lei 4149_2014 - cria o prodetec

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LEI N.º 4.149, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014 Cria o Programa de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Francisco Beltrão PRODETEC e outras providências. EDUARDO AUGUSTO SCIREA, Prefeito Municipal de Francisco Beltrão em exercício, Estado do Paraná FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou, e eu sanciono, a seguinte Lei: CAPÍTULO I DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE FRANCISCO BELTRÃO - PRODETEC SEÇÃO I DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA Art. 1º . Fica criado o Programa de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Francisco Beltrão – PRODETEC, cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico do Município por meio de incentivos e ações voltadas ao setor da indústria e serviços, priorizando a geração de empregos, renda e o aumento da arrecadação tributária, em consonância com o Plano Diretor do Município e o Conselho de Desenvolvimento Econômico Municipal. § 1º - O Programa concederá incentivo tanto para a instalação de novos empreendimentos quanto para a expansão dos já existentes, localizados ou não nos distritos industriais. § 2º - Respeitadas as disposições do Plano Diretor do Município, deverão ser observadas as seguintes diretrizes: I - concessão de financiamentos exclusivamente aos setores produtivos do Município; II - tratamento preferencial às atividades produtivas de micro e pequenos empreendimentos municipais de uso intensivo

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LEI N. 4.149, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014Cria o Programa de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico de Francisco Beltro PRODETEC e d outras providncias.EDUARDO AUGUSTO SCIREA, Prefeito Municipal de Francisco Beltro em exerccio, Estado do ParanFAO SABER que a Cmara Municipal de Vereadores aprovou, e eu sanciono, a seguinte Lei:

CAPTULO I

DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO E TECNOLGICO DE FRANCISCO BELTRO - PRODETECSEO I

DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

Art. 1.Fica criado o Programa de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico de Francisco Beltro PRODETEC, cujo objetivo fomentar o desenvolvimento econmico do Municpio por meio de incentivos e aes voltadas ao setor da indstria e servios, priorizando a gerao de empregos, renda e o aumento da arrecadao tributria, em consonncia com o Plano Diretor do Municpio e o Conselho de Desenvolvimento Econmico Municipal. 1 -O Programa conceder incentivo tanto para a instalao de novos empreendimentos quanto para a expanso dos j existentes, localizados ou no nos distritos industriais. 2 -Respeitadas as disposies do Plano Diretor do Municpio, devero ser observadas as seguintes diretrizes:I- concesso de financiamentos exclusivamente aos setores produtivos do Municpio; II- tratamento preferencial s atividades produtivas de micro e pequenos empreendimentos municipais de uso intensivo de matrias-primas e mo de obra local, e as que produzam, beneficiem e comercializem alimentos bsicos para consumo da populao;III- conjugao do crdito com a assistncia tcnica especializada para cada projeto; IV- elaborao de oramento anual para as aplicaes e recursos;V- apoio criao de novos centros, atividades de polos dinmicos do Municpio, que estimulem a reduo das disparidades regionais de renda; e,VI- preservao do meio ambiente.Art. 2.So objetos do PRODETEC as empresas dos setores Industrial, Agroindustrial, Agropecurio e de Prestao de Servios, Associaes Civis, Cooperativas, Empreendimentos Industriais de Pequeno, Mdio e Grande Porte, setores relacionados com atividades da economia informal e em casos excepcionais e observadas as normas da presente lei, empresas comerciais.Pargrafo nico Ser considerado caso excepcional, o das empresas que representarem investimento igual ou superior a 10.000 (dez mil) URMs UNIDADE DE REFERNCIA DO MUNICPIO, com oferta de no mnimo 15 novas vagas de emprego, por perodo no inferior a 10 (dez) anos, ou durante o prazo em que perdurarem os benefcios, conforme o caso.

Art. 3. Todos os investimentos em que houver a participao do Municpio obedecero aos preceitos das leis oramentrias e fiscais, no que couber, para atender os objetivos propostos pela Administrao.

Art. 4.Para apoiar e auxiliar na concesso dos incentivos a serem concedidos pelo PRODETEC, todos os Benefcios devero ser analisados pelo Conselho de Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho.

1 -Todos os Benefcios de que trata esta Lei sero concedidos somente depois de satisfeitas as exigncias legais, e com parecer favorvel emitido pelo Conselho de Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho. 2 -O Conselho Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho dever determinar a sustao de benefcio de que trata esta Lei, e indeferir sua solicitao, para empresa que estiver sendo objeto de ao fiscal ou judicial. 3 -O Executivo dever criar o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico, mediante Lei, que dispor sobre sua competncia e atribuies, em especial o seguinte:I- aquisio de reas no Municpio destinadas ao desenvolvimento econmico.II- Aquisio de imveis ou investimento em infraestrutura nos distritos industriais ou reas de interesse do Municpio para gerao de emprego e renda.SEO II

DOS INCENTIVOS

Art. 5.Fica facultada ao Chefe do Poder Executivo Municipal a possibilidade de conceder os incentivos abaixo descritos s empresas que se enquadrarem no Programa: I- Iseno de tributos: a) Iseno do ITBI imposto sobre a transmisso de bens imveis, incidentes sobre a compra de imveis destinados a instalao dos empreendimentos;

b) Iseno da taxa de licena para execuo da obra, desde que em alvenaria;

c) Iseno da taxa de licena para localizao do estabelecimento;

d) Iseno da taxa de verificao regular de estabelecimentos;

e) Iseno do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;

II- Servios:a)execuo de obras e servios de preparo de imveis localizados nos distritos industriais, ou de qualquer outra rea de propriedade do Municpio, onde for possvel instalar indstria;b)execuo de obras e servios destinados a dotar as reas de infraestrutura adequada, especialmente no que se refere ao sistema virio, rede de distribuio de energia eltrica e sistema de escoamento de guas pluviais;c)assessoramento e acompanhamento s empresas junto aos rgos pblicos e privados em todos os nveis, inclusive internacionais, objetivando a viabilizao e facilitao de negociaes e trmites para a instalao e operao no Municpio;d)construo de barraces destinados concesso e permisso de uso.III- Imveis:a)alienao de imveis localizados nos distritos industriais ou em outras reas de propriedade do Municpio a ttulo de incentivo industrializao mediante processo licitatrio;b)parcelamento do valor da alienao em at 60 (sessenta) meses, em parcelas mensais sucessivas corrigidas monetariamente pelos mesmos ndices da URMFB - Unidade de Referncia do Municpio de Francisco Beltro;c)carncia de 12 (doze) meses para o incio do pagamento de imveis.IV Concesses, permisses e permutas:a)concesso de direito real de uso gratuito ou oneroso de barraces localizados nos distritos industriais ou em outras reas de propriedade do Municpio, mediante processo licitatrio, atendendo aos objetivos de gerao de empregos preconizados nesta Lei;b)permuta de terrenos localizados nos distritos industriais ou em outras reas de propriedade do Municpio, podendo o Poder Executivo conceder subsdios de desconto no valor da avaliao do imvel no aporte de at 50% (cinquenta por cento), visando implantao ou expanso de empreendimentos. V - no treinamento e capacitao dos empresrios no sentido de possibilitar o aprimoramento de suas aptides, viabilizando-lhes a oferta de novas tecnologias relacionadas com o processo produtivo.

1 -A vigncia dos incentivos se dar a partir da data em que for celebrado o Termo ou Contrato. 2- Os benefcios tributrios previstos neste artigo sero concedidos pelo prazo de:

I At cinco anos, para indstrias instaladas nas zonas urbana e rural;

II At trs anos para os estabelecimentos enquadrados nas disposies do pargrafo nico, do artigo 2, desta lei.

3 -A concesso do benefcio fiscal no retroagir para beneficiar o pagamento de tributo porventura efetuado ou para aplicao do benefcio para lanamentos de tributos referentes aos exerccios anteriores ao da solicitao. 4 -As isenes previstas nesta Lei ficam condicionadas confirmao anual, mediante requerimento do interessado, cuja soluo se dar por despacho fundamentado da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico, diante de prvio parecer do Conselho Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho. 5 -A confirmao anual se dar por vistoria realizada pelo Setor de Fiscalizao do Municpio. 6 -Poder, a critrio do Conselho Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho, ser concedida a prorrogao do prazo de locao de barraces por no mximo mais um ano. 7 -Para requerer a prorrogao de prazo, disposto no 6 deste artigo, o requerente dever observar a obrigatoriedade de possuir rea no distrito industrial com construo de estrutura fsica j iniciada e em andamento. 8 -Os incentivos de que trata este artigo, priorizaro:I- o fomento de atividades produtivas de micro e pequeno porte, visando gerao de empregos e o aumento da renda para trabalhadores e produtores;II- o apoio criao de novos centros, atividades e polos de desenvolvimento do Municpio, que estimulem a reduo das disparidades regionais de renda. III- o incentivo dinamizao e diversificao de atividades econmicas. 9 - Os benefcios concedidos mediante concesso de direito real de uso, de concesso de uso e cesso de uso, se proceder por prazo mximo de 05 (cinco) anos, podendo ser renovado, atravs de proposio do Executivo com anuncia do Poder Legislativo pelo prazo de:

I 02 (dois) anos, ou:

II 05 (cinco) anos, quando a empresa beneficiria tiver comprovado, referente ao perodo inicial, investimento na estrutura de valor significativo; nmero crescente de empregados contratados, na forma do 1 do Art. 7 desta lei; alto valor de recolhimento de tributos, produo de divisas de aplicao de inovao tecnolgica, requisitos avaliados pelo Conselho Municipal do Emprego e relaes do Trabalho.

10 - Os servios de terraplenagem e/ou movimentao de terra, quando concedidos, sero executados de acordo com os seguintes critrios:

I para edificaes com rea de at 600 m2 de rea construda at 30 horas/mquinas;

II para edificaes com rea de 601 m2 at 1.200 m2 de rea construda at 50 horas/mquinas;

III para edificaes com rea acima de 1.200 m2 de rea construda at 70 horas/mquinas.

11 - As empresas que necessitem de quantidade de horas mquina acima dos limites previstos no 10, sero objeto de lei especfica.

12 - Os benefcios tributrios incidiro unicamente sobre a rea dos empreendimentos para os quais se concede os benefcios. 13 - Todo benefcio concedido destina-se exclusivamente aos empreendimentos relacionados no art. 2 desta lei e as suas atividades, ficando vedado qualquer benefcio aos scios individualmente.

Art. 6. O Municpio fica autorizado a firmar convnios de cooperao ou assessoria tcnica com rgos para assistncia s micro e pequenas empresas.

Pargrafo nico Para atender as disposies do presente artigo, o municpio adotar os recursos oramentrios disponveis na respectiva lei vigente.

Art. 7.Os empreendimentos relacionados no art. 2 desta lei em funcionamento dentro ou fora das reas industriais tero direito aos incentivos concedidos por esta Lei, desde que efetuem ampliao de que resulte incremento do espao fsico e/ou do nmero de empregos diretos superior a 30% (trinta por cento), confirmado pela vistoria in loco pela fiscalizao fazendria, atendendo ao disposto no art.8,desta Lei. 1 -A comprovao de emprego prevista no caput deste artigo dever ser efetuada por meio da ltima Folha de Pagamento de Empregados, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED - do Ministrio do Trabalho e GEFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informaes Previdncia Social, sendo ainda admitida, provisoriamente, Declarao firmada pelo responsvel da empresa de que apresentar o CAGED em no mximo 60 (sessenta) dias. 2 -A ampliao do espao fsico dever ser confirmado pelo Setor de Fiscalizao do Municpio.Art. 8.Tero direito aos incentivos previstos nesta Lei as empresas que comprovarem a gerao de, no mnimo, 1 (um) emprego direto a cada 135 m (cento e trinta e cinco metros quadrados) de rea adquirida, sendo a construo mnima de 30% (trinta por cento) da rea ocupada.1 -A comprovao de emprego prevista no caput deste artigo dever ser efetuada por meio da ltima Folha de Pagamento de Empregados, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED - do Ministrio do Trabalho e GEFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informaes Previdncia Social, sendo ainda admitida, provisoriamente, Declarao firmada pelo responsvel da empresa de que apresentar o CAGED em no mximo 60 (sessenta) dias.SEO III

DA ADMINISTRAO DO PROGRAMA

Art. 9.A definio do enquadramento e a concesso dos incentivos previstos nesta Lei ficam sujeitas aprovao do Conselho de Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho.Pargrafo nico- Nos casos em que houver urgncia e no requerimento de incentivos estiverem satisfeitas todas as exigncias legais, fica possibilitada a concesso de incentivos ad referendum do Conselho de Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho, desde que haja no processo parecer favorvel da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico.

SEO IV

DO ENQUADRAMENTO NO PROGRAMA

Art. 10.Para obter qualquer dos incentivos descritos no art. 4 desta Lei, o interessado dever protocolar na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico os seguintes documentos:I requerimento no qual devero estar minuciosamente detalhados os objetivos mercantis da empresa interessada, a forma de sua constituio, o nmero de empregos diretos que ir gerar no incio de sua atividade e a projeo at o tempo de encerramento dos benefcios, o total de investimento inicial e o total a ser integralizado at o tempo final da concesso dos benefcios, e a discriminao objetiva do seu pedido de benefcio;II- formulrio Geral de Informao para Fomento, a ser fornecido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico;III- comprovante do CNPJ;IV- Fotocpia autenticada do ato constitutivo da empresa e ulteriores alteraes, com prova de registro nos rgos competentes, e devidamente autenticada pelos meios oficiais;V- Certido negativa de Protestos e Certido do Cartrio distribuidor da comarca competente da sede da empresa, inclusive dos seus scios, referentes aos ltimos cinco anos;VI- Documento de comprovao de emprego a que se refere o 1do, art.7,desta Lei;VII Prova de viabilidade econmica e financeira do empreendimento, mediante estudos e projetos elaborados que contemplem o seguinte:

a)- planejamento financeiro;

b)- fluxo de caixa projetado para o empreendimento;

c)- anlise financeira de retorno de investimento;

VIII Relatrio de receita e despesa pelo perodo de 01 (um) ano, atestado por profissional capacitado, quando for o caso;

IX Apresentao do cronograma fsico e financeiro da implantao da indstria;

X Relatrio de vistoria in loco das instalaes da empresa, por membros do Conselho, quando for o caso. XI- ltimas isenes de tributos se houver; 1Quando o pedido versar exclusivamente sobre iseno de tributos, fica dispensada a apresentao dos documentos descritos nos incisos II e X. 2A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico ou o Conselho do Trabalho e Relaes de Emprego podero solicitar dos interessados informaes ou documentao complementares que julgar indispensveis para a avaliao do empreendimento. 3No caso de instalao de uma nova indstria no Municpio, ser admitida a protocolizao do requerimento sem os documentos especificados nos incisos III a VI, desde que o requerente assuma formalmente o compromisso de juntar os referidos documentos no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da entrada do processo junto ao Municpio.Art. 11.Para efeito de avaliao das solicitaes enquadrveis na presente Lei, sero considerados prioritariamente projetos em funo de:I- alcance social;II- nmero de empregos;III- utilizao de mo de obra local;IV- utilizao de matria-prima local;V- atividade pioneira;VI atividades inovadorasVII- aplicao de alta tecnologia.SEO V

DAS FONTES DE RECURSOS

Art. 12.Para atender s finalidades destaLei, o Municpio aplicar os recursos oramentrios especficos previstos na Lei Oramentria Anual e na Lei de Diretrizes Oramentrias, podendo ainda captar outros recursos de transferncias voluntrias, como convnios, doaes, receitas provenientes da alienao dos imveis e outras fontes com destinao especfica.CAPTULO II

DAS REAS INDUSTRIAIS

Art. 13. O Municpio, para atender ainda as necessidades com o desenvolvimento industrial, dentro das possibilidades oramentrias proceder a aquisio de imveis destinados a reas exclusivamente industriais.

Pargrafo nico Preferentemente a um nico local, a Administrao distribuir reas industriais nos diversos bairros da cidade e mesmo na zona rural, objetivando as melhores condies de emprego de mo de obra, com obedincia, sempre, s disposies das leis do Plano Diretor do Municpio.

Art. 14. Nas reas previstas no artigo anterior, o Municpio poder edificar tambm pavilhes destinados ao Setor Industrial, Agroindustrial, Agropecurio e de Prestao de Servios, Associaes Civis, Cooperativas, Empreendimentos Industriais de Pequeno, Mdio e Grande Porte, setores relacionados com atividades da economia informal e s empresas comerciais, para o que fica autorizado o Executivo, desde que haja consignao oramentria especfica e projetos previamente divulgados.

Pargrafo nico - As reas industriais a que alude o presente artigo tero destinao de acordo com as convenincias da administrao, para o que fica o Poder Executivo autorizado a aplicar integralmente as disposies da presente lei, em especial no que se referem aos preceitos do artigo quinto.

CAPTULO IIIDAS OBRIGAES DA EMPRESA

Art. 15. As empresas beneficiadas com as disposies da presente lei assumiro, por si e seus scios, a formal obrigao de atender:

I Os encargos impostos em razo dos benefcios obtidos e expressos nesta lei;

II As obrigaes impostas, por proposta do Conselho Municipal do Emprego e Relaes do Trabalho, notadamente no que se refere:

a) Manuteno do nmero de empregos definido quando da concesso dos incentivos, durante todo o tempo da concesso;

b) - proteo e amparo dos servidores contratados e suas famlias, tais como a manuteno de creches, restaurantes e similares, nos termos da legislao federal vigente;

c) preservao do meio ambiente, com manuteno, preservao e recuperao de reservas e mananciais hdricos;

III Prestar as informaes solicitadas pela Administrao sobre a situao da empresa, a fim de que o Municpio possa se inteirar de sua situao financeira, visando manuteno dos encargos assumidos.

IV Quando instalada em Distrito Industrial do Municpio, participar do condomnio empresarial do respectivo distrito.

Pargrafo nico Compete ao Conselho Municipal do Emprego e Relaes do Trabalho o controle da empresa tambm no que concerne ao exame das obrigaes previstas neste artigo, dando imediatamente cincia Administrao dos eventuais descumprimentos das obrigaes estabelecidas nesta lei.

Art. 16. A empresa inadimplente com qualquer obrigao assumida com o Municpio fica sujeita a resciso do contrato de benefcios e a execuo por parte do Municpio dos danos eventualmente causados.

Pargrafo nico Considera-se para os efeitos desta lei, danos causados a Administrao, as perdas que o Municpio teve com a inadimplncia da empresa beneficiria pelo perodo em que incidiu os benefcios, devendo ela adimplir a obrigao de ressarcir o municpio com o valor locativo do imvel entregue a seu beneplcito, sem prejuzos de outros mais apurados oportunamente.

CAPTULO IVDAS CONDIES GERAIS

SEO NICA

Art. 17.Na formalizao dos contratos de alienao, escrituras de compra ou ainda de permisso de uso a serem outorgadas, obrigatrio o compromisso expresso do adquirente ou permissionrio em iniciar a obra em 6 (seis) meses e concluir as instalaes necessrias ao incio das atividades no prazo mximo de 12 (doze) meses, prorrogveis por mais 6 (seis) meses, a contar da data da assinatura do termo jurdico, sob pena de nulidade do ato e consequente reverso do imvel ao Municpio. 1As reas vendidas ou outorgadas em permisso de uso tero uma taxa de ocupao mnima de 30% (trinta por cento), salvo motivo plenamente justificado e aceito pelo Conselho a que se refere o art. 7o. 2Havendo interesse por parte do adquirente em devolver o imvel, o Municpio poder providenciar o ressarcimento, nas mesmas condies estabelecidas quando da aquisio do imvel, aplicando-se a correo monetria nos valores praticados, como forma de agilizar a retomada em funo de interesse do Municpio em novo investimento na rea vendida.Art. 18.A transmisso da posse do imvel vendido far-se- na assinatura do instrumento de venda, mas a escriturao definitiva somente ser outorgada aps a quitao integral do preo do imvel, implantao do empreendimento e efetiva atividade por, no mnimo, um ano, cumprindo rigorosamente todas as clusulas contratadas. 1 No que se refere escritura definitiva a mesma dever conter clusula expressa de que o proprietrio manter o nmero mnimo de empregos, a atividade industrial, a regularidade fiscal e demais clusulas constantes do Edital Licitatrio e do Termo de Compra e Venda, sob pena de reverso do imvel ao patrimnio do Municpio, ressalvado o direito do adquirente s benfeitorias comprovadamente realizadas no imvel.Art. 19.Caber s empresas beneficiadas o cumprimento das demais legislaes pertinentes, especialmente as de proteo ambiental, obrigando-se ao tratamento dos resduos industriais.Art. 20.Os imveis adquiridos na forma prevista nesta Lei no podero ser alienados pelas empresas beneficiadas sem autorizao prvia da Administrao Municipal, antes de decorridos dois anos da data de assinatura do contrato, devendo constar essa clusula restritiva nos respectivos instrumentos legais, e, mesmo aps a venda, a finalidade industrial da rea dever ser mantida.CAPTULO V

DAS PENALIDADES

SEO NICA

DAS CONDIES PARA SUSPENSO E REVOGAO DOS BENEFCIOS

Art. 21.Cessaro os incentivos fiscais concedidos pela presente Lei quando os beneficirios:I- paralisarem suas atividades por mais de 6 (seis) meses;II- deixarem de exercer atividade industrial, sublocarem, arrendarem, cederem em comodato ou de qualquer outra forma transferirem a terceiros o imvel e/ou instalaes, sem a prvia e expressa autorizao do Poder Executivo Municipal;III- reduzirem o nmero de empregados descumprindo a graduao estabelecida;IV- atrasarem o pagamento de 5 (cinco) parcelas consecutivas decorrentes da aquisio de imveis;V- for constatada por qualquer autoridade fiscal, quer do Municpio ou de qualquer outro rgo governamental, a prtica de atos com o intuito de fraudar a legislao fiscal ou outras situaes similares, visando ao no recolhimento integral ou ao recolhimento a menor de tributos ou contribuies de qualquer natureza.Art. 22.A inobservncia de qualquer dos dispositivos constantes desta Lei tornar nula a concesso de direito real de uso, bem como outros incentivos concedidos, revertendo ao Patrimnio Municipal as benfeitorias porventura incorporadas ao imvel, cabendo ao Municpio o direito de se ressarcir dos investimentos realizados, que sero corrigidos monetariamente at a data do pagamento e o imvel reverter ao Patrimnio Municipal, dando ao Municpio o direito lquido e certo de reintegrao de posse imediata, independente de demanda judicial, sem que o beneficirio tenha direito a qualquer indenizao ou reteno pelas benfeitorias porventura incorporadas ao imvel, inclusive ressarcimento por lucros cessantes.CAPTULO VIDAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

SEO NICA

Art. 23.A fiscalizao in loco dos empreendimentos ficar a cargo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico e Tecnolgico e do Conselho de Municipal do Emprego e Relaes de Trabalho.Art. 24.Os incentivos fiscais concedidos atravs de leis editadas anteriormente permanecem em pleno vigor, desde que os beneficirios tenham cumprido integralmente as condies para a sua concesso.Art. 25.Todas as empresas que receberem incentivos do Programa devero afixar placa de identificao constando os dizeres "Esta empresa recebe apoio da Prefeitura Municipal de Francisco Beltro, atravs do Programa de Desenvolvimento Econmico e tecnolgico de Francisco Beltro".Art. 26.Os benefcios fiscais de qualquer natureza concedidos atravs de leis editadas anteriormente permanecem em pleno vigor, para as empresas j instaladas ou em fase de instalao, desde que os beneficirios tenham cumprido integralmente as condies para a sua concesso.Art. 27.Os benefcios fiscais concedidos por esta Lei, no se aplicam ao recolhimento de tributos, realizados em virtude de ao fiscal ou judicial.Art. 28. Reverter ao patrimnio do Municpio, com os respectivos acrscimos, o bem destinado aos incentivos desta Lei, caso no cumpridas as finalidades constantes do contrato com o Poder Pblico, ou respectiva escritura pblica, sem prejuzo de indenizao e das implicaes civis pertinentes, que a interesse do Municpio forem promovidas para o ressarcimento dos eventuais danos.

Art. 29. Com anuncia expressa do Executivo, os bens da empresa beneficiada podero ser transferidos a terceiros, desde que se mantenham os objetivos para os quais foi criada, e a sucessora complemente os encargos eventualmente ainda existentes nos prazos previstos no contrato.

Art. 30. As empresas instaladas no permetro urbano de Francisco Beltro, antes da vigncia do Plano Diretor, e que se encontram irregulares perante as disposies vigentes, seja por impacto de vizinhana, por inadequao de atividade no local ou por questes ambientais, havendo interesse pblico que enseje a remoo destas empresas, poder o Municpio conceder incentivos de imvel, barraco ou infraestrutura, em regime de concesso, nos moldes concedidos para as indstrias, a fim de que se efetive a transferncia, mantendo-se para tanto, os encargos desta lei.Art. 31.Sendo necessrio, o Chefe do Poder Executivo Municipal estipular normas complementares aplicao desta Lei.Art. 32.Esta Lei entrar em vigor na data da sua publicao revogando-se as disposies em contrrio, especialmente a Lei Municipal n. 3.625, de 30 de setembro de 2009.Gabinete do Prefeito Municipal de Francisco Beltro, 13 de fevereiro de 2014.

EDUARDO AUGUSTO SCIREA

PREFEITO MUNICIPAL EM EXERCCIOJOVELINA CHAVES DA SILVA SANTOSSECRETRIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

ECONMICO E TECNOLGICOEDUARDO SAVARRO

ASSESSOR JURDICO