liberdade provisÓria

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LIBERDADE PROVISÓRIA CONSIDERAÇÕES GERAIS Entende-se por liberdade provisória, instituto por meio do qual, em algumas situações, pode-se conceder ao individuo o direito de aguardar o termino do processo em liberdade, e esta, pode estar ou não vinculadas a algumas condições, pode também ser revogada a qualquer tempo. Na primeira redação do CPP, entendia-se que o conceito de liberdade provisória relacionava-se com as hipóteses a seguir descritas: a - benefício concedido ao preso em flagrante, aguardar a em liberdade a apuração criminal, b - ao réu pronunciado era permitido aguardar o julgamento pelo júri em liberdade, antiga redação do artigo 408, § 2º, do CPP, c - era permitido segundo antiga redação do artigo 594, 2ª, ao magistrado deixar o réu condenado apelar em liberdade. Após aprovação da Lei 11.719/2008, modificada a redação artigo 408, e revogado o artigo 594, ficou o instituto de liberdade provisória limitado à prisão em flagrante. Com a entrada em vigor da Lei 12.403/2011, a redação do artigo 310 e 321 do CPP sofreu algumas alterações, ao ser analisado estes dispositivos, parte da doutrina passou a entender que, se por uma lado o artigo 310, inciso III do CPP continua relacionando a liberdade provisória ao

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Page 1: LIBERDADE PROVISÓRIA

LIBERDADE PROVISÓRIA

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Entende-se por liberdade provisória, instituto por meio do qual, em

algumas situações, pode-se conceder ao individuo o direito de aguardar o

termino do processo em liberdade, e esta, pode estar ou não vinculadas a

algumas condições, pode também ser revogada a qualquer tempo.

Na primeira redação do CPP, entendia-se que o conceito de liberdade

provisória relacionava-se com as hipóteses a seguir descritas: a - benefício

concedido ao preso em flagrante, aguardar a em liberdade a apuração criminal,

b - ao réu pronunciado era permitido aguardar o julgamento pelo júri em

liberdade, antiga redação do artigo 408, § 2º, do CPP, c - era permitido

segundo antiga redação do artigo 594, 2ª, ao magistrado deixar o réu

condenado apelar em liberdade.

Após aprovação da Lei 11.719/2008, modificada a redação artigo 408, e

revogado o artigo 594, ficou o instituto de liberdade provisória limitado à prisão

em flagrante.

Com a entrada em vigor da Lei 12.403/2011, a redação do artigo 310 e

321 do CPP sofreu algumas alterações, ao ser analisado estes dispositivos,

parte da doutrina passou a entender que, se por uma lado o artigo 310, inciso

III do CPP continua relacionando a liberdade provisória ao flagrante, por outro

lado, o artigo 321, permite que se compreenda, também, como liberdade

provisória o individuo que, mesmo não se encontrando preso em flagrante, tem

a ele impostas pelo juiz as medidas cautelares diversas da prisão dos artigos

319 e 320.

Porém parte da doutrina nos traz o seguinte entendimento, que ao

pensamento do doutrinador Norberto Avena, vem a ser mais correto, assim a

liberdade provisória ao entendimento destes doutrinadores, mesmo com as

alterações da Lei 12.403/2011, persiste como benefício que apenas pode ser

concedido ao indivíduo preso em flagrante, entendo que o artigo 321 do CPP

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ao invés de ser desvinculado da prisão em flagrante vem a contemplar o artigo

310, inciso III, do CPP.

Na prática Forense, não é incomum confundir os institutos da concessão

de liberdade provisória com o relaxamento e a revogação da prisão, porém,

não se trata de situações idênticas.

A liberdade provisória prende-se à hipótese do flagrante, ou seja, o juiz

pode conceder ao individuo liberdade provisória caso ocorram as situações que

a justificam, já o relaxamento da prisão, é a decisão judicial que invalida a

prisão em flagrante, por reconhecer a ilegalidade de sua realização, podendo

ser esta prisão preventiva ou prisão em flagrante, não sendo portanto exclusiva

da ultima, e ainda a revogação da prisão: é decisão que tem em vista um

decreto anterior de prisão preventiva ou prisão temporária.

CLASSIFICAÇÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA

A liberdade provisória pode ser classificada da seguinte forma, a

obrigatória, permitida e a proibida:

a) Liberdade provisória obrigatória

É aquela imposta por lei, independentemente de prévia prestação de

fiança. Na atualidade, as hipóteses mais comuns de sua ocorrência consistem

nas seguintes situações, infrações de menor potencial ofensivo, porte de

drogas para o consumo pessoal, acidentes de trânsito de que resultam vítimas,

havendo prestação de socorro, infrações que permitem ao réu livrar-se solto.

b) Liberdade Provisória Proibida

Esta modalidade ocorre quando a lei proíbe a sua concessão de forma

expressa, com ou sem o pagamento de fiança.

Page 3: LIBERDADE PROVISÓRIA

Com o advento da Lei 12.403/2011, as matérias de proibição da

liberdade provisória se tornaram matéria controvertida, uma vez que existe a

proibição da concessão da liberdade provisória nas situações de flagrante, de

acordo com o Art. 44 da Lei 11.343/2006, porém, conforme o art. 310, II, do

Código de Processo Penal, o flagrante não mantém o indivíduo preso

cautelarmente, sendo que, após o recebimento do respectivo auto no Poder

Judiciário, deve ser feita a conversão de prisão em flagrante, para prisão

preventiva, desde que se enquadre nos requisitos do art. 312 do mesmo

dispositivo legal.

c) Liberdade Provisória Permitida

Esta modalidade ocorre quando o magistrado constata ser possível

conceder ao flagrado a possibilidade de responder o processo em liberdade,

podendo esta liberdade estar condicionada a algumas obrigações processuais

impostas por lei, podendo a critério do juiz, impor a prestação de fiança e de

outras medidas cautelares diversas da prisão.

É importante salientar que apesar do nome, esta modalidade é mera

faculdade do juiz, sendo que, presente os requisitos legais, cabe ao juiz,

através de seu livre convencimento, decidir a concessão ou negação desta

determinada faculdade.

Apreciando as alterações que a Lei 12.403/2011 nos trouxe, ocorre a

liberdade provisória de acordo com o art. 310, § único, do Código de Processo

Penal, determinando que, caso haja alguma excludente de ilicitude na infração

penal cometida pelo infrator, cabe a liberdade provisória, cabendo ainda, no

caso de crime afiançável, não possui o flagrado condições econômicas para

efetuar o pagamento da mesma, e quando ausentes os fundamentos da prisão

preventiva.

Page 4: LIBERDADE PROVISÓRIA

FIANÇA

A fiança é uma garantia feita pelo Indiciado, que consiste no depósito de

dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, titulo da dívida pública federal,

estadual e municipal para substituir a prisão pela liberdade. Quando se tratar

de objetos de valor deverá ser feita sua avaliação e em se tratando de títulos

seu valor dependerá da cotação da bolsa.

Tendo como finalidade assegurar o comparecimento a atos do processo,

e evitar a obstrução de seu andamento, bem como em caso de condenação,

visa o pagamento das custas processuais e eventual multa.

Sua fixação e prevista no Código de Processo Penal, e será fixada nos

seguintes moldes:

Art. 325 – “O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:

I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;

II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.”

A fiança é sempre vinculada ao cumprimento das condições impostas no

ato de seu pagamento. Caso descumpra alguma condição estabelecida, o Juiz

poderá impor outra medida cautelar, ou se for o caso, decretar a prisão

preventiva do beneficiado.

CABIMENTO

A fiança pode ser arbitrada em qualquer fase do Inquérito, ou até mesmo

do processo, enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.

Normalmente quem arbitra a fiança e estipula seu valor é a Autoridade

Judiciária.

Page 5: LIBERDADE PROVISÓRIA

Havendo flagrante, a Autoridade Policial poderá arbitrá-la desde que a

pena máxima da infração não ultrapasse 4 anos.

Não poderá ser arbitrada fiança nos crimes de racismo, de tortura, trafico

ilícito de entorpecente e drogas afim, terrorismo e os definidos como crimes

hediondos, e nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares,

contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Uma vez quebrada a fiança, não poderá o Indiciado usufruir do beneficio

novamente em ralação ao mesmo delito.

DO VALOR DA FIANÇA

O valor da fiança deve seguir o procedimento e parâmetro descrito nos

artigos 325, CPP, e pela Lei nº. 12.403/2011, que alterou tal artigo

principalmente quanto ao quesito valor. Ele é determinado de acordo com a

pena máxima do delito em questão, e pelo juiz ou autoridade competente.

Sendo de 01 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando a pena máxima

de privação de liberdade imputada a certo delito, não dor superior a 04 (quatro)

anos, conforme linha “a” do artigo 325, CPP. E de 10 (dez) a 200 (duzentos)

salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade ultrapassar

a 04 (quatro) anos.

A partir disto, serão analisadas as condições e situações do acusado, do

delito em questão e do processo. De maneira que verifique a vida pregressa, o

grau de periculosidade e a condição financeira do agente, e também a real

importância das custas processuais. Esses quesitos são verificados na

conformidade do artigo 326, do CPP.

Fora o excessivo aumento no valor da fiança, imputado através da Lei

nº. 12.403/2011, ainda é possível ao juiz aumentá-la em 1.000 (mil) vezes,

conforme a cláusula autorizativa do art. 325, §2º, I, do CPP, enquanto que a

revogada redação do Código de Processo Penal autorizava o aumento em até

10 vezes o valor arbitrado.

Page 6: LIBERDADE PROVISÓRIA

Mas quando as condições financeiras do preso se enquadrar, a fiança

poderá ser dispensada ou reduzida em até 2/3 (dois terços), conforme o §2º.

Inciso I, do próprio artigo 325, do CPP.

Já no crime cometido sob tipificação do Código de Defesa do

Consumidor – Lei nº. 8.078/1990, o artigo 79, traz o valor da fiança a ser fixada

pelo juiz ou autoridade competente entre 100 (cem) e 200.000 (duzentos mil)

vezes o valor do Tesouro Nacional. Podendo ser diminuída até metade e

aumentada até 20 (vinte) vezes, de acordo com a condição econômica do

acusado. E será atualizado esse valor conforme a Taxa Referencial.

DOS INCIDENTES E/OU VARIAÇÕES CABÍVEIS A FIANÇA

Ao ser concedida a fiança está se determina a incidentes previstos no

CPP e que pode acarretar na alteração, extinção da mesma, e ainda decretar a

prisão preventiva do agente que se encontra em liberdade devido o pagamento

da mesma. Essa “variações” são nominadas de: reforço; cassação,

quebramento e perdimento. Existindo ainda a previsão da restituição do valor

pago pelo afiançado.

O reforço ocorre quando o valor arbitrado tiver sido insuficiente, houver a

depreciação do(s) bens em garantia, ou devido à mudança na classificação do

crime em questão. Devendo este ser exigido pelo juiz, e estar previsto no artigo

340, do Código de Processo Penal.

A cassação pode ser dar em duas condições: quando a fiança for

reconhecida como incabível, seja pela espécie ou pela ilegitimidade da

autoridade que a concedeu, sendo normatizada no artigo 338, CPP; E também

quando houver a hipótese do artigo 339, do CPP - alteração ou mudança da

classificação do delito, como por exemplo, um crime ser tido como afiançável e

a posterior denúncia for de crime relativo, mas inafiançável. Devendo com

isso, o juiz cassar a fiança, concedida a priori. E o valor atualizado desta

deverá se restituído a quem a prestou, por se enquadrar na hipótese de fiança

sem efeito, assegurado pelo artigo 337, do CPP.

Page 7: LIBERDADE PROVISÓRIA

E quando cassada a fiança, a liberdade por ela assegurada também

estará “cassada”, o que implica na prisão do acusado, até por prisão

preventiva. Exceto quando couber outra medida cautelar cabível e nos termos

do artigo 282, §6º e 310, II, do CPP.

O quebramento cabe quando o afiançado descumprir as obrigações

legais relacionadas à fiança concedida, conforme determina os artigos 327 e

328 do CPP. E também quando for configura as hipóteses do artigo 341, CPP:

“I – Regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem

motivo justo; II – Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do

processo; III – Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a

fiança; IV – Resistir injustificadamente a ordem judicial; ou V – Praticar nova

infração penal dolosa;

Esse quebramento quando analisado pelo artigo 343, CPP, outorga ao

juiz a possibilidade de impor outras medidas cautelares ao invés de prisão

preventiva. Sendo metade o valor da fiança retido e destinado às custas,

indenização do dano, recolhimento ao fundo penitenciário, pena de multa e

prestação pecuniária, conforme dispõe o artigo 346, também do CPP. E ainda,

pelo artigo 324, I, do mesmo Código, o quebramento implica na impossibilidade

de nova fiança dentro do mesmo processo.

O Perdimento resulta na perda total do valor pago a titulo de fiança, e

conforme o artigo 344, do CPP, se dá quando o condenado que estava sob

fiança, não se apresenta ou se oculta, para o cumprimento da sua condenação.

Sendo o valor restante das custas e demais encargos, revertidos ao fundo

penitenciário – artigo 345, CPP.

DA RESTITUIÇÃO

A restituição da fiança está assegurada pelo artigo 337 do CPP, e será

paga com valores atualizados quando: for declarada sem efeito conforme

disposição do artigo 340, CPP; quando for julgada inidônea (com exemplo no

artigo 581, V, CPP); transitar em julgado sentença que absolva o acusado

criminalmente; e quando for extinta a ação penal;

Page 8: LIBERDADE PROVISÓRIA

Nos casos de cassação de fiança, onde a mesma é declarada sem efeito

a restituição será integral ao valor pago. Já em caso de quebramento a

restituição devida é da metade do valor pago em fiança. Pois, serão deduzidos

os encargos e custas previstas no artigo 343, e 346, ambos do Código de

Processo Penal.

E conforme o artigo 347, do CPP, em caso de transito em julgado de

sentença condenatória, sem que tenha sido tida como perdida, será restituído

ao afiançado o valor remanescente dos encargos referidos no artigo 343, do

CPP.

RECUSOS PERTINETES À FIANÇA

Considerando o art. 581, V do CPP, caberá recurso em sentido estrito,

da decisão do juiz que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a

fiança. Não tem previsão legal de efeito suspensivo. Portanto, a interposição de

recurso não impede que se produzam os efeitos da decisão atacada. Se

cassada ou julgada inidônea a fiança, por exemplo, a dedução do RSE1 não

obsta a imposição de out6ras medidas cautelares diversas da prisão, ou, se for

o caso, a decretação da prisão preventiva do acusado. Todavia, se concedida

liberdade provisória com fiança, eventual RSE não impede que o agente,

pagando a caução fixada, seja posto em liberdade.

Também enseja recurso em sentido estrito à decisão que julgar

quebrada a fiança ou perdido o seu valor, consoante o art. 581, VII, do CPP.

Nestes casos, porém, há efeito suspensivo no RSE. Para tanto, vale observar-

se o caput do art. 584 que, estabelece que o recurso terá efeito suspensivo no

caso de perda da fiança, significando que, enquanto pendente o seu

julgamento, o valor da fiança não pode ser recolhido ao fundo penitenciário.

Por outro lado, em relação ao quebramento, trata o art. 584 § 3º, que “o

recurso do despacho (decisão na verdade) que julgar quebrada a fiança

suspenderá unicamente o efeito da perda de seu valor”.

1 Recurso em Sentido Estrito.

Page 9: LIBERDADE PROVISÓRIA

Assim, sempre se deve recordar que, eventualmente pode ocorrer de o

juiz conceder, negar, arbitrar, cassar julgar inidônea ou julgar quebrada a fiança

no âmbito da própria sentença final. O que caberá nestes casos, será

Apelação, amparada no art. 593, I ou III, b do CPP. Isto porque, de acordo com

o art. 593, § 4º, quando cabível Apelação, não poderá ser utilizado ser utilizado

o recurso no sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.

Por fim, existe a possibilidade de impetrar Hábeas Corpus (mesmo não

possuindo natureza Recursal) que ocorre na hipótese de não ser reconhecida à

fiança ao agente nos casos em que a Lei autoriza art. 648, V do CPP. De tal

modo, se o juiz não conceder a fiança, é passível impetrar Hábeas Corpus para

o tribunal vinculado ao magistrado.

Nos casos em que o Delegado de Policia recusar-se do arbitramento de

fiança, aplica-se o art. 335 do CPP, onde o preso ou alguém por ele, poderá

por meio de uma simples petição ao juiz competente requerer a fiança, que em

48 (querente e oito) horas será decida pelo magistrado. Na realidade a simples

petição que trata o artigo referido, consiste no pedido de liberdade provisória,

utilizado com frequência na prática forense.

LIBERDADE PROVISÓRIA POR OCASIÃO DA PRONÚNICIA

O artigo 413, § 2º do CPP dispõe: “se o crime for afiançável, o juiz

arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade

provisória”.

Neste artigo verificamos duas situações a primeira em relação ao preso

que se encontra preso preventivamente, na ocasião da pronuncia, e na

segunda em relação ao que estava em liberdade.

Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para

concessão da liberdade provisória.

No sistema atual, os crimes contra a vida inafiançáveis, são apenas os

homicídios praticados em atividades típicas de grupo de extermínio que

consumado, ou tentados.

Page 10: LIBERDADE PROVISÓRIA

De acordo com a Lei 12.403/2011 a fiança foi relacionada com uma das

medidas cautelares diversas da prisão. (artigo 319, VIII, do CPP), devendo ser

regido pelos critérios da necessidade e da adequação (artigo 282, I e II).

Quanto ao acusado que se encontra em liberdade no momento da

pronuncia, o artigo 413, § 2º trata que se o crime for afiançável, o juiz arbitrará

o valor da fiança para a manutenção da liberdade provisória.

Portanto o artigo 413, § 2º, se refere a concessão ou manutenção da

liberdade provisória, mas no entanto o juiz não fica impedido de aplicar , em

cumulação outras medidas cautelares que julgar, cabível, conforme artigo 319,

§ 4º, do CPP.