lÍngua portuguesa 2º ano - prefeitura municipal de … · produção de texto a produção de...

59
LÍNGUA PORTUGUESA Daiane Aguiar da Silva

Upload: leminh

Post on 07-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

LÍNGUA

PORTUGUESA

Daiane Aguiar da Silva

Ensino da Língua Portuguesa tem

como princípio situações reais de uso

da língua.

Trabalho de “Uso-reflexão-uso”, da

língua escrita na sociedade.

Em quais momentos do seu dia você

utiliza a Leitura e Escrita?

E os seus estudantes?

Vídeo da Magda Soares

Objeto de

estudo ???

A língua “real”, por meio dos

Gêneros Textuais e seus

princípios tipológicos.

Tem a função social de

comunicação;

Surgiram com a necessidade que

o ser humano tem de interagir e

comunicar se com o outro;

São incontáveis;

Apresentam peculiaridades que

nos permitem identificá-los;

São bastantes estáveis, histórica

e socialmente situadas.

Organizados em uma

estrutura definida;

É a forma de como o texto se

apresenta;

Apresenta um numero

limitado de possibilidades.

Narrativo Argumentativo Expositivo Descritivo Expressivo Injuntivo

(Persuadir)

Injuntivo

(Instrucional)

Conta fatos (narra), envolve personagens e narrador. Acontece tempo e lugar. Ex.: Fábula, adivinha, HQ, piada....

Tem a função de persuadir e convencer o leitor a aceitar opinião imposta pelo texto.

Ex.: texto de opinião, carta ao leitor, de reclamação....

Transmite emoções e ideias Imaginação e sensibilidade. Possui versos e rimas. Ex.: poema, letra de canção, parlenda ...

Relato sobre lugar, pessoa, animal ou objeto. Situações e experiências reais. Ex.: relato de exp., atas, cardápio ...

Apresenta informações e fatos. Transmite conhecimento, texto informativo. Ex.: resumo, ficha técnica, artigo ...

Instrui e orienta o leitor, passo a passo para fazer algo. Ex.: Receita, instrução de montagem, regulamento...

Tem a intenção de persuasão, discute problemas, levantando e oferecendo soluções. Ex.: Convite, Campanha, propaganda, aviso ...

Classificação de

Gêneros

trabalhados.

Por que insistir no trabalho com gêneros

textuais?

Para pensar em um outro modo de se produzir, ler e

compreender textos na sala de aula (ROJO, 2002: 39).

Compreensão e interpretação

Para formar um sujeito leitor e autor

Por que insistir no trabalho com gêneros textuais?

Se, fora da escola, nós éramos e somos “produtores de textos”, na escola, éramos produtores de “redação”. Escrevíamos um texto específico, para um interlocutor também específico: o professor; com um objetivo preciso: aprender a escrever. E essa aprendizagem, para muitos de nós, deixou “traumas”, uma vez que nossa escrita estava sempre sendo avaliada como “boa” ou “ruim”, “certa” ou “errada”. SE PERGUNTARMOS PARA SEUS ESTUDANTES, PARA QUE E PARA QUEM ELES ESCREVEM?

QUAIS SERIAM AS RESPOSTAS

Práticas

Metodológicas

para o ensino de

Língua Portuguesa

Exercício constante de leitura,

análise linguística do texto e da

palavra, bem com o exercício da

produção e da reestruturação de

textos.

(Proposta Curricular Municipal, p. 277, 2009)

Leitura:

É fundamental o reconhecimento do SEA e a

compreensão da escrita.

Para aprender a ler é necessário o contato

mediado e sistematizado com diferentes

gêneros textuais, escritos em diferentes

suportes.

Para (SOARES, 2003) “Ler é um conjunto de habilidades e

comportamentos que se estendem desde decodificar

sílabas ou palavras até ler Grande Sertão Veredas de

Guimarães Rosa [...] ler é um conjunto de habilidades,

comportamentos, conhecimentos que compõem um

longo e complexo continuum...”. Nessa perspectiva, a

leitura é uma atividade complexa, composta por

múltiplos processos interdependentes, dos quais os

fundamentais são: o reconhecimento do SEA (letras,

padrões silábicos, diacríticos, segmentação etc) e a

compreensão da mensagem escrita.

Desse modo, o sucesso ou o insucesso do ensino-

aprendizagem da leitura estão diretamente ligados às

condições reais da prática desta, ou seja, para que se

aprenda a ler é necessário o contato, mediado e

sistematizado, com diferentes gêneros textuais,

diferentes tipos e variadas experiências de leitura,

como conceitua MARCUSCHI (2003).

Portanto, é necessário interagir

cotidianamente com diferentes materiais

escritos em diferentes suportes

(o jornal, a revista, a internet etc), ...bem

como analisá-los nos seus aspectos de

coesão e coerência textual, por meio da

análise linguística do gênero e tipo.

Análise linguística do texto:

Pressupõe o ensino - aprendizagem dos

elementos que garantem a textualidade,

gênero e tipo textual.

Trabalho com Texto ou Gênero???

• Temática

• Opinião

• Análise linguística no interior da palavra/do texto

Texto

• Função social

• Estrutura/Suporte

• Para quem ler?

• Análise linguística no interior do texto

Gênero

Alfabetização e letramento

Gênero

Trabalhar com gênero é chamar

a atenção para a estrutura e

função do texto em sociedade;

Quando se trabalha apenas as

ideias do texto, estamos

trabalho com o texto e não com o

gênero.

Sistematizando...

O projeto “Editorial” foi desenvolvido em dezembro de 2005, pela professora Ladjane Ferreira Maciel

de Moura nos responde essa pergunta...

Leitura do relato da professora.

Fragmentos de aula como essas, que lemos há pouco, mostram uma articulação produtiva da relação texto e gênero. Mas, muitas vezes,... trabalha-se com aspectos internos ao texto, que não são relacionados às condições de funcionamento desse texto em sociedade, como representante de certo gênero.

GÊNERO, TEXTO OU OS DOIS?

GÊNERO, TEXTO OU OS DOIS?

Há ainda as situações radicalmente opostas: trabalha-se apenas com características do gênero – função social, interlocutores, formas de circulação, etc... não remetem aos textos em si.

Análise linguística da palavra

Trabalho com as “unidades menores” da

língua escrita.

Não só no início da Alfabetização, como

também em todos os anos do Ensino

Fundamental.

As letras tem valores sonoros fixos, apesar de muitas terem

mais de um valor sonoro e certos sons podem ser notados com

mais de uma letra;

FIXOS- biunívocas

MUITAS TEM MAIS DE UM

VALOR- cruzadas

CERTOS SONS PODEM SER

ESCRITOS POR MAIS DE UMA

LETRA- arbitrárias

PADRÕES SILÁBICOS

VOGAL (v) ALÔ

CONSOANTE E VOGAL (cv) MALA

CONSOANTE, CONSOANTE, VOGAL (ccv) PREGO

CONSOANTE, CONSOANTE, VOGAL, CONSOANTE,

CONSOANTE (ccvcc)

TRANSPIRAÇÃO

CONSOANTE, VOGAL, CONSOANTE (cvc) BARCO

VOGAL, VOGAL (vv) AUTOMÓVEL

VOGAL, CONSOANTE (vc) ARMÁRIO

CONSOANTE, VOGAL, VOGAL (cvv) LÍNGUA

CONSOANTE, CONSOANTE, VOGAL, VOGAL (ccvv) TREINAMENTO

CONSOANTE, CONSOANTE, VOGAL, CONSOANTE

(ccvc)

ATRÁS

CONSOANTE, VOGAL, CONSOANTE, CONSOANTE

(cvcc)

SUBSTÂNCIA

CONSOANTE, VOGAL, VOGAL, VOGAL (cvvv) PARAGUAI

Produção e reestruturação de texto

Envolve a

materialização

de significados

e sentidos.

Produzir é realizar, criar, fabricar; texto é um

desenho, uma palavra, uma frase ou um

conjunto delas que, dentro de um contexto,

transmite um significado ou uma ideia.

(Russo,2012)

Funções da escrita

Registro Comunicação

Organização Lazer

Texto significativo:

Alguém

Ideia Autor

Produção de

escrita

Atividades de produção

de escrita (ex. a partir

de imagens)

desconsideram o

sujeito-escritor.

Produção de texto

A produção de textos deve

partir do gênero estudado.

Analisar e relacionar com a produção das estudantes.

Produção de texto

Que estratégias usamos para escrever um texto?

Coletivas... Individuais... Duplas...

Produção textual

Quando desenvolvemos uma atividade de

produção textual, estabelecemos com os

alunos um contrato didático (um acordo sobre

o que deles é esperado e sobre como nós,

professores atuaremos junto com eles)

Quando atuamos junto com eles?

Produção coletiva

Maior aliado do professor!!!!!

Sandra Bozza

Papel do professor na produção coletiva: Além de escriba...

Escreve... Lê... reorganiza...lê novamente com apontamentos do que já foi escrito...

propõe substituições de palavras... ... ...

Para que produzir coletivamente????

As crianças aprendem estratégias ou procedimentos

cognitivo que os mais experientes já utilizam;

Começam a perder o medo de escrever, ficam mais

motivadas e percebem que tem muitos conhecimentos

prévios que são ativados nesta atividade proposta;

É na P.C. que o professor demonstra para o aluno que

em cada pedaço do texto tem uma ideia completa;

Para que produzir coletivamente????

Percebem que tudo que pensamos e/ou falamos pode ser escrito, mas que ao escrever utilizamos de regras próprias;

Que transformamos a linguagem oral para norma culta;

ELE TÁ ELE ESTÁ

Que o texto tem um começo, meio e fim;

Mostramos as crianças as estruturas dos diferentes gêneros textuais;

... Assim as palavras mais carregadas de significados para a criança são aquelas relacionadas com sua prática de cultura e com atividades cotidianas. SOUZA LIMA, 2010

E nós precisamos conhecer nossos estudantes para planejar atividades que façam sentido para eles.

Reestruturação/Reescrita

... parte integrante de um processo de criação e de idas e vindas entre o texto e o estudante. ... é um processo que auxilia no aprimoramento da utilização da língua, na reflexão sobre como ela foi utilizada e no aprimoramento das ideias trabalhadas.

... ressalta a importância os alunos perceberem que uma

escrita bem feita exige a reescrita e que escrever é trabalhar

e retrabalhar seu texto até que ele o satisfaça.

...A reescrita só pode fazer sentido se os alunos

compreendem o seu funcionamento, participam ativamente

da sua elaboração e percebem a evolução do que

escreveram.

... entendida como uma oportunidade não do professor fazer

correções ao aluno, mas de auxiliá-lo a pensar sobre por que

escreveu aquilo e daquela maneira.

Reestruturação

Quando o professor precisa organizar as ideias do

texto, auxiliar na estrutura do gênero, substituir

palavras por outras com mesmo significado, bem

como faz reflexões com a criança sobre a relação

fonema-grafema.

Reescrita

Quando o professor aponta e faz reflexões com a

criança sobre a relação fonema-grafema.

Reescrever é o mesmo que avaliar, pois

tomando a avaliação como uma via de mão

dupla, ao mesmo tempo em que detecto o que

o aluno já se apropriou, evidencia-se o que

preciso trabalhar para que ele avance no

processo aquisitivo da língua escrita. Sandra Bozza

Se essas práticas de produção e

reestruturação são tão importantes...

Com que frequência

proporciono aos

estudantes que

realizem produção de

gênero?

E com que qualidade?

Quais as práticas metodológicas estão

presentes e quais as que faltam?

Crie encaminhamentos para desenvolver as

práticas que estão faltando.

Análise do Gênero

Trabalho em grupo.

Criação de uma propaganda:

Pensando no tripé:

Alguém

Ideia Autor

Trabalhando com alguns

Gêneros Textuais:

Exemplos de atividades para trabalhar cada uma

das Práticas Metodológicas de Língua Portuguesa.

Relação do Gênero com outra área do

conhecimento.

Fonte: http://pehdechinelo.blogspot.com.br/2012/06/havaianas-qual-sua.html

Recurso intertextualidade

A imagem utilizada na campanha foi inspirada na obra

Abaporu, de Tarsila do Amaral. Este é o quadro mais

importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro

para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu

marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu

amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela

figura estranha e acharam que ela representava algo de

excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-

guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que

come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago

e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de

"deglutir" a cultura europeia e transformá-la em algo bem

brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito

importante para a arte brasileira e significou uma síntese do

Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a

nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu"

foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o

valor de US$1.500.000. Foi comprado pelo colecionador

argentino Eduardo Costantini. Disponível em: <http://www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/historia.htm> Acesso em:

02/08/2012.

Ponto de partida do projeto:

Áreas do conhecimento

Objeto de Estudo

Metodologias

TEMA

Referências:

MORAIS, Artur Gomes. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

PIRAQUARA, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Proposta Curricular da Rede Pública de Ensino de Piraquara. Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Piraquara, 2009.

Alfabetização: reescrita e avaliação de produções textuais (Sandra Bossa, 2005)

https://www.youtube.com/watch?v=k5NFXwghLQ8 (Magda Soares)