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XX 112 27/06/2012 * Ex-presidente do Cruzeiro é alvo de operação da PF - p.01 * Nova lei penal exclui crimes, “cria” outros e muda punições- p.39 * Procuradores lançam manifesto pelo poder de investigação do MP- p.42

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XX 112 27/06/2012

* Ex-presidente do Cruzeiro é alvo de operação da PF - p.01

* Nova lei penal exclui crimes, “cria” outros e muda punições- p.39

* Procuradores lançam manifesto pelo poder de investigação do MP- p.42

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Marcelo Portela, de O Estado de S.Paulo - BELO HORIZONTE - Uma operação realizada nesta terça pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais, polícias Federal e Militar e Receita Estadual desbaratou esquema de fraude em licitações que somam cerca de R$ 166 milhões em verbas públicas para fornecimento de alimentação para presos em diversas cidades do Estado e em Tocantins e de merenda escolar em Montes Claros, no norte mineiro. Segundo o MPE, o esquema envolvia sete empresas e era liderado pela Stillus Alimentação, do empresário Alvimar Perrella, ex-pre-sidente do Cruzeiro e irmão do sena-dor Zezé Perrella (PDT-MG), e do 1º vice-presidente do time mineiro, José Maria Queiroz Fialho. O prejuízo é es-timado em pelo menos R$ 55 milhões.

A operação "Laranja com Pequi" foi deflagrada para o cumprimento de dez mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão em empresas e residências, inclusive a de Perrella, em um prédio de alto luxo em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Hori-zonte. Entre os presos estão a secretária de Educação de Montes Claros, Mari-léia de Souza, o ex-secretário de Ser-viços Urbanos, João Ferro, o vereador Athos Mameluque (PMDB), o assessor da prefeitura Noélio Oliveira, além de empresários, funcionários da Stillus e diretores de um presídio de Três Cora-ções, no sul de Minas, e outro em To-cantins. Dois acusados - um na capital e outro em Montes Claros - não haviam sido encontrados até a tarde desta terça.

Segundo o promotor Eduardo Ne-pomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, a investigação teve início em 2009, quando o MPE recebeu denúncia de fa-vorecimento em licitações para forne-cimento de alimentação na Cidade Ad-ministrativa, sede do governo mineiro, além de processos nas áreas de Saúde e de Segurança Pública. Ao investigar o caso, com auxílio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, o MPE consta-

tou que as sete empresas combinavam entre si preços e condições para que ao menos entre 30 e 40 licitações fossem vencidas pela Stillus. "Os sócios da Stillus abriam essas empresas e passa-vam a administração para outras pes-soas", revelou. Também foram apreen-didos documentos e computadores em Juiz de Fora, Itaúna e Patos de Minas, onde estão as sedes dessas empresas.

Para que o esquema funcionasse, as companhias tinham a "consultoria" de Bruno Vidotti, ex-servidor da Secre-taria de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas, que orientava os envolvidos sobre a forma de ganhar as licitações. "É bem provável que ainda tenha servi-dor envolvido. As investigações conti-nuam para verificar como conseguiam penetrar nas entranhas das licitações", afirmou Nepomuceno, referindo-se ao fato de que, mesmo após a saída de Vidotti do serviço público, os pro-cessos eram "dirigidos" para impe-dir a participação de outras empresas.

Merenda. Em 2010, a PF em Mon-tes Claros começou a apurar denúncia de desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a compra de merendas e consta-tou que o esquema já era apurado pelo MPE. As investigações revelaram que a prefeitura gastava R$ 2 milhões anu-ais com a alimentação, mas contratou a empresa de Vidotti para avaliar o servi-ço. Em apenas um dia, a empresa afir-mou que analisou cerca de 150 esco-las e que a merenda era "inadequada".

Nova licitação foi realizada e ganha pela Stillus, o que fez o custo saltar para R$ 12 milhões. Segundo a PF, a apura-ção revelou "veementes indícios de que a organização criminosa, de longa data, atua efetivamente para fraudar licita-ções" com a participação de servidores.

O Estado tentou falar com o advo-gado Robson Paulo Pires de Figueiredo, que representou Alvimar Perrella em diversos processos na Justiça mineira, mas ele não foi encontrado. A direção

do Cruzeiro não soube informar quem representa atualmente o ex-presidente, assim como José Maria Fialho. A re-portagem também procurou a Secreta-ria de Estado de Comunicação (Secom) e a informação é de que o governo ainda estava "se inteirando dos fatos" para poder se pronunciar, o que não ocorreu até o fim da tarde desta terça.

Governo de MG fará auditoria em con-

tratos de refeiçãoMARCELO PORTELA - Agência

Estado - Por meio de nota, o governo mi-neiro informou nesta terça que os con-tratos com as empresas Iso Engenharia, Bom Menu Comércio e Alimentação, Nutrição Refeições, Gaúcha Alimenta-ção Coletiva e Gomes e Maciel Refei-ções Coletivas vão ser auditados e que o contrato com a Stillus na Cidade Ad-ministrativa já foi encerrado. Uma ope-ração realizada nesta terça pelo Minis-tério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais, polícias Federal e Militar e Re-ceita Estadual desbaratou esquema de fraude em licitações que somam cerca de R$ 166 milhões em verbas públicas para fornecimento de alimentação para presos em diversas cidades do Estado e em Tocantins e de merenda escolar em Montes Claros, no norte mineiro. O governo de Minas Gerais informou que o diretor do presídio de Três Coração, Roni Buzzeti, foi exonerado do cargo. Informou ainda que "se for identifica-do algum desvio de conduta por parte de servidores públicos estaduais, eles serão punidos, conforme prevê a lei".

Segundo o MPE, o esquema en-volvia sete empresas e era liderado pela Stillus Alimentação, do empre-sário Alvimar Perrella, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), e do 1º vice-pre-sidente do time mineiro, José Maria Queiroz Fialho. O prejuízo é estima-do em pelo menos R$ 55 milhões.

A operação "Laranja com Pequi" foi deflagrada para o cumprimento de

O ESTADO DE SP – ON LINE – 27.06.2012

Ex-presidente do Cruzeiro é alvo de operação da PFAlvimar Perrella, irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), estaria envolvido em esquema de fraude em licitações que somam cerca de R$ 166 milhões em verbas públicas de MT e TO

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dez mandados de pri-são temporária e 35 de busca e apreensão em empresas e residências, inclusive a de Perrella, em um prédio de alto luxo em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Entre os presos estão a secretária de Educação de Mon-tes Claros, Mariléia de Souza, o ex-secretário de Serviços Urbanos, João Ferro, o vereador Athos Mameluque (PMDB), o assessor da prefeitura Noélio Oliveira, além de empresários, funcio-nários da Stillus e dire-tores de um presídio de Três Corações, no sul de Minas, e outro em To-cantins. Dois acusados - um na capital e outro em Montes Claros - não haviam sido encontrados até a tarde desta terça.

PF prende 10 por desvio de R$ 166 mi-lhões em MG

e TOEsquema envolvia

sete empresas e era lidera-do pela Stillus Alimenta-ção, de Alvimar Perrella

MARCELO POR-TELA - Agência Estado

BELO HORIZON-TE - Uma operação re-alizada nesta terça pelo Ministério Público Es-tadual (MPE) de Minas Gerais, polícias Federal e Militar e Receita Esta-dual desbaratou esquema de fraude em licitações e desvio de cerca de R$ 166 milhões em verbas públicas para forneci-mento de alimentação

para presos em diversas cidades do Estado e em Tocantins e de merenda escolar em Montes Cla-ros, no norte mineiro. Segundo o MPE, o es-quema envolvia sete em-presas e era liderado pela Stillus Alimentação, de propriedade do empresá-rio Alvimar Perrella, ex--presidente do Cruzeiro e irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), e do 1º vice-presidente do time mineiro, José Maria Queiroz Fialho.

PF faz operação con-tra des vio de recursos da merenda em MG Qua-drilha, que fraudava lici-tações, desviou cerca de R$ 166 milhões que de-veriam ser destinados ao pagamento das refeições

Solange Spigliatti São Paulo, 26 - Agentes da Polícia Federal estão cumprindo nesta terça--feira, 26, nos Estados de Minas Gerais e Tocan-tins, 27 mandados judi-ciais, sendo oito manda-dos de prisão de agentes públicos e 19 mandados de busca e apreensão, para desarticular uma quadrilha que fraudava licitação para contra-tação de fornecedor de alimentos para presídios e merenda escolar, prin-cipalmente na cidade mi-neira de Montes Claros.

Segundo o Minis-tério Público de Minas, uma das empresas in-vestigada em Belo Ho-rizonte é do empresário e ex-presidente do Cru-zeiro Esporte clube, Al-vimar Perrela, irmão do senador Zezé Perrela.

Para o MP, a admi-nistração pública esta-dual desembolsou apro-

ximadamente R$ 166 milhões que deveriam ter sido destinados ao pagamento de refeições para presídios e casas de detenção. Pelo menos um terço desses valo-res foi desviado a apro-priado pela organização criminosa, de acordo com estimativa do MP.

Entre os mandados de busca, alguns estão sendo cumpridos nas sedes da Prefeitura de Montes Claros, da Câ-mara Municipal e de uma fundação sediada na cidade. Os demais mandados estão sendo executados pelo Mi-nistério Público de Mi-nas Gerais, em parceria com a Receita Estadual e Polícias do Estado.

Na Câmara Munici-pal de Montes Claros há mandado de prisão para um vereador, além de mandados de prisão para dois secretários munici-pais, dois assessores, o chefe da divisão de com-pras e o diretor do proje-to municipal "Esporte e educação: caminho para a cidadania" da prefei-tura. Em Três Corações, há mandado de prisão para o diretor do presídio e, em Belo Horizonte e Juiz de Fora, para vários empresários do ramo de alimentação industrial.

Segundo investiga-ções, vários agentes pú-blicos participavam da fraude de licitações na Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), da Secretaria de Estado de Planejamento e Ges-tão (Seplag) e do De-partamento de Estradas e Rodagens (DER-MG).

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DIÁRIO DO COMÉRCIO - P. 23 - 27.06.2012

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ESTADO DE MINAS - P. 04 - 27.06.2012

METRO - P. 02 - 27.06.2012

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HOJE EM DIA - P. 29 – 24.06.2012

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MINAS GERAIS QUARTA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2012 - 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

A litigiosidade mostra-se um entrave para o

Judiciário

qObjetivo é a formação de magistrados capacitadosa incentivar resolução pacífica das demandas

A série de reportagens

especiais para a TV sobre o

julgamento de Tiradentes

está entre as três melhores

do País, segundo o Prêmio

Nacional de Comunicação e

Justiça. O material, veicula-

do em abril no Jornal da

Justiça, foi produzido pelo

TJMG em parceria com a TV

Justiça, mantida pelo Supre-

mo Tribunal Federal (STF).

A série homenageou os

220 anos da morte do alfe-

res Tiradentes e destacou,

em cinco capítulos, o pro-

cesso judicial, especial-

mente o julgamento, que

culminou na execução do

mártir e no degredo de

outros inconfidentes.

Nas reportagens, gra-

vadas em Belo Horizonte e

em Ouro Preto, foram

entrevistados os juízes cri-

minais Marcos Henrique

Caldeira Brant e José Mar-

tinho Nunes Coelho, os pro-

fessores universitários Ricar-

do Fiúza, ex-secretário geral

do TJMG, e João Pinto Furta-

do, da Universidade Federal

de Minas Gerais. O advoga-

do paulista Paulo Guilherme

Lopes, a historiadora Car-

mem Lemos, o oficial da

Polícia Militar de Minas

Gerais Francis Cotta e o dire-

tor do Museu da Inconfidên-

cia, Rui Mourão, também

participaram da série.

O prêmio é mantido

pelo Fórum Nacional de

Comunicação e Justiça

(FNCJ). Os cinco capítulos

da série estão disponíveis

no endereço youtube.com.

br/jornaldajustica.

Série do TJMG é finalista de prêmio

O desembargador Geraldo Augusto, representando o presi-dente do Tribunal de Justiça (TJMG) Cláudio Costa, e o juiz diretor do Foro da comarca de Três Corações, Márcio Vani Bemfica, instalaram na sexta-feira (22) a 2ª Vara Criminal e de Exe-cuções Penais de Três Corações. A solenidade aconteceu no Tribu-nal do Júri do Fórum Marcos Coelho Neto, da comarca.

De acordo com o desembar-gador Geraldo Augusto, com a instalação da vara criminal, com competência específica para atender às execuções das penas criminais, “cumpre-se a lei, aten-de-se ao direito do recolhido, e cumpre-se mais este compromis-so com a região Sul de Minas, em especial para a comunidade da comarca de Três Corações”.

O desembargador Geraldo Augusto destacou o trabalho de

base dos juízes de Direito nas comarcas, “por vezes, o mais dedicado e comprometido com a coleta da verdade e com a busca do mais justo, feito na rotina diá-ria, sem alarde midiático e na solidão da consciência do primei-ro julgador, o juiz de Direito, mais próximo dos fatos e do seu ambiente de atuação”.

O desembargador deixou registrado “o justo reconheci-mento” ao grupo de pessoas e autoridades públicas que se fir-mou em torno do objetivo de instalar a 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Três Cora-ções: o ministro do Superior Tribunal de Justiça, João Octá-vio de Noronha; o juiz diretor do Foro de Três Corações, Már-cio Vani Bemfica, as juízas Aila Figueiredo, Maraíza Francisca Escolástica Maciel Costa e Lisandre Borges Fortes da Costa

Figueira; os advogados repre-sentantes da OAB local; o prefei-to Fausto Mesquita Ximenes, o vice-prefeito Sérgio Roberto Auad; o presidente da Câmara, Altair Nogueira, e, “em especial, a sensibilidade dos desembarga-dores Cláudio Costa e Joaquim Herculano Rodrigues, respecti-vamente, presidentes atual e futuro do Judiciário Mineiro”.

O juiz Márcio Vani Bemfica também ressaltou a importância da instalação desta nova vara

para Três Corações. Para o magistrado, a existência de maior estrutura na comarca vai proporcionar resposta mais célere e efetiva a todos aqueles que buscam no Judiciário alcan-çar seus direitos.

A comarca de Três Corações agora conta com três varas cíveis, a 1ª Vara Criminal, da Infância e da Juventude e de Cartas Precatórias Criminais e a 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais e Juizado Especial.

Desembargador Geraldo Augusto conduz a solenidade

Comarca de Três Corações instala nova varaADRIANO (FOTO GIBENE)

Curso discute solução de conflitos

Com o objetivo de refletir sobre a utilização de meios não

adversariais de solução de confli-tos, magistrados de diversas comarcas mineiras participaram, na segunda-feira (25), do I Curso sobre Funcionamento dos Cen-tros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. A iniciativa é da Assessoria de Gestão da Inovação do Tribunal de Justiça (TJMG) em parceria com a Esco-la Judicial Desembargador Edé-sio Fernandes (Ejef). Ministra-ram o curso os juízes Mônica Libânio Rocha, Wilson Benevi-des, Agnaldo Rodrigues e Fabrício Simão da Cunha Araújo.

Abrindo o evento, a 3ª vice--presidente do TJMG e coordena-dora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, desembargadora Márcia Milanez, agradeceu a pre-sença do desembargador Antô-

nio Hélio Silva, ressaltando que o magistrado foi o responsável pela implantação dos Juizados de Conciliação no Estado. A desem-bargadora destacou que a conci-liação, entendida como política pública voltada para a redução do acervo processual e a pacifica-ção de conflitos, é a função pri-mordial do Judiciário do século XXI, pois traz benefícios para a sociedade e para o Estado. “A litigiosidade mostra-se um entra-ve para o Judiciário”, defendeu.

A juíza Mônica Libânio Rocha discorreu sobre a Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Judi-ciária Nacional de Tratamento

Adequado dos Conflitos de Inte-resses, visando tornar efetivo o princípio constitucional do aces-so à Justiça como acesso à ordem jurídica justa. “Em países desen-volvidos, o grau de litígio é míni-mo, pois eles utilizam os meca-nismos de solução de conflitos”, disse. Ela também citou como vantagens da conciliação a dimi-nuição do desgaste emocional das partes, a redução de gastos, o alto índice de cumprimento dos acordos e o descongestionamen-to do Judiciário.

Para a juíza, a 1ª Carta Cons-titucional, no Brasil Império, já fazia referência à conciliação, sendo importante a instituciona-

lização dos meios de solução e mediação de conflitos. A magis-trada apresentou os conceitos de mediação (casos relaciona-dos ao direito de família e suces-sões) e conciliação (casos rela-cionados ao consumo e aciden-tes de trânsito), esclarecendo que o mediador nada decide, mas busca restabelecer a comu-nicação entre as partes envolvi-das, ao passo que o conciliador sugere esforços das partes para a resolução do conflito. Ela enfa-tizou ser essencial que a socie-dade acredite em novas formas de resolver conflitos, e que as partes encontrem, nas audiên-cias, espaço para falar.

Magistrados participam de curso sobre meios não adversariais de solução de conflitos

RENATA CALDEIRA

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JOELMIR TAVARES - Car-regar maconha para consumo pró-prio deixará de ser crime, enquan-to o abandono de um cachorro na rua passará a ser criminalizado e um servidor público condenado por abuso de autoridade poderá fi-car até cinco anos preso, em vez de pegar no máximo seis meses de detenção, como acontece hoje.

As propostas, que fazem parte do anteprojeto do novo Código Pe-nal brasileiro, são uma mostra das mudanças que estão a caminho caso o Congresso Nacional aprove o tex-to que uma comissão de juristas vai entregar, na quarta-feira, ao Senado.

Com a exclusão de alguns cri-mes, a “criação” de outros e mu-danças no regime de punições, o país terá uma legislação mais ade-quada para os dias de hoje, já que o código vigente foi escrito em 1940 - quando, por exemplo, quem ia ao restaurante sem dinheiro para pagar poderia responder por um crime.

Pequenas mudanças feitas ao longo do tempo acabaram criando um conjunto de leis penais incoerente: erros leves são punidos com rigidez e crimes graves com penas brandas.

“É uma necessidade urgente atualizar o código”, ressalta o pro-curador da República Luiz Carlos Gonçalves, relator da comissão de 15 especialistas em direito e que ela-borou o anteprojeto da nova legisla-ção. O documento, com 300 pági-nas, será entregue nesta semana ao presidente do Senado, José Sarney.

A partir daí, as mudanças co-meçarão a ser analisadas e vota-das pelos senadores e, em seguida, pelos deputados federais. O texto deve sofrer alterações antes de ser aprovado. O processo poderá levar anos, já que as discussões envolvem quebra de tabus e esbarram em te-mas ideológicos, religiosos e cien-

tíficos. E a proximidade das elei-ções municipais leva a crer que o novo código só deve entrar na pau-ta do Congresso no ano que vem.

Assuntos como transformação do racismo em crime hediondo, controle maior sobre enriqueci-mento ilícito e liberação do abor-to até a 12ª semana de gravidez prometem causar polêmica. “Te-mos muito orgulho do anteprojeto. Congressistas e sociedade devem aprofundar as discussões”, diz Luiz Carlos Gonçalves. Lentidão

Outras tentativas de reforma na legislação fracassaramA reformula-ção do Código Penal é cobrada há décadas. Com as mudanças no jeito de viver, pensar e agir dos brasilei-ros, a legislação que define o que é crime no país - escrita em 1940 e vigente desde 1942 - ficou ultra-passada. Em 1969, houve uma ten-tativa de substituir o código, mas as críticas foram tantas que ele só foi modificado parcialmente, com uma lei de 1973. Depois de vários adia-mentos para o começo da vigência, veio uma outra norma, de 1978, que revogou o texto aprovado.

Após o fracasso, foi criada em 1980 uma comissão para elaborar a reforma de parte do código. O tra-balho do grupo resultou, em 1984, na atualização de diversos artigos. A última atualização foi em 2009, com a alteração da lei sobre crimes sexuais. O atentado violento ao pu-dor, por exemplo, foi extinto. (JT)

Mudanças provo-cam polêmica

Joelmir Tavares - Durante sete meses, os 15 juristas nome-ados pelo presidente do Senado, José Sarney, para elaborar o an-teprojeto do novo Código Penal debateram as mudanças necessá-rias para atualizar a legislação. O

texto, concluído na segunda-feira passada pelos advogados, juízes e professores, já é alvo de críticas.

Especialistas apontam um su-posto exagero nas criminaliza-ções. Pela proposta da comissão, por exemplo, bullying vai virar crime que será punido com um a quatro anos de prisão, no caso de adultos, e com medidas socioe-ducativas para menores de idade.

Os autores rebatem os comentá-rios. “Não saímos criminalizando a torto e a direito. Houve método. No geral, nós descriminalizamos muito mais do que criminalizamos”, afir-ma o procurador da República Luiz Carlos Gonçalves, relator do grupo. Ele lembra que houve divergên-cias e pontos de vista diferentes até dentro da própria equipe. Muitas questões foram decididas por vota-ção, já que não houve consenso. “O texto contempla múltiplas vozes”.

Outro defeito colocado no ante-projeto é o endurecimento de penas, que poderia levar ainda mais gente para a cadeia. No entanto, segundo o advogado criminalista Marcelo Leonardo, único mineiro no grupo de autores, a crítica é infundada. “Não existe isso. A comissão levou em conta a superlotação carcerá-ria no Brasil. Prender mais não é a solução para nossos problemas”,

explica. Para o advogado, os comentários são bem-vindos e po-dem estimular o debate entre os senadores e deputados. “Qualquer projeto como esse (reforma do Código Penal) envolve polêmica, por razões de ordem filosófica, re-ligiosa e econômica. Fizemos um trabalho que está sujeito a críticas. Não é obra pronta e acabada”, diz.

Trabalho. O grupo que ela-borou o texto começou os traba-lhos em setembro. As reuniões em Brasília, antes mensais, passaram

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a ser semanais nos últimos meses. Também houve au-diências públicas em São Paulo (SP), Rio de Janei-ro (RJ), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT) e Aracaju (SE).

Os juristas não rece-beram pela atividade, mas gastos com viagens, alimen-tação e hospedagem foram pagos pelo Senado. “Entendi que eu tinha uma contribui-ção para dar”, conta Marcelo Leonardo, que atua na ad-vocacia criminal há 35 anos e tem entre seus clientes o publicitário Marcos Valério, réu no caso do mensalão, e o empresário e político Anté-rio Mânica, um dos acusados da chacina de Unaí. Contra

“O Brasil vai virar um Irã” José Luiz de Ma-galhães Professor de di-reito constitucional da UFMG e da PUC Minas

A atualização do Códi-go Penal é necessária, mas peca no exagero de crimina-lizações e no endurecimento de punições. O ideal seria priorizar penas alternati-vas e investir em educação.

Quanto mais rigorosa é a lei, mais cruéis são os crimes. Nos Estados Uni-dos, por exemplo, a violên-cia não diminuiu nos Esta-dos onde há pena de mor-te. Além disso, os crimes passaram a ser cometidos com mais agressividade.

É preciso combater a causa dos problemas que, no Brasil, é a forte desigualda-de social , em vez de impor mais regras.Em um primeiro momento, a repressão até re-duz a criminalidade e dá uma aparente sensação de segu-

rança. Mas, enquanto o Esta-do não atacar o fato gerador, continuará havendo tentati-vas de quebra da legalidade.

É uma corrida de cão e gato. Das duas, uma: ou o Estado desiste de reprimir o crime ou extermina a liber-dade do cidadão, com vigi-lância extremada. É o ca-minho para uma sociedade fascista. Estamos brincando com fogo. Daqui a pouco, o Brasil vai virar um Irã.

A favor “O texto traz muitos progressos” Mar-celo Sarsur Doutorando em direito penal e pro-fessor da PUC Minas

Há mais pontos positivos do que negativos no antepro-jeto do Código Penal. Não é fácil chegar a um consenso em torno de todos os itens. Certas mudanças são polê-micas, mas é salutar que haja um debate em torno delas.

O texto em vigência, de 1940, envelheceu. As mo-dificações propostas dei-xam a legislação mais clara e adequada para o Brasil de hoje. Tortura, terroris-mo e crimes ambientais e tributários, por exemplo, estão fora do código atual.

Reformas pontuais, como a que reorganizou os crimes sexuais, em 2009, destoaram do resto. E o có-digo tem que fazer sentido como um todo.O novo tex-to traz muitos progressos. Agora temos de crer que será bem discutido no Congresso. O temor é que se perca um projeto muito bom em razão de divergências pontuais. Senadores e deputados te-rão que buscar o equilíbrio.

Não se pode pensar que a aprovação do novo códi-go basta. Lei sozinha não faz a máquia do Judiciário andar. O que gera menos impunidade é o funciona-mento eficaz da Justiça.

Minientrevista“Espero que o Congresso

busque o consenso” Marcelo Leonardo Advogado e um dos autores do anteprojeto

Que avaliação o se-nhor faz do trabalho da comissão?Fizemos um esfor-ço de transformar o Código Penal no efetivo centro do sistema da legislação penal brasileira e incorporamos a ele parte das 199 leis espe-ciais criadas ao longo dos úl-timos 30 anos, que não estão contempladas no texto atual.

Por que a atualização é necessária?O código foi con-cebido para um Brasil muito mais rural do que urbano. Os padrões de vaor hoje são outros. Além disso, surgiram crimes, como, por exem-plo, as fraudes cibernéticas.

O código ficará mais duro? Estão previstos au-mentos de penas em alguns casos e reduções em outros. Não houve uma orientação predominante.A comissão se baseou em quais parâmetros?

Na realidade brasilei-ra e em exemplos interna-cionais. A descriializaão da pose de drogas, por exemplo, é uma tendência mundial.O que o senhor es-pera agora?Que o Congresso busque o consenso. Se não houver esse esforço, pode ser mais uma experiência que virá a se frustrar. (JT)

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Por Maíra Magro | ValorBRASÍLIA - A Associa-

ção Nacional dos Procurado-res da República (ANPR) lan-çou um manifesto em defesa do poder do Ministério Públi-co de fazer investigações cri-minais. A associação também aponta o risco de retrocesso no sistema penal brasileiro caso essa função seja derru-bada.

O poder do MP de pro-mover investigações crimi-nais está em xeque tanto no Senado, através da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, quanto no Supre-mo Tribunal Federal (STF), que analisa o recurso de um réu pedindo que somente as polícias federal e civil possam fazer apurações na área penal.

Na semana passada, o STF começou a julgar o re-curso movido por Jairo de Souza Coelho, ex-prefeito de Ipanema, no interior de Minas Gerais, contra o MP daquele Estado.

Coelho foi denunciado por não cumprir decisão do Tribunal de Justiça de pagar precatórios, mas, em sua defe-sa, argumentou que os procu-radores não poderiam ter feito a investigação penal, que seria função exclusiva das polícias.

Até o momento, dois mi-nistros votaram pela limitação do poder do MP de promo-ver investigações criminais. O julgamento continua esta quarta-feira.

O presidente da ANPR, Alexandre Camanho, entrega-rá na terça-feira um memorial aos ministros do STF com ar-gumentos em defesa da fun-ção mais ampla do MP.

“Estou confiante de que o Supremo manterá o poder de investigação, que é uma

conquista da Constituição de 1988, e os ministros do STF conhecem como ninguém o principio da proibição de re-trocesso. Se você tira o MP do naipe de investigadores, esta-rá contribuindo para um imen-so retrocesso no Brasil, com um avalanche de nulidades de investigações e até condena-ções”, afirma Camanho.

Em manifesto divulgado esta tarde, a ANPR lista dez razões para que a PEC 37, de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB--MA), seja reprovada na Co-missão Especial que trata do assunto na Câmara dos Depu-tados. A nota se refere à pro-posta como “PEC da impuni-dade”.

Segundo a associação, somente no âmbito federal, mil procuradores da Repú-blica ficariam impedidos de trabalhar no combate ao des-vio de dinheiro público e à corrupção. Além disso, a PEC comprometeria investigações de órgãos como Ibama, Recei-ta Federal, Controladoria-Ge-ral da União, Banco Central, Coaf, entre outros, diz a nota.

O manifesto ressalta ain-da que “condenações recentes de acusados por corrupção, tortura, violência policial e crimes de extermínio conta-ram com investigação do MP, nas quais a polícia foi omis-sa.”

Para a ANPR, a PEC vai em sentido contrário de modelos adotados por países desenvolvidos, como França, Espanha e Alemanha. A nota aponta estudos dizendo que em somente três países a po-lícia conta com exclusividade na investigação criminal: Qu-ênia, Uganda e Indonésia.

(Maíra Magro | Valor)

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Procuradores lançam manifesto pelo poder de investigação do MP

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