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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUISTA FILHO” Campus Experimental de Itapeva 1 Literatura aula 04 22/03/2.010 Profº Rafael Semensi

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUISTA FILHO”

Campus Experimental de Itapeva

1

Literatura

aula 04

22/03/2.010

Profº Rafael Semensi

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUISTA FILHO”

Campus Experimental de Itapeva

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Classicismo (1527 ~ 1580) – (pág. 36)

1527 – Volta de Sá de Miranda da Itália.

1580 – Domínio espanhol sobre Portugal e morte de Luís

Vaz de Camões.

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Contexto Histórico:

• Transformações:

– Políticas e econômicas;

• Revolução cultural.

• Enfraquecimento da Igreja e desenvolvimento científico

(física / astronomia – heliocentrismo);

• Descobertas;

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• Invenções;

• Reforma Protestante;

• Fortalecimento da Burguesia;

• Divulgação do saber (imprensa);

• Universidades;

• Transição do Feudalismo para o Mercantilismo;

• Êxodo rural, expansão das cidades.

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Modelos Clássicos (disputas travadas entre

deuses a respeito da vida humana):

– Busca da perfeição formal: sonetos e epopéias;

– Universalismo: idéias relacionadas a verdades universais

(consideradas absolutas);

– Racionalismo: razão predomina sobre os sentimentos;

– Objetividade / equilíbrio humano: espírito humanista e

heróico;

– Presença da mitologia.

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Autores:

• Francisco Sá de Miranda – Os Estrangeiros;

• Bernadim Ribeiro – Livro da Menina Moça;

• António Ferreira – A Castro (obra conhecida como a

tragédia de Inês de Castro);

• Fernão Mendes Pinto – Peregrinação.

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Atividades (pág. 36);

Tarefa Proposta (pág 37).

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Apostila 2

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Luís Vaz de Camões (1524(?) – 1580)

“Os Lusíadas” (1572): narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, no

século XV.

• 10 cantos (inspirados nas grandes epopéias clássicas);

• Estrutura Rígida (inversões e sinônimos);

• Versos decassílabos (8.816 versos em 1102 estrofes);

• Até a sílaba tônica;

• União de vogais; Exemplo:

De / quan/tas/ gra/ças/ ti/nha a/ na/tu/re (za)

Formado por três rimas alternadas e uma paralela (AB AB AB CC).

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Dividido em:

Proposição: apresentação do poema (herói e tema);

Invocação: inspira-se na cultura greco-romana;

Dedicatória: D. Sebastião (rei de Portugal);

Narração: a aventura, relatos dos episódios ocorridos durante a viagem (“Diário de Bordo”);

Epílogo: desfecho.

Soneto: 2 premissas + 1 conclusão no último terceto (4+4+3+3).

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Quinhentismo (1500 ~ 1600)

(pág. 35)

Início da Literatura Brasileira

Literatura de Informação (textos informativos, propagandísticos e

de viajantes estrangeiros). Crônicas de viagens, epístolas (cartas) e

documentos históricos.

Características:

Não obedecia a padrões estéticos determinados; Sofria influências

de tradição medievais teocêntricas; Idealização da terra; Visava

propaganda; “A carta” – certidão de nascimento – Pero Vaz de

Caminha.

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Literatura Jesuítica (Catequética):

Textos catequéticos.

Características:

• Prestava-se somente aos interesses da CIA de Jesus (fortalecida

com a Contra-Reforma);

• Não tinha interesse literário mais profundo.

• José de Anchieta – “Poema à Virgem Maria, Mãe de Deus”.

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Barroco (1580 ~ 1756) – (pág. 38)

Contexto Histórico:

• Reforma Protestante;

• Contra-Reforma Católica;

• Fortalecimento da CIA de Jesus.

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Destaques:

• Arquitetura/decoração;

• Literatura (inquietude da subjetividade com a ponderação

da razão);

• Arte (Michelangelo, Caravaggio, Rembrandt, entre outros).

Estética barroca:

• Caracterizada pelo exagero, rebuscamento e excessiva

ornamentação.

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Aspectos:

Pessimismo:

Desvalorização da vida e visão depressiva da

existência (tristeza / melancolia);

Contraste:

Aproximação de valores antagônicos (velho /

novo; claro / escuro; céu / terra; espiritual / terreno);

Conflito: entre a Razão e a Fé;

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Fusionismo:

Fusão entre as perspectivas renascentistas e medievais (luz

/ sombra, racional / irracional, fé / razão, místico / lógico);

Feísmo:

Exploração da miséria humana, abandono do belo (feio,

repugnante);

Rebuscamento:

Arte excessivamente trabalhada (antítese, inversões e

contradições).

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Transformação

(passagem do Renascimento para o Barroco)

Fusão.

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Cultismo (FORMA):

Gongorismo, influência do autor Gôngora – Freqüência

de hipérboles, antíteses, paradóxos, sinestesias,

enigmas, trocadilhos, temática da instabilidade do ser e

das coisas, aliteração, assonância, eco, elipses etc.

Figuras semânticas: metáforas, antíteses, sinestesias,

hipérboles, eufemismos, grações etc;

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Figuras sintáticas: anástrofas, hipérbatos e sínquises

(ordem inversa da frase), elipses, anáforas, quiasmos

(repetição de termos), etc.

Figuras sonoras: aliteração, assonância, ecos,

coliterações, onomatopéias, paranomásias etc.

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Conceptismo (CONTEÚDO):

• visão mais racional (significado, jogo de idéias

argumentação sutil etc);

• busca a explicação e sentido lógico dos conflitos;

• doutrinação, convencimento através das palavras ou

oratória;

• predominam a metomínia e a sinédoque; sutileza de

metáforas.

Quevedo escritor português.

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Barroco no Brasil (1601 ~ 1768)

1601 – “Prosopopéia” de Bento Teixeira (imitação de Camões).

Dividido em 3 fases:

I – 1ª Metade do século XVII: invasões holandesas, dominação

filipina no Nordeste e hegemonia de Pernambuco;

II – 2ª Metade do século XVII: Bahia, sede do Governo Geral,

porto mais ativo, economia mais dinâmica;

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III – Primeiras décadas do século XVIII: surgimento das

academias literárias e científicas, propriedade do açúcar,

maneirismo barroco, exagero, estilo Rococó e metais em

Minas Gerais.

1759 – Expulsão da CIA de Jesus;

Duplicidade lingüística – português e tupi;

Proibição da imprensa até 1808.

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Padre Antônio Vieira e

Gregório de Mattos e Guerra

Oratória e Poesia

Pe. Antônio Vieira “Sermões” (intervenção na vida política e

social; versátil e manipulador da palavra, conciliava o idealismo e o

senso prático, adaptando-se às circunstâncias políticas de sua

época). Seus sermões seguem a estrutura: intróito (resumo,

apresentação de seu discurso), desenvolvimento (argumentação) e

peroração (alerta para a prática das virtudes).

Mais conhecido: “O Sermão da Sexagésima”.

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Padre Antônio Vieira e

Gregório de Mattos e Guerra

Gregório Mattos

• Crítico mordaz da sociedade baiana e crítico assumido da

classe dominante.

• Conhecido como: “Boca do Inferno”.

• Em seu lirismo, alternava a influência maneirista do

quinhentismo e o gongorismo.

• Suas obras poéticas podem ser classificadas em: líricas,

sacras ou satíricas.