licenciatura em biologia aplicada
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Escola de Ciências Departamento de Biologia
Licenciatura em Biologia Aplicada Análise de 10 anos de funcionamento
(1996/97 – 2006/07)
Dezembro, 2007
Relatório elaborado por ocasião da comemoração dos “10 anos em Biologia Aplicada – 1996/97 a 2006/07”, num evento organizado pela Direcção de Curso da Licenciatura em Biologia Aplicada e pelo NEBAUM. Universidade do Minho, Braga, 6 de Junho 2007. Autores: Célia Pais
Cristina Aguiar Teresa Lino Neto
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Índice 1. Introdução ................................................................................................................... 1
2. Alunos colocados por Concurso Nacional ......................................... 2
Opção de escolha ....................................................................................................... 3
Classificações dos últimos alunos colocados .................................................... 4
3. Alunos matriculados............................................................................................. 4
Primeira matrícula ...................................................................................................... 4
Residência dos alunos no momento de matrícula ........................................... 5
Abandono da Licenciatura ....................................................................................... 6
Número total de alunos matriculados ................................................................... 7
4. Finalização da Licenciatura ............................................................................ 7
Número total de alunos licenciados ...................................................................... 7
Classificação final de Licenciatura ........................................................................ 8
Tempo de finalização da Licenciatura .................................................................. 9
4.1 Estágios Curriculares ..................................................................................... 10
5. Situação actual e empregabilidade dos licenciados em Biologia Aplicada ......................................................................................................... 12
6. Mobilidade dos licenciados em Biologia Aplicada ....................... 15
7. O futuro da Licenciatura em Biologia Aplicada .............................. 17
8. Anexo .............................................................................................................................. 18
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1. Introdução A Licenciatura em Biologia Aplicada (LBA) teve o seu início no ano lectivo de
1996-1997, sendo um projecto de ensino graduado cuja génese foi promovida
pelo Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do
Minho. Criado com o objectivo de formar profissionais na área das Ciências
Biológicas, colmatando assim uma lacuna até então existente nesta
Universidade, este curso completou recentemente a sua 10ª edição. O
presente estudo pretende fazer um balanço e uma análise crítica dos dez
primeiros anos do seu funcionamento. Este parece ser o momento adequado
para uma reflexão aprofundada sobre esta Licenciatura, não só devido ao
marco importante de dez anos de existência, mas também porque estamos
num ponto de viragem, uma vez que o curso foi adequado de acordo com a
filosofia subjacente ao processo de Bolonha, tendo entrado em funcionamento
no ano lectivo de 2007/08 um novo plano de estudos, correspondente ao
primeiro ciclo de formação (C1).
Uma reflexão imparcial e lícita sobre a experiência destes anos de
funcionamento permite concluir que a implementação deste projecto se revelou
muito oportuna e pertinente, o que é perceptível não só pela adesão dos
estudantes que regularmente se têm candidatado em grande número e com
classificações de ingresso elevadas, mas também pela competência
profissional e capacidade de adaptação dos licenciados a mercados de
trabalho altamente exigentes e muito diversificados. Além disso, a análise do
percurso dos alunos ao longo do curso mostra a sua satisfação, patente no
baixo número de transferências para outros cursos, no elevado número de
transferências para este curso e nos baixos níveis de desistência e de
reprovação. Os licenciados em Biologia Aplicada têm vindo a integrar equipas de
trabalho associadas a diferentes áreas de actividade laboral, nomeadamente
hospitais, laboratórios de análise, parques naturais, centros de educação
ambiental, indústria do sector alimentar, empresas de biotecnologia e de
consultadoria ambiental, autarquias, institutos do estado e centros de
investigação. Uma grande parte dos licenciados tem prosseguido os seus
1
estudos para a obtenção de pós-graduações, em cursos de mestrado e de
doutoramento, no país e no estrangeiro, demonstrando excelente adequação e
nível científico de formação. Esta continuidade de estudos é, muitas vezes, o
resultado de experiências de estágio em regime Erasmus em instituições de
investigação estrangeiras, numa prática que se tem revelado muito comum nos
alunos desta licenciatura.
2. Alunos colocados por Concurso Nacional Durante o período a que se refere este estudo as provas de acesso requeridas
para a licenciatura em Biologia Aplicada foram as provas específicas de
Biologia e Química.
Numa primeira análise, pode verificar-se que o número de vagas
oferecido foi preenchido, praticamente na sua totalidade, na primeira fase de
candidatura. A partir do ano lectivo de 2005/06 foi decidido aumentar o
numerus clausus estabelecido para o curso, tendo-se registado um aumento
significativo de ingressos como consequência dessa mudança (Figura 1).
Importa realçar que durante os dez anos em análise as vagas foram
sempre totalmente preenchidas tendo, no entanto, o número real de alunos que
frequentou o curso sido sempre superior ao previsto devido à elevada
percentagem de alunos que ingressou por transferência e por concursos
especiais.
Figura 1 – Número de alunos inscritos na LBA, na 1ª ou 2ª fases de candidatura, em cada ano lectivo, desde a sua criação. Dados fornecidos pelos Serviços Académicos da Universidade do Minho (SAUM).
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De acordo com a tendência geral nos cursos de Ciências, os alunos do
sexo feminino constituíram sempre a maioria dos inscritos na licenciatura, com
excepção do primeiro ano em que se registaram números idênticos (Figura 2).
Figura 2 – Percentagem relativa de alunos do sexo feminino e do sexo masculino inscritos na LBA, ao longo dos últimos dez anos lectivos. Dados fornecidos pelos SAUM. À excepção deste ano de 1996/97, o número de alunos do sexo feminino
esteve sempre compreendido entre 57% e 70% do total de alunos inscritos.
Opção de escolha
A opção de escolha pela licenciatura em Biologia Aplicada da Universidade do
Minho, no momento de candidatura ao Ensino Superior, é apresentada na
Figura 3.
Figura 3 – Opção de ingresso dos alunos via Concurso Nacional, na LBA, em cada ano lectivo desde a sua criação. Dados fornecidos pelos SAUM.
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Em termos percentuais verifica-se que o curso foi a 1ª opção para cerca
de 43% dos alunos que ingressaram por Concurso Nacional. No entanto, o
número de inscritos em primeira opção variou nos dez anos seguintes à sua
criação.
Classificações dos últimos alunos colocados
Os resultados referentes às classificações dos últimos alunos colocados
encontram-se apresentados na Figura 4. No que respeita à primeira fase,
Figura 4 – Evolução das classificações dos últimos alunos colocados na LBA nos últimos dez anos. Dados fornecidos pelos SAUM.
as classificações dos últimos colocados variaram entre 138,8 e 160,5. Na 2ª
fase houve uma maior discrepância, o que se deve ao facto de haver um menor
número de alunos a candidatar-se.
3. Alunos matriculados Primeira matrícula
Para além dos alunos colocados na licenciatura em Biologia Aplicada por
Concurso Nacional, muitos alunos efectuaram a sua primeira matrícula através
de transferências de outros cursos, quer da Universidade do Minho, quer de
outras Instituições de Ensino Superior (Figura 5).
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Figura 5 – Alunos inscritos na LBA, por ano lectivo, por via de Concurso Nacional, por transferência de curso na Universidade do Minho ou de outras instituições de Ensino Superior. [Nota: a monitorização dos alunos foi efectuada por acesso ao número de colocados por Concurso Nacional (dados fornecidos pelo SAUM) e por avaliação do número de alunos matriculados pela primeira vez num determinado ano lectivo (dados igualmente fornecidos pelos SAUM)]. Residência dos alunos no momento de matrícula
Os alunos que se matricularam na licenciatura em Biologia Aplicada eram
maioritariamente originários da região Norte de Portugal (Figura 6), sendo cerca
de 90% da população estudantil proveniente dos distritos de Braga, Porto e
Figura 6 – Proveniência dos alunos matriculados na LBA. Foi analisado um universo de 622 alunos, os quais estiveram matriculados pelo menos num dos anos lectivos em análise (1996/97 – 2006/2007). Dados analisados através das listas fornecidas pelos SAUM de todos os alunos matriculados num dado ano lectivo.
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Viana do Castelo. Importa, no entanto, realçar que já estiveram matriculados
nesta Licenciatura estudantes provenientes de todos os distritos do país. Abandono da Licenciatura
Alguns alunos optaram por mudar de licenciatura após a sua matrícula na
licenciatura em Biologia Aplicada. A grande maioria de desistências ocorreu
logo após o primeiro ano de matrícula (Figura 7).
Figura 7 – Número de alunos que abandonaram o Curso de LBA da Universidade do Minho, e respectivos anos de matrícula em que efectuaram esse abandono. ([A detecção de abandono, e do respectivo ano de matricula em que se verificou, foi efectuada por comparação das listas anuais de alunos matriculados nos sucessivos anos lectivos, fornecidas pelos SAUM).
Analisando a totalidade dos dez anos de existência da Licenciatura em
Biologia Aplicada, verifica-se que cerca de 66% dos abandonos ocorreram
após o primeiro ano de matrícula e 15% no segundo ano. No entanto, se forem
analisados apenas os primeiros seis anos lectivos desde a sua criação, de
modo a considerar um número relevante de matrículas (6), registou-se uma
taxa de abandono de 55% (no primeiro ano), 17% (no segundo ano), 9%
(terceiro ano) e 6% em cada um dos restantes anos.
A taxa de abandono mais acentuada no 1º ano poderá ser interpretada
como um rearranjo dos alunos que não escolheram esta licenciatura como
primeira opção e que, consequentemente, tentam outras licenciaturas. Como
se pode verificar esse abandono é bastante reduzido nos anos seguintes, o
que traduz uma adesão dos alunos ao curso.
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Número total de alunos matriculados
Considerando o número de alunos que se inscreveram anualmente na
Licenciatura e aqueles que desistiram foi possível avaliar o número de alunos
efectivamente matriculados, por ano, na Licenciatura em Biologia Aplicada
(Figura 8). Após os primeiros quatro anos lectivos, que corresponderam à
entrada em funcionamento dos quatro anos curriculares da Licenciatura, o
número de alunos matriculados manteve-se praticamente constante,
apresentando uma média de 227 matriculados no curso por ano lectivo.
Figura 8 – Número de alunos matriculados no Curso de LBA da Universidade do Minho, desde a sua criação. Dados fornecidos pelos SAUM.
4. Finalização da Licenciatura Número total de alunos licenciados
Os primeiros licenciados em Biologia Aplicada formaram-se no ano lectivo de
1999/2000, quatro anos após a primeira edição do curso. Desde então, e até
ao ano lectivo de 2006/2007, já se licenciaram 237 alunos, uma média de 34
licenciados por ano lectivo (Figura 9).
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Figura 9 – Número de alunos licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho, desde a criação da licenciatura. Dados fornecidos pelos SAUM.
Classificação final de Licenciatura
A classificação final de licenciatura em Biologia Aplicada situa-se entre 12 e 17
valores (Figura 10), estando os valores médios entre 14 e 15. No entanto, estes
valores, que foram os disponibilizados pelos SAUM, correspondem apenas à
Figura 10 – Classificação final média dos licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho. A) Distribuição por classificação final de licenciatura dos licenciados de cada ano lectivo. B) Distribuição por classificação final de licenciatura de todos os alunos licenciados. Dados fornecidos pelos SAUM, correspondentes às classificações finais obtidas no momento da finalização do curso. classificação obtida aquando da finalização do curso. Ou seja, não revelam o
resultado de eventuais melhorias efectuadas pelos alunos e que, em muitos
casos se reflectem numa subida da classificação final da licenciatura.
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Tempo de finalização da Licenciatura
Considerando N como o número de anos curriculares de estudo (N = 4 anos), a
maioria dos alunos termina a licenciatura no tempo previsto (Figura 11).
Figura 11 – Número de anos necessários para a conclusão do curso de LBA da Universidade do Minho. N corresponde ao número de anos curriculares da Licenciatura (4). Esta análise foi efectuada para cada ano lectivo (A), sendo igualmente apresentado o valor médio dos sete anos em estudo (B). Análise efectuada com base nos dados fornecidos pelos SAUM.
De facto, na totalidade dos anos estudados, 60% dos alunos
completaram a licenciatura em 4 anos e 27% em 5 anos. Curiosamente, os
alunos que finalizaram a licenciatura nos quatro anos curriculares (N),
terminam com uma classificação média de licenciatura superior à dos alunos
que demoraram mais tempo a terminá-la (Figura 12).
Figura 12 – Classificação final média dos licenciados que terminaram a licenciatura nos seus quatro anos curriculares (N) ou nos anos subsequentes. Esta análise foi realizada para alunos com a primeira matricula efectuada em cada ano lectivo (A), sendo igualmente apresentado o valor médio dos sete anos em estudo (B). Análise efectuada com base nos dados fornecidos pelos SAUM.
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4.1. Estágios Curriculares O último semestre curricular do plano de estudos do Curso de Licenciatura em
Biologia Aplicada correspondia a um estágio/projecto curricular. Durante o
período em apreciação, a Direcção de Curso ofereceu uma lista diversificada
de temas/locais de estágio, tendo sido igualmente promovida a iniciativa dos
alunos na procura de estágios curriculares, de acordo com as suas
preferências. As propostas apresentadas foram devidamente analisadas pela
Direcção de Curso e, na grande maioria dos casos, aceites.
Dos 237 alunos licenciados, apenas foram considerados neste estudo
219 estágios, dada a indisponibilidade de dados relativamente aos restantes.
Apesar do estágio poder ter a forma de um trabalho de desenvolvimento em
ambiente industrial, monografia ou trabalho de I&D nos laboratórios de
Universidades e/ou Laboratórios de Investigação do Estado, apenas 2,2% dos
alunos optaram por efectuar o seu estágio em ambiente industrial/empresarial
(Figura 13).
Figura 13 – Locais de estágio dos alunos licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho, entre 1999/00 até 2005/06.
A maior parte dos estágios (76%) foram efectuados em Universidades e
Centros de I&D, dos quais 25% corresponderam a Universidades e Centros de
I&D no estrangeiro abrangidas por programas de mobilidade (Erasmus e
Leonardo da Vinci).
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Na escolha dos temas de estágio, os alunos de Licenciatura em Biologia
Aplicada deram uma clara preferência às áreas da Saúde, desenvolvendo os
seus projectos nesta área em universidades, hospitais, centros hospitalares e
laboratórios de análises clínicas (Figura 14). Os aspectos bioquímicos e
moleculares nas diferentes áreas disciplinares da Biologia foram igualmente ao
encontro das preferências dos alunos.
Figura 14 – Áreas científicas dos estágios curriculares efectuados pelos alunos de LBA, entre 1999/00 até 2005/06.
Em termos de mobilidade, verificou-se que cerca de 37% dos alunos
efectuou o seu estágio curricular em Braga, 29% no Porto e 25% no
estrangeiro (Figura 15). O principal país de acolhimento dos alunos de Biologia
Aplicada foi a Holanda - Universidades de Leiden, Wageningen e Amsterdão -
com as quais foram estabelecidos programas de mobilidade logo no primeiro
ano em que houve estagiários de Biologia Aplicada.
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Figura 15 – Locais onde foram efectuados os estágios curriculares dos alunos de LBA, entre 1999/00 até 2005/06.
5. Situação actual e empregabilidade dos licenciados em Biologia Aplicada De modo a avaliar parâmetros como a progressão de estudos dos licenciados
em Biologia Aplicada, a sua mobilidade e empregabilidade, foi efectuado um
inquérito (em anexo) a todos os actuais e antigos alunos da licenciatura. Esse
inquérito podia ser respondido e submetido electronicamente, através do
acesso à página da licenciatura (www.bio.uminho.pt), e foi divulgado através da
Comissão de Curso (via delegados de ano), Núcleo de Estudantes de Biologia
Aplicada da Universidade do Minho (NEBAUM) e de uma rede de contactos
estabelecida com ex-alunos. Foi analisado um total de 212 inquéritos, dos
quais 121 correspondiam a licenciados (Tabela I). A percentagem total de
licenciados inquiridos correspondeu a 52,9% do número total de licenciados, o
que à partida parece ser um número significativo de respostas. No entanto,
dado que houve um número muito elevado de respostas de alunos que
terminaram a licenciatura há menos de um ano (2005/06), os resultados
deverão ser analisados com precaução. Outro aspecto importante a salientar é
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a forte participação de alunos a trabalhar no Departamento de Biologia (com os
quais o contacto directo é facilitado) em detrimento de alunos a
trabalhar/estudar noutros locais.
Tabela I - Número de inquéritos respondidos por licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho, assim como percentagem de inquiridos.
Ano lectivo de conclusão da licenciatura 99/00 00/01 01/02 00/03 03/04 04/05 05/06
Total
Nº de licenciados 22 32 26 48 31 41 38 238 Nº Inquéritos analisados 16 11 19 19 11 18 27 121
Percentagem (%) 72,7 34,4 34,4 39,6 35,5 43,9 71,1 52,9
Após finalização da licenciatura, muitos alunos optaram por prosseguir
os seus estudos a nível de doutoramento (50%). Destes, 22% já adquiriram
esse grau académico e 7% estão presentemente com uma bolsa de pós-
doutoramento. Esta análise foi efectuada para cada ano lectivo, evidenciando a
evolução da aquisição do grau de Doutor (Figura 16).
Figura 16 – Percentagem de licenciados em Biologia Aplicada inquiridos que prosseguiram os seus estudos a nível de doutoramento. São igualmente apresentados os resultados referentes aos alunos que já obtiveram o grau de Doutor e aqueles que actualmente usufruem de uma bolsa de pós-doutoramento. Análise efectuada com base nas respostas ao inquérito efectuado aos licenciados em Biologia Aplicada.
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Actualmente, cerca de 39% dos inquiridos estão a prosseguir os seus
estudos. Para além do doutoramento (27%), cerca de 10% estão inscritos em
mestrados e 2% a efectuar outras licenciaturas (como a Licenciatura em
Medicina ou Enfermagem) (Figura 17).
Figura 17 – Situação profissional dos licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho, no momento do inquérito. Análise efectuada com base nas respostas ao inquérito efectuado aos licenciados em Biologia Aplicada.
Dos 121 licenciados que responderam ao inquérito, cerca de 36% eram
bolseiros (de pós-doutoramento ou de investigação) e 17% tinham um
emprego, desempenhando actividades em institutos públicos, laboratórios do
Estado, indústrias, empresas e autarquias. De salientar que alguns licenciados
optaram pela alternativa “Outra”, pois desenvolvem actividades por conta
própria. De notar que os cerca de 12% de licenciados inquiridos que
responderam ao inquérito como estando desempregados, correspondiam aos
alunos que terminaram a sua licenciatura muito recentemente (Figura 18).
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Figura 18 – Situação profissional dos licenciados, que terminaram a Licenciatura em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho em cada ano lectivo, no momento do inquérito. Análise efectuada com base nas respostas ao inquérito efectuado aos licenciados em Biologia Aplicada.
Foi igualmente avaliado se a actividade profissional dos licenciados em
Biologia Aplicada se enquadrava na área de Licenciatura e se consideravam
que a formação adquirida era útil para o desempenho da sua profissão. Apenas
19% dos inquiridos respondeu que não se enquadrava na área da Biologia e
9% que a formação não tem utilidade no desempenho da sua actividade.
6. Mobilidade dos licenciados em Biologia Aplicada Em termos de mobilidade, verifica-se que actualmente cerca de 46% dos
licenciados em Biologia Aplicada estão a desenvolver actividades na
Universidade do Minho, 34% estão distribuídos por vários pontos do país, com
maior relevância no distrito do Porto (onde se encontram cerca de 17% dos
inquiridos) e cerca de 18% no estrangeiro (Figura 19). Dos 46% de alunos que
estão a desenvolver actividades na Universidade do Minho, 45% estão a
efectuar o doutoramento, 21% estão com bolsa, 9% estão a efectuar pós-
doutoramento, 7% mestrado e 18% dedicam-se a outras actividades.
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Figura 19 – Locais onde os licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho estão a desenvolver actividades. É igualmente apresentado o tipo de actividade desenvolvida pelos alunos a frequentar a Universidade do Minho. Análise efectuada com base nas respostas ao inquérito efectuado aos licenciados em Biologia Aplicada.
Dos licenciados inquiridos que prosseguiram os seus estudos a nível de
Doutoramento (60), cerca de 78% efectuaram-no em Universidades
Portuguesas e 22% em Universidades estrangeiras (Figura 20).
Dos alunos que efectuaram, ou se encontram a desenvolver o seu
doutoramento em Portugal, cerca de 60% optaram pela Universidade do Minho,
enquanto que 18% escolheram outras Universidades. Dos licenciados
inquiridos que estão a efectuar o pós-doutoramento (9), 5 estão na
Universidade do Minho e 4 em laboratórios estrangeiros.
Figura 20 – Locais onde os licenciados em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho obtiveram/estão a obter o grau de doutor. Análise efectuada com base nas respostas ao inquérito disponibilizado on-line na página da licenciatura.
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A nível de doutoramento, tal como referido no ponto 5. Progressão de
estudos, cerca de 11% dos alunos optou por Universidades estrangeiras. De
salientar que 26% dos alunos que efectuaram o estágio em Erasmus ficaram a
efectuar o doutoramento na mesma Universidade e 21% efectuaram
doutoramentos noutras Universidades estrangeiras.
7. O futuro da Licenciatura em Biologia Aplicada Desde o ano lectivo de 2004/05 que os docentes da Licenciatura em Biologia
Aplicada têm vindo a implementar novas metodologias de
ensino/aprendizagem e avaliação, em resposta a um desafio lançado pela
Reitoria da Universidade do Minho, ao abrigo do Vector de Qualidade de
Ensino (vector 18). Após um primeiro ano de experiência piloto (a nível do 2º
ano da licenciatura no ano lectivo 2004/05), o projecto envolveu no ano lectivo
de 2005/06, o conjunto das disciplinas do 2º e 3º anos desta licenciatura,
leccionadas também em formato modular. Um estudo deste projecto foi
elaborado em Dezembro de 2006, encontrando-se em anexo.
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8. Anexo Relatório do Projecto de reorganização pedagógica para um modelo de
ensino/aprendizagem activa
Escola de Ciências
Departamento de Biologia
Anos-Piloto da Licenciatura em Biologia Aplicada
Elaborado por:
Maria João Sousa, Cláudia Pascoal e Fernanda Cássio
Dezembro 2006
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1. Introdução O Departamento de Biologia da Universidade do Minho tem vindo a
desenvolver, desde o ano lectivo de 2004/2005, uma experiência piloto que tem
por objectivo a integração a curto prazo nas licenciatura da sua
responsabilidade, de novas metodologias de ensino/aprendizagem/avaliação,
mantendo em perspectiva a adopção da filosofia de Bolonha.
A opção estruturante do projecto piloto foi a reorganização pedagógica
em torno de um modelo de ensino/aprendizagem por blocos disciplinares,
associado a uma alteração das metodologias clássicas de
leccionação/avaliação e a uma programação do ano lectivo que considera a
previsão do tempo de trabalho pessoal que o aluno terá de desenvolver, de
acordo com o sistema ECTS (European Credit Transfer System) preconizado
pela Declaração de Bolonha.
Das licenciaturas a cargo do Departamento de Biologia, a licenciatura em
Biologia Aplicada é a única da sua total responsabilidade, razão pela qual foi a
escolhida para o presento projecto. O actual 1º ano da Licenciatura em Biologia
Aplicada é essencialmente composto por disciplinas nucleares e é
pluridepartamental. Por isso, apesar de se reconhecer o interesse da inserção
de novas metodologias logo no 1º ano de qualquer licenciatura, para o 1º ano
curricular da Biologia Aplicada o objectivo desta proposta exigiria um trabalho
interdisciplinar e interdepartamental muito complexo, pouco adequado para o
início desta experiência. Assim, o ano alvo para início do projecto foi o 2º ano,
a que se juntou no presente ano lectivo o 3º ano da licenciatura.
O projecto em curso foi alvo de financiamento pela reitoria no âmbito dos
Projectos Qualidade Vector 18 “Metodologias de Ensino/Aprendizagem –
Bolonha - Implementação de metodologias de ensino-aprendizagem de acordo
com o espírito de Bolonha” em 2004/2005 e do Vector 18 “Programa Qualidade
do Ensino” em 2005/2006.
21
2. Estrutura e calendarização gerais Ano lectivo de 2004/2005
O ano piloto em funcionamento no ano lectivo de 2004/2005 foi
organizado segundo o sistema de créditos ECTS. O planeamento do ano
lectivo foi feito ao longo de 40 semanas, contemplando 40 horas de trabalho do
aluno por semana. Nos períodos lectivos, destas 40 horas de trabalho, 20 são
presenciais.
Das disciplinas que fazem parte do curriculum do 2º ano da Licenciatura em
Biologia Aplicada, 8 foram agrupadas em dois grandes blocos temáticos,
funcionando por módulos. Cada módulo teve a duração de 4 a 5 semanas
consecutivas. O Bloco 1 englobou as disciplinas de Microbiologia, Zoologia,
Genética e o Bloco 2 as disciplinas de Biofísica, Bioquímica II, Fisiologia
Microbiana, Fisiologia Vegetal e Fisiologia Animal.
As restantes disciplinas, Química Analítica e Ferramentas de Software
para Biologia funcionaram transversalmente, ao longo dos Blocos 1 e 2,
respectivamente. A manutenção do sistema de funcionamento tradicional na
Química Analítica deve-se ao facto de ser uma disciplina externa ao
Departamento de Biologia que foi leccionada em conjunto com outra
licenciatura no ano lectivo de 2004/2005. No que se refere à disciplina de
Ferramentas de Software para Biologia, a opção do seu funcionamento
transversal deveu-se ao facto de ser uma disciplina que se presta
particularmente à leccionação por projecto, podendo deste modo articular e
estabelecer uma relação mais estreita com os diferentes temas dos dois blocos
que constituirão este ano piloto.
A cada uma das disciplinas integradas nos blocos temáticos corresponderão 6
ECTS, aproximadamente 160 horas de trabalho do aluno. Considerando que
40% deste trabalho deverá ser em presença do docente, a cada disciplina
corresponderão 64 horas de trabalho presencial distribuído ao longo de 4
semanas. Uma ressalva é feita à disciplina de Zoologia, à qual foram atribuídos
7 ECTS (aproximadamente 75 horas presenciais distribuídas por 5 semanas)
dado que a actual contabilização de UC (Unidades de Crédito) é superior à das
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restantes disciplinas.
As disciplinas a funcionar por módulos ocuparam 4 dias por semana,
reservando-se o quinto dia para as disciplinas transversais; a estas foram
atribuídos 5,5 ECTS.
A coordenação do projecto foi da responsabilidade do Director de Curso em
articulação com o Professor Coordenador de Ano, que trabalha directamente
com os docentes que integram o ano-piloto.
A calendarização, apresentada na Fig. 1, foi efectuada de acordo com o
calendário escolar de 2004/2005, estando previstas as habituais interrupções
referentes a: Natal, Carnaval, Páscoa e Semana Académica. Foram também
respeitados os períodos de exames de recurso, uma vez que é de salvaguardar
uma oportunidade para os alunos repetentes e para aqueles que não forem
bem sucedidos com as novas metodologias de avaliação.
A 1ª semana de aulas foi reservada para apresentação do projecto
pedagógico aos alunos, com definição do planeamento previsto, objectivos
gerais e específicos, metodologias de avaliação, acesso a materiais de apoio,
etc.
Foi ainda prevista a existência de uma semana de pausa após a 1ª época de
recurso, para uma reflexão partilhada de todos os envolvidos neste projecto
(alunos e professores). Pretendeu-se com esta reflexão avaliar as estratégias e
métodos pedagógicos implementados e projectar os reajustes que se
considerarem pertinentes no sentido da optimização do funcionamento do ano-
piloto.
Os períodos reservados a cada uma das disciplinas dos dois blocos estão
devidamente diferenciados por cor, no calendário.
Ano lectivo de 2005/2006
No ano lectivo de 2005/2006 manteve-se o funcionamento em sistema piloto
para 2º ano da Licenciatura em Biologia Aplicada e incluiu-se neste tipo de
funcionamento o 3º ano da Licenciatura. A calendarização obedeceu aos
mesmos princípios da efectuada no ano lectivo de 2004/2005, no entanto as
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Semanas 2004 2.ª feira 3.ª feira 4.ª feira 5.ª feira 6.ª feira
1.ª-20/24 Set. Apresentação do Ano Piloto 2.ª-27Set./1Out. 3.ª-4/8 Out. Feriado ZOOLOGIA
4.ª-11/15 Out. QUÍMICA
5.ª-18/22 Out. ANALÍTICA Isabel Aguiar Pinto Mina
6.ª-25/29 Out 7.ª-1/5 Nov. Feriado MICROBIOLOGIA 8.ª-8/12 Nov. Jornadas
9.ª-15/19 Nov. Célia Pais 10.ª-22/26 Nov. GENÉTICA
11.ª-29 Nov./3 Dez. Dulce Feriado
12.ª-6/10 Dez. Geraldes Feriado
13.ª-13/17 Dez. Cristina Aguiar 2005
14.ª-3/7 Jan. 15.ª-10/14 Jan. 16.ª-17/21Jan. FERRAMENTAS BIOQUIMICA
17.ª-24/28 Jan. DE Olga Coutinho 18.ª-31 Jan./4 Fev. SOFTWARE Ana Cunha 19.ª-7/11 Fev. Feriado-Carnaval 20.ª-14/18 Fev. Recurso 21.ª-21/25 Fev. Semana de Reflexão 22.ª-28 Fev./4 Mar. PARA BIOFÍSICA 23.ª-7/11 Mar. BIOLOGIA
24.ª-14/18 Mar. Cláudia
25.ª-21/25 Mar. Pascoal Feriado
26.ª-28 Mar./1 Abr. Páscoa Elisabete Oliveira 27.ª-4/8 Abr. 28.ª-11/15 Abr. FISIOLOGIA ANIMAL 29.ª-18/22 Abr.
30.ª-25/29 Abr. Feriado Cristina Pereira 31.ª-2/6 Mai. FISIOLOGIA VEGETAL 9/13 Mai. Semana Académica 32.ª-16/20 Mai. 33.ª-23/27 Mai.
34.ª-30 Mai./3 Jun. Rui Tavares 35.ª-6/10 Jun. Feriado 36.ª-13/17 Jun. FISIOLOGIA MICROBIANA 37.ª-20/24 Jun. Feriado
38.ª-27 Jun./1 Jul. Manuela Côrte-Real 39.ª-4 Jul./8 Jul. 40.ª-11 Jul./15 Jul. 41.ª-18 Jul./22 Jul. Recurso
Figura 1: Calendário do 2º ano piloto da Licenciatura em Biologia Aplicada no ano lectivo 2004/05.
24
disciplinas em funcionamento transversal em 2004/2005 foram transformadas
em blocos em 2005/2006. Adicionalmente, criaram-se módulos de duas
disciplinas com funcionamento integrado e foi alterada a sequencia de alguns
módulos (Fig. 2 e 3).
Semanas 2ª- feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6º-feira
1 19-23 Set RECEPÇÃO
2 26-30 set QUÍMICA ANALÍTICA
3 3-7 Out F
4 10-14 Out
Dulce Geraldo
5 17-21 Out
6 24-28 Out ZOOLOGIA
7 31Out -4 Nov F Isabel Pinto
8 7-11 Nov Jornadas Biologia Aplicada
9 14-18 Nov
10 21-25 Nov
FERRAMENTAS SOFTWARE EM BIOLOGIA Cláudia Pascoal
11 28-Nov-2 Dez F
12 5-7 Dez F
13 12-16 Dez
19-23Dez NATAL
26-30 Dez
14 2-6 Janeiro GENÉTICA Cristina Aguiar
15 9-13 Jan
16 16-20 Jan Reflexão
17 23-27 Jan
18 30 Jan-3 Fev BIOQUÍMICA II Maria João Sousa
19 6-10 Fev Ana Cunha
20 13-18 Fev RECURSO
21 20-24 Fev Pausa
22 27 Fev-3 Mar F
23 6-10 Mar MICROBIOLOGIA/FISIOLOGIA MICROBIANA
24 13-17 Mar
25 20-24 Mar
26 27-31 Mar Célia Pais
27 3-7 Abril Manuela Côrte-Real
28 10-14 Abr PÁSCOA
29 17-21 Abr
30 24-28 Abr F Elisabete Oliveira
31 1-5 Maio F BIOFÍSICA Júlia A. Campos
8-12 Mai ENTERRO DA GATA
32 15-19 Mai
33 22-26 Mai FISIOLOGIA ANIMAL
34 29 Mai -2 Jun
35 5-9 Jun Cristina Pereira
36 12-14 Jun F Pausa
37 19-23 Jun FISIOLOGIA VEGETAL
38 26-30 Jun
39 3-7 Jul Teresa Neto
40 10-14 Jul Reflexão e Pausa
41 17-22 Jul RECURSO
Figura 2: Calendário do 2º ano piloto da Licenciatura em Biologia Aplicada no ano lectivo 2005/06.
25
Semanas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª-feira 6ª-feira
1 19-23 Set RECEPÇÃO 2 26-30 set BIOLOGIA MOLECULAR I 3 3-7 Outubro F Cristina Aguiar 4 10-14 Out 5 17-21 Out 6 24-28 Out BIOLOGIA MOLECULAR II Teresa Lino Neto 7 31Out -4 Novembro F
8 7-11 Nov Jornadas Biologia Aplicada 9 14-18 Nov
10 21-25 Nov BIOLOGIA VEGETAL APLIC./ BIOLOGIA ANIMAL APLIC. 11 28 Nov-2 Dezembro F 12 5-7 Dez F 13 12-16 Dez 19-23Dez NATAL 26-30 Dez 14 2-6 Janeiro Manuel Ferreira 15 9-13 Jan Cristina Pereira 16 16-20 Jan Reflexão 17 23-27 Jan
18 30 Jan-3 Fevereiro MICROBIOLOGIA ALIMENTAR Fernanda Cássio
19 6-10 Fev Rui Okiveira 20 13-18 Fev RECURSO 21 20-24 Fev Pausa 22 27 Fev-3 Março ANTROPO- F 23 6-10 Mar BIOLOGIA MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL 24 13-17 Mar 25 20-24 Mar Alexandra Nobre 26 27-31 Mar 27 3-7 Abril ECOLOGIA I E ECOLOGIA II 28 10-14 Abr PÁSCOA 29 17-21 Abr 30 24-28 Abr F Pedro Gomes 31 1-5 Maio F José Vingada 8-12 Mai ENTERRO DA GATA 32 15-19 Mai 33 22-26 Mai Cândida 34 29 Mai -2 Junho Lucas 35 5-9 Jun 36 12-14 Jun F Pausa 37 19-23 Jun OPÇÃO I 38 26-30 Jun Hernâni Gerós 39 3-7 Julho Paulo Coutinho
40 10-14 Julh Isabel A. Pinto Reflexão e Pausa
41 17-22 Julh RECURSO
Figura 3: Calendário do 3º ano piloto de Biologia Aplicada do ano lectivo 2005-06
26
3. Aproveitamento dos alunos No sentido de avaliarmos o resultado da implementação das novas
metodologias de aprendizagem e avaliação no 2º e 3º anos da Licenciatura em
Biologia Aplicada, no que respeita ao aproveitamento dos alunos, foi feita a
análise da razão alunos aprovados/avaliados, da razão alunos
reprovados/inscritos e da classificação média de cada disciplina desde o ano
lectivo de 1999-2000 (Fig. 4 e 5, respectivamente para o 2º e 3º anos). De uma
forma geral, observa-se que nos ano-piloto em relação aos 5 anos anteriores:
- todos os alunos tiveram aproveitamento: Genética e Fisiologia Vegetal
- a classificação média dos alunos na disciplina aumentou: Bioquímica II,
Genética, Ferramentas de Software em Biologia, Microbiologia Geral, Zoologia,
Fisiologia Microbiana e Biofísica. De salientar o resultado na Zoologia em que a
nota média nunca excedeu os 11 valores no regime anterior e que no último
ano atingiu os 14 valores.
- a razão alunos aprovados/avaliados manteve-se ou aumentou: em todas
as disciplinas, excepto na Química Analítica no ano lectivo de 2004-2005.
Tal como referido no Relatório de actividades do ano-piloto da Licenciatura em
Biologia Aplicada referente ao período de Setembro de 2004 a Março de 2005,
esta disciplina funcionou num regime diferente e seriam feitos todos os
esforços no sentido de mudar a situação. Podemos constatar que a situação da
disciplina melhorou no ano lectivo de 2005-06 apresentando, em relação aos
últimos 6 anos, os valores mais altos para a razão número de alunos
aprovados/avaliados e os mais baixos para a razão alunos
reprovados/inscritos. Contudo, uma vez que o valor médio das classificações
(11,4 valores) ainda se encontra abaixo do máximo registado nos últimos 6
anos (13 valores) estão a ser implementadas modificações no sentido de
melhorar a situação.
27
Bioquímica II
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadosReprovados/Insc
Bioquímica II
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Genética
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadosReprovados/Insc
Genética
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Microbiologia Geral
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadosReprovados/Insc
Microbiologia Geral
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Figura 4: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 2º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu nos anos lectivos de 2004-05 e 2005-06. (Continua)
28
Zoologia
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadosReprovados/Insc
Zoologia
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Química Analítica
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadReprovados/Insc
Química Analítica
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Ferramentas de Software
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaReprovados/Ins
Ferramentas de Software
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Figura 4: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 2º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu nos anos lectivos de 2004-05 e 2005-06. (Continuação)
29
Fisiologia Microbiana
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvReprovados/I
Fisiologia Microbiana
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Biofísica
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliaReprovados/Insc
Biofísica
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Fisiologia Vegetal
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliadosReprovados/Insc
Fisiologia Vegetal
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Figura 4: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 2º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu nos anos lectivos de 2004-05 e 2005-06. (Continuação)
30
Fisiologia Animal
0
20
40
60
80
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano Lectivo
Aprovados/AvaliaReprovados/Insc
Fisiologia
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano lectivo
Figura 4: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 2º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu nos anos lectivos de 2004-05 e 2005-06. .
Uma análise semelhante das disciplinas leccionadas no 3º ano da
licenciatura (Fig. 5) mostra que, no regime ano-piloto em relação aos 6 anos
anteriores:
- todos os alunos tiveram aproveitamento: Biologia Molecular I,
Microbiologia Alimentar, Microbiologia Industrial e Fisiologia Vegetal
- a classificação média dos alunos na disciplina aumentou: Biologia
Molecular I, Microbiologia Alimentar, Microbiologia Industrial e na Ecologia I. É
de salientar que a classificação média mais baixa obtida nas disciplinas
obrigatórias do 3º ano foi de 13 valores, ocorrendo apenas em 3 disciplinas
num total de 9.
31
Biologia Molecular I
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Biologia Molecular
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-20002000-20012001-20022002-20032003-20042004-20052005-2006
Ano-lectivo
Biologia Molecular II
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Biologia Molecular II
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006
Ano-lectivo
Microbiologia Alimentar
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Microbiologia Alimentar
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006
Ano-lectivo
Figura 5: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 3º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu no ano lectivo de 2005-06. (Continua)
32
Microbiologia Industrial
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Microbiologia Industrial
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006
Ano-lectivo
Ecologia I
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Ecologia I
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-20002000-20012001-20022002-20032003-20042004-20052005-2006
Ano-lectivo
Antropobiologia
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Antropobiologia
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006
Ano-lectivo Figura 5: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 3º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu no ano lectivo de 2005-06. (Continuação)
33
Ecologia II
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Ecologia II
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000 2000-2001 2001-2002 2002-2003 2003-2004 2004-2005 2005-2006
Ano-lectivo
Biologia Animal Aplicada
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Biologia Animal Aplicada
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Biologia Vegetal Aplicada
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Aprovados/AvalReprovados/Insc
Biologia Vegetal Aplicada
10
11
12
13
14
15
16
17
1999-2000
2000-2001
2001-2002
2002-2003
2003-2004
2004-2005
2005-2006
Ano-lectivo
Figura 5: Evolução da razão número de alunos aprovados/avaliados, número de alunos reprovados/inscritos e da classificação média obtidas nas disciplinas da Licenciatura em Biologia Aplicada do 3º ano, desde o ano lectivo de 1999-2000 ao presente (2005-2006). O regime ano-piloto ocorreu no ano lectivo de 2005-06.
34
4. Avaliação do funcionamento dos anos piloto 4.1. A avaliação pelos docentes
Foi pedido aos docentes que leccionaram nesta experiência piloto que se
pronunciassem quanto às vantagens e desvantagens que encontraram quando
comparam este modo de funcionamento com o sistema de aulas tradicionais.
De seguida é apresentado um apanhado dessas opiniões.
Vantagens:
- Dedicação exclusiva dos alunos com maior envolvimento no processo
de aprendizagem.
- Desenvolvimento de maior variedade de competências pelos alunos.
- Mais facilidade para gerir aulas práticas e teóricas.
Desvantagens:
- Pouco tempo para os alunos apreenderem e integrarem os conceitos.
- Dificuldade de fazer reflectir de um modo justo as avaliações de grupo,
na nota de cada aluno (quando a avaliação continua incluía uma componente
de avaliação em grupo mais acentuada).
- Maiores dificuldades na viabilização do funcionamento da disciplina
perante um imprevisto que impeça o docente de estar presente por
determinado período de tempo mesmo que curto.
4.2. A avaliação pelos alunos
Foi efectuado um inquérito aos alunos do 2º e 3º anos, no final da época
de recurso de Fevereiro do ano lectivo 2005/2006. Do questionário faziam parte
questões concretas, de resposta simples (concordo/discordo) e questões
abertas onde os alunos podiam expressar as suas opiniões de forma livre,
segundo três vertentes: aspectos positivos, aspectos negativos e sugestões.
De seguida apresentam-se em gráfico as respostas obtidas para as primeiras
questões (Fig. 6), e posteriormente os resultados das respostas às questões
abertas. Foram recolhidas respostas de 31 alunos do 2º ano e de 35 alunos do
3º ano.
35
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25
Núm
ero
de re
spos
tas
O meu estudo é mais eficaz
2 ano 3 ano02468
101214161820
Núm
ero
de re
spos
tas
Percebo melhor as expectativas do docente
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25
Núm
ero
de re
spos
tas
É-me mais fácil identificar os aspectos maisrelevantes da disciplina
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25N
úmer
o de
resp
osta
s
Concordo
Discordo
Aplico melhor os conhecimentos teóricos que adquiri
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25
Núm
ero
de re
spos
tas
É-me mais fácil identificar/ter acesso aos materiaisde apoio bibliográfico
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25
Núm
ero
de re
spos
tas
Tive melhor desempenho nasavaliações individuais
2 ano 3 ano0
5
10
15
20
25
30
Núm
ero
de re
spos
tas
Tenho mais facilidade em executar trabalho degrupo
Figura 6: Resultado do inquérito efectuados aos alunos do 2º e 3º anos sobre a experiência piloto.
Relativamente às perguntas de resposta aberta os principais aspectos
positivos apontados pelos alunos tanto do 2º como do 3º anos foram: melhor e
mais eficiente apreensão da matéria; estudo concentrado numa única matéria;
avaliação ao longo do tempo; sala disponível para estudo; estudo continuo;
melhor relação professor–aluno e desenvolvimento de uma maior variedade de
competências e capacidade de trabalho.
No que diz respeito aos aspectos negativos estes referem-se
essencialmente a questões relativas à estruturação dos anos piloto e aos
resultados da avaliação conseguidos pelos alunos. Assim os principais
aspectos negativos apontados pelos alunos foram: excesso de trabalho (sem
tempo para actividades pessoais); notas baixas para muito trabalho; - tempo de
estudo individual insuficiente (nomeadamente para exame); carga horária
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excessiva e tempo de duração da disciplina demasiado curto, pouco tempo
para assimilar muitos os conhecimentos.
As sugestões apresentadas vão essencialmente no sentido de tentar
solucionar os aspectos negativos identificados. Deste modo os alunos
sugerem: a existência de uma pausa antes dos exames de recurso e entre
módulos; a criação de um calendário mais uniforme para os diferentes
disciplinas, e apresentado com maior antecedência; a diminuição do número de
trabalhos de avaliação em cada disciplina de modo a libertar mais tempo para o
estudo individual; e ainda aumentar o tempo de duração de cada módulo.
5. Análise global
O presente relatório e a análise a ele subjacente tiveram como principal
objectivo a sistematização e análise crítica de informação obtida ao longo de
ano e meio de experiência piloto da Licenciatura em Biologia Aplicada. Foram
incluídos dados do funcionamento dos Anos-piloto bem como as opiniões de
docentes e alunos. Esta análise poderá vir a possibilitar o estabelecimento de
padrões de funcionamento, para as experiências piloto mas também para o
futuro funcionamento da licenciatura, de acordo com os resultados das
experiências realizadas. Deste modo, pensa-se que, e concretamente no que
se refere às experiências piloto, será desejável a criação de uma maior
uniformidade formal entre os módulos, que deverá ser conseguida
aproveitando o conhecimento adquirido até ao momento com as diferentes
formatações utilizadas e com os seu maior ou menor grau de sucesso.
6. Equipa Director de curso: Fernanda Cássio
Coordenador do ano piloto: Maria João Sousa
Coordenador do 2º ano Cristina Aguiar (2004-2005) e Cláudia Pascoal
(2005-2006)
Coordenador do 3º ano Cristina Aguiar (2005-2006).
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