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4EDITORIALwww.linuxmagazine.com.br2012 chegou e o Software Livre e de Cdigo Aberto (SL/CA) tec-nologia onipresente nas mos de todo mundo, embora pouca gente se aperceba. Mais do que isso: o conceito est disseminado em um sem-nmero de outras iniciativas, e pouca gente remonta fonte da ideia original. As vantagens so imensas e o autor dessas mal-digitadas linhas topou recentemente com uma delas: o livre acesso informa-o acelerou at mesmo o processo de preparao desta revista que voc est lendo mais especifcamente do artigo que inaugura a nos-sa nova seo sobre Android, doravante presente em todas as edies da Linux Magazine. Como o original do artigo est em alemo, para traduzi-lo necessrio refazer todos os screenshots do sistema de que trataoartigo,oqueimplicanainstalaocompletadessesistema emlnguaportuguesa.Esseumprocessomoroso,comosepode imaginar, mas o fato de o cdigo fonte estar disponvel para consulta, permitiu que a traduo fosse feita em paralelo instalao, j que foi possvel checar o nome de cada string em alemo e encontrar o nome correspondente em portugus, sem precisar ter o sistema ins-talado. A instalao levou mais dois dias, mas quando isso aconteceu, o artigo j estava traduzido e revisado. Damesmaformaqueessebenefcioocultoafetadiretamente avidadaspessoas(nessecaso,dosnossosleitores,editoresetc.),o ganho de agilidade, a reduo de custos, a facilidade de acesso ao cdigo e a possibilidade de realizar alteraes nele, de modo a criar solues para as mais diferentes demandas, transformaram esse tipo de tecnologia em padro para sistemas de todo tipo. E tudo isso teve seu incio na possibilidade de compartilhar conhecimento no caso do SL/CA, o conhecimento de tecnologia. Como os desenvolvedores tiveram acesso Internet muito mais cedo, eles comearam a com-partilhar esse tipo de conhecimento com antecedncia. A partir do momento em que a tecnologia passou a incluir mais pessoas, o com-partilhamento comeou a abranger reas diferentes, e novas licenas passaram a existir para regular a distribuio de textos, msicas etc. A Wikipedia um exemplo desse desenvolvimento. O movimento CreativeCommonscriouumasriedelicenasparapraticamente todas as reas do conhecimento. Voltandoaocampodatecnologia,abasedepraticamentetudo o que vemos hoje em dia SL/CA. A computao em nuvem livre e a computao mvel tambm. A concluso a que chegamos que, quando a plataforma permite a socializao do conhecimen-to, as mais ricas criaes podem forescer. O ser humano um ser social em todos os aspectos e a busca por compartilhamento uma atividade inerente nossa espcie. O advento e o sucesso das redes sociaisreferendamessaurgnciaemcompartilharnemqueseja compartilhar abobrinhas. O mundo mudou, a tecnologia avanou, mas o ser humano con-tinua mais humano do que nunca. Rafael Peregrino da SilvaDiretor de RedaoCompartilhamentoExpediente editorialDiretor GeralRafael Peregrino da [email protected] [email protected] [email protected] de ArteLarissa Lima [email protected] Brumatti [email protected] ColaboradoresAlessandra Toninelli, Alexandre Borges, Alexandre Santos, Augusto Campos, Charly Khnast, Christoph Baudson, David Dodd, Erik Brwaldt, Florian Effenberger, Grazia Cazzin, Jens Michelsons, Jon maddog Hall, Klaus Knopper, Kurt Seifried, Markus Feilner, Martin Loschwitz, Peter Stamm, Thomas Leichtenstern, Tim Schrmann, Ygor Bittencourt, Zack Brown. TraduoElias Praciano, Gabriela Edel Mei, Joice Kfer, Raquel Lucas, Rodrigo Garcia. RevisoAna Carolina Hunger, Cristiana Ferraz Coimbra, Gabriela Edel Mei.Editores internacionaisUli Bantle, Andreas Bohle, Jens-Christoph Brendel, Hans-Georg Eer, Markus Feilner, Oliver Frommel, Marcel Hilzinger, Mathias Huber, Anika Kehrer, Kristian Kiling, Jan Kleinert, Daniel Kottmair, Thomas Leichtenstern, Jrg Luther, Nils Magnus.Anncios:Rafael Peregrino da Silva (Brasil)[email protected].: +55 (0)11 3675-2600Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda)[email protected] Phalen (Amrica do Norte)[email protected] Wiest (Outros pases)[email protected] de operaesClaudio [email protected] Internet:www.linuxmagazine.com.br Brasilwww.linux-magazin.de Alemanhawww.linux-magazine.com Portal Mundialwww.linuxmagazine.com.au Austrliawww.linux-magazine.es Espanhawww.linux-magazine.pl Polniawww.linux-magazine.co.uk Reino Unidowww.linuxpromagazine.com Amrica do NorteApesardetodososcuidadospossveisteremsidotomados durante a produo desta revista, a editora no responsvel por eventuais imprecises nela contidas ou por consequncias que advenham de seu uso. A utilizao de qualquer material da revista ocorre por conta e risco do leitor.Nenhum material pode ser reproduzido em qualquer meio, em parteounotodo,sempermissoexpressadaeditora.Assu-me-se que qualquer correspondncia recebida, tal como car-tas,emails,faxes,fotograas,artigosedesenhos,sejamfor-necidos para publicao ou licenciamento a terceiros de forma mundial no-exclusiva pela Linux New Media do Brasil, a me-nos que explicitamente indicado.Linux uma marca registrada de Linus Torvalds.Linux Magazine publicada mensalmente por:Linux New Media do Brasil Editora Ltda.Rua So Bento, 500Conj. 802 S01010-001 So Paulo SP BrasilTel.: +55 (0)11 3675-2600 Direitos Autorais e Marcas Registradas 2004 - 2011:Linux New Media do Brasil Editora Ltda.Impresso e Acabamento: RR Donnelley Distribuda em todo o pas pela Dinap S.A., Distribuidora Nacional de Publicaes, So Paulo.Atendimento Assinantewww.linuxnewmedia.com.br/atendimentoSo Paulo:+55 (0)11 3675-2600 Rio de Janeiro:+55 (0)21 3512 0888 Belo Horizonte:+55 (0)31 3516 1280ISSN 1806-9428Impresso no BrasilEm 2012chega ao Brasila maior revista alemde informtica e tecnologiaEm fevereiro nas bancas!Teste | iPhone 4S

iPhone STestamos o novo hardware e o Siri na prticaPor fora, o S praticamente igual ao seu antecessor. Mas suas entranhas foram muito melhoradas: novo processador Dual-Core, grcos mais rpidos, melhor c-mera, iOS e o novo software de reconhecimento de fala Siri.por Stephan EhrmannTeste | iPhone 4S

O iPhoneSfoioprimeiroasair dasfbricasdaApplecomo iOS , mas os donos de modelos maisantigosapartirdoiPhoneGS, iPod touch de terceira gerao ou do iPad tambm podem ser atualizados gratuitamente. O novo sistema libera asamarrascomoiTunesepermite quefuturasatualizaessejamfeitas pelo ar, via Wi-Fi.Onovosistematraz,deacordo comaApple,maisdemelhorias, incluindoumnovosistemadenoti-caes,umappCmerarenovado, uma lista de lembretes (tarefas) e uma bancavirtual.Eleestagoraintegra-doaoTwitter,substituioantigoapp deSMSpeloiMessageefazespelha-mento com o AirPlay, permitindo que seveja,emumaTVconectadaaum AppleTV,exatamenteoqueestna tela do seu telefone. Entramos em de-talhes sobre essas novidades em nossa matriaespecialsobreiOS.Aoutra grande novidade do lado do software o iCloud, um servio web para usu-rios de qualquer iGadget, Macs ou PCs, para o qual tambm dedicamos mat-rias completas nessa edio.Tal e qualNem mesmo pelo texto em suas cos-taspode-sedeterminaradiferena entreoiPhoneSeseantecessor. Apenasumacomparaominuciosa pode revelar detalhes como o fato de os botes de volume estarem alguns milmetros mais para baixo, o que faz comquealgumascapinhasdepro-teonoseencaixemmaisperfeita-mente.Adiferenamesmoestnas duasnovaslinhaspretasnacarcaa de alumnio, dos lados esquerdo e di-reito superiores, dividindo a estrutura emquatropartes,contratrsdomo-deloanterior.Issofoinecessriopara acomodar a construo de mais uma antena,quecorrigeumdefeitoque levouoiPhoneaumpequenode-sastrederelaespblicas:aosegu-rarotelefonedeumacertamaneira, tampandoaantena,osinaldarede celulariaparaoralo.ComoiPhone S isso no acontece mais, graas re-dundnciadeantenas.Noimporta comosesegureoaparelho,arecep-o permanece intacta.Aqualidadedarecepo,porm, parecenoteraumentadocoma De imediato reconhece-se o iPhone S ( esquerda) apenas pela linha preta acima dos botes de volume.O iPhone S est disponvel nas cores preta e branca.novaantena.Testamosonveldesi-nalemvriassituaesdiferentese elepermaneceuexatamenteomes-mo no e no S.Pelaprimeiravezpossvelfa-zerdownloadsnoiPhoneSa, Mbit/s,odobrodoiPhone,masa velocidadedeuploadpermanece Teste | iPhone 4S

ct especial /ct especial /Cinco vezes melhorAs novidades do iOSe o iCloudSegundo a Apple, mais de novas funes estariam presentes no iOS , nova atualizao gratuita e ansiosamete aguardada para o iPhone, o iPad e o iPod touchpor Leonhard BeckerTeste | iPhone 4S

ct especial /ct especial /Ass|nccnc.ccrtococcnc V.cOS`,.A|o|.r.un. vo.s.c.tu.||..J.Jcsous|ston. co..c|cr.| ncvo| tcJcs cs .rcs JosJo.oo,,urt.nortoccnun rcvcncJo|cJo|||cro|sso.rc, c.on,.on.os...osortcucs|ston. ccn|otc .cs Josorvc|voJc.os t.os nosos .rtos Jc |.r.nortcV.sr.,u|rt.vo.s.c,.on.os. .osc|vou|.un.ssc.|on.|onJ.s |runo..sno||c.|.sorcv.s|urc|cr.||J.Jos,,uov.cJosJo.ccrco.cJcrcvcs|ston.Jorct|c.cos .to o,uorcs Jot.||os Jo |rto.|.co, c |OS , cc.t. sou cc.J.c unb|||c.| ccn c |uros A ..t|. Jo .gc.. r.c o n.|s rocoss..|cunccnut.Jc.ccn V.cOS`cu \|rJc.s...ccrgu... sou |.Jgot b.st. t|... J. c.|x. o us..Atonosnc.tu.||..cosJcs|ston.,b.ckusoorv|cJo|ctcs... c ccnut.Jc. s.c |o|tcs o|c .. c ,uo o.. |ncss|vo| ccn c |OS Cordo umbilicalcnc|OS,r.con.|srocoss..|c us..c|uros.....t|v..ccu.ost.u...c Jo un |||cro, ||.J cu ||cJ tcuc| Ac |rvos Jc |..ocus.vo| ccrv|to ... ccroct.. c J|scs|t|vc .c |uros, vccoo.ocob|Jcc.unoJuc.Jc.ss|stortoJoccrgu...c,,uo.uJ. .oscc||o.c|J|cn.,c.|s,.t|v..cs so.v|csJo|cc.||...co.su..|no|..ccrox.csoncA.t|v..c .o,uo.un.ccrox.c.|rto.rotA sogu|.,cJosooscc||o.un.ccrgu...cccn|ot.nortorcv.cu. .ocuo...c Jo J.Jcs . ..t|. Jo un b.cku, ,uo cJo ost.. rc |uros cu rc||cuJ|...|ssco.oc|scJ|g|t.. sou A|o|||c.u|t|nc,cusu..|co,uost|cr.Jc so ost..|. J|scstc . orv|.. J.Jcs JouscoJ|.grcst|cc.rcr|ncs.utcn.t|c.norto....A|oSogurJ. . on.os., ossos J.Jcs .rcr|ncs |rc|uon,ort.ocut..scc|s.s,|r|c.n.cos Jo |..J...o o osoc|c.cos Jc s|ston.,not.|c.sJoJosonor|co J.Jcsscb.ocuscJcso,u|.nortcs o Jo .||c.t|vcs |ss. c.c cJo so. .|to..J. . ,u.|,uo. ncnortc rc Austos, on o..| > Scb.o > ||.grcst|cc o usc |oc|s J|ssc c sou |.Jgot ost... .crtc ... us..!Parcialmente nubladoAt.cc.JoJ.JcsoccrtouJct.nbon von g..Ju.|norto n|g..rJc J. ccrox.c v|. |Sb ccn c |uros ... . |rto.rotc.scso,uo|..|..rcs. ocss|vo|cbto.on.||s,ccrt.tcs,c.|orJ..|csorct.s.t..vosJoccrt.s Vcb||oVo,|xc|.rgocu|VA|So.v|cs .J|c|cr.|s ccnc c busc.. |||cro, .css|b|||J.JoJo..g..tcJcscs sousJ.Jcs.onct.nortoo.s|rc.cr|...c Jcs |.vc.|tcs Jc S.|..| |..on ..to,JosJocutub.cJosto.rc,Jc rcvc ||cuJO ||cuJ ccrs|sto on un. ccrt. Joon.||(ccnorJo.oc,noccn) os|rc.cr|...cJoccrt.tcs,c.|orJ..|cs,|onb.otos,|.vc.|tcsorct.s ort.otcJcscssous|.Jgotsosous V.cs ccn OS ` ||cr, \|rJc.s \|st. cu,|n.||s,ccrt.tcsoc.|orJ..|cs t.nbons.c.coss|vo|sv|..obOs c.|orJ..|cs|rc|uont.nbon||st.s Jot..o|.s,.coss|vo|srcrcvc. |onb.otosJc|OS,ocJonso. ccn..t|||.Jcsccncut..sossc.s ... usc on g.uc|cs|toJc||cuJccnt.nbon c|o.oco c .cossc .c busc.. nou |||cro,.ss|nccnc.csJccunortcsJc |.gos,|uno.scu|oyrctoc.|.Jcs rc|OSoorv|.Jcs.utcn.t|c.norto....ruvon|o|cr.vog.Jc.o css|vo|Ju||c..,..g..cub.|x.. ,u.|,uo.JccunortcJ|scr|vo|on v..|cs|c.n.tcs|nJccunortcJo |oyrcto,c.oxon|c,cJoso.b.|x.Jconsou|c.n.tc.|g|r.|,|||cu |c.o.|c|rt .nbon o css|vo| sub|. ..,u|vcsccn.t|vo|sccnossos.cg..n.s ... c ||cuJ o|c r.vog.Jc. OsJosorvc|voJc.oscJon,J.nosn.n.ro|..,|rtog...sous.s.ruvon,s|rc.cr|..rJcJccunortcsort.otcJcscsJ|scs|t|vcsJcusu..|cs n.s son c .cossc v|. .obOut.. ..to b.c.r. Jc so.v|c o c cn..t|||..|ctcsSo.t|v.Jco|c usu..|c, c .ocu.sc |.. ccn ,uo tcJ.s .s|ctcsJcsu|t|ncs,oJ|.sc.tu..J.so|.c.no..Jcsou|||crocu .J|c|cr.J.s.So,uorc|.Jo|ctcs so.norv|.Jcso..n..or.Jcsrcs so.v|Jc.osJ.A|oOsJ|cs|st|vcs ccn|OS..n..or.n.toooo|ctcs, n.scsV.cscu|sr.cton||n|to .|gun O .ocu.sc |.. u. .c rcno .to cncnortc,cuso.,r.J.Joorv|.. v|Jocs ... c .c|c Jo |ctcs|n.cc|.JotcJ.s.s|ctcsc.tu..J.sccnc|OSoorv|.J.J|.ot.norto....ruvon,n.s.or.s ccn un. ccrox.c \|||, .ss|n ccnc ....ocobo.rcv.s|ctcsAs|ctcs .J|c|cr.J.s . So,uorc|. Jo |ctcs rc |||ctct.nbon...ocon.utcn.t|c.nortoontcJcscsJ|scs|t|vcs ccroct.Jcs.oss.ccrt.O.ocu.sc r.cvon.t|v.Jcc..J..coJovo so.ox||c|t.norto.utc.|..Jco|c usu..|cAs|ctcs...ocononun .|bun osoc|.|, Jort.c Jc . |ctcs OA|o \.t.nbon.ocobouun. .tu.||...c...cJo..ocobo..So,uorc|.Jo|ctcsoncst...tcJ.s.s su.s|ctcg...sJ|.otcr.su. \||| Jo o .utcn.g|c.nortoiTunes nas nuvensA..t|.Jc|OS,,csusu..|cs. cJonb.|x..nus|c.s,so.|osJo\, ||v.cso.sccn..Jcsr.|uros Stc.oon,u.|,uo.J|scs|t|vc.utc.|..Jc o|. ccrt. .osoct|v.O |uros r. ruvon v.| .|on cn o|o, vcco ton . c.c Jo b.|x.. .utcn.t|c.norto,u.|,uo.ccn..|o|t. r.|urosStc.o...tcJcscssous J|scs|t|vcsc.J.st..Jcsccn.nosn.ccrt.,o||n|r.rJc.rocoss|J.Jo Jos|rc.cr|...c|.,c.on,un.||n|t..c .c .t|v.. . c.c Jo Josc...og.nortc.utcn.t|ccJosu.sccn..src|OS,cA|o||c.||g.Jc. o|o c. rc n|r|nc ,o J|.s | css|vo| nuJ.. c A|o|| r. |c. J. A|o . ,u.|,uo.ncnortc...b.|x..ccrtouJcn.ru.|norto,n.scJosc..iCloud

ct especial /ct especial /De volta para o futuroiCloud em equipamentos antigosO novo servio online da Apple traz novos pr-requisitos: apenas os dispositivos equipados com iOS ou Mac OS X . podem brincar nas nuvens. O que a empresa no deixa claro para o usurio que algumas partes do iCloud funcionam at mesmo com o iOS ou com o Mac OS X ..por Markus StbeO iCloudjestdisponvelgra-tuitamenteparaquemquiser. UsuriosdoMobileMetm entoaoportunidadedeescolher entrecontinuarusandooservioan-tigo at a data de vencimento de sua assinatura anual ou pular de vez para dentro da Maria-Fumaa do iCloud.A favor do MobileMe est o fato de queelefuncionacompraticamente todososequipamentosantigosda Apple. Quem ainda no atualizou seus iGadgetsparaoiOSouseusMacs para o OS X Lion est de fora do iCloud, segundoaApple.Issoumtantoirri-tanteparaaquelesque,porexemplo, possuemumMacnovocomoLion mas no podem ou no querem atua-Com o auxlio do compartilhamento pblico de calendrios pode-se acessar os compromissos do iCloud at mesmo no iCal do OS X .. J mudanas em eventos existentes so to impossveis quanto a criao de novos.iCloud

ct especial /ct especial /lizar seus iPhones para o iOS . Masparaumapartedoservioexisteumaentradapelosfundos.AAppleutilizaparaoe-mail,calend- riosecontatosospadresIMAP,Cal- DAVeCardDAV,respectivamente.Oendereodeacessoaosservidoresesto at mesmo em um documentodesuporteocialnositedaempre- sa.Pararecebere-mailsoendereoimap.mail.me.comeparaenviare- -mailsendereo smtp.mail.me.com.OnomedeusurioeasenhasoosmesmosusadosdoseuAppleID,in- clusive o que vier depois do @, j que preciso um e-mail vlido para poderseregistrarnoiCloud.Podeserumendereo @me.com ou outro endere- o de e-mail qualquer. Tanto no iOS quanto no Mac OSX.podemosentraressesdadosmanualmenteemumanovacontaIMPAnoMaileusarnossacontadee-mails normalmente. At mesmo asnotassomovidasparaumapastaprpria o que no de se admirar,jquesoapenasrascunhosmarca- doscomumaetiquetaespecial.ApartirdoiOS,asnotasaparecem corretamente no app Notas e, no OSX ., como uma subpasta da seoLembretes.Sevocjestivercomesses ltimos sistemas, possvel atmesmo editar o texto das notas, masnosmaisantigosapenasaleiturapermitida, sendo impossvel criar no- vas notas ou edit-las.Contatos e compromissos ComosendereosdosservidoresparacompromissosecontatosaAppleinfelizmentenoassimtogenerosa.MasquemjcriouumacontanoiCloud,sejaumanovaouumamigraodoMobileMe,podefacilmenteencontrarsozinhoosen- dereosdessesservidores.Oende- reoparaoservidordecalendriosencontra-seem/Library/Calendars,emumarquivo.plistquecadentrododiretrioquecomeacomumasequncia bizarra de letras e nmerose termina com a extenso .caldav. OendereoparaoservidorCard- DAVcaescondidoaindamaisfun- donasentranhasdosistemaem/ Library/ApplicationSuport/Address- Book/Sources.Tambmaquiposs- velacharumarquivoConguration. plistdentrodeumapastanomeadacomumasequnciadeletrasen- meros.Ambos os arquivos podem ser aber- tos em editores de texto simples, comooTextWrangler(gratuitonaAppSto- re).ProcurepelotermoiCloudeBum!Lestonossoendereo.Nogeral,onomedessesservidoresdeveseralgocomop-caldav.icloud.comparaos A conta de e-mail do iCloud pode ser visualizada basicamente em qualquer cliente com suporte a IMAP, como o Mail do OS X .. Apenas as notas cam separadas em uma pasta normal de mesmo nome no servidor.Ao assinar o URL apropriado de um servidor CalDAV no iCal, os dados do calendrio so atualizados pela internet mesmo sem o Lion.iCloud

ct especial /ct especial /Entre o cu e a TerraiCloud para todos os gostosOutrora um problema apenas dos executivos, agora um velho conhecido de todos os donos de um Mac, iPhone, iPad ou iPod touch: ter seus e-mails, compromissos, endereos e notas em todos os seus dispositivos pessoais atualizados instantaneamente. O novo servio gratuito da Apple promete isso e muito mais, mas tambm no deixa de ter suas manhas.por Leonhard Becker e Ole MeinersiCloud

ct especial /ct especial /Recentemente,naredao: Minha agenda est nalmente igualzinha noPCcasa,nomeuiPhoneeno MacBook da editora. O iCloud supim-pa! O time da ct entrou em silncio ab-soluto. O que podemos dizer ao nosso colegarepresentantedevendas? Teria eletentadoironicamentedizerque serviosdesincronizaojeramum truquevelhoequeoiCloudnoera nenhumanovidadedeabalaromun-do? Anal, o MobileMe e at mesmo o antigo .Mac j permitiam e equiparao de endereos, compromissos, favoritos emuitasoutrascoisas.Masno,elefa-lavasrio. Nuncaacheiquevalessea pena pagar cem dlares por isso. Aha! O iCloud ento supimpa, apenas por-quegratuitoemsuaversobsica com GB de capacidade de armazena-mento nas nuvens. Mas para os sincro-nizadoresmaisexperientesvoachar diversas novidades no iCloud. Por dentro da nuvemOiCloudbasicamenteumservio dee-mailIMAPcomnoticaesde envioviapushesincronizaodee--mails,compromissos,agenda,notas, favoritosetarefas,esseltimouma novidadeemrelaoaoMobileMe. Porsisesseconjuntoderecursos no seriam l essas coisas, j que Goo-gle, Yahooetantosoutrosoferecem mais ou menos a mesma coisa. Mas a ApplemantmoiCloudlivredepro-paganda, inclusive no acesso via web no endereo www.icloud.com.Entretanto,nemtodomundo podeentrarparaafesta.Oregistro requer um Mac rodando o OS X .. ouumdispositivorodandooiOS. ComaturmadosPCsaAppleme-nosexigente,suportandoinclusive oWindowsVista.Masnsmostrare-mos a voc como usar os servios do iCloud em mquinas velhinhas ainda nessa edio. OrecursoDeVoltaaoMeuMac, que at aqui era sozinho considerado pormuitoscomomotivoparapagar a assinatura anual do MobileMe, tam-bm foi incorporado na verso gratui-ta do iCloud. Ele permite o acesso se-guro a arquivos e pastas que esto no Macdasuacasaapartirdocompu-tadordoescritrio,semacomplica-o de se criar um tnel VPN ou usar solues com domnios dinmicos. A propsito, isso no funciona mais no Snow Leopard. A Apple trouxe ao iCloud tambm o recurso Buscar meu iPhone (ou iPad, ouiPodtouch).Oserviodelocaliza-ofoiinclusiveestendidoaosMacs, permitindoquecomputadoreses-quecidos ou roubados tenham maio-reschancesdeseremencontrados. Assim como no iOS, os donos dessas mquinas podem enviar uma mensa-gem,bloquearouapagarcompleta-mente seus dados distncia.Umoutrorecursobaseadoem localizao,destavezparalocalizar sereshumanos,cheganaformado appAmigos,disponibilizadogratuita-mentenaAppStore.Almdalocali-zaroseumaridoouseuslhoslo-gicamenteapenasaaprovaodos mesmospossvelobteracesso temporrio localizao de qualquer membrodoiCloudqueconcordar comoacesso,algomuitotildeser usadoquandoumgrupodeamigos pretendeseencontraremumfesti-val de msica em campo aberto, por exemplo,semanecessidadedese telefonaremdezenasdevezes.Caso o objetivo seja o oposto, basta usar o controle Ocultar dos Seguidores.Inovaoimportanteonovo backuponlinededispositivoscom iOS.Atentooresponsvelpelo backup,queprecisavaserfeitona mquina do usurio, conectado com um cabo USB, era o iTunes. Apesar da sincronizao sem o no ser um dos servios do iCloud, ela se encaixa per-feitamente na estratgia da Apple de libertarseusdispositivosmveisdas amarrascomMacsePCs.Atransfe-rnciadefotoscapturadaspelac-meradosiGadgetscaacargodo Compartilhar Fotos. Para todos os ou-tros tipos de arquivos deve-se usar o Documentos na Nuvem. Todos a bordo! Ningumestforandovocami-grarparaoiCloud.possvelconec-tarseunovoiPhoneSouseunovo Maccomodamaneiratradicional, viaUSB.Oprocessoatmaisrpi-do.MasparausaroiCloudpreciso O iCloud faz a sincronizao de menos itens em comparao ao MobileMe, como as regras de e-mail, por exemplo. Em compensao, agora pode-se congurar regras de e-mail na verso web, em iCloud.com.iCloud

ct especial /ct especial /Dana da ChuvaCompletando o iCloud com outros serviosO iCloud chegou com muitas novidades para os usurios de Mac ou iOS e custa menos (de graa!) que o MobileMe, seu antecessor, mas alguns servios foram removidos. Para quem j est com saudades, alternativas no faltam no mercado.Por Markus StbeiCloud

ct especial /ct especial /Quemestcomeandodozero com o iCloud no tem do que reclamar. O pacote de entrada gratuitoeserveparaamaioriados casos, nem que seja apenas para testar oservio.CasoosGBsejaminsu-cientesparavocdepoisdeumtem-po, pode-se aumentar o espao dispo-nvel para at GB e o preo continua mais barato que o do MobileMe.Paraosquejusavamoservio antigo, preciso aceitar algumas per-dasduranteessamudana.Osque migraramdecontasaindaativasdo MobileMepodemmanter,atmea-dosde,oseuiDisk,Galeriae hospedagemdesites,paralelamente ao iCloud. No entanto, o compartilha-mento de contatos com outros mem-bros do MobileMe, a sincronizao de chaves,senhas,prefernciasdeapli-cativoseitensdoDashboardsero instantaneamente parte do passado.Alternativamentepode-secriar umacontaseparadaparausaro iCloudatovencimentodesua contaanualdoMobileMeeposte-riormentemigrarasuacontaantiga ou mudar de vez para a nova. Como nopossvelmesclarduascontas, precisosercuidadosocomaesco-lhadacontacomaqualserofeitas compras nas lojas de app e msica da Apple, caso contrrio a despedida de uma das contas ser traumtica.Masparamuitosdosserviosex-cludos existe substitutos altura. Eles no so da Apple e muitas vezes no sogratuitos,masporissomesmo algunssoatmelhoresqueoMo-bileMe.Rompercomoecossistema daempresadamaecontarcom outrosfornecedorestemalgumas vantagensconcretas.Seumdosser-vidoresemCupertinocair,porexem-plo,tm-seaindapartedosrecursos funcionando.Almdisso,possvel personalizarasofertasdeservios exatamentessuasnecessidades. QuemnoprecisadoiDiskpode simplesmente esquec-lo e contratar umaempresadehospedagemdesi-tes, podendo inclusive escolher onde esse servidor estar. Se for no Brasil, o acesso poder ser at mais rpido.Chaveiro para viagemUma das partes mais complicadas de seremsubstitudasasincronizao dechaves,ouseja,dassuassenhas pessoais.OsistemadaAppleto profundamenteintegradoaoOSX eaoiOSqueferramentasquetraba-lham de forma transparente raramen-teconseguemsertoconfortveis. Elasatconseguemintegrar-seaos navegadoresearmazenarassenhas usadasnainternet,masaschaves usadas no Finder no so suportadas automaticamente, por exemplo.O Password um desses que con-seguesincronizarsuabasededados automaticamente.Oprogramapode importar,seforpreciso,oseumolho de chaves e senhas do Acesso s Cha-ves do OS X, para que voc no preci-se redigitar todos os seus registros em sitesacumuladosaolongodosanos. Posteriormentepossvelsalvaraco-leo em um arquivo local, transfer-lo para outros dispositivos em uma rede semoouarmazen-lananuvem comoDropbox.Apartirdaqui,tudo funcionanomodoautomtico,inclu-sivecomappsdisponveisparaiOSe paraWindows.Umadesvantagem que seus dados mais sigilosos estaro sobguardadoservioonlinenorte--americanoDropbox,quenopassado jfoinotciamaisdeumavezsobre problemascomsegurana.OPass-wordparamaccustaUSnaApp Store e a verso para iOS sai por US .OKeychainGocustaapenasUS tantonaversoparaOSXquanto para iOS, mas ainda est em fase beta. Esteprogramatemumaabordagem umpoucodiferentedoPassword: elerodaemplanodefundonoMac O Password sincroniza as senhas coletadas diretamente entre os dispositivos conectados em uma mesma rede sem o ou pela internet, usando o Dropbox.O KeychainGo sincroniza seu banco de dados com o programa Acesso s Chaves do Mac OS X e com iGadgets.6www.linuxmagazine.com.brCAPA guerra!31 O universo da tecnologia est sempre em guerra. Ataques, defesas, protees e barricadas fazem parte do dia a dia do administrador de sistemas. Mais parece um lme, mas a mais pura realidade. Operao controle total32Se voc tem absoluta certeza de que seus servidores Linux so prova de invaso e que somente voc tem o controle deles, pense de novo.Tropa de elite36 Os hackers usam vrios tipos de ferramentas para atacar uma rede ou site. Voc tambm deve munir-se de ferramentas para garantir a segurana dos seus dados. Vamos mostrar neste artigo algumas ferramentas utilizadas por hackers para capturar informaes. Monitoramento exvel42A ferramenta de monitoramento OpenNMS uma arma til e que pode fornecer uma gama de informaes importantes para os administradores.Triturador de senhas46Como os aplicativos da web memorizam senhas? Eles no memorizam. Eles fazem picadinho delas. E o Phpass, que criptografa senhas nos aplicativos mais populares da web, os ajuda a fazer isso.NDICE7TUTORIALRoteador de cara nova58 O rmware de cdigo aberto OpenWrt permite que voc estenda os recursos de diversos roteadores e pontos de acessosem o . Mapas na rede64 Construa mapas e servios de geolocalizao em seu site com o OpenLayers, MapFish e Mapbende ANLISEBaixo consumo68 Ao invs de gastar energia, oTLP permite que voc desligue componentes especcos do seu computador dos quais voc no necessita , estendendo a durao de bateria e consequentemente sua vida til. Organizador de correspondncia72 O Sieve uma soluo de servidor, fcil de usar, que ajuda os administradores a ltrar o uxo de email de forma inteligente. SERVIOSEditorial04Emails08Linux.local78Preview82Linux Magazine #86 | Janeiro de 2012|NDICE Linux Magazine 86COLUNASKlaus Knopper10Charly Khnast12Augusto Campos14Zack Brown15Alexandre Borges16Kurt Seifried18NOTCIASGeral22Aulas de Android Chromium OS pronto para usar 10 bilhes de aplicativos baixados no Android Market Um prmio para a fsica aberta CORPORATENotcias24Univention Corporate Server 3Inteligncia empresarial com Jaspersoft 4.5Gartner anuncia previses de TI para 2012Entrevista com David Mair26Coluna: Jon maddog Hall28Coluna: Alexandre Santos30zANDROIDCorao turbinado50 No apenas a tmida poltica de atualizaes de muitos fabricantes de dispositivos mveis que torna atraente o uso de rmwares alternativos em smartphones equipados com Android: frequentemente, eles tambm oferecem muito mais recursos que o rmware original.PROGRAMAOUma mo para o Pascal54 O Lazarus um ambiente de desenvolvimento para o Free Pascal compatvel com diversas plataformas, e que permite aos desenvolvedores criar interfaces grcas com alguns cliques e um pouco de lgica de programao. 14COLUNAwww.linuxmagazine.com.brColuna do Augusto40 anos de ShellO que houve nesses 40 anos de existncia do Shell? Estamos na segunda dcada do sculo XXI, e hoje j plenamente possvel instalar e usar oLinuxnodesktopsemjamaisolharpara um terminal de texto ou para o prompt Shell. Mas o Shell, ou mais especifcamente o/bin/bash , um elemento importante dos bastidores de qualquer dis-tribuiopopularmoderna,econtinuasendoum elementoessencialparausuriosavanados,alm de um recurso disposio quando a interface gr-fca insufciente. O Bash, Shell que tipicamente vem como padro em distribuies Linux (e tambm em alguns sistemas Unix, como o OS X), surgiu em 1989 no mbito do projeto GNU para substituir o clssico Bourne Shell. Almdeseroresponsvelporprocessarcomandos como ls ,cat e for i in IMG*.jpg; do mv $i ferias-recife-$i; done que voc digita diretamente no terminal, o Shell tam-bm capaz de processar scripts, que so sequncias estruturadas de comandos que permitem automatizar diversas operaes, inclusive boa parte do que ocorre na inicializao do sistema operacional. OBashsesaibemnisso,massucederoclssico Bourne Shell (ou simplesmente sh ) no tarefa para qualquer um. Alm de precisar manter a compatibi-lidade com padres como o POSIX, que permitem a interoperabilidade de scripts e comandos de adminis-traoemdiversasplataformasUnixeUnix-like,h umatradioasermantida,jqueoBourneShell surgiuem1977(noUnixversion7doslaboratrios Bell),aindahojepodeserencontrado(emverses atualizadas ou em clones baseados em modos de com-patibilidade) como o Shell padro de administrao de determinados sistemas, e foi o objeto do primeiro livroqueapresentouaopblicoaprogramaode scriptsShellformandoassimoconceitogeralde desenvolvimento neste ambiente. E o Bash no a nica alternativa ao Bourne Shell. Outro Shell clssico e que tem seus fs o C Shell (csh outcsh ), criado no mbito do BSD por Bill Joy em 1978, com caractersticas de desenvolvimento de scriptsquelembramasestruturasdalinguagemC. Historicamente, ela tinha como diferencial tambm a interatividade: foi nela que surgiram conceitos hoje familiares, como o completamento automatizado de comandos e de nomes de arquivo. O Korn Shell ( ksh ) tambm clssico e ainda per-manece em uso. Criado em 1983 nos laboratrios Bell, ele mantinha a compatibilidade de scripts com o Bour-ne Shell, e inclua recursos de interatividade (como o histrico de comandos) do C Shell. Todos eles, entretanto, podem traar sua origem conceitualaumancestralcomum:aThompson Shell(tambmchamadode sh ,comooBourne Shell), criada por Ken Thompson (um dos criadores doUnix)em1971.Programadoemmenosde900 linhas de cdigo. Este Shell ancestral no executava scripts era ex-clusivamenteinterativo,eboapartedoscomandos que fazem parte hoje dele (como builtins ) do prprio interpretador Shell comoif e echo na poca eram arquivos externos. Mas recursos como pipes ( | ou, na poca, ^ ) e redirecionamentos de entrada e sada (< , > , >> etc.) j estavam presentes. A Thompson Shell inaugurou esta maneira de intera-gir com o sistema, e recentemente completou 40 anos. Parabns a ele, e longa vida aos seus descendentes! AugustoCsarCamposadministradordeTIe,desde1996,man-tm o site BR-linux.org, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo. 31Linux Magazine #86 | Janeiro de 2012CAPA31Linux Magazine #86 | Janeiro de 2012Guerra guerra! O universo da tecnologia est sempre em guerra. Ataques, defesas, protees e barricadas fazem parte do dia a dia do administrador de sistemas. Mais parece um lme, mas a mais pura realidade. por Flvia Jobstraibizer A rotina diria do admistrador de sistemas, do ana-lista e do especialista em segurana sempre a mesma: evitar que algum mal intencionado roubeinformaes,invadaumservidor,danifque--o, use as informaes coletadas para fns diversos ou malevolncias relacionadas. Estes profssionais vivem entre a cruz e a espada, e so, geralmente, especialis-tas somente em defesa. Mas todo bom defensor, tem de saber como atacar, pois um dia voc pode estar do outro lado do cano do revlver e esperamos que suas intenes sejam boas caso necessite invadir um sistema. descobrindo uma defcincia e a atacando que se pode aprender como evit-la. grande a variedade de armas no arsenal de um cracker(oinvasor,conhecidoerroneamentecomo hacker ). O cracker, como o prprio nome diz, quebra ( crack ) sistemas, e tais indivduos geralmente so os responsveis pela maioria das manchetes que tratam de crimes digitais: desvio de somas de contas bancrias, invaso sistemas governamentais, roubo (e posterior divulgao) de informao sigilosa e confdencial e tantos outros riscos segurana da informao. Da mesma forma, o administrador de sistemas ne-cessita conhecer, aprender a utilizar e se aprimorar nos recursos de defesa (e at mesmo de ataque) sua rede e aos seus sistemas. Nesta edio da Linux Magazine , trazemos um interessanteartigosobrecomoinvadiretomaro controle ( takeover ) de um ambiente Linux. Se voc pensa que seu Linux est totalmente seguro contra invases, no deixe de ler.Noquesitoautenticao,conheaoPhpass, ferramenta essencial para a criptografa de senhas na web. Se voc fcou preocupado com o incio deste ar-tigo, e quer monitorar melhor o seu sistema, conhe-a o OpenNMS, que pode fornecer uma gama de informaes versteis aos administradores, desde o hardware at instncias de software. E para fnalizar, o artigoTropa de elite ir apresen-tar um arsenal de armas contra a guerra das invases e a captura de informaes. Vista sua camiseta camufada e aproveite as pr-ximas pginas! Matrias de capaOperao controle total32Tropa de elite36Monitoramento exvel42Triturador de senhas46CAPA54www.linuxmagazine.com.brPROGRAMAO| Criao de interfaces com LazarusIDE para Pascal e Object PascalUma mo para o Pascal O Lazarus um ambiente de desenvolvimento para o Free Pascal compatvel com diversas plataformas, e que permite aos desenvolvedores criar interfaces grcas com alguns cliques e um pouco de lgica de programao. por Tim Schrmann Adicionar uma interface de usu-rio simples aos seus programas em Object Pascal entediante e leva muito tempo. Para simplifcar a tarefa repetitiva de derivar os resul-tados de inmeras classes, a Borland desenvolveu o Delphi em meados dos anos 1990. No ambiente de desenvol-vimentoDelphi,osprogramadores podem,comcliques,criarumain-terface rapidamente. Infelizmente, o Delphi um programa caro e s est disponvel para Windows. No entanto, um ambiente total-mentegratuitoquerespondepelo nomedeLazarus [1]umaalter-nativa para seu anlogo comercial: sua base o compilador Free Pascal, includo na maioria das distribuies e cujo grande escopo de funes comparvel ao bom e velho Delphi em muitas reas. Alm disso, funcio-na em Windows e em Mac Os X. Incio Ao ser iniciado pela primeira vez, o La-zarus bombardeia o desenvolvedor com diversas janelas, mas os programadores de Delphi se sentiro imediatamente em casa com elas (gura 1 ). Para iniciar, selecione o elemento grfco necessrio na paleta do topo da tela e coloque-o na caixa de dilogoForm (nome dado pelo Lazarus a todas as caixas de dilo-gos e janelas no programa resultante). Aps soltar o elemento, voc pode usar as bordas para redimension-lo, como se fosse uma ferramenta de desenho, e arrast-lo para a posio correta. Os ajustes mais fnos e as modifcaes de propriedades, como os rtulos de bo-tes, so o domnio doobject inspector . No plano de fundo, o Lazarus gera automaticamente o cdigo fonte, ao qual necessrio adicionar lgica de programao em um editor de janelas. OObject Inspector o ajudar com isso: ele no somente lista todos os possveis eventos que a interface grfca enten-de, mas deixa que voc aponte e clique para atribuir-lhes mtodos existentes ou criar um mtodo em branco. Fundamentos O Lazarus oferece o conjunto de re-cursos tpico de qualquer ambiente de desenvolvimento. O gerenciador de projetos ajuda a manter o contro-le de projetos complexos, e a janela Project Inspector lhe permite controlar os arquivos e pacotes envolvidos. Para compilar um aplicativo, tudo o que se precisa fazer apertar o boto ver-de de play . Caso necessrio, pode-se atribuir confguraes individuais de compilao para cada projeto. Os erros so listados em uma janela separada. Clicar em um alerta o leva diretamente at a parte correspondente do cdigo ( gura 2 ). O debugger inte-grado o ajuda a investigar problemas e interrupes no programa nos pontos de quebra previamente defnidos na janela do editor. Tambm possvel ter uma viso passo-a-passo de seus progra-mas, visualizando valores e variveis. O editor oferece o tipo de escopo que se espera de um IDE profssional, PROGRAMAO Quadro 1: Comrcio livre OLazarusligaestaticamenteaLCL ao aplicativo Object Pascal. Para su-portar o desenvolvimento de progra-mas comerciais, apesar dessa carac-terstica, a biblioteca de classes est disponvelsobumalicenaLGPL modicada. Infelizmente isso no se aplicaatodasasunidadesqueele contm. Antes de usar o componen-te em um aplicativo comercial, uma boa ideia conferir a licena, que est embarcadanocdigofonteparao componente. O Lazarus, em si, no licenciado sob GPL. 55| PROGRAMAO Criao de interfaces com LazarusLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012incluindo destaques de sintaxe e em-pacotamento do cdigo. O recurso de autocompletar sugere possveis mto-dos e nomes de classe, ajudando-o ao preencher os parmetros. Inclusive, adiciona automaticamente o begin e oend obrigatrios ao cdigo ( gura 3 ). Um atalho de teclado lhe permite adicionar componentes para as linhas selecionadas ou indent-las. Voc pode armazenarosblocosdecdigoem templates. Para usar o cdigo, pressio-ne um atalho seguido por [Ctlr ]+[ J ], paradizeraoLazarusqueeledeve substituir todo o template. O ambiente de desenvolvimento inclui templates de cdigos para construes comuns, como loops for e blocos begin / end . Para declarar uma classe, poss-vel simplesmente defnir os mtodos e propriedades e pressionar um atalho de teclado para criar, automaticamen-te, um mtodo bsico vazio com os mtodos get e set correspondentes. O recurso Quick Syntax Check desco-bre erros de digitao antes que voc inicie a construo do bloco, e outros assistentes apontam blocos abertos de cdigo fonte ouIFDEF / ENDIF s. Orientao O Lazarus tem uma boa seleo de ferramentas que ajudam os desenvolve-dores a navegar pelo cdigo fonte. Voc pode, por exemplo, realizar buscas e substituies de forma fexvel com o uso de expresses regulares. Alm de buscar em todo o texto, o navegador do cdigo tambm permite buscar so-mente pacotes, nomes de unidade e designadores para um termo especfco. Ajanela CodeExplorerajudaa manterocontrolesobreprogramas de cdigos mais longos. Ela cria um delineador de todos os tipos, variveis, interfaces, implementaes e unidades usadas para pular para a posio cor-respondente no cdigo com um nico clique. OCode Observer , includo no CodeExplorer , aponta para estilos po-bres de programao, como indentao incorreta ou procedimentos excessiva-mente longos ou vazios. Outras jane-las mostram as dependncias entre as unidades e os formulrios criados at o momento. Um editor FPDoc ajuda a documentar o cdigo fonte de acordo com o padro FPDoc. OLazarustambmsuportarefa-toraopormeiodarenomeaode designadoresnoprojeto,extraindoo cdigo fonte selecionado em um novo procedimento ou invertendo atribuies (convertendo A := B em B := A ). Alm disso, o editor rastreia automaticamente os mtodos abstratos ainda no imple-mentados e cria um mtodo vazio. A nicacoisaquefaltaumlinkpara um sistema de atribuio de verses. Clssico moderno Se voc arrastar um boto em um for-mulrio no Lazarus, o ambiente de de-senvolvimento gera automaticamente Figura 2 O debugger integrado permite que os desenvolvedores investiguem erros no cdigo, como problemas de digitao. Figura 1 O Lazarus d as boas vindas ao desenvolvedor com diversas janelas, que parecem desordenadas. O formulrio vazio no centro o aplicativo resultante. 56www.linuxmagazine.com.brPROGRAMAO| Criao de interfaces com Lazarusum objeto de tipo Tbutton no plano de fundo.Aclassecorrespondentevem como cortesia da Biblioteca de Compo-nentes Lazarus (LCL, na abreviao em ingls). Esta consiste de uma biblioteca de classes normal que pode ser usada independentemente do Lazarus, com unidades e classes que criam a interface para seu programa em Object Pascal. A LCL no desenha sozinha os elementos grfcos individuais na tela, mas depende de uma biblio-teca legada do sistemas para isso. Osdesenvolvedorespodemesco-lheressabibliotecanomomento de construir o cdigo. Os usurios LinuxpodemescolherentreQt, Gtk+ ou Gtk2. O suporte para a o Pascal Gui Toolkit [2] est atual-mente em desenvolvimento. Alm disso, a LCL est disponvel paraoutrossistemasoperacionais, suportando funes de sistemas dire-tamente no Windows e no Windows CE, e em Cocoa e Carbon no Mac OS X. A gura 4 mostra a estrutura da LCL e como ela interage com os componentes individuais. Transferncia de conhecimento Graas LCL, voc pode escrever apli-cativos compatveis com vrias plata-formas facilmente, tendo somente que recompil-las no sistema operacional alvo em um momento posterior (es-creva uma vez, compile em todos os lugares). O Lazarus mostra como isso funciona em termos prticos: o ambien-te de desenvolvimento foi programa-do inteiramente em LCL e pode ser reconstrudo rapidamente. Tambm possvel usar umabiblioteca de in-terface grfca diferente ao selecionar o item do menu em tempo real. Os desenvolvedores precisam to-mar cuidado com duas armadilhas: uma delas que algumas interfaces (como o Qt) esto ofcialmente em beta,emborasejamestveiseos desenvolvedores j as utilizem para produo. Outra diz respeito LCL tentar seguir as linhas guias do sistema operacional alvo. Isso pode levar os componentes a agir de maneira diversa em vrias plataformas. Por exemplo, comoWindowsnoserpossvel mudar a escala de caixas de dilogo com o mouse, embora se possa faz-lo no X11. Sem contar que os sistemas operacionaislidamcomatalhosde vrias maneiras. O wiki do Lazarus [3]incluidicassobreprogramao para plataformas cruzadas. A LCL faz mais do que desenhar janelas coloridas na tela. Ela inclui, por exemplo, classes para acesso simples e rpido a banco de dados, incluindo PostgreSQL, dBase e MySQL. No La-zarus, possvel colocar componentes de conexo em banco de dados den-tro de um formulrio como se fosse qualquer elemento de interface, onde aparecero como cones. No aplica-tivo fnalizado, eles fcam no plano de fundo e executam suas tarefas de modo transparente (gura 5 ). Dois orculos A biblioteca de componentes visuais do Delphi (VCL) foi o modelo para a LCL. O Tbutton um lembrete intencionalparaosdesenvolvedo-resquetinhamfamiliaridadecom o Delphi. Apesar disso, a LCL no Figura 3 O editor faz sugestes enquanto voc escreve. Figura 4 A LCL atua como uma interface entre o programa Object Pascal e as bibliotecas de interface para o sistema operacional suportado. 57| PROGRAMAO Criao de interfaces com LazarusLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012 totalmente compatvel com VCL. Algumas vezes, isso ocorre por conta da independncia de plataforma e intencional. Em outras, os compo-nentes simplesmente esto faltando. Isso particularmente verdadei-ro no caso de classes de aplicativos multimdia,comoTanimate ;com-ponentesespecfcosdoWindows, comoTmediaPlayer ; e acesso a rede, como o ADO. Assim, impossvel transferir programas Delphi e Kylix para o Lazarus sem alguma modifca-o. Embora o Lazarus oferea uma srie de assistentes para ajudar nessa converso,oprocessofatalmente envolveralgumtrabalhomanual. A wiki do Lazarus [3] oferece uma lista das diferenas e vrias pginas com dicas e guias para converses. Concluso Uma vez que voc se familiariza com a aparncia do programa que inicial-mente parece um ambiente desorde-nado o Lazarus o ajudar a criar um programa simples, independente de plataforma, em apenas alguns minu-tos. Uma calculadora, por exemplo. Aomesmotempo,odesenvolvedor com um ambiente legado de desen-volvimentoteriatempoapenasde trabalhar com a derivao de classes para os botes. O wiki abrangente do programa [3] ajuda os desenvolvedo-res na curva inicial de aprendizado. AsconversesdoDelphicons-tituemumprocessorelativamente indolor, embora algum trabalho ma-nual seja necessrio. A recompensa um aplicativo Object Pascal que podersercompiladoemtodosos grandes sistemas operacionais. Apesardemaisdedezanosde desenvolvimento, o trabalho ainda estemandamentonoLazaruse naLCL,sendoqueoprocessose encontranopontozero(averso atual 0.9.30). No entanto, no dei-xe que isso o afaste do Lazarus: ele estvel e compete com o Delphi em igualdade de condies quando combinado ao Free Pascal. Quadro 2: Uma jornada ao passado Baseado no Algol 60, Niklaus Wirth desenvolveu a linguagem de programa-o estruturada Pascal no incio dos anos 1970, principalmente com prop-sitos educacionais. O programa se tornou extremamente popular nos anos 1980 graas ao Turbo Pascal, da Borland. Com o sucesso, a Borland esten-deu o escopo de recursos do pacote e a linguagem em si. No nal dos anos 1980, a Borland adicionou o conceito de orientao a objetos e colocou os resultados no Object Pascal. Emmeadosdosanos1990,aBorlandintroduziuumambientetotalmente novo com o nome de Delphi, que permitia aos programadores desenvolver de maneira conveniente e rpida ao mesmo tempo em que criavam a inter-face grca. A biblioteca de interface era a Visual Component Library (VCL), completamente desenhada para Windows. A Borland tentou entrar no mer-cado de Linux em 2001 com o Kylix. Tratava-se de uma interface Delphi emu-ladaviaWine,capazdecriarprogramasgrcosparaLinuxcomrecursos nativos do sistema operacional, usando a biblioteca de interface CLX, uma variante do VLC. Hoje, o Delphi desenvolvido e comercializado pela Embar-cadero Technologies. O Kylix foi tirado do mercado devido falta de sucesso. Insatisfeito com a abordagem da Borland, o estudante Paul Klmp come-ou a trabalhar em um compilador gratuito nos anos 1990. A compatibilidade com o Turbo Pascal e Delphi, alm da portabilidade fcil, rapidamente ze-ram do Free Pascal um dos compiladores Pascal mais populares. O que lhe faltava era um ambiente de programao visual no estilo do Delphi. O projeto Megido tentou remediar essa situao, mas fracassou em 1999. O Lazarus surgiu dessa fraqueza da seu nome bblico. Mais informaes [1] Lazarus:http://www.lazarus.freepascal.org/ [2] fpGUI:http://fpgui.sourceforge.net/ [3] Wiki do Lazarus: http://wiki.lazarus.freepascal.org/Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinio. Fale conosco em [email protected] artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/6271ossobr/artmzine.come:/627rtigo?pinio.r Figura 5 O Lazarus inclui diversos programas de amostra, como este geren-ciador de endereos, que exemplica a programao com banco de dados. Os cones na rea branca da janela principal so os objetos conectores ao banco de dados. 58www.linuxmagazine.com.brTUTORIAL| Roteadores WLAN com o OpenWrtRoteadores WLAN com o OpenWrtRoteador decara nova O rmware de cdigo aberto OpenWrt permite que voc estenda os recursos de diversos roteadores e pontos de acesso sem o . por Martin Loschwitz Os entusiastas do Linux gos-tam de executar seu sistema operacional favorito em cada dispositivo ou aparelho que utilizam, incluindoatmesmotorradeirase mquinasdecaf.Nosltimos15 anos, o Linux comeou a fazer parte de uma quantidade muito grande de categorias de aparelhos. O Dbox2[1] um caso famoso no exterior, mas desconhecido por aqui. H, at mes-mo, Linux em iPods. A chegada do Android outro ponto signifcativo: agora todo mundo pode levar o Linux para onde bem entender. J existe no mercado uma grande quantidade de pontos de acesso sem fo baseadas em frmwares para Li-nux. E como voc poderia esperar, algunsdesenvolvedoresvoltaram seus esforos para estender a gama defrmwaresexistentesparaesses aparelhos. Esse esforo deu origem aoprojetoOpenWrt,queoferece umaalternativadefrmwarepara diversos equipamentos WLAN. De acordo com o site do projeto [2] , a ferramenta oferece um sistema dearquivoscompletamenteedit-vel com gerenciamento de pacotes. Desta forma, voc evitaria a seleo deaplicativoseconfguraesofe-recidas pelo fabricante, permitindo ao usurio personalizar o dispositivo por meio do uso de pacotes que se enquadram em qualquer aplicativo. Paraodesenvolvedor,oOpenWrt um framework para a criao de um aplicativo sem se lanar a uma tarefa demasiadamente complexa de desenvolvimento de uma estrutura. Para o usurio, a possibilidade de personalizao, para usar o disposi-tivo de formas jamais imaginadas. OnomeOpenWrtpodeserex-plicadoporumaquestoocorrida h 8 anos: a Linksys, que ainda no eradepropriedadedaCisco,ven-diaoroteadorWLANWRT54G com um frmware Linux, mas no oferecia seu respectivo cdigo fon-te,umainfraobviadalicena GPL.Quandoalgunsdesenvolve-doresdescobriramisso,lanaram umapelopblicoparaaempresa Figura 1 A interface web do OpenWrt, LuCI, aps o primeiro login. TUTORIAL59| TUTORIAL Roteadores WLAN com o OpenWrtLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012eseusdesejosforamatendidos.A companhia publicou o cdigo fonte para o frmware do roteador e ainda criou uma fundao para seu traba-lho de desenvolvimento. O projeto ofcial desde 2004 e o frmware j passou por diversas transformaes em termos de recursos e qualidade. OttuloOpenWrtapenas parcialmenteapropriado,umavez que ele pode ser instalado em mui-tosoutrosdispositivos,dediversas marcas. Muitos roteadores e pontos de acesso sem fo usam os mesmos componentes embaixo da carcaa. Os dispositivos da Cisco e da Asus, porexemplo,tmvisuaiscomple-mente diferentes, mas tm a mesma tecnologia por dentro. ParadescobrirseoOpenWrt compatvel com seu dispositivo, uma boa ideia visitar o site do projeto[2] . Quando chegar l, voc encontrar uma lista gigantesca de dispositivos, juntocomoutrasinformaesde suporte.Sevocprocuracomprar um roteador ou ponto de acesso su-portado pelo OpenWrt, outra opo acessar loja pela Internet com o seu smartphone, por exemplo, para comparar preos e recursos. Algumas precaues so aconse-lhveis: O Linksys WRT54G (e mo-delos WRT54GS relacionados) teve maisdevinteequatrorevisesde hardware e algumas delas no fun-cionam com o OpenWrt. A dica : leia a etiqueta na caixa para conferir se o modelo e reviso so adequados para o frmware. Nesteartigo,voumostrarcomo confgurar um Asus WL500G com o OpenWrt. O dispositivo tem portas LAN e duas portas USB que fcaro ainda mais teis com o frmware. Instalao do OpenWrt Caso voc decida dar uma chance ao OpenWrt, primeiro necessrio escolher sua verso. A verso atual a 10.03, tambm conhecida como Backfre, mas os desenvolvedores re-comendam fortemente que se utilize a prxima verso RC 10.03.1. Areadedownloadnositedo OpenWrt oferece aos usurios duas variaes: uma com o nome brmc-2.4 e a outrabrmc47xx . A maior diferena que a brmc-2.4 utiliza a verso 2.4 do kernel Linux enquanto a segun- Figura 2 Congurao das propriedades da interface LAN do OpenWrt. Figura 3 Instalar o plugin OpenVPN para o LuCI permite a congurao de um servio VPN direto na interface. 60www.linuxmagazine.com.brTUTORIAL| Roteadores WLAN com o OpenWrtdautilizaaverso2.6.Umavisita rpida pgina wiki do dispositivo [3]revelaqueosdesenvolvedores recomendam a verso com o kernel 2.4 para os WL500GP com verso de hardware v2. Para os aparelhos com reviso v1, recomendada a verso com o kernel mais recente. A maneira mais fcil de descobrir o frmware mais adequado para seu dispositivo visitar o wiki do OpenWrt econferirapginadedispositivo. Os desenvolvedores geralmente do recomendaes corretas sobre a me-lhorverso,emboraaspginasde dispositivos tenham somente o link para a verso estvel. Sevocquiserutilizaraverso RC, ser necessrio de um pequeno truque para encontrar o arquivo cor-reto. Primeiro, voc precisa de um linkparaaversoestvelpresente nawikidoseuprpriodispositivo. O link para o WL500GP o: http://downloads.openwrt.org/ backfire/10.03/brcm47xx/ openwrt-brcm47xx-squashfs.trx depois, visite o site de download do Backfre [4] para visualizar todas as verses existentes para o OpenWrt. Finalmente, voc precisa encontrar aversoatualdo10.03.1queera 10.03.1-rc5 em outubro de 2010. No link da verso estvel, simplesmente substituaonmerodaverso,que 10.03 ,paraonovonmero,que seria 10.03.1-rc5 . O link completo para o equipamento Asus WL500GP fcaria assim: http://downloads.openwrt.org/ backfire/10.03.1-rc5/brcm47xx/ openwrt-brcm47xx-squashfs.trx Aps identifcar a verso correta do frmware e fazer o download do arquivo correspondente o frmware utiliza um sufxo .trx voc pode continuar com a instalao. Nova-mente, algumas diferenas existem entreroteadoresdediferentesfor-necedores. Voc pode se considerar sortudoseinstalaroOpenWrtda forma mais fcil usando a funo de atualizao na interface web for-necida pelo fabricante. Esta aborda-gem costuma funcionar melhor com aparelhos mais antigos. Por outro lado, os modelos mais novos ou roteadores com o frmware mais recente do fornecedor, no so fceis. Os desenvolvedores de hard-ware tendem a equipar seus apare-lhos com um frmware que evita a trocaporumaversoincorreta. Jaconteceudeusurioscoloca-remimagensemdispositivosque eram de outros aparelhos, fazendo o dispositivo fcar bricado (termo que vem do inglsbricked e usado pela comunidade de desenvolvedores para defnir um aparelho eletrnico caro que se tornou inutilizvel). Para Figura 4 Oopkg , derivado gerenciador de pacotes do Debian dpkg , permite a instalao de pacotes atravs da linha de comando. Figura 5A lista de dispositivos de armazenamento prova que a funo extroot est funcionando no roteador; o sistema usa um drive USB como disco. 61| TUTORIAL Roteadores WLAN com o OpenWrtLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012evitar o desgosto da bricagem, os fabricantes modifcaram suas atua-lizaes, o que acaba, infelizmente, bloqueando o OpenWrt. Mtodo TFTP O Asus WL500GP um exemplo de dispositivo prova de bricagem. A interface web original de geren-ciamento se recusa a permitir que voc instale o frmware OpenWrt. Se voc est enfrentando esse pro-blema,nodesista:oTFTPpro-porcionaummtodoseguropara a instalao do OpenWrt. Aabordagembsicafunciona assim: os pontos de acesso e rotea-dores tm um modo especial para ainstalaodesistemasoperacio-naisconhecidocomomododiag. Um dispositivo em modo diag res-ponder a comandos TFTP (TFTP ouTrivial FTP um parente simplifcado do protocolo FTP co-mumente usado para fazer o boot de estaes de trabalho sem disco e outros dispositivos simples). Paraprosseguir,primeirovoc precisa instalar otftp , o cliente de linha de comando para o TFTP, que voc encontrar no pacote tftp . Faz sentido iniciar o programa na pasta ondevocarmazenouaimagem OpenWrt para o dispositivo. O prximo passo colocar o ro-teadoroupontodeacessoparao mododiag,oqueenvolveetapas diferentes,dependendododispo-sitivo. Nesse ponto, v pgina do seu dispositivo no wiki do OpenWrt para obter respostas [5] . Para mudar o WL500GP para o modo diag, voc precisa desligar o aparelho da toma-da e lig-lo novamente segurando o boto reiniciar (na parte de trs do dispositivo).QuandooLEDque indicaqueoaparelhoestligado comear a piscar lentamente, voc est no modo diag. ParaabrirumaconexoTFTP paraodispositivo,escreva tftp endereo de IP caso voc no tenha mudadooIPdoseuroteador,ele ser192.168.1.1 . Os comandos binary , trace eput arquivo_de_firwmare lidam com o resto do processo. Substitua arquivo_de_firmwarecomonome do seu prprio arquivo de frmware. Primeiro boot Noimportaqualfrmwareseu pontodeacessoWLANutilizava antesquevoctenhainstaladoo novo frmware. Ela agora responder pelo IP192.168.1.1 . Para confgurar o dispositivo, voc provavelmente vai precisaratribuirumendereoIP na rede para seu computador. Aps fazer isso, nada poder impedi-lo de fazer login no dispositivo. A maior desvantagem surge nesse ponto: o OpenWrt no possui uma interface web, mas imediatamente aps a instalao, voc pode utilizar oTelnetparalogar.Asenhapara oroot no est confgurada e voc precisadeumasenhaparalogar por uma interface web. Aps logar pela primeira vez usando o Telnet, tendo a certeza de que uma senha para o usurioroot foi confgurada, elembrandoquesomenteacesso SSHpermitidoparaconexes remotas. Mas agora voc tambm ter a interface web LuCI em suas mos (gura 1 ). OTelnetestincludonasdis-tribuiesLinux,mastalvezvoc precise instal-lo. O comando telnet 192.168.1.1 abre a conexo e inicia um terminal Shell. Ento, voc pre-cisa executar o comando passwd para confgurar uma nova senha para o usurioroot . O OpenWrt desabili-ta o Telnet e inicia o daemon SSH no lugar para sesses criptografadas. De agora em diante, voc poder acessar a interface web no endereo http:192.168.1.1 . Seu nome de usurio root e a senha a confgurada via Telnet. Aps logar, voc levado a uma pgina de boas vindas. Figura 6 A DD-WRT, alternativa para o OpenWrt, se promove com uma interface web mais fcil 62www.linuxmagazine.com.brTUTORIAL| Roteadores WLAN com o OpenWrt Interface web Osdesenvolvedorestrabalharam muito para criar uma interface web do OpenWrt na verso RC ( release candidate ) 10.03.1. Dois menus do acessoaumconjuntoderecursos muito importantes. O menu superior descreve as vrias categorias de con-fgurao. Logo abaixo, o segundo menu d acesso aos detalhes. Ao clicar em Network/Interfaces , ousurioabreaconfguraode rede ( gura 2 ). Se sua rede no usa o espao de endereo 192.160.1.0/24 , voc precisar alterar o endereo IP dodispositivo.Paraisso,cliqueno cone com um papel e uma caneta e escreva os valores paraIPv4 Address , IPv4 Netmask eIPv4 Gateway . Sevocdesejaqueoroteador abraumaconexoparaarede, vocaindaprecisaconfgurara conexo PPoE nessa pgina. Para tanto, modifque a entrada wan ; umaboaideiaterascredenciais doseuprovedordeacessomo nesse ponto. Ao clicar em Save & Apply , tudo fca armazenado e as mudanas tomam efeito. Se voc deseja que o dispositivo OpenWrtajacomoumservidor DHCP na sua rede local, voc ago-ra tem que confgurar odhcpd . Para isso, desmarqueDisable DHCP for this Interface nas confguraes de rede para a interface lan . OmenuNetwork/Wiftambm permite que voc confgure as pro-priedades WLAN para o aparelho. Essas propriedades incluem o nome WLAN (ESSID) e o mtodo de crip-tografa. Se voc quer usar um canal especfcoparaaconexosemfo, omenu WiFiolugarcertopara confgurar isso. O menuSystem permite que voc mude o nome do host. Sempre lembre de pressionarSave no canto direito ao fazer mudanas. Aps confgurar o roteador para corresponder ao seu ambiente local, faa um novo boot para aplicar as confguraes. Conexes VPN Umrecursorealmenteprticodo OpenWrt a possibilidade de supor-tar VPNs diretamente no roteador. Se voc precisa de uma VPN, nor-malmentepoderconfgur-laem suareadetrabalhoeabriruma conexo entre o servidor de VPN e seu prprio cliente. A desvantagem que a conexo VPN tem que via-jar por uma rede que utiliza NAT. ONATpodeserumproblema em conexes cliente/cliente, o que driblado ao se confgurar o VPN diretamente no roteador. Um efei-topositivodissoquevocpode acessaroservidorVPNcomcada mquina de sua rede e no somente um nico PC. O OpenWrt suporta tanto o Open-VPNquantooIPsecnoladodo cliente.Noentanto,oOpenVPN a nica opo que pode ser con-venientemente confgurada na in-terface web ( gura 3 ). Isso porque a interface no entende IPsec, o que signifca que voc precisaria conf-gurar na linha de comando. Se voc nunca fez uma confgurao manual deIPsec,odesafogrande,mas sevocestiverdispostoaencarar, v em frente. OpenVPN e OpenSwan Os desenvolvedores do OpenWrt ofe-recem pacotes pr-elaborados para ajudarnaconfguraodoOpen-VPN. Para instalar os componentes necessrios,vocprimeiroprecisa fazer login no roteador via SSH. Seu nome de usurio ser root de novo. JcomacesoaoShell,escreva opkgupdate( gura4 ),seguidopor opkg install openvpn , o que diz ao OpenWrtparainstalarospacotes necessrios. Ento, proceda com a instalao do plugin do LuCI para OpenVPN. O comando opkg install luci-app-openvpnQuadro 1: DD-WRT alternativa ao OpenWrt EmboraesseartigoestejafocadoemOpenWrt,outrasalternativases-to disponveis para substituir o firmware original do fabricante em rote-adores caseiros. Uma que vem a mente imediatamente a DD-WRT, um projeto que foca na combinao de diversos recursos em uma interface simples e intuitiva (figura 6 ). O firmware DD-WRT est disponvel no site do projeto relacionado [7] . ODD-WRTsediferedoOpenWrtnoquedizrespeitoaopblico-alvo. Enquanto o OpenWrt se tornou amigvel para usurios no muito tcni-cosapenasrecentemente,oDD-WRTfoicriadoparanoespecialistas. Notocanteaohardwaresuportado,oDD-WRTnoestmuitoatrsdo projeto anlogo. Voc poderia t-lo instalado facilmente no WL500GP da Asus, por exemplo. Apesar disso, maiores mudanas no DD-WRT ainda exigem visitas linha de comando, como no caso de promover o roteador a servidores de im-presso, por exemplo. No nal das contas, sua escolha do rmware s uma questo de preferncia pessoal. No entanto, cada um tem seu pr-prio roadmap de desenvolvimento, ento alternar nos experimentos entre osdoispodeserdivertidonomundodocdigoaberto,noqualmuitos caminhos levam Roma. Listagem 1: Montagem do dispositivo USB 01 # mkdir /mnt/sda1 02 # mount /dev/sda1 /mnt/sda103 # tar -C /overlay -cvf - . | tar -C /mnt/sda1 -xf -63| TUTORIAL Roteadores WLAN com o OpenWrtLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012 faz isso. Nesse ponto, voc deve reiniciaroOpenWrte,apsfazer loginnainterfaceweb,conferir onovomenudeconfguraes Services/OpenVPN . Voc pode confgurar um Open-VPN como servidor ou cliente. Dois exemplos,sample_client e sample_ser-ver , esto prontos. Clique no cone com a caneta para ir s confgura-es do item. Voc pode clicar em Switch to advanced confguration para alterar qualquer aspecto da conexo OpenVPN.Feitaaconfgurao, pressione Save . O procedimento para a instalao do OpenSwan, uma implementao de IPSec disponvel no OpenWrt simi-lar. Aps fazer login como root, digite: opkg install openswan para instalar o pacote com suas de-pendncias. O arquivo de confgu-rao /etc/ipsec.conf e os arquivos adicionais de confgurao se encon-tram em/etc/ipsec.d . A confgura-o muito parecida com qualquer confgurao de OpenSwan em um PC com Linux. Soluo para falta de espao O OpenWrt tem muito mais recursos doqueeupoderiadescrevernesse artigo, sendo que muito difcil usar todos eles em um sistema OpenWrt tpico. O roteador mdio tem 8MB de memria fash, o que faz com que no haja espao sufciente para programas como Asterisk, CUPS ou Samba. Se voc possui um roteador com uma porta USB, considere-se sortu-do: ela permite que voc se conecte aumamemriafash,dandouma soluointeligenteparaafaltade espao.Oprincpiobsicoque todo o sistema seja jogado no arma-zenamentoexterno;obootloader que inicia o OpenWrt originalmente utiliza o drive USB como seu prin-cipal dispositivo. Para usar a soluo, voc primeiro precisa formatar o drive USB nos sistemas de arquivos ext3 ou ext4. Vocpodeusarqualquersistema Linux para fazer essa formatao. Para confgurar um drive com uma partio ext3 nica e um nome de dispositivo/dev/sdb , usemfks.ext3 /dev/sdb1nessecaso.Eupresu-moquevocjtenhaumdri-vecomumsistemaext3paraosprximos passos. Agora, ser necessrio preparar ainstalaodeOpenWrt.Para tanto,insiraoseguintecomando opkgparainstalarosprogramase ferramentas requisitados: opkg update & & opkg install block-mount block-hotplug block-extroot kmod-usb-storage kmod-fs-ext3 tar nano Em seguida, voc precisa montar o disco USB no sistema de arquivos OpenWrt para copiar todo o sistema para o armazenamento externo. Nes-se caso, a partio principal no drive USB /dev/sda1 os trs comandos mostrados nalistagem 1 usam esse ponto de montagem para montar o drive USB e copiar os dados. Paraterminar,vocprecisar confguraroextrootnoarquivo/etc/config/fstab . O comando nano /etc/config/fstab abre o arquivo no editorNano.Aseocomnome configmountquenosinteressa: mudeaentradanalinhaoption target de /home para /mnt . Ento, na linhaoption device , digite o nome do dispositivo que voc utilizou para a etapa prvia; no nosso exemplo, /dev/sda1 . Para a linhaoption ena-bled , mude o valor0 para1 . No fnal, adicione a linha: option is_rootfs 1 Ento pressione [Ctrl] + [X] para sair do editor e [Y] para dizer ao Nano para salvar as mudanas. Aps emitir um comandoreboot , o retorno para o comando df -h (na linhadecomando)deveestarpa-recidocomodagura5 .Alinha com /dev/sda1 a mais importante: seelaexiste,vocpodeteracer-tezadequeomecanismo extroot est funcionando. Concluso OfrmwarealternativoOpenWrt estendesubstancialmenteoesco-pofuncionaldemuitosroteadores WLAN.Osrecursosadicionaisin-cluem ferramentas para comunicao seguraeoutrosrecursosdeponta. Tudo sem investimento fnanceiro, com o nico custo de tempo e cui-dado para se selecionar o frmware corretoeusarcuidadosamentea linhadecomando.Osresultados valem o esforo. Mais informaes [1] DBox2:http://en.wikipedia.org/wiki/DBox2 [2] OpenWrt:http://www.openwrt.org/ [3] Wiki do OpenWrt; pgina do Asus WL500GP: http://wiki.openwrt.org/toh/asus/wl500gp?s [4] Download do OpenWrt Backre: http://downloads.openwrt.org/backfire/ [5] Pgina wiki do dispositivo OpenWrt:http://wiki.openwrt.org/toh/start [6] OpenSwan:http://www.openswan.org/ [7] DD-WRT:http://www.dd-wrt.org/ Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinio. Fale conosco em [email protected] artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/6248so sitartic.com.b248go?pinio.68www.linuxmagazine.com.brANLISE| Gerenciamento de energiaTLP: Gerenciamento de energiaBaixo consumo Ao invs de gastar energia, o TLP permite que voc desligue componentes especcos do seu computador dos quais voc no necessita , estendendo a durao de bateria e consequentemente sua vida til. por Erik Brwaldt Computadores portteis esto cadavezmaispoderosos, masissoimplicatambm emumaumentonoconsumode energia. Ciclos frequentes de carga podem sobrecarregar a bateria, mas graas ferramenta TLP, quem usa notebooks com Linux na bateria por longashoras,agoraconsegueusar ocomputadorcommenospausas paracarregamento.Opontofraco dequalquercomputadormvel osuprimentodeenergia.Quanto mais poderosa forem as telas, CPUs e chips grfcos, maior o consumo de energia, gastando mais a bateria. Discos rgidos legados tambm afe-tam a durao da bateria. O projeto TLP, que se originou em um frum alemosobreolaptopThinkPad [1] , declarou guerra ao desperdcio de energia. O TLP est disponvel atualmente sob a forma de pacotes para Ubuntu, Debian[2] e openSUSE[3] . O pa-cote para Debian e Ubuntu(PPA)contmumarquivocomocdigo fonte,doqualvocprecisarcaso use uma distribuio sem suporte a pacotes binrios. Aps descompac-tar o arquivo, voc pode compilar o softwarecomalinhadecomando make install . Graasaofortecompromisso dos membros do Forum ThinkPad, devemaparecerpacotesparamais distribuies no futuro. Voc encon-trar um guia para a instalao dos binrios na web[4] e em um FAQ [5] que responde a vrias questes relacionadas ao programa. Economias potenciais O TLP tem uma abordagem hols-tica, em vez de se restringir s ope-raes j abrangidas pelos sistemas de economia de energia j residentes nossistemas.Porexemplo,osoft-warepermitequevocgerencieo consumodeenergiadohardware WLAN,dearmazenamento,entre outros sistemas que so especfcos de determinados fabricantes. O TLP oferece modos de econo-mia de energia de USB para todos os notebooks IBM e Lenovo, alm de opes de economia para placas de som. Dependendo do hardware, pode-seatgerenciardispositivos Bluetooth, PCI Express e SATA. Um benefcio adicional: algumas CPUs so executadas em voltagem abaixo do normal sem qualquer mu-dana de desempenho que possa ser notada, presumindo que voc tenha suporte de kernel para esse recurso. O TLP d total controle sobre essa opo, o que pode causar um efeito bastanteinteressanteaocombinar vrias oportunidades de economia. Requisitos Paraseaproveitartotalmentedoes-copo de recursos do TLP, voc preci-sa atender a algumas condies. Por exemplo, independentemente da verso de Debian ou Ubuntu utilizada, voc precisardospacotessmartmontools , tp-smapi-dkmseeth-toolnosistema parapoderbuscardadosnoHDe status de operao da bateria. Adicionando-seconfuso,esses pacotes tm diferentes nomes depen-dendo da sua distribuio. Por exemplo, o que o Debian e o Ubuntu chamam detp-smapi-dkms conhecido como tp_smapi-kmp-default no openSUSE. Diferentemente do arquivosmartmon-tools ,queusaomesmonomeem todos os trs sistemas, assim como o pacote ethtool , que necessrio para desabilitar o servio Wake-on-LAN. Independentemente do TLP, ge-ralmente uma boa ideia instalar o pacote powertop . Esse outro aplica-tivo na linha de comando que lista todas as informaes crticas sobre o consumo atual de energia e d alguns detalhes sobre a economia de energia alcanada pelo TLP. O PowerTOP estdisponvelnosrepositriosda maioria das grandes distribuies; voc pode instal-lo convenientemente ao pressionar um unico boto. O PowerTOP, que foi desenvolvi-do pela Intel, suporta algumas mo-ANLISE69| ANLISE Gerenciamento de energiaLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012difcaesemseuscomponentes, presumindo que voc tem hardware Intel.Noentanto,vocencontrar algumas opes que entram em con-fitocom o TLP. Nesse caso, ignore as sugestes feitas pelo PowerTOP e modifcar o TLP em vez disso. Primeiro contato O TLP normalmente se inicia automa-ticamente com todas as confguraes padro no momento do boot. Uma vez que independente do ambiente do desktop e no tem uma interface grfca, voc precisa gerenciar o TLP em uma janela do terminal. Para uma visualizao geral inicial dos recursos do programa, torne-seroot e inicie o tlp-stat ;voctercomoresultado umalongalistadoscomponentes dehardwaredoseusistemaeseus respectivos detalhes (gura 1 ). O TLP no d a voc essa lista de hardware com seus status, mas mergu-lha mais profundamente no sistema. Por exemplo, se voc olhar na seo /proc/acpi/ibm/thermal = temperatu-res: , voltada para a exibio da tem-peratura, o programa dar uma longa lista de detalhes relativos aos sensores de temperatura, mecanismo que est presente em todos os laptops recentes. Se aparecer o valor -128 , signifca que no existe sensor. Na seo de arma-zenamentoqueseguelista,voc encontrar detalhes do HD instalado no computador e os valores SMART essenciais,queserelacionamcom opes de economia de energia con-fgurados para o disco rgido. Outro aspecto importante o status de operao dos componentes de co-municao feitos no laptop: se voc no est usando WWAN (GSM/UMTS) ou WLAN, o hardware no precisa estar em modo standby. A entrada de siste-ma /sys/module/pcie_aspm/parameters/policy permite que voc explore se os componentes que esto habilitados em seu sistema e usando a energia. No fnal da lista, voc ver detalhes para as baterias no computador, o estado das portas USB e componentes especiais, como webcams ou sensores biomtricos. Osdadosdabateriafrequentemente do algumas dicas iniciais para resolver problemas de suprimento de energia. Como os resultados so reportados em unidades mWh, voc perceber logo de incio se vale a pena calibrar a bateria ou fazer uma substituio. Congurao O TLP armazena seus parmetros de confgurao no arquivo /etc/default/tlp ,criadopeloprogramaquando instalado.Asconfguraespadro so teis como um ponto de incio bsicoparaamaioriadossistemas ThinkPad. Dito isso, o software no entrega todo o potencial de economia. Com isso, uma boa ideia investigar esse arquivo e modifc-lo para refetir seu hardware. Para encontrar grupos individuais de opes, abra o arquivo deconfguraocomorootemseu editor favorito. Se voc quer habilitar quaisquer opes comentadas com um sinal de cerquilha ( # ), apenas remova-as. OTLPseparaasconfguraes para operar na bateria e na grade. Os parmetros relacionados bateria so identifcveiscomosufxo _ON_BAT , enquanto a opo da grade usa_ON_AC ( gura 2 ). Muitas opes so bem signi-fcativas, como os intervalos de escrita no buffer do sistema kernel ou opes para desabilitar ncleos individuais ou CPUs de ncleos mltiplos. No en-tanto, h outras opes importantes, como as sees de operao de disco rgido e de componentes de comuni-cao, alm do Ultrabay: esses vetores geralmente oferecem um espao bom para otimizao. Se voc executar um segundo disco rgido ou um drive ptico no Ultrabay, o TLP permite que voc desligueessesdrives,independente-mente do armazenamento principal, para o caso de voc no utiliz-los por um extenso perodo. As confguraes de WLAN, Bluetooth e USB tambm podem ser editadas aqui. Problemas de disco rgido Alm de displays, CPUs e processado-resgrfcos,HDsantigoscostumam ser alguns dos maiores consumidores deenergia,razopelaqualosfabri-cantes esto sempre tentando conter asedequeessesequipamentostm por energia. Para que isso acontea, o disco estaciona a cabea de leitura e desliga o motor quando est inativo. No Figura 1 Toneladas de informaes de status esto em tlp-stat . 70www.linuxmagazine.com.brANLISE| Gerenciamento de energiaentanto, necessrio encontrar a me-lhor relao desempenho/consumo de energia: quando o motor se desliga por inatividade, muita energia necessria para voltar ativa, o que pode provocar ainda problemas de desempenho, des-gaste adicional em outras partes ou at perda de dados no pior cenrio. Para mudar isso, o TLP permite mo-difcaes no nvel de APM (gerencia-mento avanado de energia) do disco. Para isso, veja a seo DISK_DEVICES no arquivo de confgurao e confra se o software identifca o disco corretamente. Se sim, v para a seoDISK_APM_LEVEL : voc ver uma integral de trs dgitos entre aspas para cada disco. O valor normalmente ser de 254 durante operaes enquanto o com-putador estiver plugado na energia e 128quandoestiverfuncionandona bateria. Voc pode mudar esse valor. O valor vlido para a integral varia de 1 a 254, sendo que valores abaixo de 128 podem causar uma interrupo frequente no motor e na cabea de leitura. Valores acima de 128 reduzem o nmero de ciclos de interrupo. Dependendo do modelo de seu computador, o valor 254 desabilita o mecanismo de interrupo da cabea de leitura completamente, de forma que o mecanismo nunca se desliga. Se voc tem um disco que precisa de uma quantidade substancial de energiaparaserexecutadodepois de uma interrupo, a economia mnima, comparada com operaes permanentes. O valor de 254, nesse caso, seria a sua melhor escolha. Os chips grfcos precisam de uma grande quantidade de energia e geram uma grande quantidade de calor. Para reduzir o consumo e a temperatura, a maioria dos processadores mais moder-nos suportam a operao com clock em menor velocidade. O TLP usa a opo dos processadores grfcos ATI Radeon para a criao de cinco perfs de mudana de clock. No entanto, isso funciona somente com o driver livre paraRadeonecomumaversode kernel 2.6.35 ou mais recente. Procure a seo RADEON_POWER-PROFILE no arqui-vo de confgurao do TLP e escolha uma das opes low ,mid ,high, auto ou default para essa confgurao. A opodefault usa o valor espe-cifcado pelo hardware, enquanto a opo auto ajusta a velocidade do clo-ck em um ponto mais baixo quando voc liga o computador na bateria. Ao conectar na energia, o processa-dor grfco volta para sua capacidade mxima. Vale a pena experimentar com cada opo, de acordo com o uso realizado do computador, para chegar na melhor confgurao. WLAN: devorador de energia Sevocnoprecisadeacesso rede WLAN, voc defnitivamente precisadesabilitarocomponente completamente.OTLPfunciona com a maioria dos chips Intel, mas nenhum Atheros. Se seu computa-dornotemcartoWLAN,voc podemodifcaroestadooperacio-nal na seo WIFI_PWR no arquivo de confgurao.Ovalor1habilitao gerenciadordeenergiadocarto, enquantoo 5desabilita.Afuno requer kernel 2.6.32 ou mais novo. Se voc notar que a conexo WLAN setornainstvelemummodode economia de energia, ser necessrio desabilitar o gerenciador de energia. O consumo mais baixo reduz a trans-misso do adaptador e desempenho da recepo. Assim, a conexo com o roteador poderia ser interrompida em condies pouco favorveis. Figura 2 Voc pode modicar os parmetros para TLP editando o arquivo de congurao. Figura 3 Lista de IDs de dispositivo USB com lsusb . 71| ANLISE Gerenciamento de energiaLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012 O sistema do ThinkPad conhecido comoUltrabaypermiteumatroca convenientedecomponentessem ferramentas.GraasaoTLP,voc pode fazer com que o HD instala-do no Ultrabay fque em repouso se voc no o utiliz-lo por um tempo. A confgurao para isso ocorre na seo DISK_APM_LEVEL . Se voc executa um drive tico no Ultrabay,podedesabilitarcompleta-mente o drive quando estiver usando bateria. Para tanto, v seoBAY_PO-WEROFFnoarquivodeconfgurao TLP, mude o valor padro de 0 para 1 e adicione o nome de dispositivo para o drive (o valor padro, sr0 , normalmente est correto). Se voc usa o modelo de ThinkPad com dois dispositivos Ultrabay, poder gerenci-los de forma indepen-dente atravs do nome de dispositivo. Comunicao e manuteno Como todos os laptops atuais, os dis-positivosIBM/Lenovotemdiversas interfaces para comunicao com ou-tros componentes. Uma vez que voc noprecisadetodaselas,possvel encontrardiversasoportunidadesde economia de energia nessa rea. Para desabilitar dispositivos que usam USB, procure por USB_AUTOSUSPEND no arquivo /etc/default/tlp . O valor deve ser 1 . Como a funo de auto suspenso causa interrupes indesejveis nos dispositivos USB, como em modems deInternet3G,vocpodedefnir excees para certos dispositivos por meio de nmeros de ID, adicionan-do o ID do dispositivo na lista USB_BLACKLIST . Voc pode descobrir o ID como root ao digitarlsusb em uma janela de terminal ( gura 3 ). Na prxima seo,DEVICES_TO_DI-SABLE , voc pode defnir quais outras interfaces de sistema so desabilitadas no boot e durante o desligamento do computador, evitando que tais inter-facesimpeamodesligamentodo computador, colocando-o em modo de espera. Os padres so as inter-faces WLAN, Bluetooth e WWAN. Embora o TLP possa ser executa-do em todos os laptops, voc s pode confgurar os limites da carga de bate-riaemThinkPads.Asconfguraes START_CHARGE_THRESH e STOP_CHARGE_THRESH permitem acertar as confguraes da melhor forma para as baterias de ons deltioinstaladasnosmodelosde ThinkPad mais populares. Isso signifca que o sistema no carregar totalmente a bateria, mas interromper o carrega-mento quando a carga chegar a 80%, reduzindo o desgaste das clulas. Se voc notar que a capacidade da bateria est diminuindo, o TLP pode ajudararecalibrarabateriaaofazer umadescargacompletaerecarregar de novo at 100%. Para tanto, entre no sistema como root e digite tlp discharge em uma janela de terminal. Aps des-carregar totalmente, voc pode recarre-gar a bateria ao digitartlp fullcharge . Para manter a carga dos eletrnicos balanceada com o estado atual das c-lulas da bateria, uma boa ideia repetir essa operao a cada dois ou trs meses. Opes de linha de comando Se voc iniciar o TLP manualmente, o software d uma srie de parmetros de linhas de comando adicionais s opes confguradas para modifcaes decurtoprazo.Paraverasopes possveis, entre como usurioroot e digite somente tlp . Os comandosbluetooth ,wifi ewwan , cada um seguido pelos parmetros on e off , habilitam ou desabilitam servios. Os comandos tlp discharge etlp full-charge tambm esto nessa categoria e foram explicados no tpico anterior. Para eliminar o risco de confuso com discos mltiplos em seu laptop, use o ID do disco em vez do nome do dispositivo no arquivo de conf-gurao do TLP. Para descobrir o ID do disco rgido, o TLP conta com o comando tlp diskid . Concluso Sob condies de produo, o TLP impressiona.Emnossoslaborat-rios,aduraodabateriadeum ThinkPadX200tcaiuem20%, embora eu no tenha usado alguns recursos, como o de mudar a velo-cidade da placa grfca, pela falta de um adaptador Radeon. AplacaIntelWLANacabouse tornandooprincipalconsumidor deenergia,consumindocercade 2.5 watts. Graas ao TLP, eu conse-guireduziroconsumodeenergia dosistemaparamenosde2watts, estendendo o tempo de bateria em 20 minutos. OTLPbemprojetadoeuma ferramenta altamente funcional da qualnenhumdonodeThinkPad, ou outro laptop, deveria prescindir. Graas a sua excelente documenta-o e FAQ, novos usurios sem co-nhecimento profundo de hardware no tero problemas em us-lo. Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinio. Fale conosco em [email protected] artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/6277ossobr/artmzine.come:/627rtigo?pinio.rMais informaes [1] Projeto no frum do Thinkpad (em Alemo): http://bit.ly/t7otyj [2] Arquivos para Ubuntu e Debian:https://launchpad.net/~linrunner/+archive/tlp/+packages [3] Repositrio para openSUSE: http://download.opensuse.org/repositories/home:/cdersch:/TLP/openSUSE_11.3/ [4] Guia:https://github.com/linrunner/TLP/wiki/TLP-Linux-Advanced-Power-Management [5] FAQ:https://github.com/linrunner/TLP/wiki/TLP-FAQ 72www.linuxmagazine.com.brANLISE| Filtro de email com o SieveFiltro de email com SieveOrganizador de correspondncia O Sieve uma soluo de servidor, fcil de usar, que ajuda os administradores a ltrar o uxo de email de forma inteligente. por Florian Effenberger O imenso volume de trfe-go de email, nos dias de hoje,causaproblemas tantoaosadministradorescomo aos usurios. Dentro da sua caixa de entrada vo parar, no somente as mensa-gens pessoais, mas tambm a corres-pondncia do trabalho e, inclusive, notificaes das autoridades. Listas de discusso e peridicos tambm do sua contribuio para encher sua caixa postal. Paraevitarseafogarnestaen-xurrada de correspondncia, voc necessita de um sistema inteligente de filtragem que automaticamente organize seus emails, distribuindo--os nas pastas corretas. Normalmente, os usurios iro configurar estes itens diretamen-te no cliente de email, uma vez que tanto os aplicativos desktop, como os servidores web de email oferecem uma razoavelmente ex-tensaevariadagamadeopes de filtragem. E esta abordagem a mais simples desde que voc recebasuasmensagensemum nico sistema. Mas se voc usa mltiplos apa-relhos,ascoisaspodemcomear a ficar difceis. Ainda que o proto-colo IMAP mantenha os seus re-positrios de email idnticos, ele no suporta regras de filtragem. Teoricamente, voc poderia co-piar as configuraes de um clien-teparaoutro,masistoconsome algumtempo.Almdisso,quan-dovoccomearausartambm smartphonesetablets,ascoisas vo realmente ficar complicadas. Mais comodidade com o Sieve Se voc gerencia um servidor IMAP edesejafazerumfavoraosseus usurios, pense na possibilidade de lhes oferecer um fltro Sieve. Esta ANLISE73| ANLISE Filtro de email com o SieveLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012ferramenta lhes permite defnir re-gras de fltragem para as mensagens que chegam, tal como no Procmail, paracitarumexemplo.Amaior vantagemaqui,queafltragem ocorrediretamentenoservidore, portanto, acontece automaticamente para todos os clientes, independen-temente do sistema operacional. As regras so aplicadas do mesmo jeito no desktop, com o Thunderbird, no celular com Android e no seu tablet. O Sieve a quintessncia do estilo IMAP de fltrar email. Do ponto de vista do adminis-trador, uma coisa boa que o Sie-veseintegradiretamente,como plugin,ao MailDeliveryAgent (MDA)e,porconseguinte,ofe-rece excelente desempenho. Um exemplocontrastantecomesta situaodoProcmailqueti-picamente executado como script separadoe,portanto,aumentaa carga sobre o sistema.Sua sinta-xeumpoucomaissimplesdo queaantiga,eumtantoquanto complicada, sintaxe do Procmail. O Sieve est disponvel em vrios servidores IMAP e, alm de ter a capacidade de mover mensagens para subpastas, pode tambm: Encaminharmensagens para terceirosRemovermensagensidenti-ficadas como spam ou infectadas por vrusFazerdevolues(preciso ser cuidadoso com isto) Rotular e criar etiquetas IMAPEnviarmensagensautom-ticasdefriasoudeausncia do escritrio Tantoasaesquantoosme-canismosdedeciso ,podemser combinados arbitrariamente. Por exemplo,vocpoderotular,en-caminhare,automaticamente, responder uma determinada men-sagem, dependendo do seu reme-tenteedoassunto,comapenas algumaslinhasdecdigo.Todos os elementos levam a uma sintaxe de fcil aprendizagem. Porquestesdesegurana,o Sievenosuportaexecuode scripts externos, diferentemente do Procmail, mas aceita plugins que acrescentam recursos adicionais. O correto posicionamento no Postfix Nosso laboratrio de teste compre-ende a atual verso LTS do Ubun-tu, a 10.04 (Lucid Lynx), que vem com o Postfx 2.7 e o Dovecot 1.2. No exemplo que se segue, ambos os componentes devem estar instalados e funcionais, e as contas individuais de usurios devem vir do arquivo /etc/passwd o que quer dizer que vocnodeveutilizarLDAPou MySQL. Para instalar o Postfx e o Dovecot, voc pode, simplesmente, dar os seguintes comandos: apt-get install postfixapt-get install dovecot-imapd AquestosobreondeoSieve est instalado, comumente causa confuso.Umavezqueelefiltra asmensagensquechegam,voc podevirapensarquesetratade um componente do servidor SMTP o Postfix, neste caso o que no verdade. Ainda que o Sieve seja chamado pelo Postfix, a implemen-tao parte do servidor IMAP. Oprincpioportrsdisso simples.OPostfixrecebenovas mensagens, como servidor SMTP eprocessasuaconfigurao:re-soluo do endereo, scanner de vrus, filtros antispam, graylisting (combateaospam)emuitasou-tras coisas. Depois de o Postfix ter aceitado a mensagem, de t-la feito passar pelosseusprpriosfiltroseestar pronto para entreg-la na caixa de entrada do usurio, um componen-techamadoMailDeliveryAgent (Agente de Entrega de Correspon-dncia, ou apenas MDA) entra em campo. o MDA quem realmente entrega a mensagem. Esta tarefa feita por um componente do Do-vecot, compatvel com o Sieve [1] . Esta abordagem tem duas van-tagensdecisivas:porumlado,o filtro se expe apenas para as men-sagens, que ainda no tenham sido descartadas.Emoutraspalavras, asmensagensquesorejeitadas diretamente por serem classifica-dascomospam,nuncachegam ao Sieve, o que economiza recur-sos do servidor. Por outro lado, o Listagem 1: Congurao do Postx 01 mailbox_delivery_lock = dotlock, fcntl02 virtual_mailbox_lock = dotlock, fcntl03 home_mailbox = Maildir/04 mailbox_command = /usr/lib/dovecot/deliver Listagem 2: Exemplo do Sieve 01 # -- load plug-ins -0203 # -- Move messages into another folder -04 require "fileinto";0506 # -- Filter rules -07 #08 if header :contains "X-Spam-Flag" "YES" {09 fileinto "Junk";10 } 74www.linuxmagazine.com.brANLISE| Filtro de email com o SieveSieve tem acesso aos cabealhos, quesoadicionadospelasentra-dasdaconfiguraodoPostfix, comSpamAssassin,ClamAVou o Policy Daemon. O MDA configurado para usar a opo mailbox_command no arquivo /etc/postfix/main.cf . Em nosso la-boratrio, a conexo correta entre o Sieve e o Postfix parece tal como descrito na listagem 1 . Apsfazerasmudanas,voc precisamandaroPostfixrecar-regaraconfiguraesatravsdo comando postfix reload . Configurao do Dovecot Usar odeliver como o seu MDA, noimplicanahabilitaoau-tomticadoSieve,porque,pri-meiro,vocprecisaconfigurar o protocolo. Novamente, eu vou partirdopressupostodequea instalao bsica do Dovecot est funcionando corretamente e que asmensagensestosendoade-quadamentedistribudasparaas caixas postais IMAP. NoUbuntu,oservidorde configuraoestlocalizadoem /etc/dovecot/dovecot.conf . Voc vai precisar habilitar duas importan-tesopesnaseolda .Aopo postmaster_address d nome a um contato tcnico para o servidor de email e exibido nas mensagens queretornam( bounces )easdo sistema. Uma vez que o Dovecot scarregaaextensoquandoo administrador manifesta expressa-mente seu desejo de que isso seja feito, faz sentido fornecer um alias dedicado aqui. Umaseocompletalda ,ter a seguinte aparncia: protocol lda{postmaster_address = [email protected]_plugins = sieve} O comando /etc/init.d/dovecot restart manda o servidor recarre-gar a configurao, o que conclui a instalao do Dovecot E agora, para os usurios... Uma vez concludo o trabalho do administradordosistema,deim-plementaodetodososrequisi-tos para tornar o Sieve disponvel e funcional para cada usurio no servidorIMAP,voudirecionaro foco para os passos a serem segui-dos pelos usurios para que possam gerenciar seus prprios fltros e ex-plorar a sintaxe do Sieve. Comoregrageral,cadaservi-dorIMAPincluisuaprpriaim-plementao Sieve e os detalhes, como nomes dos arquivos para os comandos de filtragem ou nomes dos plugins, podem variar de um pra outro. Dito isso, os fundamentos da linguagem so especificados e, mesmo que voc mude seu servidor deemail,sercapazdeportara maior parte das regras que definiu. Figura 1 Se desejado, o Sieve tambm pode enviar aviso de que o destinatrio est de frias. 75| ANLISE Filtro de email com o SieveLinux Magazine #86 | Janeiro de 2012 A seguinte seo usa uma im-plementaoSievenoDovecot 1.2.1,queoUbuntu10.04prov comopacoteinstalvelapartir de seus repositrios. Como padro, todos os arquivos decontroledoSieveresidemno diretrio home do usurio. Em um teste inicial, voc pode querer criar umusuriodedicadoparaevitar impactarnoseuusoregularde emails, ao apagar ou mover men-sagens acidentalmente. OSievebastantesimplesde usar;umaregradefiltragemin-corretanoimpedirqueuma mensagem seja entregue. Em vez disso,asregrasdofiltronoso carregadaseamensagemdei-xada sem filtragem alguma. Ainda assim,estaaopodeterefeitos indesejados, caso voc receba um grande nmero de emails. Alguns arquivos vo merecer sua ateno durante a implementao do Dovecot. O arquivo principal o .dovecot.sieve (note o ponto no inciodonome),noqualsoar-mazenadas todas as regras de fltra-gem. Quando ocorrem mudanas, o .dovecot.svbin automaticamen-tepr-compiladoparaaceleraro processamento quando a prxima mensagem chegar. Outro arquivo importante o .dovecot.sieve.log , que usado pelo sistema de fltra-gemparaguardarasmensagens de erro, caso ocorram incidentes. Se houver mensagens de frias, o.dovecot.lda-dupestambmvai estarpresente.Eleacompanha asrespostasautomticasqueso enviadas.Alistagem2 ,duma visogeralinicialdaestrutura de arquivos. Esteprocessocomeacomo carregamento de todas as extenses requeridas, neste caso, fileinto , que responsvel por mover mensagens para outras pastas. As regras indivi-duais seguem na segunda parte; o Sieve vai process-las, uma aps a outra, ignorando comentrios que comecemcom# .Noexemplo, asmensagensquecontenhama palavra YESemseuscabealhos X-Spam-Flag so movidas para a pas-ta de spam o que ser til para mover automaticamente qualquer email no solicitado identificado peloSpamAssassin.Paratestara configurao, tudo que voc pre-cisadeumamensagemcomo padro GTUBE [2] . As filtragens bem-sucedidas so imediatamen-te exibidas em /var/log/mail.log : Aug 2 10:15:51 mail dovecot: deliver(sieve): sieve: msgid=: stored mail into mailbox ' Junk' NalinguagemdoSieve,voc comeaenunciandoacondio, quelevaaoaserexecutada. Ambas, condies e aes, podem ser combinadas tal como pode ser observado no exemplo na listagem 3 . Noexemplo,pr-condies sodefinidasentreparnteses; aopoanyofsignificaquecada um vlido por si s. Em outras palavras,seapenasumdostrs cabealhos( header )satisfizera condio a que se refere, a regra ainda se aplica. As aes a serem executadas, so listadas abaixo do texto entre parnteses. Noexemplo,todamensagem identifcada como spam, ser mo-vida para a pasta Junk e, adicional-mente, marcada como Seen (lida). O comando setflag , requerido paraexecutarestaao,dispo-nibilizadopelaextenso,jcar-regada,imap4flags .Porfim,o comando stop tambm til, por