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ESCREVER SE APRENDE ESCREVENDO_MODALIDADES DE REDAÇÃO
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LIÇÃO 7: MODALIDADES DE REDAÇÃO
I. NARRAÇÃO
Modalidade de redação na qual contamos fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo
personagens.
Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal iluminada
que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam,
atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era,
entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.
A narração trabalha com o tempo e lugar, e costuma passar de um estado inicial de equilíbrio
para um estado final em que, depois de uma série de fatos e acontecimentos, se restabelece o equilíbrio
(diferente ou não do equilíbrio inicial).
O texto narrativo normalmente apresente a seguinte estrutura:
a) Apresentação: cenário e marcação de tempo e lugar para as personagens iniciarem suas ações. São
expostas ainda algumas circunstâncias em que a ação se desenvolverá.
b) Complicação: momento em que algo acontece ou algum personagem toma uma atitude que dá origem
à transformação no estado inicial, expressas em um ou mais episódios. Encadeados, esses episódios se
sucedem, conduzindo ao clímax.
c) Clímax: ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando inevitável o desfecho.
d) Desfecho ou desenlace: solução do conflito produzido pelas ações dos personagens; reestabelece-se
o equilíbrio, podendo haver espaço para uma avaliação do que foi narrado.
II. DESCRIÇÃO
Tipo de redação na qual se apontam as características que compõem um determinado objeto, pessoa,
ambiente ou paisagem.
Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos
negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem
desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.
Não é muito comum produzirmos textos descritivos puros. Normalmente, o processo descritivo é
incorporado ao narrativo (caracterizando personagens e ambientes de um ponto de vista do narrador) ou
ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento da argumentação). Elaborar um
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texto descritivo é apresentar um ser, objeto ou recorte da realidade, a partir de um determinado ponto
de vista, fundamental para a organização do texto descritivo.
As seguintes perguntas são importantes para orientação do texto descritivo:
1. Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo?
2. Qual a melhor ordem a ser seguida?
3. Que tipo de impressão geral deve ser transmitido?
Um texto descritivo acaba transmitindo uma imagem que pode estar mais ou menos impregnada
da postura pessoal do produtor do texto, porque a sensação despertada deve ser muito mais do que um
retrato fiel. Na descrição técnica, porém, busca-se uma objetividade absoluta. Mesmo nesse caso, é
praticamente impossível anular totalmente a interferência do produtor do texto.
III. DISSERTAÇÃO
» Exposição de um ponto de vista, ideias, informação, explicação ou demonstração de algo.
» Exame crítico de uma questão, expondo-se uma série de ideias e de impressões que procuram conduzir
o leitor a uma conclusão ou opinião.
Constantemente precisamos expor ideias, opiniões e pontos de vista ou simplesmente deixar
claro o que pensamos sobre determinado assunto. Em alguns casos, precisamos persuadir as pessoas a
adotar ou aceitar a nossa forma de pensar. Nesses casos, as palavras, frases e textos devem ser
organizados de tal maneira que possamos expressar bem as ideias, dados e conceitos que queremos.
Diariamente, também, recebemos muitas mensagens, cuja finalidade é conquistar nossa adesão
a determinadas formas de entender a realidade. Essas mensagens nos chegam por diferentes canais:
jornais, revistas, livros, televisão, rádio, conversas etc. Estamos permanentemente expostos a textos
(falados ou escritos) que nos procuram convencer acerca das qualidades de determinado produto, das
virtudes e defeitos deste ou daquele candidato, das vantagens de uma nova descoberta científica, do novo
motor de um carro, de um novo jeito de levar a vida, entre outras situações. Em todos esses textos, com
maior ou menor eficiência, a linguagem é manipulada de forma argumentativa, visando não só a nos
informar, mas também, e principalmente, a nos convencer.
Um texto dissertativo demanda conhecimento do assunto que se vai abordar e uma tomada de
posição crítica (de preferência pessoal) ante uma questão. Em outras palavras: somos bombardeados por
dados, informações, ideias e, também, por opiniões. As informações referentes aos diversos assuntos
podem dar origem a textos dissertativos, como atitude permanentemente dinâmica em relação ao mundo
que nos cerca. Além da escola, onde temos contato com os produtos da cultura humana, devemos nos
integrar aos meios de comunicação e a outras fontes de informação: a leitura, as conversas, as viagens,
as variadas experiências do dia a dia.
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Devemos nos habituar sempre ao desenvolvimento de nossa capacidade crítica. Uma boa maneira
de fazê-lo é utilizar a dúvida. Ao receber uma informação, procuremos sempre questionar aquilo que
acabamos de saber. É uma informação confiável? As causas apontadas são verdadeiramente causas? Não
há outro lado, uma outra versão para esses acontecimentos? O modo como a informação foi veiculada
não foi tendencioso? Esses tipos de questionamento permitem avaliar os acontecimentos que nos
rodeiam, possibilitando-nos a adoção de posições mais críticas e menos passivas diante da realidade.
a) ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO
O texto dissertativo apresenta uma estrutura clássica (introdução, desenvolvimento e conclusão),
mas é possível romper esse modelo desde que não haja prejuízo para o desenvolvimento das ideias.
Na introdução, a tese a ser defendida ou a problematização devem ser apresentadas. É
interessante vir logo no início para que o leitor saiba o que o autor pretende comprovar e, também, para
que o autor possa traçar os limites dentro dos quais vai construir suas argumentações. Dessa forma, a
introdução encaminha o leitor, colocando-lhe a orientação adotada para o desenvolvimento do texto.
É comum na introdução aparecer um gancho, uma informação inicial que tem por objetivo
prender a atenção do leitor, de despertar nele o interesse pela leitura. Esse gancho deve ser breve,
despertar o interesse do leitor e relacionar-se com a tese ou problema. Pode ser uma atualidade, uma
referência, um dado estatístico ou uma pergunta. É, em suma, um excelente artifício para prender a
atenção do leitor e introduzir um assunto.
Exemplos de ganchos, considerando como tema a crise econômica:
Atualidade: o planeta todo está unido para vencer a crise.
Pergunta: quer decidir? Nada melhor do que uma boa crise.
Alusão história: em 1929 foi o crack; agora é a crise.
Dado estatístico: 12 milhões estão desempregados.
Frase: o otimista transforma a crise em oportunidade.
No desenvolvimento, ideias, conceitos, informações são desenvolvidos de forma organizada e
criteriosa, com argumentos convincente. A partir das questões apontadas no assunto, há o desenrolar
gradual e progressivo das ideias, com retomada, ampliação e desdobramento do que foi colocado
sucintamente. Além da seleção dos argumentos, o redator precisa escolher um critério de organização
que convença. Pode utilizar o método comparativo ou de contraste e desenvolver as ideias com apoio da
história, do espaço, da organização do pensamento (causa e efeito, dedução, indução) e da análise das
ideias.
Na conclusão, há o arremate da argumentação, possibilitando voltar ao que foi dito para
reafirmar ou confirmar (conclusão-retorno), por meio de um resumo. Pode ainda ir além do que está no
texto, fazendo as conexões possíveis sem perder de vista o que fora dito (conclusão-avanço), para
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apresentar uma solução ou nova frente de discussão do assunto. É possível também fazer um alerta,
chamando a atenção para algo de negativo que poderá vir a ocorrer, se não for tomada determinada
atitude, ou ainda pode trazer uma proposta de solução para algum problema levantado.
Além de retomar, condensar e projetar o conteúdo do texto, a conclusão deve expor claramente
uma avaliação final do assunto discutido, podendo ou não fazer propostas de ação.
b) ARGUMENTAÇÃO: UMA ARTE
A argumentação é a arte de convencer por meio de ideias bem fundamentados, e não de opiniões
pessoais. Não existe argumento sem fundamentação, porque a ideia sozinha não tem força para dizer,
pois necessita de desenvolvimento ou fundamentação, presentes nas evidências. No entanto, é preciso
evitar o dogmatismo (é claro, é evidente, é indiscutível, é óbvio, é público e notório) e o maniqueísmo (não
existe o certo e o errado, nem o meio-termo).
Os argumentos devem ser graduados, segundo a força do convencimento, em menos fortes, mais
ou menos fortes e mais fortes. Pode-se utilizar uma gradação ascendente: primeiro os argumentos menos
fortes, depois os mais ou menos fortes e, por último, o mais forte. A interessante é fazer o texto crescer
em intensidade de convencimento. Mas pode haver outras combinações, a critério do redator.
Na frase: a praça da soberania causa polêmicas, a ideia por si só não se sustenta, sem a
comprovação das polêmicas. É preciso desenvolver uma argumentação.
... a praça da soberania causa polêmica porque coloca, de um lado, Oscar Niemeyer, arquiteto que detém
a prerrogativa de completar sua obra e da qual não abre mão, e, do outro lado, pessoas que pensam
diferente, porque veem na obra mais desperdício de dinheiro e apenas uma vitrine para caprichos pessoais.
Agora, sim, temos um argumento porque a ideia está fundamentada (ideia + evidência), a
despeito de o leitor concordar ou não. Se há argumento, pode-se pensar em contra-argumento.
São tipos de evidência para fundamentar a argumentação:
1. Fatos: leva a certeza baseada na coisa feita, verificada e observada, diferente de indício, que é uma
possibilidade. A conclusão baseada em indício é inferência. Dizer, por exemplo, que fulano é ladrão
porque, de repente, começou a ostentar um padrão de vida elevado é uma inferência, porque apresenta
raciocínio calcado em indícios. A calçada molhada, a nuvem carregada, relâmpago e trovões, tudo é
exemplo de indício. Em alguns momentos, o indício fica muito próximo do fato, por isso, às vezes, as
inferências passam por verdades. Por exemplo: J.T ficou dois anos na cadeia porque, à época do crime, foi
reconhecido por uma testemunha. Passado esse tempo, a sentença foi revogada porque o verdadeiro
criminoso era seu irmão gêmeo.
2. Dados estatísticos: são fatos específicos de grande valor de convicção e de evidência incontestável.
Nesse caso, a fonte é fundamental para dar ao dado credibilidade. No entanto, é preciso ter cautela
porque sua validade pode ser relativa. Na frase: O DF é vanguarda porque atende 1.000 alunos
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superdotados, esse número é muito, considerando a quantidade de atendidos, mas é ínfimo, levando-se
em conta o total de aluno com esse potencial, cerca de 15.000, só no DF.
3. Raciocínio lógico: é a elaboração do pensamento por dedução, indução, comparação, contraste, causa
e consequência, análise, síntese.
4. Exemplos: fatos típicos ou representativos de determinadas situações. O fato de o professor JM dar
aulas de gramática, literatura e redação é argumento válido para provar que todos os professores de
português são capazes de dar aulas de todas as frentes da Língua Portuguesa.
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Contatos imediatos em Varginha
Alexandre Medeiros (O Globo, 12/06/2014)
(...) O contato – A tarde do sábado, 20 de janeiro, era tórrida em Varginha - a 313 quilômetros de Belo Horizonte.
Liliane de Fátima Silva, 16 anos, sua irmã Valquíria Aparecida Silva, de 14, e a amiga Kátia de Andrade Xavier, de 22,
estavam voltando de um dia de trabalho como domésticas. Como moram no vizinho bairro de Santana, resolveram
voltar a pé. Às 3h da tarde, chegaram a um terreno baldio e decidiram cortar caminho.
Nem bem andaram alguns passos e viram a criatura encostada ao muro de uma oficina mecânica. Mesmo
entrevistadas em separado, as três descreveram a mesma cena. O crânio desenvolvido, careca, três protuberâncias
na cabeça, os olhos grandes e vermelhos, veias saltadas pelo corpo, pés enormes, a pele marrom brilhando na luz
do sol, como se estivesse untada de óleo.
“A Kátia, que é muito nervosa, achou logo que era o capeta. Eu e Valquíria achamos que era um bicho, não
era gente”, puxa Liliane pela memória. As três correram e só foram parar na esquina na rua em que moram, onde
encontraram Luíza, a mãe de Liliane, que as levou para casa.
O mistério – A notícia se espalhou com rapidez. Poucos minutos, dezenas de moradores correram ao terreno baldio
indicado, mas nada viram. Contudo, em um outro lote abandonado, a duas quadras do primeiro, um grupo de
moradores se reuniu para ver um carro do Corpo de Bombeiros retirando do matagal com uma rede um outro ser
não identificado e levando-o para o hospital local. Logo se espalhou a informação que um casal de ETs tinha baixado
em Varginha.
A partir daí, o que se tem são histórias desencontradas. O Corpo de Bombeiros informa que não recolheu
qualquer ser no sábado em questão. O Hospital Regional do Sul de Minas divulgou nota oficial ontem negando a
internação. Mas um grupo de ufólogos que atua em Varginha há pelo menos 25 anos colheu depoimentos de
funcionários do hospital que afirmam terem sido internados, no dia 20 de janeiro, dois seres com as características
descritas por Liliane, Valquíria e Kátia. Estes mesmos funcionários afirmaram ter visto cientistas da USP no domingo,
21 de janeiro, em uma ala isolada do hospital.
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1. Procure identificar, no texto acima, a seguinte estrutura narrativa:
a) Apresentação: ______________________________________________________________________________
b) Complicação: _______________________________________________________________________________
c) Clímax: ____________________________________________________________________________________
d) Desfecho: __________________________________________________________________________________
2. A descrição, de ambiente e/ou personagens, colabora para compor o clima da narrativa, às vezes proporcionando
um clima de suspense, como ocorre no texto. Destaque passagens do texto que comprovem essa afirmativa.
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3. Em um texto narrativo, muitas vezes se sobrepõem pequenas narrativas, que servem para compor o ambiente,
proporcionar suspense ou mesmo prender o leitor. Destaque as pequenas narrativas inseridas na reportagem e
procure identificar sua utilidade para o conjunto do texto.
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4. Os tempos verbais do passado, pertencentes ao mundo narrado, costumam ser utilizados nas narrativas. Já os
tempos verbais do presente e do futuro, pertencentes ao mundo comentado, aparecem mais em textos
argumentativos. Entretanto, no decorrer de uma narrativa, podem aparecer verbos conjugados em tempos do
presente ou futuro. Destaque exemplos do texto e procure perceber o porquê desse uso.
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5. Passe todos os verbos do 4º parágrafo (exceto a última locução verbal) para o presente e observe as diferenças
ocorridas na narrativa. ___________________________________________________________________________
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6. O texto é um elemento de ligação entre o autor e o leitor. As intenções do autor podem ser percebidas, por
exemplo, pela seleção lexical (escolha de vocabulário). Já o leitor pode "ler nas entrelinhas" e perceber se as
informações contidas no texto foram manipuladas ou não, interpretando as palavras do autor. Releia a reportagem
do JB e responda:
a) Que palavras do texto podem demonstrar um certo descrédito, por parte do autor, com relação ao fato ocorrido
em Varginha? ________________________________________________________________________________
b) Com base no seu "conhecimento de mundo", procure elementos no texto que possam ser considerados indícios
de que a história contada pelas três moças talvez não seja verdadeira.
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c) Agora procure indícios que possam comprovar que a história das moças é verdadeira.
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7. O conto abaixo é extremamente sintético. Nele podemos desenvolver nossas habilidades descritivas e narrativas.
Reescreva-o, caracterizando o/a personagem, descrevendo seus aspectos físicos e traçando sua personalidade. Crie
também o cenário em que a ação se desenvolve.
Conto em letras garrafais (Marina Colassanti)
Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava
dentro sua mensagem e a entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta. Mas tornou-se alcoólatra.
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8. Sublinhe as palavras que descrevem algo no texto de Fernando Sabino.
“Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços dobrados como dois gravetos, as mãos
protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para
se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia estar morto. Não era um ser humano, era um bicho,
um saco de lixo mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abandonado.”
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1. Desenvolva dois argumentos para os temas abaixo.
Tema 1: A beleza é uma arma política, sistematicamente usada para a dominação das mulheres.
1º argumento: ________________________________________________________________________
2º argumento: ______________________________________________________________________
Tema 2: A Ficha Limpa foi um golpe na cultura da impunidade.
1º argumento: ______________________________________________________________________
2º argumento: ______________________________________________________________________
2. Dado o tópico frasal, desenvolva dois argumentos e uma conclusão. Utilize os elementos coesivos.
Parágrafo 1
TF: Costuma-se dizer que uma das características do brasileiro é a esperteza.
1ª ideia: _____________________________________________________________________________
2ª ideia: _____________________________________________________________________________
Conclusão: ___________________________________________________________________________
Parágrafo 2
TF: Há vários brasis no Brasil.
1ª ideia: _____________________________________________________________________________
2ª ideia: _____________________________________________________________________________
Conclusão: ___________________________________________________________________________
3. Identifique se o método de raciocínio é indutivo ou dedutivo.
a) Ao longo da história da humanidade, tem sido verificado que, mais cedo ou mais tarde, todos os
homens acabam morrendo. Não houve até agora nenhuma exceção. Tal fato nos permite dizer que o
homem é mortal. Dedução ou indução?
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b) As leis científicas, regras, normas, princípios, teorias, generalizações, enfim, resultam de um processo
de raciocínio dedutivo ou indutivo?
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c) Quando se aplica um princípio (teoria, regra) a um caso particular, o processo de raciocínio é dedutivo
ou indutivo?
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d) Se você observar a pontuação adotada em relação às orações subordinadas adverbiais antepostas à
principal e concluir que elas vêm sempre seguidas de vírgula, seu raciocínio foi indutivo ou dedutivo?
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e) Mas, se, ao fazer a sua redação, você puser uma oração concessiva (embora...) antes da principal e lhe
acrescentar uma vírgula, raciocinou por indução ou dedução?
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f) Você está lendo um livro e observa que muitas palavras oxítonas terminadas em “i” ou “u” tônicos ora
vêm acentuadas ora não. Confrontando-se, verifica-se que o “i” e o “u” dessas palavras oxítonas só levam
acento agudo quando precedidos por outra vogal. Você chegou a essa conclusão pelo método indutivo
ou dedutivo?
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g) Agora, você está diante da palavra “urubu”: põe acento ou não? Quando se decidir, que método de
raciocínio terá seguido?
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h) Para chegar à generalização de que toda laranja verde é azeda, você armou um silogismo indutivo ou
dedutivo?
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i) Se, ao sair de casa pela manhã, você leva o guarda-chuva apesar de não estar chovendo, o raciocínio
que condicionou sua decisão foi dedutivo ou indutivo?
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4. Identifique fato ou inferência nas frases abaixo. Mas, antes, lembre-se de que fato é a coisa feita,
provada, verificada, testada, ao passo que inferência é a dedução pelo raciocínio, dedução baseada
apenas em indícios, e não em fatos. Inferência é opinião.
a) Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839.
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b) Fernando Pessoa é considerado o maior poeta português depois de Camões.
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c) São Paulo, segundo o último recenseamento, é a maior cidade do Brasil.
____________________________________________________________________________
d) Rio de Janeiro é a cidade mais linda do mundo.
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5. Identifique o tipo de texto – descrição, narração, dissertação, argumentação – conforme a intenção
do autor:
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a) Os hábitos de consumo se modificam nos momentos em que a economia não está muito bem. Para
conviver com a crise econômica, os brasileiros passaram a consumir menos. A pesquisa realizada pelo
Instituto Vox Populi, em agosto, revelou que 50% dos entrevistados deixaram de comprar produtos
básicos de higiene pessoal e limpeza, 60% deixaram de comprar alguns alimentos, 93% passaram a
comprar alimentos mais baratos, 86% adiaram a compra de um imóvel, 88% adiaram a compra ou a troca
de carro, 27% pararam de fazer viagens e passeios, 43% estão viajando menos, 24% deixaram de
frequentar restaurantes, 50% diminuíram o número de idas a restaurantes.
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b) RE DESCO 001/10 Brasília, 10 de novembro de 2010.
Em janeiro deste ano, a empresa CELG contratou empregados acima do número definido em
seu orçamento. Em fevereiro, comprou bens sem a licitação devida, conforme o disposto na legislação a
ela aplicada.
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c) Luminária de Sobrepor
Padrão exclusivo para a instalação diretamente na laje: Luminária de sobrepor confeccionada em
aço tratado e pintada em epóxi-pó na cor branca, para lâmpada fluorescente compacta 2 x 18 W duplas,
cor da lâmpada 21, reator embutido, modelo T4450/218, fabricação LUMINI, ou similar. O comprimento
das luminárias deverá acompanhar o maior comprimento da loja. As luminárias não devem distar uma da
outra mais de 70 cm.
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6. Sabendo que descrevemos informações (dados derivados do conhecimento do observador sobre o
objeto), qualificações (impressões subjetivas sobre o objeto) e caracterizações (traços objetivos,
presentes no objeto), identifique o que é informação (1), qualificação (2) e caracterização (3).
a) Comprou um relógio importado do Japão. ( ) l) Comprou um relógio de ouro. ( )
b) Comprou um relógio elegante. ( ) m) João era um grande sujeito. ( )
c) João era um sujeito grande. ( ) n) Trajava um vestido de seda. ( )
d) Estava com a camisa do irmão. ( ) o) Tinha uma caneta de plástico. ( )
e) Tinha uma caneta macia. ( ) p) Assistiu a um filme maravilhoso. ( )
f) Aquela modelo tinha um charme! ( ) q) Queria ouvir a música do saxofone. ( )
g) O jeito atual de arrumar o penteado. ( ) r) Pelé era o atleta! ( )
h) O turista chega ao Rio com alegria no ar. ( ) s) Havia um cheiro perfumado no ambiente. ( )
i) O globo parece uma bolha de sabão. ( ) t) Pousou o olhar no globo de vidro. ( )
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j) Colocou as joias na caixinha. ( ) u) Morava num casebre no alto do morro. ( )
k) Não tinha uma história assim? ( ) v) Possuía a cara de uma anjo barroco. ( )
7. Sublinhe as palavras que descrevem algo no texto de Fernando Sabino.
“Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços dobrados como dois gravetos, as
mãos protegendo a cabeça. Tinha os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia
esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia estar morto. Não era
um ser humano, era um bicho, um saco de lixo mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um
menor abandonado.”
8. Escreva alguns adjetivos ou locuções adjetivas que descrevem os seguintes substantivos:
a) olhos: _________________________ f) cabelos: ______________________________
b) pele: __________________________ g) corpo: _______________________________
c) rio: ___________________________ h) livro: ________________________________
d) mulher: ________________________ i) homem: ______________________________
e) vestido: ________________________ j) amigo: _______________________________
9. Preencha as lacunas com os adjetivos adequados.
Jardins têm novo point
“A mais nova casa noturna da Paulicéia, o Colúmbia, é também a mais badalada e _________ coqueluche.
Ela revive os anos ____________ de um ponto _______________ dos Jardins, o cruzamento das ruas
Estados Unidos e Augusta, quando se descia esta última a 120 por hora. Nos anos 50, o Colúmbia era uma
__________ confeitaria, _____________ e _______________. Agora, três sócios com experiência no
ramo transformaram o ___________ depósito da confeitaria, no andar superior, numa ___________
opção de lazer. São mais de 800m2 que se desdobram em quatro ambientes: três bares, com _________
balcões originais de madeira e mármore, um restaurante e uma pizzaria, além de uma ___________
discoteca com projetor de tela de cinema.” (JB)
10. Acompanhe o trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu forcejava por trazer a bigode. Os olhos,
vivos e grandes, eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como ostentasse certa arrogância, não
se distinguia bem se era uma criança com fumos de homem, se um homem com ares de menino. (...)
Sim, eu era garção bonito, airoso, abastado; e facilmente se imagina que mais de uma dama
inclinou diante de mim a fronte pensativa ou levantou para mim os olhos cobiçosos. De todas porém a
que mais me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo (...). A que mais me cativou foi uma dama
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espanhola, Marcela, a “linda Marcela”, como lhe chamavam os rapazes do tempo. (...) Não possuía a
inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem escrúpulos, um
pouco tolhida pela austeridade do tempo (...) luxuosa, impaciente, amiga do dinheiro e dos rapazes.
Naquele ano, morria de amores por um certo Xavier, sujeito abastado e tísico – uma pérola.
a) Podemos dizer que nesse texto há descrição física, social e psicológica. Encontre os atributos
descritivos do “eu” narrador, obedecendo a essa divisão.
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b) Como é Marcela psicologicamente?
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c) Quais são os atributos “sociais” que descrevem Marcela?
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d) Como pode ser interpretada a descrição final, que aponta características de Xavier?
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11. Complemente as ideias abaixo de forma a dar sentido ao parágrafo.
Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, porque a prática da escrita não é desenvolvida nos
colégios. O ensino de língua portuguesa, na maioria das vezes, é muito precário e não desenvolve, no
aluno, a escrita.
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