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    LISTA 02 CRISE DO SIST. COLONIAL, PRIMEIRO E SEGUNDO REINADO

    PROF.RODOLFO

    1. (Enem 2016) A linhagem dos primeiros crticos ambientais brasileiros no praticou o elogio laudatrio da beleza e da grandeza do meio natural brasileiro. O meio natural foi elogiado por sua riqueza e potencial econmico, sendo sua destruio interpretada como um signo de atraso, ignorncia e falta de cuidado.

    PADUA, J. A. Um sopro de destruio: pensamento poltico e crtica ambiental no Brasil escravista (1786-

    1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002 (adaptado). Descrevendo a posio dos crticos ambientais brasileiros dos sculos XVIII e XIX, o autor demonstra que, via de regra, eles viam o meio natural como a) ferramenta essencial para o avano da nao. b) ddiva divina para o desenvolvimento industrial. c) paisagem privilegiada para a valorizao fundiria. d) limitao topogrfica para a promoo da

    urbanizao. e) obstculo climtico para o estabelecimento da

    civilizao. 2. (Enem 2016) A frica Ocidental conhecida pela dinmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela percia, autonomia e mobilidade. A sua presena, que fora atestada por viajantes e por missionrios portugueses que visitaram a costa a partir do sculo XV, consta tambm na ampla documentao sobre a regio. A literatura rica em referncias s grandes mulheres como as vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negcio, bem como a autonomia e mobilidade, to tpico da regio.

    HAVIK, P. Dinmicas e assimetrias afro-atlnticas: a agncia feminina e representaes em mudana na Guin (sculos XIX e XX). In: PANTOJA. S. (Org.).

    Identidades, memrias e histrias em terras africanas. Braslia: LGE; Luanda: Nzila, 2006.

    A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da frica Ocidental pode ser relacionada a uma caracterstica marcante das cidades no Brasil escravista nos sculos XVIII e XIX, que se observa pela a) restrio realizao do comrcio ambulante por

    africanos escravizados e seus descendentes. b) convivncia entre homens e mulheres livres, de

    diversas origens, no pequeno comrcio. c) presena de mulheres negras no comrcio de rua

    de diversos produtos e alimentos. d) dissoluo dos hbitos culturais trazidos do

    continente de origem dos escravizados. e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades

    ligadas ao pequeno comrcio urbano. 3. (Fuvest 2015) Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memrias de um sargento de milcias, de Manuel Antnio de Almeida, e a poca de sua publicao,

    correto afirmar que a esse perodo corresponde o processo de a) reforma e crise do Imprio Portugus na Amrica. b) triunfo de uma conscincia nativista e nacionalista

    na colnia. c) Independncia do Brasil e formao de seu Estado

    nacional. d) consolidao do Estado nacional e de crise do

    regime monrquico brasileiro. e) Proclamao da Repblica e instaurao da

    Primeira Repblica. 4. (Unicamp 2015) Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literria, tornado mais vivo depois da Independncia. () O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorvel expresso prpria da nao recm-fundada, pois fornecia concepes e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposio Metrpole ().

    CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. So Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.

    Tendo em vista o movimento literrio mencionado no trecho acima, e seu alcance na histria do perodo, correto afirmar que a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a

    vinda da famlia real, em 1808, quando houve a introduo da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no pas.

    b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmao das identidades locais, expressando um vis decadentista e ctico quanto civilizao nos trpicos.

    c) os autores romnticos foram importantes no perodo por produzirem uma literatura que expressava aspectos da natureza, da histria e das sociedades locais.

    d) a populao nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graas atuao dos literatos, os indgenas passaram a ter direitos polticos que eram vetados aos negros.

    TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO:

    TEXTO PARA A(S) PRXIMA(S) QUESTO(ES) Tornando da malograda espera do tigre, 1alcanou o capanga um casal de velhinhos, 2que seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negcios particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jo Fera 3que destinavam eles uns cinquenta mil-ris, tudo quanto possuam, compra de mantimentos, a fim de fazer um moquiro*, com que pretendiam abrir uma boa roa. - Mas chegar, homem? perguntou a velha. - H de se espichar bem, mulher! Uma voz os interrompeu: - Por este preo dou eu conta da roa! - Ah! nh Jo!

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    Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitao; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o roado. Acompanhou-os Jo Fera; porm, 4mal seus olhos descobriram entre os utenslios a enxada, a qual ele esquecera um momento no af de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.

    ALENCAR, Jos de. Til. * moquiro = mutiro (mobilizao coletiva para auxlio mtuo, de carter gratuito). 5. (Fuvest 2015) Considerada no contexto histrico-social figurado no romance Til, a brusca reao de Jo Fera, narrada no final do excerto, explica-se a) pela ambio ou ganncia que, no perodo,

    caracterizava os homens livres no proprietrios. b) por sua condio de membro da Guarda Nacional,

    que lhe interditava o trabalho na lavoura. c) pela indolncia atribuda ao indgena, da qual era

    herdeiro o bugre. d) pelo estigma que a escravido fazia recair sobre o

    trabalho braal. e) pela ojeriza ao labor agrcola, inerente a sua

    condio de homem letrado. 6. (Unicamp 2017) Compare as duas ilustraes de Angelo Agostini (1843-1910) sobre o reconhecimento da Repblica brasileira pela Argentina (fig.1) e pela Frana (fig.2).

    Assinale a alternativa correta. a) As alegorias expressam vises diferentes sobre o

    imaginrio da Repblica brasileira: na primeira ela representada com um olhar de proximidade, e, na segunda o olhar expressa admirao, remetendo viso corrente do gravurista sobre as relaes entre Brasil, Frana e Argentina.

    b) O reconhecimento da Frana traz a confraternizao entre dois pases com tradies

    polticas muito diferentes, porm unidos pelo constitucionalismo monrquico e posteriormente pelo iderio republicano.

    c) No reconhecimento da Argentina ao regime republicano brasileiro, as duas repblicas ocupam a mesma posio, indicando ter a mesma idade de fundao do regime e a similaridade de suas histrias de passado colonial ibrico.

    d) As duas imagens usam a figura feminina para representar as trs repblicas, caracterstica no usual para a representao artstica do iderio republicano, protagonizado por lideranas masculinas.

    7. (Fgv 2017) Empreiteiro da Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II, o imigrante norte-americano David Sompson decidiu dar fim prpria vida na noite de 29 de outubro de 1869, em Sapucaia, provncia do Rio de Janeiro. Por ser protestante e suicida, Sompson foi enterrado do lado de fora dos muros do cemitrio. O diretor da companhia chegou a solicitar a realizao de um sepultamento digno para seu funcionrio, mas foi em vo: sob a justificativa de impedir a profanao das almas, o vigrio-geral no autorizou o enterro no mesmo espao sagrado dos catlicos Tenho a honra de declarar que as leis da Igreja Catlica probem o enterrar-se em sagrado aos que se suicidam, uma vez que antes de morrer no tenham dado sinais de arrependimento, acrescendo a circunstncia no presente caso de ser o falecido protestante. Em 20 de abril de 1870, o imperador D. Pedro II tomou conhecimento do parecer e concordou com a opinio dos membros do Conselho de Estado: Recomende-se aos Reverendos Bispos que mandem proceder s solenidades da Igreja nos cemitrios pblicos, para que neles haja espao em que possam enterrar-se aqueles a quem a mesma Igreja no concede sepultura em sagrado. E aos Presidentes de Provncia que providenciem para que os cemitrios que de agora em diante se estabelecerem se reserve sempre para o mesmo fim o espao necessrio.

    Srgio Augusto Vicente. Segregao dos mortos, 1.2.2015. In Revista de Histria da Biblioteca Nacional,

    n 113, fevereiro de 2015. Adaptado. A partir do fato apresentado e do contexto do Segundo Reinado, correto afirmar que a segregao dos mortos a) marcou os primeiros embates da chamada Questo

    Religiosa, que ops o recm-fundado Partido Republicano Paulista, patrono do projeto legislativo que revia o padroado, contra a cpula da Igreja Catlica no Brasil, que advogava a necessidade de as escolas bsicas estarem sob a administrao das ordens religiosas.

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    b) decorreu dos preceitos constitucionais do Imprio que atribuam Igreja Catlica prerrogativas superiores s do Estado em algumas questes, caso dos sepultamentos, mas tais prerrogativas estavam sendo revistas pelo Legislativo, e o Imperador defendia, desde o incio do seu reinado, a separao entre a Igreja e o Estado.

    c) representou a etapa final de um longo processo de desgaste nas relaes entre o governo imperial e as mais importantes lideranas da Igreja Catlica brasileira, porque havia novas posies catlicas que, desde 1850, condenavam a ausncia de propostas obje