leitura e interpretação de desenho

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo ELEMENTOS CURRICULARES: Leitura e Interpretação de Desenho Área Profissional: INDÚSTRIA Aprendizagem Industrial: Mecânico de Usinagem em Máquinas Convencionais SÃO PAULO Julho - 2003

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Desenho Tecnico

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Page 1: Leitura e Interpretação de Desenho

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de São Paulo

ELEMENTOS CURRICULARES:

Leitura e Interpretação de Desenho

Área Profissional: INDÚSTRIA

Aprendizagem Industrial: Mecânico de Usinagem

em Máquinas Convencionais

SÃO PAULO

Julho - 2003

Page 2: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

2

Elementos Curriculares – Leitura e Interpretação de Desenho

– Mecânico de Usinagem

SENAI-SP, 2003

Diretoria Técnica

Coordenação Gerência de Educação

Elaboração Gerência de Educação

SENAI-SP Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialGED – Gerência de EducaçãoAv. Paulista, 1313 – 1º Andar – Cerqueira CésarCEP: 01311-923 São Paulo/SP

TelefoneTelefax

SENAI on-line

(0XX11) 3146-7232 / 7233(0XX11) 3146-72300800 - 55 - 1000

E-mailHome page

[email protected]:// www.sp.senai.br

Page 3: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

3

Sumário

Página 5 Objetivo geral

6 Objetivos específicos

8 Conteúdos programáticos

15 Diretrizes metodológicas

15 • Considerações

16 • Enfoque didático-pedagógico

17 • Procedimentos didáticos

21 Planejamento de ensino

23 Sugestão de distribuição dos conteúdos programáticos

24 Sugestão de obras para consulta

26 Controle de Alterações

Page 4: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

4

Page 5: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

5

Objetivo geral

Aquisição de habilidades interpretativas de desenho e de técnicas

básicas de traçado a partir de necessidades da Prática

Profissional.

Dados complementares

Carga horária total: 80h

1o semestre: 40h

2o semestre: 40h

Page 6: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

6

Objetivos específicos

Adquirir conhecimentos e desenvolver a capacidade de

compreensão de:

• materiais e instrumentos de desenho utilizados nas

representações de figuras geométricas, perspectivas

isométricas, projeções ortográficas e figuras planificadas;

• tipos de caracteres normalizados em função da padronização

dos desenhos da Prática Profissional;

• figuras geométricas, perspectivas isométricas, projeções

ortográficas e figuras planificadas relacionadas com a

representação de produtos da área profissional;

• simbologias de tolerância, estado de superfície, cotagem,

escalas e cortes em função dos desenhos da área

profissional.

Adquirir habilidades de:

• interpretar desenhos técnicos;

• manusear instrumentos de desenho;

• escrever com caracteres normalizados;

• desenhar à mão livre e com instrumentos;

• distribuir medidas nos desenhos;

• representar vistas em cortes e em escalas;

• aplicar normas.

Page 7: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

7

Desenvolver hábitos de:

• conservação de materiais e instrumentos de desenho;

• consulta a tabelas e normas;

• ordem e limpeza;

• postura física;

• trabalho individual e em equipe.

Page 8: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

8

Conteúdos programáticos

Desenho técnico e artístico

Material e instrumentos

• Papel:

- formatação normalizada;

• Lápis:

- tipos,

- empregos;

• Escala e graduação:

- em mm,

- em polegada;

• Outros instrumentos:

- características,

- funções,

- manejo.

Caligrafia técnica

• Largura das linhas para a escrita;

• Traçado de caracteres - proporções:

- letras maiúsculas,

- letras minúsculas,

- numerais.

Figuras e sólidos geométricos

• Ponto, linha e reta;

• Superfície plana e figura plana;

Page 9: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

9

• Cubo, pirâmide e prisma;

• Cilindro, cone e esfera.

Perspectiva isométrica

• Definição;

• Eixo isométrico de modelos:

- prismáticos,

- cônicos,

- cilíndricos.

Projeção ortográfica

• De figuras e sólidos geométricos em três planos;

• Linhas convencionais:

- contornos e arestas visíveis,

- contornos e arestas não-visíveis,

- linhas de centro,

- linha de simetria.

Cotagem

• Definição;

• Elementos;

• Com eixo de simetria;

• Detalhes:

- angulares,

- circulares,

- em arcos de círculos,

- inclinados,

- cônicos;

• Simbologia de:

- diâmetro,

- raio,

- esférico,

- quadrado,

- superfície plana;

• Por faces de referência;

Page 10: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

10

• Por linhas básicas;

• Furos espaçados igualmente;

• Espaços reduzidos;

• Coordenadas.

Supressão de vistas

• Semelhantes;

• Diferentes;

• Por notação;

• Por sinais.

Corte total e meio corte

• Definição;

• Elementos:

- linhas,

- hachuras;• Planos de corte na vista:

- frontal,

- superior,- lateral esquerda.

Escala

• Definição;• Natural;• Ampliação;

• Redução.

Construções geométricas

• Perpendiculares e paralelas;

• Mediatriz de um segmento;• Bissetriz de um ângulo;• Divisão em partes iguais de:

- segmento de reta,- ângulo reto.

• Polígonos inscritos;

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Leitura e Interpretação de Desenho

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• Tangente e concordância;• Falsa elipse;

• Elipse verdadeira;• Divisão de circunferência pelo processo Bion.

Planificação

• Sólidos geométricos simples e truncados:- prisma,- pirâmide,

- cilindro,- cone;

• Sólidos geométricos compostos e vazados, em transição de tubo:

- quadrado para cilíndrico,- retangular para cilíndrico;

• Cotovelo a 90 graus com cinco setores;

• Coifa;• Tampo elíptico.

Rugosidade superficial

• Definição;• Rugosidade:

- classes,

- simbologia;• Qualidade da superfície de acabamentos - tabela;• Indicações de tratamento:

- processo de fabricação,- tratamentos superficiais,- tratamento térmico;

• Recartilhado:- tipos,- indicação,

- tabela (FIT).

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Leitura e Interpretação de Desenho

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Corte

• Composto;

• Parcial;

• Seção;

• Encurtamento;

• Omissão.

Casos especiais de projeção ortográfica

• Vistas laterais:

- direita,

- direita e esquerda;

• Vistas especiais:

- vista auxiliar,

- vista auxiliar simplificada,

- rotação de detalhes,

- vista especial com indicação;

• Projeção no 3o diedro.

Elementos padronizados de máquinas

• Roscas:

- características,

- representação simplificada,

- cotagem e indicações de roscas,

- tabelas - rosca métrica, Whitworth e gás,

- proporções para representação de parafusos e porcas;

• Molas:

- tipos,

- representação simplificada,

- cotagem;

• Rebites:

- tipos e proporções,

- costuras e proporções;• Solda:

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Leitura e Interpretação de Desenho

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- desenho e representação,- simbologia;

• Chavetas:- tipos,- tabela de proporções;

• Polias e correias:- correia e polias em “V”,- tabela - dimensões normais das polias múltiplas;

• Rolamentos:- tipos e aplicações,- representação;

• Engrenagens:- tipos,- desenho de representação,

- características dos dentes de engrenagens,- características e formas de cotagem,- fórmulas e traçado de dentes de engrenagens,

- cremalheira.

Tolerância dimensional

• Conceitos na aplicação de medidas com tolerância:

- medida nominal,- medida com tolerância,- medida efetiva,

- dimensão máxima,- dimensão mínima,- afastamentos superior e inferior,

- campo de tolerância;• Indicações de tolerância;• Tolerância ISO (International Standard Organization):

- campo de tolerância,- qualidade de trabalho,- grupos de dimensões,

- ajustes,- ajustes recomendados – tabela;

• Cotagem com indicação de tolerância.

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Leitura e Interpretação de Desenho

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Tolerância geométrica

• Símbolos, inscrições e interpretação sobre o desenho;

• Tolerância de forma;

• Tolerância de posição;

• Tolerância de orientação;

• Tolerância de batimento;

• Tabela - símbolos e aplicações.

Desenho definitivo de conjunto e de detalhes

• Conjuntos mecânicos.

Page 15: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

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Diretrizes metodológicas

Considerações

As empresas brasileiras estão exigindo mão-de-obra cada vez

mais qualificada. O SENAI-SP, procurando atender às exigências

do mercado industrial, estabeleceu um novo modelo de Educação

Profissional, com novas diretrizes para o ensino das

qualificações, que são desenvolvidas na Formação Básica em

Cursos de Aprendizagem Industrial.

Como os produtos que os alunos desenvolvem durante os cursos

estão representados por uma linguagem gráfica específica e

alicerçada em Desenho Técnico, é indispensável que eles

dominem essa linguagem, uma vez que, com ela, estarão

capacitados a preparar planos e roteiros de trabalho, com vistas a

desenvolver tarefas/ensaios para solucionar situações-problema.

Leitura e Interpretação de Desenho está inserido no Modelo de

Educação Profissional do SENAI-SP. Esse componente curricular

fornece subsídios para o desenvolvimento da Prática Profissional

na área da Mecânica.

Assim, Desenho Técnico é um Componente de Tecnologia

Mediata, composto por conteúdos instrumentais e de apoio, que

foram selecionados para atuar como suporte da prática da

qualificação, concorrendo para o desenvolvimento do aluno nos

campos cognitivo, psicomotor e afetivo.

Para o desenvolvimento de hábitos e atitudes, os instrutores e

professores – num trabalho integrado – deverão ensinar aos

alunos as qualidades pessoais preconizadas pelo Modelo PETRA

de Formação Profissional. Deve-se salientar que, em cada

Page 16: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

16

Unidade Escolar do SENAI-SP, existem pelo menos dois

docentes devidamente preparados como multiplicadores do

Modelo PETRA.

Enfoque didático-pedagógico

O ensino de Leitura e Interpretação de Desenho deve ser

desenvolvido em dois momentos:

• o primeiro constitui-se de informações básicas das primeiras

tarefas/ensaios para que os alunos possam elaborar os

primeiros planos de trabalho da Prática Profissional; e

• o segundo é o programa de Leitura e Interpretação de

Desenho propriamente dito.

Deve-se garantir que o aluno consiga não só ler e interpretar

peças/diagramas da Área Profissional, mas também representar

modelos simples, a partir dos quais seja possível depreender o

formato do produto, suas medidas, os materiais a serem usados,

a aparência, a quantidade a ser produzida e os procedimentos

para a fabricação.

Essas atividades, porém, serão mais comuns no segundo

momento. É indispensável que o docente de Leitura e

Interpretação de Desenho desenvolva o conteúdo programático,

integrando-o aos componentes curriculares que dizem respeito à

própria qualificação.

O desenvolvimento dos conteúdos deve contribuir para a

aquisição de hábitos de ordem, clareza e limpeza nos trabalhos e

enfatizar a importância de se empregar corretamente termos

técnicos e a simbologia associada. Considerando-se que os

hábitos, interesses e atitudes estão relacionados com o campo

afetivo, é importante que o docente se coloque como exemplo

para seus alunos.

Page 17: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

17

Procedimentos didáticos

O docente, ao utilizar os procedimentos didáticos aqui

relacionados, deve atentar para os conteúdos de Leitura e

Interpretação de Desenho da área Metalmecânica.

No primeiro momento, as informações básicas a serem

ministradas devem abranger os conteúdos que se encontram nos

primeiros planos de trabalho da área relacionada.

Ainda nesse momento, recomenda-se maior ênfase na utilização

de transparências, uma vez que o número de informações é

grande, havendo portanto, a necessidade de agilizar as aulas, em

função dos conhecimentos e conteúdos indispensáveis para as

aulas da Prática Profissional/laboratório.

Além disso, e com a finalidade de complementar e enriquecer as

estratégias selecionadas, é conveniente que o docente utilize

recursos didáticos, tais como: componentes reais, modelos de

plásticos, filmes em vídeo, desenhos ampliados, vistas explodidas

e, principalmente, desenhos da realidade industrial da área.

Esses recursos devem ser adequados a cada situação e o

docente deve procurar ouvir os alunos nas suas preferências,

estando sempre atento à eficácia dos recursos utilizados.

Por ocasião da abordagem dos conteúdos sobre Material e

Instrumentos, o docente deve enfatizar a importância de se

conservar materiais e instrumentos em condições adequadas de

uso para se obter um trabalho com qualidade.

A execução do traçado a mão livre deve ser enfatizada pelo

docente quando das representações dos desenhos. Esse

procedimento visa não só ao desenvolvimento de noções de

espaço da folha e de proporções de medidas do desenho e do

que está sendo desenhado, como também à aquisição de

habilidades para o traçado sem instrumentos, uma vez que nem

sempre há condições favoráveis para a sua utilização nas

oficinas. É indispensável buscar estratégias em que o aluno

Page 18: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

18

exercite a repetição e sinta a necessidade de consultar tabelas,

bibliografia e normas técnicas até incorporar esse procedimento.

Ao abordar os conteúdos sobre Figuras e sólidos geométricos,

deve-se evidenciar a importância da correspondência entre os

vários tipos desses elementos e o que está sendo representado.

A unidade Perspectiva isométrica deve ser iniciada com o

estudo de modelos simples, aumentando, gradativamente, a

complexidade, a fim de que os alunos possam compreender a

evolução das formas. Desse modo, recomenda-se que seja

iniciada com modelos que apresentem detalhes paralelos e

oblíquos aos eixos isométricos e finalize-se com aqueles que

possuem detalhes arredondados. É na área Automobilística que o

docente deve lançar mão de catálogos para explicar a perspectiva

explodida.

Projeção ortográfica, por ser a base do desenho técnico, deve

ser abordada detalhadamente e na seguinte seqüência: projeções

do ponto, do segmento de reta, da superfície plana e de sólido

simples nos planos: vertical, horizontal e lateral, no primeiro

diedro. Cumprida essa etapa, acredita-se que os alunos estejam

preparados para estudar as projeções de modelos que

apresentem elementos mais complexos.

Para o desenvolvimento da unidade Cotagem, é essencial que os

alunos aprendam que a forma de cotagem depende, quase

sempre, do processo de fabricação das peças. Para isso, deve

ser propostos exercícios que levem os alunos a obter medidas em

perspectiva cotada, modelos e peças reais. Ao medir peças e

modelos, deve-se exercitar o uso da escala para milímetro e

polegada, bem como o transferidor para ângulos.

A unidade Cortes deve ser fundamentalmente desenvolvida,

utilizando-se modelos que permitam mostrar as partes internas

dos objetos nas quais o corte foi imaginado, o que facilitará a

aprendizagem.

Page 19: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

19

Por ocasião da abordagem dos conteúdos sobre Construções

geométricas, o docente deve enfatizar a importância dos

elementos geométricos com base nas construções dos desenhos.

Na abordagem dos conteúdos Rugosidade superficial,

Tolerância geométrica e Tolerância dimensional, o docente

deve mostrar a necessidade de se empregar normas sempre

atualizadas, procurando fazer comparações com representações

antigas, uma vez que os alunos poderão encontrar nas indústrias

desenhos não-atualizados.

Ao desenvolver conteúdos sobre Cortes (composto e parcial,

seção, encurtamento e omissão de corte), é fundamental ter

modelos que permitam mostrar as partes não visíveis das peças,

nas quais o corte foi imaginado, o que facilitará a assimilação dos

conteúdos. Os exercícios, no entanto, devem enfatizar a leitura e

interpretação.

Na unidade Casos especiais de projeção, o docente deve

procurar abordar o assunto mais em nível de interpretação do que

de traçado.

Como a forma de obtenção da Projeção no 3o diedro é similar à

da Projeção no 1o diedro estudada no módulo anterior,

recomenda-se que o docente aborde o assunto com

procedimentos iguais.

Os conteúdos Elementos padronizados de máquinas devem

ser abordados através de atividades de leitura e interpretação de

componentes desenhados isoladamente ou em conjunto da

realidade industrial, tanto em projeção ortográfica quanto em

perspectiva isométrica.

É na unidade Desenho definitivo de conjunto e de detalhes

que o trabalho deverá culminar, momento esse em que o aluno

deverá ter a oportunidade de vivenciar o maior número possível

de atividades de leitura, interpretação e traçado, principalmente

se os exemplos forem da realidade industrial. Quanto mais o

aluno exercitar-se na leitura e interpretação de conjuntos, maior

Page 20: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

20

será o seu domínio do conteúdo. Assim, é recomendado que

sejam elaboradas questões interpretativas sobre os conjuntos, o

que concorrerá para a agilização do processo de ensino-

aprendizagem, além de permitir que maior número deles possa

ser desenvolvido e exercitado.

Permeando o semestre, recomenda-se que o docente leve os

alunos a exercitarem constantemente a interpretação e o traçado

de desenhos técnicos simples, principalmente de conjuntos da

área profissional.

Assim, sugere-se que essa atividade seja desenvolvida do

seguinte modo: por exemplo, após terminar os exercícios daunidade Projeção ortográfica, o docente levará o aluno a

praticar a interpretação e ou traçado de projeções de algumas

peças do conjunto escolhido, respeitando a carga horária da

unidade, sem a preocupação de colocar cotas, cortes ou outras

indicações no desenho, o que ocorrerá nas unidades seguintes.

O docente vai, portanto, procedendo dessa forma em cada

unidade, inclusive nos semestres seguintes, até que termine o

estudo do conjunto. Recomenda-se que os conjuntos escolhidos

sejam direcionados à área profissional e tenham elevado grau de

complexidade.

Convém lembrar que essas atividades não precisam ficar restritas

somente ao final do módulo, ou seja, poderão ocorrer durante os

dois semestres, possibilitando o estudo de maior número de

conjuntos possível, que é a atividade-fim do componente.

Page 21: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

21

Planejamento de ensino

O objetivo geral constante deste documento deve ser

considerado norteador de toda e qualquer ação docente. Já os

objetivos específicos relacionados com conhecimentos,

compreensão, habilidades e hábitos são apenas referenciais para

o planejamento de ensino, não abrangendo, portanto, todas as

categorias de domínios dos campos cognitivo, psicomotor e

afetivo. Ao docente fica reservada a função de especificá-los com

o desempenho final desejado.

Portanto, os objetivos apresentados não podem, em hipótese

alguma, ser transcritos para o Plano de Ensino, ficando reservada

ao docente a tarefa de especificá-los de acordo com o

desempenho final desejado para o aluno em cada unidade de

ensino.

É importante que os objetivos selecionados pelo docente sejam

adequados às exigências do perfil profissional. Além dos níveis

de conhecimento e compreensão, o docente deve, para uma

aprendizagem efetiva, garantir que os alunos consigam

gradativamente dominar os conteúdos em níveis mais complexos

do campo cognitivo: aplicação, análise, síntese e avaliação.

Os docentes, entretanto, devem sempre considerar que toda a

aprendizagem do domínio cognitivo está diretamente relacionada

com o envolvimento afetivo do aluno no processo. Assim, além de

hábitos, devem ser desenvolvidos atitudes, no seu mais amplo

sentido, interesses e valores.

A mesma afirmativa pode-se fazer em relação a determinado

desenvolvimento de objetivos psicomotores específicos, ou seja,

não existem aprendizagens isoladas, mas integradas, com

Page 22: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

22

interdependência entre os domínios cognitivo, psicomotor e

afetivo.

Os conteúdos programáticos registrados neste documento foram

selecionados em função do Objetivo Geral, atendendo às

necessidades da área Metalmecânica. Cabe ao docente proceder

à adequação e acréscimos, de acordo com os objetivos

específicos que elaborar, sempre de acordo com o perfil

estabelecido.

É importante observar que os títulos e subtítulos dos conteúdos

não seguem necessariamente uma ordem didática, devendo ser,

entretanto, ministrados em sua totalidade.

No planejamento de ensino, logo durante a etapa de reflexão, é

fundamental que o docente leve em conta o perfil profissional e

este documento no seu todo, atentando ao Objetivo Geral do

componente curricular e às Diretrizes Metodológicas citadas

anteriormente, a fim de poder registrar, com propriedade e

segurança, suas decisões no Plano de Ensino.

Page 23: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

23

Sugestão de distribuição dos conteúdos programáticos

É apresentada, a seguir, uma distribuição de conteúdos na

seqüência resultante da prática pedagógica. Não se trata,

evidentemente, de uma seqüência a ser rigidamente obedecida,

podendo o docente realizar os ajustes necessários.

Quadro: Sugestão de distribuição dos conteúdos programáticos

ConteúdosHoras/aula

1O e 2O

Semestres

Desenho Técnico e Artístico 2

Material e Instrumentos 1

Caligrafia Técnica 2

Figuras e Sólidos Geométricos 3

Perspectiva Isométrica 4

Projeção Ortográfica 5

Cotagem 6

Supressão de Vistas 2

Corte Total e Meio Corte 6

Escala 1

Construções Geométricas 4

Planificação 4

Rugosidade Superficial 4

Corte 5

Casos Especiais de Projeção Ortográfica 6

Elementos Padronizados de Máquinas 8

Tolerância Dimensional 4

Tolerância Geométrica 4

Desenho definitivo de conjuntos e de detalhes 9

Total 80

Page 24: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

24

Sugestão de obras para consulta

ABNT/NBR. Coletânea de Normas de Desenho Técnico. 1990.

ABNT: NBR 6174. Definições Gerais de Engrenagens.

Terminologia. 1980.

ABNT: NBR 13142. Dobramento de Cópia de Desenho

Técnico. Procedimento. 1994.

ABNT: NBR 13272. Elaboração da Lista de Itens em Desenho

Técnico. Procedimento. 1995.

ABNT: NBR 8196. Emprego de Escalas em Desenho Técnico.

Procedimento (*). 1992.

ABNT: NBR 8402. Execução de Caracter para Escrita em

Desenho Técnico (*).1994.

ABNT: NBR 6158. Norma de Sistema de Tolerâncias e Ajustes.

Procedimento. 1995.

ABNT: NBR 10067. Princípios Gerais de Representação em

Desenho Técnico. Procedimento (*). 1995.

ABNT: NBR 13273. Referência a Itens em Desenho Técnico.

Procedimento. 1995.

ABNT: NBR 12298. Representação de Área de Corte por meio

de Hachuras em Desenho Técnico. Procedimento. 1995.

ABNT: NBR 11534. Representação de Engrenagem em

Desenho Técnico. Procedimento. 1991.

ABNT: NBR 13104. Representação de Entalhado em Desenho

Técnico. Procedimento. 1994.

ABNT: NBR 11145. Representação de Molas em Desenhos

Técnicos. Procedimento. 1990.

ABNT: NBR 12288. Representação Simplificada de Furo de

Centro em Desenho Técnico. Procedimento. 1992.

ABNT: NBR 6405. Rugosidade das Superfícies. Procedimento.

1988.ABNT: NBR 6173. Terminologia de Tolerâncias e Ajustes.

Terminologia. 1980.

Page 25: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

25

ABNT: NBR 6409. Tolerâncias Geométricas - Tolerâncias de

Forma, Orientação, Posição e Batimento –

Generalidades, Símbolos, Definições e Indicações em

Desenho. Procedimento. 1997.

ABNT: NBR 6371. Tolerâncias Gerais de Dimensões Lineares

e Angulares. Procedimento. 1987.

BACHMANN, A. & FORBERG, R. Desenho Técnico. Rio de

Janeiro, Editora Globo, 1976.BAUER, A. Circuitos Impresos: Diseño y Realización.

Barcelona, Ceac, 1986.CASILLAS, A. L. Máquinas: Formulário Técnico. São Paulo,

Mestre Jou, l963.CLARK, R. H. Handbook of Printed Circuit Manufacturing. S/l,

Wiley, John & Sons Incorporated, 1985.DA CUNHA, L. V. Desenho Técnico. Lisboa, Fundação Calouste

Gulbenkian, 1989.DEHMLOW, M. & KIEL, E. Desenho Mecânico (3 vol.). São

Paulo, EPU/EDUSP, s/d.FERREIRA, J. & GORDO, N. Mecânica: Elementos de Máquina

(Coleção Telecurso 2000 Profissionalizante) (vol. 1 e 2). São

Paulo, Ed. Globo S.A., s/d.FERREIRA, J. & SILVA, R. M. Mecânica: Leitura e

Interpretação de Desenho Técnico Mecânico (Coleção

Telecurso 2000 Profissionalizante) (vol. 1, 2 e 3). São Paulo,

Edit. Globo S.A., s/d.FRENCH, T. E. & VIERCK, C. J. Desenho Técnico: Tecnologia

Gráfica. Rio de Janeiro. Globo, l985.

MANFÉ, G. et alii. Desenho Técnico Mecânico: Curso

Completo (3 vol.). São Paulo, Editora Hemus, l977.

MARMO, C. Curso de Desenho (várias edições). São Paulo,

Editora Moderna, s/d.PROVENZA, F. Desenhista de Máquinas (4ª ed.). São Paulo,

Publicações PRO-TEC, 1991.SCHNEIDER, W. Desenho Técnico: Introdução aos

Fundamentos do Desenho Técnico. São Paulo, EditoraJácomo, l978.

SENAI - SP. Série Metódica Ocupacional: Base deLançamento e Caminhão-Betoneira. São Paulo, 1998.

Observação: (*) Substitui a respectiva norma da coletânea

Page 26: Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de Desenho

26

Controle de Alterações

De: Para: Local Motivo / Documento Data Responsável

� Revisão Geral �Adequação ao Plano de

Curso11/07/2003 Alberto