junho 2012

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JURÍDICO APOSENTADAS MEIO AMBIENTE Isenção de IR e outros tributos Grupo planeja ir a Farroupilha Projeto Canoas Verde Sinos EDUCAÇÃO Primeira versão do PDE no final do ano SINDICATO ENSINO ESPECIAL Professores substitutos: 1ª batalha vencida EMEF Vitória discute escolas bilíngues Cem dias letivos sem salário digno, sem estrutura e sem política de reposição de perdas salariais históricas

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Page 1: Junho 2012

jurídico

aposentadas

meio ambiente

isenção de ir e outros tributos

Grupo planeja ir a Farroupilha

projeto canoas Verde sinos

educaÇÃo

primeira versão do pde no final do ano

sindicato

ensino especial

professores substitutos:1ª batalha vencida

emeF Vitória discute escolas bilíngues

Cem dias letivossem salário digno,sem estrutura esem política de reposição de perdas salariais históricas

Page 2: Junho 2012

editorial

Há dez anos sem aumento salarialEm 2012 chegamos a um marco triste e que de-

monstra como as administrações municipais vêm tra-tando os professores municipais de Canoas. Chega-mos há dez anos sem aumento salarial. O último foi em 2002, no Governo Ronchetti.

Na ocasião, após negociação que teve a partici-pação deste Sindicato com a Prefeitura, foi criada a Lei nº 4.633, de 3 de abril de 2002, que concedeu reajuste de 7,67% nos vencimentos de todo o fun-cionalismo canoense. Ficou decidido, ainda nesta Lei, que seriam realizados reajustes quadrimestrais para repor a inflação do período e que o dia 1º de outubro seria fixado como data-base para revisão geral anual dos vencimentos dos servidores.

Enquanto a inflação está sendo reposta, a data--base para os reajustes anuais dos salários nunca foi respeitada, nem pelo Prefeito anterior nem pelo atual.

É ano eleitoral, e todos aqueles que desejam assu-mir o cargo de Prefeito e de Vereador estão atentos ao voto dos professores. É hora de nós cobrarmos

o que deixou de ser feito e o que pretendem fazer pela categoria. O Sinprocan, como é tradicional, abri-rá seus espaços para o debate e a apresentação de propostas, dando aos colegas professores todas as condições para sua escolha democrática.

Relembramos à sociedade canoense, sempre que possível, neste veículo de comunicação e nos demais onde temos coluna semanal (jornais Diário de Canoas e O Timoneiro), o momento caótico que o ensino ca-noense se encontra. Não há condições dignas de tra-balho e o salário recebido é o segundo pior da Região Metropolitana, o que para uma cidade da grandeza e riqueza de Canoas já deveria ser motivo de vergonha e reação positiva.

Mas esta mudança ainda não veio, e exigirá de nossa categoria uma união e ação cada vez mais for-te. O Sinprocan continuará sua luta em todas as vias possíveis: política, judicial e mobilizando a categoria.

A Diretoria.

jurídico

aposentadas

meio ambiente

isenção de ir e outros tributos

Grupo planeja ir a Farroupilha

projeto canoas Verde sinos

educaÇÃo

primeira versão do pde no final do ano

sindicato

ensino especial

professores substitutos:1ª batalha vencida

emeF Vitória discute escolas bilíngues

Cem dias letivossem salário digno,sem estrutura esem política de reposição

de perdas salariais históricas

Envie notícias de sua escola

Envie para o e-mail [email protected] uma foto da atividade realizada em sua escola, que retrate de maneira ampla e fiel o que aconteceu. A foto deve estar com boa resolução e nitidez. Precisamos, ainda, que você envie um pequeno texto contendo as principais informações, como citamos abaixo:

- O QUÊ?- QUANDO?- COMO?- POR QUÊ?- ONDE?

Queremos sua opinião

As páginas de A Voz do Professor são veículo para a opinião dos professores canoenses. Use-as! Para participar, envie texto com cerca de 2.000 caracteres com espaços, em média. Os assuntos são de escolha do autor, assim como a responsa-bilidade pelo teor do texto. Fique atento para o prazo de fechamento da próxi-ma edição: 23 de julho!

Notícias por e-mailAqueles que possuem e-mail e dese-

jam receber informações sobre o Sin-dicato por meio dele, devem fazer seu cadastro através do e-mail [email protected]. Os que já possuem e não estiverem recebendo, entrem em conta-to por telefone ou e-mail para que seja verificado o motivo do não recebimento.

Outras informações e notícias podem ser acessadas no nosso site:

www.sinprocan.org.br.

Page 3: Junho 2012

Aproximando-se dos cem dias deste ano letivo, o Sinprocan faz novo le-vantamento das condições de trabalho da categoria e denuncia o descaso da administração municipal com os professores de Ca-noas. São mais cem dias sem estrutura para uma educação de qualidade, sem aumento de salário, desde 2002, sem profes-sores suficientes e sem respeito com a categoria que move e prepara a ci-dade para o futuro.

O Sinprocan novamen-te denuncia à socieda-de canoense a evasão docente que acontece nas escolas da cidade. O Magistério está acuado, abalado e pressionado por todos os lados. De um, os pais cobrando qualidade no ensino de seus filhos, que muitas ve-zes ficam no pátio da escola porque não tem professor. De outro, uma ad-ministração que, em vez de dar estru-tura e apoio a quem está na linha de frente, pressiona e coage ainda mais em busca da preservação de uma imagem falsa.

O Magistério, sem aumento de salário há dez anos, sem tempo para planejamento de suas aulas, sem saúde e quase já sem esperan-ças, apela para a união e o jeitinho para resolver na improvisação e dá o que resta de sua saúde para que os filhos desta cidade tenham al-gum ensino.

O que acontece hoje nas escolas parece um roteiro de filme de tensão. E o pior é que a perspectiva é hor-rível, e o que está ruim parece que vai piorar. É impossível que o quadro de professores seja completado nes-ta administração, que terminará seu mandato sem dar aumento de salá-rio à categoria. Nossas salas de aula estão com suas lotações esgotadas, assim como nossa paciência.

SAlÁRiO VERgONhOSOEm março, o jornal A Voz do Pro-

fessor publicou a pesquisa feita pelo Sinprocan com todos os municípios da Região Metropolitana e que mos-trava que Canoas paga o segundo pior salário da Região Metropolitana. Pior que Canoas, somente Nova San-ta Rita.

São Leopoldo chega a pagar um salário 50% superior para um pro-fessor não graduado por 20 horas semanais: R$ 1.071,00, enquanto Canoas paga agora, com o reajus-te da inflação do quadrimestres, R$ 693,63. Porto Alegre paga quase 75% a mais em um contrato de 20 horas para professores graduados: R$ 1.611,21, enquanto os canoenses recebem R$ 923,22.

EVASÃO DOCENTEEste salário indigno, aliado a ou-

tros fatores também muito importan-tes, levam muitos colegas a se afas-tarem da docência e, muitos dos que foram recentemente aprovados em concurso, sequer a assumir. Quando assumem, somem logo depois.

Os motivos que levam os profes-sores concursados a desistirem de assumir, ou se exonerarem logo após, são os mesmos que levam muitos

professores a ficarem do-entes, a se licenciarem, a se aposentarem e exone-rarem do serviço público.

CONSEQUÊNCiASA falta de professo-

res compromete todo o trabalho pedagógico da escola, pois existem ca-sos em que supervisores, orientadores e até direto-res precisam se ausentar de suas atividades para suprir a falta de profes-sores em sala de aula, trazendo prejuízos à qua-lidade do ensino.

Já não é de hoje, e, além de não ter sido resolvido, o pro-blema foi agravado: muitos alunos permanecem nos pátios das escolas em períodos que deveriam estar em sala de aula.

Além disso, esta falta de profissio-nais resulta em uma sobrecarga aos demais professores da rede, levando muitos a adoecer, a se licenciar, a se aposentar e até a se exonerar, dimi-nuindo ainda mais o número de pro-fessores em salas de aula, piorando ainda mais a situação.

FAlTA DE PROFESSORESA desvalorização é o principal

motivo da falta de professores em Canoas, e é importante que a socie-dade saiba e entenda os motivos que levam a cidade a ter que enfrentar este caos na educação. A seguir, os principais problemas.

- A Prefeitura realizou concurso somente para contratos de 40 horas semanais, com salário quase igual ao de 20 horas em POA, por exemplo; em questões salariais, existem op-ções melhores de trabalho na Região Metropolitana, levando muitos pro-fissionais a escolherem trabalhar em outros municípios que pagam melhor e valorizam os profissionais, muito mais do que aqui em Canoas. Possibi-

litando apenas contratos de 40 horas, a Prefeitura fechou as portas para os professores que gostariam de fazer somente 20 horas.

- O concurso de 40 horas divide o professor, pois ele muitas vezes não consegue exercer sua carga horária em uma só escola, tendo que se di-vidir em quatro escolas em turnos de 10 horas, em jornadas com desloca-mentos desgastantes.

- Poucos foram aprovados no últi-mo concurso e, dos chamados, mui-tos não estão querendo assumir ou estão sumindo logo em seguida. Nas escolas infantis, todos os professores aprovados já foram chamados e ain-da existe falta de professores.

- O excesso de alunos por turma faz com que a carga horária se torne mais pesada.

- Falta estrutura para o exercício pleno da docência. Em muitas escolas não há espaço físico para diversas ati-vidades nem local apropriado para o professor realizar seu planejamento.

- A falta de um salário digno que seja condizente com o valor do pro-fessor na construção do cidadão ca-noense é um dos principais pontos. Além de Porto Alegre pagar por um contrato de 20 horas quase o mesmo que Canoas paga para 40 horas, por exemplo, a cidade não paga o Piso Nacional do Magistério. Nesta ques-tão, o Sindicato está movendo ação judicial cobrando o pagamento do PISO JÁ! Isto não encerra as negocia-ções administrativas e políticas junto à administração. Em pesquisa realiza-da pelo Sinprocan (acima), fica claro o quanto o salário em Canoas é defa-sado. Com salário mais baixo e sem a possibilidade de poder trabalhar ape-nas 20 horas aqui e demais horas em outra cidade, poucos são os que se interessam em trabalhar em Canoas.

- Tudo isto faz com que o professor esteja sempre em seu limite de saúde física e emocional. O ensino canoen-se, além de caótico, está doente.

Descaso da administração municipal com o magistério não parece ter solução rápida, e problemas se agravam

MUNiCÍPiO NÃO gRADUADO gRADUADOSão Leopoldo R$ 1.071,00 R$ 1.285,20Novo Hamburgo R$ 1.052,11 R$ 1.367,74Porto Alegre R$ 1.041,50 R$ 1.611,20Gravataí R$ 927,52 R$ 1.319,40Alvorada R$ 865,00 R$ 968,80Esteio R$ 837,00 R$ 1.171,00Sapucaia R$ 803,43 R$ 1.205,14Eldorado R$ 758,04 R$ 985,47Guaíba R$ 725,50 R$ 1.233,35Cachoeirinha R$ 719,06 R$ 1.242,45Canoas R$ 693,63 R$ 923,23Nova Santa Rita R$ 600,98 R$ 800,05

VAlORES REFERENTES 20 hORAS

Cem dias letivos e sem motivos para comemorar

A voz do professor - junho/2012 - 3

Dez anos sem aumento salarial!

Page 4: Junho 2012

4 -JUNHo/2012 - A voz do professor

plano de desenVolVimento da educaÇÃo

Primeira versão do PDE em outubro-novembro

Secretaria de Educação promete versão do Plano que servirá como norte da educação canoense até 2022 para últimos meses do anoA Secretaria Municipal de Educação realizou

no dia 26 de junho a oficina ampliada do Plano de Desenvolvimento da Educação de Canoas (PDE). A atividade aconteceu na Unilasalle e reuniu alu-nos, familiares e profissionais da educação. O processo de construção do projeto deverá balizar os investimentos em educação para Canoas até 2022.

A secretária de Educação, Marta Rufatto, fez um resgate da história do PDE, que para ela traz um retrato fiel do ambiente escolar, buscando in-formações em todos os segmentos envolvidos. “A escola sempre teve uma enorme dificuldade de se enxergar, e por isso chamamos todos vocês para nos ajudar nesta missão. Vamos criar um plano para os próximos dez anos, e independen-te do governo, ele terá de executá-lo”, disse a secretária.

No seminário, o representante da Agência Futuro, que está prestando consultoria ao PDE,

Gustavo Grisa, apresentou os materiais compi-lados nas 42 oficinas realizadas em 72 escolas de ensino infantil e fundamental. Segundo ele, 2.831 pessoas participaram do processo de construção das sugestões que irão delinear o PDE. No encontro, as propostas foram mostra-das, e formarão a linha de formatação do Plano, que terá em outubro ou novembro próximo, sua primeira versão.

O QUE é O PDEO Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-

-Escola) é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos, avaliar e ade-quar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.

É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a me-

lhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. O PDE-Escola constitui um esforço disciplinado

da escola para produzir decisões e ações funda-mentais que moldam e guiam o que ela é, o que faz e por que assim o faz, com um foco no futuro.

Prioridade de atendimento do MEC para assistência técnica e financeira:

• Escolas públicas municipais e estaduais, con-sideradas prioritárias com base no IDEB de 2005: Ideb até 2,7 para anos iniciais e até 2,8 para anos finais;

• Escolas públicas municipais e estaduais, con-sideradas prioritárias com base no IDEB de 2007: Ideb até 3,0 para anos iniciais e até 2,8 para anos finais;

• Escolas públicas municipais e estaduais não prioritárias, porém com IDEB de 2007 abaixo da média nacional: IDEB abaixo de 4,2 para anos iniciais e abaixo de 3,8 para anos finais.

O Sindicato dos Professores Municipais de Canoas, como tra-dicionalmente faz, solicitou à Se-cretaria de Saúde que fosse esten-dida a abrangência da Campanha de Vacinação da Gripe H1N1 aos professores da rede de ensino mu-nicipal das escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental.

A resposta foi que as vacinas da gripe estão sendo distribuídas nas unidades básicas de saúde e que qualquer pessoa pode se vacinar procurando a unidade de saúde mais próxima. A mídia local, no entanto, noticia no dia 28 que os estoques de vacinas nas unidades básicas de saúde estão reservadas para crianças que já receberam a primeira vacina.

Em 2010, após solicitação do Sinprocan, a Secretaria de Saú-de disponibilizou vacinas contra a gripe para os professores munici-pais. Desde então, não mais co-

locou os educadores no chamado grupo de risco, que tem crianças, idosos, profissionais de saúde e portadores de doenças crônicas. O Sinprocan entende que os profis-sionais de educação deveriam ser incluídos neste grupo, já que têm contato com milhares de crianças e pais diariamente.

gRiPE A E SEUS SiNTOMASA Gripe A, também conhecida

como gripe suína, pode causar uma ampla variedade de sintomas, incluindo febre, tosse, garganta dolorida, dor de cabeça, dores pelo corpo, fadiga e calafrios. Algumas pessoas também relataram diar-réia e vômito associados à gripe A do subtipo H1N1 (gripe suína). As-sim como na gripe sazonal comum, os sintomas da gripe A podem va-riar de moderados a graves.

Os sintomas graves da gripe A podem incluir pneumonia, insufi-

ciência respiratória, e até levar à morte. Certos grupos têm maior probabilidade de desenvolver a forma grave da gripe A, como mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas. Algumas vezes infecções bacterianas podem ocor-rer ao mesmo tempo ou depois da infecção por gripe A e ocasionar pneumonia, infecções no ouvido e infecções sinoviais.

A principal forma de transmis-são da gripe A é de pessoa para pessoa através de gotículas pro-venientes da tosse e espirro. Isso pode ocorrer quando gotículas da tosse e espirro de alguém com gri-pe A são propelidas no ar e deposi-tadas na boca ou nariz de pessoas por perto. O vírus da gripe A tam-bém pode ser transmitido quando a pessoa toca gotículas respirató-rias em outra pessoa ou objeto e então toca a própria boca, nariz ou olhos antes de lavar as mãos.

MOSTRA CUlTURAl DE EDUCAÇÃO

Cerca de 5 mil estudantes da rede pública municipal de Canoas participaram na sexta-feira, 22, da Mostra Cultural de Educação. A ati-vidade foi promovida pela Secreta-ria de Educação e teve foco nas ati-vidades promovidas pelo programa Escola Comunidade - Mais Educa-ção. Um projeto com um bom pro-pósito, que teve belas apresenta-ções e gerou uma integração entre educadores e alunos do município.

Não podemos deixar de desta-car, no entanto, alguns pontos que foram salientados por associados e que precisam ser melhor pensa-dos nos próximos eventos de tal porte. Com o número elevado de participantes (5 mil), professores reclamaram da falta de estrutura para proteger os alunos da chuva e ter um melhor aproveitamento do evento.

Vacina contra a gripe A (h1N1)

sindicato

cecutOs associados César Natal

Cemin e Georgina Regina Ricar-do dos Santos representaram o Sinprocan no 13º CECUT, even-to da Central Única dos Traba-lhadores (CUT).

sindicato

FemerGsO Sinprocan participará do VI

Congresso da Federação dos Mu-nicipários do Estado do Rio Gran-de do Sul (FEMERGS), que será realizado nos dias 20 a 22 de julho de 2012, em Porto Alegre.

PARA PENSARA Semana de Canoas passou, com várias comemorações muito bonitas, mas, e para o funcionalismo, quais foram os presentes?

Page 5: Junho 2012

Professores substitutos: primeira batalha vencida

Ação discute a possibilidade de que o professor substituto tenha direito a chamada “aposentadoria especial”No dia 1º de junho foi publicada sen-

tença do processo nº 008/1.11.0016672-1, que tramita na terceira vara cível da comarca de Canoas. Na presente ação está sendo discutida a possibilidade de que o professor substituto possa se aposentar pela chamada “aposentado-ria especial”, qual seja com a redução de 05 (cinco) anos na idade e 05 (cinco) anos no tempo de contribuição, assim a professora mulher poderá se aposentar aos 50 anos de idade e 25 anos de con-tribuição e o professor homem poderá se aposentar aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição.

A sentença proferida pelo MM. Juiz foi no sentido de acolher a tese do sin-dicato e com isso reconhecer o direi-to de todos os professores substitutos poderem se aposentar com a mesma idade e tempo de contribuição dos pro-fessores “regentes de classe e equipes diretivas”. Assim, foi possível resgatar uma interminável batalha que o sindica-to estava travando com a administração municipal ao longo de vários anos em diferentes governos.

Na esteira da decisão, também é as-segurado o direito dos professores que já tenham preenchido os requisitos en-sejadores da aposentadoria em receber o “abono permanência” ou “gratificação de permanência”. Assim, é de suma importância que todos os professores substitutos estejam atentos, pois além da aposentadoria “especial”, também terão direito em receber em espécie os valores que tenham sido descontados indevidamente no período. No entanto, tal direito estará assegurado definitiva-mente após ocorrer o encerramento do processo, que atualmente se encontra no prazo para que o Município de Ca-noas exerça seu direito de interpor re-curso, para apreciação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

Para que todos tenham conhecimen-to da sentença, estamos transcrevendo parte da mesma:

“É o relatório.

Passo a fundamentar. Cuida-se de ação declaratória, na qual

a parte autora postula o reconhecimento do tempo de atividades dos professores substitutos como efetivo exercício de ma-

gistério e docência, sendo assegurado o direito de aposentadoria especial, bem como abono de permanência.

O feito encontra-se ordenado e as pro-

vas até então produzidas permitem a pro-lação de sentença.

Em suma, aduz o demandante que

existem cerca de 84 professores desen-volvendo atividades típicas de magistério e suporte pedagógico em escolas munici-pais, na condição de professores substi-tutos, sendo todos funcionários públicos municipais concursados, que ingressaram na carreira pública, fazendo parte inte-grante da carreira de magistério. Afirma, ainda, que as funções desenvolvidas por referidos professores não têm sido re-conhecidas pelo Município como sendo função típica de magistério, afastando a possibilidade de obterem aposentadoria especial.

Ao revés, assevera o Município réu que muitos professores substitutos en-contram-se lotados na seara administra-tiva da escola, exercendo funções buro-cráticas e administrativas. Alega, ainda, reconhecer a aposentadoria especial ape-nas do professores que atendam os re-quisitos da Lei, para tanto, aqueles que são substitutos devem provar que estão exercendo a docência e não atividades administrativas.

Pois bem, a controvérsia cinge-se acerca da possibilidade do reconhecimen-to da aposentadoria especial no tocante aos professores substitutos, que desen-volvam atividades típicas de magistério e suporte pedagógico, lotados no âmbito das Escolas Municipais.

Com razão o requerente. Isso porque, A MATÉRIA RESTOU PACIFICADA POR OCASIÃO DO JULGAMENTO da ADI nº 3772, o Supremo Tribunal Federal exa-minou a constitucionalidade da Lei nº 11.301/2006 que acrescentou o § 2º ao art. 67 da Lei nº 9.394/96, restando o di-reito à aposentadoria especial estendido aos que exercem funções de direção, co-ordenação e assessoramento pedagógico, excluídos os especialistas em educação, como se extrai da seguinte ementa:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDA-DE MANEJADA CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE ACRESCENTOU

O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. CAR-REIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL PARA OS EXERCENTES DE FUN-ÇÕES DE DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E AS-SESSORAMENTO PEDAGÓGICO. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, §4º, E 201, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDEN-TE, COM INTERPRETAÇÃO CONFORME. i - A função de magistério não se circunscre-ve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendi-mento aos pais e alunos, a coordena-ção e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. ii - As funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exerci-dos, em estabelecimentos de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os es-pecialistas em educação, fazendo jus aque-les que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 4º, e 201, § 1º, da Constituição Federal. III - Ação direta julgada parcialmente pro-cedente, com interpretação conforme, nos termos supra. (ADI 3772, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Ple-no, julgado em 29/10/2008, DJe-059 DIVULG 26-03-2009 PUBLIC 27-03-2009 EMENT VOL-02354-02 PP-00268) - grifei Destarte, não há que se falar em des-

vio de função, como aduz o Município réu, porquanto, embora demonstrado nos au-tos que existem efetivamente professores atuando no âmbito das Secretarias Muni-cipais e Estaduais, entendo que o autor pretende, “in casu”, o reconhecimento do efetivo exercício de magistério e docên-cia de professores substitutos, lotados no âmbito das Escolas Municipais.

Acerca do tema dispõe a Lei Municipal n° 5.580/2011, em seu artigo 1°, §único, incisos I e II, que “Considera-se, para fins desta Lei, como profissional do magisté-rio, com formação determinada pela le-gislação federal de diretrizes e bases da educação: I – o professor que desempe-nha atividade de docência; II – o profes-sor com atuação no suporte pedagógico à docência, compreendendo direção, plane-jamento, supervisão e orientação.”

Nesse viés, tenho que os professores que encontram-se inseridos na condição

de professores substitutos, lotados nas Escolas Municipais de Canoas, que exer-çam as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico, cumprem os requisitos previstos no artigo 1°, da Lei Federal n° 11.301/2006, pois atuam em funções típicas de magistério, desempe-nhando atividades eminentemente peda-gógicas.

A respeito, colaciono:

APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDORA PÚBLICA ES-TADUAL. AÇÃO ORDINÁRIA. APOSENTADO-RIA ESPECIAL PARA PROFESSOR. Conforme definido pelo Egrégio STF, no julgamento da ADI n. 3772, a aposentadoria especial para professores (CF, art. 40, inciso III, alínea b - com redação anterior à EC n. 20/98), pres-supõe o efetivo exercício do magistério, ainda que fora de sala de aula e em fun-ções que não se relacionem diretamen-te com a regência de classe, de acordo com o disposto na lei n. 11301/2006. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70026615815, Terceira Câmara Cível, Tribu-nal de Justiça do RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, Julgado em 27/11/2008) - grifei Desta feita, a procedência da deman-

da é medida que se impõe.EM FACE DO EXPOSTO, JULGO PRO-

CEDENTE a demanda aforada por SiN-DiCATO DOS PROFESSORES MUNi-CiPAiS DE CANOAS - SiNPROCAN em face de MUNiCÍPiO DE CANOAS para condenar o réu ao reconhecimento do tempo de atividade dos professores substitutos, lotados em escolas munici-pais, que exerçam as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógi-co, como efetivo exercício de magistério e docência, assegurando o direito à apo-sentadoria especial e, após a implementa-ção do período, caso permaneçam traba-lhando, abono de permanência.”

Para obtenção de maiores es-clarecimentos sobre a decisão em comento, os professores poderão manter contato com a diretoria do sindicato ou com a assessoria jurídi-ca do SINPROCAN.

Antão Alberto Farias

Assessor Jurídico do SiNPROCAN

A voz do professor - junho/2012 - 5

sin

dic

ato

“EM FACE DO EXPOSTO, JULGO PROCEDENTE a demanda afora-da por SiNDiCATO DOS PROFESSORES MUNiCiPAiS DE CA-NOAS - SiNPROCAN em face de MUNiCÍPiO DE CANOAS para condenar o réu ao reconhecimento do tempo de atividade dos pro-fessores substitutos, lotados em escolas municipais, que exerçam as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico, como efetivo exercício de magistério e docência, assegurando o di-reito à aposentadoria especial e, após a implementação do período, caso permaneçam trabalhando, abono de permanência.”

Page 6: Junho 2012

6 - junho/2012 - A voz do professor

Meio Ambiente

Projeto Canoas Verde Sinos

O projeto Canoas Verde Sinos é originário do projeto Verde Sinos

O projeto Verde Sinos é um projeto de recu-peração de mata ciliar das margens do rio do Sinos das nascentes até a foz. È resultante de

um convênio entre o Ministério Público e o CO-MITESINOS, com apoio da Petrobras Ambiental. Este projeto tem como meta a recuperação de

ARTigO ione bruHnGutierresRepresentante do Sinprocan no COMiTESiNOS

mata ciliar da orla do rio do Sinos nos 32 mu-nicípios que fazem parte da bacia hidrográfica Sinos por adesão dos municípios ao projeto.

Em Canoas, o projeto Canoas/Verde/Sinos foi oficializado em outubro de 2011 na Sema-na Interamericana da Água, quando o prefeito assinou o termo de adesão ao projeto e um dos proprietários de terras na orla do Sinos em Canoas também assinou o Termo de Adesão e Parceria ao Projeto, o Sr. Arlindo Bianchinni, dono da empresa Bianchinni, situada nas mar-gens do rio do Sinos.

Um trabalho de mestrado da UNISINOS de-monstrou o índice proporcional de mata ciliar nos municípios da bacia Sinos, apontando que em Canoas é em torno de 50%. O resultado deste trabalho, cruzado com o estudo dos cor-redores ambientais do Instituto Canoas XXI, assim como a elaboração de mapa dos pontos frágeis quanto a quantidade de mata ciliar, está embasando as atividades do Canoas Verde Si-nos.

Foi definido pelo grupo de trabalho que a prioridade neste projeto é a calha principal do rio com início de revegetação de 15 metros nas APPS, mas com ganhos progressivos desta me-tragem, assim como direcionar compensações florestais para o mesmo.

Dia 23/06, ocorreu a primeira ação de plan-tio de vegetação nas margens do rio dos Sinos, nas terras da empresa Bianchinni, onde foram plantadas 300 mudas de vegetação nativa ca-racterística de margem de rio e da região, com orientação da Secretaria Municipal do Meio Am-biente e auxílio dos parceiros EMATER, COR-SAN, LIONS CLUB INDUSTRIAL Esteio, ABRA-SINOS, ONG Canoeiros de Gaya e EMPRESA BIANCHINNI

O objetivo do Canoas Verde Sinos é estabe-lecer parcerias para a recuperação de mata ci-liar das margens do rio dos Sinos no município, visando a melhoria da qualidade e quantidade da água, aumentar a biodiversidade, criar cor-redores de dispersão e migração e diminuir a erosão deste rio.

Por que aderir e participar do Projeto: porque os proprietários que aderirem recebem orientação técnica, preparação do terreno, mu-das e se a área plantada necessitar de cerca-mento, recebem a cerca. Serão responsáveis pela manutenção das mudas.

Se não aderir, qual a consequência: de-verá cumprir a Lei - receberá do Ministério Pú-blico o Termo de Ajuste de Conduta, que obriga o proprietário a realizar o plantio nas margens de acordo com a largura do rio no local, que com certeza será mais de 15m e por conta pró-pria, com seus recursos.

Próximos passos: visitar os outros proprie-tários já identificados nos pontos de fragilidade de mata ciliar mapeados, na orla do Sinos no município, convidando-os a aderirem ao proje-to, oficializando através da assinatura do termo de adesão e do termo de parceria identificando e medindo a área a ser plantada e implemen-tando o plantio durante a época propícia.

Page 7: Junho 2012

A voz do professor - junho/2012 - 7

Vitória participa de discussão sobre escolas bilíngues

Escolas discutem a implementação de escolas onde a Libras seja a língua principalNo dia 4 de junho, a EMEF Especial para

Surdos Vitória esteve representada pela dire-tora Cristine Strobelt, professores e alunos, durante a Assembleia Pública sobre Escola Bi-língue para Surdos no Rio Grande do Sul. O evento aconteceu das 8 às 12h30min no audi-tório Dante Barone da Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre, organizada pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) do Rio Grande do Sul.

A diretora explica que a proposta de escolas bilíngues está sendo construída há alguns anos. “Este é um debate que acontece desde 1999. Mas a coisa ficou mais acirrada a partir de 2010, quando o MEC aprovou a lei nº 8.035, determi-nando que deveria haver inclusão total. Iriam fe-char as escolas especiais e haver inclusão. Todos os alunos com necessidades especiais iriam para a regular e, no contra turno, para uma escola

especial. Os surdos não aceitaram e começaram a lutar contra esta ideia”, conta.

A comunidade surda começou, então, a de-bater a lei e propor alterações a ela. Deste de-bate nasceu, ainda, a proposta da criação de escolas bilíngues, nos moldes das que têm na grade curricular línguas portuguesa e inglesa simultaneamente, por exemplo. No caso das escolas especiais para surdos, a língua mãe continuaria sendo a Libras (Língua Brasileira de Sinais), enquando a língua Portuguesa seria utilizada na escrita.

Cristine diz que a Escola Vitória está estu-dando a proposta da escola bilíngue, e que os movimentos terão sequência. “Esta luta não parou no dia 4 de junho. No próximo 4 de ju-lho haverá Seminário Estadual de Educação de Surdos, também no auditório Dante Barone, às 9 horas”, relata.

O que pensa a Feneis sobre a proposta de inclusão

Os alunos Surdos devem ser atendidos em Escolas Bilíngues para Surdos, desde a mais tenra idade. Estas escolas propiciarão às crianças Surdas condições para adquirir e desenvolver a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), corno primeira língua, e para apren-der a Língua Portuguesa (e/ou outras línguas de modalidades oral-auditiva e gestual-visual), corno segunda língua, tendo opor-tunidade para vivenciar todas as outras atividades curriculares es-pecíficas de Ensino Pré-escolar, Fundamental e Médio em LIBRAS.

O Ensino Médio e o Ensino Superior, nesse momento de tran-sição, podem ser efetuados em Escolas e em Universidades de Ouvintes, desde que o Serviço de Intérpretes de LIBRAS esteja presente em todas as salas de aula que atendam a alunos Sur-dos, urna vez que, na situação atual, não existem profissionais que trabalhem em áreas específicas e que tenham domínio em LIBRAS, dificultando a proposta de Educação Bilíngue em Esco-las para Surdos nos níveis médio e Superior, como já existe em outros países.

Este posicionamento fundamenta-se nos seguintes pressu-postos teóricos já amplamente discutidos e aceitos por pesqui-sadores e professores de instituições nacionais e internacionais:

* As Línguas de Sinais são línguas naturais das Comunidades Surdas. Estas línguas, com regras fonológicas, morfológicas, sin-táticas, semânticas e pragmáticas próprias, possibilitam o desen-volvimento cognitivo da pessoa Surda, favorecendo o acesso des-tes aos conceitos e aos conhecimentos existentes na sociedade.

* Pesquisas linguísticas têm demonstrado que as Línguas de Sinais são sistemas de comunicação desenvolvidos pelos Surdos em cada Cultura Surda, constituindo-se em línguas completas com estruturas independentes das Línguas Orais. Essas línguas gestuais-visuais possuem sinais que, juntamente com expressões corporais e faciais, expressam os sentidos do pensamento que são captados pela visão e decodificados a partir dos contextos onde estão sendo utilizados.

* As línguas são consideradas naturais quando próprias das comunidades de falantes, que as têm como meio espontâneo de comunicação, podendo ser naturalmente adquiridas, através do convívio social, como primeira língua (ou língua materna), por qualquer um de seus membros, desde a mais tenra idade. Entre-tanto, um grande número de pessoas ouvintes ainda apresentam dificuldades em aceitar as Línguas de Sinais devido a influências sociais e a preconceitos diversos.

* O desrespeito pela Língua de Sinais, fruto de desconhe-cimento, gerou preconceitos. Pensava-se que este tipo de co-municação não poderia ser língua e que se os Surdos ficassem comunicando-se desta forma (por “mímica”), não aprenderiam a língua oficial de seu país. Mas pesquisas, desenvolvidas nos Esta-dos Unidos e na Europa, mostraram o contrário.

* O desenvolvimento cognitivo, afetivo, sociocultural e aca-dêmico das crianças Surdas não depende necessariamente da audição, mas sim do desenvolvimento espontâneo da sua língua. A Língua de Sinais propicia o desenvolvimento linguístico e cog-nitivo da criança Surda, facilita o processo de aprendizagem de Línguas Orais, serve de apoio para a leitura e compreensão de textos escritos e favorece a produção escrita.

* É essencial para as crianças Surdas utilizarem a Língua de Sinais de sua comunidade com seus pais, com os profissionais da área educacional e com as pessoas de convívio mais próximo para que se desenvolvam como as crianças ouvintes.

* É de fundamental importância a interação entre as crianças Surdas e os Surdos adultos (principalmente os envolvidos nas lutas pelos direitos à cidadania e à vida digna), pois estes atuarão como modelos da Identidade Surda e da Cultura Surda.

* A Educação de Surdos está sendo repensada devido ao reconhecimento das Línguas de Sinais e à mudança de postura frente à surdez. O modelo de Educação Oralista que transformava a criança surda em “ouvinte deficiente”, uma vez que ela era um paciente que precisava de tratamento em clínicas especializadas para a “normalização” está sendo deixado para trás. O Surdo não é visto mais como aquele a quem a falta da audição precisa ser superada; mas como um ser eficiente, que se comunica por outro canal e, consequentemente, tem outra língua.

* O Bilinguismo, tal como entendemos, é mais do que o uso de duas línguas. É uma filosofia educacional que implica em pro-fundas mudanças em todo o Sistema Educacional para Surdos. Enquanto estas mudanças não se efetuarem, estaremos em ple-na fase de transição. Tais mudanças não podem ser instaladas de uma só vez. Dependerão da auto-crítica dos profissionais da área, do desenvolvimento das pesquisas sobre as Línguas de Sinais e de metodologia e materiais didáticos específicos para Surdos.

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Audiência Pública ocorreu na Assembleia Legislativa e contou com a presença da escola canoense

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EMEi Terezinha Tergolina

Semana do BrincarO brincar na educação infantil: brincadeira X gênero

No mesmo período em que os olhares voltam--se para a “Semana do brincar”, realizada pela Secretaria Municipal de Educação da cidade de Canoas, no mês de maio, surgiu a ideia de desen-volver um projeto, no maternal, em que a brin-cadeira estivesse presente e, ao mesmo tempo, auxiliasse na formação da identidade das crian-ças, que desde muito cedo já apresentam concei-tos sobre brinquedos e brincadeiras vinculados a questões de gênero.

Através da brincadeira a criança atribui senti-do ao seu mundo, apropria-se de conhecimentos que a ajudarão a agir sobre o meio em que ela se encontra. Alguns autores como Piaget (1975), Vygotsky (1998), nos mostram a importância e o valor das brincadeiras no desenvolvimento infan-til e na aquisição de conhecimentos.

Deste modo, encontramos no projeto desen-volvido uma maneira de ajudar as questões apre-sentadas pela turma, nas quais as crianças rela-cionam certas brincadeiras aos gêneros (menino x menina, cores, tipos de brinquedo, vestimen-

tas, entre outros), criando diferentes situações de aprendizagens nas quais possam divertir-se, brincar, falar, representar e ampliar seu repertório cultural.

Para abordar tais questões, organizamos na sala de aula diferentes cantos temáticos, nos quais eram dispostos alguns brinquedos como carrinhos, panelinhas, bonecas e jogos de cons-trução e realizamos circuitos sequenciais para a exploração destes espaços. Assim, todas as crianças iriam brincar com todos os brinquedos oferecidos. Nos ambientes externos, pátio e so-lário, realizávamos brincadeiras coletivas como, por exemplo, as de roda (“atirei o pau no gato” e “viuvinha”), amarelinha, “mamãe posso ir”, entre outras.

As famílias foram envolvidas no projeto e par-ticiparam de maneira significante. As mesmas eram convidadas a responder uma pesquisa, com o objetivo de conhecer como os pais dos alunos brincavam quando criança. Durante as rodinhas de conversa, os resultados eram lidos pela pro-

ARTigO lutiane noVaKoWsKiProfessora

8 - junho/2012 - A voz do professor

fessora e logo eram colocados em prática pela turma. Nestes momentos os pequenos mostra-vam-se orgulhosos pela contribuição dos pais.

Um aspecto também muito relevante que o projeto proporcionou, foi a possibilidade das pró-prias crianças construírem brinquedos e jogos que depois de confeccionados fossem explorados pela turma. Para isso utilizamos diferentes recur-sos, entre eles, materiais recicláveis.

O primeiro brinquedo confeccionado foi uma bola de meia, feita com jornal e meia calça, com ela pudemos brincar de bola ao cesto e limão en-trou na roda. Outro brinquedo que despertou o interesse da turma foi o jogo de boliche, construí-do com garrafas pet e papel crepom de diferentes cores. Através dele, foi possível abordar as ques-tões ligadas a cores e gênero.

Ao final deste projeto foi possível perceber que as crianças estavam brincando mais em grupo, cumpriam regras e convenções sociais, não fa-ziam mais atribuições de gênero nas brincadeiras, proporcionando uma convivência saudável, ami-ga, criativa e construtiva.

As brincadeiras são um meio muito im-portante através do qual as crianças aprendem significados sociais e a interagir com os outros. Assim, é importante que nós professores (as) de Educação Infantil possamos explorar os significa-dos que as crianças nos apresentam.

Brincar é importante para os pequenos e disso você tem certeza. Mas por quê? Sem essa res-posta, fica difícil desenvolver um bom trabalho com as turmas de creche e de pré-escola, não é mesmo? Se essa inquietação faz parte do seu dia a dia, sinta-se convidado a estudar o tema. Ele rende pano para manga desde muito, muito tem-po atrás. “Os primeiros questionamentos sobre o brincar não estavam relacionados a jogos, brin-quedos e brincadeiras, mas focavam a cultura”, diz Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

No fim do século 19, o psicólogo e filósofo fran-cês Henri Wallon (1879-1962), o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscavam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concep-ção dominante era de que eles não faziam isso. “Investigando essa faceta do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brinca-

deira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente”, explica Clélia.

Wallon foi o primeiro a quebrar os paradigmas da época ao dizer que a aprendizagem não de-pende apenas do ensino de conteúdos: para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também. Ele afirmava que é preciso ficar aten-to aos interesses dos pequenos e deixá-los se deslocar livremente para que façam descobertas. Levando em conta que as escolas davam muita importância à inteligência e ao desempenho, pro-pôs que considerassem o ser humano de modo integral. Isso significa introduzir na rotina ativida-des diversificadas, como jogos. Preocupado com o caráter utilitarista do ensino, Wallon pontuou que a diversão deve ter fins em si mesma, possibilitan-do às crianças o despertar de capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas.

Já Piaget, focado no que os pequenos pen-sam sobre tempo, espaço e movimento, estu-dou como diferem as características do brincar

de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brinca-deiras.

As pesquisas de Vygotsky apontaram que a produção de cultura depende de processos inter-pessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvol-vimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso, destacou a importância do professor como mediador e responsável por am-pliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresen-tação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las. Ele afirmava que um impor-tante papel da escola é desenvolver a autonomia da turma. E, para ele, esse processo depende de intervenções que coloquem elementos desafiado-res nas atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade. (Fonte: Nova Escola)

Por que brincar é importante para os pequenos

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EMEi Beija-Flor

Sacola literáriaAtividade pretende levar um pouco da escola para a família e trazer a família para a escola

01 - Lidia Louzada Da Silva;02 - Carmen Verônica Nunes de Souza, Jaldete Helena M. Castilhos;03 - Cátia Regina Silva Carvalho, Dea Dornelles Scholz, Debora Eliana Dos Santos Moreira, Graziela Aline Teixeira, Raquel Rach De Barcellos, Roselem Salete Koech;04 - Gisele Oliveira Moraes, Lúcia Aimojara De Almeida, Mário Ângelo Fernandes Baicôa;05 - Cláudia Beatriz Dos Santos Gomes, Maria Teresinha Araujo De Souza, Rosa Elena Veríssimo Kuhn;06 - Amada Da Glória Nery, Marinês Contri Natal;07 - Ana Maria Lopes De Oliveira, Dari José Simi, Graciela Bichoff Rech, Lilian Joyce Boullosa De Freitas, Rita De Cássia Leal Dacanal, Zirlei Moreira Da Silva;08 - Batista Nunes De Oliveira, Nara Regina Maria, Percilia Da Silva Pereira;09 - Elisabete Scheitt De Oliveira, Gisele Bervig Martins Dias, Luciane Denise Silva Dos Santos;10 - Cristiane De Oliveira, Jane Teixeira;11 - Maria Terezinha Pedroni, Rachel Ponzi Croda De Araújo;12 - Silvia Regina Selbach Meirelles;13 - Débora Carolina Molina Lemes, Soraya Irace-ma Da Silva Santos;14 - Anise Garcia Dos Santos, Maria Rosane Da Rosa;15 - Carmen Regina Northleet De Ara, Cláudia Rigo Zanatta, Elaine Härter Leão, Joice Elaine Da Costa Zanetti;16 - Cármen Cristina Pereira;17 - Cleusa Teresinha S. Trindade, Jaqueline Silva Da Silva, Luiza Amália Nascimento, Maria Jane Oliveira Birckegt;18 - Alba Paula Da Silva Ribeiro, Icléia Dos Santos Cabral;20 - Barbara Franceschini Richter, Lígia Toboliski Bongiorni, Luciana Sant’ana Do Pinho;21 - Jussara Machado, Marta de Oliveira Perez, Regina Dos Santos Pires;22 - Erotildes Maria Serpa, José De Jesus D’ávila;23 - Ana Cori dos Santos Machado, Ana Letícia De Almeida Guedes, Celma Luciana Cruz Capponi, El-zita De Souza Netto, Júlia Victória Mouta, Lucimar Nunes Batista, Maria Jefremovas;24 - Elizabete Da Silva Barbosa, Jusselda Silva Nolasco, Luciana De Barcellos Schaedler, Patrícia Ramos Magalhães;25 - Marlene Della Valentina;27 - Dione Trevisol Piroli, Mara Regina Souza Oli-veira, Vera Teresinha Raul Real;28 - Ângela Dos Santos, Lorena Beatriz Millão Winckler, Zuleidi Maria De Mattos Brusch;30 - Cármen Rosãngela Chaves Rodrigues, Fatima Ribeiro Ferreira, Maria Cristina De A. Ricalde;31 - Everli Kern Chaves, Simone Bortoloti Kuhn.

JUlhO

A sacola literária é uma atividade prática do projeto Histórias para Crianças que envolve e estimula a lei-tura para os alunos da E.M.E.I. Beija-Flor. O objetivo deste trabalho é desenvolver o gosto pela leitura, pro-piciando a afetividade, oralidade e a interação entre pais e filhos.

Ler histórias para as crianças é poder sorrir e garga-lhar com as situações vividas pelos personagens, sus-tentando o imaginário infantil repleto de curiosidades e fantasias. O material que vai para casa é composto de uma sacola, um livro de história e um caderno para anotações.

O mesmo irá para casa toda sexta-feira e deverá re-

tornar na segunda-feira, para que a professora possa finalizar o trabalho contando a história para a turma.

A família escolherá um momento para a história e durante o seu desenvolvimento irá observando as re-ações da criança ao ouvir a mesma, depois de encer-rada a atividade o familiar que leu deverá escrever no caderno as atitudes do aluno diante do conto, reve-lando seus sentimentos, emoções importantes como: tristeza, raiva, irritação, medo, alegria, tranquilidade e tantas outras.

Solicitamos cuidado com o material, pois nossa pro-posta é levar um pouco da escola para a família e tra-zer com esse trabalho a família para a escola.

ARTigO marileneZeZZiDiretora

A voz do professor - junho/2012 - 9

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aposentados portadores de doenÇas GraVes

Exclusão/isenção de pagamento de imposto de Renda

Aposentados com doenças graves podem ficar isentos do desconto do Imposto de Renda, IPI, IOF, ICMS e IPVARecentemente foi publicada matéria na

Zero Hora do dia 17/06/2012, página 8, onde trata da matéria com o seguinte tí-tulo: “Isenção do IR é para poucos”, cuja abordagem demonstra que a grande maio-ria das pessoas beneficiadas com tal direito são operadores do direito, qual seja juízes, promotores, etc. No entanto o universo de servidores públicos, assim como da iniciati-va privada que poderiam ser contemplados com tal benefício poderia ter um contingen-te mais expressivo, porém tal situação não se evidencia em decorrência do desconhe-cimento em virtude da vasta legislação que vigora em nosso ordenamento jurídico.

Nesse contexto visando oportunizar esclarecimento aos servidores municipais, especialmente aos professores, está sendo escrito o presente texto.

Assim, aposentados com doenças gra-ves podem ficar livres do desconto do Im-posto de Renda, cujo desconto é realizado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou autarquias e entes federados que pagam benefícios aos seus aposenta-dos, incidentes sobre o valor do benefício. A tabela é a mesma usada para os outros contribuintes e, dependendo do valor, pode variar entre 7,5% a 27,5%.

Um aposentado que está tendo o des-conto do imposto de renda direto e men-salmente de seu benefício, pode conseguir a isenção do Imposto de Renda se não tiver outras rendas. Para conseguir a isenção, o aposentado deve ser portador de uma das seguintes doenças: Tuberculose ativa, Alie-nação Mental, Esclerose Múltipla, Neoplasia Maligna (câncer), Cegueira, Hanseníase, Paralisia Irreversível e Incapacitante, Car-diopatia Grave (problema sério de coração), Doença de Parkinson, Espondiloartrose An-quilosante, Nefropatia Grave (problemas de rins), Estados avançados de doença de

Paget (osteíte deformante), Contaminação por Radiação, Aids, Fibrose Cística e pro-blemas motivados por acidente grave (Ar-tigo 1º. da Lei 11052, de 29 de dezembro de 2004).

Como dito anteriormente, somente apo-sentados, pensionistas e reformados têm direito a isenção quando portadores das doenças acima mencionadas; também não gozam de isenção os rendimentos obtidos em decorrência de atividade empregatícia ou de atividade autônoma, recebidos con-comitantemente com os de aposentadoria, reforma ou pensão; a isenção também não alcança rendimentos de outra natureza como, por exemplo, aluguéis recebidos con-comitantemente com os de aposentadoria, reforma ou pensão.

Importante lembrar que a aposentadoria não precisa, necessariamente, ter decorrido de alguma doença, não estando restrito às aposentadorias por invalidez, embora es-tas estejam inseridas. E pode ser qualquer tipo de aposentadoria: por idade, tempo de contribuição, invalidez, especial etc. Aque-le que recebe pensão por morte, etc., se tiver alguma dessas doenças, pode se be-neficiar também com a isenção do imposto de renda de seu benefício. Para isso, é pre-ciso reunir documentos pessoais e laudos médicos e levá-los à agência do INSS, no órgão pagador de seu benefício (autarquias ou entes federados). O entendimento do INSS é de que os exames que comprovam a doença devem ser feitos pela rede pública de saúde, porém, nada impede que o apo-sentado apresente os laudos de seu médico particular. É necessário que o aposentado preencha um formulário para conseguir a isenção. O aposentado será posteriormente chamado para fazer uma perícia. Se o pedi-do for aceito, o INSS já deixará de efetuar o desconto.

Normalmente, o resultado costuma le-var aproximadamente um mês para ser in-formado e o aposentado é comunicado por meio de carta. E não é só. O aposentado também tem a opção de pedir à Receita Federal a restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos. Entretanto, para que possa receber essa restituição, terá que de-monstrar que já estava doente no período. Fará isso apresentando laudos e exames médicos da época. Caso seja aceito o pe-dido a Receita Federal devolverá os valores descontados indevidamente no período, de-vidamente corrigidos e atualizados na for-ma da lei. Vale ressaltar que o pedido para a devolução dos últimos cinco anos não é tão fácil de ser aceito pela Receita. Todavia, é possível ingressar com uma ação na Jus-tiça Federal para pedir a devolução desses valores.

isenção de outros impostos para deficientes físicos e portadores de do-enças graves

Muita gente não sabe, mas deficientes físicos e portadores de doenças graves, as-sim definidas em lei, têm direito à isenção de impostos em diversas operações, tais como a aquisição de automóveis.

De acordo com a lei, são consideradas doenças graves para fins da isenção de tributos: AIDS, alienação mental, cardio-patia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, hanseníase, tuberculose ativa, dentre outras.

Dentre os benefícios tributários possí-veis de ser obtidos destacamos a isenção do imposto de renda (IR), do imposto sobre produtos industrializados (IPI) e imposto sobre operações financeiras (IOF). No âm-bito estadual a isenção tributária ainda se

estende para o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA). No âmbito federal, a tributação não atinge os benefícios percebidos a título de pensão, pecúlio, montepio e auxílio decor-rentes de prestações do regime de previ-dência social ou de entidades de previdên-cia privada.

A aquisição de automóveis de passagei-ros ou veículos de uso misto por deficientes físicos, visuais, mentais ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos, con-dicionada a requerimento do interessado, está isenta do pagamento do imposto sobre produtos industrializados (IPI). O mesmo ocorre com o IOF incidente sobre as ope-rações financeiras para aquisição de auto-móveis, desde que estes sejam de fabrica-ção nacional e com potência não superior a 127HP.

Em impostos da competência dos Esta-dos há previsão de isenção do ICMS para a aquisição de veículos novos e isenção do pagamento do IPVA. Os benefícios concedi-dos na seara Municipal são bastante diver-sificados e objetivam basicamente o IPTU. É importante salientar que tributos de com-petência estadual e municipal possuem par-ticularidades próprias, cujas especificidades devem ser analisadas e esclarecidas no âm-bito de cada esfera.

Para usufruir destes benefícios o con-tribuinte deve dirigir-se à repartição fazen-dária munido de documentação compro-batória do seu estado e protocolizar um requerimento solicitando lhe seja deferida a isenção.

Antão Alberto FariasAssessor Jurídico

do SiNPROCAN

10 - junho/2012 - A voz do professor

Educadores que atuaram como Moni-tores ou Alfabetizadores no Município de Canoas pelo MOBRAL e que não tiveram o reconhecimento do tempo trabalhado, es-tão obtendo na esfera do Poder Judiciário decisões favoráveis ao cômputo do tempo para fins de aposentadoria e, por conse-guinte com reflexos nos pagamentos de férias (1/3), avanços trienais, décimo ter-

ceiro, licença prêmio e adicional de tempo de serviço de 15 ou 25%.

Professores que trabalharam no convê-nio União/Fundação MOBRAL/Estado do Rio Grande do Sul e Município de Canoas têm diferenças salariais para receber além da obtenção dos demais direitos.

Os fatores que determinam o quanto cada um terá para receber, estão relaciona-

dos ao tempo trabalhado no convênio MO-BRAL, a carga horária na função pública, a classe e o nível em que se encontram.

Vários professores já obtiveram o direi-to a incorporação do tempo de MOBRAL, dentre eles alguns já estão aposentados e outros inclusive já receberam as diferenças salariais.

Segundo levantamento realizado pela

Assessoria Jurídica do SINPROCAN, ainda há muitos professores que trabalharam pelo MOBRAL e que não tiveram o reconhe-cimento de seus direitos.

Informe-se! Se você é associado do sindicato ou

mesmo que não seja, busque informações no SINPROCAN, pois oferecemos Assesso-ria Jurídica para você.

Monitores e alfabetizadores do Mobral

De acordo com a lei, são consideradas doenças gra-

ves para fins da isenção de tributos: AIDS, alienação

mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação

por radiação, doença de Paget em estados avançados

(osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose

múltipla, hanseníase, tuberculose ativa, dentre outras.

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A voz do professor - junho/2012 - 11

jurídico

Ações judiciais coletivasAcompanhe como está o andamento processual das ações judiciais coletivas propostas pelo Sinprocan

Como é do conhecimento da ca-tegoria, o sindicato ingressou na Justiça com as seguintes medidas judicial:

TERÇO DE FéRiASProcesso nº 008/1.11.0018817-

2 – Tramita na 4ª Vara Cível de Canoas

Ação que busca o reconhecimen-to e pagamento de 1/3 (um terço) de férias incidentes sobre 60 dias de férias e não apenas sobre os atuais 30 dias que é pago pelo Município de Canoas aos professores que es-tão lotados nas escolas, relativo aos últimos 05 (cinco) anos.

Na presente ação foi requerido pelo sindicato que o município ane-xe ao processo a relação de todos os professores que estiveram lotados nas escolas nos últimos cinco anos, pois todos serão beneficiados com a sentença, caso seja reconhecido tal direito, sendo deferido pelo MM. Juiz; portanto, estamos aguardando tal informação, sendo que após de-verá ser proferida a sentença.

Informamos os professores que até o presente momento, todos que ingressaram com ações individuais obtiveram o reconhecimento do di-reito de receber o abono constitucio-nal de férias incidente sobre os 30 dias de recesso.

PROFESSOR SUBSTiTUTOProcesso nº 008/1.11.0016672-

1 – Tramita na 3ª Vara Cível de Canoas

Ação que busca o reconhecimen-to da atividade pedagógica dos pro-fessores substitutos, como sendo de pleno exercício de atividade típica de magistério e com isso assegurar o direito a aposentadoria especial, pois o Município de Canoas não está assegurando tal direito aos educado-res que se encontram em tal condi-ção.

A presente ação foi julgada pro-cedente! Está em fase de recurso.

PiSO DA CATEgORiA E hORA ATiViDADEProcesso nº 008/1.11.0018182-

8 – Tramita na 2ª Vara Cível de Canoas

Ação que busca o reconhecimen-to do Piso mínimo da Categoria e as-segura a destinação de 1/3 (um ter-ço) da carga horária para atividades extra classe.

Na presente ação o município já contestou, sendo que já houve ma-nifestação do sindicato, no entanto foi deferida a inclusão do CANOAS-PREV no pólo passivo da ação como litisconsórcio passivo. Assim, so-mente após a citação da autarquia para contestar a ação é que se dará o prosseguimento da mesma.

PROFESSOR ATENDENTE DE BiBliOTECAProcesso nº 008/1.11.0016104-

5 – Tramita na 3ª Vara Cível de Canoas

Ação que busca o reconhecimento da atividade pedagógica dos profes-sores que desempenham atividades nas bibliotecas das escolas, como sendo de pleno exercício de ativida-de típica de magistério e com isso assegurar o direito a aposentadoria especial, pois o Município de Canoas não está assegurando tal direito aos educadores que se encontram em tal condição.

A presente ação foi contestada pelo município e deverá ser confe-

rido prazo para que o sindicato se manifeste no processo.

REENQUADRAMENTOClASSE “C”Processo nº 008/1.11.0019854-

2 – Tramita na 1ª Vara Cível de Canoas

Ação que pretende questionar a nova sistemática de reenquadramen-to e assegurar que o professor que já estava enquadrado na Classe “C”, última classe do plano de carreira anterior, seja mantido e enquadrado na última classe do plano de carreira atual, qual seja na Classe “10”.

A presente ação já foi contestada pelo município e também já foi ob-jeto de réplica pelo sindicato, estan-do aguardando o prosseguimento do feito, pois há requerimento realizado pelo sindicato e que está pendente de cumprimento.

PROFESSOR ATUANTE EM lABiNProcesso nº 008/1.11.0016444-

3 – Tramita na 1ª Vara Cível de Canoas

Ação que busca o reconhecimen-to da atividade pedagógica dos pro-fessores que atuam nos laboratórios de informática, como sendo de pleno exercício de atividade típica de ma-

gistério e com isso assegurar o direi-to a aposentadoria especial, pois o Município de Canoas não está asse-gurando tal direito aos educadores que se encontram em tal condição.

A ação foi contestada pelo municí-pio e atualmente o sindicato arrolou testemunhas para serem ouvidas. O processo está concluso ao juiz.

liCENÇA PRÊMiOProcesso nº 008/1.11.0019854-

2 – Tramita na 1ª Vara Cível de Ca-noas

Ação que busca o reconhecimen-to da irretroatividade da aplicação do Decreto 214, que estabeleceu nova sistemática para conversão em pecúnia da Licença Prêmio.

A presente ação foi contestada pelo município, sendo que já nos manifestamos no processo e atual-mente encontra-se concluso ao juiz.

COMO OBTER iNFORMAÇÃO DOS PROCESSOS NO SiTE DO PODER JUDiCiÁRiO ESTADUAlVisando assegurar transparência

nas ações do SINPROCAN, todos os professores podem acompanhar o processamento das referidas me-didas judiciais, acessando o site do Tribunal de Justiça do Estado, no seguinte endereço, www.tjrs.jus.br clicando no item acompanhamento processual e inserindo o número do processo desejado (indicação su-pra).

Mesmo que o sindicato tenha pro-posto as ações coletivas supra, reco-mendamos que os professores que tiveram suprimidos seus direitos, ingressem com medidas judiciais in-dividuais, pois assim estarão asse-gurando a plenitude de seus direi-tos mais rapidamente, uma vez que ações coletivas que envolvam toda a categoria e que tenham repercussão financeira tendem a ser mais moro-sas.

Jari Rosa de OliveiraPresidente do SiNPROCAN

Antão Alberto FariasAssessor Jurídico do SiNPROCAN

Acompanhe o andamento processual das ações coletivas

propostas pelo Sinprocan

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Como é tradicional sempre na segunda quinta-feira do mês, reu-niu-se às 14 horas do dia 14 de junho o Grupo de Aposentadas do Sinprocan para sua atividade men-sal na sede da entidade.

Segundo a coordenadora do gru-po, Vera Terezinha Schneider, o ob-jetivo dos encontros é reunir os pro-fessores aposentados para buscar lazer, trocar ideias e se ajudar nesta hora sempre complicada de parar com atividades da sala de aula.

“Procuramos também realizar palestras com advogados, médicos e psicólogos. Muitas vezes quan-do o professor se aposenta, dá um branco. Fica 30 anos percorrendo aquele caminho e quando sai dessa rotina a gente fica meio vazia. Te-mos que cuidar e buscar caminhos para não entrar numa depressão”, explica Vera.

Ela conta ainda que nos encon-tros sempre tem um lanchinho, o grupo também trabalha com arte-sanato e busca novas atividades que sejam de interesse dos asso-ciados. “Estamos vendo agora se conseguimos montar um grupo de

atiVidades

grupo de Aposentadas planeja passeio a cidade de Farroupilha

Atividade deverá ser no dia 19 de julho, com saída pela manhã e retorno no mesmo dia

Vice-presidente do Sinprocan, Georgina dos Santos (D), prestigiou última atividade do Grupo

O Sinprocan ainda não recebeu confirmação de datas das reuniões dos representantes de escolas com a Secretária de Educação, conforme ficou estabelecido após o Sindicato solicitar encontros para esclarecer e debater os problemas encontrados nas escolas pelo Sinprocan duran-te visitas que ocorreram em todas as escolas da cidade neste primeiro semestre de 2012.

A Associação dos Servidores Mu-nicipais de Canoas (ASMC) com-pletou, no último dia 12 de junho, cinco décadas de serviços prestados ao funcionalismo canoense. A dire-toria do Sinprocan esteve presente no jantar baile comemorativo, re-presentada por Simone Riet Goulart e Cátia Soares Bonneau, respecti-vamente 1ª e 2ª secretárias da en-tidade. O Sinprocan, que recebeu homenagem da ASMC, agradece e parabeniza a entidade na figura de seu presidente Firmo Farias dos Santos pela passagem do cinquen-tenário e deseja vida longa e cada vez mais próspera à ASMC.

O Sinprocan está engajado na campanha do agasalho e disponi-biliza em sua sede uma caixa para doações de roupas e calçados. Doe e aqueça quem precisa!

O Sindicato dos Professores Muni-cipais de Novo Hamburgo (SindiPro-fNH) tem nova diretoria eleita pelos associados. Com 96,14% dos votos válidos a Chapa 1, a única na dis-puta, venceu as eleições para o tri-ênio 2012 e 2015. O presidente do Sinprocan, professor Jari Rosa de Oliveira, esteve no dia das eleições prestigiando a entidade.

DiRETORiA ElEiTAPresidente: Andreza Marfa For-

mentoVice presidente: Francisco Carlos

Rodrigues Lopes1ª Secretária:Valderes Dávila Ko-

enig 2ª Secretária: Maria Elena Apolo

Schaab1ª Tesoureira: Maria Cecília Braun2ª Tesoureira: Maria Olisa da Silva

Alves

mapeamento

Funcionalismo

inVerno

sindicato

reuniões ainda sem data

asmc completa 50 anos

campanha do agasalho

sindiprofnH elege diretoria

ginástica”, relata.As atividades servem para en-

treter e orientar, “unir o útil com o agradável”, diz Vera. “Em princípio o grupo é formado por associados do Sinprocan, mas esta aberto para professores aposentados que não sejam associados, e até que seja de fora do município. Quando temos encontros de atividades, é aberto para outras pessoas”, explica.

PASSEiO A FARROUPilhAVera conta que um passeio para

a cidade de Farroupilha está sendo programado para o próximo dia 19 de julho. Os valores ainda não es-tão fechados, pois faltam detalhes a serem definidos, mas deverão fi-car por volta de R$ 50 por pessoa, com saída pela manhã e retorno no mesmo dia. Interessados devem procurar o Sinprocan.

Este ano a Feira do Livro de Ca-noas contou com 41 estandes e ban-cas e cerca de 360 atividades, entre exposições, encontro com escritores, oficinas, exibição de filmes, espetácu-los teatrais, happy hours, sessões de autógrafos, entre outros. Essas ativi-dades ocorreram nos espaços cultu-rais distribuídos em diferentes pontos da Praça da Bandeira e do Calçadão. A feira de Canoas permanece consi-derada pela Câmara Riograndense do Livro a segunda maior do Estado.

Com o tema “Compartilhe esse mundo”, esta 28ª edição da Feira do Livro de Canoas envolveu atrações especiais, como a Usina de Quadri-nhos e Criatividade e eventos de ex-pressão, o 1º Seminário Internacional de Contadores de Histórias e o 2.º Encontro de Língua, Literatura e In-termidialidade. O ambiente foi muito bem aproveitado por professores e alunos das escolas canoenses.

o professor sob pressão coloca na pauta o problema da violência

O livro O professor sob pressão – Prevenção e enfrenta-mento da violência no ambiente de trabalho (Carta Editora, 104 p.), publicado em maio, pelo Sinpro/RS, colocou nova-mente na pauta de discussões um problema cada vez maior no ensino privado: a violência contra os professores. “Por conta do lançamento do livro, o número de denúncias ao Nú-cleo de Apoio ao Professor contra a Violência (NAP), instituído pelo Sindicato e responsável pela publicação, aumentou consideravelmen-te em maio”, conta Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS e coordenadora do NAP. A vice-presidente do Sinprocan, Georgina dos Santos, analisou a obra e aprovou o enfoque. “O tema, infelizmente, é sempre atual, e o Sinprocan está sempre na busca de soluções para a violência sofrida pelos professores”, analisa. Georgina conta, ainda, que um exemplar do livro está a disposição dos associados na sede da entidade.

O professor sob pressão traz a análise de especialistas sobre o problema e aponta caminhos para a prevenção e enfrentamento. Assinam os artigos a professora Cecília Farias, a psicanalista e doutora em Educação Roséli Cabis-tani, a advogada Luciane Toss; o juiz do Trabalho Rubens Fernando Clamer dos Santos Júnior; a professora Fátima Áli; o psicanalista Eduardo Mendes Ribeiro; entre outros.

Feira do livro recebeu milhares de alunos e professores