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O LEGADO DE

MOISÉS

José Roberto Alves da SilvaJosé Roberto Alves da Silva

Petrolina, 29 de Março de 2014

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O LEGADO DE MOISÉS

Texto para Estudo: Êxodo 34.10-12; Hb 11.23-29.

INTRODUÇÃO:

Chegamos ao final do nosso primeiro trimestre, levando em conta um bom conhecimento,

de forma sólida e consistente aprendizado sobre o povo de Israel e sobre a vida de um grande

líder e homem de Deus: Moisés. Como o título da nossa revista nos expressa: “Uma Jornada

de Fé” apresenta de forma concisa e paulatinamente a jornada de um povo, povo este tirado

dos lombos de Abraão como cumprimento de uma promessa que Deus fizera a ele (Gn 12.3).

Nessas treze lições incluindo esta a que estaremos estudando, nos trouxeram grande

despertamento, ensinos profundos e reflexões que penetra nossa alma e faz arder os

corações. E de grande valia, precisávamos de um ensino profícuo a despeito da fé e jornada

que uma vez foi proposta para nós a Igreja de Cristo (Hb 12.1,2). Pois bem, o Livro de Êxodo

começa narrando a triste história de Israel, já vivendo seus momentos angustiantes de

sofrimentos e escravidão, o povo vivia em total opressão por haver multiplicado de tal forma,

que seu anfitrião achou por seu próprio bem escravizar o povo e torturá-lo, temendo ser

destruído (Êx 1.9-14). Nos diz a bíblia que Deus ao ouvir o clamor daquele povo, lembrou-se

da promessa feita a Abraão (Êx 2.23-25), de que ali não seria o lugar daquele povo, havia um

lugar que Deus havia dado a descendência de Abraão, a terra que mana leite e mel, que seria

a terra dos cananeus (Gn 15.18-21; Êx 3.17). É neste ínterim que Deus levanta Moisés, livrando

da morte quando ainda criança (Êx 1.17; 2.1-10), e deu-lhe a oportunidade de permanecer vivo,

promovendo sua criação aos cuidados da filha de Faraó, conhecendo toda ciência do Egito

(At 7.22), queria por si mesmo fazer justiça com as próprias mãos por causa de seu povo e

por fim fugiu para Midiã (Êx 2.11-22), ali teve a oportunidade de reaprender novamente a

maneira rústica e simples como pastor de ovelhas a saber liderar com amor e paciência as

ovelhas de seu sogro, trabalho este que o capacitara para guiar povo de Deus, pois é ali que

Deus se manifesta a ele e apresenta o plano de redenção do povo de Israel (Êx 3.1-22) . E

concluindo esta trajetória, aprendemos sobre a saída do povo, a travessia do Mar Vermelho, a

jornada pelo deserto: o recebimento das leis, o estabelecimento do culto, a consagração dos

sacerdotes, a idolatria e suas consequências, e por fim nos resta apresentar o seu grande

legado. Vejamos:

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1. O LEGADO.

Sobre a palavra “Legado” existem várias definições, se fizermos uma pesquisa

encontraremos vários significados, por exemplo: Legado (legatus, em latim) era um general

do exército romano, equivalente ao moderno oficial general. “Em termos jurídicos, na área de

direito das sucessões, legado é quando um bem, ou vários bens, são deixados para outra

pessoa que não é herdeira, quando o proprietário original falece, então ele deixa todo, ou

parte, do seu legado para alguém, que pode ser da família, ou não.” E por fim Legado se refere

a aquilo que é transmitido ás gerações que se sucedem, é uma “doação” deixada pelo o

defunto, é constituído por algo imaterial, segundo as Institutas de Justiniano, no Manual de

Direito Romano. Quando se referimos ao Legado de Moisés, falamos sobre os benefícios, os

exemplos, as doações deixadas por Moisés, que não se limitava somente a Israel, como

trouxe grandes benefícios a humanidade e consequentemente á Igreja Cristã. Hoje para os

israelitas, Moisés é considerado como o maior israelita que já houve em toda história da

nação. Iremos de acordo com o livro de apoio da lição do trimestre, falar sobre o legado de

Moisés em três situações, ou seja, o seu legado foi doado a três “povos”, tudo em acordo com

sua posição: Israel, a Humanidade e a Igreja.

2. O LEGADO DE MOISÉS PARA ISRAEL.

Com relação a nação judia, se formos enumerar as doações que Moisés deixara para o seu

povo, teríamos muito a falar, mas iremos enumerar alguns benefícios entregue a nação.

2.1 – Israel torna-se nação com lugar definido.

A consolidação de um povo em um lugar definido eu creio que o sonho de Israel, pois até

mesmo fora uma promessa de Deus dada ao patriarca Abraão e repassado aos seus

descendentes. Os hebreus almejavam está livres da escravidão, ao ponto, de quando o Faraó

que reinava sobre eles morreu, o povo “...suspiraram por causa da servidão...” e ai sentira m

que era a hora do agir de Deus, pois eles “...clamaram; e seu clamor subiu a Deus por causa

de sua servidão” (Êx 2.23). Deus atendeu o clamor do povo, enviou Moisés, o mesmo deixou

este legado, a definição de um povo como nação, pois em Moisés Deus cumpriu com a

promessa, levando o povo para o lugar que “mana leite e mel” (Êx 3.8,17; 13.5; 33.3; Lv 20.24;

Nm 13.27; 14.8; 16.13,14; Dt 6.3; 11.9; 26.9,15; 27.3; 31.20; Js 5.6). E pergunto: Quem não quer

viver no que é seu? Moisés trouxe esta esperança, apresentando a Israel que haveria sim um

lugar para eles habitarem, e além disso um Deus para os guardarem. A nação estava em

apuros, como já mencionei, e Deus socorreu o seu povo, eles tiveram a oportunidade de

estabelecer nacionalidade, e, além disso, obtiveram uma língua própria, escrita própria,

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cultura e identidade religiosa distinta, receberam um sistema jurídico diferente das demais

nações, um código civil e penal do mais avançado daqueles, tudo isso ainda influencia

muitos povos e nações, trouxeram para todos grande contribuição, veremos estes benefícios

no próximo tópico. Tudo que conhecemos sobre a historicidade de Israel nos primórdios do

mundo, estão escritos com punho do próprio Moisés, seus escritos são conhecidos com Torá

pelos os judeus, e nós o conhecemos como o Pentateuco, foi ele mesmo que recebera do

próprio Deus a sua palavra e registrou toda a sua vontade, vontade esta que estabelecia a

Aliança de Deus com Israel, também está registrado a liturgia e rituais religiosos, o

estabelecimento da presença de Deus por meio do Tabernáculo e a ordenação de sacerdotes

que serviriam a Deus com intermediação com o povo.

2.2 – A estruturação da fé e da religião.

Segundo o apóstolo Paulo, pelo menos Deus havia dado sete coisas importantes para o seu

povo (Rm 9.4,5).

a) Adotou os israelitas como filhos;

b) Manifestou a eles um pouco da sua glória;

c)Estabeleceu uma Aliança com seu eles, deu-lhes os patriarcas;

d) Entregou-lhes a legislação;

e) Deu-lhes o modelo litúrgico e ritualístico do culto.

f) Cumpriu e deu-lhes promessas;

g) e por meio das promessas, deu-lhes o Messias;

Além do Pentateuco, Moisés deixou escrito o Livro de Jó e um salmo, que faz parte da

coleção de salmos de Israel, que são cânticos de adoração, memorias de vitorias, conselhos e

advertências para o povo, o Salmo 90.

3. O LEGADO DE MOISÉS PARA OS DEMAIS POVOS.

3.1 – Legislação hebraica.

Como já foi explicado, a legislação ou o Código da Aliança era entre todos daquele mundo,

o mais avançado, estudamos este assunto na Lição 10, ali conhecemos um pouco sobre os

vários tipos de códigos que existiram nas demais nações, como: Código Urukagina; Estrela

dos Abutres; Ur-Nammu; Eshnunna; e o mais conhecido Código de Hamurabi. O Código da

Aliança em sua essência influencia a humanidade no seu sentido moral e espiritual.

Moralmente estabelece a preservação a vida, o respeito e a dignidade da mulher, a forma de

como se trata a escravidão, que também se encontra inserido em nossa constituição, no

código civil do nosso país e demais países, todos eles em sua estrutura contém o que já

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existia há mais ou menos 3.000 anos atrás.

3.2 – Os valores judaicos.

No sentido espiritual, todos nós, principalmente o Continente Ocidental, fomos

influenciados pelos os costumes e valores advindo dos judeus, com seu sistema religioso, os

quais foram extraídos pela a cultura judaica, foram eles os responsáveis “... pela sua

formação e se constituem a base de todas as suas conquistas, de valores judaico-cristãos”.

Podemos contar com o conhecimento dos escritos sagrados da Torá, como também dos

Profetas e demais escritos, tendo em vista o “Decálogo” que ajudou a moldar nossos valores

juntamente com o Cristianismo (Êx 20.1-17).

4. O LEGADO DE MOISÉS DOADO Á IGREJA.

4.1 – Doação da fé e fidelidade.

Em Hebreus encontramos o escritor relatando com avidez e segurança a fervorosa fé de

Moisés, que mesmo sendo criado em todo conhecimento do Egito, recusou fazer parte da

linhagem real egípcia, preferindo identificasse com seu povo, demonstrando uma fé firme e

fidedigna em Deus, crendo que seria ele mesmo usado pelo o Todo Poderoso a favor de seu

povo. Pela fé Moisés deixou o Egito levando consigo o seu povo, por que via o “invisível”,

celebrou a páscoa e aspersão do sangue, atravessou o Mar Vermelho e viu a derrota de seus

inimigos (Hb 11.23-29). “Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e seus

oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12).” Moisés nos desperta

para a realidade espiritual, de que não devemos se conformar com a situação caótica deste

século, procurando assim como ele, resgatar os que se encontram na escravidão do Egito

(pecado), enfrentando as hostes das maldades com firmeza e fé no Deus de Abraão, Isaque e

Jacó, olhando com fidelidade o que está reservada para nós, a igreja do Senhor Jesus Cristo,

como disse o apóstolo Paulo: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o

ouvido não ouviram, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para

os que o amam” (I Co 2. 9). Almejamos o invisível, uma pátria, um lugar assim como Israel

recebera, embora que a nação israelita recebera uma herança terrena, nós receberemos a que

é celestial (Hb 11.16).

4.2 – Exemplo de Liderança.

Moisés obteve muitas experiências, era capacitado para guiar a nação judia, mesmo

humilhando-se diante de Deus e dizendo que não seria capaz para realizar a vontade do Todo

Poderoso, Deus sabia muito sobre ele, desde quando ele ainda nem havia nascido, e Deus

conhecia o oculto do seu coração, sabia que ele era capaz sim de retirar um numero povo de

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uma terra estranha e opressora. Moisés temia a fúria de Faraó, sua posição diante de sua

gente, achava-se inferior para cumprir esta tarefa, poderia ser o ambiente simples de Midiã,

como pastor de ovelhas, mas era ali a escola de capacitação que Moisés estava aprendendo a

guiar, pastorear, conduzir o povo assim como fazia com o rebanho de ovelhas, com amor,

cuidado e zelo. A liderança de nossos dias deve aprender com Moisés, saber de sua origem,

conhecer de fato os sentimentos de sua gente, da igreja, dos pequeninos e menos favorecidos,

enfim de toda a comunidade em geral, priorizando a condução do povo á presença de Deus.

4.3 - Paciente.

Soube ser Moisés “aquele varão encolerizado, que cometeu o homicídio” quando ainda

estava na corte egípcia, ser um homem manso, os mais manso encontrado naqueles dias

como diz as escrituras (Nm 12.3), com paciência e perseverança conseguiu retirar o povo das

mãos de Faraó, jamais fez isso levantando uma revolta, uma revolução, uma guerra, mas fez

de forma pacífica. Ele é o exemplo tanto para a liderança da igreja, como para a liderança

familiar, em nossos dias existem muitas famílias que foram dissolvidas, desprovidas e

incapacitadas por falha de suas lideranças, os chefes de famílias, que comumente chamamos.

Famílias despertam busquem ao Senhor a direção certa, o agir certo assim como Moisés,

realizando passa a passo a vontade de Deus. O cristão em si deve-se está inteiramente

dominado pela a ação do Espirito Santo, adquirindo o Fruto do Espirito, que são

características visíveis na vida do crente, que chamamos de testemunhos, entre eles está o de

domínio próprio, o principal para conter a natureza do pecado.

4.4 – Intercessor.

Moisés se tornou o modelo referencial de intercessão, ele teve a primazia de está face a face

com Deus, ouvir de boca com precisão cada palavra, de forma mais precisa e concisa, como

também teve a oportunidade de perto falar a favor de seu povo. Ele foi chamado de amigo

intimo de Deus (Êx 33.11), por que mantinha essa comunhão intima com Deus, em Cristo nós

podemos manter intimidade com Deus, mas como Moisés isso não é possível, mas em

Espirito podemos sentir sua presença, por meio da graça de Cristo (Jo 15.1-7). Matthew Henry

comenta: “...Isto sugere que Deus se revelou a Moisés, não só com clareza e evidencias

maiores da luz divina do que a qualquer outro dos profetas, mas também com expressões

particulares e ainda maiores de bondade e graça. Ele fala não como um príncipe á um súdito,

mas como qualquer que fala com o seu amigo, a quem ama.”

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CONCLUSÃO.

São muitas as doações ou o Legado que Moisés nos deixou, muito ainda se poderia dizer,

como sua persistência, sua integridade, sua fidelidade, seu amor, sua visão sobre o futuro,

enfim mutos outros que poderíamos enumerar aqui, mas concluiremos falando sobre a sua

morte. Pois bem, segundo o relato bíblico, Moisés subiu ao Monte Nebo, não apenas para

morrer, mas ouvir as últimas palavras de Deus no que se dizia ao lugar que a nação judia iria

ser estabelecida, apesar de ser um homem manso em toda terra, o episódio das águas de

Meribá o fizeram perder a oportunidade de entrar na terra prometida, “Moisés ao receber a

ordem de Deus sobre como tirar água da rocha, ele não fez de forma correta, pois Deus disse

que ele apenas deveria falar á rocha para liberar a água, para que pudesse santificar o nome

de Deus, mas ao invés disso, ele insultou diante da nação, dizendo: “Ouvi agora, rebeldes,

porventura tiraremos água desta rocha para vós”, e então fere a rocha duas vezes, e assim

disse o Senhor: “Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de

Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado” (Nm

20.10,12,24,26,29; 27.14), diante desse episódio nem os israelitas rebeldes e nem mesmo

Moisés e Arão puderam entrar na terra prometida. Por fim, Moisés foi levado por Deus, seu

corpo fora enterrado, não sabendo onde fora, ao ponto de a Bíblia relatar sobre a disputa

entre o arcanjo Miguel e satanás sobre o corpo de Moisés (Jd v.9), mas Moisés fora o homem

que cumpriu sua carreira com fé, coragem e determinação em Deus, sendo fiel em tudo, que

possamos pelo menos vivenciar os exemplos que ele nos deixou, a doação do seu legado para

nós é uma joia preciosíssima que precisa moldar as nossas vidas. Amém...

BIBLIOGRAFIA

Revista Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 20014, Lição 13, Coment. Pr. Antônio Gilberto, págs.

93,95, CPAD, Rio de Janeiro.

Comentário Beacon do A.T – Gênesis a Deuteronômio – pg.339, CPAD, Rio de Janeiro.

Livro de Apoio – O Legado de Moisés – Capitulo 13, Silas Daniel, págs. 146-157, CPAD, 2013,

Rio de Janeiro.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD e SBB.

Bíblia com Referencias e Dicionário Conciso – IBB.