lig nina 20132

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lignina

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  • UFPR/DETF

    QUMICA DA MADEIRA

    LIGNINA Disciplina Qumica da Madeira

    UFPR/DETF Prof. Dr. Umberto Klock

  • QUMICA DA MADEIRA

    LIGNINA

    Introduo

    A lignina o terceiro componente fundamental da madeira, ocorrendo entre 15 e 35% de seu peso.

    2

  • Madeira

    3

    Ligninas

  • Lignina na Parede Celular

    4

    Camada Espessura, m

    Composio

    LM 0,2-1,0 lignina, pectinas

    P 0,1-0,2 celulose, polioses, lignina, pectinas, protenas

    S1 0,2-0,3 celulose, polioses, lignina

    S2 1,0-5,0 celulose, polioses, lignina

    S3 0,1 celulose, polioses, lignina

  • Camadas da Parede Celular

    5

    Camada Espessura,

    m

    Composio (%)

    Celulose Hemiceluloses Lignina

    LM 0,2-1,0 lignina, pectinas

    P 0,1-0,2 celulose, hemiceluloses, pectinas,

    protenas, lignina

    S1 0,2-0,3 celulose, hemiceluloses, lignina

    S2 1,0-5,0 celulose, hemiceluloses, lignina

    S3 0,1 celulose, hemiceluloses, lignina

  • 6

    Mollula de celulose,

    com a indicao da

    unidade bsica

    celobiose.

    Arranjo da celulose na

    fibrila elementar

    (36 molculas).

    Cristalitos de celulose

    Corte transversal de

    uma microfibrila,

    mostrando feixes de

    celulose embebidas em

    uma matrix de

    hemiceluloses e lignina. Lignina

  • Por que tanto interesse?

    Simplesmente.a lignina a substncia que os produtores de celulose e papel

    querem fora da Madeira; a manipulao gentica de rvores para produzirem menos lignina ou um tipo de lignina

    diferente, que poderia ser mais facilmente retirada so de tremendo

    interesse econmico.

    7

  • LIGNINA

    8

  • LIGNINA

    9

  • LIGNINA

    Lignina Kraft lavada.

    http://www.lignoworks.ca/

  • LIGNINA : GENERALIDADES

    Descoberta por Anselme Payen em 1838.

    Klason em 1897, propos que a lignina estava relacionada a unidades de lcool coniferlico,

    Em 1907: substncia macromolecular, Em 1917: unidades de lcool coniferlico com

    ligaes ter, Em 1940: concluiu que a lignina constituda

    por unidades de fenilpropano com ligaes tridimensionais.

    A lignina difere da celulose porque: - uma macromolcula aromtica, - altamente irregular em sua constituio e

    por ser amorfa. Composio elementar: carbono, hidrognio e

    oxignio.

    11

    Payen

    Klason

  • LIGNINA

    Localiza-se principalmente na lamela mdia onde depositada durante a lignificao do tecido vegetal. Quando o processo de lignificao completado, geralmente coincide com a morte da clula formando o que se denomina tecido de resistncia.

    Da concluir-se que a lignina um produto final do metabolismo da planta.

    12

  • Localizao da lignina

    13

  • Localizao da lignina

    Lamela media

    14

  • LIGNINA Distribuio na parede celular de um traqueide

    Madeira Regio

    morfolgica

    Volume do

    tecido (%)

    Lignina (% do

    total)

    Concentrao

    da lignina (%)

    S 87 72 23

    LI ML 9 16 50

    CC 4 12 85

    S 94 82 22

    LT ML 4 10 60

    CC 2 9 100

    LI - lenho de incio de estao; LT - lenho de fim

    estao; S - parede secundria ; ML - lamela mdia

    composta e CC - canto das clulas

    15

  • Imagem qumica da lignina em clulas de tecido vegetal de xilema de Populus trichocarpa por microscopia confocal Raman. Os sinais mais

    fortes de Lignina em CC, seguido pela lamela mdia composta (CML). Lignina tambm distribuda na parede secundria, S1, S2 e S3 com

    mior concentrao nas camadas mais externas (sentido CML).

    (Schmidt et al. 2009. Planta, 230:589-597).

  • A lignina como a celulose, tambm um polmero mas difere desta porque predominantemente um composto aromtico, e porque altamente irregular em sua constituio e estrutura molecular.

    As ligninas presentes nas paredes

    celulares das plantas esto sempre associadas com as polioses, no s atravs da interao fsica como tambm de ligaes covalentes.

    LIGNINA

    17

  • bem aceito o fato da lignina ter sua origem a partir da polimerizao dehidrogenativa (iniciada por enzimas) dos seguintes precursores primrios: lcool trans-coniferlico,

    lcool trans-sinaplico e,

    lcool para-trans-cumrico.

    constituda de unidades de fenil-propano unidas por ligaes C-O-C e C-C e com diferentes teores de grupos alcolicos e metoxlicos dependendo da madeira.

    LIGNINA

    18

  • A lignina encontrada nas plantas do reino vegetal, porm, sua constituio no a mesma em todas elas.

    Portanto a lignina no deve ser considerada como uma substncia qumica nica, mas sim como uma classe de materiais correlatos.

    LIGNINA

    19

  • O termo lignina, em um senso mais amplo, refere-se lignina componente de vrias plantas, que diferem uma da outra de acordo com a espcie e localizao na planta.

    O termo protolignina ou lignina in situ refere-se lignina associada ao tecido da planta, uma vez que para separar a lignina da sua associao natural na parede celular h, pelo menos, ruptura das ligaes lignina-polissacardeos e uma

    reduo no peso molecular

    LIGNINA

    20

  • LIGNINA - Conceito

    A lignina um polmero de natureza aromtica com alto peso molecular que tem como base estrutural unidades de fenil-propano e provavelmente est ligada aos polissacardeos (polioses) da madeira.

    21

  • LIGNINA : fenilpropano

    A unidade bsica de fenilpropano consiste de um anel aromtico e de

    uma parte aliftica (cadeia lateral)

    de 3 tomos de carbono,

    denominados , e ; (C6-C3 ou C9, unidas por ligaes ter e C-C).

    Composio distinta dependendo da espcie vegetal.

    22

  • Estrutura da Lignina A Figura mostra a estrutura tridimensional de um fragmento do polmero de lignina de Picea spp. composto de 4 unidades repetidas, vistas de um ngulo ao eixo axial do polmero. So vsiveis as 4 cadeias de xilanas (amarelo) esto ligadas a cada unidade repetida.

    Fonte, Kaj G. Forss, 2006 23

  • LIGNINA - Precursores

  • LIGNINA: BIOSSNTESE

    Proveniente do metabolismo secundrio da planta

    Derivada de 3 precursores primrios:

    lcool p-cumarlico

    lcool coniferlico

    lcool sinaplico

    Os precursores primrios so gerados a partir de:

    Rota metablica do cido chiqumico

    Rota metablica do cido cinmico

    25

  • Lignificao

    Precursores Majoritrios da Lignina

    26

  • LIGNINA - Rota do cido Chiqumico

    27

    C

    C

    CH2OH

    H OHC

    OHH C

    HOH

    H OH

    CHO

    Glicose

    COOH

    HO

    HO

    HO

    cido chiqumico

    HO

    CH2COCOOH

    COOH

    cido prefnico

    HO CH2CHCOOH

    NH2

    CH2CHCOOH

    NH2

    Tirosina

    Fenilalanina

  • LIGNINA - Rota do cido cinmico

    28

    CH2CHCOOH

    NH2

    FENILALANINA

    FENILALANINAAMNIA LIASE

    CH CHCOOH

    CIDO CINMICO

    FENOLASES

    CH CHCOOHHO

    CIDO p-CUMARLICO

    CH2CHCOOH

    NH2

    HO

    TIROSINA

    AMNIA LIASETIROSINA

  • LIGNINA - Biossntese dos precursores

    29

    OH

    COOH

    OH

    OCH3H3CO

    COOH

    cido p-cumarlico cido sinpico

    1- C3-Fenolases

    2- C3-Metiltransferases

    OH

    COOH

    OCH3

    cido ferlico

    1- C5-Fenolases

    2- C5-Metiltransferases

    1- Ligase CoA

    2- Redutase

    3- Desidrogenase

    1- Ligase CoA

    2- Redutase

    3- Desidrogenase

    1- Ligase CoA

    2- Redutase

    3- Desidrogenase

    lcool sinaplicolcool coniferlicolcool p-cumarlico

    OH

    OCH3H3CO

    CH2OH

    OH

    OCH3

    CH2OH

    OH

    CH2OH

  • lcoois precursores das ligninas

    OH

    CH2OH

    OH

    OCH3

    CH2OH

    OH

    OCH3H3CO

    CH2OH

    lcool p-cumarlico lcool coniferlico lcool sinaplico

    Lignina

    p-hidroxifenila Lignina

    Guaiacila

    Lignina

    Siringila

    30

  • Ligaes presentes na estrutura molecular das

    Ligninas

    Ligao a-a

    Ligao b-5

    Ligao b-b

    Ligao b-O-4

    Ligao 3-5

    31

  • A LIGNINA E SUA INTERAO COM A CELULOSE E POLIOSES

    32

  • O Processo de Lignificao

    Gerao dos lcoois p-hidroxi-cinamlicos nas vesculas de

    Golgi;

    Armazenamento dos precursores no cmbio na forma de

    um glicosdeo (estvel);

    Transporte dos precursores atravs da membrana at stios

    de lignificao na parede celular;

    Liberao do precursor no stio de lignificao pela enzima

    b-glicosidase : A b-glicosidase existe somente na parede

    celular das clulas em fase de lignificao.

    33

  • Estabilizao dos precursores contra

    polimerizao: glicosdeos

    34

    Coniferina = glicosdeo do lcool coniferlico

    O

    OH

    HO

    HO O

    CH2OH

    CH CH CH2OH

    CH3O

  • Liberao do lcool coniferlico na regio de lignificao pela b-glicosidase

    35

    CH2OH

    CH

    CH

    CH2OH

    OCH3

    OH

    CH

    CH

    CH2OH

    OCH3

    b-D-glicosidase

    - glicoseO

    OH

    HO

    HO O

    Coniferina

    lcool

    coniferlico

  • 36

    Modelo de Lignina

    CH3O

    OCH3

    HO

    O

    OH

    HO

    OCH3CH3O

    OHO

    HO CH3O

    OCH3

    O

    OH

    OH CH3O

    O

    OH

    OH

    OCH3

    OH

    OH

    O

    OCH3

    HO

    HO

    O

    CH3O OCH3

    HOO

    HO

    OCH3

    OH

    OCH3

    CH3O

    OH

    OH

    O

    OCH3

    OH

    HOO

    OCH3

    O

    OCH3

    HOO

    HO

    HO

    OCH3

    O

    OH OH

    OCH3

    CH3O

    O

    O

    OCH3

    OCH3

    O

    OH

    OH

    OOH

    OH

    OCH3

    CH3O

    O

    OHOH

    OCH3

    CH3O

    O

    OHOH

    CH3O

    O

    OCH3

    HO

    CH3O

    1

    2

    3 4

    5

    6

    7

    8

    9 10

    11

    12

    13

    14

    15

    16

    17

    18

    19

    20

  • Classificao geral das Ligninas

    1. Lignina guaiacila (G):conferas - polimerizao do lcool coniferlico. 2. Lignina guaiacila-siringila (G-S): folhosas - co-polimerizao do lcool coniferlico + lcool sinaplico. 3. Lignina 4-hidroxifenil-guaiacila-siringila (H-G-S): gramneas - co-polimerizao do lcool coniferlico + lcool sinaplico +

    lcool p-coumarlico 4.Lignina 4-hidroxifenila-guaiacila (H-G): mad. de compresso - polimerizao do lcool coniferlico + lcool p-coumarlico

    37

  • 38

    (Proporo molar de unidades estruturais (13C NMR) de lignina dioxano da madeira)

    Contedo de Ligninas Guaiacila, Siringila e p-hidroxifenila em vrias madeiras folhosas

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    E. globulus E. urograndis

    E. grandis B. pendula A. mangium

    Mo

    le %

    S G H

  • Estrutura qumica

    A estrutura qumica da lignina no totalmente conhecida principalmente pelo fato das alteraes que sofre durante as prticas bastante drsticas de seu isolamento da madeira.

    LIGNINA

    39

  • Composio elementar

    fato comprovado que na composio qumica elementar da lignina ocorrem nica e exclusivamente carbono, hidrognio e oxignio. A composio elementar percentual varia principalmente se a lignina for obtida de conferas ou de folhosas e com o mtodo de isolamento da mesma.

    LIGNINA

    40

  • Elementos

    Conferas (%)

    Folhosas (%)

    C

    63 - 67

    59 - 60

    H

    5 - 6

    6 - 8

    O

    27 - 32

    33 - 34

    LIGNINA

    41

  • 42

    Espcie % C % H % O % OCH3

    CONFERAS:

    Picea abies 63,8 6,0 29,7 15,8

    Araucaria angustifolia 59,1 5,6 35,3 17,8

    Pinus taeda 61,6 5,9 32,5 14,0

    FOLHOSAS:

    Eucalyptus regnans 59,2 6,3 33,6 22,9

    Populus tremuloides 60,0 6,1 33,9 21,5

    Gmelina arborea 58,7 5,8 35,5 19,3

    Eucalyptus grandis 60,6 6,0 32,4 22,0

    Ex.: Composio elementar de ligninas

  • Base estrutural

    A base estrutural da lignina o fenil-propano, tendo ligado ao anel benzenico um nmero vriavel de grupos hidroxlicos e metoxlicos.

    Esses grupos fazem com que o fenil-propano tome a forma de radicais qumicos bem definidos.

    LIGNINA

    43

  • Assim que na lignina que ocorre nas madeiras das gimnospermas predominam radicais de:

    guaiacil-propano (metoxi--3-hidroxi-4-fenil-propano)

    nas angiospermas predominam radicais de:

    siringil-propano (dimetoxi-3-5-hidroxi-4-fenil-propano).

    LIGNINA

    44

  • LIGNINA - Grupos funcionais

    a. Grupos metoxlicos (OCH3)

    o grupo funcional mais caracterstico da lignina, e apesar de aparecer tambm nas polioses, cerca de 90% dos grupos metoxlicos da madeira so da lignina.

    De maneira geral, a lignina das conferas apresenta em torno de 16% de OCH3 (0,95/unidade de fenil-propano) e das folhosas cerca de 22% (1,40/unidade de fenil-propano).

    45

  • b. Grupos hidroxlicos (OH)

    Os grupos hidroxlicos que ocorrem na lignina representam cerca de 10% de seu peso (1,1/unidade de fenil-propano) tanto para conferas como para folhosas. Estes grupos em geral so de natureza fenlica ou alcolica (lcoois primrios, secundrios e tercirios)

    LIGNINA

    46

  • c. Outros grupos funcionais

    Na lignina ocorrem outros grupos funcionais entre os quais se destacam os grupos carboxlicos (COOH) em torno de 0,05/unidade de fenil-propano e grupos carbonilos (CO), 0,1 a 0,2/unidade de fenil propano.

    LIGNINA

    47

  • LIGNINA - Propriedades

    Massa molecular As massas moleculares dos derivados solveis de lignina

    situam-se numa faixa bastante ampla.

    Na literatura h desde valores inferiores a 10 at valores acima de 106 , tanto para lignosulfonatos como para ligninas alcalinas.

    De um certo modo a molcula de lignina pode ser reduzida a um tamanho suficientemente pequeno, para ser considerado um composto qumico que exibe comportamento dos compostos solveis ou suficientemente grande, para ter o comportamento de um alto polmero ou de um colide.

    48

  • A maioria dos valores de massa molecular para ligninas isoladas est na faixa de 1.000 a 1.200, dependendo da intensidade da degradao qumica e/ou da condensao ocorrida durante o isolamento. Considerando a massa molecular do fenilpropano (unidade formadora) como 184, o grau de polimerizao das ligninas isoladas encontra-se na faixa de 5 a 60.

    LIGNINA

    49

  • Transio vtrea

    A temperatura de fuso cristalina a temperatura na qual um polmero cristalino se funde, enquanto que a temperatura de transio vtrea a temperatura na qual um polmero amorfo comea a amolecer. Abaixo da temperatura o polmero apresenta as caractersticas de um vidro (rigidez, etc.).

    LIGNINA

    50

  • Transio Vtrea

    Polmeros amorfos Temperatura de amolecimento Lignina = 135 a 190C Influenciada pelo teor de umidade

    > TU = < TC Maior a massa molecular = maior a

    temperatura de amolecimento Torna-se pegajoso adesivo (varia

    T) Importante: fabricao de

    papel/papelo no-branqueados e nas confeco de chapas de fibras.

    51

  • A lignina sendo um polmero amorfo possui um ponto de transio vtrea (ou de amolecimento), que varia consideravelmente conforme a origem e o mtodo utilizado para o seu isolamento, geralmente variando entre as temperaturas de 135 ~ 190C, sendo influenciada pela umidade

    LIGNINA

    52

  • Uma das causas da variao a massa molecular, quanto maior for esta, mais alta a temperatura de amolecimento.

    A gua tambm possui um efeito significativo na temperatura de amolecimento da lignina, esta decresce com o aumento do teor de umidade.

    LIGNINA

    53

  • LIGNINA - Funes da lignina na planta

    Aumenta a rigidez da parede celular.

    Une (cimenta) as clulas umas as outras.

    Reduz a permeabilidade da parede celular gua.

    Protege a madeira contra microorganismos (sendo essencialmente fenlica, a lignina age como um fungicida).

    54

  • Frmula elementar da lignina

    A anlise elementar e determinao da lignina Bjorkman a partir da madeira de Abeto Noruegus sugerem a seguinte frmula elementar baseada no C9 (fenilpropano):

    C9H7,92 O2,40 (OCH3)0,92

    LIGNINA

    55

  • LIGNINA

    56

  • REAES qumicas .......

    As reaes qumicas da lignina tem sido estudadas a fim de elucidar sua estrutura qumica e explicar os fenmenos que ocorrem no cozimento da madeira para a produo de celulose, branqueamento da celulose, etc.

    LIGNINA

    57

  • Reaes Qumicas

    Sulfonao

    Hidrlise cida

    Hidrlise alcalina

    Condensao e mercaptao

    Halogenao

    Oxidao

    58

  • a. Sulfonao

    Quando a madeira ou a prpria lignina tratada com sulfitos ou bissulfitos metlicos e cido sulfuroso so formados produtos denominados cidos lignossulfnicos ou lignosulfonatos, os quais ficam na soluo enquanto os polissacardeos permanecem insolveis.

    LIGNINA

    59

  • b. Hidrlise cida

    A lignina bastante resistente hidrlise cida, porm quando aquecida em meio cido sob condies especficas, pode ocorrer hidrlise, principalmente nas ligaes ter.

    LIGNINA

    60

  • c. Hidrlise alcalina

    Quando a lignina tratada com solues alcalinas a temperaturas elevadas podem ocorrer rupturas nas ligaes de ter entre as unidades de fenilpropano, formando grupos fenlicos, responsveis por sua solubilizao.

    LIGNINA

    61

  • A hidrlise alcalina ocorre principalmente durante os cozimentos soda de obteno de celulose industrial. O processo soda usado para a produo de celulose utiliza soluo de NaOH e temperaturas de cerca de 160C.

    62

  • d. Condensao e mercaptao

    Condensao a reao que os componentes hidrolizados da lignina podem sofrer entre si ou com outros componentes qumicos. Pode levar a formao de compostos de elevado peso molecular e reverter a hidrlise e solubilizao da lignina. Em alguns casos os produtos da condensao podem apresentar peso molecular superior ao da lignina original.

    LIGNINA

    63

  • Mercaptao vem a ser o resultado da reao de certos grupos da lignina com os ons hidrossulfeto ou sulfeto.

    O nome mercaptao vem do fato de que entre os produtos da reao ocorrem mercaptanas. Esta reao bastante importante sob o aspecto da ocorrncia de reaes de condensao.

    LIGNINA

    64

  • LIGNINA

    e. Halogenao

    Do ponto de vista prtico a reao mais importante a clorao.

    A clorao da lignina seguida de extrao alcalina utilizada comercialmente como estgios do processo de branqueamento de celulose a partir de palhas, bagao de cana-de-acar, madeiras, etc.

    65

  • CLORAO

    66

  • f. Oxidao

    Uma srie de agentes oxidantes atuam sobre a lignina e o emprego dos mesmos sobretudo importante nos processos de produo de celulose.

    Os principais so os seguintes: hipocloritos de sdio e clcio, clorito de sdio, dixido de cloro, perxido de hidrognio e sdio. De uma maneira geral so empregados como agentes de branqueamento da celulose.

    LIGNINA

    67

  • Produo de Vanila (baunilha) a partir de licor negro processo Sulfite.

    A lignina tratada com lcali e oxidada para quebrar a estrutura; a mistura restante contem vanilina, que separada dos outros produtos com extrao por solventes e purificada, se o uso para alimentao a purificao essencial.

    68

  • Analise Qumica

    Espcies Anlise Qumica (%)

    Holocelulose Lignina Extrativos Cinzas

    Quercus sp 65,22 25,90 10,47 0,52

    E. grandis 69,18 25,88 4,66 0,07

    E. dunnii 66,14 24,97 6,85 0,74

    E. tereticornis 56,37 32,22 10,73 0,09

    E. saligna 64,45 26,08 9,43 0,09

    E. urophylla 63,62 26,70 9,15 0,16

    E. robusta 61,04 29,85 11,28 0,21

    Angelim 67,54 26,01 8,88 0,05

    Jatob 59,78 28,70 13,32 0,48

    Sucupira 68,25 24,83 8,24 0,20

    Cerejeira 59,13 27,37 17,91 0,59

    Angico Vermelho 62,02 24,31 15,31 1,26

    Tabela 1: Resultados das determinaes qumicas, em percentual, de algumas

    madeiras de eucalipto, espcies nativas e carvalho (Quercus sp).

    Fonte: MORI et al., 2003. 69

  • A LIGNINA NA PAREDE CELULAR

    70

  • 71

    USOS DA LIGNINA: GENERALIDADES

    Comercialmente produzida como um co-produto da indstria de celulose e papel;

    Liberada durante o processo de polpao

    qumica da madeira;

    Utilizada industrialmente desde 1880 em

    curtimento de couro e corantes;

    Atualmente utilizada em vrios segmentos

    industriais.

  • LIGNINA DE PROCESSO KRAFT Lignina sdica sulfonato

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  • Briquete de lignina Comercializao da lignina sulfonato

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  • 74

    PRODUO INDUSTRIAL DE LIGNINAS

    Lignina Kraft e a Biorefinaria : Processo LignoBoost

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    PRODUO INDUSTRIAL DE LIGNINAS

    Lignina Kraft e a Biorefinaria : Processo LignoBoost

    Composio Elementar da Lignina Isolada do Licor Negro: C= 64,6% O= 26,4% H= 5,7% Cl= 0,005% Na= 0,03% S= 1,5-2,5%

  • LIGNINA

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