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Regimento Interno Servidores TCE CE

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  • Lei Orgnica eRegimento Interno

    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    Fortaleza2014

  • Tribunal de Contas do Estado do CearRua Sena Madureira, 1047 - Centro - Fortaleza - CE

    CEP 60.055-080www.tce.ce.gov.br

    C387l Cear. Tribunal de Contas Lei Orgnica e Regimento Interno/Tribunal de Contas do Estado do Cear. Fortaleza: TCE, 2014.

    124 p.

    Lei n 12.509, de 06 de dezembro de 1995, alterada pela lei n13. 983, de 26 de outubro de 2007.

    1. Lei Orgnica - TCE/CE 2. Regimento Interno - TCE/CE 3. Tribunal de Contas Cear I. Ttulo

    CDU 336.126.55

  • CONSELHEIROS

    Jos Valdomiro Tvora de Castro JniorPresidente

    Edilberto Carlos Pontes LimaVice-Presidente

    Rholden Botelho de QueirozCorregedor

    Lus Alexandre A. Figueiredo de Paula PessoaTeodorico Jos de Menezes Neto

    Soraia Thomaz Dias VictorPatrcia Lcia Saboya Ferreira Gomes

    AUDITORES

    Itacir ToderoPaulo Csar de Souza

    MINISTRIO PBLICO JUNTO AO TCE-CE

    Eduardo de Sousa LemosProcurador-Geral

    Gleydson Antnio Pinheiro AlexandreProcurador

  • CORPO DIRETIVO

    Aline Bezerra e MotaChefe de Gabinete da Presidncia

    Juliana Cardoso LimaChefe da Procuradoria Jurdica

    Jos Wesmey da SilvaControlador

    Jos Aurio OliveiraChefe da Assessoria de Planejamento e Gesto

    Kelly Cristina Caixeta de CastroChefe da Assessoria de Comunicao Social

    Luiz Gonzaga Dias NetoSecretrio-Geral

    Raquel Almeida Brasil Secretria Adjunta

    Giovanna Augusta Moura AdjafreSecretria de Controle Externo

    Jos Teni Cordeiro JniorChefe da Coordenadoria Tcnica

    Yasmara Florentino Holanda LopesDiretora da 1 Inspetoria de Controle Externo

    Edvar da Silva MedeirosDiretor da 2 Inspetoria de Controle Externo

    Jos Osmar da SilvaDiretor da 3 Inspetoria de Controle Externo

    Jos Alexandre Moura PereiraDiretor da 4 Inspetoria de Controle Externo

    Rubens Cezar Parente NogueiraDiretor da 5 Inspetoria de Controle Externo

    Francisco Cladio Ferreira ReisDiretor da 6 Inspetoria de Controle Externo

    Rubens Gustavo Nocrato RochaDiretor da 7 Inspetoria de Controle Externo

    Cleonaldo Rodrigues da CostaDiretor da 8 Inspetoria de Controle Externo

    Ivanildo Maranho de OliveiraDiretor da 9 Inspetoria de Controle Externo

    Silvana Maria Lacerda PereiraDiretora da 10 Inspetoria de Controle Externo

    Liana Peixoto Brando BandeiraDiretora da 11 Inspetoria de Controle Externo

    Alexandre G. Saboya de AlbuquerqueDiretor da 12 Inspetoria de Controle Externo

    Raimir Holanda FilhoDiretor da 13 Inspetoria de Controle Externo

    Cynthia Gurjo GondimDiretora da 14 Inspetoria de Controle Externo

    rika Cavalcante CamposSecretria de Tecnologia da Informao

    Ana Cristina Uchoa de A. AndradeSecretria de Administrao

    Viviane MontAlverne RodriguesChefe do Ncleo de Recursos Humanos

    Ailza Mateus Sampaio NetaChefe do Ncleo de Finanas

    Alonso Lessa de SantanaChefe do Ncleo de Apoio Logstico

    Rejane Moreira ProenaChefe do Ncleo de Projetos e Edificaes

    Miguel ngelo de Falco PereiraChefe do Ncleo de Administrao da Sede

    James Florncio da CostaChefe do Ncleo de Autuao e de Expedio de Comunicaes

    Maria Amlia Holanda CavalcanteChefe do Ncleo de Biblioteca e Documentao

    Dalva Stella Nascimento LoureiroChefe do Servio de Atendimento e Protocolo

    Anzia Procpio MartinsChefe do Servio de Arquivo

    Maria Hilria de S BarretoDiretora Executiva do IPC

    Francisco Otvio de Miranda BezerraDiretor de Ensino, Pesquisa, Extenso e Ps Graduao do IPC

  • APRESENTAO

    O Tribunal de Contas do Estado do Cear, ciente da importncia de uma aproximao cada vez maior com os rgos por ele fiscalizados e com a sociedade civil, e em busca de mais transparncia, apresenta nesta publicao a ntegra de sua Lei Orgnica e de seu Regimento Interno.

    Instrumentos responsveis por disciplinar e orientar a forma de atuao da Corte de Contas, as duas normas permitiro ao cidado conhecer mais sobre o TCE-CE, sua organizao, competncias, composio, entre outros.

    Ao divulg-la, o TCE do Cear visa publicizar sua forma de agir, segundo as normas estabelecidas, e ratificar o compromisso que tem com o cidado cearense, que exige e merece servios pblicos de qualidade.

    Desejamos que essa publicao sirva como um instrumento de fortalecimento do controle social e estreite a relao do Tribunal de Contas com seus jurisdicionados e a sociedade.

    Conselheiro Jos Valdomiro Tvora de Castro JniorPresidente do TCE-CE

  • SUMRIO

    Lei Orgnica..............................................................................................11

    TTULO I - Natureza, Competncia e Jurisdio............................................13 Captulo I - Natureza e Competncia...................................................13 Captulo II - Jurisdio........................................................................16

    TTULO II - Julgamento e Fiscalizao...........................................................17 Captulo I - Julgamento de Contas.......................................................17 Seo I - Tomada e Prestao de Contas..................................17 Seo II - Decises em Processos de Tomada ou Prestao de Contas................................................................19 Subseo I - Espcies de Deciso................................19 Subseo II - Contas Regulares....................................22 Subseo III - Contas Regulares com Ressalva.............22 Subseo IV - Contas Irregulares..................................23 Subseo V - Contas Iliquidveis.................................23 Seo III - Execuo das Decises...........................................24 Seo IV - Recursos, Prazo, Vista e Sustentao Oral...............27 Subseo I - Recursos..................................................27 Subseo II - Prazo......................................................28 Subseo III - Pedido de Vista e Juntada de Documentos................................................................29 Subseo IV - Sustentao Oral...................................30 Captulo II - Fiscalizao a Cargo do Tribunal.....................................30 Seo I - Contas do Governador do Estado...............................30 Seo II - Fiscalizao por Solicitao da Assembleia Legislativa.............................................................31 Seo III - Atos Sujeitos a Registro...........................................31 Seo IV - Fiscalizao de Atos e Contratos.............................32 Captulo III - Controle Interno..............................................................34 Captulo IV - Direito de Denncia.......................................................36 Captulo V - Sanes...........................................................................37 Seo I - Disposio Geral.......................................................37 Seo II - Multas......................................................................37

    TTULO III - Organizao do Tribunal...........................................................38 Captulo I - Sede e Composio..........................................................38 Captulo II - Plenrio e Cmaras..........................................................39 Captulo III - Presidente e Vice-Presidente...........................................41 Captulo IV - Conselheiros...................................................................43 Captulo V - Auditores.........................................................................45 Captulo VI - Ministrio Pblico Especial.............................................46 Captulo VII - Servios Auxiliares.........................................................49

    TTULO IV - Disposies Gerais e Transitrias...............................................51

  • Regimento Interno.................................................................................53

    TITULO I - Organizao.................................................................................56 Captulo I - Composio do Tribunal...................................................56 Captulo II - Competncia do Plenrio.................................................57 Captulo III - Competncia das Cmaras..............................................59 Captulo IV - Composio e Competncia das Comisses...................60 Captulo V - Eleio e Posse do Presidente, do Vice-Presidente e do Corregedor..................................................................................61 Captulo VI - Competncia do Presidente.............................................62 Captulo VII - Competncia do Vice-Presidente...................................66 Captulo VIII - Competncia do Corregedor.........................................66 Captulo IX - Competncia do Presidente da Cmara..........................70 Captulo X - Competncia do Relator..................................................71 Captulo XI - Conselheiros...................................................................73 Captulo XII - Auditores.......................................................................74 Captulo XIII - Ministrio Pblico........................................................76 Captulo XIV.......................................................................................78

    TTULO II - Deliberaes e Sesses................................................................79 Captulo I - Deliberaes de Plenrio e das Cmaras...........................79 Captulo II - Elaborao, Aprovao e Alterao dos Atos Normativos.82 Captulo III - Sesses do Plenrio.........................................................83 Captulo IV - Sesses das Cmaras.......................................................95 Captulo V - Pautas do Plenrio e das Cmaras.....................................96

    TTULO III - Processo em Geral.....................................................................98 Captulo I - Partes................................................................................98 Captulo II - Distribuio.....................................................................99 Captulo III - Etapas do Processo, Instruo e Tramitao....................102 Captulo IV - Recursos.......................................................................106 Seo I - Disposies Gerais..................................................106 Seo II - Recurso de Considerao.......................................108 Seo III - Embargos de Declarao.......................................109 Seo IV - Recurso de Reviso................................................109 Seo V - Agravo...................................................................110 Captulo V - Pedido de Vista e Juntada de Documentos....................110 Captulo VI - Fornecimento de Certido e Prestao de Informaes..111 Captulo VII - Consultas.....................................................................112 Captulo VIII - Nulidades...................................................................113

    TTULO IV - Disposies Gerais e Transitrias.............................................114

  • Lei Orgnica

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    Lei Orgnica

    LEI N 12.509, DE 06 DE DEZEMBRO DE 1995D.O.E. 06.12.1995

    Dispe sobre a Lei Orgnica do Tribunal de Contas do Estado e d outras providncias.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEAR, Fao saber que a Assem-bleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

    TTULO INATUREZA, COMPETNCIA E JURISDIO

    CAPTULO INATUREZA E COMPETNCIA

    Art. 1 Ao Tribunal de Contas do Estado, rgo de Controle Externo, com-pete, nos termos das Constituies Federal e Estadual:

    I julgar as contas dos administradores e demais responsveis por di-nheiro, bens e valores pblicos das unidades administrativas dos Poderes do Estado e do Ministrio Pblico e das entidades da administrao indireta, inclu-das fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico Estadu-al, bem como as contas daquelas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao errio.

    II proceder, por iniciativa prpria ou por solicitao da Assembleia Legislativa, ou de suas comisses, fiscalizao contbil, financeira, oramen-tria, operacional e patrimonial das unidades administrativas dos Poderes do Estado e do Ministrio Pblico, assim como das demais entidades referidas no inciso anterior;

    III apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, nos termos do Art. 42 desta Lei;

    IV acompanhar a arrecadao da receita a cargo do Estado e a das enti-dades referidas no inciso I deste Artigo, mediante inspees e auditorias ou por meio de demonstrativos prprios, inclusive a anlise trimestral dos balancetes;

    V apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as funda-es institudas e mantidas pelo Poder Pblico Estadual, excetuadas as nomea-es para cargos de provimento em comisso, bem como a das concesses de

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio;

    VI homologar, observada a legislao pertinente, o clculo das quotas do ICMS devidas aos Municpios, nos termos do inciso XI do Art. 76, da Cons-tituio Estadual, fiscalizando a entrega dos respectivos recursos;

    VII representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato inquinado e definindo responsabilidades, inclusive as de Secretrio de Estado ou autoridades de nvel hierrquico equivalente;

    VIII aplicar aos responsveis as sanes previstas nos Arts. 61 a 64 desta Lei;

    IX elaborar e alterar seu Regimento Interno;

    X eleger seu Presidente, Vice-Presidente e Corregedor e dar-lhes posse;*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior X eleger seu Presidente e seu Vice-Presidente e dar-lhes posse;

    XI conceder licena, frias e outros afastamentos aos Conselheiros e Auditores, dependendo de inspeo, por junta mdica, a licena para tratamen-to de sade, por prazo superior a 04 (quatro) meses;

    XII propor Assembleia Legislativa a fixao de vencimentos dos Con-selheiros e Auditores;

    XIII organizar sua Secretaria Geral, e demais rgos auxiliares e prover-lhes os cargos e empregos, observada a legislao pertinente;

    XIV propor Assembleia Legislativa a criao, transformao e extin-o de cargos, empregos e funes do Quadro de Pessoal de sua Secretaria Ge-ral e demais rgos auxiliares, bem como a fixao da respectiva remunerao;

    XV decidir sobre denncia que seja encaminhada por qualquer cida-do, partido poltico, associao ou sindicato, na forma prevista nos Arts. 56 a 59 desta Lei;

    XVI decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade com-petente, a respeito de dvida suscitada na aplicao de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matria de sua competncia, na forma estabele-cida no Regimento Interno.

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    Lei Orgnica

    1 - No julgamento de contas e na fiscalizao que lhe compete, o Tribunal decidir sobre a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gesto e das despesas deles decorrentes, bem como sobre a aplicao de subvenes e a renncia de receitas.

    2 - A resposta consulta a que se refere o inciso XVI deste Artigo tem carter normativo, e constitui prejulgamento de tese, mas no do fato ou caso concreto.

    3 - Ser parte essencial das decises do Tribunal ou de suas Cmaras:

    I o relatrio do Conselheiro Relator, de que constaro as concluses da instruo do relatrio da equipe de auditoria ou do tcnico responsvel pela anlise do processo, bem como do parecer das chefias imediatas, da Unidade Tcnica, e do Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal, nos casos definidos no inciso II do Art. 88 desta Lei;

    II fundamentao legal com que o Conselheiro Relator analisar as questes de fato e de direito, sob pena de nulidade;

    III dispositivo com que o Conselheiro Relator decidir sobre o mrito do processo.

    Art. 2 - Para o desempenho de sua competncia, o Tribunal dever rece-ber, em cada exerccio, o rol de responsveis e suas alteraes, e outros docu-mentos ou informaes que considerar necessrios.

    Pargrafo nico. O Tribunal poder solicitar ao Secretrio de Estado su-pervisor da rea, ou autoridade de nvel hierrquico equivalente, os elemen-tos indispensveis ao exerccio de sua competncia.

    Art. 3 - Ao Tribunal de Contas do Estado, no mbito de sua competncia e jurisdio, assiste o poder regulamentar, podendo em consequncia expedir atos e instrues normativas sobre matria de suas atribuies e sobre a organi-zao dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumpri-mento, sob pena de responsabilidade, dando-se cincia ao Poder Legislativo.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    CAPTULO IIJURISDIO

    Art. 4 - O Tribunal de Contas do Estado tem jurisdio prpria e priva-tiva, em todo o territrio estadual, sobre as pessoas e matrias sujeitas sua competncia.

    Art. 5 - A jurisdio do Tribunal abrange:

    I qualquer pessoa fsica, rgos ou entidades a que se refere o inciso I do Art. 1 desta Lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre di-nheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria;

    II aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao errio;

    III os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob inter-veno, ou que de qualquer modo venham a integrar, provisria ou permanen-temente, o patrimnio do Estado ou de outra entidade pblica estadual;

    IV os responsveis pelas contas estaduais das empresas ou consrcios interestaduais de cujo capital social o Estado participe, de forma direta ou indi-reta, nos termos de acordo, convnio ou ato constitutivo;

    V os responsveis por entidades dotadas de personalidade jurdica de direito privado que recebam contribuies parafiscais e prestem servio de in-teresse pblico ou social;

    VI todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos sua fiscalizao por expressa disposio de Lei;

    VII os responsveis pela aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Estado, mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos cong-neres a outro Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio;

    VIII os sucessores dos administradores e responsveis a que se refere este Artigo, at o limite do valor do patrimnio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5 da Constituio Federal;

    IX os representantes do Estado ou do Poder Pblico na Assembleia Geral das empresas estatais e sociedades annimas de cujo capital o Estado ou do Poder Pblico participem, solidariamente, com os membros dos Conselhos

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    Lei Orgnica

    Fiscais e de Administrao, pela prtica de atos de gesto ruinosa ou liberalida-de custa das respectivas sociedades.

    TTULO IIJULGAMENTO E FISCALIZAO

    CAPTULO IJULGAMENTO DE CONTAS

    SEO ITOMADA E PRESTAO DE CONTAS

    Art. 6 - Esto sujeitas tomada de contas e, ressalvado o disposto no inciso XXXV do Art. 5 da Constituio Federal, s por deciso do Tribunal de Contas do Estado podem ser liberadas dessa responsabilidade, as pessoas indi-cadas nos incisos I a VI do Art. 5 desta Lei.

    Art. 7 - As contas dos administradores e responsveis a que se refere o Artigo anterior sero anualmente submetidas a julgamento do Tribunal, sob a forma de tomada ou prestao de contas.

    1 - Nas tomadas ou prestaes de contas, a que alude este Artigo, devem ser includos todos os recursos, oramentrios e extra-oramentrios, geridos ou no pela unidade ou entidade administrativa respectiva.

    2 - O Tribunal apreciar os processos individuais de responsabilidade dos gestores pblicos antes de emitir parecer definitivo sobre as contas gerais e de gesto dos exerccios financeiros respectivos.

    Art. 8 - Diante da omisso no dever de prestar contas, da no com-provao da aplicao dos recursos repassados pelo Estado, na forma prevista no inciso VII do Art.5 desta Lei, da ocorrncia de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores pblicos ou ainda, da prtica de qualquer ato ilegal, ilegtimo ou antieconmico de que resulte dano ao errio, a autoridade administrativa competente que tiver conhecimento do fato, sob pena de res-ponsabilidade solidria, dever imediatamente adotar providncias com vistas instaurao da tomada de contas especial para apurao dos fatos, identifica-o dos responsveis e quantificao do dano.

    1 - Os atos de improbidade administrativa previstos no inciso XXI do 4 do Art. 37 da Constituio Federal s sero caracterizados quando ocor-rerem prevaricao, desfalque, enriquecimento ilcito, ou apropriao indbita do Errio.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    2 - No atendido o disposto no caput deste Artigo, o Tribunal deter-minar a instaurao da tomada de contas especial, fixando prazo para cumpri-mento dessa deciso.

    3 - A tomada de contas especial prevista no caput deste Artigo e no seu 1 ser, desde logo, encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado para julgamento, se o dano causado ao Errio for de valor igual ou superior quantia para esse efeito fixada pelo Tribunal em cada ano civil.

    4 - Se o dano for de valor inferior quantia referida no pargrafo an-terior, a tomada de contas especial ser anexada ao processo da respectiva to-mada ou prestao de contas anual do administrador ou ordenador de despesa, para julgamento em conjunto.

    5 - Em todas as etapas do processo de julgamento de contas, ser assegurado ao responsvel ou interessado acesso ao processo e ampla defesa, dando-se-lhe, sempre que surgirem novos fatos, mais uma oportunidade de falar nos autos, sob pena de nulidade.

    6 - Os processos de tomada ou prestao de contas, bem como os de responsabilidade de gestores e agentes pblicos, devero ser apresentados ao Tribunal no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data do encer-ramento do correspondente exerccio financeiro, e julgados at o trmino do exerccio seguinte ao da apresentao.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 6. Os processos de tomada ou prestao de contas, bem como os de responsabilidade de gestores e agentes pblicos, devero ser apresentados e julgados no Tri-bunal, dentro do prazo de 180 ( cento e oitenta ) dias, contados da data do encerramento do correspondente exerccio financeiro.

    7 - Suspende-se o prazo estipulado para julgamento das contas quando:

    I for determinado o sobrestamento da instruo ou do julgamento do processo;

    II houver deciso judicial que impea o prosseguimento da instruo ou do julgamento;

    III houver parcelamento do pagamento do dbito apurado ou da multa aplicada, at o seu recolhimento integral;

    IV outras situaes que justifiquem a suspenso do prazo referido neste pargrafo.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 7. O no cumprimento do prazo previsto no pargrafo anterior consti-tuir mera irregularidade.

  • 19

    Lei Orgnica

    Art. 9 - Integraro a tomada ou prestao de contas, inclusive a tomada de contas especial, dentre outros elementos, os seguintes:

    I relatrio de gesto, se for o caso;

    II relatrio do tomador de contas, quando couber;

    III relatrio e certificado de auditoria, com parecer do dirigente de controle interno, que consignar qualquer irregularidade ou ilegalidade consta-tada, indicando as medidas adotadas para corrigir as faltas encontradas;

    IV pronunciamento do Secretrio de Estado supervisor da rea ou da au-toridade de nvel hierrquico equivalente, na forma prevista no Art. 55 desta Lei.

    SEO IIDECISES EM PROCESSOS DE TOMADA OU

    PRESTAO DE CONTAS

    SUBSEO IESPCIES DE DECISO

    Art. 10 - A deciso em processo de tomada ou prestao de contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa.

    1 - Preliminar a deciso pela qual o Tribunal, antes de pronunciar-se sobre o mrito das contas, resolve sobrestar o julgamento; ordenar a citao ou audincia dos responsveis; determinar diligncias necessrias ao saneamento do processo, ou impor multa por motivo de impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal ou, ainda, pela prtica de ato de gesto ilegal, ilegtimo ou antieconmico que no seja de natureza grave e que no represente grande prejuzo ao Errio;

    2 - Definitiva a deciso pela qual o Tribunal julga as contas regulares, com ressalva ou irregulares;

    3 - Terminativa a deciso pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidveis, nos termos dos Arts. 19 e 20 desta Lei.

    Art. 11 - A instruo dos processos aludidos no Artigo anterior ser pre-sidida pelo Relator que, mediante despacho singular, poder determinar, de ofcio ou por provocao do rgo de instruo, autorizada pela Presidn-cia, ou do Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal, o sobrestamento do

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    julgamento, a citao ou a audincia dos responsveis, ou outras providn-cias consideradas necessrias ao saneamento dos autos, assinando prazo para o atendimento das diligncias, aps o que submeter o feito ao Plenrio ou Cmara respectiva, para deciso de mrito.

    Art. 12 - Verificada irregularidade nas contas, o Tribunal:

    I definir a responsabilidade individual ou solidria pelo ato de gesto inquinado;

    II se houver dbito, ordenar a citao do responsvel para, no prazo assinado, apresentar defesa ou recolher a quantia devida;

    III se no houver dbito, determinar a audincia do responsvel para, no prazo assinado, apresentar razes de justificativa;

    IV adotar outras medidas cabveis.

    1 - Prestados os esclarecimentos solicitados, ao apreci-los, se o rgo tcnico competente abordar novos aspectos que possam ensejar a aplicao de sano ou a desaprovao das contas, ser concedido novo prazo ao respons-vel para pronunciamento.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 1 - Prestados os esclarecimentos solicitados, ao apreci-los, se o rgo tcnico competente sugerir alguma punio pecuniria ao responsvel, ser-lhe- concedido novo prazo para emitir o seu pronunciamento.

    2 - O responsvel cuja defesa for rejeitada pelo Tribunal ser cientifica-do para, em novo e improrrogvel prazo, recolher a importncia devida.

    3 - Reconhecida pelo Tribunal a boa f, a liquidao tempestiva do dbito atualizado, monetariamente, sanar o caso, com a devida baixa no res-pectivo processo.

    4 - O responsvel que no atender citao ou audincia ser con-siderado revel pelo Tribunal, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 4 - O responsvel que no atender citao ou audincia ser consi-derado revel pelo Tribunal, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo, nome-ando-se-lhe defensor.

    5 - No poder ser transferida a responsabilidade individual de agentes pblicos para seu superior hierrquico, salvo se este for cmplice, omisso ou,

  • 21

    Lei Orgnica

    conhecendo da matria, tenha concorrido ou autorizado o ato.

    Art. 13 - A deciso preliminar a que se refere o 1 do Art. 10 desta Lei poder, por deciso unnime dos membros do Tribunal, ser publicada no Di-rio Oficial do Estado.

    Art. 14 - Ao julgar as contas, o Tribunal decidir se estas so regulares, regulares com ressalvas ou irregulares.

    Art. 15 - As contas sero julgadas:

    I regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatido dos demonstrativos contbeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gesto do responsvel;*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: I regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatido dos demonstrativos contbeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de ges-to do responsvel, ou ainda leve infrao norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial;

    II regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal de que no resulte dano ao errio;*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: II regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade, grave infrao norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, ope-racional e patrimonial ou qualquer outra falta de natureza formal de que no resulte dano ao Errio;

    III irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrncias:

    a) omisso no dever de prestar contas, se dela resultar invivel a corres-pondente tomada de contas;

    b) grave infrao a norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional ou patrimonial;

    c) injustificado dano ao errio, decorrente de ato de gesto ilegal, ilegti-mo ou antieconmico;

    d) desfalque, desvio de dinheiros, bens ou valores pblicos;*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: III irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrncias: a. omisso no dever de prestar contas; b. injustificado dano ao Errio, decorrente de ato de gesto ilegtimo ou antieconmico; c. desfalque, desvio de dinheiros, bens ou valores pblicos.

  • 22

    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    1 - O Tribunal poder julgar irregulares as contas no caso de reincidn-cia ou descumprimento de determinao de que o responsvel, em processo de tomada ou prestao de contas, tenha tido cincia.

    2 - Nas hipteses das alneas c e d do inciso III deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixar a responsabilidade solidria:

    a) do agente pblico que praticou o ato irregular; e

    b) do terceiro que, como contratante e ou parte interessada na prtica do mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 2. Nas hipteses das alneas b e c do inciso III deste Artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixar a responsabilidade solidria:

    3 - Verificada a ocorrncia prevista no pargrafo anterior deste Artigo, o Tribunal providenciar a imediata remessa de cpia da documentao perti-nente Procuradoria Geral do Estado e ao Ministrio Pblico, para ajuizamento das aes civis e penais cabveis.

    4 - Na ocorrncia de contas irregulares previstas na alnea d do inciso III deste artigo, o Tribunal dar conhecimento imediato de sua deciso Assem-bleia Legislativa.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior (Lei n 12.509, de 06 de dezembro de 1995): 4. Nas ocorrncias de contas irregulares previstas na alnea c do inciso III deste Artigo o Tribunal enviar imediatamente o acrdo de sua deciso Assemblia Legislativa.

    SUBSEO IICONTAS REGULARES

    Art. 16 - Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dar quitao plena ao responsvel.

    SUBSEO IIICONTAS REGULARES COM RESSALVA

    Art. 17 - Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dar quitao ao responsvel e a respectiva baixa do processo, e lhe determinar, ou a quem lhe haja sucedido, a adoo de medidas necessrias correo das impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrncia de outras semelhantes.

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    Lei Orgnica

    SUBSEO IVCONTAS IRREGULARES

    Art. 18 - Quando julgar as contas irregulares, havendo dbito, o Tribunal condenar o responsvel ao pagamento da dvida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa pre-vista no Art. 61 desta Lei, sendo o instrumento da deciso considerado ttulo executivo para fundamentar a respectiva ao de execuo.

    Pargrafo nico - No havendo dbito, mas comprovada qualquer das ocorrncias previstas nas alneas a, b e c do inciso III do art. 15 desta Lei, o Tri-bunal aplicar ao responsvel a multa prevista no inciso I do art. 62 desta Lei.*Redao dada pela Lei n 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior (Lei n 12.509, de 06 de dezembro de 1995): 1 - No havendo dbito, mas comprovada qualquer das ocorrncias previstas nas alneas a e b do inciso III do Art. 15 desta Lei, o Tribunal aplicar ao responsvel multa at o valor previsto no inciso I do Art. 62 desta Lei.

    2 - (revogado).*Revogado pela Lei n 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 2 - Uma vez comprovado o recolhimento da importncia corresponden-te multa imputada, dar-se- a conseqente baixa no respectivo processo, permanecendo a responsabilidade na hiptese prevista na alnea c do inciso III do Art. 15.

    SUBSEO VCONTAS ILIQUIDVEIS

    Art. 19 - As contas sero consideradas iliquidveis quando caso fortuito ou de fora maior, comprovadamente alheio vontade do responsvel, tornar materialmente impossvel o julgamento de mrito a que se refere o Art. 15 desta Lei.

    Art. 20 - O Tribunal ordenar o trancamento das contas que forem consi-deradas iliquidveis e o consequente arquivamento do processo.

    1 - Dentro do prazo de 05 (cinco) anos, contados da publicao da de-ciso terminativa no Dirio Oficial do Estado, o Tribunal poder, vista de no-vos elementos que considere suficientes, autorizar o desarquivamento do pro-cesso e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestao de contas.

    2 - Transcorrido o prazo referido no pargrafo anterior sem que se te-nha havido nova deciso, as contas sero consideradas encerradas, com baixa na responsabilidade do administrador.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    SEO IIIEXECUO DAS DECISES

    Art. 21 - A citao, a audincia, a comunicao de diligncia, e a notifi-cao far-se-o:

    I mediante cincia do responsvel ou do interessado atravs de ofcio simples;

    II pelo correio, mediante carta registrada, com aviso de recebimento;

    III por edital, publicado no Dirio Oficial do Estado quando o seu des-tinatrio no for localizado.

    Pargrafo nico - Sob pena de nulidade, o Relator ou o Tribunal dar cincia de seus despachos ou decises na forma estabelecida nos incisos deste artigo, ou por outro meio estabelecido em ato normativo, quando no for pos-svel se completar nenhuma das providncias ali previstas.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26 de outubro de 2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: Pargrafo nico O Tribunal dar cincia de sua deciso aos responsveis ou interessados, de conformidade com os incisos II e III deste Artigo, sob pena de nulidade.

    Art. 21-A. - Em caso de urgncia, de fundado receio de grave leso ao patrimnio pblico ou de risco de ineficcia da deciso de mrito, e existindo prova inequvoca, o Relator poder, de ofcio ou mediante provocao, adotar medida cautelar, com a prvia oitiva da autoridade, determinando, entre outras providncias, a suspenso do ato ou do procedimento impugnado.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    1 - A medida cautelar, devidamente fundamentada, ser submetida ao Plenrio na primeira sesso que se seguir ao decurso do prazo para oitiva, com ou sem manifestao da autoridade, salvo nas hipteses de concesso de pror-rogao ou novo prazo, sendo necessrio, para sua ratificao, aprovao pela maioria absoluta dos membros do Tribunal, vedada as medidas que esgotem, no todo ou em parte, o objeto do processo ou que sejam irreversveis.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    2 - As notificaes ou comunicaes referentes medida cautelar e, quando for o caso, as informaes prestadas pela autoridade podero ser en-caminhadas via fac-simile ou por outro meio eletrnico, sempre com a confir-mao de recebimento, com posterior remessa do original, no prazo assinado.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

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    Lei Orgnica

    3 - As notificaes ou comunicaes dos interessados, referentes medida cautelar, devero ocorrer no prazo de at 5 (cinco) dias, contados na forma prevista no art. 21 desta Lei.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    4 - Fica vedada a concesso aos interessados de mais de 3 (trs) prorro-gaes ou mais de 3 (trs) novos prazos, nas hipteses de concesso de medida cautelar, salvo por motivo de relevante interesse pblico.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Art. 22 - A deciso definitiva ter a forma de acrdo, cuja publicao no Dirio Oficial do Estado constituir:

    I no caso de contas regulares, certificado na quitao plena do respon-svel para com o Errio;

    II - no caso de contas regulares com ressalva, certificado de quitao com determinao, nos termos do Art. 15 desta Lei;

    III - no caso de contas irregulares:

    a) obrigao de o responsvel, no prazo assinado, comprovar perante o Tribunal que recolheu aos cofres pblicos a quantia correspondente ao dbito que lhe tiver sido imputado ou da multa cominada, na forma prevista nos Arts. 18 e 60 desta Lei;

    b) ttulo executivo bastante para a cobrana judicial da dvida decorrente do dbito ou da multa, se no recolhida no prazo pelo responsvel;

    c) fundamento legal para que a autoridade competente proceda efetiva-o das sanes previstas nos Arts. 61 e 63 desta Lei.

    Art. 23 - A deciso do Tribunal, de que resulte imputao de dbito ou cominao de multa, aps o trnsito em julgado, torna a dvida lquida e certa e tem eficcia de ttulo executivo, nos termos da alnea b do inciso III do Art. 22 desta Lei.

    Art. 24 - O responsvel ser notificado para, no prazo de 30 (trinta) dias, efetuar e comprovar o recolhimento do dbito apurado ou da multa aplicada.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.* Redao anterior: Art. 24 O responsvel ser notificado para, no prazo de 30 dias, efetuar e comprovar o recolhimento da dvida a que se refere o Art. 18 e seu 1, desta Lei.

    Pargrafo nico - A notificao ser feita na forma prevista no Art. 21 desta Lei.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    Art. 25 - Em qualquer fase do processo, o Tribunal poder autorizar o recolhimento parcelado da importncia devida, incidindo sobre cada parcela os correspondentes acrscimos legais.

    Pargrafo nico - O prazo mximo de parcelamento ser de 12 (doze) meses, importando a falta de recolhimento de qualquer parcela o vencimento antecipado do saldo devedor.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: Pargrafo nico O prazo mximo ser de 05 (cinco) anos e a falta de re-colhimento de 03 (trs) parcelas importar no vencimento antecipado do saldo devedor.

    Art. 26 - Comprovado o recolhimento integral, o Tribunal expedir quita-o do dbito ou da multa e dar baixa no respectivo processo.

    Art. 27 - Expirado o prazo a que se refere o caput do Art. 24 desta Lei sem manifestao do responsvel, o Tribunal poder:

    I determinar o desconto integral ou parcelado da dvida nos vencimen-tos, salrios ou proventos do responsvel, observados os limites previstos na legislao pertinente; ou

    II autorizar a cobrana judicial da dvida por intermdio da Procura-doria Geral do Estado, que dever promov-la no prazo de 120 (cento e vinte) dias, sob pena de responsabilidade.

    Art. 28 - A deciso terminativa, acompanhada de seus fundamentos, ser publicada no Dirio Oficial do Estado, bem como comunicada ao responsvel ou interessado.

    1 - O encaminhamento de qualquer documentao relacionada aos processos de competncia do Tribunal de Contas do Estado para qualquer r-go externo, no interessado no feito, ficar, condicionado ao julgamento de-finitivo do processo, ressalvada a existncia de indcios consistentes da prtica de crime ou ato de improbidade administrativa.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    2 - O disposto no pargrafo anterior no prejudicar o atendimento pelo Tribunal aos requerimentos formulados pelo Ministrio Pblico Comum no exerccio de suas prerrogativas.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    3 - A mudana de entendimento no mbito do Tribunal de Contas no alcanar atos jurdicos perfeitos, respeitando os efeitos produzidos durante a vigncia do posicionamento anterior.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

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    Lei Orgnica

    Art. 28-A. - Nos casos em que a autoridade administrativa comprovar a revogao, anulao ou convalidao de ato impugnado pelo Tribunal de Con-tas, dever ser arquivado o respectivo processo, com a devida comunicao dos interessados.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    SEO IVRECURSOS, PRAZO, VISTA E SUSTENTAO ORAL

    SUBSEO IRECURSOS

    Art. 29 - Das decises proferias pelo Tribunal de Contas do Estado, ca-bem os seguintes recursos:

    I reconsiderao;

    II embargos de declarao;

    III reviso; e

    IV recurso inominado.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Pargrafo nico - No se conhecer de recursos interpostos fora do prazo, salvo em razo da supervenincia de fatos novos efetivamente comprovados.

    Art. 30 - Cabe recurso de reconsiderao de toda e qualquer deciso proferida pelo Tribunal de Contas em matria de sua competncia, tendo efei-to suspensivo, sendo formulado por escrito, uma s vez, pelo responsvel ou interessado, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados na forma prevista no Art. 21 desta Lei.

    Art. 31 - Cabe recurso de embargos de declarao, no prazo de 30 (trinta) dias, contra deciso definitiva do Tribunal, para corrigir obscuridade, omisso ou contradio do acrdo ou resoluo recorridos, conflito de jurispru-dncia, ausncia da fundamentao legal ou fundamentao legal defeituosa.

    Pargrafo nico - Os embargos de declarao podem ser apostos por escrito pelo responsvel ou interessado e suspendem os prazos para cumpri-mento da deciso embargada e para interposio de recurso.

    Art. 32 - Cabe recurso de reviso, sem efeito suspensivo, das decises

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    definitivas proferidas em processo de tomada ou prestao de contas e funda-mentar-se-:

    I em erro de clculo nas contas;

    II em falsidade ou insuficincia de documento em que se tenha funda-mentado a deciso recorrida;

    III na supervenincia de documentos novos com eficcia sobre a prova produzida.

    Art. 33 - Tambm cabe recurso de reviso contra deciso, transitada em julgado, que haja concludo pela legalidade ou ilegalidade de ato de admisso de pessoal, aposentadoria, reforma ou penso.

    Pargrafo nico - Somente cabe o recurso de que trata este Artigo se fundamentado em erro na contagem de tempo de servio ou na fixao dos proventos, em prova falsa ou em preterio de formalidade que, se hou-vesse sido considerada, no teria permitido o julgamento da legalidade ou ilegalidade do ato respectivo.

    Art. 34 - Os recursos a que aludem os incisos I e II do Art. 29 tm efeito suspensivo, e o da reviso, efeito apenas devolutivo.

    Art. 35 - Os recursos de que trata esta seo, podem ser interpostos pelos responsveis ou interessados, ou pelo Ministrio Pblico; o recurso de embargo de declarao deve ser dirigido ao Relator que houver prolatado a deciso, que submeter ao Plenrio, e os demais ao Presidente do Tribunal de Contas.

    Art. 36 - Os atos de admisso, aposentadoria, reforma e penso, que, em decorrncia de recurso perante a autoridade administrativa competente, forem por esta expedidos para rever atos j julgados pelo Tribunal, a este sero remeti-dos, com os respectivos processos, para efeito de apreciao de sua legalidade.

    SUBSEO IIPRAZO

    Art. 37 - O prazo para interposio dos recursos de reconsiderao e de embargos de declarao de 30 (trinta) dias, e para impetrao de recursos de reviso de 05 (cinco) anos.

    Art. 38 - A reviso a que alude o art. 36 desta Lei poder ser feita a qual-quer tempo, desde que configuradas as hipteses previstas no art. 33.

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    Lei Orgnica

    * Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.* Redao anterior:Art. 38 A reviso a que se alude o Art. 36 desta Lei somente poder ser feita a qualquer tempo, desde que configuradas as hipteses previstas no Art. 32.

    Art. 39 - Os prazos referidos nesta Lei contam-se da data:

    I do recebimento pelo responsvel ou interessado, ou seu procurador:

    a) - da citao ou da comunicao da audincia;

    b) - da comunicao da rejeio dos fundamentos da defesa, das razes de justificativa ou de quaisquer esclarecimentos prestados no curso do processo;

    c) - da comunicao de diligncia;

    d) - da notificao.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: I do recebimento pelo responsvel ou interessado; a) da comunicao de diligncia; b) da notificao.

    II da publicao de edital no Dirio Oficial, quando, nos casos indica-dos no inciso anterior, o responsvel ou interessado no for localizado;

    III nos demais casos, salvo disposio legal expressa em contrrio, da publicao da deciso ou do acrdo no Dirio Oficial do Estado.

    SUBSEO IIIPEDIDO DE VISTA E JUNTADA DE DOCUMENTOS

    Art. 40 - As partes podero pedir vista ou cpia de pea concernente a processo, bem como juntada de documento, mediante expediente dirigido ao Relator ou verbalmente, caso seja requerido por conselheiro, obedecidos os procedimentos previstos no Regimento Interno.

    1 - Na ausncia ou impedimento, por motivo de licena, frias ou ou-tro afastamento legal do Relator ou do seu substituto, quando houver, caber ao Presidente do Tribunal decidir sobre os pedidos previstos no caput deste artigo.

    2 - O pedido de juntada de documento poder ser deferido se o res-pectivo processo j estiver includo em pauta.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    SUBSEO IVSUSTENTAO ORAL

    Art. 41 - No julgamento ou apreciao de processo, as partes podero produzir sustentao oral, pessoalmente ou por procurador devidamente cre-denciado, desde que a tenham requerido ao Presidente do respectivo colegia-do, at o incio da sesso.

    1 - Aps o pronunciamento do Relator e do representante do Minist-rio Pblico especial junto ao Tribunal, se houver, o interessado ou seu procu-rador falar sem ser aparteado pelo prazo de 15 (quinze) minutos, admitida a prorrogao por igual perodo.

    2 - Havendo mais de um interessado, o prazo previsto no pargrafo anterior ser duplicado e dividido entre estes.

    3 - Se no mesmo processo houver interesses opostos, observar-se-, relativamente a cada parte, o disposto nos pargrafos anteriores quanto aos prazos para sustentao oral.

    4 - Quando se tratar de julgamento ou apreciao de processo em ses-so extraordinria de carter reservado, os interessados tero acesso Sala das Sesses, ao iniciar-se a apresentao do relatrio, e dela devero ausentar-se aps deciso do respectivo processo.

    CAPTULO IIFISCALIZAO A CARGO DO TRIBUNAL

    SEO ICONTAS DO GOVERNADOR DO ESTADO

    Art. 42 - Ao Tribunal de Contas do Estado, rgo de Controle Externo, compete apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, mediante parecer prvio, a ser elaborado em 60 (sessenta) dias, a contar do seu recebimento, que ser encaminhado Assembleia Legislativa e ao Governador do Estado.

    1 - A deciso decretada pela Assembleia Legislativa ser conclusiva, no cabendo mais qualquer apreciao por parte do Tribunal de Contas.

    2 - As contas consistiro nos balanos gerais do Estado e no relatrio do rgo central do sistema de controle interno do Poder Executivo, sobre a execuo dos oramentos de que trata o 3 do Art. 203 da Constituio do

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    Lei Orgnica

    Estado, contendo informaes sobre as atividades inerentes aos Poderes Legis-lativo e Judicirio e ao Ministrio Pblico, relativas execuo dos respectivos programas includos no oramento anual e respectivas inspees e auditorias internas.

    SEO IIFISCALIZAO POR SOLICITAO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

    Art. 43 - Compete ao Tribunal, por solicitao da Assembleia Legislativa:

    I realizar, por iniciativa, da Assembleia Legislativa, de Comisso Tc-nica ou de Inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Po-deres Legislativo, Executivo e Judicirio e nas entidades da administrao in-direta, includas as fundaes e sociedades institudas ou mantidas pelo Poder Pblico Estadual;

    II prestar as informaes solicitadas pela Assembleia Legislativa ou por suas Comisses, sobre a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, opera-cional e patrimonial e sobre os resultados de inspees e auditorias realizadas;

    III emitir, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da so-licitao, pronunciamento conclusivo sobre matria que lhe seja submetida apreciao pela Comisso permanente de que cuida o Art. 70 da Constituio Estadual;

    IV auditar, por solicitao da Assembleia Legislativa ou Comisso Tc-nica, projetos e programas autorizados na Lei Oramentria Anual, avaliando os seus resultados, quanto eficcia, eficincia e economicidade.

    SEO IIIATOS SUJEITOS A REGISTRO

    Art. 44 - De conformidade com o preceituado no inciso III do Art. 76 da Constituio Estadual, o Tribunal apreciar, no prazo de 30 (trinta) dias aps a instruo da espcie, para fins de registro ou reexame, os atos:

    I admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indi-reta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, excetua-das as nomeaes para cargo de provimento em comisso;

    II concesso inicial de aposentadoria, reformas e penses, bem como de melhorias posteriores que tenham alterado o fundamento legal do respecti-

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    vo concessrio inicial.

    1 - O Tribunal conhecer de requerimento de interessado que vise concesso dos benefcios de que trata este Artigo.

    2 - Ao verificar ilegalidade em qualquer dos atos a que se refere este Artigo, o Tribunal negar-lhe- registro quando insanvel; se possvel a correo, indicar ao rgo de origem as medidas a adotar, para o exato cumprimento da Lei, fixando prazo para a respectiva regularizao.

    Art. 45 - Nos processos relativos aos atos de que cuida esta Seo, a instruo ser precedida pelo Relator que, mediante despacho singular, emi-tido no prazo de dois dias, determinar, por sua ao prpria e direta, ou por provocao do rgo de instruo ou do Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal, a adoo das providncias consideradas necessrias ao saneamento dos autos, aps o que submeter o feito ao Plenrio ou Cmara respectiva, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, para deciso de mrito.

    Pargrafo nico - Ao encaminhar os processos referidos no caput deste Artigo origem para reexame, o Tribunal ou o Relator poder fixar prazo a ser cumprido, sob pena de responsabilidade.

    SEO IVFISCALIZAO DE ATOS E CONTRATOS

    Art. 46 - Para assegurar a eficcia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal efetuar a fiscalizao dos atos que resultem receita ou despesa, praticados pelos responsveis sujeitos sua jurisdio, competindo-lhe, para tanto, em especial:

    I acompanhar, pela publicao do Dirio Oficial do Estado e mediante consulta a sistemas informatizados pela administrao estadual, ou por outro meio adequado:

    a) a Lei relativa ao plano plurianual, a Lei de Diretrizes Oramentrias, a Lei Oramentria Anual e a abertura de crditos adicionais;

    b) os editais de licitao, os contratos em geral, os convnios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congneres, bem como os atos referidos no Art. 44 desta Lei;

    II realizar, por iniciativa prpria, planos de inspees e auditorias, ex-pressamente autorizadas pelo Presidente;

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    Lei Orgnica

    III fiscalizar as contas das empresas interestaduais de cujo capital social o Estado participe, de forma direta ou indireta, nos termos do ato constitutivo;

    IV fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pelo Esta-do mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, Unio, ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Municpio.

    Pargrafo nico - O Tribunal comunicar s autoridades competentes dos Poderes do Estado o resultado das inspees e auditorias que realizar, para as medidas saneadoras das impropriedades e faltas identificadas.

    Art. 47 - Nenhum processo, documento ou informao poder, sob qual-quer pretexto, ser sonegado ao Tribunal em suas inspees ou auditorias.

    1 - No caso de sonegao, o Tribunal assinar prazo para apresentao dos documentos, informaes e esclarecimentos julgados necessrios, comuni-cando o fato ao Secretrio de Estado supervisor da rea ou autoridade de nvel hierrquico equivalente, para as medidas cabveis.

    2 - Vencido o prazo e no cumprida a exigncia, o Tribunal aplicar as sanes previstas no inciso VII do Art. 62 desta Lei.

    3 - No se inclui na hiptese do caput, o contedo de pesquisas e consultorias solicitadas pela Administrao para direcionamento de suas aes, bem como, de documentos relevantes cuja divulgao possa importar em da-nos para o Estado.*Acrescentado pela Lei 13.037 - D.O.E. 30/06/2000. Vigncia suspensa desde 11/10/2001 - ADI 2361 - STF.

    Art. 48 - No exerccio da fiscalizao de que trata este Captulo, o Tribu-nal, se verificar a ocorrncia de irregularidade, determinar:

    I - simples advertncia ou arquivamento do processo, quando no apura-da transgresso norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, ou for constatada to somente falta ou impropriedade de carter formal;

    II - a audincia do responsvel para, no prazo estabelecido, apresentar razes de justificativa, se verificar a ocorrncia de irregularidade quanto legi-timidade ou economicidade.

    Pargrafo nico - No elidido o fundamento da impugnao, o Tribunal aplicar ao responsvel a multa prevista no inciso IV do Art. 62 desta Lei.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    Art. 49 - Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal assinar prazo para que o responsvel adote as providncias necessrias ao exato cumpri-mento da Lei, fazendo indicao expressa dos dispositivos a serem observados.

    1 - No caso de ato administrativo, o Tribunal, se no atendido:

    I sustar a execuo do ato impugnado;

    II comunicar a deciso Assembleia Legislativa;

    III aplicar ao responsvel a multa prevista no inciso III do Art. 62 desta Lei.

    2 - No caso de contrato, o Tribunal, se no atendido, comunicar o fato Assembleia Legislativa, a quem compete adotar o ato de sustao e soli-citar, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabveis.

    3 - Se a Assembleia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribu-nal decidir a respeito da sustao do contrato.

    Art. 50 - Verificada a ocorrncia de fraude comprovada licitao, o Tribunal declarar a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por at cinco anos, de licitao na administrao Pblica Estadual.

    Art. 51 - Ao exercer a fiscalizao, se configura da ocorrncia de desfal-que, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte dano ao Errio, o Tribunal ordenar, desde logo, a converso do processo em tomada de contas especial, salvo a hiptese prevista no Art. 99 desta Lei.

    Pargrafo nico O processo de tomada de contas especial a que se refere este Artigo tramitar em autos separados das respectivas contas anuais.

    CAPTULO IIICONTROLE INTERNO

    Art. 52 - Os poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero sistema de controle interno, com a finalidade de:

    I avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a exe-cuo dos programas de governo e dos oramentos do Estado;

    II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e

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    Lei Orgnica

    eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e enti-dades da administrao estadual, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;

    III exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Estado;

    IV apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    Art. 53 - No apoio ao controle externo, os rgos integrantes do sistema de controle interno devero exercer, dentre outras, as seguintes atividades:

    I realizar auditorias nas contas dos responsveis sob seu controle, emi-tindo relatrio, certificado de auditoria e parecer;

    II alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas especial, sempre que tiver conhecimento de qualquer das ocorrncias referidas no caput do Art. 8 desta Lei.

    Art. 54 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conheci-mento de qualquer ato de improbidade, dele daro cincia imediata ao Tribu-nal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidria.

    1 - Na comunicao ao Tribunal, o dirigente do rgo de controle interno competente indicar as providncias adotadas para:

    I corrigir a ilegalidade ou irregularidade apurada;

    II ressarcir o eventual dano causado ao Errio;

    III evitar ocorrncias semelhantes.

    2 - Verificada, em inspeo ou auditoria, ou no julgamento das contas, improbidade que no tenha sido comunicada tempestivamente ao Tribunal, e provada a omisso, o dirigente do rgo de controle interno, na qualidade de responsvel solidrio, ficar sujeito s sanes previstas para a espcie nesta Lei.

    Art. 55 - O Secretrio de Estado supervisor da rea ou a autoridade de nvel hierrquico equivalente emitir, sobre as contas e o parecer do controle interno, expresso e indelegvel pronunciamento, no qual atestar haver toma-do conhecimento das concluses nele contidas.

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    CAPTULO IVDIREITO DE DENNCIA

    Art. 56 - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

    Art. 57 - A denncia dever referir-se a administrador ou responsvel sujeito jurisdio do Tribunal, ser redigida em linguagem clara e objetiva, conter o nome legtimo do denunciante, sua qualificao e endereo, e estar acompanhada de prova ou indcio concernente ao fato denunciado ou exis-tncia de ilegalidade ou irregularidade.

    1 - A denncia ser apurada em carter sigiloso, at que se comprove a sua procedncia, e somente poder ser arquivada aps efetuadas as diligncias pertinentes, mediante despacho fundamentado do responsvel.

    2 - Reunidas as provas que indiquem a existncia de irregularidade ou ilegalidade, sero pblicos os demais atos do processo, assegurando-se aos acusados a oportunidade de ampla defesa.

    Art. 58 - O denunciante poder requerer ao Tribunal de Contas do Estado certido dos despachos e dos fatos apurados, a qual dever ser fornecida no prazo mximo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento do pedido, desde que o respectivo processo de apurao tenha sido concludo ou arquivado.

    Art. 59 - No resguardo dos direitos e garantias individuais, o Tribunal dar tratamento sigiloso s denncias formuladas, at deciso definitiva sobre a matria.

    1 - Ao decidir, caber ao Tribunal manter ou no o sigilo quanto ao objeto e autoria da denncia.

    2 - O denunciante no se sujeitar a qualquer sano administrativa, c-vel ou penal, em decorrncia da denncia, salvo em caso de comprovada m f.

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    Lei Orgnica

    CAPTULO VSANES

    SEO IDISPOSIO GERAL

    Art. 60 - O Tribunal de Contas do Estado poder aplicar aos administra-dores ou responsvel as sanes previstas neste Captulo.

    SEO IIMULTAS

    Art. 61 - Quando o responsvel for julgado em dbito, poder ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de at 100% (cem por cento) do valor atualizado do dano causado ao Errio.

    Art. 62 - O Tribunal poder aplicar multa de at R$ 30.000,00 (trinta mil reais) aos responsveis, observada a seguinte gradao:*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: Art. 62 O Tribunal poder aplicar multa de at 6.000 (seis mil) Unidades Fiscais de Referncia do Governo Federal, ou outro valor unitrio que venha a substitu-la em virtude de dispositivo legal superveniente, aos responsveis, observada a seguinte gradao:

    I contas julgadas irregulares de que no resulte dbito, multa de cinco a cem por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    II ato praticado com leve infrao a norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, multa de um a dez por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    III ato praticado com grave infrao a norma legal ou regulamentar de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, multa de trs a cinquenta por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    IV ato de gesto ilegtimo ou antieconmico de que resulte injustifica-do dano ao Errio, multa de quatro a cinquenta por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    V no atendimento, no prazo assinado, sem causa justificada, a dilign-cia do Relator ou a deciso do Tribunal, multa de cinco a trinta por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    VI obstruo ao livre exerccio das inspees e auditorias determinadas, multa de cinquenta a setenta por cento do montante definido no caput deste Artigo;

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    VII sonegao de processo, documento ou informao, em inspees ou auditorias realizadas pelo Tribunal, multa de vinte a cinquenta por cento do montante definido no caput deste Artigo;

    VIII reincidncia do descumprimento de determinao do Tribunal, multa de trinta a cem por cento do montante definido no caput deste Artigo.

    Pargrafo nico - O valor previsto no caput deste artigo ser corrigido anualmente pelo ndice estabelecido para a reviso geral dos servidores pbli-cos estaduais.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 1. - Ficar sujeito multa prevista no caput deste Artigo, aquele que deixar de dar cumprimento a deciso do Tribunal, salvo motivo justificado.

    Art. 63 - Sem prejuzo das sanes previstas na seo anterior e das pe-nalidades administrativas, aplicveis pelas autoridades competentes, por irregu-laridades constatadas pelo Tribunal de Contas do Estado, sempre que este, por presentes, por 2/3 (dois teros) de seus membros, considerar grave a infrao cometida, o responsvel ficar inabilitado, de 02 (dois) a 5 (cinco) anos, para o exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana dos rgos da Admi-nistrao Estadual.

    Art. 64 - O Tribunal poder solicitar Procuradoria Geral do Estado ou, conforme o caso, aos dirigentes das entidades que lhe sejam jurisdicionadas, as medidas necessrias ao arresto de bens dos responsveis julgados em dbito, devendo ser ouvido quanto liberao dos bens arrestados e sua respectiva restituio.

    TTULO IIIORGANIZAO DO TRIBUNAL

    CAPTULO ISEDE E COMPOSIO

    Art. 65 - O Tribunal de Contas do Estado tem sede na cidade de Fortale-za, Capital, e compe-se de 07 (sete) Conselheiros.

    Art. 66 - Os Conselheiros sero substitudos pelos Auditores, mediante convocao, na forma estabelecida no regimento Interno:

    I em suas ausncias ou impedimentos;

    II por motivo de licena, frias ou qualquer outro afastamento legal;

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    Lei Orgnica

    III para efeito de quorum ou para completar a composio do Plenrio ou das Cmaras.

    Pargrafo nico - Em caso de vacncia de cargo de Conselheiro, o Pre-sidente do Tribunal convocar Auditor para exercer as funes inerentes ao cargo vago, at novo provimento, observado o disposto no Regimento Interno.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.* Redao anterior:Art. 66 Os Conselheiros em suas ausncias e impedimentos, por motivo de licena, frias ou outro afastamento legal, sero substitudos pelos Auditores, mediante con-vocao do Presidente do Tribunal, observada a ordem de antigidade no cargo, ou a maior idade, no caso de idntica antigidade.

    1 - Os Auditores sero tambm convocados para substituir Conselhei-ros, para efeito de quorum, sempre que os titulares comunicarem ao Presidente do Tribunal ou da Cmara respectiva, a impossibilidade de comparecimento sesso.

    2 - Em caso de vacncia de cargo de Conselheiro, o Presidente do Tribunal convocar Auditor para exercer as funes inerentes ao cargo vago, at novo provimento, observado o critrio estabelecido no caput deste Artigo.

    CAPTULO IIPLENRIO E CMARAS

    Art. 67 - O Tribunal de Contas do Estado poder dividir-se em Cmaras, mediante deliberao da maioria absoluta dos seus Conselheiros titulares.

    Pargrafo nico - O Regimento Interno estabelecer:

    a) a competncia do Plenrio;

    b) a composio, a competncia, o funcionamento das Cmaras e os re-cursos de suas decises.

    Art. 68 - No haver Cmara com competncia privativa, nem qualquer delas poder decidir sobre as matrias da competncia privativa do Tribunal Pleno.

    Art. 69 - A Cmara remeter o feito ao julgamento do Plenrio:

    I quando houver fundada arguio de inconstitucionalidade no decidida pelo Tribunal Pleno;

    II nos casos em que algum dos Conselheiros propuser reviso da juris-

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    prudncia predominante;

    III nos casos de recursos interpostos contra suas decises.

    1 - Poder a Cmara proceder na forma deste Artigo:

    a) quando houver matria em que divirjam as Cmaras entre si, ou algu-ma delas em relao ao Plenrio;

    b) quando convier pronunciamento do Plenrio, em razo da relevncia da questo jurdica ou administrativa, de mudana operada na composio do Tribunal, ou da necessidade de prevenir divergncias das Cmaras.

    Art. 70 - Os recursos contra decises das Cmaras sero julgados pelo Pleno.

    Art. 71 - O Tribunal Pleno somente poder reunir-se e decidir com a pre-sena da maioria absoluta dos seus membros.

    Art. 72 - As Cmaras funcionaro com o nmero mnimo de trs membros.

    Art. 73 - A Primeira Cmara ser presidida pelo Vice-Presidente do Tribu-nal e a Segunda Cmara, pelo mais antigo Conselheiro desimpedido.

    Art. 74 - O Presidente do Tribunal no participar da composio das Cmaras.

    Art. 75 - Ser permitida a permuta ou, no caso de vaga, remoo volun-tria dos Conselheiros de uma para outra Cmara, com a anuncia do Tribunal Pleno.

    Art. 76 - A distribuio dos processos ser feita pelo Presidente do Tri-bunal, mediante sorteio por computador, observado o disposto no regimento interno ou ato normativo especfico.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E.E. de 26.10.2007.*Redao anterior: Art. 76 A distribuio dos processos ser feita pelo Presidente do Tribu-nal, atravs de sorteio por computador, durante as sesses.

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    Lei Orgnica

    CAPTULO IIIPRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE

    Art. 77 - Os Conselheiros elegero o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor do Tribunal para mandato de 2 (dois) anos, permitida a reeleio apenas por um perodo para o mesmo cargo.*Redao dada pela Lei n. 15.469, de 22.11.2013 D.O.E. 28.11.2013.*Redao anterior: Art. 77 Os Conselheiros elegero o Presidente, o Vice-Presidente e o Corre-gedor do Tribunal para mandato de 2 (dois) anos, vedada a reeleio consecutiva para o mes-mo cargo. (v. Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007) e Art. 77 Os Conselheiros elegero o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal para mandato correspondente a 02 (dois) anos, no sendo permitida a reeleio. (texto original)

    1 - A eleio realizar-se- em escrutnio secreto, na data fixada no Regi-mento Interno, ou, em caso de vaga eventual, na primeira sesso ordinria aps sua ocorrncia, exigida a presena de, pelo menos, 04 (quatro) Conselheiros titulares, inclusive o que presidir o ato.

    * 2 - (revogado).*Revogado pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 2 - Quem houver exercido quaisquer cargos da Mesa por quatro anos, ou o de Presidente, no figurar mais entre os elegveis at que se esgotem todos os nomes, na ordem de antiguidade.

    3 - O eleito para a vaga que ocorrer antes do trmino do mandato exercer o cargo no perodo restante.

    4 - O Vice-Presidente substituir o Presidente em suas ausncias ou impedimentos, observado o disposto no Regimento Interno.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 4 - O Vice-Presidente substituir o Presidente em suas ausncias ou impedimento e exercer as funes de Corregedor, cujas atribuies sero as estabelecidas no Regimento Interno.

    5 - Na ausncia ou impedimento do Vice-Presidente, o Presidente ser substitudo pelo Conselheiro mais antigo em exerccio no cargo.

    6 - No se proceder a nova eleio se a vaga ocorrer dentro dos ses-senta dias anteriores ao trmino do mandato.

    7 - O disposto no 2. no se aplica ao Conselheiro eleito para com-pletar perodo de mandato inferior a um ano.

    8 - A eleio do Presidente preceder do Vice-Presidente, e a deste preceder do Corregedor.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: 8 - A eleio do Presidente preceder do Vice-Presidente.

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    9 - Considerar-se- eleito o Conselheiro que obtiver a maioria dos votos; no alcanada esta, proceder-se- a novo escrutnio entre os dois mais votados, decidindo-se afinal, entre estes, pela antiguidade no cargo de Conse-lheiro do Tribunal, caso nenhum consiga a maioria dos votos.

    10 - Somente os Conselheiros titulares, ainda que em gozo de licena, frias, ou ausentes com causa justificada, podero tomar parte nas eleies, na forma estabelecida no Regimento Interno.

    Art. 78 - Compete ao Presidente, dentre outras atribuies estabelecidas no Regimento Interno:

    I dirigir o Tribunal e supervisionar os seus servios;

    II dar posse aos Conselheiros, Auditores, Membros do Ministrio Pbli-co especial junto ao Tribunal e dirigentes das unidades da Secretaria;

    III expedir, devidamente autorizado pelo Plenrio, atos de nomeao, admisso, exonerao, remoo, dispensa, aposentadoria e outros relativos aos servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria e demais rgos auxiliares, os quais sero publicados do Dirio Oficial do Estado.

    IV contratar, na forma da legislao vigente, firmas especializadas para a execuo de atividades relacionadas com o transporte, limpeza, conservao e custdia da sede, manuteno de elevadores e de instalao hidrulica e eltrica e outras assemelhadas, com a respectiva publicao no Dirio Oficial do Estado.

    V nomear e exonerar, livremente, os ocupantes dos cargos em comis-so, com a respectiva publicao no Dirio Oficial do Estado.

    VI contratar, livremente, na forma da legislao competente, pes-soal para a prestao de servios tcnicos ou especializados, com a respectiva publicao no Dirio Oficial do Estado.

    VII diretamente ou por delegao, movimentar os crditos oramen-trios consignados ao Tribunal e praticar os atos de administrao financeira, oramentria e patrimonial necessrios ao seu funcionamento.

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    Lei Orgnica

    CAPTULO IVCONSELHEIROS

    Art. 79 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado sero nomea-dos dentre brasileiros que satisfaam os seguintes requisitos:

    I ter mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade;

    II idoneidade moral e reputao ilibada;

    III notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e financei-ros ou de administrao pblica.

    IV contar mais de 10 (dez) anos de exerccio de funo ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso an-terior.

    Art. 80 - Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado sero esco-lhidos:

    I trs pelo Governador do Estado, com aprovao da Assembleia Le-gislativa, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministrio Pblico Especial junto ao tribunal de Contas do Estado, indicados em lista tr-plice pelo Tribunal, observando-se os critrios de antigidade e merecimento.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 22 de dezembro de 2003 - D.O.E. 23.12.2003*Redao anterior: I dois pelo Governador do Estado, com aprovao da Assembleia Legis-lativa, sendo uma vaga da sua livre escolha, e a segunda dentre auditores ou membros do Mi-nistrio Pblico especial junto ao Tribunal, alternadamente, e nessa ordem, indicados em lista trplice, segundo critrio de antiguidade e merecimento.

    II quatro pela Assembleia Legislativa.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 22 de dezembro de 2003 - D.O.E. 23.12.2003*Redao anterior: II cinco pela Assembleia Legislativa.

    Art. 81 - Os Conselheiros tero as mesmas garantias, prerrogativas, impe-dimentos, vencimentos, direitos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justia, e somente podero aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos.

    Pargrafo nico - Os Conselheiros gozaro das seguintes garantias e prer-rogativas:

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    I vitaliciedade, no podendo perder o cargo, seno por sentena judi-cial transitada em julgado;

    II inamovibilidade;

    III irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto remunerao, o disposto na Constituio Federal;

    IV aposentadoria compulsria aos setenta anos de idade; facultativa, aps trinta anos de servio contados na forma da Lei, observada a ressalva pre-vista no caput in fine deste Artigo, e por invalidez.

    Art. 82 - vedado ao Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado:

    I exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de magistrio;

    II exercer cargo tcnico ou de direo de sociedade civil, associao ou fundao, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associao de classe, sem remunerao;

    III exercer comisso remunerada ou no, inclusive em rgos de con-trole da administrao direta ou indireta, ou em concessionrias de servio pblico;

    IV exercer profisso liberal, emprego particular, comrcio, ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista ou cotista sem ingerncia;

    V celebrar contrato com pessoa jurdica de direito pblico, empre-sa pblica, sociedade de economia mista, fundao, sociedade instituda ou mantida pelo poder pblico ou empresa concessionria de servio pblico, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante;

    VI dedicar-se atividade poltico-partidria.

    Art. 83 - No podem ocupar, simultaneamente, cargos de Conselheiro parentes consanguneos ou afins, na linha reta ou na colateral, at o terceiro grau.

    Pargrafo nico - A incompatibilidade decorrente da restrio imposta no caput deste Artigo resolve-se:

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    I antes da posse, contra o ltimo nomeado, ou contra o mais moo, se nomeados na mesma data;

    II depois da posse, contra o que lhe deu causa;

    III se a ambos imputvel, contra o que tiver menos tempo de exerccio no Tribunal.

    CAPTULO VAUDITORES

    Art. 84 - Os Auditores, em nmero de 03 (trs), sero nomeados pelo Governador do Estado, dentre cidados que satisfaam os requisitos para o car-go de Conselheiro, mediante concurso pblico de provas e ttulos, observada a ordem de classificao.

    Pargrafo nico - A comprovao do efetivo exerccio por mais de dez anos de cargo da Carreira de Controle Externo, ou de assessoria, do quadro de pessoal da Secretaria do Tribunal constitui ttulo computvel para efeito do concurso a que se refere o caput deste Artigo.

    Art. 85 - O Auditor, quando em substituio a Conselheiro, ter as mes-mas garantias e impedimentos do titular, percebendo o equivalente a 1/30 (um trinta avos) do subsdio deste por dia em que exercer as funes do substitudo.*Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 22 de dezembro de 2003 - D.O.E. 23.12.2003*Redao anterior: Art. 85 O Auditor, quando em substituio a Conselheiro, por prazo superior a 30 (trinta) dias consecutivos, ter os mesmos vencimentos, garantias e prerrogativas do titular.

    Pargrafo nico - O Auditor, enquanto no convocado, presidir a ins-truo dos processos que lhe forem distribudos, relatando-os com proposta de deciso a ser votada pelos integrantes do Plenrio ou da Cmara, na forma disposta no Regimento Interno ou em ato normativo especfico.*Redao dada pela Lei n. 13.983, de 26.10.2007 D.O.E. 26.10.2007.*Redao anterior: Pargrafo nico O Auditor, enquanto no convocado, presidir ins-truo dos processos que lhe forem distribudos, relatando-os com propostas de deciso a ser votada pelos integrantes do Plenrio ou da Cmara para a qual estiver designado.

    Art. 86 - Aplicam-se ao Auditor as vedaes e restries previstas no Art. 82.

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    CAPTULO VIMINISTRIO PBLICO ESPECIAL

    Art. 87 - Haver um rgo do Ministrio Pblico especial junto ao Tribu-nal de Contas do Estado.

    Art. 87-A - Ao Procurador-Geral compete exercer as funes do Minist-rio Pblico Especial junto ao Plenrio do Tribunal de Contas do Estado, mani-festando-se nos processos de sua competncia.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    1 - O Procurador-Geral ser substitudo, em suas faltas, impedimentos, licenas, frias ou outros afastamentos por perodo igual ou superior a 30 (trin-ta) dias, pelo Procurador de Contas que designar e, na falta de designao, pelo mais antigo no exerccio das funes de Procurador de Contas do Ministrio Pblico Especial.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    2 - Ao Procurador-Geral compete designar o membro do Ministrio Pblico Especial que ir funcionar junto s Cmaras do Tribunal de Contas do Estado.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    3 - Nas Sesses do Plenrio ou das Cmaras do Tribunal de Contas do Estado, participar somente um membro do Ministrio Pblico Especial.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Art. 87-B - O Ministrio Pblico Especial junto ao Tribunal, submetido aos dispositivos da Lei n 13.720, de 21 de dezembro de 2005, zelar, no exer-ccio de suas atribuies, pelo cumprimento desta Lei, competindo-lhe:*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    I - promover a defesa da ordem jurdica, requerendo perante o Tribunal as medidas de interesse da Justia, da Administrao e do Errio, e promovendo as aes judiciais destinadas proteo desses interesses, quando necessrias e pertinentes sua atuao funcional;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    II - manifestar-se em todos os processos da competncia do Tribunal, sen-do obrigatria a oportunidade de manifestao nos processos de representao, denncias, prestao e tomadas de contas;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    III - comparecer s sesses do Tribunal e manifestar-se, verbalmente ou por escrito;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

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    IV - solicitar, de ofcio, Procuradoria-Geral do Estado a adoo de me-didas judiciais para a indisponibilidade e o arresto de bens dos responsveis julgados em dbito, ou a adoo de outras medidas cautelares, e, por solicita-o de Cmara ou do Plenrio do Tribunal, a adoo preventiva desses procedi-mentos judiciais, quando houver justo receio de que o julgamento do Tribunal possa ser ineficaz pelo decurso de tempo;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    V - acompanhar junto Procuradoria-Geral do Estado as cobranas judi-ciais de imputaes de dbitos e multas decorrentes de decises exaradas pelo Tribunal;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    VI - interpor os recursos permitidos em Lei;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    VII - representar, motivadamente, perante este Tribunal de Contas do Estado, pela realizao de inspees, auditorias, tomadas de contas e demais providncias em matria de competncia do Tribunal;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    VIII - fiscalizar o atendimento do disposto no 5 do art. 69 da Lei Fede-ral n. 9.394, 20 de dezembro de 1996.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Art. 87-C - No exerccio de suas atribuies, o Ministrio Pblico Espe-cial junto ao Tribunal de Contas do Estado poder:*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    I - propor retificao de ata;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    II - usar da palavra nas Cmaras e no Plenrio, no expediente, quando julgar necessrio, desde que deferida pelo Presidente;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    III - requerer ao Conselheiro Relator ou Auditor Substituto as diligncias que julgar necessrias tramitao regular do respectivo feito;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    IV - realizar interveno junto ao Tribunal de Contas:*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    a) nos autos: mediante vista, pelo prazo de 5 (cinco) dias por despacho do Relator, depois da competente manifestao do rgo do servio auxiliar do

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    Controle Externo, ou pelo prazo que for fixado, a requerimento seu;*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    b) nas Cmaras e no Plenrio, aps o relatrio e antes do incio da vota-o, quando necessrio pedir vista de processo posto em julgamento, ratificar ou retificar parecer ou prestar esclarecimento, ou ainda quando as Cmaras ou o Plenrio entenderem oportuno e conveniente, sendo-lhe deferida a palavra pelo tempo mximo de 10 (dez) minutos, prorrogveis por igual tempo, por deciso da Presidncia.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Pargrafo nico - Em caso de relevante interesse pblico, o Presidente da Cmara ou do Plenrio poder negar vista de processo ao membro do Mi-nistrio Pblico Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado, sendo-lhe, no entanto, concedida vista em mesa, aps o relatrio e antes da votao.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Art. 88 - (revogado).*Revogado nos termos do Art. 13 da Lei n. 13.720, de 21.12.2005 D.O.E. 06.01.2006.*Redao anterior: Art. 88 Ao Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal de Contas com-petem, alm de outras estabelecidas em Lei e no Regimento Interno, as seguintes atribuies:

    I promover a defesa da ordem jurdica, requerendo, perante o Tribunal de Contas do Estado, as medidas de interesse da Justia, da administrao e do Errio;

    II comparecer s sesses do Tribunal e dizer de direito, verbalmente ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos deciso do Tribunal, sendo obriga-trio sua audincia nos processos de tomada ou prestao de contas e nos con-cernentes a interesses de menores, ausentes, alienados mentais e de recursos impetrados pelas partes interessadas;

    III interpor os recursos legais.

    Pargrafo nico - As atividades do Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal sero definidas em Lei especial e no Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado.

    Art. 89 - (revogado).*Revogado nos termos do Art. 13 da Lei n. 13.720, de 21.12.2005 D.O.E. 06.01.2006.*Redao anterior: Art. 89 - No exerccio de suas atribuies, o Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal de Contas poder:a) propor retificao de ata, quando for o caso;b) usar da palavra em Plenrio, no expediente, quando julgar necessrio, desde que deferida pelo Presidente;

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    Lei Orgnica

    c) requerer as diligncias que entender necessrias tramitao regular dos feitos;d) promover a apurao de quaisquer ilegalidades ou irregularidades praticadas no mbito dos rgos da administrao direta e indireta e dos demais Poderes.

    Art. 90 (revogado).*Revogado nos termos do Art. 13 da Lei n. 13.720, de 21.12.2005 D.O.E. 06.01.2006.* Redao anterior: Art. 90 - A interveno do representante do Ministrio Pblico especial junto ao Tribunal de Contas far-se-:I - nos autos:a) quando sua audincia for obrigatria, mediante vista, pelo prazo de 05 ( cinco ) dias, por despacho do Relator, depois da competente manifestao do rgo de servio auxiliar do Con-trole Externo;b) mediante vista, pelo prazo que for fixado, a requerimento seu, ou quando o Plenrio enten-der oportuno e conveniente.II em Plenrio, na discusso da matria, aps o relatrio e antes do julgamento, quando julgar necessrio ratificar ou retificar parecer ou prestar esclarecimento nos processos em que haja oficiado, sendo-lhe deferida a palavra pelo tempo mximo de 10 (dez) minutos.Pargrafo nico. Exauridos os prazos a que aludem as alneas a e b do item I deste Artigo, o Relator, com o parecer do Ministrio Pblico Especial ou sem ele, submeter a matria a jul-gamento.

    CAPTULO VIISERVIOS AUXILIARES

    Art. 91 - Para o exerccio de suas atividades administrativas e de controle externo, o Tribunal de Contas dispor de uma Secretaria Geral e outros rgos auxiliares.

    Art. 91-A - Fica criada, no mbito do Tribunal de Contas do Estado do Cear, a Inspetoria de Assuntos Ambientais.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    1 - A organizao e as atribuies da Inspetoria de Assuntos Ambientais sero definidas atravs do Regimento Interno.*Dispositivo acrescido pela Lei n. 14.885, de 04 de fevereiro de 2011 D.O.E. 08.02.2011.

    Art. 92 - A organizao, as atribuies e as normas de funcionamento da Secretaria Geral e dos demais rgos auxiliares so as estabelecidas no Regi-mento Interno.

    Art. 93 - So obrigaes do servidor que exerce funes especficas de controle externo no Tribunal de Contas do Estado:

    I manter, no desempenho de suas tarefas, atitudes de independncia, serenidade e imparcialidade;

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    Tribunal de Contas do Estado do Cear

    II representar chefia imediata contra os responsveis pelos rgos e entidades sob sua fiscalizao, em casos de falhas e/ou irregularidades;

    III propor a aplicao de multas, de acordo com os critrios estabele-cidos em Lei;

    IV guardar sigilo sobre dados e informaes obtidos em decorrncia do exerccio de suas funes e pertinentes aos assuntos sob sua fiscalizao, utilizando-os, exclusivamente, para a elaborao de pareceres e relatrios des-tinados chefia imediata.

    Art. 94 - Ao servidor a que se refere o Artigo anterior, quando credencia-do pelo Presidente do Tribunal ou, por delegao deste, pelos dirigentes das Unidades Tcnicas da Secretaria do Tribunal, para desempenhar funes de au-ditoria, de inspees e diligncias expressamente determinadas pelo Tribunal ou por sua Presidncia, so asseguradas as seguintes prerrogativas:

    I livre ingresso em rgos e entidades sujeitos jurisdio do Tribunal de Contas do Estado;

    II acesso a todos os documentos e informaes necessrios realizao de seu trabalho;

    III competncia para requerer, nos termos do Regimento Interno, aos responsveis pelos rgos e entidades objeto de inspees, auditorias e dili-gncias, as informaes e documentos necessrios para instruo de processos e relatrios de cujo exame esteja expressamente encarregado por sua chefia imediata.

    Art. 95 - Fica criado, diretamente subordinado Presidncia, Instituto que ter a seu cargo as seguintes atribuies:

    I a organizao e a administrao de cursos de treinamento e de aper-feioamento para os servidores do Tribunal e, desde que autorizados pela Pre-sidncia, de outros rgos do Estado;