quando o rgo achar necessrio; Para constatar o volume desmatado e compar-lo com o volume estipulado na PEF; Quando forem constatadas divergncias quanto a tipologia vegetal nos Laudos Tcnicos elaborados antes e depois do desmatamento; Na hiptese de verificao do no cumprimento das leis ambientais; Para confirmao de laudo elaborado por tcnico, assim como o PEF, alm de diversas outras situaes, que sero definidas pelo rgo.

DESMATAMENTO

4. Desmatamento em reas de agricultura familiar No Mato Grosso so consideradas reas de agricultura familiar as propriedades que possuam, no mximo, 50 hectares de rea, e que tenham por finalidade a agricultura familiar ou de subsistncia art. 71 do Decreto Estadual n. 8.188/06. Para atender a esse tipo de propriedade, a SEMA disponibilizou em seu domnio www.sema.mt.gov.br, um formulrio simplificado a ser preenchido pelo proprietrio que esteja interessado em adquirir a licena.27

Nesse sentido, ver Art. 31 da Instruo Normativa n 01, de 06 de julho de 2007, promulgada pela SEMA.

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1. Queimada em propriedades rurais No mbito federal, o Decreto n. 2.661/98, regulamenta normas de precauo relativas ao emprego do fogo em prticas agropastoris e florestais, condicionando a realizao de queimadas adoo de procedimentos especficos sobre a forma de Queima Controlada. Os procedimentos e proibies estabelecidos pelo Decreto n. 2.661/98 valem para todo o pas. Considerando que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente SEMA tem a funo de coordenar, licenciar e monitorar as atividades de queima controlada, em 2005, a partir do Decreto n. 6.958, o Estado de Mato Grosso criou um programa de preveno e controle de queimadas e incndios florestais. So objetivos desse Programa: Identificar reas de risco de ocorrncia de incndios florestais, por meio de sistema de monitoramento e previso climtica; Controlar o uso do fogo, por meio de aes que disciplinem a autorizaes de queimadas; Promover, atravs de campanhas educativas, mobilizao social, conscientizao e treinamento de produtores e comunidades rurais o entendimento sobre os riscos e atitudes a serem tomadas com relao aos incndios florestais; Estruturar e implantar ncleos estratgicos com capacidade institucional de oferecer uma resposta aos incndios florestais de grandes propores.

2. Condies para o uso de fogo O uso de fogo pode ser permitido em atividades agropastoris agricultura, formao de pasto, queima de canaviais, queima de palhada resultante de colheita mecanizada de sementes, etc. , utilizando-se um processo de Queima Controlada. A Resoluo SEMA n. 01, de 21 de abril de 2006, ao estabelecer as condies para o emprego de fogo em prticas agropastoris, identifica quais so as prticas que tm permisso para o uso de fogo: A queima de cana-de-acar; A queima de culturas para controle fitossanitrio; A queima de restos de cultura. Assim, o processo de queima controlada pode ser utilizado como fator de produo e manejo em reas de atividades agrcolas ou florestais, ou com a finalidade de pesquisa cientfica e tecnolgica. No entanto, a Autorizao para Queima Controlada deve ser previamente obtida na SEMA. A solicitao feita pelo prprio interessado ou atravs de Entidade de Classe, Sindicato, Associao, Cooperativa, entre outros, ao qual ele seja filiado. A Queima Controlada o uso do fogo em reas com limites fsicos previamente definidos, que depende de uma prvia autorizao do rgo ambiental. Normalmente solicitada para limpeza de rea desmatada, para limpeza de pastagens e para limpeza de leiras em rea mecanizada.

COMO DEVE SER FEITA A QUEIMADA

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Daniel Nepstad

QUEIMA DESCONTROLADA ENTRANDO NA MATA

3. Procedimento para a emisso da Autorizao para Queima Controlada Os procedimentos para emisso de licenas de Queima Controlada foram definidos pela Portaria SEMA n 109, de 27 de setembro de 2006. Para a emisso de licenas de queima controlada so cobradas taxas especficas pela SEMA. A Superintendncia de Defesa Civil ficou responsvel pela emisso da Autorizao para Queima Controlada, sendo que os requerimentos so feitos em formulrio prprio. As solicitaes de Queima Controlada devem ser encaminhadas com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias para possibilitar a anlise tcnica do pedido. Os documentos necessrios para solicitar a licena so: Comprovante de Propriedade ou de justa posse do imvel; Cpia de Autorizao de Desmatamento, quando legalmente exigida; Cpia da Licena Ambiental nica LAU ou Termo de Compromisso; Cpia de documentos pessoais do proprietrio, ou responsvel pelo imvel.

Se o interessado no possuir a LAU ou a mesma estiver vencida, a condio para receber a licena que ele assine um Termo de Compromisso com a Subprocuradoria Geral de Defesa do Meio Ambiente. Para obter a autorizao para a Queima Controlada, o interessado dever, alm de conhecer a rea, definir os equipamentos e a mo-de-obra a serem utilizados. Para isso, precisa haver pessoas treinadas para atuar no local da operao, a fim de evitar a propagao do fogo fora dos limites estabelecidos. obrigatrio tambm que sejam comunicados previamente todos os vizinhos, sobre a o local, a data e hora onde ser realizada a queima. Existe um procedimento diferente para a Queima Controlada em reas acima de 500 (quinhentos) hectares. Nesses casos, o requerimento dever ser acompanhado de um parecer tcnico elaborado por um engenheiro florestal ou agrnomo. Para ser analisado, o parecer deve vir acompanhado da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART do profissional contratado para o servio.

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Daniel Nepstad

COMO NO DEVE SER FEITA A QUEIMADA

4. Queima comunitria A queima comunitria utilizada por grupos de agricultores de uma mesma comunidade que tenha por finalidade a produo, em regime de agricultura familiar, de atividades agrcolas, pastoris ou florestais. Esse tipo de situao tambm conhecido como Queima Solidria. A queima comunitria realizada pelos produtores sob a forma de mutiro, ou de outra modalidade de interao, em reas de diversas propriedades. Deve haver um grupo de no mnimo 5 (cinco) agricultores para poder receber esse tipo de autorizao. Mas nesse tipo de queima, o somatrio das reas a serem queimadas no poder exceder 500ha (quinhentos hectares). 5. Proibies para o uso do fogo A SEMA pode suspender a Autorizao para Queima Controlada quando entender que: Condies de segurana de vida, ambientais ou meteorolgicas so desfavorveis; Interesse de segurana pblica e social; No forem atendidos os requisitos da legislao. Existe um perodo do ano, que vai do dia 15 de julho ao dia 15 de setembro em que a SEMA no autoriza o uso do fogo para limpeza e manejo24

de reas. proibido o uso do fogo tambm quando for: Para fazer a queima pura e simples de restos de madeira e resduos florestais produzidos por serrarias e madeireiras, como forma de descarte desses materiais; Para a queima de material lenhoso, quando seu aproveitamento for economicamente vivel. proibido o uso de fogo prximo das linhas de transmisso e distribuio de energia eltrica. Nessas reas deve existir uma faixa de segurana de pelo menos 15 metros. proibido tambm que seja colocado fogo em reas prximas de subestao de energia eltrica. O fogo deve ser colocado em reas que estejam, no mnimo, a 100 metros de distncia dessas subestaes. Ao redor de reas prximas a estaes de telecomunicaes, o limite mnimo para a utilizao de fogo de 25 metros. A faixa de proteo ao redor das Unidades de Conservao, quando da utilizao de fogo, de 10 metros de largura e 15 metros de cada lado de rodovias estaduais, federais e de ferrovias. A utilizao de fogo sem prvia autorizao tambm crime. Segundo o Cdigo Penal, aquele que causar incndio, colocando em perigo a vida, a integridade fsica ou o patrimnio de outrem pode ser penalizado com recluso, de trs a seis anos, alm de ter que pagar multa.

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1. O que so infraes ambientais? O homem, ao exercer uma atividade econmica, pretende obter o mximo de uso possvel atravs do aproveitamento dos instrumentos de trabalho que lhe so fornecidos para isso. Nesse sentido, o produtor rural, no desempenho de sua atividade, pode buscar o aproveitamento mximo da terra atravs do uso, provocando o desgaste da propriedade, a descaracterizao do bioma nativo e a perda de espcies animais e vegetais que poderiam ser utilizadas em benefcio da sociedade em geral. No Brasil, as prticas indiscriminadas de atividades econmicas, sem o respaldo estatal, passaram a ser consideradas infraes ambientais, tendo sido editado todo um conjunto de normas, objetivando corrigi-las. Portanto, as infraes ambientais podem ser compreendidas enquanto toda a atividade humana exercida sobre o meio ambiente, que seja efetiva ou potencialmente danosa para este, na qual h a inobservncia de qualquer uma das regras ambientais que estejam em vigor por parte do agente. 2. Quais so as espcies de infraes? Para tratar dos crimes ambientais, foram definidos tipos de infraes e penalidades cabveis. Dentre os regulamentos existentes, destacam-se a Lei n.9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata das sanes penais e administrativas aplicadas queles que, por inobservncia ou intencionalmente, agem em desacordo com as leis ambientais municipais, estaduais e federais; e o Decreto Federal n.6.514, de 22 de julho de 2008, que regulamenta as infraes administrativas e o processo administrativo para a apurao das infraes ambientais. De fato, quando um proprietrio comete uma ao ou omisso que desrespeite as normas ambientais de qualquer uma das esferas do Governo, a ao ou omisso passa a ser caracterizada como infrao ambiental. A infrao, uma vez concretizada, recai sobre a pessoa que a cometeu, como segue: Infrao Administrativa Ambiental: Segundo o Artigo 2 do Decreto Federal n. 6.514,

ocorre infrao administrativa quando o proprietrio comete uma ao ou se omite, de modo que venha a violar as regras jurdicas existentes para o uso, gozo, promoo, proteo e recuperao do meio ambiente. Infrao Penal Ambiental: Possui a mesma caracterstica da infrao administrativa, que a violao de regras jurdicas para o bom uso dos recursos do meio ambiente. Porm, neste caso, o proprietrio passa a responder penalmente pelos crimes ambientais, como dispe o Art. 2. da Lei federal n.9.605. Infrao Civil Ambiental: Existem infraes ambientais que podem provocar danos deDaniel Nepstad

PROPRIEDADE NO MATO GROSSO

grandes propores, capazes de prejudicar, alm do meio ambiente, a sociedade que reside nas proximidades do local. Nesses casos, ocorrem as infraes civis, dispostas nos Artigos 186 e 187 do Cdigo Civil Brasileiro, que determinam que o ilcito civil ocorre quando uma pessoa, por qualquer razo, provocar danos a outras pessoas, ou quando, sendo titular de um direito, excede os limites impostos para o seu exerccio, podendo sofrer a ao civil pblica de responsabilidade por danos ao meio-ambiente, como prev o Art. 1. da Lei Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985. Vale reforar que quando um proprietrio comete uma infrao, ela geralmente recai sobre as trs modalidades acima indicadas. Portanto, o infrator est sujeito a sofrer penalidades tanto na esfera administrativa quanto na penal e civil.

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3. Sanes administrativas Quando a ao ou omisso do proprietrio caracterizada nos moldes da infrao administrativa, atravs da lavratura do Auto de Infrao, ele pode sofrer as seguintes punies28: a) aplicao de advertncia: a advertncia aplicada no momento em que o funcionrio do rgo ambiental competente lavra um Auto de Infrao. Ainda que esta sano no exclua a possibilidade de aplicao de outras punies, ela s pode ser aplicada nos seguintes casos: A Infrao ser identificada como de pequeno potencial lesivo, sobre o qual cabe uma multa de R$ 1.000,00 (Um mil reais), no mximo; O proprietrio no ter respondido por infraes administrativas em um perodo inferior a trs anos, contados a partir do julgamento e da defesa da punio anterior; Constatada a identificao de irregularidades na atividade desenvolvida pelo proprietrio, a advertncia aplicada estabelece um prazo para que as irregularidades sejam corrigidas. b) aplicao de multa: as multas podem ser aplicadas em todos os atos considerados infratores, independente do tipo de ato e do dano causado (com exceo dos danos que podem ser objetos de advertncia). As multas podem ser simples ou dirias e devem levar em considerao a gravidade do fato, os antecedentes do infrator e a sua situao econmica29. Multa Simples: aplicvel nos casos em que a infrao ambiental no se prolongue no tempo, por exemplo, a derrubada de vegetao nativa em reas protegidas. Adota-se como base para o clculo do valor a unidade de medida cabvel para cada situao, sendo que os valores a serem aplicados devem estar compreendidos entre o mnimo de R$ 50,00 (Cinqenta reais) e o mximo de R$ 50.000.000,00 (Cinqenta milhes de reais). Multa Diria: aplicvel nos casos em que a infrao se prolonga no tempo, por exemplo, a queimada praticada sem autorizao e que, fora de controle, destrua ilegalmente uma rea para pastagem por um perodo de 10 dias. Adota-se

MAPA DO MATO GROSSO

como base para clculo um valor de multa-dia que no deve ser inferior ao valor mnimo e nem 10% superior ao valor mximo aplicveis multa simples. c) Outras punies administrativas: dependendo da ao, alm da aplicao de multa, o proprietrio pode sofrer outras formas de punies administrativas. o caso de desmatamento ou queimada irregulares em reas de vegetao natural, situao em que h o embargo das atividades econmicas desenvolvidas, com exceo das atividades que possuam carter de subsistncia. Alm das punies ambientais previstas pela Legislao Ambiental Federal, a Legislao Ambiental do Estado de Mato Grosso prev outra forma de sano aplicvel queles que praticam atividades em desacordo com as leis ambientais: Arquivamento do Processo de Licenciamento Ambiental: de acordo com a Instruo Normativa n.01, criada pela SEMA, o arquivamento pode ocorrer nos casos em que o proprietrio se recuse a assinar o TAC e/ou TCC, ou no cumpra o que est previsto nos termos. Ou podem ser arquivados no caso de processos de Licenciamento parados por mais de 06 meses, contados a partir da data de notificao do interessado, entre outras situaes.

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Nesse sentido, ver Art. 3 do Decreto Federal n. 6.514, de 22 de julho de 2008. Nesse sentido, ver art. 4 do decreto Federal n. 6.514, de 22 de julho de 2008.

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4. Sanes penais Para a aplicao das sanes no mbito penal, leva-se em considerao a gravidade do fato, os motivos que levaram o infrator a pratic-lo, os seus antecedentes e a sua situao econmica. As penas aplicveis vo desde o pagamento de multa deteno ou recluso do autor do fato. Algumas das infraes criminais ambientais esto listadas abaixo: Destruir ou danificar florestas de preservao permanente, ainda que em formao, ou utiliz-las em desrespeito s normas de proteo (art. 38): quem pratica este ato, pode ser penalizado com deteno de um a trs anos, e/ ou pagamento de multa; Provocar incndio em mata ou floresta (art. 41): quando o autor, ao praticar uma queimada, da qual venha a perder o controle, provocar um incndio, estar sujeito a receber a pena de recluso, de dois a quatro anos e a pagar multa. Desmatar, explorar economicamente ou degradar florestas em terras devolutas ou de domnio pblico sem a devida autorizao (Art.50-A): no se tratando de uma conduta que vise a subsistncia do proprietrio, a pena aplicvel varia de dois a quatro anos, sendo aumentada de 1 ano a cada milhar de hectares desmatado, quando a rea explorada ilegalmente for superior a 1.000 hectares. 5. Converso da multa simples administrativa Em alguns casos, a autoridade ambiental pode converter a multa simples em prestao de servios de preservao, recuperao e melhoria da qualidade do meio ambiente conforme o Art. 72, 4., da Lei Federal n.9.605). Esta prtica se d atravs da assinatura do Termo de Compromisso com os seguintes efeitos para o interessado30: Execuo de obras ou atividades de recuperao da rea degradada por sua atividade; Implementao de obras ou atividades de recuperao de reas degradadas em geral, para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;

Patrocnio ou execuo de programas e de projetos ambientais desenvolvidos por entidades pblicas de proteo e conservao do meio ambiente; Manuteno de espaos pblicos que tenham como objetivo a preservao do meio ambiente. Em todos os casos, o investimento na prestao de servio nunca deve ser inferior, ou duas vezes superior ao valor da multa simples, devendo o proprietrio, se for o caso, prestar mais de um servio dentre os que foram destacados. Alm disso, a pessoa que assina o Termo de Compromisso abre mo do direito de recorrer das decises proferidas no mbito administrativo.

PARA FAZER O DESMATAMENTO NA PROPRIEDADE PRECISO DE LICENA AMBIENTAL Web

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Nesse sentido, ver art. 140 do Decreto n. 6.514, de 22 de julho de 2008.

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Daniel Nepstad

PROPRIEDADE NO MATO GROSSO

1. Cadastro ambiental rural - CAR O Cadastro Ambiental Rural CAR , criado no Estado do Mato Grosso em 2008, corresponde a uma das etapas do processo de licenciamento ambiental de imveis rurais. O CAR consiste no registro dos imveis rurais na SEMA, com o objetivo de monitorar as reas rurais, observando se existem irregularidades nas atividades desenvolvidas, bem como identificando prticas de desmatamentos ilegais ou em desacordo com as normas. A Lei Complementar n. 327, de 22 de agosto de 2008, criou o Programa de Legalizao Ambiental Rural e disciplinou as novas etapas do processo de licenciamento ambiental de imveis rurais, inclusive incorporando a obrigatoriedade do CAR. So obrigados a fazer o CAR todos os proprietrios de terras que no possuem a LAU, pois esta se encontra condicionado ao cadastro. Os proprietrios que j possurem LAU ou o seu requerimento devidamente protocolado esto dispensados de efetuar o CAR.

Para efetuar o CAR, os interessados devem comparecer SEMA, assistidos por um responsvel tcnico habilitado, juntamente com o recolhimento da ART Anotao de Responsabilidade Tcnica, e apresentar os documentos abaixo listados e exigidos pelo Art. 5. da Lei Complementar n. 327/08: Formulrio com dados do imvel rural rea da propriedade, APP, ARL, AUAS; Declarao de existncia de eventual passivo de ARL e APP; Apresentao de imagem digitalizada do imvel, indicando as suas coordenadas geogrficas; Apresentao do Memorial Descritivo; Dados e qualificao do proprietrio, juntamente com a apresentao de cpias autenticadas de documento pessoais CPF para pessoa fsica, procurador ou representante legal de pessoa jurdica, CNPJ para pessoa jurdica e documento de identidade, entre outros solicitados pelo rgo;

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Documentos pessoais do engenheiro responsvel; Comprovante de posse e/ou certido atualizada da matrcula do imvel, juntamente com o demonstrativo de cadastramento eletrnico; Instrumento de Compromisso Padro, assinado, propondo medidas a serem implementadas para sanar o passivo ambiental declarado e apresentao do cronograma de execuo, seguindo os moldes do roteiro disponibilizado pela SEMA. Quando o pedido para aquisio do CAR protocolado, o proprietrio deve suspender as atividades no-licenciadas que estavam sendo realizadas nas APPs e que possam comprometer a sua regenerao. Em contrapartida, a SEMA deve analisar de imediato a proposta apresentada para recuperao das APPs, efetuando a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta se a proposta for aprovada. Uma vez emitido o CAR, ele no estar sujeito a renovao, pois se trata de um cadastro permanente, com efeito declaratrio da situao atual do imvel. Em caso de alterao, o mesmo dever ser atualizado. Isso deve ocorrer todas as vezes que haja alguma alterao nas caractersticas do imvel, sejam elas fsicas (desmembramento, relocao de ARL, etc.), legais (transferncia de domnio, transmisso de posse, etc.) ou de utilizao do imvel (alterao do tipo de explorao, etc.). 2. Definio e importncia do licenciamento O Licenciamento Ambiental um instrumento da Poltica Nacional do Meio Ambiente, e tem como objetivo promover a preservao, a melhoria e a recuperao da qualidade de vida ambiental, fazendo com que todas as atividades socioeconmicas sejam desenvolvidas de acordo com critrios previamente definidos. No caso de atividades rurais, o Licenciamento Ambiental um procedimento administrativo para concesso do exerccio legal de uma atividade econmica dentro das propriedades (imveis rurais). Atravs do Licenciamento Ambiental, espera-se que o proprietrio desenvolva

o potencial produtivo, aproveitando ao mximo a terra, mas sem provocar grandes impactos para o meio ambiente, para si prprio e para a sociedade em geral. A Poltica Estadual do Meio Ambiente, adotada a partir da promulgao da Lei Complementar n. 38, de 21 de novembro de 1995, o marco legal no Estado do Mato Grosso para disciplinar a implantao e funcionamento das atividades que utilizem recursos naturais e que sejam caracterizadas como efetiva ou potencialmente nocivas ao meio ambiente31.

CORREDEIRA NO BIOMA AMAZNICO COM MATA CILIAR CONSERVADA ESTADO DO PAR - Iterpa

RIO NA REGIO DO MATO GROSSO Web

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Nesse sentido, ver art. 17 da Lei Complementar n. 38, de 21 de novembro de 1995.

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3. Requisitos e procedimentos para obteno da Licena Ambiental No Estado do Mato Grosso, a Lei Complementar n. 38, estabelece e outorga atribuio SEMA para formular, propor e executar a poltica estadual do meio ambiente e exercer o poder de polcia administrativa ambiental, atravs dos seguintes instrumentos: a) Licenciamento ambiental das atividades utilizadoras dos recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente; b) Fiscalizao e aplicao das penalidades por infrao legislao de proteo ambiental; c) Controle e monitoramento das atividades de explorao dos recursos minerais, hdricos, florestais e faunsticos; d) Estudo, formulao e proposio de normas necessrias ao zoneamento ambiental; e) Levantamento, organizao e manuteno do cadastro estadual de atividades; f) Monitoramento dos recursos ambientais estaduais e das aes antrpicas sobre os mesmos; g) Pesquisas e estudos tcnicos que subsidiem o planejamento das atividades que envolvam a conservao e a preservao dos recursos ambientais e o estabelecimento de critrios de explorao e manejo dos mesmos etc. Os procedimentos para o licenciamento esto previstos na Instruo Normativa SEMA n. 01, de 06 de julho de 2007. A Licena Ambiental, dentro da Poltica Estadual do Meio Ambiente, assim como definido pelo CONAMA, apresenta vrias modalidades, dependendo da fase de desenvolvimento e do tipo de atividade que o interessado queira desenvolver: Licena Prvia LP: a licena concedida na fase inicial de um empreendimento. Nela h a aprovao da localizao e concepo da atividade, atestando possibilidade de implantao do projeto, alm de estabelecer os pr-requisitos a serem atendidos nas fases seguintes; Licena de Instalao LI: concedida na fase posterior LP e que autoriza a instalao do empreendimento de acordo com os pr-requisitos determinados na fase inicial do projeto, incluindo as devidas medidas de controle ambiental e outras condicionantes;32

Licena de Operao LO: concedida aps o cumprimento de todas as exigncias previstas e preenchidas para a expedio da LI, permitindo que seja dado incio ao empreendimento, respeitando os termos previstos tanto na LP quanto na LI; Licena Ambiental nica LAU: desenvolvida a partir da Poltica Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso, a licena concedida com a finalidade de autorizar atividades de explorao florestal, desmatamento, agricultura e pecuria; Licena de Operao Provisria LOP: tambm criada a partir da Poltica Estadual do Meio Ambiente, uma licena concedida, em condies especficas, para o desenvolvimento de empreendimentos, atividades, servios, pesquisas ou quaisquer outras prticas que possuam um carter provisrio. No caso de atividade rural, a licena exigida para o exerccio da atividade, como frisado acima, a LAU. Na LAU constam as autorizaes de todas as etapas definidas pela Licena Prvia (localizao do empreendimento), pela Licena de Instalao (implantao do empreendimento) e Licena de Operao (exerccio do empreendimento). Para a obteno da LAU, o interessado deve protocolar uma solicitao junto ao rgo Ambiental, devendo anexar os seguintes documentos32: Requerimento Padro modelo SEMA; Caracterizao do empreendimento a ser desenvolvido na rea; Comprovante de residncia do proprietrio (exceto contas de telefone celular); Guia de Recolhimento da SEMA devidamente quitada; Publicaes do pedido de licena no Dirio Oficial e no Jornal Local, apresentando a pgina inteira das publicaes originais, ambos contendo o nome do requerente, CPF ou CNPJ, nome e localizao da propriedade e o objetivo da publicao; Cpia da ART devidamente quitada ou Certido do Conselho de Classe do Responsvel Tcnico pelo Projeto; No caso do pedido ser apresentado por outra pessoa sem ser o interessado, o representante deve apresentar uma Procurao; Cpias do CPF e RG, no caso do interessado ser pessoa particular;32

Nesse sentido, ver Anexo II da Instruo Normativa n. 01, de 06 de julho de 2007, promulgada pela SEMA.

Cpia do CNPJ, I.E., e cpias do RG e CPF do representante legal, devendo ainda ser apresentado o contrato social ou certido simplificada emitida pela junta comercial, nos casos de empresa LTDA, ou a cpia da Ata da ltima Assemblia em que definida a diretoria, quando se tratar de empresa S/A; Projeto Bsico Ambiental para a LAU; Croqui do caminho de acesso propriedade; Carta imagem do imvel, tanto no formato analgico quanto no digital; Certido atualizada do imvel ou compromisso de compra e Venda (ambos datados at 60 dias antes da data do protocolo); Apresentao de Plano de Explorao Florestal (quando for solicitado a explorao da vegetao), Plano de Recuperao de rea Degradada (caso conste no laudo reas degradadas), ambas com a ART devidamente quitada; Plano de Compensao de Reserva Legal, caso exista o interesse de permutar a ARL com reas situadas em unidades de conservao. 4. Prazos de validade e condies de renovao A Licena Ambiental nica, uma vez concedida, tem validade por um perodo, no mnimo, de 8 anos e, no mximo, de 10 anos33. Para as atividades pecuaristas, o prazo de validade da Licena pode ser de at 10 anos, desde que no haja qualquer alterao na rea da propriedade. Uma vez concedida e com a proximidade da data de vencimento, a SEMA concede ao proprietrio o direito de poder renovar a sua licena, caso seja de seu interesse. Se o proprietrio quiser renovar a LAU, ele deve protocolar o pedido de renovao no rgo ambiental pelo menos 30 dias antes do vencimento. Ao requerer a renovao34, o proprietrio deve apresentar novo projeto e novos mapas, indicando as alteraes ocorridas na rea. Pode ocorrer a perda da LAU pelo proprietrio, seja pelo desgaste ou por outras razes. Quando isso ocorrer, o proprietrio dever requerer a sua 2 via, pagando as devidas custas administrativas. Nesse documento, a validade para o exerccio da atividade na rea ser a mesma da LAU original.33 34

PLANTAO EM FAZENDA NA REGIO DO XINGUCharton Jahn Locks

REA DE FLORESTA EM PROPRIEDADE NO MATO GROSSO

FLORESTA/MT Web

Nesse sentido, ver artigo 19 da Lei Complementar n. 38, de 21 de novembro de 1995, que trata da Poltica Estadual do Meio Ambiente. Nesse sentido, ver artigos 31 e 32, da Instruo Normativa n. 01, de 06 de julho de 2007, promulgada pela SEMA.

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Diogo Biguelini

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BENATTI, Jos Heder. Indenizao da cobertura vegetal no imvel rural: um debate sobre o papel da propriedade na contemporaneidade. In: FREITAS, Vladimir Passos de (Coord.). Direito Ambiental em Evoluo. n. 4. Curitiba: Juru, 2005. BUARQUE DE HOLANDA, Aurlio. Novo Dicionrio Eletrnico Aurlio. Verso 5.0, 3 ed. rev. e atual. Editora Positivo, 2004. FARIAS, Mrcia. Terras Pblicas: alienao e uso. Braslia: Braslia Jurdica, 2005. SILVA, Jos Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 4 ed. So Paulo: Malheiros, 2004. SKORUPA, Ladislau Arajo. reas de Preservao Permanente e Desenvolvimento Sustentvel. 2003.

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Lei Complementar n. 38, de 21 de novembro de 1995. Dispe sobre a Poltica Estadual do Meio Ambiente. Lei Complementar n. 233, de 21 de dezembro de 2005. Dispe sobre a Poltica Florestal do Estado de Mato Grosso e d outras providncias. Decreto n. 8.188, de 10 de outubro de 2006. Regulamenta a Gesto Florestal do Estado do Mato Grosso, e d outras Providncias. Instruo Normativa n. 01, de 06 de julho de 2007. Disciplina os procedimentos tcnicos e administrativos de licenciamento ambiental das propriedades rurais no Estado de Mato Grosso. Portaria n. 99, de 20 de agosto de 2007. Relaciona os documentos necessrios para instruir os projetos de Licenciamento Ambiental nico, Plano de Explorao Florestal, Plano de Manejo Florestal Sustentado de Uso Mltiplo, Averbao de Reserva Legal de Propriedades Intactas, Projeto de Plantio Florestal, Levantamento Circunstanciado e Plano de Corte a serem protocolados na Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Portaria n. 112, de 05 de outubro de 2007. Determina novo percentual para ARL em propriedades localizadas nas reas de Transio. Portaria Conjunta n. 01, de 25 de janeiro de 2008. Disciplina o processo de Licenciamento Ambiental dos projetos de assentamento rural no Estado de Mato Grosso. Lei Complementar n. 327, de 22 de agosto de 2008. Cria o Programa de Legalizao Ambiental Rural e disciplina as etapas do processo de licenciamento ambiental de imveis rurais.

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BRASIL. Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o Novo Cdigo Florestal. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ao civil pblica de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Lei n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Decreto n. 2.661, de 08 de julho de 1998. Regulamenta o pargrafo nico do Art. 27 da Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965 Cdigo Florestal, mediante o estabelecimento de normas de precauo relativas ao emprego do fogo em prticas agropastoris e florestais e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o Art. 225, 1, Incisos I, II, III e VII da Constituio Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 04/08/2008. _______. Decreto n. 6.514, de 22 de julho de 2008. Dispe sobre as infraes e sanes administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apurao destas infraes e d outras providncias. Disponvel em: www.planalto. gov.br. Acesso em: 04/08/2008.

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Charton Jahn Locks

FAZENDA DE GADO NA REGIO DO XINGU

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Anexo 1 Licenciamento de Micro Propriedade Rural At 50 ha.

Anexo 1.1 Roteiro para Licenciamento1. Documentos Administrativos 1.1. Requerimento Padro modelo SEMA; 1.2. Comprovante de residncia do proprietrio (Conta gua ou Luz); 1.3. Cpia da certido de inteiro teor atualizada (com validade de 60 dias) ou compromisso pblico ou particular de compra e venda; 1.4. Apresentar Procurao caso o requerente seja representado por terceiro; 1.5. Caso o requerente seja pessoa fsica, apresentar cpia autenticada do RG e CPF; 1.6. Todos os documentos (cpias) supracitados devem ser autenticados em cartrio; 1.7. Comprovante de recolhimento da taxa da LAU. 2. Documentos Tcnicos 2.1.ApresentaodoFormulrioespecficopreenchido; 2.2. Croqui detalhado da propriedade, apresentando polgno do permetro com ARL, AEX, APP; 2.3.Casoadominialidadedapropriedadenopossuaumttulodefinitivoapresentardocumentos conforme Cdigo Ambiental Estadual; 2.4.CoordenadaGeogrficadosvrticesdopermetrodapropriedade; 2.5. Se houver desmate, apresentarpolgonodoDesmatecomCoordenadasdosVrtices.

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Anexo 1.2 CADASTRO PARA MICRO E PEQUENA PROPRIEDADE1. IMVEL: No REGISTRO: LIMITES: Norte: Coord.Geogrficasdosvrtices: COMARCA: Sul: LIVRO: Leste: FOLHA: Oeste:

rea total do imvel (ha): rea de Preservao Permanente (ha): rea desmatada (ha): 2.FINALIDADE DA EXPLORAO: Agricultura (ha):

rea de Reserva Legal (ha): rea da solicitao (ha): rea remanescente (ha): Pecuria (ha): Outros:

3. TIPOLOGIAS VEGETAIS DA PROPRIEDADE:

4. DECLARAO DE MATRIA-PRIMA FLORESTAL: ESPCIE(s) (facultada a nomenclatura cientfica)

VOLUME (m/dz/st)

Madeira para serraria/lmina Lenha para carvo. Lenha para outros fins. Outros produtos florestais/unidade. Rendimento Total

NOTA:Ficafacultadaaidentificaoporespcie,quandosetratardeexploraodelenha. Obs.: Apresentar croqui anexo no Requerimento Padro SEMA. Declaroparaosdevidosfins,queasinformaesconstantesnestedocumentosoverdadeiras,meresponsabilizando totalmente pelas mesmas. Local e Data:

_______________________________________ASSINATURA DO REQUERENTE

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Anexo 2 Roteiro para elaborao de Licenciamento Ambiental nico em Propriedade Rural LAU 1 - Informaes Gerais 1.1 - Requerente / Elaborador e Executor 1.1.1 - Requerente (Nome, Endereo, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurdica) 1.1.2 - Elaborador (Nome, Endereo, RG, CPF, CREA e ART) 1.1.3 - Executor (Nome, Endereo, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurdica) 2 - Identificao da Propriedade e Aspectos Tcnicos da rea 2.1 - Identificao da Propriedade 2.1.1 -Nome da Propriedade 2.1.2 -Localizao da Propriedade (Regio, Microrregio e Municpio) 2.1.3 -Proprietrio (Nome, Endereo, RG, CPF e ou CNPJ se pessoa Jurdica) 2.1.4 -Documentos que comprovem a Propriedade de acordo com a legislao vigente. 2.1.5-CroquideAcesso(daSededoMunicpioatapropriedade) 2.1.6-CartaImagemdoImvel(FormatoAnalgicoeDigital,conformeroteirotcnicoespecficoCOGEO). 2.2 - Aspectos Tcnicos da rea 2.2.1-Quadrodereas(conformeroteiroCOGEO). REA rea da Propriedade Rural Total rea da Propriedade Rural por Matrcula rea da Matrcula rea de Reserva Legal rea Remanescente rea a ser Explorada pelo Projeto rea Explorada (j aberta) rea de Reserva Legal Compensada rea de Reserva Legal Degradada rea de Preservao Permanente rea de Preservao Permanente Degradada rea de Preservao Permanente em Reserva Legal rea de Preservao Permanente em Reserva Legal Compensada rea de Preservao Permanente em rea Aberta (j Explorada) rea de Preservao Permanente em rea Remanescente rea de Preservao Permanente em rea a ser Explorada pelo Projeto Plano de Manejo Florestal Sustentvel rea com Reflorestamento rea para Reforma e/ou Limpeza de Pastagem rea para Queima Controlada NOMENCLATURA N. Mat. APRT APRM AMR ARL ARE AEP AEX ARLC ARLD APP APPD APPRL APPRLC APPAA APPAR APPAE PMFS AR ARLP AQC N. Mat.

3 - Caracterizao do Meio Fsico e Bitico 3.1 - Caracterizao da Cobertura Vegetal da propriedade e da rea do plano 3.2-Caractersticashidrogrficas 3.3 - Caracterizao do Relevo 3.4 - Caracterizao do Clima 3.5 - Caracterizao do solo e da capacidade do uso

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3.6 - Uso Atual do solo na propriedade 3.7 - Benfeitorias na propriedade 3.8 - Situao atual da(s) rea(s) de preservao permanente (estado de conservao, localizao, proximidades de bancos de sementes, etc.) 3.9-Situao da(s) rea(s) de Reserva Legal 4 - Concluso e consideraes finais. 4.1 - Sendo apenas LAU. OBS.: Caso tenha PEF e/ou PMFS, seguir Roteiros especficos. Observaes 1: Em caso de Vistoria realizada pela SEMA, a mesma devera ser acompanhada do Engenheiro Responsvel Tcnico,quedeverlocalizarin loco as amostras do inventrio Florestal realizado. 2: Os procedimentos adotados nas atividades dos itens 3, 5 e 6, devem ser estabelecidos com justificativas e critriosmetodolgicostcnicoseestatsticos,conhecidosetestados; 3: ASEMApodeaqualquertempoemrelaoaqualqueritemdestedocumentosolicitar,informaescomplementares e detalhamentos que julgar necessrios correta anlise do projeto; 4: Nos projetos localizados e rea de cerrado, os dados de volumetria de material lenhoso devero ser estimados por amostragem simples, obedecendo a intensidade amostral ideal para a rea do PEF; 5:TodoopedidoderenovaodeLAUouPEFdeverseracompanhadodeLaudoTcnicocomARTdoEngenheiro responsveltcnicocommeioanalgico/digitalmaisrecente(atualizado),bemcomoasrespectivastaxas.

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Anexo 3 Roteiro Compensao de Reserva Legal Degradada 1 Documentos Requisitados do Imvel Oferecido para Compensao 1.1RequerimentoPadrodoInteressadoparaCompensaodeARLD 1.2CertidodeInteiroTeordaMatrculadareaofertada 1.3CertidodeCadeiaDominialataOrigemdareaofertada 1.4CertidodeInteiroTeordaMatrculaemdficit 1.5CertidodeLegitimidadedeOrigemEmitidapeloINTERMATdareaofertada 1.6CartaImagemdoImvelOfertado 1.7PlantaeMemorialDescritivodoImvelOfertado,casosejapartedeImvelmaior 1.8ComprovantedePagamentodeTaxadeServiosdaSEMA(taxadevistoria) 1.9ARTdoResponsvelTcnicoEspecificaparaCompensao. 2 Documentos Requisitados do Proprietrio do Imvel Oferecido para Compensao 2.1 Pessoa Fsica 2.1.1FotocpiaLegveldoCPF 2.1.2FotocpiaLegveldoDocumentodeIdentidade 2.2 Pessoa Jurdica 2.2.1FotocpiaLegveldaUltimaAlteraoContratualouCertidoSimplificadaEmitidapelaJuntaComercialno caso de Ltda. 2.2.2FotocpiaLegveldaATAdaltimaAssemblianocasodeS/A 2.2.3RepresentantedaEmpresa 2.2.3.1FotocpiaLegveldoCPF 2.2.3.2FotocpiaLegveldoDocumentodeIdentidade 2.3 Para o caso do (a) Proprietrio (a) estar representado (a) por Procurador: 2.3.1ProcuraoPblica 2.3.2FotocpiaLegveldoCPF 2.3.3FotocpiaLegveldoDocumentodeIdentidade 2.4 Compromisso de Disponibilidade do Imvel para Compensao 3 rea Ofertada para Alienao Gratuita ____________________________(ha) 4 Nmero da Matrcula e RGI ___________________________________________________________________________________________ 5 Relatrio sobre a ocupao

6 CARACTERIZAO FSICA SIMPLIFICADA 6.1 Solos (Admite-se Fonte Bibliogrfica Oficial)

6.2 Geomorfologia (Admite-se Fonte Bibliogrfica Oficial)

6.3 Vegetao Primitiva: Identificao e Quantificao (Admite-se Fonte Bibliogrfica Oficial)

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Anexo 4 Requerimento Padro da SEMA

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Anexo 5 Formulrio para Solicitao do Pr-Regularizao de Propriedade Rural

Secretaria de Estado do Meio Ambiente Superintendncia de Gesto Florestal FORMULRIO PARA SOLICITAO DO PR-REGULARIZAO DE PROPRIEDADE RURAL 1. INFORMAES SOBRE O PROPONENTE DO PR-REGULARIZAO

NOME: ESTADO CIVIL: CADASTRO DE PESSOA FSICA CPF: ENDEREO RESIDENCIAL: MUNICPIO: ESTADO:

PESSOA FSICA NACIONALIDADE: PROFISSO: BAIRRO: FAX: E-MAIL: PESSOA JURDICA

NOME DA PROPRIEDADE: CADASTRO DE PESSOA JURIDICA/CNPJ: ENDEREO DA PROPRIEDADE: COORDENADAS GEOGRFICAS: MUNICPIO: ESTADO: TELEFONE/ FAX: E-MAIL:

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2. TIPO DE DEGRADAO E QUANTIFICAO:

4. FORMAS DE COMPENSAO: [ ] MEDIANTE RECOLHIMENTO AO FEMAN [ ] MEDIANTE PLANTIO OU CONDUO DA REGENERAO NATURAL DA REA [ ] MEDIANTE COMPENSAO POR OUTRA REA NA MESMA MICROBACIA

_______________________________________ Assinatura do Proponente

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Anexo 6 Plano de Explorao FlorestalAnexo 6.1 Roteiro para Elaborao de Plano de Explorao Florestal PEF

1 PLANO DE EXPLORAO FLORESTAL 1.1Justificativastcnicas 1.2Objetivosdaexploraoflorestal 1.3QuadrodereasdoPEF/Matrcula QUADRO 01 REA DO PEF POR TIPOLOGIA VEGETAL FLORESTA CERRADO TOTAL N da Matrcula APP da AEP REA LQUIDA DO PEF

Observao:Cadamatrculaterumquadroespecfico(Quadro01,Quadro02,Quadro0N) 1.4Metodologiadeexploraoedesmatamento 1.5Cronogramadeexplorao 1.6Destinodomateriallenhosodareadoprojeto 2 INVENTRIO FLORESTAL 2.1 Planejamento do Inventrio Florestal 2.1.1Recursoshumanosemateriais 2.1.2Mtododeamostragem 2.1.3Definiodosparmetrosmedidoseavaliados 2.1.4Intensidadeidealdeamostragem 2.1.5Tamanhoeformadasunidadesamostrais 2.1.6Clculosestatsticosadotados(facultadoparacerrado) 2.1.7Fichadecampodecadaamostra(facultadoparacerrado) 2.1.8CroquidaAEP,localizandoasamostras. 3 RESULTADOS 3.1 Quadro geral de volume contendo a relao de espcies, respectivas freqncias, volumes por classe de dimetroeporunidadedeamostra(facultadoparacerrado). 3.2-Quadrogeraldevolumeporespciescomerciais/ha/rea/uso.(Anexos) 4 ANEXOS Observaes 1:OEngenheiroResponsvelTcnicodeverdemarcarin locoasamostrasdoinventrioflorestalrealizado.Em casodevistoriarealizadapelaSEMA-MT,amesmapoderseracompanhadapeloresponsveltcnico.: 2:Osprocedimentosadotadosnasatividadesdositens1e2,devemserestabelecidoscomjustificativasecritrios metodolgicostcnicoseestatsticos,conhecidosetestados; 3: A SEMA-MT pode a qualquer tempo em relao a qualquer item deste documento solicitar, informaes complementares e detalhamentos que julgar necessrios a correta anlise do projeto; 5: Nos projetos localizados em rea de cerrado, os dados de volumetria de material lenhoso devero ser estimados por amostragem obedecendo a intensidade ideal, prevista no Art. 63, II, do Decreto 8.188, de 10 de Outubro de 2006; 6: Os dados constantes nos Anexos I, II e III devero ser impressos e disponibilizados via CD ou disquete.51

Anexo 6.2 Volume Total de Madeira Aproveitvel QUANTIFICAO DE MADEIRA EM TORAS SEM CASCA - Solicitada no PEF ESPCIES FLORESTAIS DO PEF N 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 TOTAL de Volume Solicitado NOME CIENTFICO NOME POPULAR / hectare VOLUME (m3) POR / AEP lquida

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Anexo 6.3 Volume Total de Lenha Aproveitvel

QUANTIFICAO DE LENHA - PEFVOLUME POR HECTARE VOLUME DA AEP Lquida VOLUME TOTAL SOLICITADO

0.000,0000 st/ha

0.000,0000 st

0.000,0000 st

OBSERVAO: Apresentar impressa em papel e em CD ou Disquete

Anexo 6.4 Volume Total de Madeira Aproveitvel por destino de beneficiamento QUANTIFICAO DE MADEIRA EM TORAS SEM CASCA FINALIDADE: Serraria ESPCIES FLORESTAIS DO PEF VOLUME (m3) por N NOME CIENTFICO NOME POPULAR / hectare / AEP lquida 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 TOTAL de volume solicitado

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QUANTIFICAO DE MADEIRA EM TORAS SEM CASCA N 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 TOTAL de volume solicitado QUANTIFICAO DE MADEIRA EM TORAS SEM CASCA N 01 02 03 04 05 TOTAL de volume solicitado OBSERVAO: Apresentar impressa em papel e em CD ou Disquete ESPCIES FLORESTAIS DO PEF NOME CIENTFICO NOME POPULAR ESPCIES FLORESTAIS DO PEF NOME CIENTFICO NOME POPULAR

FINALIDADE: Laminadora VOLUME (m3 ) por / hectare / AEP lquida

FINALIDADE: Lapidao (lasca) VOLUME (m3) por / hectare / AEP lquida

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Roteiro Para Licenciamento de Micro Propriedade Rural At 50 ha. 3. Documentos Administrativos 3.1. Requerimento Padro modelo SEMA; 3.2. Comprovante de residncia do proprietrio (Conta gua ou Luz); 3.3. Cpia da certido de inteiro teor atualizada (com validade de 60 dias) ou compromisso pblico ou particular de compra e venda; 3.4. Apresentar Procurao caso o requerente seja representado por terceiro; 3.5. Caso o requerente seja pessoa fsica, apresentar cpia autenticada do RG e CPF; 3.6. Todos os documentos (cpias) supracitados devem ser autenticados em cartrio; 3.7. Comprovante de recolhimento da taxa da LAU. 4. Documentos Tcnicos 4.1.ApresentaodoFormulrioespecficopreenchido; 4.2. Croqui detalhado da propriedade, apresentando polgono do permetro com ARL, AEX, APP; 4.3.CasoadominialidadedapropriedadenopossuaumttulodefinitivoapresentardocumentosconformeCdigo Ambiental Estadual; 4.4.CoordenadaGeogrficadosvrticesdopermetrodapropriedade; 4.5.Sehouverdesmate,apresentarpolgonodoDesmatecomCoordenadasdosVrtices. CADASTRO PARA MICRO E PEQUENA PROPRIEDADE1. IMVEL: No REGISTRO: LIMITES: Norte: Coord. Geogrficas dos vrtices: Sul: Leste: Oeste: COMARCA: LIVRO: FOLHA:

rea total do imvel (ha): rea de Preservao Permanente (ha): rea desmatada (ha): 2.FINALIDADE DA EXPLORAO: Agricultura (ha):

rea de Reserva Legal (ha): rea da solicitao (ha): rea remanescente (ha): Pecuria (ha): Outros:

3. TIPOLOGIAS VEGETAIS DA PROPRIEDADE:

4. DECLARAO DE MATRIA-PRIMA FLORESTAL: ESPCIE(s) (facultada a nomenclatura cientfica)

VOLUME (m/dz/st)

Madeira para serraria/lmina. Lenha para carvo. Lenha para outros fins. Outros produtos florestais/unidade. Rendimento Total NOTA:Ficafacultadaaidentificaoporespcie,quandosetratardeexploraodelenha. Obs:Apresentar croqui anexo no Requerimento Padro SEMA. Declaro para os devidos fins, que as informaes constantes neste documento so verdadeiras, me responsabilizando totalmente pelas mesmas. Local e Data: _______________________________________ ASSINATURA DO REQUERENTE

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Anexo 7 ROTEIRO PARA APRESENTAO DE PRAD (Plano de Recuperao de rea Degradada) 1 Caracterizao Atual da rea a ser Recuperada 1.1 Imagens de satlite plotando a rea a ser recuperada (no caso de LAU, vetorizar o PRAD no Arquivo Digital); 1.2 LaudoTcnico: Caracterizao da rea a ser Recuperada (Citar os Agentes de Degradao, Situao Atual da Cobertura VegetaleEspciesPredominantesExistentes); DocumentaoFotogrfica; 2 Medidas de Proteo 2.1ManejodoSolo(AEX)noentornodareaaSerRecuperada; 2.2FormasdeIsolamentodareaaSerRecuperada; 2.3Outras. 3 Implantao do PRAD 3.1 Tamanho da rea / Tipo de rea a Ser Recuperada 3.2 Quantidade de Mudas a Serem Utilizadas 3.3 Medida (s) de Revegetao Utilizada (s) 3.3.1 ( ) Plantio de Mudas 3.3.2 ( ) Semeadura 3.3.3 ( ) Conduo de Revegetao Natural 3.3.4 Justificativa(s) da(s) Medida(s) Utilizada(s) 3.3.5 Espcies de Mudas Utilizadas NOME VULGAR NOME CIENTFICO GRUPO ECOLGICO INDICAO ECOLGICA

* Grupo Ecolgico = Estgio de Sucesso ** Indicao Ecolgica = reas encharcadas ou reas com inundao temporrias ou reas no-alagveis

3.3.6 Modelo de Revegetao Proposta (disposio das Mudas)

3.3.7 Limpeza da rea e Preparo do Solo

3.3.8 Tcnica de Plantio Tipo de mudas utilizadas; Adubao

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3.3.9 Manuteno da rea em Recuperao Tratos Fitosanitrios (pragas e doenas) Tratos Culturais Preveno de Incndios Outros 3.4 Outras Modalidades de Recuperao Obs.:NosPlanosemqueoresponsveltcnicopropsomtodo de regenerao natural, descrever um segundomtodoopcionalcomogarantiadosucessodarecuperao. 4 Cronograma Fsico anual Ano 1 , __________ Atividades \ Ms

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Ago Set Out

Nov

Dez

Apresentao dos Relatrios Tcnicos de Acompanhamento Ano n , __________ Atividades \ ms

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

Ago

Set Out

Nov

Dez

Apresentao do Relatrio Tcnico d