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Legislação aplicada à Indústria da Carne Mestranda: Andréia Tremarin UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUIMICA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS EQA - 52l7 - IND. DE CARNES, PESCADOS E DERIVADOS

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Page 1: Legislação aplicada à Indústria da Carne Mestranda: Andréia Tremarin UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Legislação aplicada

à Indústria da Carne

Mestranda: Andréia Tremarin

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUIMICA E ENGENHARIA DEALIMENTOS

EQA - 52l7 - IND. DE CARNES, PESCADOS E DERIVADOS

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Introdução

A FAO e o CODEX ALIMENTARIUS definem a segurança alimentar como: " A garantia em se consumir um alimento isento de resíduos que prejudiquem ou causem danos à saúde".

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Introdução Observando esta definição, entende-se o

enfoque qualitativo dado ao termo, evidenciando a importância implementada aos novos processos de industrialização dos alimentos e às novas tendências de comportamento do consumidor.

A partir destes pontos, os frigoríficos terão que se adequar aos novos tempos, adotando práticas de higienização compatíveis com a modernidade.

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Introdução A questão da higiene não se limita

apenas aos processos de limpeza, mas compreendem três aspectos principais: o AMBIENTE, o ALIMENTO e o MANIPULADOR DE ALIMENTOS.

Deve-se adotar um programa de higienização com medidas físicas e químicas, completas e eficazes, capazes de garantir um processamento seguro da carne

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Higienização em frigoríficos

A complexidade dos equipamentos e produtos mais elaborados exigem melhoria na qualidade de higiene.

Os alimentos à base de carne são apontados como os maiores responsáveis pelo aumento do índice de contaminação, por serem ricos em nutrientes que favorecem o crescimento de microrganismos.

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Por que limpar uma planta frigorífica?

Porque a carga microbiana resultante do processo de fabricação somado a fatores físicos e químicos promovem o crescimento microbiano com riscos a saúde pública.

Uma higiene perfeita aumenta a segurança alimentar e o Shelf-Life dos produtos. Promove o crescimento do mercado e melhora a imagem da empresa, diminuindo os custos de produção e aumentando as margens de lucro.

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Fatores que influem na higienização Recursos humanos Conceitos de higiene Água Produtos químicos Métodos de limpeza/superfície Auditoria Procedimentos de limpeza Equipamentos

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Recursos humanos Conscientizar o higienista de sua

importância nos processos de limpeza. Valorizar este indivíduo e seu trabalho.

Capacitá-lo por meio de treinamento despertando interesse pelo trabalho que executa, comprometendo-o como os demais funcionários da empresa a qual pertencem.

Reconhecer o trabalho deste higienista como um dos mais importantes.

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Conceitos de higiene Higiene = limpeza + desinfecção Limpeza é a remoção de sujidades

(orgânicas e inorgânicas). Desinfecção é a eliminação de

patógenos. Não há desinfecção sem limpeza.

Muitas vezes, erroneamente, é utilizado somente desinfetante para eliminar uma contaminação, sem que haja uma limpeza anterior. O resultado sempre é a continuidade da contaminação.

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ÁguaCompostos importantes: Ferro: pode interferir na ação de produtos

químicos. Dureza (sais de cálcio e magnésio): podem

causar incrustações e interferir na ação dos detergentes.

pH: através do índice de Langelier podemos identificar se a água é incrustante ou corrosiva. Relação do pH da água com o pH de saturação.

Microbiologia da água é importante, pois águas de enxágüe contaminada podem recontaminar áreas limpas.

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Produtos químicosO produto químico ideal deve ter as seguintes

características: Econômico Atóxico Não corrosivo Não impedrar e não formar poeira Fácil análise de concentração de uso Fácil dosagem Estável durante a armazenagem Não agressivo ao meio ambiente.

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Detergentes/Detergência

Detergência é energia necessária para remover sujeiras das superfícies.

MECÂNICA TÉRMICA QUÍMICA

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Tipos de limpeza Limpeza Manual – Usa-se para limpeza em

geral, pisos, paredes equipamentos e utensílios(facas, chaíras, ganchos). Detergentes neutros e alcalinos/clorados.

Limpeza por Imersão – Bacias, carretilhas, gancheiras. Usa-se detergentes alcalinos, ácidos e óleos vegetais protetivos.

Limpeza CIP – Cleaning in Place – Fornos , fritadeiras, Plantas de Extrato de Carnes, injetoras.

Limpeza por Espuma e Gel – OPC (Open Plant Cleaning)- Limpeza com detergentes alcalinos, alcalinos clorados ou neutros.

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Desinfetantes

CLORADOS Agem oxidando os componentes celulares dos

microrganismo Amplo espectro de ação pH dependentes – faixa ideal 6,8 a 8,2 Pode ser formulados com agentes detergentes Reage com matéria orgânica (é inativado) Corrosivo em meio ácido Reage com ácidos liberando gás cloro

(venenoso)

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DesinfetantesIODO Agem oxidando as células dos microrganismo Possui amplo espectro de ação (inclusive L.

monocytogenes) em ralos Reage com matéria orgânica, mas não tanto quanto o

cloro. Sensível a temperatura acima de 40C Corrosivo dependendo das condições de aplicação. Causa manchas em plásticos, botas, teflon e acrílico e

em algumas borrachas. Compostos Iodophoros são largamente utilizados, tanto

para higiene das maõs, quanto para auxiliar limpezas. Tem ação cicatrizantes e anti-fungicas.

Há no mercado componentes de iodo com ácido nitrico, divosan MH, o qual não forma espuma e pode ser usado em sistemas fechados como plantas de extrato de carnes, injetoras e fornos.

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Desinfetantes

QUATERNÁRIO DE AMÔNIO Agem sobre a membrana permeável dos

microrganismo Possui caráter catiônico-espuma muito Altamente estável Possui ação desodorizante(elimina maus odores

dos ralos e calhas de sangria) Dependendo das condições de aplicação,

apresenta resistência a alguns microrganismo gran- negativos.

Não é corrosivo Não é esporocida Possui ação residual

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Desinfetantes

ÁCIDO PERACETICO Ação oxidante e rápida Não necessita enxágüe posterior a

aplicação Amplo espectro de ação Seguro para o meio ambiente – se

degrada em oxigênio e ácido acético Não espumante Possui boa tolerância a materia orgânica Odor irritante

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Desinfetantes

BIGUANIDA POLIMÉRICA Ação pôr bloqueio do sistema digestivo – sobre a

membrana permeável dos microrganismo. Ação desodorizante Não irritante Atua em ampla faixa de pH Amplo espectro de Ação Não irritante Possui ação residual Dependendo da dosagem, não necessita de

enxágüe Baixo custo Não corrosivo

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Procedimentos de limpeza Desmontar equipamentos Remeover todas as partículas sólida Enxaguar com água morna Aplicar detergente ou gel Esfregar as áreas críticas Enxaguar com água potável Aplicar desinfentate Enxaguar quando necessário Monitorar a higienização com swabs test e

outros métodos

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Higienização das câmaras frigoríficas e caminhões A obtenção da "Carne Segura" não termina

nas linhas de abate aliados aos processos de higiene. Complementa-se no seu armazenamento, onde requer um ambiente higiênico, seguro e saudável. A higiene das câmaras frigoríficas é negligenciada por grande parte da indústria. Estudos recentes mostram a grande proliferação de microrganismos presentes nestes ambientes, devido a erros de armazenagem, falta de manutenção de equipamentos e principalmente deficiência na higienização.

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Higienização das câmaras frigoríficas e caminhões A higienização das câmaras frigoríficas requer o

mesmo tratamento dispensado as outras unidades da planta, utilizando-se processos físicos e químicos apropriados, pessoal treinado, além de um fluxograma de entrada e saída das câmaras.

Outro fator complementar a ser considerado é a higienização correta dos caminhões frigoríficos. Deve-se higienizá-lo após o descarregamento, com detergência e desinfecção, jateamento à alta pressão. Este Processo deve fazer parte do programa completo de higienização dos frigoríficos.

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Legislações

Portaria Nº 210, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1998Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

1. DEFINIÇÕES: INSTALAÇÕES: refere-se ao setor de construção civil do

estabelecimentopropriamente dito e das dependências anexas, envolvendo

também sistemas deágua, esgoto, vapor e outros. EQUIPAMENTOS: refere-se a maquinaria e demais utensílios

utilizados nosestabelecimentos. RIISPOA: Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos

Produtos deOrigem Animal. DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem

Animal SIF: Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura,

exercido pelo DIPOA (em cada estabelecimento industrial).

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

CARNE DE AVES: entende-se por carne de aves, a parte muscular

comestível das aves abatidas, declaradas aptas à alimentação humana por inspeção veterinária oficial antes e depois do abate.

CARCAÇA: entende-se pelo corpo inteiro de uma ave após insensibilização ou não, sangria, depenagem e evisceração, onde papo, traquéia, esôfago, intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodutores e pulmões tenham sido removidos. É facultativa a retirada dos rins, pés, pescoço e cabeça.

CORTES: entende-se por corte, a parte ou fração da carcaça, com limites previamente especificados pelo DIPOA, com osso ou sem osso, com pele ou sem pele, temperados ou não, sem mutilações e/ou dilacerações.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

RECORTES: entende-se por recorte a parte ou fração de um corte.

RESFRIAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção da temperatura entre 0ºC (zero grau centígrado) a 4ºC (quatro graus centígrados positivos) dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos e/ou derivados), com tolerância de 1ºC (um grau) medidos na intimidade dos mesmos.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

PRÉ-RESFRIAMENTO: é o processo de rebaixamento da temperatura das carcaças de aves, imediatamente após as etapas de evisceração e lavagem, realizado por sistema de imersão em água gelada e/ou água e gelo ou passagem por túnel de resfriamento, obedecidos os respectivos critérios técnicos específicos.

CONGELAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção a uma temperatura não maior que -12ºC, dos produtos de aves (carcaças, cortes ou 2 recortes, miúdos ou derivados) tolerando-se uma variação de até 2ºC (dois graus centígrados), medidos na intimidade dos mesmos.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

TEMPERADO: é o processo de agregar ao produto da ave condimentos e/ou especiarias devidamente autorizados pelo DIPOA, sendo posteriormente submetido apenas a refrigeração (resfriamento ou congelamento).

DESINFECÇÃO: designa a operação realizada depois de uma limpeza completa e destinada a destruir os microrganismos patogênicos, bem como reduzir o número de microrganismos a um nível que não permita a contaminação do produto alimentício, utilizando-se agentes químicos e/ou físicos higienicamente satisfatórios. Se aplica ao ambiente, pessoal, veículos e equipamentos diversos que podem ser direta ou indiretamente contaminados pelos animais e produtos de origem animal.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

ROTULAGEM: entende-se como o processo de identificação do alimento através do rótulo.

RÓTULO: é toda a inscrição, legenda, imagem ou toda a matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem do alimento.

EMBALAGEM: qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado, empacotado ou envasado.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

EMBALAGEM PRIMÁRIA: qualquer embalagem que identifica o produto primariamente.

EMBALAGEM SECUNDÁRIA: ou "plano de marcação" entende-se pela identificação de continentes de produtos já totalmente identificados com rótulo primariamente, sejam quais forem a natureza da impressão e da embalagem.

CONTINENTE: todo o material que envolve ou acondiciona o alimento, total ou parcialmente, para comércio e distribuição como unidade isolada.

CLASSIFICAÇÃO: entende-se o critério científico ou comercialmente adotado para estabelecer a classe do alimento, como tal indicado no respectivo padrão de identificação e qualidade.

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Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves

LOTE DE AVES: entende-se um grupo de aves da mesma procedência e alojados em um mesmo local e/ou galpão.

COMESTÍVEL: entende-se como toda matéria-prima e/ou produto utilizado como alimento humano.

NÃO COMESTÍVEL: entende-se como toda a matéria-prima e/ou produtos adulterados, não inspecionados ou não destinados ao consumo humano.

ENCARREGADO DA IF: é o Médico Veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) no estabelecimento registrado no DIPOA.

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Instalações e Equipamentos Relacionados com a Técnica de Inspeção "Ante Mortem" e "Post Mortem"

1. Localização2. Considerações gerais quanto ao

equipamento.3. Considerações gerais quanto às

instalações.3.1. Piso3.2. Esgoto

3.3. Paredes, portas e janelas3.4. Teto3.5. Iluminação e ventilação3.6. Pé direito

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Instalações e Equipamentos Relacionados com a Técnica de Inspeção "Ante Mortem" e "Post Mortem"

4. Particularidades quanto às instalações e equipamentos4.1. Recepção de aves4.2. Insensibilização e sangria4.3. Escaldagem e depenagem4.4. Evisceração4.5. Pré-resfriamento4.6. Gotejamento4.7. Classificação e embalagem

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Instalações e Equipamentos Relacionados com a Técnica de Inspeção "Ante Mortem" e "Post Mortem"

5. Seção de cortes de carcaças6. Instalações frigoríficas7. Seção de expedição (plataforma de

embarque)8. Transporte

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Instalações e Equipamentos Relacionados com a Técnica de Inspeção "Ante Mortem" e "Post Mortem"

9. Instalações destinadas ao fabrico de subprodutos não Comestíveis (graxaria)

10. Outras instalações11. Equipamentos e instalações

higiênico sanitárias

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Higiene do ambiente da inspeção ante mortem e post mortem

1. Considerações gerais

2.Higiene das instalações3. Higiene do equipamento4. Higiene das operações:5. Higiene do pessoal6. Higienização (lavagem e

desinfecção)

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Demais anexos Inspeção ante mortem Inspeção post mortem Esquema de trabalho do serviço de

inspeção federal nos matadouros de aves Inspeção ante mortem Movimento mensal de destinação das aves

abatidas passadas pela Inspeção final Destinos e critérios de julgamento em

aves

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Legislações Portaria Nº 46, DE 10 DE

FEVEREIRO DE 1998Instituir o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC a ser implantado, gradativamente, nas indústrias de produtos de origem animal sob o regime do serviço de inspeção federal - SIF, de acordo com o manual genérico de procedimentos.

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Portaria Nº 46, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1998

MANUAL GENÉRICO DE PROCEDIMENTOS PARA APPCC EM INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Sumário Introdução Objetivos Campo de Aplicação Condições Gerais Definições Desenvolvimento das Etapas para a Elaboração e

Implantação do Plano de APPCC Aprovação do Plano de APPCC

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Legislações

Portaria Nº 711, DE 01 DE NOVEMBRO DE 1995Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

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Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

Instalações e equipamentos relacionados com a técnica da inspeção "ante-mortem" e "post-mortem"

1 - Pocilgas 2 - Chuveiro anterior à insensibilização. 3 - Box de insensibilização 4 - Sala de matança - parte geral 5 - Sangria.

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Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

6 - Chuveiro após a sangria 7 - Escaldagem e depilação 8 - Toalete da depilação 9 - Chuveiro da toalete (saída da zona suja) 10 - Abertura abdominal torácica 11 - Corte da sínfise pubiana (osso da

bacia) 12 - Oclusão do reto

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Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

13 - Abertura da "papada" 14 - Inpeção da cabeça e "papada" 15 - Espaços mínimos necessários ás

operações realizadas na zona limpa, antes da evisceração

16 - Mesa de evisceração e inspeção de vísceras

17 - Divisão longitudinal da carcaça e da cabeça.

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Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

18 - Plataformas de inspeção. 19 - Inspeção final 20 - Retirada do "unto". 21 - Toalete de carcaças. 22 - Chuveiro para carcaças. 23 - Tipificação de carcaças e pesagem.

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Normas técnicas de instalações e equipamentos para abate e industrialização de suínos.

Anexos da sala de matança Seção de subprodutos Instalações frigoríficas Industrialização de produtos Higiene do ambiente da inspeção

"ante mortem", "post mortem", instalações frigoríficas e industrialização de produtos

Inspeção "ante-mortem" e "post-mortem"

Esquema de trabalho das IFS

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Legislações

Decreto Nº 30691, DE 29 DE MARÇO DE 1952Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.

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Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal

Disposições preliminares Classificação dos estabelecimentos

Estabelecimentos de carnes e derivados Estabelecimentos de leite e derivados Estabelecimentos de pescado e derivados Estabelecimentos de ovos e derivados Estabelecimentos de mel e cera de abelhas. Casas atacadistas

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Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal

Funcionamento dos estabelecimentos

Registro e relacionamento de estabelecimentos

Higiene dos estabelecimentos Obrigações das firmas Inspeção industrial e sanitária de

carnes e derivados Triparia Graxaria Pescados e derivados

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Conclusões Entendemos que a higienização em frigoríficos

é parte integrante dos processos de obtenção da chamada "Carne Segura", estando portanto enquadrada na segurança alimentar.

Através de um programa eficaz de higiene ambiental em toda planta frigorífica aliado aos treinamentos dispensados aos funcionários, esta "Carne Segura" será oferecida ao consumo, inócua e com propriedades nutricionais que satisfaçam a um consumidor cada vez mais exigente e informado.

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Referências Bibliográficas www.agricultura.gov.br http://www.alimentoseguro.com.br PRÄNDL, O., FISCHER, A., SCHMIDHOFER, T.,

SINELL, H. J. Tecnología e Higiene de la carne. Acribia, Zaragoza, 1994,853 p.

PRICE, J. F., SCHWEIGERT, B. S. Ciencia de la carne y de los productos cárnicos. 2ª. Ed., Acribia, Zaragoza, 1994, 581 p.

TERRA, N., BRUM, M. A. R. Carne e seus derivados: Técnicas de controle de qualidade. Nobel, São Paulo,1988, 121 p.