linux magazine 59 ce

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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI Linux Magazine # 59 10/2009 WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR # 59 Outubro 2009 A MELHOR DEFESA É UM BOM ATAQUE. APRENDA A INVADIR SISTEMAS PARA ENTENDER COMO DEFENDER SEUS SISTEMAS E REDES. p.33 » Aula de invasão p.34 » Mapa gráfico de uma invasão p.41 » Linux à prova de invasão com LIDS p.47 CONSEGI 2009 p.26 SL para governos, usuários e empresas SL NA FACULDADE p.32 Para Taurion, estudantes de TI aprenderão mais com SL UNIX 40 ANOS p.30 Maddog explica como isso mostra a fragilidade das empresas SEGURANÇA: UPGRADE 2.0 p.18 O jeito certo de atualizar o sistema não é como todos fazem. Mas o cenário está melhorando. REDES: ASP.NET NO APACHE! p.67 Com o versátil mod_mono, seu Apache pode servir conteúdo .NET nativamente. VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: » Escalonadores de processo p.53 » OpenSolaris, sexto artigo p.58 » Adobe AIR no Linux p.64 » UPnP é fácil com o Brisa p.70 INVASÃO AULA DE INVASÃO VISUALIZAÇÃO DE INVASÃO LIDS MOD_MONO UPGRADE ESCALONADORES UPNP OPENSOLARIS ADOBE AIR GRÁTIS

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Page 1: Linux Magazine 59 CE

SEJA UM BOM GESTOR E UTILIZE AS MELHORES PRÁTICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS PELOS PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES NESSA ÁREA p.36

#44 07/08

R$ 13,90 € 7,50

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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

CASE ALFRESCO p.26A Construcap agilizou seus projetos com o Alfresco

LINUX PARK 2008 p.28Iniciada em Porto Alegre a temporada de seminários Linux Park de 2008

CEZAR TAURION p.34O Código Aberto como incentivo à inovação

GOVERNANÇA COM

» O que dizem os profissionais certificados p.24

» Cobit, CMMI, ITIL. Quais as melhores práticas? p.36

» ITIL na prática p.39

» Novidades do ITIL v3. p.44

SEGURANÇA: DNSSEC p.69

Com o DNSSEC, a resolução de nomes fica protegida de ataques. Mas seupreço vale a pena?

REDES: IPV6 p.64

Conheça as vantagens da nova versão do Internet Protocol, e veja por queé difícil adotá-la

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:

» Relatórios do Squid com o SARG p.60

» Java, Ruby e Rails: conheça o JRuby on Rails p.74

» Benchmarks do GCC 4.3? p.58

» Becape de bancos de dados com a Libferris p.46

» LPI nível 2: Servidores NIS e DHCP p.52

A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

Linu

x M

agazin

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# 5910/2009

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

# 59 Outubro 2009

A MELHOR DEFESA É UM BOM ATAQUE. APRENDA A INVADIR SISTEMAS PARA ENTENDER COMO DEFENDER SEUS SISTEMAS E REDES. p.33

» Aula de invasão p.34» Mapa gráfico de uma invasão p.41» Linux à prova de invasão com LIDS p.47

CONSEGI 2009 p.26SL para governos, usuários e empresas

SL NA FACULDADE p.32Para Taurion, estudantes de TI aprenderão mais com SL

UNIX 40 ANOS p.30Maddog explica como isso mostra a fragilidade das empresas

SEGURANÇA: UPGRADE 2.0 p.18O jeito certo de atualizar o sistema não é como todos fazem. Mas o cenário está melhorando.

REDES: ASP.NET NO APACHE! p.67Com o versátil mod_mono, seu Apache pode servir conteúdo .NET nativamente.

VEJA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO:» Escalonadores de processo p.53» OpenSolaris, sexto artigo p.58

» Adobe AIR no Linux p.64» UPnP é fácil com o Brisa p.70

INVASÃO

AULA DE INVASÃO

VISUALIZAÇÃO DE INVASÃO

LIDS M

OD_MON

O UPGRADE

ESCALONADORES

UPNP

OPENSOLARIS

ADOBE AIR

GRÁTIS

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Expediente editorialDiretor Geral RafaelPeregrinodaSilva [email protected]

Editor PabloHess [email protected]

Revisora AileenOtomiNakamura [email protected]

Editora de Arte PaolaViveiros [email protected]

Coordenador de Comunicação IgorDaurício [email protected]

Tradutores RodrigoAmorimeLeandroMelodeSales

Centros de Competência Centro de Competência em Software: OliverFrommel:[email protected] KristianKißling:[email protected] PeterKreussel:[email protected] MarcelHilzinger:[email protected] Centro de Competência em Redes e Segurança: Jens-ChristophB.:[email protected] Hans-GeorgEßer:[email protected] ThomasLeichtenstern:[email protected] MarkusFeilner:[email protected] NilsMagnus:[email protected]

Anúncios: Rafael Peregrino da Silva (Brasil) [email protected] Tel.: +55(0)1140821300 Fax: +55(0)1140821302

Petra Jaser (Alemanha, Áustria e Suíça) [email protected]

Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda) [email protected]

Amy Phalen (Estados Unidos) [email protected]

Hubert Wiest (Outros países) [email protected]

Gerente de Circulação Claudio Bazzoli [email protected]

Na Internet: www.linuxmagazine.com.br–Brasil www.linux-magazin.de–Alemanha www.linux-magazine.com–PortalMundial www.linuxmagazine.com.au–Austrália www.linux-magazine.ca–Canadá www.linux-magazine.es–Espanha www.linux-magazine.pl–Polônia www.linux-magazine.co.uk–ReinoUnido

Apesardetodososcuidadospossíveisteremsidotomadosduranteaproduçãodestarevista,aeditoranãoéresponsávelporeventuais imprecisõesnelacontidasouporconsequên-ciasqueadvenhamdeseuuso.Autilizaçãodequalquerma-terialdarevistaocorreporcontaeriscodoleitor.

Nenhummaterial pode ser reproduzido emqualquermeio, emparteounotodo,sempermissãoexpressadaeditora.Assume-sequequalquercorrespondênciarecebida,talcomocartas,emails,faxes,fotografias,artigosedesenhos,sejamfornecidosparapu-blicaçãoou licenciamentoaterceirosdeformamundialnão-ex-clusivapelaLinuxNewMediadoBrasil,amenosqueexplicita-menteindicado.

Linux é uma marca registrada de Linus Torvalds.

Linux Magazine é publicada mensalmente por:

Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Av. Fagundes Filho, 134 Conj. 53 – Saúde 04304-000 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: +55 (0)11 4082 1300 – Fax: +55 (0)11 4082 1302

Direitos Autorais e Marcas Registradas © 2004 - 2009:Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Impressão e Acabamento: RR Donnelley Distribuída em todo o país pela Dinap S.A., Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo.

Atendimento Assinante

www.linuxnewmedia.com.br/atendimentoSão Paulo: +55 (0)11 3512 9460 Rio de Janeiro: +55 (0)21 3512 0888 Belo Horizonte: +55 (0)31 3516 1280

ISSN 1806-9428 Impresso no Brasil

Prezados leitores,Ainda ouvimos com frequência afirmações de que o Software Livre não cria nada de novo, apenas copia boas ideias vindas de softwares proprietários. No entanto, o nicho recém-inaugurado dos aplicativos para sistemas embarcados, em especial celulares e netbooks, mostra que um conceito já antigo do Software Livre, o repositório de pacotes, agora é aplicado com sucesso por empresas que desejam, acima de tudo, inovar para vender mais – uma prova da maturidade tecnoló-gica e mercadológica do Software Livre.

Apple, Google e Intel são três integrantes da nova onda de compa-nhias que cercam seus produtos com repositórios de softwares já adap-tados ao ambiente em que serão executados. A App Store da Apple, o Android Market no caso do Google e a iniciativa recém-anunciada da Intel para inaugurar um repositório de aplicativos para a plataforma Moblin demonstram que a ideia de manter todo um ecossistema em torno de um produto, seja ele hardware ou software, é de fato inova-dora e benéfica para os negócios.

A facilidade encontrada pelos usuários do iPhone ou do Android de simplesmente visitar suas respectivas “lojas” de aplicativos e se-lecionar alguns para baixar e instalar é um importante valor desses aparelhos. Não é difícil perceber que em breve esses ecossistemas se-rão bem mais importantes, do ponto de vista do consumidor, do que o hardware ou até o sistema operacional dos smartphones.

O uso de repositórios de software, prática já antiga entre as distri-buições GNU/Linux, parece estar sendo reconhecido pelas maiores empresas de software como uma forma de inovar, produzir mais e abocanhar fatias maiores do mercado, sem no entanto comprometer a segurança ou a qualidade de suas ofertas.

Um efeito prático altamente positivo da difusão do uso de repo-sitórios virá ao encontro aos proponentes e defensores do Software Livre. Quem já se deu o trabalho de incentivar usuários de sistemas Windows a adotar o GNU/Linux certamente esbarrou na dificuldade enfrentada por essas pessoas com relação à instalação de aplicativos. O hábito de navegar pela Internet em busca de um aplicativo, sem qualquer controle sobre o que este instalará consigo no sistema, é difícil de largar, para esses usuários. Especialmente para tais pessoas, eliminar o estranhamento do conceito de repositórios de software será um importante passo para facilitar a adoção de sistemas livres. n

Pablo HessEditor..

Sinal de maturidadeE

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Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

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CAPAAtaque contra os atacantes 33

Conheçaasferramentasàdisposiçãodosinvasoresparaentendercomoelesagemetomarasmedidasnecessáriasparaevitarproblemas.

Um bom ataque 34

Paraseproteger,éprecisopensarcomooinvasor.

A visão do IDS 41

Encontreinvasorescomessasfáceisferramentasdevisualização.

Tapa-buraco 47

EntreossistemasMACparacontroleobrigatóriodeacesso,háumaboaalternativaaosfamososSELinuxeAppArmor:oLIDS.

ÍND

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TUTORIALOpenSolaris, parte 6 58

Estemês,conheçaasformasdeparticionamentodediscosmaisfáceisedesconhecidasatépelosprópriosadministradoresOpenSolaris.

Tomando um AIR 64

ComoadventodoAdobeIntegratedRuntime(AIR),osaplicativosemFlashagorarodamemqualquerdesktop,incluindooLinux.

REDESASP.NET no Apache 67

Omod_monopermitehospedaraplicações.NETemseuservidorApache2.

PROGRAMAÇÃORede Plug and Play 70

OUniversalPlugandPlayfacilitaaintegraçãotransparentededispositivosderede.Aprendaausá-locomoframeworkBRisaUPnP.

SERVIÇOSEditorial 03

Emails 06

Linux.local 78

Eventos 80

Preview 82

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

| ÍNDICELinux Magazine 59

COLUNASKlaus Knopper 08

Charly Kühnast 10

Zack Brown 12

Augusto Campos 14

Alexandre Borges 16

Kurt Seifried 18

Pablo 20

NOTÍCIASGeral 22➧ Nero4paraLinux

➧ MicrosoftlançaSilverlightparaLinux

CORPORATENotícias 24➧ PalmsedespededaMicrosoft

➧ CloudXen:nuvemparaempresas

➧ MySQLversusOracle

Consegi 2009 26

NoConsegi2009,governo,empresasecomunidadeenvolvidos

comoSoftwareLivretrocaramexperiências.Efecharamacordos.

Coluna: Jon “maddog” Hall 30

Coluna: Cezar Taurion 32

ANÁLISEFiscalização da fila 53

VejacomousaroDtraceparaobservarasclassesdeescalonamentodoOpenSolaris.

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Emails para o editor

Permissão de Escrita

Escreva para nós! ✉

Sempre queremos sua opinião sobre a Linux Magazine e nossos artigos.

Envie seus emails para [email protected] e compartilhe suas dúvidas, opiniões, sugestões e críticas.

Infelizmente, devido ao volume de emails, não podemos garantir que seu email seja publicado, mas é certo que ele será lido e analisado.

Pen drive seguro ✉Lendo a edição 57 da revista, especialmente interessado na matéria sobre criptografia de pen drives, acredito que tenha ocorrido um equívoco no qua-dro, “Listagem 1: Criptografando um pendrive” na página 67.

Supondo atribuir o diretório montado /mnt ao usuário, o comando cor-reto na linha 4 seria:

chown -R usuario:users /mnt

Ao menos fazendo esta singela modificação, a dica funcionou perfeita-mente no meu sistema.

Aproveito para adicionar uma dica a usuários do Gentoo Linux. Devido a mudanças nos ebuilds, desinstale o pacote sys-fs/device-mapper e instale o sys-fs/lvm2. Qualquer conflito com o udev será desfeito e será possível instalar tanto o pacote sys-fs/cryptsetup quanto o app-crypt/luks-tools.

Rodolfo Timoteo da Silva

RespostaRodolfo, obrigado pela dica aos usuários do Gentoo. Com relação ao código, a sua sugestão vale caso o nome do usuário em questão seja “usuário” e ele percença ao grupo “users”. A instrução na linha 4 era

chown -R seu_usuario:seu_grupo /mnt

Basta substituir “seu_usuário” pelo usuário em questão e “seu_grupo” por seu respectivo grupo, exatamente como você fez. n

OpenSolaris não é Linux ✉Caro editor, OpenSolaris não é Linux. Se a revista se chama Linux Maga-zine, ela precisa falar só de Linux e nada mais. Os artigos da revista sempre me ajudam e informam, mas quando falam de OpenSolaris eu simplesmente não leio. Se é Unix ou não, isso não me importa.

Laura Pedroso

Caro editor, estou muito feliz com a série sobre OpenSolaris que está sendo pu-blicada na Linux Magazine nos últimos meses. No meu trabalho, sempre usamos só Linux nos servidores, mas recentemente começamos a usar também o Open-Solaris, e estes artigos estão me ajudando a ganhar intimidade com o sistema.

Carlos Fernandes

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Desfragmentação no Ext4Clemens Eisserer perguntou o estado do recurso de desfragmentação online do Ext4, e Diego Calleja disse que ele foi acrescentado à versão 2.6.31. Clemens ficou muito feliz ao saber disso, principalmente porque sua impressão era de que a desfragmentação online estava morta. Não que ele visse problemas de fragmentação no Ext4, mas às vezes um pouco de desfragmentação poderia ser ainda melhor – como quando o Firefox tenta acessar seu banco de dados SQLite. Theodore T’so ofereceu uma visão do estado da desfragmen-tação. Em princípio, ele disse, o recurso não estava exatamente completo, ainda que também não tivesse morrido. A ferramenta de usuário ainda precisava de muitos ajustes, incluindo o uso dos ioctls que seriam incluídos juntamente com alguns novos patches do Ext4. O código de desfragmentação, ele acrescentou, ainda não é suficientemente inteligente com relação ao espaço livre. Ele espera que todos esses problemas sejam resolvidos no futuro próximo, mas afirmou que parte do problema era simplesmente não ter gente su-ficiente trabalhando nessa questão.

Novo software para a lista do kernelMatti Aarnio começou a escrever seu próprio software de lista de emails, semelhante ao majordomo. A fer-ramenta de Matti se baseia no MySQL para armaze-nar e consultar todos os dados da lista (não os emails, claro, apenas para os dados relevantes para a lista). Ele também melhora alguns aspectos de segurança do majordomo, por exemplo, dificultando a tarefa de um usuário maliciosamente descadastrar outro de uma dada lista.

Ele não ofereceu uma explicação muito convincen-te de por que acha necessário um novo software para gerenciar a lista de emails; mas quem disse que não se

pode programar a esmo só por diversão? Até o momento, ele só dedicou alguns dias ao projeto. Vamos ver como isso vai continuar.

Memória transcendente do XenOs desenvolvedores do Xen implementaram a “memó-ria transcendente” (tmem), um tipo mais macio de me-mória que não está diretamente associado ao hardware, mas que pode ser fornecido virtualmente pelo sistema. A ideia é que a tmem seja um pouco mais abundante para os programas de usuário, com o custo de poten-cialmente desaparecer sem aviso. Atualmente, o Xen é a única coisa que implementa a tmem, mas em teoria ela poderia ser um recurso genérico implementado por qualquer código que a desejasse.

Dan Magenheimer e vários outros escreveram patches para implementar uma API para usar os diversos recursos da tmem, assim como para criar a infraestrutura para ela no Xen. No geral, muitos desenvolvedores do kernel parecem ao menos interessados nesses patches, embora algumas questões de segurança tenham se sobressaído a outras. Mas ninguém parece se opor fundamentalmente ao conceito da tmem.

Suporte ao HTC DreamPavel Machek postou alguns patches para acrescentar suporte à câmera do smartphone HTC Dream. Seus patches também oferecem algum suporte à tela sensí-vel ao toque desse dispositivo, baseados no código de Arve Hjønnevåg. n

Contos e histórias do desenvolvimento do Linux.

Coluna do Zack

Crônicas do kernel

A lista de discussão Linux-kernel é o núcleo das atividades de desenvolvimento do kernel. Zack Brown consegue se perder nesse oceano de mensagens e extrair significado! Sua newsletter Kernel Traffic esteve em atividade de 1999 a 2005.

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Coluna do Augusto

Comunicação interna Quando diferentes desenvolvedores de um projeto têm pontos

de vista diferentes, é importante encontrar um meio termo.

Embora haja grande variedade de iniciativas de código aberto voltadas com grande comprometi-mento ao uso no desktop de usuários “comuns”

(não técnicos ou não entusiastas), acompanhando o desenvolvimento do kernel Linux é fácil perceber que este projeto não é voltado aos usuários do desktop de forma específi ca – embora também os considere, até porque boa parte dos seus desenvolvedores o usem desta forma, pessoalmente.

E é fácil entender a razão: grande parte do trabalho no kernel é custeado por grandes empresas de tecno-logia, com interesse específi co em ver o Linux rodar cada vez melhor em seus hardwares de ponta, com zilhões de gigabytes de memória, uma infi nidade de processadores, e sistemas de E/S que ainda demorarão vários anos até chegar às máquinas que eu e você temos em nossas mesas.

Claro que algumas delas também investem no desktop, em especial em sub-nichos como o dos equipamentos embarcados ou os de maior mobi-lidade, como os UMPCs e netbooks – e o desktop comum acaba se benefi ciando disso, com maior su-porte a hardware, melhorias em geral, ou como nos exemplos recentes de grandes reduções no tempo de inicialização.

Por outro lado, projetos e empresas dedicadas a soluções de desktop com código aberto muitas vezes se concentram nas camadas superiores, cuidando da apresentação e das aplicações – e na minha opinião fazem bem, porque a demanda neste espaço é ain-da maior.

Mas em alguns momentos este foco que o desen-volvimento do kernel tem naturalmente voltado às arquiteturas menos comuns no desktop fi ca mais evi-dente. Foi isso que me levou a trazer este assunto à

Linux Magazine deste mês, a partir da leitura das re-centes discussões entre a comunidade do kernel sobre o novo escalonador de processos produzido, na forma de um patch não ofi cial denominado BFS, por Con Kolivas – que muitos usuários conhecem pelas suas séries de patches mantidas, até dois anos atrás, para tornar o kernel mais amistoso ao desktop, abrindo mão da atenção às demais categorias.

Me interessam pouco os méritos comparados dos escalonadores – pessoalmente, não sinto problemas de desempenho que justifi quem o esforço de eu aplicar regularmente um patch no kernel para ganhar alguma melhoria no computador de mesa.

O que me chamou a atenção na discussão, na verdade, foram os pontos de vista aplicados: um desenvolvedor ofi cial do kernel comparava o de-sempenho dos escalonadores com base nos tempos das tarefas “puras” que ele está acostumado a usar como referência (desempenho de pipes , de troca de mensagens, de uso de PostgreSQL e de compilação do próprio kernel), e Kolivas respondia lembrando que o que ele quer é o desempenho percebido em tarefas como codifi cação de vídeo, reprodução de áudio, execução de aplicativos em segundo plano e responsividade em jogos on-line.

Ficou a impressão de que há um problema funda-mental de comunicação, em que nenhum dos lados está se permitindo perceber o contexto do outro – e, se há tanta oportunidade de melhoria no desktop sendo deixada de lado, talvez seja o caso de começar a torcer para surgir alguém apto e interessado em encontrar o meio do caminho entre as duas posições. ■

Augusto César Campos é administrador de TI e desde 1996 mantém o

site BR-linux.org, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo.

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Coluna do Pablo

Linux 2.6.31A versão mais recente do kernel livre traz várias pequenas novidades em diversas áreas.

Após quase três meses num ciclo de desenvolvi-mento um pouco mais longo que o de costume (e nove release candidates), Linus Torvalds anun-

ciou a versão 2.6.31 do kernel Linux no dia 9 de setem-bro. Com 29.111 arquivos e mais de 12 milhões de linhas de código, trata-se da versão mais volumosa do Linux.

O kernel 2.6.31 não é um campeão de novos recursos. As novidades são menos numerosas que nas “revolucio-nárias” 2.6.28 e 2.6.29, mas abrangem diversas áreas.

Mais importantesSem dúvida, o que mais chama atenção no Linux 2.6.31 é a inclusão do suporte a USB 3.0. Apesar de o padrão ainda nem ter chegado aos dispositivos, a Intel lançou mão de alguns protótipos para embutir no kernel livre o suporte experimental ao novo USB.

Outros pontos que merecem destaque são o suporte ao kernel mode-setting (KMS) para chips gráficos AMD Radeon R500 e anteriores (chips mais recentes serão in-cluídos nas próximas versões do kernel), assim como os dispositivos de caracteres no espaço do usuário (CUSE), que prometem agitar essa área da mesma forma como o FUSE fez para os sistemas de arquivos. O primeiro exemplo de uso do CUSE já está pronto: consiste num proxy do subsistema de áudio OSS para substituir a emulação feita pelo ALSA. Com isso, o aplicativo pode utilizar os dispositivos OSS de forma normal, e o áudio será encaminhado ao ALSA. A vantagem é a possibili-dade de usar múltiplos streams de áudio.

Sistemas de arquivosO astro maior entre os sistemas de arquivos, o Btrfs, está com nova versão atualizada. Mas atenção: o formato dos arquivos em disco mudou. Ao gravar arquivos num siste-ma Btrfs com o novo kernel, estes tornam-se ilegíveis para kernels anteriores. Seu irmão mais modesto Ext4 também ganhou reforços e agora deve ser um pouco mais rápi-

do – um dos reforços inclusive foi aplicado também ao Ext3, que também deve se tornar ligeiramente mais veloz.

Os discos IDE, ou ATA paralelo (PATA), encami-nham-se para a extinção, assim como o código original que lida com eles no kernel. O novo mantenedor do subsistema IDE já anunciou que tratará o código como “puramente legado”, pois o subsistema PATA, construído sobre a Libata – originalmente escrita para lidar com discos SATA –, já oferece mais recursos e manutenção mais fácil que o legado.

ÁudioNo campo do áudio, a maior novidade é o desejadíssimo suporte aos chips de áudio Sound Blaster X-Fi da Cre-ative. Após um longo tempo com a opção entre drivers livres problemáticos ou drivers proprietários, os usuá-rios do pinguim finalmente têm à disposição um driver de alta qualidade definitivamente incluído no kernel.

RedesO driver da família RT2x00 de chips Ralink de rede sem fio ganhou suporte a novos dispositivos, além do protocolo 802.11n. A Internet via rede elétrica (PLC), que vem re-cebendo atenção da Anatel e em breve estará disponível comercialmente no Brasil, já conta com suporte no Linux.

O novo driver bnx2 para chips gigabit da Broadcom conta agora com um avanço importante: ele encarrega o hardware de tratar o iSCSI, reduzindo o trabalho da CPU, principalmente sob carga intensa.

RestanteA camada firewire, projetada para substituir a ultrapas-sada ieee1394, finalmente a suplantou. As estruturas Dnotify e Inotify tornaram-se oficialmente obsoletas com a chegada do Fsnotify, que pode permitir a busca de vírus e de malware de forma mais eficaz e eficiente no futuro próximo. n

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➧ Nero 4 para LinuxA Nero, tradicional fabricante de um dos mais populares softwares de gravação de CDs e DVDs para plataforma Windows, lançou em setembro o Nero Linux 4, a mais recente versão de seu aplicativo para Linux. A versão 4 inclui um novo aplicativo, o Nero Linux Express 4, e a empresa ainda expandiu seu portifólio Linux com o Nero Linux 4 Essentials, oferecendo soluções também para par-ceiros OEM.

O Nero Linux 4 oferece suporte avançado a áudio e dados, bem como opções, ferramentas e configurações para cópia e gravação de CDs e DVDs.

O Nero Linux 4 é, atualmente, o único aplicativo comercial para Linux a suportar a gravação de mídias Blu-ray. Os usuários têm acesso a opções como o sistema de gerenciamento de erros do Blu-ray para gravação em alta velocida-de e suporte ao sistema de arquivos ISO 9660 na criação de compilações. Com o isolinux, o Nero Linux 4 ainda é capaz

de criar live CDs. O Nero Linux 4 ainda oferece suporte aos formatos de áudio Musepack e AIFF, além dos formatos mp3PRO, FLAC e WAV.

O Nero Linux 4 está disponível no site da Nero em português e pode ser adquirido na loja online da empresa pelo preço sugerido de US$ 19,99. O Nero Linux 4 Essentials também está disponível para OEMs. n

Para notícias sempre atualizadas e com a opinião de quem vive o mercado do Linux e do Software Livre, acesse nosso site: www.linuxmagazine.com.br

➧ Microsoft lança Silverlight para LinuxDurante o Intel Developer Forum de 2009, realizado no final de setembro, a Intel anunciou, no primeiro dia, o lançamento da versão 2.1 do sistema Moblin. Baseado em um kernel Linux e em diversos aplicativos GNU, o Moblin foi criado pela própria Intel e atualmente se encontra sob o controle da Linux Foundation.

Um dos anúncios mais marcantes do primeiro dia do evento, no entanto, não coube aos recursos que diferenciam a versão 2.1 de sua antecessora, mas à Microsoft, que lançou uma versão de sua plataforma de execução Silverlight para o Moblin.

Embora já conte com o Moonlight, ambiente de execução de código aberto em Mono e compatível com o Silverlight, os sistemas GNU/Linux não dispunham, até então, de qualquer software da Microsoft para usuários finais. Os recursos da versão mais recente do Silverlight não têm suporte completo por parte do Moonlight,

desenvolvido primariamente pela Novell sem auxílio efetivo da Microsoft.

Após a liberação (sob a GPLv2) de um driver para acelerar o funcionamento de máquinas virtuais Linux sobre seu hyper-visor proprietário Hyper-V, a Microsoft mostra agora mais um passo em direção a um melhor diálogo com o GNU/Linux. Apesar de a versão anunciada do Silverlight ser específica para o sistema Moblin, seu porte para outros sistemas GNU/Linux de-certo passa pelas mentes dos executivos de Redmond – ainda que apenas como algo a ser evitado. n

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➧ Palm se despede da Microsoft

O diretor executivo da Palm, John Ru-binstein, confirmou durante uma entrevista no final de setembro a decisão da empresa em se concentrar exclusivamente no desen-volvimento de aparelhos equipados com o webOS, sistema baseado em Linux criado pela Palm. É o fim de uma parceria de três anos com a Microsoft e do uso do Windows Mobile em celulares da Palm.

O comunicado foi feito um dia após a Palm anunciar ter superado a receita prevista para o primeiro trimestre fiscal de 2010, em um claro sinal de recuperação da empresa. Os analistas atribuem o crescimento da receita e dos lucros ao grande sucesso do smartphone Palm Pre, equipado com o sistema webOS, baseado em um kernel Linux. Com ele, as vendas neste

semestre fiscal aumentaram 134% (num total de 823 mil unidades) em relação ao trimestre anterior – embora permaneçam 30% in-feriores ao mesmo período do ano passado.

“Estamos progredindo significativamente na transformação da Palm, e nossa cultura de inovação é mais forte do que nunca. Estamos lançando outros ótimos produ-tos Palm webOS com mais operadoras e voltando nossa atenção ao crescimento”, afirmou ainda o diretor e CEO da Palm.

O Palm Pre é o primeiro smartpho-ne da pioneira Palm equipado com o webOS, novo sistema operacional de código aberto da empresa – baseado em Linux. Esse sistema é a aposta da Palm para retomar a posição de liderança ocupada pela empresa no passado. n

➧ Cloud Xen: nuvem para empresasEssa os meteorologistas não conseguiriam prever. O projeto Xen.org, responsável pelo código do hypervisor de código aberto Xen, anunciou em setembro a iniciativa Xen Cloud Platform. Trata-se de um esforço para produzir “uma pla-taforma de infraestrutura completa para virtualização”, nas palavras de Simon Crosby, CTO da Citrix para a divisão de virtualização e fundador da XenSource. “Mas por que o Xen.org está fazendo isso? É um ato de desespero ou uma desistência? O KVM está prestes a entrar no mercado do Xen?”, pergunta o executivo em seu post, respondendo logo abaixo que a iniciativa “nada tem a ver com o KVM” e que seu objetivo é “oferecer um poderoso conjunto de recursos de virtualização de infraestrutura de primeira li-nha para empresas”.

Para esclarecer as funções de uma “plataforma de nu-vem”, Simon ainda oferece uma lista de itens, que incluem o agrupamento e o isolamento de recursos de hardware e rede, o rápido provisionamento de sistemas, a criação de um conjunto de APIs para expor os recursos, além da oferta de ampla compatibilidade com todas as plataformas de virtua-lização – “tudo como código aberto, é claro”, completa. n

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feriores ao mesmo período do ano passado.

➧ MySQL versus OracleApós o anúncio por parte da Comissão Europeia (órgão da União Europeia encarregado de avaliar acordos comerciais, entre outros) de que a aquisi-ção da Sun Microsystems pela Oracle seria inves-tigada e, portanto, consideravelmente adiada no continente europeu, surgiram diversos rumores afirmando que a solução mais prática para a em-presa de Larry Ellison seria a Sun desfazer-se do MySQL. O motivo dos rumores era o fator apon-tado pelo órgão europeu como principal ponto de preocupação: a concorrência entre o banco de dados de código aberto e o proprietário Oracle, que passariam a pertencer à mesma companhia.

Porém, no fim de setembro, Ellison anunciou que a Oracle não pretende abrir mão do MySQL. Em um tom facilmente interpretado como desa-fiador, o polêmico CEO da Oracle lembrou que a aquisição já foi aprovada pelas autoridades dos Estados Unidos e afirmou que “depois que fizerem seu trabalho, eles (a Comissão Europeia) chegarão à mesma conclusão”. n

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Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico

Consegi 2009No Consegi 2009, governo, empresas e comunidade envolvidos com o Software Livre trocaram experiências. E fecharam acordos.por Bruno Buys

Em meio a uma inesperada e incomum frente fria, a cida-de de Brasília hospedou nos

dias 26 a 28 de agosto o Congresso Internacional Software Livre e Go-verno Eletrônico – Consegi 2009. Organizado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados, Serpro, e sediado na Escola de Administração Fazendária (ESAF), o Consegi 2009 teve por objetivo trocar experiências e popularizar iniciativas e soluções em Software Livre na esfera do go-verno federal.

Na ESAF misturava-se uma mul-tidão de pessoas de todos os tipos e

procedências, todas tentando assistir às palestras espalhadas pelas instala-ções. Estudantes, jovens com piercin-gs e camisetas do Nirvana, Ubuntu e Google, grupos de usuários GNU/Linux, participantes de projetos de cultura livre, DJ’s e VJ’s misturavam-se a executivos, estrangeiros e repre-sentantes de governos, que vinham divulgar suas organizações e mostrar os trabalhos desenvolvidos de forma livre e participativa.

A programação do Consegi 2009 foi de palestras e oficinas técnicas, além de mesas-redondas sobre atu-alidades do mundo digital, intera-

ções entre a tecnologia e a política e também ativismo e cultura livre. Organizado em dez eixos temáti-cos, como “Políticas de desenvol-vimento tecnológico e industrial”, “Desenvolvimento Social, Educa-ção e Inclusão Digital”, “Padrões e Interoperabilidade”, entre outras, o Consegi 2009 foi bem-sucedido em funcionar como um ponto de troca de experiências entre o go-verno, a sociedade organizada e países parceiros.

Entre os estrangeiros, represen-tantes dos governos da África do Sul, Argentina, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Equador, França, Índia, Indo-nésia, Malásia, Paraguai, São Tomé e Príncipe, Venezuela e Zimbábue. O Consegi 2009 faz parte da progra-mação oficial do Ano da França no Brasil, contando com representantes franceses do setor de TIC.

O Serviço Federal de Processa-mento de Dados, Serpro, além de anfitrião do evento, foi também um dos mais ativos participantes, presente em mesas-redondas e oficinas. O fra-mework Demoiselle, mais importante solução apresentada pelo órgão, foi discutido em oficinas para o públi-co técnico e em mesas-redondas. O Demoiselle é uma plataforma desenvolvida pelo Serpro para cons-trução de aplicações em Java, cujo objetivo é tornar-se uma referência no desenvolvimento de sistemas do Governo Federal. Com a padroniza-

Figura 1 Réplica do Demoiselle conforme projetado por Santos Dumont, em exposição na área externa do Consegi 2009.

Crédito: Bruno Buys

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| CORPORATEConsegi

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

ção, o órgão espera ganhar em reu-tilização de código, simplificação e corte de gastos.

Em sua fala durante a inaugu-ração do evento, o presidente Lula reafirmou a opção pelo Software Li-vre como plataforma preferencial de software a ser escolhida pelo Governo Federal em seus sistemas. Para Lula, a questão não se limita à economia trazida pelo Software Livre: “Em meio a um mundo dominado pelo individualismo competitivo, pelas barreiras cada vez mais elevadas de acesso à propriedade intelectual e pela busca de lucros a qualquer cus-to, a comunidade do Software Livre conseguiu mostrar a todos nós que ainda há espaço para a cooperação, o trabalho colaborativo e a democra-tização do conhecimento”. O presi-dente ainda completou: “Neste sen-tido, o que estamos debatendo neste Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico vai mui-to além das questões tecnológicas. Estamos, sim, tratando do acesso e compartilhamento do conhecimen-to, expresso na forma de programas livres, de conteúdos que podem ser apropriados por todos os cidadãos e do desenvolvimento colaborativo”.

A adesão ao Protocolo Público de Intenção de Adoção do Formato Aberto de Documentos (Protoco-

lo Brasília), iniciada no Consegi 2008, também se fortaleceu este ano. O Protocolo de Brasília é uma declaração de interesse em adotar o Open Document Format (ODF) como padrão para geração e troca de documentos entre órgãos de go-verno. Após a adesão de importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Serpro, Dataprev e Correios, entre diversas outras durante a última edição do evento, este ano o Protocolo obteve a adesão do Exército e da Marinha.

A Tenda Cultural do Consegi 2009 foi nomeada em homenagem ao professor da USP e matemático Imre Simon, falecido em 13 de agosto último. Durante os três dias, a Ten-da abrigou apresentações musicais, palestras sobre Blender, Inkscape e GIMP, além de case-modding feito por grupos de jovens das escolas de Brasília e entorno.

Os que assistiram ao Consegi 2009 saíram com a impressão de que o Governo Federal está realmente empenhado na adoção de Software Livre e convicto de sua escolha. Mesmo com todas as dificuldades (técnicas e políticas) envolvidas em uma migração dessa magnitude, o Governo Federal, liderado pelo Ser-pro, conseguiu resultados notáveis em construção de comunidades e no

desenvolvimento de soluções como o e-CAR, o Expresso e o Demoiselle.

Demoiselle: avião ou software?Em 1907, Alberto Santos Dumont construía seu primeiro avião da série Demoiselle, após o famoso 14-Bis. Estes aviões foram os melhores e mais robustos que o pai da aviação conseguiu produzir: eram leves, pequenos, baratos e relativamente simples de fabricar. Santos Dumont tinha esperanças de que pudessem estimular a popularização da aviação, que era até então uma curiosidade de inventores e nobres ricos. Durante todo o tempo em que os Demoisel-les existiram e foram desenvolvidos, Santos Dumont sempre se recusou a patentear sua invenção, porque con-siderava o projeto seu “presente para a humanidade”. Ele entendia que a cobrança de royalties inviabilizaria a adoção do invento. Ao contrário, o pai da máquina fornecia cópias dos planos e desenhos do avião a qual-quer um que se interessasse.

Uma réplica funcional do avião Demoiselle conforme concebido por Santos Dumont estava presente nos jardins da ESAF, com colabo-ração do Instituto Arruda Botelho. A programação incluía um voo da

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CORPORATE | Consegi

aeronave, porém a frente fria, inco-mum nessa época do ano em Bra-sília, não forneceu as condições de vento necessárias.

Antecipando em várias décadas o espírito do desenvolvimento aberto, o pioneirismo de Santos Dumont foi homenageado na escolha do nome do framework integrador Demoiselle pelo Serpro. A ideia é que ele seja desenvolvido, depurado, usado e estendido colaborativamente pelos diversos órgãos e pela comunidade de usuários, cumprindo não somen-te a missão institucional do Serpro como também a política de adoção de Software Livre do governo fede-ral. O framework Demoiselle, atu-almente hospedado no SourceForge [1], foi iniciado na Companhia de Informática do Paraná (Celepar) com o projeto Pinhão, continuado pelos analistas do Serpro, e tem recebido contribuições da comunidade.

Representação internacionalO sul-coreano Seong-jin Kim, da Ko-rea SW Industry Promotion Agency (KIPA), explicou aos presentes no Consegi 2009 as ações de fomento ao desenvolvimento de Software Livre e de Código Aberto da agência de seu país. Existe grande interesse no modelo aberto de desenvolvimento na Coreia do Sul e o governo promove ações no sentido de acelerar sua adoção.

O palestrante trabalhou pesso-almente em um livro digital sobre Linux, em um projeto da Agência para distribuição em 32 escolas, al-cançando 64 turmas de alunos. O material é exibido em tablet PCs, dispositivos semelhantes a netbooks com uma tela giratória sensível ao toque. Na tela, os alunos podem ler e anotar ao mesmo tempo. O pro-jeto inclui também a construção de infraestrutura de acesso à rede sem fio das escolas e aos servidores de conteúdo.

A presença de representantes da KIPA no Brasil foi motivada também pela busca de competências na área. Como resultado, o Diretor-Presi-dente do Serpro, Marcos Mazoni assinou um protocolo de intenções para cooperação em Software Livre com os representantes da KIPA. Pode ser um começo de relacionamento muito frutífero com aquele lado do mundo, já famoso pela produção de hardware.

Sustentabilidade de softwareEm apresentação sobre sustentabi-lidade de software, o presidente da Open Source Initiative, Michael Tiemann, mostrou dados de dife-rentes pesquisas e organizações para convencer o público de uma ideia aparentemente muito simples: soft-ware proprietário é socialmente mais custoso, tecnicamente mais falho e economicamente menos vantajoso.

Dono de uma narrativa ágil e em-polgante, Tiemann usou exemplos de sustentabilidade em outras áreas de atividade, como a agricultura: segundo ele, existe um grave pro-blema de sustentabilidade na ma-neira como muitos países cultivam alimentos. Com o exemplo de seu país, os Estados Unidos, ele explicou que o uso intensivo de pesticidas, fertilizantes e água está erodindo o patrimônio natural do solo. A Índia, tendo importado o mesmo modelo de agricultura quimicamente in-tensiva, sofre hoje em dia as con-sequências do desastre, servindo de exemplo aos Estados Unidos do que o futuro lhes reserva. Na economia, Tiemann declarou que a atual crise financeira vivida por aquele país é resultado, também, de uma econo-mia insustentável.

O palestrante mostrou dados do Grupo Gartner para 2008, segundo o qual gastam-se anualmente cerca de 3 trilhões de dólares em TIC no

mundo inteiro. Deste total, 1 trilhão são desperdiçados em projetos que são abandonados, que acabam dando errado, que chegam tarde demais ou que são simplesmente falhos. Mais de 90% dos fornecedores de TI não recebem uma boa avaliação em termos de “valor pelo dinheiro” de cerca de 80% de seus clientes mais importantes. Estes dados foram me-didos pelo Gartner durante quatro anos seguidos. Os dois últimos dados levantados mostram que o software proprietário destrói 85% de todo o potencial de inovação global e que tem, em média, uma densidade de defeitos (bugs) entre 50 e 150 vezes maior do que o Software Livre (da-dos medidos ao longo de cinco anos). A conclusão já antecipada: software proprietário não é sustentável.

Tiemann finalizou mostrando os recentes avanços em termos de adoção internacional de Software Livre e apontando que o Software Livre traz muito mais benefícios para a sociedade: melhor para a educa-ção, indispensável eticamente para o governo e para a iniciativa privada e com o melhor custo-benefício. n

Mais informações

[1] Demoiselle no SourceForge: http://demoiselle.sourceforge.net/

Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinião. Fale conosco em [email protected]

Este artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/3051Este artigo no nosso site:http://lnm.com.br/article/3051

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Sobre o autorBruno Buys é biólogo e especializado em jornalismo científico pela Unicamp. Usa De-bian GNU/Linux e é fissurado por Software Livre. twitter.com/brunobuys

Page 16: Linux Magazine 59 CE

Fórum Permanente de Tecnologia da Informação e ComunicaçãoEdição 2009 - 27 a 30 de outubro de 2009Tecnologia para um Brasil sustentável

Eventos Associados

Diferencial

Apresentação

No período de 27 a 30 de outubro próximo, no Centro de

Eventos e Convenções Brasil 21, Brasília sediará pela 7ª vez o

FÓRUM TIC com participação gratuita. Consolida-se no mercado

como importante evento de relacionamento, integrando governo

e iniciativa privada. Também se configura como ação de utilidade

pública promovendo, além de ações de relacionamento, a

capacitação de gestores de TI da administração pública e

privada.

www.forumtic.org.brSUCESU-DF

1º Encontro Nacional de Gestores Municipais, com apoio daSecretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República;

1º Encontro Nacional de Comunidades de Software Público comapoio da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação doMinistério do Planejamento;

XXIV ENESI – Encontro Nacional das Empresas de Software eServiços de Informática;

Encontro dos Coordenadores de APL-TIC estaduais do SEBRAE;

Encontro de CIO´s (Chief Information Officer);

Premiação do III Prêmio Ação Coletiva – MPOG/SLTI;

Premiação do Prêmio SINFOR de Tecnologia da Informação FIBRA/SINFOR;

Lançamento do Prêmio Brasil TIC de Cidadania SUCESU/FÓRUM TIC;

Apoio Institucional

Inscrições gratuitas

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O FÓRUM TIC abrigará a primeira realização do FÓRUM

EMPRESARIAL sobre “Gestão,Crédito, Capital de Risco,

Empreendedorismo: COMPETITIVIDADE” que conta com a parceria

da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Distrito

Federal, com objetivo de promover a maturidade empresarial dos

novos empreendedores. Este evento promoverá gratuitamente

oficinas de capacitação em “Business plan” e em “Como desenvolver

a inteligência competitiva pessoal no ambiente de trabalho” para

1.100 empreendedores.

Page 17: Linux Magazine 59 CE

32 http://www.linuxmagazine.com.br

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Coluna do Taurion

SL e os profissionais do futuroUsando Software Livre nos cursos universitários, os estudantes de computação de hoje poderão aprender muito mais para o futuro.

Um tema que me entusiasma muito é o uso de Software Livre nos cursos de formação de pro-fissionais de TI. Já havia abordado o assunto em

meu blog e volto a ele hoje com algumas outras ideias que gostaria de compartilhar com vocês.

O uso de Código Aberto na formação dos futuros profissionais de computação nos traz diversos benefícios: possibilita que os estudantes adquiram experiência

prática com desenvolvimento de software, necessá-ria em eventuais futuras contratações, pois desen-volvem código real que será avaliado e até mesmo colocado em operação;

possibilita que o aluno compreenda, na prática, a im-portância dos princípios da engenharia de software;

permite o trabalho em colaboração com profis-sionais já experientes e com estudantes de outras instituições;

os alunos aprendem que programação não é uma tarefa isolada, mas colaborativa;

também aprendem a trabalhar em projetos de ra-zoável (e até mesmo alta) complexidade, abrindo a visão prática para as dificuldades do engajamento em projetos destes portes;

possibilita o trabalho em projetos de vida útil lon-ga, não ficando mais restritos a projetos individuais que duram apenas os semestres de aulas;

mantém os currículos atualizados, pois estarão envolvidos em projetos atuais, usando técnicas e tecnologias modernas.

Mas, em quais projetos os estudantes deveriam se en-gajar? O diretório Sourceforge registra mais de 170.000 projetos e mais de 1,7 milhões de membros. Claro que existem projetos de código aberto muito conhecidos, como o Linux, Firefox e o BrOffice, mas que tal pensar-

mos em olhar o software também como uma tecnologia que pode e deve beneficiar diretamente a humanida-de e a sociedade? Pesquisando o assunto, descobri um projeto muito interessante que pode servir de base para o uso do Código Aberto no ensino da computação no Brasil. É o projeto HFOSS (Humanitarian Free and Open Source Software), que pode ser visto em www.hfoss.org. Este projeto, por sua vez, foi baseado nas ideias de um projeto de código aberto para gerenciamento de desastres, desenvolvido no Sri Lanka, chamado Saha-na (http://www.sahana.lk/). O Sahana foi iniciado por desenvolvedores voluntários para ajudar na gestão de atividades de apoio em desastres, como o tsunami ocor-rido naquele país em dezembro de 2004.

Engajar estudantes de computação na criação, manutenção e evolução de projetos de software hu-manitários, além dos benefícios que vimos acima, contribui para que eles percebam que desenvolver software é muito mais que codificar linhas de código. Eles poderão ver os resultados de seu trabalho refle-tidos diretamente na sociedade. Aprendem também que os desenvolvedores devem ter uma visão mais abrangente dos problemas e desafios da sociedade e das empresas, para poderem projetar softwares mais adequados ao mundo real. Este, aliás, é um dos de-safios que os cursos de computação enfrentam: na maioria das vezes estão descolados das realidades do mundo real, pois os estudantes desenvolvem projetos hipotéticos de classe, sem conexão com os problemas das empresas e da sociedade. n

Cezar Taurion ([email protected]) é diretor de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil e editor do primeiro blog da América Latina do Portal de Tecnologia da IBM developerWorks, em https://www.ibm.com/developerworks/mydeveloperworks/blogs/ctaurion/.

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Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

Entenda, detecte e evite ataques de rede

Ataque contra os atacantesConheça as ferramentas à disposição dos invasores para entender como eles agem e tomar as medidas necessárias para evitar problemas.por Joe Casad e Pablo Hess

A prática da invasão de redes não é mais uma atividade feita por lazer. Spammers,

piratas de crédito, viciados em ati-vidades caras (drogas, jogo, apostas) e vários outros tipos de malfeitores estão em busca de “dinheiro fácil”, mesmo que precisem burlar a lei e a segurança de um sistema.

Neste cenário, como podemos mantê-los do lado de fora de nossas redes e sistemas? Baixando todas as atualizações de sistema e empre-gando as melhores ferramentas dis-poníveis – além, claro, de conhecer seu inimigo.

As atualizações de sistema ficam por sua conta, já que você provavel-mente entende que o código de ontem é a janela aberta de amanhã. Este mês, vamos examinar as técnicas de intrusão e algumas ferramentas para desvendar e evitar ataques.

Para começar, nosso colunista e blogueiro de segurança Kurt Sei-fried explicará as estratégias de in-trusão mais recentes. Ele abordará as técnicas de injeção SQL, cross-site

request forgery e poluição de parâ-metros HTTP.

Em seguida, ofereceremos uma introdução prática a algumas ferra-mentas de visualização de eventos de intrusão, essenciais para compre-ender como agem os meliantes digi-tais. Mostraremos como reproduzir situações reais de intrusão usando arquivos PCAP (Packet Capture) e também como usar a saída de texto do IDS Snort em comparação com a saída gráfica de ferramentas como NetGrok, AfterGlow, Rumint, TNV e EtherApe.

Finalizando a seção de capa do mês, há um estudo do Linux Intru-sion Detection Sys-tem, LIDS, uma

Índice das matérias de capaUm bom ataque

A visão do IDS

Tapa-buraco

alternativa aos famosos SELinux e AppArmor que oferece controle obrigatório de acesso e vários outros recursos de segurança importantes.

O Linux jamais foi tão seguro, mas o fato é que as ameaças à sua rede nunca foram tão profundas. Se você procura novas ferramentas e uma melhor compreensão do jogo da detecção de intrusão, os artigos a seguir são justamente para você. n

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53Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

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ÁLIS

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Como organizar e escalonar processos

Fiscalização da filaVeja como usar o Dtrace para observar as classes de escalonamento do OpenSolaris.por Marcelo Arbore e José Damico

Os primeiros computadores nasceram com o objetivo de fazer cálculos repetitivos,

que demorariam tempo demasiado se feitos por seres humanos. Nesta época, o algoritmo de escalonamento era simples: execute o próximo tra-balho ao fim do atual. Hoje, os siste-mas computacionais compartilham tempo, usuários e serviços. É comum encontrar situações em que temos dois ou mais processos competindo pelo mesmo processador. Neste caso, cabe ao sistema operacional decidir a ordem em que os processos serão executados. O componente do siste-ma operacional responsável por esta tarefa é chamado de escalonador, e o algoritmo utilizado é chamado de algoritmo de escalonamento.

Algumas das funções fundamen-tais dos sistemas operacionais mo-dernos são o gerenciamento e o es-calonamento dos processos dentro

dos processadores disponíveis. O objetivo principal é manter a jus-tiça. Entretanto, como na política, existe divergência de opiniões, pois nos deparamos com necessidades, objetivos e métricas diferentes. Por este motivo, existe uma extensa va-riedade de algoritmos disponíveis. Este artigo analisa algumas das im-plementações clássicas existentes no sistema operacional de código aberto OpenSolaris por meio da ferramenta de instrumentação dinâmica Dtrace.

ObservabilidadeCom o aumento do tamanho e da complexidade dos sistemas opera-cionais modernos, torna-se cada vez mais complicada a análise, a depu-ração ou mesmo a compreensão didática do que está ocorrendo no que se refere ao kernel e aos usuá-rios. A maioria dos softwares exis-tentes para depuração se mostram

ineficientes, principalmente pelo custo de desempenho, e também incompletos, pelas restrições de se-gurança que o kernel impõe aos seus processos e, consequentemente, aos depuradores. A leitura do código-fonte é, além de complexa, pouco eficiente do ponto de vista prático.

Existem diversas ferramentas de observabilidade em sistemas Unix, mas elas sofrem, além dos problemas já listados, de baixa flexibilidade (servem para propósitos específicos e apresentam saídas padronizadas) e baixa interoperabilidade (não con-versam entre si).

Em 2002 foi lançado o primeiro protótipo da ferramenta DTrace. O Dtrace não sofre as restrições de segurança dos métodos conven-cionais e tem bom desempenho porque está diretamente inserido no kernel do sistema operacional. Utilizando-se de blocos dinamica-

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ANÁLISE  | Escalonamento

mente alocáveis, ele não desperdiça preciosos ciclos de processamento quando desligado. Isto permite um extenso número de pontos de ins-trumentação (atualmente na ordem de dezenas de milhares) que podem ser ativados individualmente. Desta maneira, observa-se padrões globais ou específicos do sistema de uma maneira uniforme.

Por meio de scripts na linguagem de alto nível D (semelhante a C), é possível fazer perguntas arbitrárias ao sistema sobre praticamente qualquer padrão de comportamento deste. O DTrace foi implementado ini-cialmente no Solaris, e hoje já esta portado para OpenSolaris, MacOS, FreeBSD e existem projetos para outros sistemas.

Escalonamento no OpenSolarisNo OpenSolaris, cada thread possui uma prioridade global, e isto deter-mina quão brevemente ela, dentre todas as threads executáveis do sis-tema, será executada.

Tipicamente, uma thread encon-tra-se nos estados RUN, ONPROC ou SLEEP (figura 1). RUN representa prontidão para execução (esperando a sua prioridade ser a maior na fila de execução). ONPROC simboliza as threads selecionadas para execução no presente momento e SLEEP é o estado no qual elas aguardam um evento de sincronia, como o término de uma operação de entrada/saída.

O escalonador é responsável por gerenciar todos os estados de todas as threads do sistema, assim como a troca sincronizada entre eles. As principais funções do escalonador do OpenSolaris são: gerência de filas: inserir e remo-

ver threads das filas de execução e de SLEEP;

seleção de thread: selecionar, dentre todas as threads no esta-do RUN, qual será a próxima a ser executada;

seleção do processador: escolher em qual processador uma thread será executada;

troca de contexto: trocar o am-biente de execução de um pro-cessador para que este possa executar uma thread diferente.

Diferentes situações requerem di-ferentes algoritmos de escalonamen-to. Isto acontece porque as áreas de aplicação possuem objetivos distin-tos. Não existe um algoritmo único otimizado para todos os sistemas. Os algoritmos de escalonamento implementados no OpenSolaris são: Timeshare (TS, compartilha-

mento de tempo) Interactive (IA, interativo) Fair Share (FSS, parcela justa)

Listagem 1: Script para verificar alterações de prioridade

#!/usr/sbin/dtrace -s sched:::change-pri{ @[stringof(args[0]->pr_clname)] = lquantize(args[2] - args[0]->pr_pri, 50, 50, 5);}

Listagem 2: Saída sem script fominha

value ––––- Distribution ––––- count -15 | 0 -10 |@@@@@@@@@@ 3 -5 | 0 0 | 0 5 | 0 10 |@@@@@@@@@@@@@ 0 15 | 0

Figura 1 Fluxo de estados de threads no sistema OpenSolaris.

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| ANÁLISEEscalonamento

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

Fixed Priority (FX, prioridade fixa)

Real Time (RT, tempo real) System (SYS, sistema)

Analisaremos agora o comporta-mento de alguns destes algoritmos. A referência completa pode ser en-contrada na documentação oficial.

Timeshare (TS)A ideia central do timeshare é tentar compartilhar o tempo da CPU de maneira uniforme entre as threads. É claro que cada processo possui a sua demanda própria por processa-mento. Por este motivo, os ajustes de prioridade são feitos com base no tempo gasto pela thread à espera do processador ou em execução.

O TS é estruturado com múl-tiplas filas de execução (uma por prioridade). Dentro da fila, os pro-cessos comportam-se de maneira similar ao algoritmo Round-Robin (rodízio simples).

Este algoritmo de escalonamento possui um tempo inicial padrão – cha-mado de quantum – que ele atribui a todos os processos. Por um lado, se um processo tem a tendência de usar seu quantum inteiro, o escalonador se encarrega de reduzir sua priori-dade. Por outro lado, se o processo tende a não usar seu quantum por completo, cessando o processamento ou parando em algum mecanismo de sincronia, o algoritmo timesha-re aumenta a sua prioridade com o intuito de valorizar o pedido deste por processamento.

Suponhamos um processo faminto por processamento, digamos:

$ while true; do let a=0; done

É fácil perceber que este script na linha de comando entra em loop infinito enquanto faz uma atribui-ção inútil.

Vejamos agora um script em lin-guagem D (listagem 1), retirado da

documentação, que verifica todas as alterações de prioridade nas threads do sistema.

O script agrupa pelo nome da clas-se – no nosso caso, TS – e pede para agregar linearmente o valor resultan-te da diferença entre as prioridades nova e velha. Ao acionar o script da listagem 1 por alguns segundos, com o script fominha anterior em execu-ção, são gerados resultados como os das listagens 2 e 3.

Eles mostram uma distribuição do valor da variação de prioridade (à esquerda) e o número de ocorrências daquela mudança (à direita).

Fica visível que o escalonador age no sentido de diminuir a prioridade de threads no sistema. O grupo de controle (execução sem o script fo-minha) levanta a suspeita de que o culpado pelas mudanças de priori-dades é o processo do terminal que está em loop infinito.

Listagem 3: Saída com script fominha

value ––––- Distribution ––––- count -15 | 0 -10 |@@@@@@@@@@@@@@ 120 -5 | 0 0 |@@@@@@@@@@@ 49 5 | 0 10 | 0 15 | 0 25 | 0 30 | 0 35 | 0 40 | 0 45 |@@@@@ 25 >=50 | 0

Listagem 4: Script para contar o tempo

01 #!/usr/sbin/dtrace -s02 03 #pragma D option quiet04 05 long int tson, tsoff;06 07 sched:::on-cpu08 /pid == $1 && tid == $2/09 {10   trace(probename);11   tson = timestamp;12   printf(“     tempo fora = %d nsec\n”, timestamp-lsoff);13 }14 sched:::change-pri15 /args[1]->pr_pid == $1 && args[0]->pr_lwpid == $2/16 {17   trace(probename);18   printf(“     delta pri = %d\n”,args[2]-args[0]->pr_pri);19 }20 sched:::off-cpu21 /args[1]->pr_pid == $1 && args[0]->pr_lwpid == $2/22 {23   trace(probename);24   printf(“     tempo dentro = %d nsec , pri = %d\n”, timestamp-tson,args[0]->pr_pri);

25   tsoff = timestamp;26 }

Page 22: Linux Magazine 59 CE

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ANÁLISE  | Escalonamento

Se quisermos observar com mais detalhes essa thread que muda o padrão de comportamento do esca-lonador, temos que usar o script em D da listagem 4 para verificar os tem-pos de execução e inatividade desta

thread, e também as mudanças de prioridade aplicadas pelo algoritmo de escalonamento.

Ao executar esse script sobre a nossa thread sedenta por processa-mento, a saída gerada é semelhan-

te à listagem 5. Nela, é possível ver claramente que o algoritmo de escalonamento age sobre a thread em questão. A listagem 5 demonstra que o processo permanece muito tempo dentro da CPU (na ordem de dezenas de milissegundos) em relação ao tempo fora dela (na or-dem de dezenas ou centenas de microssegundos). Como esperado, o algoritmo de timeshare diminui a prioridade desta thread.

Interactive (IA)Similar ao timeshare, esta classe adi-ciona um mecanismo que aumenta a prioridade das threads relacionadas à janela ativa do desktop. O algorit-mo IA tem o intuito de ser usado em laptops e desktops para aumentar a interatividade e melhorar o tempo de resposta (isto é, reduzir a latên-cia) do usuário.

Para demonstrar este mecanismo, foi utilizado o script D da listagem 6, que imprime as alterações de priori-dade de um determinado processo.

Repare que, dentre todos os eventos de alteração de prioridades, o script seleciona aqueles que são da classe IA, cujo id do processo é passado como argumento e cujo id da thread é igual a um (para evitar comprome-ter a análise com o comportamento de threads distintas).

Ao passar como argumento o id de um processo que está aberto no desktop, alterando o foco para este processo e voltando (duas vezes), é gerada uma saída como a da lista-gem 7.

Repare que, ao colocar o foco na janela referente ao processo, o escalonador se encarrega de elevar a prioridade deste até o nível má-ximo (prioridade 59). Existem dois momentos, de acordo com a saída, em que a thread atinge o limite superior. Estes acontecem no mo-mento em que colocamos a janela em foco. Desta maneira, o algoritmo IA consegue privilegiar os processos

Listagem 5: Saída de listagem 4

...off-cpu tempo dentro = 16649243 nsec , pri = 59on-cpu tempo fora = 91681 nsecchange-pri delta pri = -9off-cpu tempo dentro = 41670399 nsec , pri = 50on-cpu tempo fora = 97571 nsecoff-cpu tempo dentro = 9318139 nsec , pri = 50on-cpu tempo fora = 79198 nsecoff-cpu tempo dentro = 13291416 nsec , pri = 50on-cpu tempo fora = 177805 nsecoff-cpu tempo dentro = 5495730 nsec , pri = 50on-cpu tempo fora = 81745 nsecchange-pri delta pri = -10off-cpu tempo dentro = 10681020 nsec , pri = 40on-cpu tempo fora = 116827 nsecoff-cpu tempo dentro = 19035494 nsec , pri = 40on-cpu tempo fora = 84719 nsecoff-cpu tempo dentro = 10120625 nsec , pri = 40on-cpu tempo fora = 87395 nsecoff-cpu tempo dentro = 25661734 nsec , pri = 40on-cpu tempo fora = 89414 nsecchange-pri delta pri = -10off-cpu tempo dentro = 2488795 nsec , pri = 30on-cpu tempo fora = 90233 nsecoff-cpu tempo dentro = 232736969 nsec , pri = 30on-cpu tempo fora = 95045 nsecoff-cpu tempo dentro = 7080789 nsec , pri = 30on-cpu tempo fora = 85251 nsecoff-cpu tempo dentro = 10344521 nsec , pri = 30on-cpu tempo fora = 164332 nsecoff-cpu tempo dentro = 11108804 nsec , pri = 30on-cpu tempo fora = 107210 nsecchange-pri delta pri = -10off-cpu tempo dentro = 68544355 nsec , pri = 20...

Listagem 6: Script de teste de IA

01 #!/usr/sbin/dtrace -s02 03 #pragma D option quiet04 05 0sched:::change-pri06 /args[0]->pr_clname == “IA” && args[1]->pr_pid == $1 && args[0]->pr_lwpid == 1/

07 {08    printf(“Priority:%d + (%d) = %d\n”,args[0]->pr_pri, args[2]-args[0]->pr_pri, args[2]);

09 }

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57

| ANÁLISEEscalonamento

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

que possuem janelas sendo manu-seadas por usuários, gerando uma sensação de respostas instantâneas, ou ao menos com uma latência sen-sivelmente menor.

Fixed Priority (FX)Existem casos em que a preempção, isto é, a retirada forçada de uma thread do processador por outra de maior prioridade, não é desejada. Normalmente não há necessidade de baixa latência, sendo o tempo total de execução o fator crítico.

O FX permite isto porque, como o próprio nome indica, não há mu-danças de prioridade nos processos. Não existem ciclos de processamento sendo desperdiçados para gerência de prioridades, manutenção intensiva de filas e trocas de contexto desnecessá-rias. Desta maneira, os processos são serializados e executados um após o outro, terminando o lote de trabalho em menor tempo.

Ao se executar os scripts anteriores em um ambiente configurado com o algoritmo FX, é possível verificar que sua prioridade não muda, além de poder ver claramente o momento em que cada processo entra no pro-cessador, é executado por inteiro e finalmente sai.

E no Linux?O Linux, como o Opensolaris, her-da do Unix as principais políticas de escalonamento de tarefas com o objetivo de oferecer máxima con-fiabilidade na execução de cada thread e processo. Para tanto, os seguintes problemas precisam ser resolvidos: gerenciamento dinâmi-co de prioridade das tarefas, tipifi-cação e controle de processos em lote, interativos e em tempo real, com a consideração se os mesmos usam intensa alocação de I/O ou de CPU.

O tempo de resposta de cada cha-mada de sistema e o fluxo de processos assinalados ao sistema operacional

devem ser rápidos o suficiente para evitar o congelamento da execução ou tempos de espera muito altos en-tre processos.

Por fim, o suporte à implemen-tação SMP é obrigatório para que em máquinas com mais de um nú-cleo ou processador se possa esca-lonar processos paralelamente, de forma eficaz.

Tanto o OpenSolaris quanto o Linux implementam com sucesso todos esses requisitos, contudo exis-tem algumas diferenças na imple-mentação do sistema do pinguim, especialmente a partir de sua versão 2.6, que primeiramente implementou o escalonador O(1) e depois, a partir da versão 2.6.23, incluiu o Complete-ly Fair Scheduler (CFS, escalonador completamente justo).

ConclusãoComo dito anteriormente, uma das funções principais de qualquer sistema operacional moderno é a gestão de processos, threads e processadores. O entendimento prático dos algoritmos é essencial para a seleção correta, assim como para o uso didático. Para isso, o Dtrace é uma ferramenta adequada: primeiramente por permitir trabalhar com o kernel funcional e ativo; em segundo lugar pela flexibilidade que os scripts D permitem; em terceiro, pela facilidade e acessibilidade da sintaxe de D, muito semelhante ao popular C. O Dtrace também se mostrou, pelos motivos levantados anteriormente e por ser aberto, ade-quado para o ambiente acadêmico de ensino didático de sistemas operacio-nais e de computação em geral. n

Listagem 7: Saída da listagem 6

Priority:39 + (10) = 49Priority:49 + (10) = 59Priority:59 + (0) = 59Priority:59 + (-20) = 39Priority:39 + (-10) = 29Priority:29 + (15) = 44Priority:49 + (5) = 49Priority:49 + (10) = 59Priority:59 + (-10) = 49Priority:49 + (10) = 59Priority:59 + (0) = 59Priority:59 + (-20) = 39Priority:39 + (-10) = 29

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Sobre o autor

Marcelo Arbore ([email protected]) é engenheiro de software da IBM. Formado em enge-nharia pela Poli-USP, tem experiência com soluções sobre as plataformas Solaris, Linux e AIX.

José Damico ([email protected]) é engenheiro de software da IBM, onde trabalha com a solução de data warehouse, Smart Analytics. É também especialista em Linux e Open Source, desenvolve e suporta diversos projetos no SourceForge e no GoogleCode.

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67Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

RE

DE

S

Sirva ASP.NET pelo Apache com mod_mono

ASP.NET no ApacheO mod_mono permite hospedar aplicações .NET em seu servidor Apache 2.por Juliet Kemp

O que fazer se a sua empresa investiu em algumas aplica-ções web elaboradas basea-

das em ASP.NET antes de descobrir o GNU/Linux? E se o seu ambiente heterogêneo exige que essas mesmas páginas dinâmicas funcionem em múltiplas plataformas? Você preci-sa se desfazer do seu servidor web Apache simplesmente para poder servir conteúdo web desenvolvido no framework .NET da Microsoft?

O Projeto Mono [1] tem trabalhado arduamente no problema de suporte ao framework .NET no GNU/Linux, e parte desta atenção foi dedicada à questão do ASP.NET. O Mono já oferece um módulo do Apache conhe-cido como mod_mono para hospedar aplicações na linguagem ASP basea-das em aplicações web .NET a partir de servidores Apache [2]. Este artigo fornece uma rápida análise de como configurar o servidor Apache para o suporte a ASP.NET. Naturalmente, esta discussão não pretende ser um tutorial completo de como configu-rar o Apache – um tema que poderia facilmente preencher um livro bem grande – porém, se você já tem conhe-cimentos básicos de configuração do Apache, continue a ler este artigo para mais informações sobre como trazer o .NET para o seu ambiente web.

Para instalar o mod_mono, é im-portante dar preferência à utilização

do pacote disponibilizado pela sua própria distribuição GNU/Linux. Em sistemas Ubuntu e Debian, procure o pacote libapache2-mod-mono, e no Fedora instale os pacotes mod_mono e mono-web. Além disso, será neces-sário o pacote XSP. No Fedora, é pre-ciso instalar o XSP direto dos fontes. No Ubuntu e demais distribuições baseadas em Debian, o pacote pode ser diretamente instalado como uma dependência do pacote (se preferir, você pode instalar o mod_mono pelo código-fonte [2], mas tenha em men-te que assim aumentam as chances de problemas de compatibilidade).

Ative o módulo inserindo sua respectiva seção no arquivo apache2.conf. No Ubuntu/Debian, o módulo é habilitado como parte da instalação. Porém, se isso não ocorrer, execute o comando sudo a2enmod mod_mono para habilitá-lo. Como alternativa, con-

sulte um exemplo de configuração na listagem 1. Depois de efetuar as alterações necessárias, recarregue o Apache com o comando /etc/init.d/apache2 force-reload.

Agora que a configuração básica já está pronta, o servidor já consegue lidar corretamente com páginas ASP.NET. Para testá-lo, crie uma pasta no diretório raiz do site com um de seus aplicativos ASP.NET ou instale o pacote asp.net-examples e acesse a pasta samples/ na raiz do servidor (algo como http://seu.servidor.net/samples) para ver algumas aplicações de demonstração em funcionamen-to (figura 1).

Se você instalou a partir do código-fonte, copie o diretório de teste do XSP (/lib/xsp/test/ ou /usr/lib/xsp/test/, normalmente) para o diretório do Apache. Certifique-se de ter as permissões definidas corretamente

Listagem 1: Configuração de módulos do Apache

01 # Talvez seja preciso alterar isto de acordo com sua instalação02 LoadModule mono_module /usr/lib/apache2/modules/mod_mono.so0304 <IfModule mod_mono.c>05 MonoUnixSocket /tmp/.mod_mono_server06 MonoServerPath /usr/lib/mono/1.0/mod-mono-server.exe07 MonoAutoApplication enabled08 AddType application/x-asp-net .aspx .ashx .asmx .ascx .asax .config09 DirectoryIndex index.aspx default.aspx10 MonoApplicationsConfigDir /etc/mono-server11 MonoPath /usr/lib/mono/1.0:/usr/lib:/usr/lib/mono/1.012 </IfModule>

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68 http://www.linuxmagazine.com.br

REDES  | Mod_mono

(o usuário Apache deve ser capaz de ler esses diretórios e arquivos).

A versão para Debian/Ubuntu forne-ce automaticamente uma configuração similar ao arquivo de configuração de exemplo contido na listagem 1. Primei-ramente, o Apache carrega o módulo, e então cria um socket para o servidor e faz com que seu caminho seja exe-cutável. A linha MonoAutoApplication significa que não é preciso especificar de forma explícita as linhas MonoAppli-cations para adicionar um aplicativo ao servidor (veja mais adiante como fazer com que as aplicações não sejam tratadas automaticamente), ao passo que a linha AddType diz ao Apache para definir o tipo de aplicação correta para os arquivos com as extensões dadas.

A linha DirectoryIndex diz ao Apache para tratar os arquivos com os nomes especificados, como um índice. Este comando significa que, ao visitar, digamos, o endereço local http://seu.servidor.net/teste/, caso exista um arquivo default.aspx no diretório, esse arquivo será servido ao navegador. Com essas configu-rações, o mod_mono iniciará auto-maticamente o mod_mono_server e assim executará o aplicativo web requisitado quando uma requisição for enviada pelo navegador.

Painel de Controle WebUm painel de controle básico via Web distribuído com o mod_mono permite reiniciar o servidor do mod_mono, o que é útil quando há necessidade de recarregar os conjuntos modificados (figura 2). O painel de controle tam-bém fornece informações sobre os pedidos em processamento.

Para usar o painel de controle, adicione as linhas na listagem 2 à configuração do Apache. Em sistemas

que utilizam o estilo de configuração do Debian, com a configuração do mod_mono em /etc/apache2/mods-available/mod_mono.conf, provavel-mente é melhor adicionar o código ao arquivo referido nele: /etc/mono-server/mono-server-hosts.conf. Caso contrário, será necessário colocar este código na seção mod_mono do arquivo de configuração do Apache.

Na listagem 2, substitua 127.0.0.1 pelo endereço IP do computador cujo painel você deseja acessar (se não for o próprio localhost, claro). Esteja ciente de que o endereço IP é a única restrição. Em outras palavras, qualquer usuário com uma conta na máquina especificada será capaz de usar o painel de controle.

Agora recarregue o Apache e dê uma olhada em http://meu.dominio.com/mono (ou http://localhost/mono caso se trate da própria máquina local).

Há várias outras opções para ajustar a configuração do mod_mono. Por exemplo, para limitar o número de requisições simultâneas, use:

MonoMaxActiveRequests 20MonoMaxWaitingRequests 20

A diretiva ThreadPool do Apache limita o número de pedidos que o servidor de back-end mod_mono poderá tratar ao mesmo tempo. Se muitos pedidos chegarem de uma só vez, poderão ocorrer bloqueios. As diretivas anteriores evitam esse problema limitando o número de solicitações passadas de uma só vez. O valor 20 é o padrão. Altere-o de acordo com seu limite de ThreadPool (0 desabilita os limites).

Os comandos a seguir reiniciam o servidor Mono a cada três horas (o for-mato de tempo é DD[:HH[:MM[:SS]]]):

MonoAutoRestartMode TimeMonoAutoRestartTime 00:03

Se o processo do servidor Mono estiver crescendo com o tempo, tal-

Listagem 2: Configuração do Painel de Controle Web

01 <Location /mono>02 SetHandler mono-ctrl03 Order deny,allow04 Deny from all05 Allow from 127.0.0.106 </Location>

Figura 1 Teste a sua configuração com uma das aplicações exemplo de ASP.NET.

Figura 2 O painel de controle (bem básico) do servidor Mono.

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69

| REDESMod_mono

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

vez seja preciso reiniciar o sistema periodicamente. Além disso, você pode marcar para reiniciar a partir do número de requisições servidas em vez de se basear no tempo:

MonoAutoRestartMode RequestsMonoAutoRestartRequests 10000

Outra possibilidade é configurar o servidor para escutar em uma porta específica:

MonoListenPort 8080

Esse recurso permite executar o servidor Mono ASP.NET em uma porta diferente da porta padrão do Apache, embora provavelmente seja preciso modificar as configurações do firewall para que isso funcione.

Múltiplas aplicaçõesPara a maioria das pessoas, simples-mente habilitar o MonoAutoAppli-cation no arquivo de configuração (listagem 1) já deverá funcionar. No entanto, se você preferir registrar as aplicações de forma explícita, poderá editar a configuração do Apache para que a seção mod_mono se pareça com o código da listagem 3 (mas é necessá-rio deixar a linha LoadModule intacta).

A listagem 3 desativa o autohosting, adiciona o manipulador do Mono para esses tipos de arquivos e define dois locais onde os aplicativos do Mono podem ser encontrados. Cada um deles está especificado como local_virtual:local_no_disco. Recarregue o Apache e tente a página de exemplo novamente – ela ainda deve estar funcionando corretamente.

No caso de aplicações diferentes, também é possível executar múlti-plas instâncias independentes no servidor, cada uma com um nome – talvez para separar servidores em testes daqueles de produção, ou talvez para limitar a utilização por parte de cada usuário de forma in-dependente. Além disso, será preciso

ter as linhas LoadModule e AddHandler, citadas anteriormente, e então veri-ficar na listagem 4 um exemplo de configuração para dois servidores. Novamente, este código deve ser incluído na seção mod_mono da confi-guração do Apache 2. O argumento adicional de MonoApplications é um “apelido” (alias) de uma instância específica do servidor, que então é associada a um determinado diretório.

Ao adicionar o alias do servidor como segundo argumento, é pos-sível aplicar qualquer uma das op-ções discutidas anteriormente. Por exemplo, a diretiva MonoListenPort nos-aqui 8080 faz o servidor nos-aqui escutar na porta 8080. Novamente, esta abordagem pode ser útil para separar os servidores e também por-que diferentes aplicativos podem ter requisitos distintos.

ASP.NET Versão 2O servidor Mono padrão é o da ver-são 1.1, discutida neste artigo. Para usar a versão 2, é preciso instalá-la (os pacotes já estão disponíveis) e então editar sua configuração de acordo – as diretivas que precisam ser editadas para a versão 2 são MonoServerPath e MonoPath. Em seguida, recarregue o Apache. No caso do Debian/Ubun-tu, os detalhes da configuração se encontram no arquivo mod_mono.conf.

Solução de problemasO primeiro lugar para procurar em caso de problemas é o log de erros do Apache (/var/log/apache2/error_log). Verifique também se as permissões de arquivos estão definidas corretamen-te; em especial, garanta que o usuário sob o qual o Apache está em execução possua as permissões adequadas para acessar o(s) diretório(s) dos aplicativos em Mono. No caso de erros de “Servi-ce Temporarily Unavailable” (Serviço temporariamente indisponível), tente alterar a diretiva MonoServerPath para apontar para /usr/bin/mod-mono-server (o diretório /usr/lib/mono/ também parece funcionar em algumas con-figurações, mas não em todas). n

Mais informações

[1] Projeto Mono: http://mono-project.com

[2] Projeto mod_mono: http://www.mono-project.com/Mod_mono

Listagem 3: Mono sem configuração automática

01 MonoAutoApplication disabled02 AddHandler mono .aspx .ascx .asax .ashx .config .cs .asmx .axd03 MonoApplications “/:/home/username/www,/samples:/usr/share/asp.net-demos”

Listagem 4: Múltiplos servidores

01 MonoApplications meu teste “/ my-teste: / usr / share / mono / test”02 <Location /my-test>03 testes MonoSetServerAlias04 </ Location>0506 MonoApplications minha casa “/ nos-aqui: / home / user / mono”07 <Location /my-home>08 home MonoSetServerAlias09 </ Location>

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ACR Informática São Paulo Rua Lincoln de Albuquerque, 65 – Perdizes – CEP: 05004-010 11 3873-1515 www.acrinformatica.com.br 4 4

Agit Informática São Paulo Rua Major Quedinho, 111, 5º andar, Cj. 508 – Centro – CEP: 01050-030

11 3255-4945 www.agit.com.br 4 4 4

Altbit - Informática Comércio e Serviços LTDA.

São Paulo Av. Francisco Matarazzo, 229, Cj. 57 – Água Branca – CEP 05001-000

11 3879-9390 www.altbit.com.br 4 4 4 4

AS2M -WPC Consultoria São Paulo Rua Três Rios, 131, Cj. 61A – Bom Retiro – CEP: 01123-001 11 3228-3709 www.wpc.com.br 4 4 4

Big Host São Paulo Rua Dr. Miguel Couto, 58 – Centro – CEP: 01008-010 11 3033-4000 www.bighost.com.br 4 4 4

Blanes São Paulo Rua André Ampére, 153 – 9º andar – Conj. 91 CEP: 04562-907 (próx. Av. L. C. Berrini)

11 5506-9677 www.blanes.com.br 4 4 4 4 4

Commlogik do Brasil Ltda. São Paulo Av. das Nações Unidas, 13.797, Bloco II, 6º andar – Morumbi – CEP: 04794-000

11 5503-1011 www.commlogik.com.br 4 4 4 4 4

Computer Consulting Projeto e Consultoria Ltda.

São Paulo Rua Caramuru, 417, Cj. 23 – Saúde – CEP: 04138-001 11 5071-7988 www.computerconsulting.com.br 4 4 4 4

Consist Consultoria, Siste-mas e Representações Ltda.

São Paulo Av. das Nações Unidas, 20.727 – CEP: 04795-100 11 5693-7210 www.consist.com.br 4 4 4 4

Domínio Tecnologia São Paulo Rua das Carnaubeiras, 98 – Metrô Conceição – CEP: 04343-080 11 5017-0040 www.dominiotecnologia.com.br 4 4

EDS do Brasil São Paulo Av. Pres. Juscelino Kubistcheck, 1830 Torre 4 - 5º andar 11 3707-4100 www.eds.com 4 4 4

Ética Tecnologia São Paulo Rua Nova York, 945 – Brooklin – CEP:04560-002 11 5093-3025 www.etica.net 4 4 4 4

Getronics ICT Solutions and Services

São Paulo Rua Verbo Divino, 1207 – CEP: 04719-002 11 5187-2700 www.getronics.com/br 4 4 4

Hewlett-Packard Brasil Ltda. São Paulo Av. das Nações Unidas, 12.901, 25º andar – CEP: 04578-000 11 5502-5000 www.hp.com.br 4 4 4 4 4

IBM Brasil Ltda. São Paulo Rua Tutóia, 1157 – CEP: 04007-900 0800-7074 837 www.br.ibm.com 4 4 4 4

iFractal São Paulo Rua Fiação da Saúde, 145, Conj. 66 – Saúde – CEP: 04144-020 11 5078-6618 www.ifractal.com.br 4 4 4

Integral São Paulo Rua Dr. Gentil Leite Martins, 295, 2º andar Jd. Prudência – CEP: 04648-001

11 5545-2600 www.integral.com.br 4 4

Itautec S.A. São Paulo Av. Paulista, 2028 – CEP: 01310-200 11 3543-5543 www.itautec.com.br 4 4 4 4 4

Kenos Consultoria São Paulo Av: Fagundes Filho, 134, Conj 53 – CEP: 04304-000 11 40821305 www.kenos.com.br 4 4

Konsultex Informatica São Paulo Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1410 6 andar, CEP: 05640-003 11 3773-9009 www.konsultex.com.br 4 4 4

Linux Komputer Informática São Paulo Av. Dr. Lino de Moraes Leme, 185 – CEP: 04360-001 11 5034-4191 www.komputer.com.br 4 4 4 4

Linux Mall São Paulo Rua Machado Bittencourt, 190, Cj. 2087 – CEP: 04044-001 11 5087-9441 www.linuxmall.com.br 4 4 4

Livraria Tempo Real São Paulo Al. Santos, 1202 – Cerqueira César – CEP: 01418-100 11 3266-2988 www.temporeal.com.br 4 4 4

Locasite Internet Service São Paulo Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2482, 3º andar – Centro – CEP: 01402-000

11 2121-4555 www.locasite.com.br 4 4 4

Microsiga São Paulo Av. Braz Leme, 1631 – CEP: 02511-000 11 3981-7200 www.microsiga.com.br 4 4 4

Locaweb São Paulo Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.830 – Torre 4 Vila Nova Conceição – CEP: 04543-900

11 3544-0500 www.locaweb.com.br 4 4 4

Novatec Editora Ltda. São Paulo Rua Luis Antonio dos Santos, 110 – Santana – CEP: 02460-000 11 6979-0071 www.novateceditora.com.br 4

Novell América Latina São Paulo Rua Funchal, 418 – Vila Olímpia 11 3345-3900 www.novell.com/brasil 4 4 4

Oracle do Brasil Sistemas Ltda. São Paulo Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 – Bloco B – 5º andar – CEP: 04726-170

11 5189-3000 www.oracle.com.br 4 4

Proelbra Tecnologia Eletrônica Ltda.

São Paulo Av. Rouxinol, 1.041, Cj. 204, 2º andar Moema – CEP: 04516-001 11 5052- 8044 www.proelbra.com.br 4 4 4

Provider São Paulo Av. Cardoso de Melo, 1450, 6º andar – Vila Olímpia – CEP: 04548-005

11 2165-6500 www.e-provider.com.br 4 4 4

Red Hat Brasil São Paulo Av. Brigadeiro Faria Lima, 3900, Cj 81 8º andar Itaim Bibi – CEP: 04538-132

11 3529-6000 www.redhat.com.br 4 4 4

Samurai Projetos Especiais São Paulo Rua Barão do Triunfo, 550, 6º andar – CEP: 04602-002 11 5097-3014 www.samurai.com.br 4 4 4

SAP Brasil São Paulo Av. das Nações Unidas, 11.541, 16º andar – CEP: 04578-000 11 5503-2400 www.sap.com.br 4 4 4

Simples Consultoria São Paulo Rua Mourato Coelho, 299, Cj. 02 Pinheiros – CEP: 05417-010 11 3898-2121 www.simplesconsultoria.com.br 4 4 4

Smart Solutions São Paulo Av. Jabaquara, 2940 cj 56 e 57 11 5052-5958 www.smart-tec.com.br 4 4 4 4

Snap IT São Paulo Rua João Gomes Junior, 131 – Jd. Bonfiglioli – CEP: 05299-000 11 3731-8008 www.snapit.com.br 4 4 4

Stefanini IT Solutions São Paulo Av. Brig. Faria Lima, 1355, 19º – Pinheiros – CEP: 01452-919 11 3039-2000 www.stefanini.com.br 4 4 4

Sun Microsystems São Paulo Rua Alexandre Dumas, 2016 – CEP: 04717-004 11 5187-2100 www.sun.com.br 4 4 4 4

Sybase Brasil São Paulo Av. Juscelino Kubitschek, 510, 9º andar Itaim Bibi – CEP: 04543-000 11 3046-7388 www.sybase.com.br 4 4

The Source São Paulo Rua Marquês de Abrantes, 203 – Chácara Tatuapé – CEP: 03060-020

11 6698-5090 www.thesource.com.br 4 4 4

Unisys Brasil Ltda. São Paulo R. Alexandre Dumas 1658 – 6º, 7º e 8º andares – Chácara Santo Antônio – CEP: 04717-004

11 3305-7000 www.unisys.com.br 4 4 4 4

Utah São Paulo Av. Paulista, 925, 13º andar – Cerqueira César – CEP: 01311-916 11 3145-5888 www.utah.com.br 4 4 4

Visuelles São Paulo Rua Eng. Domicio Diele Pacheco e Silva, 585 – Interlagos – CEP: 04455-310

11 5614-1010 www.visuelles.com.br 4 4 4

Webnow São Paulo Av. Nações Unidas, 12.995, 10º andar, Ed. Plaza Centenário – Chácara Itaim – CEP: 04578-000

11 5503-6510 www.webnow.com.br 4 4 4

WRL Informática Ltda. São Paulo Rua Santa Ifigênia, 211/213, Box 02– Centro – CEP: 01207-001 11 3362-1334 www.wrl.com.br 4 4 4

Systech Taquaritinga Rua São José, 1126 – Centro – Caixa Postal 71 – CEP: 15.900-000 16 3252-7308 www.systech-ltd.com.br 4 4 4

Linux.local

Linux Magazine #59 | Outubro de 2009

Page 29: Linux Magazine 59 CE

80

SE

RV

IÇO

S

http://www.linuxmagazine.com.br

Nerdson – Os quadrinhos mensais da Linux Magazine

Índice de anunciantes

Empresa Pág.Senac 2

Latinoware 7

Caixa Econômica Federal 9

Rittal 11

DigiVoice 13

Watchguard 15

Futurecom 17

Uol Host 21

Virtual Link 25

Unodata 27

TIC 29

Khomp 31

Vectory 81

Bull 83

Locaweb 84

Calendário de eventosEvento Data Local Informações

Rails Summit 2009 13 a 14 de outubro São Paulo, SP www.railssummit.com.br

Futurecom 2009 13 a 16 de outubro São Paulo, SP www.futurecom2009.com.br

Latinoware 22 a 24 de outubro Foz de Iguaçu, PR www.latinoware.org

PGCON Brasil 2009 24 e 25 de outubro Campinas, SPwww.postgresql.org.br/ eventos/pgconbr

CESoL 10 a 13 de novembro Fortaleza, CE www.cesol.org

1a Conferência Web W3C Brasil

23 e 24 d enovembro São Paulo, SP www.conferencia.w3c.br

Plone Symposium América do Sul

24 e 25 de novembro São Paulo, SP www.plonesymposium.com.br

4o SoLISC 26 e 27 de novembro Florianópolis, SC www.solisc.org.br

Page 30: Linux Magazine 59 CE

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Na Linux Magazine #60

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EVIE

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Na EasyLinux #16Twittando no Linux

A adoção do Twitter cresce a passos gigan-tescos. Com ele, você não apenas fica por

dentro das opiniões mais recentes dos seus ami-gos reais e virtuais, como também acompanha as últimas promoções das suas lojas preferidas, recebe informações sobre seu time de futebol e se atualiza em velocidade estonteante. E o Linux, naturalmente, não fica de fora disso!

Na Easy Linux 16, vamos mostrar as melhores formas de utilizar o Twitter no Linux. Seja com um programa específico para essa tarefa ou por meio de complementos do Firefox e do Thun-derbird, twittar no Linux é muito fácil e rápido. Vamos apresentar também os melhores feeds para você seguir e se atualizar com relação ao Linux, Ubuntu e tecnologia em geral. n

Programas de emailVerificar seus emails pelo navegador não é ruim, mas tam-bém há muitas vantagens em adotar um cliente como o Evolution ou o Thunderbird. Ou o Sylpheed, o KMail, o Claws... Por exemplo, eles avisam, na sua área de trabalho, sempre que chega uma nova mensagem.

Na próxima edição, vamos mostrar os melhores pro-gramas para você conferir seus emails sem precisar abrir o navegador. E se você for realmente fã dos webmails, vamos mostrar os aplicati-vos indispensáveis para você não perder ne-nhum email e até receber avisos de mensagens na sua área de trabalho. n

DESTAQUE

StorageOs discos rígidos já são baratos o suficiente para qualquer empresa começar a acumular grandes quantidades de terabytes em seus servidores. No entanto, a velocidade de acesso aos discos não acompanhou de forma linear seu cres-cimento de capacidade. Além disso, a complexidade para reunir ou separar os múltiplos discos em volumes LVM e RAID também se torna mais impor-tante. Como resultado, hoje é possível perceber grandes atrasos no serviço de arquivos, tanto por gargalos do hardware quanto por detalhes de configuração.

A próxima edição da Linux Magazine mostrará como oti-mizar conjuntos RAID de forma a reduzir esses atrasos e extrair o máximo de desempenho do hardware já instalado.

Além disso, detalharemos políticas e procedimentos de becape com o poderoso Bacula, assim como o uso do Clone-zilla para clonar e reproduzir partições inteiras. n

SEGURANÇA

Aplicações webSuas aplicações web estão segu-ras? Seus clientes podem esque-cer as preocupações quando as utilizam? Os outros sites que eles acessam podem interferir sobre as suas aplicações? A Li-nux Magazine 60 vai apresen-tar algumas vulnerabilidades existentes em aplicações web e a maneira como os desen-volvedores que atuam nesta área devem proteger seus si-tes. Este tipo de aplicação está se tornando um padrão, e os riscos são grandes, já que o desenvolvimento web guarda muitas diferenças em relação à programação de aplicativos convencionais. nJa

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