legislaÇÃo bÁsica da educaÇÃo.pdf

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    LEGISLAO BSICA DA EDUCAO:

    1. Lei n 9.394/1996 e suas alteraes(Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional).2. Lei n 8.069/1990 e suas alteraes(Estatuto da Criana e do Adolescente).3. Constituio da Repblica Federativa do Brasil (Art. 205 a 214).4. Emenda Constitucional n 53/2006.5. Lei n 11.494/2007 e suas alteraes.6. Decreto Federal n 5.154/2004 (Diretrizes e Bases da Educao Nacional).7. Lei n 11.114/2005.8. Lei n 11.274/2006.

    LEGISLAO BSICA DA EDUCAO

    1. LEI N 9.394/1996 E SUAS ALTERAES (LEI DE DIRETRIZES E BASES DAEDUCAO NACIONAL)

    LEI N 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

    ESTABELECE AS DIRETRIZES E BASES DA

    EDUCAO NACIONAL.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

    TTULO IDa Educao

    Art. 1A educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar,na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos

    sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais. 1Esta Lei disciplina a educao escolar, que se desenvolve, predominantemente, pormeio do ensino, em instituies prprias. 2A educao escolar dever vincular-se ao mundo do trabalho e prtica social.

    TTULO IIDos Princpios e Fins da Educao Nacional

    Art. 2A educao, dever da famlia e do Estado, inspirada nos princpios de liberdade e nosideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho.

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    Art. 3O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios:I- igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e osaber;III- pluralismo de idias e de concepes pedaggicas;IV- respeito liberdade e apreo tolerncia;V- coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino;VI- gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos oficiais;VII- valorizao do profissional da educao escolar;VIII- gesto democrtica do ensino pblico, na forma desta Lei e da legislao dos sistemasde ensino;IX- garantia de padro de qualidade;X- valorizao da experincia extra-escolar;

    XI- vinculao entre a educao escolar, o trabalho e as prticas sociais.XII- considerao com a diversidade tnico-racial. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)

    TTULO IIIDo Direito Educao e do Dever de Educar

    Art. 4O dever do Estado com educao escolar pblica ser efetivado mediante a garantiade:I- educao bsica obrigatria e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,organizada da seguinte forma: (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

    a)pr-escola; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)b)ensino fundamental; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)c)ensino mdio; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)II- educao infantil gratuita s crianas de at 5 (cinco) anos de idade; (Redao dada pelaLei n 12.796, de 2013)III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficincia,transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, transversal atodos os nveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;(Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)IV- acesso pblico e gratuito aos ensinos fundamental e mdio para todos os que no osconcluram na idade prpria; (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

    V- acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundoa capacidade de cada um;VI- oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do educando;VII - oferta de educao escolar regular para jovens e adultos, com caractersticas emodalidades adequadas s suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos queforem trabalhadores as condies de acesso e permanncia na escola;VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental pblico, por meio de programassuplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade;VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educao bsica, por meio deprogramas suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade; (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

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    IX - padres mnimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidademnimas, por aluno, de insumos indispensveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.Xvaga na escola pblica de educao infantil ou de ensino fundamental mais prxima desua residncia a toda criana a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade.(Includo pela Lei n 11.700, de 2008).

    Art. 5 O acesso ao ensino fundamental direito pblico subjetivo, podendo qualquercidado, grupo de cidados, associao comunitria, organizao sindical, entidade declasse ou outra legalmente constituda, e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o PoderPblico para exigi-lo. 1 Compete aos Estados e aos Municpios, em regime de colaborao, e com aassistncia da Unio:

    I- recensear a populao em idade escolar para o ensino fundamental, e os jovens e adultosque a ele no tiveram acesso;

    Art. 5O acesso educao bsica obrigatria direito pblico subjetivo, podendo qualquercidado, grupo de cidados, associao comunitria, organizao sindical, entidade declasse ou outra legalmente constituda e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o poder pblicopara exigi-lo. (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013) 1O poder pblico, na esfera de sua competncia federativa, dever: (Redao dada pelaLei n 12.796, de 2013)I- recensear anualmente as crianas e adolescentes em idade escolar, bem como os jovense adultos que no concluram a educao bsica; (Redao dada pela Lei n 12.796, de

    2013)II- fazer-lhes a chamada pblica;III- zelar, junto aos pais ou responsveis, pela freqncia escola. 2Em todas as esferas administrativas, o Poder Pblico assegurar em primeiro lugar oacesso ao ensino obrigatrio, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demaisnveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. 3 Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade parapeticionar no Poder Judicirio, na hiptese do 2 do art. 208 da Constituio Federal,sendo gratuita e de rito sumrio a ao judicial correspondente. 4Comprovada a negligncia da autoridade competente para garantir o oferecimento doensino obrigatrio, poder ela ser imputada por crime de responsabilidade.

    5 Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Pblico criarformas alternativas de acesso aos diferentes nveis de ensino, independentemente daescolarizao anterior.

    Art. 6 dever dos pais ou responsveis efetuar a matrcula das crianas na educaobsica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

    Art. 7O ensino livre iniciativa privada, atendidas as seguintes condies:I- cumprimento das normas gerais da educao nacional e do respectivo sistema de ensino;II- autorizao de funcionamento e avaliao de qualidade pelo Poder Pblico;III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da ConstituioFederal.

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    TTULO IVDa Organizao da Educao Nacional

    Art. 8A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios organizaro, em regime decolaborao, os respectivos sistemas de ensino. 1 Caber Unio a coordenao da poltica nacional de educao, articulando osdiferentes nveis e sistemas e exercendo funo normativa, redistributiva e supletiva emrelao s demais instncias educacionais. 2Os sistemas de ensino tero liberdade de organizao nos termos desta Lei.

    Art. 9A Unio incumbir-se- de: (Regulamento)I - elaborar o Plano Nacional de Educao, em colaborao com os Estados, o DistritoFederal e os Municpios;

    II - organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais do sistema federal deensino e o dos Territrios;III- prestar assistncia tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpiospara o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritrio escolaridade obrigatria, exercendo sua funo redistributiva e supletiva;IV - estabelecer, em colaborao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios,competncias e diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino mdio,que nortearo os currculos eseus contedos mnimos, de modo a assegurar formao bsica comum;V- coletar, analisar e disseminar informaes sobre a educao;VI - assegurar processo nacional de avaliao do rendimento escolar no ensino

    fundamental, mdio e superior, em colaborao com os sistemas de ensino, objetivando adefinio de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;VII- baixar normas gerais sobre cursos de graduao e ps-graduao;VIII- assegurar processo nacional de avaliao das instituies de educao superior, coma cooperao dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nvel de ensino;IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursosdas instituies de educao superior e osestabelecimentos do seu sistema de ensino. 1Na estrutura educacional, haver um Conselho Nacional de Educao, com funesnormativas e de superviso e atividade permanente, criado por lei. 2Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a Unio ter acesso a todos os

    dados e informaes necessrios de todos os estabelecimentos e rgos educacionais. 3As atribuies constantes do inciso IX podero ser delegadas aos Estados e ao DistritoFederal, desde que mantenham instituies educao superior.

    Art. 10. Os Estados incumbir-se-o de:I - organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais dos seus sistemas deensino;II- definir, com os Municpios, formas de colaborao na oferta do ensino fundamental, asquais devem assegurar a distribuio proporcional das responsabilidades, de acordo com apopulao a seratendida e os recursos financeiros disponveis em cada uma dessas esferas do PoderPblico;

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    III- elaborar e executar polticas e planos educacionais, em consonncia com as diretrizes eplanos nacionais de educao, integrando e coordenando as suas aes e as dos seusMunicpios;IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursosdas instituies de educao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;V- baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;VI- assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino mdio a todos queo demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redao dada pela Lei n12.061, de 2009)VII- assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Includo pela Lei n 10.709,de 31.7.2003)Pargrafo nico. Ao Distrito Federal aplicar-se-o as competncias referentes aos Estadose aos Municpios.

    Art. 11. Os Municpios incumbir-se-o de:I - organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais dos seus sistemas deensino, integrando-os s polticas e planos educacionais da Unio e dos Estados;II- exercer ao redistributiva em relao s suas escolas;III- baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;IV- autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;V - oferecer a educao infantil em creches e pr-escolas, e, com prioridade, o ensinofundamental, permitida a atuao em outros nveis de ensino somente quando estiverematendidas plenamente asnecessidades de sua rea de competncia e com recursos acima dos percentuais mnimos

    vinculados pela Constituio Federal manuteno e desenvolvimento do ensino.VI- assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Includo pela Lei n 10.709,de 31.7.2003)Pargrafo nico. Os Municpios podero optar, ainda, por se integrar ao sistema estadualde ensino ou compor com ele um sistema nico de educao bsica.

    Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistemade ensino, tero a incumbncia de:I- elaborar e executar sua proposta pedaggica;II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;III- assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

    IV- velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;V- prover meios para a recuperao dos alunos de menor rendimento;VI - articular-se com as famlias e a comunidade, criando processos de integrao dasociedade com a escola;VII - informar pai e me, conviventes ou no com seus filhos, e, se for o caso, osresponsveis legais, sobre a frequncia e rendimento dos alunos, bem como sobre aexecuo da proposta pedaggica da escola; (Redao dada pela Lei n 12.013, de 2009)VIII notificar ao Conselho Tutelar do Municpio, ao juiz competente da Comarca e aorespectivo representante do Ministrio Pblico a relao dos alunos que apresentemquantidade de faltas acima de cinqenta por cento do percentual permitido em lei. (Includopela Lei n 10.287, de 2001)

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    Art. 13. Os docentes incumbir-se-o de:I- participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de ensino;II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedaggica doestabelecimento de ensino;III- zelar pela aprendizagem dos alunos;IV- estabelecer estratgias de recuperao para os alunos de menor rendimento;V- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, alm de participar integralmente dosperodos dedicados ao planejamento, avaliao e ao desenvolvimento profissional;VI- colaborar com as atividades de articulao da escola com as famlias e a comunidade.

    Art. 14. Os sistemas de ensino definiro as normas da gesto democrtica do ensino pblicona educao bsica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintesprincpios:

    I - participao dos profissionais da educao na elaborao do projeto pedaggico daescola;II- participao das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

    Art. 15. Os sistemas de ensino asseguraro s unidades escolares pblicas de educaobsica que os integram progressivos graus de autonomia pedaggica e administrativa e degesto financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro pblico.

    Art. 16. O sistema federal de ensino compreende:I- as instituies de ensino mantidas pela Unio;II- as instituies de educao superior criadas e mantidas pela iniciativa privada;

    III- os rgos federais de educao.

    Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem:I- as instituies de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Pblico estadual e peloDistrito Federal;II- as instituies de educao superior mantidas pelo Poder Pblico municipal;III- as instituies de ensino fundamental e mdio criadas e mantidas pela iniciativa privada;IV- os rgos de educao estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.Pargrafo nico. No Distrito Federal, as instituies de educao infantil, criadas emantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.

    Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:I- as instituies do ensino fundamental, mdio e de educao infantil mantidas pelo PoderPblico municipal;II- as instituies de educao infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;IIIos rgos municipais de educao.

    Art. 19. As instituies de ensino dos diferentes nveis classificam-se nas seguintescategorias administrativas: (Regulamento)I - pblicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas peloPoder Pblico;II- privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas fsicas ou jurdicasde direito privado.

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    Art. 20. As instituies privadas de ensino se enquadraro nas seguintes categorias:(Regulamento)I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que so institudas e mantidas poruma ou mais pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado que no apresentem ascaractersticas dos incisos abaixo;II- comunitrias, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas oupor uma ou mais pessoas jurdicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos,que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; (Redao dadapela Lei n 12.020, de 2009)III- confessionais, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas oupor uma ou mais pessoas jurdicas que atendem a orientao confessional e ideologiaespecficas e ao disposto no inciso anterior;IV- filantrpicas, na forma da lei.

    TTULO VDos Nveis e das Modalidades de Educao e Ensino

    CAPTULO IDa Composio dos Nveis Escolares

    Art. 21. A educao escolar compe-se de:I- educao bsica, formada pela educao infantil, ensino fundamental e ensino mdio;II- educao superior.

    CAPTULO IIDA EDUCAO BSICA

    Seo IDas Disposies Gerais

    Art. 22. A educao bsica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe aformao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios paraprogredir no trabalho e em estudos posteriores.

    Art. 23. A educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais,ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no-seriados, com base na idade,na competncia e em outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que ointeresse do processo de aprendizagem assim o recomendar. 1A escola poder reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transfernciasentre estabelecimentos situados no Pas e no exterior, tendo como base as normascurriculares gerais. 2O calendrio escolar dever adequar-se s peculiaridades locais, inclusive climticas eeconmicas, a critrio do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o nmero dehoras letivas previsto nesta Lei.

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    Art. 24. A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser organizada de acordocom as seguintes regras comuns:I - a carga horria mnima anual ser de oitocentas horas, distribudas por um mnimo deduzentos dias de efetivo trabalho escolar, excludo o tempo reservado aos exames finais,quando houver;II - a classificao em qualquer srie ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental,pode ser feita:a)por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a srie ou fase anterior,na prpria escola;b)por transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas;c)independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feita pela escola, quedefina o grau de desenvolvimento e experincia do candidato e permita sua inscrio nasrie ou etapa adequada, conforme regulamentao do respectivo sistema de ensino;

    III- nos estabelecimentos que adotam a progresso regular por srie, o regimento escolarpode admitir formas de progresso parcial, desde que preservada a seqncia do currculo,observadas as normas do respectivo sistema de ensino;IV - podero organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sries distintas, com nveisequivalentes de adiantamento na matria, para o ensino de lnguas estrangeiras, artes, ououtros componentes curriculares;V- a verificao do rendimento escolar observar os seguintes critrios:a)avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos aspectosqualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os deeventuais provas finais;b)possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar;

    c)possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante verificao do aprendizado;d)aproveitamento de estudos concludos com xito;e)obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia paralelos ao perodo letivo,para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituies deensino em seus regimentos;VI- o controle de freqncia fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento enas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqncia mnima de setenta e cincopor cento do total de horas letivas para aprovao;VII - cabe a cada instituio de ensino expedir histricos escolares, declaraes deconcluso de srie e diplomas ou certificados de concluso de cursos, com asespecificaes cabveis.

    Art. 25. Ser objetivo permanente das autoridades responsveis alcanar relao adequadaentre o nmero de alunos e o professor, a carga horria e as condies materiais doestabelecimento.Pargrafo nico. Cabe ao respectivo sistema de ensino, vista das condies disponveise das caractersticas regionais e locais, estabelecer parmetro para atendimento do dispostoneste artigo.

    Art. 26. Os currculos da educao infantil, do ensino fundamental e do ensino mdio devemter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cadaestabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caractersticas regionaise locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redao dada pela Lei n12.796, de 2013)

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    1Os currculos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo dalngua portuguesa e da matemtica, o conhecimento do mundo fsico e natural e darealidade social e poltica, especialmente do Brasil. 2o O ensino da arte, especialmente em suas expresses regionais, constituircomponente curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao bsica, de forma apromover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redao dada pela Lei n 12.287, de2010) 3A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente curricularobrigatrio da educao bsica, sendo sua prtica facultativa ao aluno: (Redao dada pelaLei n 10.793, de 1.12.2003)I que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Includo pela Lei n10.793, de 1.12.2003)IImaior de trinta anos de idade; (Includo pela Lei n 10.793, de 1.12.2003)

    IIIque estiver prestando servio militar inicial ou que, em situao similar, estiver obrigado prtica da educao fsica; (Includo pela Lei n 10.793, de 1.12.2003)IVamparado pelo Decreto-Lei n o 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Includo pela Lei n10.793, de 1.12.2003)V(VETADO) (Includo pela Lei n 10.793, de 1.12.2003)VIque tenha prole. (Includo pela Lei n 10.793, de 1.12.2003) 4O ensino da Histria do Brasil levar em conta as contribuies das diferentes culturas eetnias para a formao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indgena, africana eeuropia. 5Na parte diversificada do currculo ser includo, obrigatoriamente, a partir da quintasrie, o ensino de pelo menos uma lngua estrangeira moderna, cuja escolha ficar a cargo

    da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituio.A msica dever ser contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do componente curricular deque 6trata o 2o deste artigo. (Includo pela Lei n 11.769, de 2008) 7Os currculos do ensino fundamental e mdio devem incluir os princpios da proteo edefesa civil e a educao ambiental de forma integrada aos contedos obrigatrios. (Includopela Lei n 12.608,de 2012)

    Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio, pblicos eprivados, torna-se obrigatrio o estudo da histria e cultura afro-brasileira e indgena.(Redao dada pela Lei n 11.645, de 2008).

    1 O contedo programtico a que se refere este artigo incluir diversos aspectos dahistria e da cultura que caracterizam a formao da populao brasileira, a partir dessesdois grupos tnicos, tais como o estudo da histria da frica e dos africanos, a luta dosnegros e dos povos indgenas no Brasil, a cultura negra e indgena brasileira e o negro e ondio na formao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuies nas reassocial, econmica e poltica, pertinentes histria do Brasil. (Redao dada pela Lei n11.645, de 2008). 2 Os contedos referentes histria e cultura afro-brasileira e dos povos indgenasbrasileiros sero ministrados no mbito de todo o currculo escolar, em especial nas reasde educao artstica e de literatura e histria brasileiras. (Redao dada pela Lei n 11.645,de 2008).

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    Art. 27. Os contedos curriculares da educao bsica observaro, ainda, as seguintesdiretrizes:I - a difuso de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres doscidados, de respeito ao bem comum e ordem democrtica;II- considerao das condies de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;III- orientao para o trabalho;IV- promoo do desporto educacional e apoio s prticas desportivas no-formais.

    Art. 28. Na oferta de educao bsica para a populao rural, os sistemas de ensinopromovero as adaptaes necessrias sua adequao s peculiaridades da vida rural ede cada regio, especialmente:I - contedos curriculares e metodologias apropriadas s reais necessidades e interessesdos alunos da zona rural;

    II- organizao escolar prpria, incluindo adequao do calendrio escolar s fases do cicloagrcola e s condies climticas;III- adequao natureza do trabalho na zona rural.

    Seo IIDa Educao Infantil

    Art. 29. A educao infantil, primeira etapa da educao bsica, tem como finalidade odesenvolvimento integral da criana de at 5 (cinco) anos, em seus aspectos fsico,psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.

    (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

    Art. 30. A educao infantil ser oferecida em:I - creches, ou entidades equivalentes, para crianas de at trs anos de idade;II - pr-escolas, para as crianas de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redao dadapela Lei n 12.796, de 2013)

    Art. 31. A educao infantil ser organizada de acordo com as seguintes regras comuns:(Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)I- avaliao mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianas, sem oobjetivo de promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Includo pela Lei n

    12.796, de 2013)II- carga horria mnima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuda por um mnimo de 200(duzentos) dias de trabalho educacional; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)III- atendimento criana de, no mnimo, 4 (quatro) horas dirias para o turno parcial e de 7(sete) horas para a jornada integral; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)IV - controle de frequncia pela instituio de educao pr-escolar, exigida a frequnciamnima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)V - expedio de documentao que permita atestar os processos de desenvolvimento eaprendizagem da criana. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)

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    Seo IIIDo Ensino Fundamental

    Art. 32. O ensino fundamental obrigatrio, com durao de 9 (nove) anos, gratuito na escolapblica, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, ter por objetivo a formao bsica docidado, mediante: (Redao dada pela Lei n 11.274, de 2006)I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios bsicos o plenodomnio da leitura, da escrita e do clculo;II- a compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da tecnologia, das artese dos valores em que se fundamenta a sociedade;III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisio deconhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e valores;IV - o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de

    tolerncia recproca em que se assenta a vida social. 1 facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 2Os estabelecimentos que utilizam progresso regular por srie podem adotar no ensinofundamental o regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do processo deensino aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. 3O ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada scomunidades indgenas a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios deaprendizagem. 4 O ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia utilizado comocomplementao da aprendizagem ou em situaes emergenciais. 5O currculo do ensino fundamental incluir, obrigatoriamente, contedo que trate dos

    direitos das crianas e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei n 8.069, de 13 de julhode 1990 , que institui o Estatuto da Criana e do Adolescente, observada a produo edistribuio de material didtico adequado. (Includo pela Lei n 11.525, de 2007). 6 O estudo sobre os smbolos nacionais ser includo como tema transversal noscurrculos do ensino fundamental. (Includo pela Lei n 12.472, de 2011).

    Art. 33. O ensino religioso, de matrcula facultativa, parte integrante da formao bsica docidado e constitui disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de ensinofundamental, assegurado o respeito diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadasquaisquer formas de proselitismo. (Redao dadapela Lei n 9.475, de 22.7.1997) 1 Os sistemas de ensino regulamentaro os procedimentos para a definio dos

    contedos do ensino religioso e estabelecero as normas para a habilitao e admisso dosprofessores.

    2 Os sistemas de ensino ouviro entidade civil, constituda pelas diferentesdenominaes religiosas, para a definio dos contedos do ensino religioso.

    Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menos quatro horas detrabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o perodo depermanncia na escola. 1So ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organizaoautorizadas nesta Lei. 2O ensino fundamental ser ministrado progressivamente em tempo integral, a critriodos sistemas de ensino.

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    Seo IVDo Ensino Mdio

    Art. 35. O ensino mdio, etapa final da educao bsica, com durao mnima de trs anos,ter como finalidades:I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensinofundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;II - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuaraprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condies deocupao ou aperfeioamento posteriores;III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e odesenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico;

    IV - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos,relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.

    Art. 36. O currculo do ensino mdio observar o disposto na Seo I deste Captulo e asseguintes diretrizes:I- destacar a educao tecnolgica bsica, a compreenso do significado da cincia, dasletras e das artes; o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura; a lnguaportuguesa como instrumento de comunicao, acesso ao conhecimento e exerccio dacidadania;II - adotar metodologias de ensino e de avaliao que estimulem a iniciativa dosestudantes;

    III - ser includa uma lngua estrangeira moderna, como disciplina obrigatria, escolhidapela comunidade escolar, e uma segunda, em carter optativo, dentro das disponibilidadesda instituio.IV sero includas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatrias em todas assries do ensino mdio. (Includo pela Lei n 11.684, de 2008) 1 Os contedos, as metodologias e as formas de avaliao sero organizados de talforma que ao final do ensino mdio o educando demonstre:I- domnio dos princpios cientficos e tecnolgicos que presidem a produo moderna;II- conhecimento das formas contemporneas de linguagem; 3Os cursos do ensino mdio tero equivalncia legal e habilitaro ao prosseguimento deestudos.

    Seo IV-ADa Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio

    (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)

    Art. 36-A. Sem prejuzo do disposto na Seo IV deste Captulo, o ensino mdio, atendida aformao geral do educando, poder prepar-lo para o exerccio de profisses tcnicas.(Includo pela Lei n 11.741, de 2008)Pargrafo nico. A preparao geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitaoprofissional podero ser desenvolvidas nos prprios estabelecimentos de ensino mdio ouem cooperao com instituies especializadas em educao profissional. (Includo pela Lein 11.741, de 2008)

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    Art. 36-B. A educao profissional tcnica de nvel mdio ser desenvolvida nas seguintesformas: (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)I- articulada com o ensino mdio; (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)II- subseqente, em cursos destinados a quem j tenha concludo o ensino mdio.(Includopela Lei n 11.741, de 2008)Pargrafo nico. A educao profissional tcnica de nvel mdio dever observar: (Includopela Lei n 11.741, de 2008)I- os objetivos e definies contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas peloConselho Nacional de Educao; (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; (Includo pela Lei n11.741, de 2008)III - as exigncias de cada instituio de ensino, nos termos de seu projeto pedaggico.(Includo pela Lei n 11.741, de 2008)

    Art. 36-C. A educao profissional tcnica de nvel mdio articulada, prevista no inciso I docaput do art. 36-B desta Lei, ser desenvolvida de forma: (Includo pela Lei n 11.741, de2008)

    I- integrada, oferecida somente a quem j tenha concludo o ensino fundamental, sendo ocurso planejado de modo a conduzir o aluno habilitao profissional tcnica de nvelmdio, na mesma instituio de ensino, efetuando-se matrcula nica para cada aluno;(Includo pela Lei n 11.741, de 2008)II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino mdio ou j o esteja cursando,

    efetuando-se matrculas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: (Includo pela Lei n11.741, de 2008)a) na mesma instituio de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionaisdisponveis; (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)b) em instituies de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionaisdisponveis; (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)c) em instituies de ensino distintas, mediante convnios de intercomplementaridade,visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedaggico unificado. (Includopela Lei n 11.741, de 2008)

    Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio, quando

    registrados, tero validade nacional e habilitaro ao prosseguimento de estudos naeducao superior.(Includo pela Lei n 11.741, de 2008)Pargrafo nico. Os cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio, nas formasarticulada concomitante e subseqente, quando estruturados e organizados em etapas comterminalidade, possibilitaro a obteno de certificados de qualificao para o trabalho apsa concluso, com aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificao para otrabalho. (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)

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    Seo VDa Educao de Jovens e Adultos

    Art. 37. A educao de jovens e adultos ser destinada queles que no tiveram acesso oucontinuidade de estudos no ensino fundamental e mdio na idade prpria. 1Os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aos jovens e aos adultos, que nopuderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,consideradas as caractersticas do alunado, seus interesses, condies de vida e detrabalho, mediante cursos e exames. 2O Poder Pblico viabilizar e estimular o acesso e a permanncia do trabalhador naescola, mediante aes integradas e complementares entre si. 3A educao de jovens e adultos dever articular-se, preferencialmente, com a educao

    profissional, na forma do regulamento. (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)Art. 38. Os sistemas de ensino mantero cursos e exames supletivos, que compreendero abase nacional comum do currculo, habilitando ao prosseguimento de estudos em carterregular. 1Os exames a que se refere este artigo realizar-se-o:I- no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;II- no nvel de concluso do ensino mdio, para os maiores de dezoito anos. 2Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais seroaferidos e reconhecidos mediante exames.

    CAPTULO IIIDA EDUCAO PROFISSIONAL

    Da Educao Profissional e Tecnolgica(Redao dada pela Lei n 11.741, de 2008)

    Art. 39. A educao profissional e tecnolgica, no cumprimento dos objetivos da educaonacional, integra-se aos diferentes nveis e modalidades de educao e s dimenses dotrabalho, da cincia e datecnologia. (Redao dada pela Lei n 11.741, de 2008) 1Os cursos de educao profissional e tecnolgica podero ser organizados por eixos

    tecnolgicos, possibilitando a construo de diferentes itinerrios formativos, observadas asnormas do respectivo sistema e nvel de ensino. (Includo pela Lei n 11.741, de 2008) 2A educao profissional e tecnolgica abranger os seguintes cursos: (Includo pela Lein 11.741, de 2008)Ide formao inicial e continuada ou qualificao profissional; (Includo pela Lei n 11.741,de 2008)IIde educao profissional tcnica de nvel mdio; (Includo pela Lei n 11.741, de 2008)IIIde educao profissional tecnolgica de graduao e ps-graduao. (Includo pela Lein 11.741, de 2008) 3 Os cursos de educao profissional tecnolgica de graduao e ps-graduaoorganizar-se-o, no que concerne a objetivos, caractersticas e durao, de acordo com asdiretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao.(Includo pela Lei n 11.741, de 2008)

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    Art. 40. A educao profissional ser desenvolvida em articulao com o ensino regular oupor diferentes estratgias de educao continuada, em instituies especializadas ou noambiente de trabalho. (Regulamento)

    Art. 41. O conhecimento adquirido na educao profissional e tecnolgica, inclusive notrabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento e certificao paraprosseguimento ou concluso deestudos.(Redao dada pela Lei n 11.741, de 2008)

    Art. 42. As instituies de educao profissional e tecnolgica, alm dos seus cursosregulares, oferecero cursos especiais, abertos comunidade, condicionada a matrcula capacidade de aproveitamento e no necessariamente ao nvel de escolaridade. (Redaodada pela Lei n 11.741, de 2008)

    CAPTULO IVDA EDUCAO SUPERIOR

    Art. 43. A educao superior tem por finalidade:I - estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cientfico e do pensamentoreflexivo;II - formar diplomados nas diferentes reas de conhecimento, aptos para a insero emsetores profissionais e para a participao no desenvolvimento da sociedade brasileira, ecolaborar na sua formao contnua;

    III- incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cientfica, visando o desenvolvimento dacincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura, e, desse modo, desenvolver oentendimento do homem e do meio em que vive;IV- promover a divulgao de conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que constituempatrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do ensino, de publicaes ou deoutras formas decomunicao;V- suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e possibilitar acorrespondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridosnuma estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada gerao;VI- estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais

    e regionais, prestar servios especializados comunidade e estabelecer com esta umarelao de reciprocidade;VII - promover a extenso, aberta participao da populao, visando difuso dasconquistas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisa cientfica e tecnolgicageradas na instituio.

    Art. 44. A educao superior abranger os seguintes cursos e programas: (Regulamento)I- cursos seqenciais por campo de saber, de diferentes nveis de abrangncia, abertos acandidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituies de ensino, desdeque tenham concludo o ensino mdio ou equivalente; (Redao dada pela Lei n 11.632, de2007).II - de graduao, abertos a candidatos que tenham concludo o ensino mdio ouequivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

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    III - de ps-graduao, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos deespecializao, aperfeioamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos degraduao e que atendam s exigncias das instituies de ensino;IV- de extenso, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cadacaso pelas instituies de ensino.Pargrafo nico. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput desteartigo sero tornados pblicos pelas instituies de ensino superior, sendo obrigatria adivulgao da relao nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificao, bemcomo do cronograma das chamadas paramatrcula, de acordo com os critrios para preenchimento das vagas constantes dorespectivo edital. (Includo pela Lei n 11.331, de 2006)

    Art. 45. A educao superior ser ministrada em instituies de ensino superior, pblicas ou

    privadas, com variados graus de abrangncia ou especializao. (Regulamento)Art. 46. A autorizao e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento deinstituies de educao superior, tero prazos limitados, sendo renovados, periodicamente,aps processo regular de avaliao. (Regulamento) 1 Aps um prazo para saneamento de deficincias eventualmente identificadas pelaavaliao a que se refere este artigo, haver reavaliao, que poder resultar, conforme ocaso, em desativao de cursos e habilitaes, em interveno na instituio, em suspensotemporria de prerrogativas da autonomia, ou em descredenciamento. (Regulamento) 2 No caso de instituio pblica, o Poder Executivo responsvel por sua manutenoacompanhar o processo de saneamento e fornecer recursos adicionais, se necessrios,

    para a superao das deficincias.

    Art. 47. Na educao superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, nomnimo, duzentos dias de trabalho acadmico efetivo, excludo o tempo reservado aosexames finais, quando houver. 1As instituies informaro aos interessados, antes de cada perodo letivo, os programasdos cursos e demais componentes curriculares, sua durao, requisitos, qualificao dosprofessores, recursos disponveis e critrios de avaliao, obrigando-se a cumprir asrespectivas condies. 2Os alunos que tenham extraordinrio aproveitamento nos estudos, demonstrado pormeio de provas e outros instrumentos de avaliao especficos, aplicados por banca

    examinadora especial, podero ter abreviada a durao dos seus cursos, de acordo com asnormas dos sistemas de ensino. 3 obrigatria a freqncia de alunos e professores, salvo nos programas de educao adistncia. 4 As instituies de educao superior oferecero, no perodo noturno, cursos degraduao nos mesmos padres de qualidade mantidos no perodo diurno, sendo obrigatriaa oferta noturna nasinstituies pblicas, garantida a necessria previso oramentria.

    Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, tero validadenacional como prova da formao recebida por seu titular.

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    1 Os diplomas expedidos pelas universidades sero por elas prprias registrados, eaqueles conferidos por instituies no-universitrias sero registrados em universidadesindicadas pelo Conselho Nacional de Educao. 2Os diplomas de graduao expedidos por universidades estrangeiras sero revalidadospor universidades pblicas que tenham curso do mesmo nvel e rea ou equivalente,respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparao. 3Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras spodero ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de ps-graduaoreconhecidos e avaliados, na mesma rea de conhecimento e em nvel equivalente ousuperior.

    Art. 49. As instituies de educao superior aceitaro a transferncia de alunos regulares,para cursos afins, na hiptese de existncia de vagas, e mediante processo seletivo.

    Pargrafo nico. As transferncias ex officio dar-se-o na forma da lei. (Regulamento)Art. 50. As instituies de educao superior, quando da ocorrncia de vagas, abriromatrcula nas disciplinas de seus cursos a alunos no regulares que demonstraremcapacidade de curs-las com proveito, mediante processo seletivo prvio.

    Art. 51. As instituies de educao superior credenciadas como universidades, ao deliberarsobre critrios e normas de seleo e admisso de estudantes, levaro em conta os efeitosdesses critrios sobre a orientao do ensino mdio, articulando-se com os rgosnormativos dos sistemas de ensino.

    Art. 52. As universidades so instituies pluridisciplinares de formao dos quadrosprofissionais de nvel superior, de pesquisa, de extenso e de domnio e cultivo do saberhumano, que se caracterizam por: (Regulamento)I - produo intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemtico dos temas eproblemas mais relevantes, tanto do ponto de vista cientfico e cultural, quanto regional enacional;II - um tero do corpo docente, pelo menos, com titulao acadmica de mestrado oudoutorado;III- um tero do corpo docente em regime de tempo integral.Pargrafo nico. facultada a criao de universidades especializadas por campo dosaber. (Regulamento)

    Art. 53. No exerccio de sua autonomia, so asseguradas s universidades, sem prejuzo deoutras, as seguintes atribuies:I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educao superiorprevistos nesta Lei, obedecendo s normas gerais da Unio e, quando for o caso, dorespectivo sistema de ensino; (Regulamento)II - fixar os currculos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes geraispertinentes;III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa cientfica, produo artstica eatividades de extenso;IV- fixar o nmero de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigncias doseu meio;

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    V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonncia com as normasgerais atinentes;VI- conferir graus, diplomas e outros ttulos;VII- firmar contratos, acordos e convnios;VIII- aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras,servios e aquisies em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivosinstitucionais;IX- administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituio, nasleis e nos respectivos estatutos;X- receber subvenes, doaes, heranas, legados e cooperao financeira resultante deconvnios com entidades pblicas e privadas.Pargrafo nico. Para garantir a autonomia didtico-cientfica das universidades, caberaos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos oramentrios

    disponveis, sobre:I- criao, expanso, modificao e extino de cursos;II- ampliao e diminuio de vagas;III- elaborao da programao dos cursos;IV- programao das pesquisas e das atividades de extenso;V- contratao e dispensa de professores;VI- planos de carreira docente.

    Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Pblico gozaro, na forma da lei, de estatutojurdico especial para atender s peculiaridades de sua estrutura, organizao efinanciamento pelo Poder Pblico, assim como dos seus planos de carreira e do regime

    jurdico do seu pessoal. (Regulamento) 1No exerccio da sua autonomia, alm das atribuies asseguradas pelo artigo anterior,as universidades pblicas podero:I- propor o seu quadro de pessoal docente, tcnico e administrativo, assim como um planode cargos e salrios, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponveis;II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas geraisconcernentes;III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras,servios e aquisies em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Podermantenedor;IV- elaborar seus oramentos anuais e plurianuais;

    V- adotar regime financeiro e contbil que atenda s suas peculiaridades de organizao efuncionamento;VI - realizar operaes de crdito ou de financiamento, com aprovao do Podercompetente, para aquisio de bens imveis, instalaes e equipamentos;VII - efetuar transferncias, quitaes e tomar outras providncias de ordem oramentria,financeira e patrimonial necessrias ao seu bom desempenho. 2 Atribuies de autonomia universitria podero ser estendidas a instituies quecomprovem alta qualificao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliaorealizada pelo Poder Pblico.

    Art. 55. Caber Unio assegurar, anualmente, em seu Oramento Geral, recursossuficientes para manuteno e desenvolvimento das instituies de educao superior porela mantidas.

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    Art. 56. As instituies pblicas de educao superior obedecero ao princpio da gestodemocrtica, assegurada a existncia de rgos colegiados deliberativos, de queparticiparo os segmentos da comunidade institucional, local e regional.Pargrafo nico. Em qualquer caso, os docentes ocuparo setenta por cento dos assentosem cada rgo colegiado e comisso, inclusive nos que tratarem da elaborao emodificaes estatutrias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.

    Art. 57. Nas instituies pblicas de educao superior, o professor ficar obrigado aomnimo de oito horas semanais de aulas.(Regulamento)

    CAPTULO VDA EDUCAO ESPECIAL

    Art. 58. Entende-se por educao especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade deeducao escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandoscom deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ousuperdotao. (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013) 1Haver, quando necessrio, servios de apoio especializado, na escola regular, paraatender s peculiaridades da clientela de educao especial. 2O atendimento educacional ser feito em classes, escolas ou servios especializados,sempre que, em funo das condies especficas dos alunos, no for possvel a suaintegrao nas classescomuns de ensino regular.

    3A oferta de educao especial, dever constitucional do Estado, tem incio na faixa etriade zero a seis anos, durante a educao infantil.

    Art. 59. Os sistemas de ensino asseguraro aos educandos com deficincia, transtornosglobais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao: (Redao dada pela Lei n12.796, de 2013)I - currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao especficos, paraatender s suas necessidades;II - terminalidade especfica para aqueles que no puderem atingir o nvel exigido para aconcluso do ensino fundamental, em virtude de suas deficincias, e acelerao paraconcluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

    III - professores com especializao adequada em nvel mdio ou superior, paraatendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para aintegrao desses educandos nas classes comuns;IV - educao especial para o trabalho, visando a sua efetiva integrao na vida emsociedade, inclusive condies adequadas para os que no revelarem capacidade deinsero no trabalho competitivo, mediante articulao com os rgos oficiais afins, bemcomo para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas reas artstica, intelectualou psicomotora;V- acesso igualitrio aos benefcios dos programas sociais suplementares disponveis parao respectivo nvel do ensino regular.

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    Art. 60. Os rgos normativos dos sistemas de ensino estabelecero critrios decaracterizao das instituies privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuaoexclusiva em educao especial, para fins de apoio tcnico e financeiro pelo Poder Pblico.Pargrafo nico. O poder pblico adotar, como alternativa preferencial, a ampliao doatendimento aos educandos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altashabilidades ou superdotao na prpria rede pblica regular de ensino, independentementedo apoio s instituies previstas neste artigo. (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)

    TTULO VIDos Profissionais da Educao

    Art. 61. Consideram-se profissionais da educao escolar bsica os que, nela estando em

    efetivo exerccio e tendo sido formados em cursos reconhecidos, so: (Redao dada pelaLei n 12.014, de 2009)Iprofessores habilitados em nvel mdio ou superior para a docncia na educao infantile nos ensinos fundamental e mdio; (Redao dada pela Lei n 12.014, de 2009)II trabalhadores em educao portadores de diploma de pedagogia, com habilitao emadministrao, planejamento, superviso, inspeo e orientao educacional, bem comocom ttulos de mestrado ou doutorado nas mesmas reas; (Redao dada pela Lei n12.014, de 2009)III trabalhadores em educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior emrea pedaggica ou afim. (Includo pela Lei n 12.014, de 2009)Pargrafo nico. A formao dos profissionais da educao, de modo a atender s

    especificidades do exerccio de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentesetapas e modalidades da educao bsica, ter como fundamentos: (Includo pela Lei n12.014, de 2009)Ia presena de slida formao bsica, que propicie o conhecimento dos fundamentoscientficos e sociais de suas competncias de trabalho; (Includo pela Lei n 12.014, de 2009)IIa associao entre teorias e prticas, mediante estgios supervisionados e capacitaoem servio; (Includo pela Lei n 12.014, de 2009)IIIo aproveitamento da formao e experincias anteriores, em instituies de ensino e emoutras atividades. (Includo pela Lei n 12.014, de 2009)

    Art. 62. A formao de docentes para atuar na educao bsica far-se- em nvel superior,

    em curso de licenciatura, de graduao plena, em universidades e institutos superiores deeducao, admitida, como formao mnima para o exerccio do magistrio na educaoinfantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nvel mdio namodalidade normal. (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013) 1A Unio, o Distrito Federal, os Estados e os Municpios, em regime de colaborao,devero promover a formao inicial, a continuada e a capacitao dos profissionais demagistrio. (Includo pela Lei n 12.056, de 2009). 2A formao continuada e a capacitao dos profissionais de magistrio podero utilizarrecursos e tecnologias de educao a distncia. (Includo pela Lei n 12.056, de 2009). 3A formao inicial de profissionais de magistrio dar preferncia ao ensino presencial,subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educao a distncia. (Includopela Lei n 12.056, de 2009).

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    4 A Unio, o Distrito Federal, os Estados e os Municpios adotaro mecanismosfacilitadores de acesso e permanncia em cursos de formao de docentes em nvelsuperior para atuar na educao bsica pblica. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013) 5A Unio, o Distrito Federal, os Estados e os Municpios incentivaro a formao deprofissionais do magistrio para atuar na educao bsica pblica mediante programainstitucional de bolsa de iniciao docncia a estudantes matriculados em cursos delicenciatura, de graduao plena, nas instituies de educao superior. (Includo pela Lei n12.796, de 2013) 6O Ministrio da Educao poder estabelecer nota mnima em exame nacional aplicadoaos concluintes do ensino mdio como pr-requisito para o ingresso em cursos degraduao para formao dedocentes, ouvido o Conselho Nacional de Educao - CNE. (Includo pela Lei n 12.796, de2013)

    7(VETADO). (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)Art. 62-A. A formao dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 far-se- pormeio de cursos de contedo tcnico-pedaggico, em nvel mdio ou superior, incluindohabilitaes tecnolgicas. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)Pargrafo nico. Garantir-se- formao continuada para os profissionais a que se refere ocaput, no local de trabalho ou em instituies de educao bsica e superior, incluindocursos de educao profissional, cursos superiores de graduao plena ou tecnolgicos e deps-graduao. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)

    Art. 63. Os institutos superiores de educao mantero: (Regulamento)

    I - cursos formadores de profissionais para a educao bsica, inclusive o curso normalsuperior, destinado formao de docentes para a educao infantil e para as primeirassries do ensino fundamental;II- programas de formao pedaggica para portadores de diplomas de educao superiorque queiram se dedicar educao bsica;III - programas de educao continuada para os profissionais de educao dos diversosnveis.

    Art. 64. A formao de profissionais de educao para administrao, inspeo, supervisoe orientao educacional para a educao bsica, ser feita em cursos de graduao empedagogia ou em nvel de ps-graduao, a critrio da instituio de ensino, garantida, nesta

    formao, a base comum nacional.

    Art. 65. A formao docente, exceto para a educao superior, incluir prtica de ensino de,no mnimo, trezentas horas.

    Art. 66. A preparao para o exerccio do magistrio superior far-se- em nvel de ps-graduao, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.Pargrafo nico. O notrio saber, reconhecido por universidade com curso de doutoradoem rea afim, poder suprir a exigncia de ttulo acadmico.

    Art. 67. Os sistemas de ensino promovero a valorizao dos profissionais da educao,assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistriopblico:

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    I- ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos;II - aperfeioamento profissional continuado, inclusive com licenciamento peridicoremunerado para esse fim;III- piso salarial profissional;IV - progresso funcional baseada na titulao ou habilitao, e na avaliao dodesempenho;V- perodo reservado a estudos, planejamento e avaliao, includo na carga de trabalho;VI- condies adequadas de trabalho. 1A experincia docente pr-requisito para o exerccio profissional de quaisquer outrasfunes de magistrio, nos termos das normas de cada sistema de ensino.(Renumeradopela Lei n 11.301, de 2006) 2Para os efeitos do disposto no 5 do art. 40 e no 8o do art. 201 da ConstituioFederal, so consideradas funes de magistrio as exercidas por professores e

    especialistas em educao no desempenho de atividades educativas, quando exercidas emestabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas,alm do exerccio da docncia, as de direo de unidade escolar e as de coordenao eassessoramento pedaggico. (Includo pela Lei n 11.301, de 2006) 3A Unio prestar assistncia tcnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpiosna elaborao de concursos pblicos para provimento de cargos dos profissionais daeducao. (Includo pela Lei n 12.796, de 2013)

    TTULO VIIDos Recursos financeiros

    Art. 68. Sero recursos pblicos destinados educao os originrios de:I- receita de impostos prprios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;II- receita de transferncias constitucionais e outras transferncias;III- receita do salrio-educao e de outras contribuies sociais;IV- receita de incentivos fiscais;V- outros recursos previstos em lei.

    Art. 69. A Unio aplicar, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o DistritoFederal e os Municpios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivasConstituies ou Leis Orgnicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as

    transferncias constitucionais, na manuteno e desenvolvimento do ensino pblico. 1A parcela da arrecadao de impostos transferida pela Unio aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municpios, ou pelos Estados aos respectivos Municpios, no serconsiderada, para efeito do clculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 2Sero consideradas excludas das receitas de impostos mencionadas neste artigo asoperaes de crdito por antecipao de receita oramentria de impostos. 3Para fixao inicial dos valores correspondentes aos mnimos estatudos neste artigo,ser considerada a receita estimada na lei do oramento anual, ajustada, quando for o caso,por lei que autorizar a abertura de crditos adicionais, com base no eventual excesso dearrecadao. 4As diferenas entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, queresultem no no atendimento dos percentuais mnimos obrigatrios, sero apuradas ecorrigidas a cada trimestre do exerccio financeiro.

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    5O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da Unio, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municpios ocorrer imediatamente ao rgo responsvel pela educao,observados os seguintes prazos:I- recursos arrecadados do primeiro ao dcimo dia de cada ms, at o vigsimo dia;II- recursos arrecadados do dcimo primeiro ao vigsimo dia de cada ms, at o trigsimodia;III- recursos arrecadados do vigsimo primeiro dia ao final de cada ms, at o dcimo dia doms subseqente. 6O atraso da liberao sujeitar os recursos a correo monetria e responsabilizaocivil e criminal das autoridades competentes.

    Art. 70. Considerar-se-o como de manuteno e desenvolvimento do ensino as despesasrealizadas com vistas consecuo dos objetivos bsicos das instituies educacionais de

    todos os nveis, compreendendo as que se destinam a:I- remunerao e aperfeioamento do pessoal docente e demais profissionais da educao;II - aquisio, manuteno, construo e conservao de instalaes e equipamentosnecessrios ao ensino;IIIuso e manuteno de bens e servios vinculados ao ensino;IV - levantamentos estatsticos, estudos e pesquisas visando precipuamente aoaprimoramento da qualidade e expanso do ensino;V- realizao de atividades-meio necessrias ao funcionamento dos sistemas de ensino;VI- concesso de bolsas de estudo a alunos de escolas pblicas e privadas;VII- amortizao e custeio de operaes de crdito destinadas a atender ao disposto nosincisos deste artigo;

    VIII - aquisio de material didtico-escolar e manuteno de programas de transporteescolar.

    Art. 71. No constituiro despesas de manuteno e desenvolvimento do ensino aquelasrealizadas com:I- pesquisa, quando no vinculada s instituies de ensino, ou, quando efetivada fora dossistemas de ensino, que no vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou sua expanso;II - subveno a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial, desportivo oucultural;III - formao de quadros especiais para a administrao pblica, sejam militares ou civis,

    inclusive diplomticos;IV - programas suplementares de alimentao, assistncia mdico-odontolgica,farmacutica e psicolgica, e outras formas de assistncia social;V- obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente arede escolar;VI- pessoal docente e demais trabalhadores da educao, quando em desvio de funo ouem atividade alheia manuteno e desenvolvimento do ensino.

    Art. 72. As receitas e despesas com manuteno e desenvolvimento do ensino seroapuradas e publicadas nos balanos do Poder Pblico, assim como nos relatrios a que serefere o 3 do art. 165 da Constituio Federal.

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    Art. 73. Os rgos fiscalizadores examinaro, prioritariamente, na prestao de contas derecursos pblicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituio Federal, no art. 60do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e na legislao concernente.

    Art. 74. A Unio, em colaborao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios,estabelecer padro mnimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental,baseado no clculo do custo mnimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.Pargrafo nico. O custo mnimo de que trata este artigo ser calculado pela Unio ao finalde cada ano, com validade para o ano subseqente, considerando variaes regionais nocusto dos insumos e as diversas modalidades de ensino.

    Art. 75. A ao supletiva e redistributiva da Unio e dos Estados ser exercida de modo acorrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padro mnimo de

    qualidade de ensino. 1A ao a que se refere este artigo obedecer a frmula de domnio pblico que inclua acapacidade de atendimento e a medida do esforo fiscal do respectivo Estado, do DistritoFederal ou do Municpio em favor da manuteno e do desenvolvimento do ensino. 2 A capacidade de atendimento de cada governo ser definida pela razo entre osrecursos de uso constitucionalmente obrigatrio na manuteno e desenvolvimento doensino e o custo anual do aluno, relativo ao padro mnimo de qualidade. 3 Com base nos critrios estabelecidos nos 1 e 2, a Unio poder fazer atransferncia direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o nmerode alunos que efetivamente freqentam a escola. 4A ao supletiva e redistributiva no poder ser exercida em favor do Distrito Federal,

    dos Estados e dos Municpios se estes oferecerem vagas, na rea de ensino de suaresponsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, emnmero inferior sua capacidade de atendimento.

    Art. 76. A ao supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficar condicionada aoefetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municpios do disposto nesta Lei, semprejuzo de outras prescries legais.

    Art. 77. Os recursos pblicos sero destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos aescolas comunitrias, confessionais ou filantrpicas que:I- comprovem finalidade no-lucrativa e no distribuam resultados, dividendos, bonificaes,

    participaes ou parcela de seu patrimnio sob nenhuma forma ou pretexto;II- apliquem seus excedentes financeiros em educao;III - assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escola comunitria, filantrpica ouconfessional, ou ao Poder Pblico, no caso de encerramento de suas atividades;IV- prestem contas ao Poder Pblico dos recursos recebidos. 1Os recursos de que trata este artigo podero ser destinados a bolsas de estudo para aeducao bsica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficincia de recursos,quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pblica de domiclio do educando,ficando o Poder Pblico obrigado a investir prioritariamente na expanso da sua rede local. 2As atividades universitrias de pesquisa e extenso podero receber apoio financeiro doPoder Pblico, inclusive mediante bolsas de estudo.

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    TTULO VIIIDas Disposies Gerais

    Art. 78. O Sistema de Ensino da Unio, com a colaborao das agncias federais defomento cultura e de assistncia aos ndios, desenvolver programas integrados de ensinoe pesquisa, para ofertade educao escolar bilingue e intercultural aos povos indgenas, com os seguintesobjetivos:I - proporcionar aos ndios, suas comunidades e povos, a recuperao de suas memriashistricas; a reafirmao de suas identidades tnicas; a valorizao de suas lnguas ecincias;II- garantir aos ndios, suas comunidades e povos, o acesso s informaes, conhecimentos

    tcnicos e cientficos da sociedade nacional e demais sociedades indgenas e no-ndias.Art. 79. A Unio apoiar tcnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento daeducao intercultural s comunidades indgenas, desenvolvendo programas integrados deensino e pesquisa. 1Os programas sero planejados com audincia das comunidades indgenas. 2Os programas a que se refere este artigo, includos nos Planos Nacionais de Educao,tero os seguintes objetivos:I- fortalecer as prticas scio-culturais e a lngua materna de cada comunidade indgena;II- manter programas de formao de pessoal especializado, destinado educao escolarnas comunidades indgenas;

    III- desenvolver currculos e programas especficos, neles incluindo os contedos culturaiscorrespondentes s respectivas comunidades;IV- elaborar e publicar sistematicamente material didtico especfico e diferenciado. 3No que se refere educao superior, sem prejuzo de outras aes, o atendimento aospovos indgenas efetivar-se-, nas universidades pblicas e privadas, mediante a oferta deensino e de assistncia estudantil, assim como de estmulo pesquisa e desenvolvimentode programas especiais. (Includo pela Lei n 12.416, de 2011)

    Art. 79-A. (VETADO)

    Art. 79-B. O calendrio escolar incluir o dia 20 de novembro como Dia Nacional daConscincia Negra. (Includo pela Lei n 10.639, de 9.1.2003)

    Art. 80. O Poder Pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao de programas deensino a distncia, em todos os nveis e modalidades de ensino, e de educao continuada.(Regulamento) 1A educao a distncia, organizada com abertura e regime especiais, ser oferecida porinstituies especificamente credenciadas pela Unio. 2A Unio regulamentar os requisitos para a realizao de exames e registro de diplomarelativos a cursos de educao a distncia. 3As normas para produo, controle e avaliao de programas de educao a distncia ea autorizao para sua implementao, cabero aos respectivos sistemas de ensino,podendo haver cooperao e integrao entre os diferentes sistemas. (Regulamento) 4A educao a distncia gozar de tratamento diferenciado, que incluir:

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    I- custos de transmisso reduzidos em canais comerciais de radiodifuso sonora e de sonse imagens e em outros meios de comunicao que sejam explorados mediante autorizao,concesso ou permisso do poder pblico; (Redao dada pela Lei n 12.603, de 2012)II- concesso de canais com finalidades exclusivamente educativas;III - reserva de tempo mnimo, sem nus para o Poder Pblico, pelos concessionrios decanais comerciais.

    Art. 81. permitida a organizao de cursos ou instituies de ensino experimentais, desdeque obedecidas as disposies desta Lei.

    Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecero as normas de realizao de estgio em suajurisdio, observada a lei federal sobre a matria. (Redao dada pela Lei n 11.788, de2008)

    Art. 83. O ensino militar regulado em lei especfica, admitida a equivalncia de estudos, deacordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

    Art. 84. Os discentes da educao superior podero ser aproveitados em tarefas de ensinoe pesquisa pelas respectivas instituies, exercendo funes de monitoria, de acordo comseu rendimento e seu plano de estudos.

    Art. 85. Qualquer cidado habilitado com a titulao prpria poder exigir a abertura deconcurso pblico de provas e ttulos para cargo de docente de instituio pblica de ensinoque estiver sendo ocupado por professor no concursado, por mais de seis anos,

    ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituio Federal e 19 do Ato dasDisposies Constitucionais Transitrias.

    Art. 86. As instituies de educao superior constitudas como universidades integrar-se-o, tambm, na sua condio de instituies de pesquisa, ao Sistema Nacional de Cincia eTecnologia, nos termos da legislao especfica.

    TTULO IXDas Disposies Transitrias

    Art. 87. instituda a Dcada da Educao, a iniciar-se um ano a partir da publicao destaLei. 1 A Unio, no prazo de um ano a partir da publicao desta Lei, encaminhar, aoCongresso Nacional, o Plano Nacional de Educao, com diretrizes e metas para os dezanos seguintes, em sintonia com a Declarao Mundial sobre Educao para Todos. 2 (Revogado pela lei n 12.796, de 2013) 3 O Distrito Federal, cada Estado e Municpio, e, supletivamente, a Unio, devem:(Redao dada pela Lei n 11.330, de 2006)I(REVOGADO PELA LEI N 12.796, DE 2013)a)(REVOGADO)b)(REVOGADO)c)(REVOGADO)

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    II - prover cursos presenciais ou a distncia aos jovens e adultos insuficientementeescolarizados;III - realizar programas de capacitao para todos os professores em exerccio, utilizandotambm, para isto, os recursos da educao a distncia;IV- integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu territrio ao sistemanacional de avaliao do rendimento escolar. 4(REVOGADO PELA LEI N 12.796, DE 2013) 5 Sero conjugados todos os esforos objetivando a progresso das redes escolarespblicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral. 6A assistncia financeira da Unio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios,bem como a dos Estados aos seus Municpios, ficam condicionadas ao cumprimento do art.212 da Constituio Federal e dispositivos legais pertinentes pelos governos beneficiados.

    Art. 87-A. (VETADO). (Includo pela lei n 12.796, de 2013)Art. 88. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adaptaro sua legislaoeducacional e de ensino s disposies desta Lei no prazo mximo de um ano, a partir dadata de sua publicao. (Regulamento) 1As instituies educacionais adaptaro seus estatutos e regimentos aos dispositivosdesta Lei e s normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estesestabelecidos. 2O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III do art. 52 de oito anos.

    Art. 89. As creches e pr-escolas existentes ou que venham a ser criadas devero, no prazode trs anos, a contar da publicao desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.

    Art. 90. As questes suscitadas na transio entre o regime anterior e o que se institui nestaLei sero resolvidas pelo Conselho Nacional de Educao ou, mediante delegao deste,pelos rgos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia universitria.

    Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 92. Revogam-se as disposies das Leis ns 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e5.540, de 28 de novembro de 1968, no alteradas pelas Leis ns 9.131, de 24 de novembro

    de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis ns 5.692, de 11 de agostode 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que asmodificaram e quaisquer outras disposies em contrrio.

    Braslia, 20 de dezembro de 1996;175 da Independncia e 108 da Repblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSOPaulo Renato Souza

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    2. LEI N 8.069/90 E SUAS ALTERAES (ESTATUTO DA CRIANA E DOADOLESCENTE)

    Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

    Dispe sobre o Estatuto da Criana e doAdolescente e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA: Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

    Ttulo I

    Das Disposies Preliminares

    Art. 1 Esta Lei dispe sobre a proteo integral criana e ao adolescente.

    Art. 2 Considera-se criana, para os efeitos desta Lei, a pessoa at doze anos de idadeincompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

    Pargrafo nico. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto spessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

    Art. 3 A criana e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultaro desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, em condies de liberdade e de

    dignidade.

    Art. 4 dever da famlia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder pblicoassegurar, com absoluta prioridade, a efetivao dos direitos referentes vida, sade, alimentao, educao, ao esporte, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade,ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria.

    Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende:

    a) primazia de receber proteo e socorro em quaisquer circunstncias;

    b) precedncia de atendimento nos servios pblicos ou de relevncia pblica;

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument
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    c) preferncia na formulao e na execuo das polticas sociais pblicas;

    d) destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadas com a proteo infncia e juventude.

    Art. 5 Nenhuma criana ou adolescente ser objeto de qualquer forma de negligncia,discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso, punido na forma da lei qualqueratentado, por ao ou omisso, aos seus direitos fundamentais.

    Art. 6 Na interpretao desta Lei levar-se-o em conta os fins sociais a que ela se dirige, asexigncias do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condiopeculiar da criana e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

    Ttulo II

    Dos Direitos Fundamentais

    Captulo I

    Do Direito Vida e Sade

    Art. 7 A criana e o adolescente tm direito a proteo vida e sade, mediante a

    efetivao de polticas sociais pblicas que permitam o nascimento e o desenvolvimentosadio e harmonioso, em condies dignas de existncia.

    Art. 8 assegurado gestante, atravs do Sistema nico de Sade, o atendimento pr eperinatal.

    1 A gestante ser encaminhada aos diferentes nveis de atendimento, segundo critriosmdicos especficos, obedecendo-se aos princpios de regionalizao e hierarquizao doSistema.

    2 A parturiente ser atendida preferencialmente pelo mesmo mdico que a acompanhouna fase pr-natal.

    3 Incumbe ao poder pblico propiciar apoio alimentar gestante e nutriz que delenecessitem.

    4oIncumbe ao poder pblico proporcionar assistncia psicolgica gestante e me, noperodo pr e ps-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequncias doestado puerperal.(Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    5oA assistncia referida no 4odeste artigo dever ser tambm prestada a gestantes ou

    mes que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoo. (Includo pela Lei n12.010, de 2009)Vigncia

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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    Art. 9 O poder pblico, as instituies e os empregadores propiciaro condies adequadasao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mes submetidas a medida privativa deliberdade.

    Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de ateno sade de gestantes, pblicose particulares, so obrigados a:

    I - manter registro das atividades desenvolvidas, atravs de pronturios individuais, peloprazo de dezoito anos;

    II - identificar o recm-nascido mediante o registro de sua impresso plantar e digital e daimpresso digital da me, sem prejuzo de outras formas normatizadas pela autoridadeadministrativa competente;

    III - proceder a exames visando ao diagnstico e teraputica de anormalidades nometabolismo do recm-nascido, bem como prestar orientao aos pais;

    IV - fornecer declarao de nascimento onde constem necessariamente as intercorrnciasdo parto e do desenvolvimento do neonato;

    V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanncia junto me.

    Art. 11. assegurado atendimento integral sade da criana e do adolescente, porintermdio do Sistema nico de Sade, garantido o acesso universal e igualitrio s aes e

    servios para promoo, proteo e recuperao da sade. (Redao dada pela Lei n11.185, de 2005)

    1 A criana e o adolescente portadores de deficincia recebero atendimentoespecializado.

    2 Incumbe ao poder pblico fornecer gratuitamente queles que necessitarem osmedicamentos, prteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao oureabilitao.

    Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento sade devero proporcionar condies paraa permanncia em tempo integral de um dos pais ou responsvel, nos casos de internaode criana ou adolescente.

    Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmao de maus-tratos contra criana ou adolescentesero obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, semprejuzo de outras providncias legais.

    Pargrafo nico. As gestantes ou mes que manifestem interesse em entregar seus filhospara adoo sero obrigatoriamente encaminhadas Justia da Infncia e da Juventude.(Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11185.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11185.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11185.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11185.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11185.htm#art2
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    Art. 14. O Sistema nico de Sade promover programas de assistncia mdica eodontolgica para a preveno das enfermidades que ordinariamente afetam a populaoinfantil, e campanhas de educao sanitria para pais, educadores e alunos.

    Pargrafo nico. obrigatria a vacinao das crianas nos casos recomendados pelasautoridades sanitrias.

    Captulo II

    Do Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade

    Art. 15. A criana e o adolescente tm direito liberdade, ao respeito e dignidade comopessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis,humanos e sociais garantidos na Constituio e nas leis.

    Art. 16. O direito liberdade compreende os seguintes aspectos:

    I - ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaos comunitrios, ressalvadas as restrieslegais;

    II - opinio e expresso;

    III - crena e culto religioso;

    IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

    V - participar da vida familiar e comunitria, sem discriminao;

    VI - participar da vida poltica, na forma da lei;

    VII - buscar refgio, auxlio e orientao.

    Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade fsica, psquica emoral da criana e do adolescente, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, daautonomia, dos valores, idias e crenas, dos espaos e objetos pessoais.

    Art. 18. dever de todos velar pela dignidade da criana e do adolescente, pondo-os a salvode qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ou constrangedor.

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    Captulo III

    Do Direito Convivncia Familiar e Comunitria

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art. 19. Toda criana ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da suafamlia e, excepcionalmente, em famlia substituta, assegurada a convivncia familiar ecomunitria, em ambiente livre da presena de pessoas dependentes de substnciasentorpecentes.

    1o

    Toda criana ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiarou institucional ter sua situao reavaliada, no mximo, a cada 6 (seis) meses, devendo aautoridade judiciria competente, com base em relatrio elaborado por equipeinterprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade dereintegrao familiar ou colocao em famlia substituta, em quaisquer das modalidadesprevistas no art. 28 desta Lei.(Includo pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    2oA permanncia da criana e do adolescente em programa de acolhimento institucionalno se prolongar por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda aoseu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciria. (Includo pelaLei n 12.010, de 2009)Vigncia

    3oA manuteno ou reintegrao de criana ou adolescente sua famlia ter prefernciaem relao a qualquer outra providncia, caso em que ser esta includa em programas deorientao e auxlio, nos termos do pargrafo nico do art. 23, dos incisos I e IV do caput doart. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Includo pela Lei n 12.010, de2009)Vigncia

    Art. 20. Os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero osmesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao.

    Art. 21. O poder familiar ser exercido, em igualdade de condies, pelo pai e pela me, naforma do que dispuser a legislao civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em casode discordncia, recorrer autoridade judiciria competente para a soluo da divergncia.(Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educao dos filhos menores,cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigao de cumprir e fazer cumprir asdeterminaes judiciais.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
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    Art. 23. A falta ou a carncia de recursos materiais no constitui motivo suficiente para aperda ou a suspenso do poder familiar.(Expresso substituda pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    Pargrafo nico. No existindo outro motivo que por si s autorize a decretao da medida,a criana ou o adolescente ser mantido em sua famlia de origem, a qual deverobrigatoriamente ser includa em programas oficiais de auxlio.

    Art. 24. A perda e a suspenso do poder familiar sero decretadas judicialmente, emprocedimento contraditrio, nos casos previstos na legislao civil, bem como na hiptese dedescumprimento injustificado dos deveres e obrigaes a que alude o art. 22. (Expressosubstituda pela Lei n 12.010, de 2009)Vigncia

    Seo II

    Da Famlia Natural

    Art. 25. Entende-se por famlia natural a comunidade formada pelos