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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “Júlio de Mesquita Filho” Campus Experimental de Ourinhos RENAN PEREIRA ZAMBIANQUI GERENCIAMENTO INTEGRADO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEIS Ourinhos SP FEVEREIRO 2016

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“Júlio de Mesquita Filho”

Campus Experimental de Ourinhos

RENAN PEREIRA ZAMBIANQUI

GERENCIAMENTO INTEGRADO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEIS

Ourinhos – SP

FEVEREIRO 2016

I

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“Júlio de Mesquita Filho”

Campus Experimental de Ourinhos

GERENCIAMENTO INTEGRADO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEIS

Renan Pereira Zambianqui

Orientadora: Profa. Dra. Renata Ribeiro de Araujo

Trabalho de Conclusão do Curso de

Especialização em “Gerenciamento de

Recursos Hídricos e Planejamento

Ambiental em Bacias Hidrográficas”

pela Unesp – Campus Experimental

de Ourinhos.

Ourinhos – SP

2016

II

“Comece fazendo o que é necessário, depois o

que é possível, e de repente você estará fazendo o

impossível”.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

III

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus por estar sempre me acompanhando e abrindo os caminhos para minhas conquistas.

Aos meus pais “Marinete e Donizete” pelo apoio e amparo em todos os momentos de minha

vida.

Aos meus irmãos “Éverton e Letícia” pelo carinho e companheirismo em todos os momentos.

A minha namorada “Camila” por toda paciência, ajuda, dedicação e amor sempre presentes.

A minha orientadora Prof. “Renata” que aceitou o desafio de orientar e ajudou firmemente na

elaboração dessa monografia.

A Geo-Analitica Estudos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas por todo o apoio sempre

oferecido.

IV

INDICE 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1

2 OBJETIVO .................................................................................................................................................... 4

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................................ 5

3.1 SOLO ..................................................................................................................................................... 5

3.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM ...................................................... 5

3.1.2 CLASSIFICAÇÕES: TEXTURAL E GENÉTICA ........................................................................... 6

3.1.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS ....................................................................................... 6

3.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA ...................................................................................................................... 7

3.2.1 AQUÍFEROS ..................................................................................................................................... 7

3.3 FLUIDO CONTAMINANTE ................................................................................................................ 9

3.3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS ......................................................................................... 10

3.3.2 HIDROCARBONETOS EM FASE LIVRE .................................................................................... 12

3.3.3 HIDROCARBONETOS EM FASE ADSORVIDA OU RETIDA .................................................. 13

3.3.4 HIDROCARBONETOS EM FASE DISSOLVIDA ....................................................................... 13

3.3.5 HIDROCARBONETOS EM FASE VAPOR .................................................................................. 13

3.4 TOXICIDADE E EFEITOS À SAÚDE .............................................................................................. 14

3.5 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................... 14

3.5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL ............................................................................................................. 14

3.5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL .......................................................................................................... 15

3.6 ESTUDOS AMBIENTAIS .................................................................................................................. 16

3.6.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR CONFIRMATÓRIA ................................................................ 16

3.6.2 INVESTIGAÇÃO DETALHADA .................................................................................................. 16

3.6.3 ANÁLISE DE RISCO ..................................................................................................................... 17

3.6.4 REMEDIAÇÃO .............................................................................................................................. 19

4 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................................................ 21

V

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 23

5.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR ...................................................................................................... 23

5.1.1 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................. 23

5.1.2 CARACTERIZAÇÃO GEOLOGICA REGIONAL ....................................................................... 23

5.1.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA REGIONAL ........................................................... 24

5.1.4 LEVANTAMENTO DE DADOS E VISTORIA DETALHADA DA ÁREA ................................ 24

5.1.5 MODELO CONCEITUAL .............................................................................................................. 29

5.2 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA .............................................................................................. 29

5.2.1 SONDAGENS DE RECONHECIMENTO ..................................................................................... 32

5.2.2 INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO ................................................................. 36

5.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA .............................................................................. 39

5.2.4 AMOSTRAGEM DE SOLO ........................................................................................................... 41

5.2.5 AMOSTRAGEM DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ..................................................................... 41

5.2.6 ANÁLISES QUÍMICAS DE SOLO E DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ........................................... 43

5.3 INVESTIGAÇÃO DETALHADA ...................................................................................................... 49

5.3.1 EXECUÇÃO DE SONDAGENS ADICIONAIS ............................................................................ 49

5.3.2 INSTALAÇÃO DOS POÇOS DE MONITORAMENTO .............................................................. 50

5.3.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA .............................................................................. 52

5.3.4 AMOSTRAGEM E ANALISE QUIMICAS DE SOLO ................................................................. 55

5.3.5 AMOSTRAGEM E ANALISES QUIMICAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ................................ 66

5.3.6 AVALIAÇÃO DE RISCO .............................................................................................................. 79

5.4 PROPOSIÇÕES PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL DA ÁREA INVESTIGADA. ............... 83

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 85

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 87

8 ANEXO ........................................................................................................................................................ 91

VI

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Características dos aquíferos. .................................................................................... 8

Figura 2: Porosidade dos Aquíferos. ......................................................................................... 8

Figura 3: Relações estruturais entre os hidrocarbonetos ......................................................... 10

Figura 4: Perfil esquemático de solo impactado por vazamento de combustível, proveniente

de TASC (Tanque de Armazenamento Subterrâneo de Combustível) ..................................... 12

Figura 5: Meios de Contaminação. Adaptado de PIA - Programa de Implementação de Ações

Corretivas Baseadas no Risco. ................................................................................................. 13

Figura 6: Ações a serem adotadas no gerenciamento do risco ................................................ 19

Figura 7: Mapa Geológico Regional. .................................................................................... 245

Figura 8: Mapa Hidrológico Regional. ................................................................................. 246

Figura 9: Layout do empreendimento ................................................................................... 247

Figura 10: Entorno do empreendimento. ................................................................................ 30

Figura 11: Apresenta as fontes potenciais de contaminação ................................................... 31

Figura 12: Numero mínimo de amostras para nível d’agua até 15 metros de profundidade. . 32

Figura 13 Localização das sondagens realizadas. ................................................................ 345

Figura 14: Poços de monitoramento instalados na etapa de investigação confirmatória. ....... 37

Figura 15: Mapa Potenciométrico ........................................................................................... 40

Figura 16: Pontos de solo contaminados ................................................................................. 47

Figura 17: Pontos de contaminação da água subterrânea. ....................................................... 48

Figura 18: Localização das sondagens adicionais realizadas na etapa de investigação

detalhada. ................................................................................................................................ 501

Figura 19: Poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma. .......................... 53

Figura 20: Todos os poços de monitoramento presentes no empreendimento (investigação

confirmatória + detalhada) ..................................................................................................... 524

VII

Figura 21: Mapa potenciométrico com novos poços de monitoramento. ............................. 556

Figura 22: Poços de monitoramento contaminados a partir dos resultados da analise de água

subterrânea ................................................................................................................................ 61

Figura 23: Pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Etilbenzeno. ........................ 62

Figura 24: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de

Etilbenzeno. .............................................................................................................................. 63

Figura 25: Pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Xileno Totais. ..................... 64

Figura 26: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de Xileno

Totais. ....................................................................................................................................... 65

Figura 27: Pluma de Fase Livre mapeada. .............................................................................. 70

Figura 28: Seção transversal e longitudinal da fase livre mapeada......................................... 71

Figura 29: Pluma de fase Dissolvida para o composto de Benzeno com suas

isoconcentrações. ...................................................................................................................... 72

Figura 30: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de

Benzeno .................................................................................................................................... 72

Figura 31: Pluma de fase dissolvida para Tolueno com suas isoconcentrações. .................. 725

Figura 32: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de

Tolueno. .................................................................................................................................. 726

Figura 33: Pluma para fase dissolvida para Xileno Totais com suas isoconcentrações. ....... 727

Figura 34: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de

Xilenos Totais. ........................................................................................................................ 728

Figura 35: Pluma de fase dissolvida para Naftaleno com suas isoconcentrações. .................. 80

Figura 36: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do composto de

Naftaleno. ................................................................................................................................. 81

Figura 37: apresenta bens a proteger abertos e fechados. ....................................................... 84

VIII

LISTA DE FOTOS

Foto 1: Sondagem com trado mecânico de seis polegadas ...................................................... 33

Foto 2: Sondagem mecânica com enfoque no furo realizado. ................................................. 33

Foto 3: Amostra de solo e medição dos gases. ........................................................................ 34

Foto 5 Poço de monitoramento com vedação e acabamento da............................................... 38

Foto 4: Detalhe acabamento do poço de monitoramento com CAP de pressão ...................... 38

Foto 6: Detalhe de amostragem PM-02 Fase Livre ................................................................. 38

Foto 7: Fração de água subterrânea e fase livre coletada na purga .......................................... 38

Foto 8: Amostragem de solo pronto para envio ....................................................................... 41

Foto 9: Medidor de nível subterrâneo ...................................................................................... 42

Foto 10: Kit para coleta de água subterrânea ........................................................................... 42

Foto 11: Acondicionamento de amostras para envio ............................................................... 43

IX

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação textural ou granulométrica .................................................................. 6

Tabela 2: Características dos Filtros e Bombas do Empreendimento ..................................... 28

Tabela 3: Características dos tanques de Armazenamento Subterrâneos ................................ 28

Tabela 4: Modelo conceitual do empreendimento .................................................................. 29

Tabela 5: Características das sondagens de reconhecimento .................................................. 34

Tabela 6: Características dos poços de monitoramento instalados ......................................... 36

Tabela 7: Carga hidráulica estimada ....................................................................................... 39

Tabela 8: Medições sazonais para diagnostico do nível freático ............................................ 42

Tabela 9: Resultados do estudo confirmatório das amostras de solo. ..................................... 44

Tabela 10: Resultados do estudo confirmatório das amostras de água subterrânea. ............... 45

Tabela 11: Leituras de VOC metro a metros nas sondagens complementares........................ 50

Tabela 12: Características dos poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma

de contaminação. ...................................................................................................................... 52

Tabela 13: Nova carga hidráulica estimada............................................................................. 55

Tabela 14: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs - 04, 05, 06 e 07. . 57

Tabela 15: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs: 08,10,11 e 15. .... 58

Tabela 16: Resultados Analíticos de Solo para delimitação de pluma PMN: 01 e 02. ........... 59

Tabela 17: Medições sazonais ................................................................................................. 66

Tabela 18: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs:04,

05, 06, 07, 08, 09 e 10. ............................................................................................................. 67

Tabela 19: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs: 11,

12, 13, 15 e PMN 01. ................................................................................................................ 68

Tabela 20: Modelo conceitual de exposição ........................................................................... 82

Tabela 21: Caminhos de exposição dentro e fora da área. ...................................................... 82

Tabela 22: Receptores e vias de exposição da contaminação. ................................................ 83

X

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo executar estudos sistemáticos para a avaliação da água e

do solo subterrâneo de uma área com passivo ambiental, no município de Lucélia - SP. Foram

utilizadas técnicas de investigação voltadas à caracterização qualitativa e quantitativa do

passivo ambiental, tendo como local um posto de revenda de combustível localizado no

município de Lucélia - SP. A área apresentava tanques de armazenamento subterrâneos e

realizava operações de revenda de derivados de petróleo e etanol, assim como troca de óleo. A

metodologia empregada na pesquisa envolveu a identificação de possíveis fontes de

contaminação, assim como a delimitação das áreas suspeitas, investigações geológicas e

hidrogeológicas, avaliação da qualidade da água subterrânea e do solo por meio de medições

em campo de vapores orgânicos voláteis (VOCs). Além disso, foi realizada caracterização dos

contaminantes, a fim de delimitar plumas de contaminação nas fases livre e dissolvida. Por

meio dos resultados dos trabalhos de campo e da integração dos dados geológicos e

hidrogeológicos e do quadro ambiental diagnosticado, foi possível indicar e dimensionar o

impacto ambiental ocasionado pelos derivados de hidrocarbonetos de petróleo, assim como a

definição dos principais meios de exposição para cada receptor e a analise de risco, bem como

propor ações e planos de monitoramento e/ou saneamento no local.

Palavra Chave: Água Subterrânea, Posto de Combustível, Hidrocarbonetos de Petróleo,

Contaminação, Passivo Ambiental.

XI

ABSTRACT

This study aimed to perform systematic studies to assess the water and the underground soil

from an area with environmental liability in the municipality of Lucélia - SP. research

techniques were used aimed at qualitative and quantitative characterization of environmental

liabilities, with the location a fuel retail station in the municipality of Lucélia - SP. The area

had underground storage tanks and realized oil products and ethanol retail operations, as well

as changing the oil. The employed in research methodology involved the identification of

possible sources of contamination, as well as the delimitation of suspicious areas, geological

and hydrogeological investigations, evaluation of the quality of groundwater and soil through

field measurements of volatile organic vapors (VOCs). Furthermore, contaminants

characterization was carried out in order to delimit contamination down in the cart and

dissolved phases. Through the results of the field work and the integration of geological and

hydrogeological data and environmental framework diagnosed, it was possible to indicate and

measure the environmental impact caused by oil hydrocarbon derivatives, as well as the

definition of the main exposure means for each receiver and the analysis of risk and propose

actions and monitoring plans and / or on-site sanitation.

Keyword: Groundwater, Gas Station, Oil Oil, Contamination, Environmental Liabilities.

1

1 INTRODUÇÃO

Diante a realidade da dependência imposta sobre todos os seres vivos quanto à

necessidade de água para sobreviver, uma gestão adequada preventiva dos recursos naturais é

a melhor opção, mesmo que uma parcela da sociedade insista em não dar a devida

importância e continuam a poluir as mais variadas fontes de água, agindo de forma insensata e

passional quanto à essencialidade para nossas vidas.

Algumas das consequências destas atitudes antilógicas de uma má gestão integrada,

são a falta de água potável, as enchentes, as degradações das águas superficiais e a

contaminação do solo e de aquíferos, os quais estudos mais aprofundados se fazem

necessários para diagnosticar estes problemas, visto que, por mais que ocorram em pontos

isolados, acabam por atingir toda a população.

O crescimento populacional, as atividades econômicas a todo vapor, e a busca

incessante a fim de garantir uma “qualidade de vida”, conduzem ao aumento da competição

pelos recursos hídricos, e os conflitos por água acaba sendo inevitável.

A falta de água potável nos grandes centros urbanos vem sendo um dos vilões, e diante

a crescente demanda por recursos hídricos, a exploração da água subterrânea é uma

alternativa para o abastecimento público e para o desenvolvimento econômico da sociedade,

pois além de ser abundante, normalmente apresenta melhor qualidade comparada às águas

superficiais (CETESB, 2005).

Um dos principais problemas ambientais a ser reconhecido como de grande

importância é a contaminação das águas subterrâneas, utilizadas para abastecimento, por

empreendimento que possuem um potencial poluidor elevado, assim, essa contaminação

compromete o uso destas reservas, além de colocar todo entorno em risco eminente.

Segundo CETESB (2001), áreas potencialmente contaminadas, são áreas onde estão

sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras.

Algumas das principais fontes potencialmente contaminadoras são: postos de

combustíveis, aterros sanitários, cemitérios, esgotos e indústrias, assim essas fontes podem

poluir a atmosfera, os rios, as águas subterrâneas, entre outros.

Sánchez (1998 apud CETESB, 2001), diz que existem quatro principais problemas

gerados pelas áreas contaminadas: 1 - existência de riscos à segurança das pessoas e das

propriedades, 2 - riscos à saúde pública e dos ecossistemas, 3 - restrições ao desenvolvimento

urbano, 4 - redução do valor imobiliário das propriedades.

Oliveira (1992) relata que por volta da década de 70, o Brasil passou por um grande

desenvolvimento econômico, consequentemente o número de postos revendedores de

2

combustíveis aumentou, para dar suporte a esse desenvolvimento e deixando como heranças,

vários passivos ambientais.

Os combustíveis são estocados em Tanques de Armazenamento na maioria das vezes

Subterrâneas ((TAS) ou Sistemas de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis (SASC))

e ao longo do tempo, estes interferem diretamente no meio onde se instalam, podendo causar

inúmeros problemas ambientais, principalmente, relacionados a vazamentos de

hidrocarboneto e demandam muitas vezes de grandes investimentos para que voltem a ser

reabilitadas.

Yamada (2004) considera que os tanques de armazenamento subterrâneo representam

um grande risco, pois podem ocasionar vazamentos, originando plumas de contaminação, que

penetram no solo e atingem o lençol freático.

Para evitar maiores prejuízos ambientais e diminuir os riscos de contaminação, e os

riscos de incêndio e explosão no ano de 2001 foi publicada a Resolução CONAMA nº 273 de

2000 tornando obrigatório o licenciamento ambiental para toda instalação e sistema de

armazenamento de derivados de petróleo, configurando-os como empreendimentos

potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais (CONAMA,

2000).

Todavia mesmo com legislações favoráveis a preservação da qualidade ambiental a

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) revelou em 2005 que os

vazamentos em postos de combustíveis foram responsáveis por 73 % dos casos de áreas

contaminadas no Estado de São Paulo, o que corresponde a 1596 áreas (CETESB, 2006).

Oliveira (1999) aponta três impactos decorrentes de vazamentos de hidrocarbonetos

derivados de petróleo: 1) contaminação do solo e água subterrânea por compostos tóxicos

(benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos), constituintes da gasolina e óleo diesel; 2) risco de

incêndios e explosões devido à presença de combustíveis, nos estados líquido e gasoso, em

garagens subterrâneas e outras obras civis; e 3) riscos à saúde humana pela possível ingestão

de água contaminada e inalação de vapores dos compostos orgânicos presentes nos

combustíveis.

Essa pesquisa abordou um estudo de caso referente a um posto de revenda e

armazenamento de combustível localizado no interior do estado de São Paulo e visou

apresentar o diagnóstico geoambiental da contaminação de solo e águas subterrâneas.

No estudo, técnicas investigativas de reconhecimento visaram a definição e

quantificação das substancias químicas de interesse a partir de sondagens e analises químicas,

identificando o grau de impacto na área suspeita de contaminação.

3

O parecer ambiental propiciou a tomada de decisões para programar medidas

corretivas/reparadoras para a remediação da área impactada.

4

2 OBJETIVO

O presente estudo teve por objetivo executar estudos sistemáticos para avaliar a

qualidade do solo e da água subterrânea de um posto de revenda de combustível localizado na

cidade de Lucélia – SP. Além disso, objetivou-se dimensionar as possíveis plumas de

contaminação, os principais meios de exposição para cada receptor, análise de risco e propor

ações e planos de monitoramento e/ou saneamento no local.

5

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 SOLO

O termo solo origina-se do Latim “solum” = suporte, superfície, base e segundo

EMBRAPA (1999) define-se solo como “uma coleção de corpos naturais constituídos por

parte sólida, líquida e gasosa, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e

orgânicos, que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais. Contém

matéria viva e podem ser vegetados”, tornando-se um elemento indispensável, pois utilizamos

o solo para basicamente duas finalidades: ocupação no espaço urbano e utilização no espaço

rural, ambas de grande importância para o desenvolvimento da vida humana.

O solo é o resultante da interação de cinco fatores ambientais: material de origem,

clima, relevo, organismos e tempo (Jenny, 1941).

3.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM

Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais: solos

residuais, solos sedimentares e solos orgânicos.

3.1.1.1 SOLOS RESIDUAIS

São os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma

gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos residuais, é necessário

que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a velocidade de remoção pelos

agentes externos. Estando os solos residuais apresentados em horizontes (camadas) com graus

de intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual

maduro, saprolito e a rocha alterada (Vaz, 1996).

3.1.1.2 SOLOS SEDIMENTARES OU TRANSPORTADOS

São os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando

transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras)

(Wolle, 1985).

3.1.1.3 SOLOS ORGÂNICOS

Vaz (1996) define que solos orgânicos são originados da decomposição e posterior

apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou

6

animal. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis.

Em algumas formações de solos orgânicos ocorre uma importante concentração de folhas e

caules em processo de decomposição, formando as turfas (matéria orgânica combustível).

3.1.2 CLASSIFICAÇÕES: TEXTURAL E GENÉTICA

A classificação textural ou granulométrica distingue os diferentes tipos de solos

segundo o tamanho dos grãos que os compõem. A NBR 6502 (1995) classifica os solos,

segundo a sua granulometria, em:

Tabela 1: Classificação textural ou granulométrica

FRAÇÃO DIÂMETRO DA PARTÍCULA – D (MM)

Argila D < 0,005

Silte 0,005 < D < 0,05

Areia fina 0,05 < D < 0,42

Areia média 0,42 < D < 2,0

Areia grossa 2,0 < D < 4,8

Pedregulho 4,8 < D < 76

Fonte: ABNT/NBR 6502, 1995.

3.1.3 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS

Segundo Guiguer (2000) as propriedades físicas dos solos que mais influenciam o

comportamento dos hidrocarbonetos líquidos são:

3.1.3.1 POROSIDADE

Os poros do solo são representados por cavidades de diferentes tamanhos e formas,

determinados pelo arranjamento das partículas sólidas (Hillel, 1972; Marques, 2000), e

constituem a fração volumétrica do solo ocupada com ar e solução (água e nutrientes). Os

poros do solo correspondem, portanto, ao espaço onde ocorrem os processos dinâmicos do ar

e da solução do solo (Hillel, 1972).

3.1.3.2 PERMEABILIDADE E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA

A condutividade hidráulica, também conhecida como coeficiente de permeabilidade, é

a capacidade do fluido de se mover nos espaços vazios intersticiais do sedimento ou rocha. A

7

condutividade hidráulica do solo determina o fluxo de água no solo, sendo dependente de

propriedades do solo como distribuição de tamanho e forma das partículas, tortuosidade,

superfície especifica e porosidade. Estas apresentam reflexo na geometria porosa dos solos

(Libardi, 2005).

A condutividade hidráulica tem sua importância devido à maior ou menor facilidade

de deixar passar a água, determinando, na maior parte dos casos, a principal componente da

propagação dos contaminantes. (Santos 2009.)

3.2 ÁGUA SUBTERRÂNEA

Embora toda água situada abaixo da superfície da Terra seja evidentemente

subterrânea, na hidrogeologia a denominação, água subterrânea, é atribuída apenas à água que

circula na zona saturada, isto é, na zona situada abaixo da superfície freática. Aquífero é a

formação geológica do subsolo capaz de servir de depositório e de transmissor da água nele

armazenada. (Santos, 2009)

De acordo com ABAS (2007) uma litologia só será aquífera se, além de ter seus poros

saturados (cheios) de água, permitir a fácil transmissão da água armazenada.

3.2.1 AQUÍFEROS

Etimologicamente “aquífero” significa: aqui = água; fero = transfere; ou do grego,

suporte de água (ABAS, 2015), podem ser classificados de acordo com a pressão das águas

nas suas superfícies limítrofes, ou de acordo com a porosidade.

A litologia do aquífero, ou seja, a sua constituição geológica (porosidade/permeabi-

lidade intergranular ou de fissuras) é que irá determinar a velocidade da água em seu meio, a

qualidade da água.

3.2.1.1 AQUÍFERO LIVRE OU FREÁTICO

Sua formação geológica é permeável e superficial, totalmente aflorante ou seja sua

superfície encontram à pressão atmosférica que servem de recarga direta, e limitado na base

por uma camada impermeável. O nível da água varia segundo a quantidade de chuva São os

mais explorados pela população, respectivamente os mais susceptíveis a contaminação

(Borghetti, 2004).

8

3.2.1.2 AQUÍFERO CONFINADO OU ARTESIANO

Sua formação geológica permeável, confinada entre duas camadas impermeáveis ou

semipermeáveis onde a pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão

atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água ascenda no poço (ABAS, 2015).

A figura 1 apresenta as características dos aquíferos quanto sua condição e

característica.

Figura 1: Características dos aquíferos. Fonte: Borghetti (2004).

Em relação aos tipos de espaços vazios os aquíferos podem ser classificados da

seguinte forma pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 2007 e apresentados na figura

2.

Figura 2: Porosidade dos Aquíferos, Fonte: Borghetti (2004).

3.2.1.3 POROSO

A água fica armazenada nos espaços porosos criados durante a formação da rocha,

como exemplo tem-se o arenito do Sistema Aquífero Guarani. Os aquíferos porosos

funcionam como esponjas onde os espaços vazios são ocupados por água (Borghetti, 2004).

9

3.2.1.4 FISSURAL (CRISTALINO/EMBASAMENTO CRISTALINO)

A água circula pelas fissuras resultantes do fraturamento das rochas relativamente

impermeáveis (ígneas ou metamórficas), como os basaltos que estão sobre o arenito do

Guarani (Rebouças, 2006).

3.2.1.5 CÁRSTICOS

São os aquíferos formados em rochas carbonáticas (sedimentares, ígneas ou

metamórficas). Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à

dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando, neste

caso, verdadeiros rios subterrâneos (Borghetti, 2010).

3.3 FLUIDO CONTAMINANTE

O petróleo bruto é uma complexa mistura de compostos orgânicos, na maior parte

alcanos e hidrocarbonetos aromáticos, com poucas quantidades de elementos como oxigênio,

nitrogênio e enxofre. Solomons (1996).

Em geral, todas as formas do petróleo são quase que completamente compostas por

uma mistura de hidrocarbonetos de peso molecular variável e, na média, contém

aproximadamente 84,5% de carbono, 13% de hidrogênio, 1,5% de enxofre, 0,5% de

nitrogênio e 0,5% de oxigênio (Silva 2002 apud Fetter, 1999).

A fonte primária, dos derivados de petróleo é o óleo cru, que por meio de destilação

fracionada, são produzidas misturas combustíveis, caracterizadas pelos seus respectivos

intervalos de temperatura e pressão como, por exemplo, a gasolina e óleo diesel. Silva (2002).

Os hidrocarbonetos são compostos orgânicos constituídos por átomos de carbono e

hidrogênio arranjados em estruturas variadas, são divididos em alifáticos e aromáticos e

diferem pelo padrão e ligações carbônicas, conforme Figura 3.

10

Figura 3: Relações estruturais entre os hidrocarbonetos (Silva 2002 apud Potter &

Simmons 1998)

Os hidrocarbonetos possuem a estrutura da polaridade que explica como as moléculas

desses compostos interagem entre si e com a água: com o incremento da polaridade, a

solubilidade na água e o ponto de ebulição também se elevam (Silva 2002 apud Potter e

Simmons, 1998).

Hidrocarbonetos alifáticos compreendem o grupo dos alcanos (cicloanos), alcenos e

alcinos, conforme o tipo de ligação apresentada entre os átomos de carbono estes podem ser:

simples, dupla ou tripla ligação (Silva, 2002).

Os alcanos apresentam estrutura cíclica, chamados cicloalcanos, também conhecidos

como naftenos. Os hidrocarbonetos aromáticos são representados pelos monoaromáticos do

grupo benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX) e os hidrocarbonetos policíclicos

aromáticos (PAH - Polycyclic Aromatic Hydrocarbons), formados pela fusão de dois ou mais

anéis de benzeno (Silva, 2002).

3.3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS

As características físico-químicas dos fluidos contaminantes podem ser caracterizadas

pela miscibilidade, que é a propriedade de duas ou mais substâncias líquidas misturarem entre

si com maior ou menor facilidade, podendo ser pela diferenciação entre leve e denso que é

dada pela densidade específica de cada composto em relação à água.

Os diferentes tipos de líquidos imiscíveis com a água são denominados de NAPLs lê-

se “népol” (Non Aqueous Phase Liquid – para qualquer liquido imiscível), onde diferenciam-

se aqueles menos densos que a água, os LNAPLs lê-se “elnépol” (Light Non Aqueous Phase

Liquid - Liquido imiscível menos denso que a água), grupo em se enquadram os

11

hidrocarbonetos de petróleo constituintes de combustíveis como a gasolina e óleo diesel, e

aqueles mais densos que a água, os DNAPLs lê-se “dinépou” (Dense Non Aqueous Phase

Liquid – liquido imiscível e mais denso que a água), grupo que abrange os hidrocarbonetos

alifáticos clorados (p. ex. percloroeteno, tricloroeteno) (Guiguer, 2000 apud Mariano, 2006 ;

Fetter, 1999).

As propriedades físico-químicas e o particionamento entre as fases líquida, vapor e

sólida dos hidrocarbonetos são influenciados pela pressão e temperatura do ambiente e do tipo

e quantidade de outras espécies de compostos.

Caso ocorra a contaminação do solo e águas subterrâneas por hidrocarbonetos de

petróleo, em decorrência de vazamento de tanque de armazenamento subterrâneo (TAS), ou

rompimento de linhas de transmissão ou outra forma que coloque o combustível em contato

com o meio, o comportamento destas substancias dependeram principalmente das suas

características físico-químicas e da sua relação in locu do ambiente, a gasolina e o óleo diesel

que são compostos de baixa massa específica, poderão formar essa fase líquida orgânica,

assim constituirá a fase imiscível, também denominada fase livre, ou NAPL (Oliveira, 1992)

Pode-se definir a gasolina como líquido volátil inflamável, extremamente complexa,

formada de vários tipos de hidrocarbonetos, onde a maior parte dessas substancias são

classificadas como alifáticos ou aromáticos. Para a produção é necessário alguns processos

de destilação direta, craqueamento, reformação e polimerização que se desenvolvem nas

refinarias, para investigações de cunho ambiental a gasolina é identificada pelos

hidrocarbonetos aromáticos denominados BTEX. (Neiva,1986; Kolesnikovas, 2006).

O óleo diesel é mais viscoso que a gasolina, sua composição principal são os

hidrocarbonetos de cadeias simples, que são os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos

(PAHs). Ele é produzido nas refinarias de petróleo a partir da mistura de diversas substâncias,

como o querosene, gasóleos, nafta pesada, diesel leve, diesel pesado, e outros provenientes

das diversas etapas do processamento do óleo bruto, possui como principais compostos na

análise ambiental: o antraceno, benzo(a)pireno, nenzo(a)antraceno, benzo(b)fluoranteno,

benzo(g,h,i)perilino, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3)pireno, criseno, fenantreno,

fluoranteno, fluoreno e naftaleno (Kolesnikovas, 2006; Pérez, 2007).

Os combustíveis líquidos possuem varias propriedades que podem influenciar a

mobilidade e a retenção das substancias no solo: densidade, viscosidade dinâmica,

solubilidade e pressão de vapor.

Silva (2002), relata que a densidade dos combustíveis líquidos é menor que a da água

e essa diferença pode causar um efeito significativo no escoamento e retenção dos

combustíveis líquidos em solo úmido ou saturado em água. Com o aumento da temperatura

12

tende a baixar a densidade e a viscosidade, e pode causar uma mobilidade maior dos

combustíveis líquidos no solo.

A solubilidade dos constituintes de hidrocarbonetos é a medida de quanto um

constituinte pode se dissolver em água. Os constituintes que apresentam solubilidade maior

são os aromáticos leves como o benzeno, o tolueno, o etilbenzeno e o xileno (Santos, 2009).

Quando um vazamento de hidrocarbonetos derivados de petróleo é evidenciado os

fluidos podem apresentar as seguintes fases:

As principais características e comportamento de cada uma das quatro fases são

apresentadas abaixo na figura 4 evidenciada por Silva (2002).

Figura 4: Perfil esquemático de solo impactado por vazamento de combustível, proveniente

de TASC (Tanque de Armazenamento Subterrâneo de Combustível). Fonte: Silva (2002).

3.3.2 HIDROCARBONETOS EM FASE LIVRE

Associa fase livre quando á existência de um derramamento ou vazamento de

combustíveis em fase liquida para o solo, este percola no solo pelas forças das capilaridades e

gravitacional, ao chegar à zona não saturada ou saturada, os hidrocarbonetos por serem menos

denso que a água, apresentam-se sobrenadantes à franja capilar, estes dos quais não foram

adsorvido pelas partículas do solo, assim podendo constituir – se como um véu sobre o topo

do freático livre (Oliveira, 1992).

13

3.3.3 HIDROCARBONETOS EM FASE ADSORVIDA OU RETIDA

Refere-se as variações freáticas inerentes, e ocupa uma banda sobre o topo da fase

livre em meio as porosidades do solo. Essa banda pode ser mais ou menos significativa,

dependendo da viscosidade do produto, da porosidade do solo e das oscilações do freático

livre (Silva, 2009).

3.3.4 HIDROCARBONETOS EM FASE DISSOLVIDA

Ocorre quando os compostos orgânicos são solubilizados na água das zonas não

saturada e saturada, é o resultado do contato da água, solo e a fase liquida do combustível.

Segundo Silva 2002 a fase dissolvida representará a de maior volume em função da

maior mobilidade dos compostos dissolvidos na água, em contrapartida a maior parte do

composto se apresentará em fase livre e adsorvida ao solo.

3.3.5 HIDROCARBONETOS EM FASE VAPOR

A fase vapor resulta da volatização dos combustíveis nas demais fases constituintes,

estes ocupam os vazios dos solos ou rocha, onde possuem mais significância na zona vadosa,

de acordo com as características físicas e químicas do contaminante e do aquífero a migração

pode ser mais ou menos representativa.

A figura abaixo representa todas as fases de contaminantes em meio saturado e

insaturado no solo.

Figura 5: Meios de Contaminação. Adaptado de EPA (1996).

14

3.4 TOXICIDADE E EFEITOS À SAÚDE

Segundo Silva, 2002 a toxicidade dos hidrocarbonetos é avaliada em função do tipo

de exposição, que está relacionado ao caminho de entrada do composto no organismo”, essa

exposição dos receptores é a chave para a quantificação do risco.

Os meios de exposição de cada receptor possuem como agravantes as formas e os

ambientes nas quais se encontram, ou seja, os “bens a proteger”, estes relacionados à

quantificação dos impactos e diante dos valores máximos aceitáveis, influenciaram nos efeitos

a saúde humana e na qualidade do meio.

Assim o acúmulo de vapores de hidrocarbonetos pertinentes aos vazamentos de

combustíveis em solo e água subterrânea caracteriza uma situação de risco a saúde humana,

através das exposições de um possível consumo da água impactada e da inalação destes

vapores em ambientes abertos ou fechados. (Silva, 2002)

Os termos Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (HTP) ou TPH em inglês (Total

Petroleum Hydrocarbon) são usados para descrever a família de centenas de compostos

químicos originados do refino do petróleo, alguns destes hidrocarbonetos apresentam alta

toxicidade aos seres vivos, a exemplo do benzeno, que podem afetar o sistema nervoso, a

medula óssea, provocar dores de cabeça, náusea, anemia e leucemia (ATSDR, 1999 apud

Silva, 2009).

Os padrões normativos estabelecidos pelo Ministério da Saúde classificou o

hidrocarboneto monoaromáticos Benzeno, da família do BTEX (Benzeno, Tolueno,

Etilbenzeno e Xilenos) que são constituintes da gasolina como o mais tóxico causando

depressores do sistema nervoso central e por causar leucemia em exposições crônicas. (Silva;

2009).

3.5 LEGISLAÇÃO

3.5.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL

Com o aumento dos impactos ambientais decorrentes por acidentes nas áreas de

influencia dos postos de combustíveis em função da manutenção inadequada ou insuficiente,

da obsolescência dos sistemas e equipamentos, tornou-se necessário a elaboração de leis,

decretos e resoluções a fim de normatizar e padronizar os serviços e as técnicas prestadas para

proteger o meio ambiente e assegurar a sadia qualidade de vida. (Santos, 2009)

De acordo com a Lei Federal nº 9.605/98, regulamentada pelo Decreto no 3.179/99, é

considerado crime ambiental a poluição decorrente dos combustíveis derivados de petróleo,

15

assim como a Lei Federal 9.478/97 estabelece que seja de obrigação da Agência Nacional do

Petróleo (ANP) promover a regulamentação, contratação e fiscalização do setor, assim

incentivando o desenvolvimento nacional sustentado nos pilares da preservação do interesse

publico e do meio ambiente (Marques, 2008).

A Resolução CONAMA Nº 273/2000 assim como sua complementação o CONAMA

Nº 319 de 4 de dezembro de 2002, prevê o licenciamento dos empreendimentos que

comercializem ou manipulem hidrocarbonetos derivados de petróleo, definido que tais

substâncias são um risco potencial a qualidade e preservação do meio ambiente, segurança e

saúde publica, definindo-se que a prevenção e o controle da poluição deve ser primordiais

nas fontes potenciais de contaminação ou seja nos sistemas de armazenamento e distribuição

dos combustíveis.(CETESB, 2006).

Todavia fica sob-responsabilidade dos órgãos competentes exigir os critérios mínimos

para que os empreendimentos estejam adequados e em consonâncias a toda legislação para a

concessão das licenças.

3.5.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental é a agência do estado de São

Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades

geradoras de poluição, com a preocupação fundamental de preservar e recuperar a qualidade

das águas, do ar e do solo estabelecidas com a Lei Estadual Nº 997 de 31 de maio de 1976 e

Decreto Estadual Nª 8.468 de 8 de setembro de 1976. (CETESB, 2007)

Segundo Santos (2009), a CETESB tem como metodologia os padrões holandeses de

lei de proteção do solo criada em 1987, assim a definição dos valores referenciais de

qualidade do solo e das aguas subterrâneas foram adequados para as realidades do estado

paulista.

Tal metodologia aborta três níveis de valores orientadores nas quais Silva et al (2009)

as classifica :

Valor de Referência de Qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, que define um solo como limpo ou a qualidade natural da água subterrânea;

Valor de Prevenção (VP): é a concentração de determinada substância, acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea;

Valor de Intervenção (VI): é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de exposição genérico. Para o solo, foram estabelecidos 03 cenários de exposição, Agrícola-Área de Proteção Máxima - APMax, Residencial e Industrial.

16

Para classificar como área contaminada os estudos de investigações geoambientais,

devem identificar a presença de substancias na água ou solo em concentrações acima dos

valores de intervenção aplicáveis, e as etapas de diagnostico devem ser divididas

cronologicamente, sendo elas: Investigação Preliminar, Investigação Detalhada e Analise de

Risco, para posteriormente propor técnicas ou meios de monitoramento ou remediação afim

de reabilitar a área (Silva, 2009).

3.6 ESTUDOS AMBIENTAIS

3.6.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR CONFIRMATÓRIA

A Investigação Preliminar ou Investigação de Passivos Ambientais visa identificar

área com potencial e sob suspeita da existência de uma contaminação, analisando a possível

presença de hidrocarbonetos constituintes de combustíveis automotivos e/ou de lubrificantes

no subsolo e na água subterrânea, possibilitando concluir a partir de analises químicas a

possível presença de contaminação.

Silva (2009) relata que a investigação preliminar tem a função de realizar um

diagnostico ambiental com finalidade determinar a qualidade ambiental da área de influência

da implantação do empreendimento, de modo a interagir com o meio biótico, abiótico e

socioeconômico, visto que tal interação serve como referencial para as etapas posteriores de

estudos ambientais.

A ABNT/NBR 15.515-1 (2007) define como avaliação preliminar o início da

avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea, com intuito de identificar uma

possível contaminação, a partir de trabalhos em campo e históricos do local.

3.6.2 INVESTIGAÇÃO DETALHADA

Após a identificação da existência do impacto ambiental detectando uma

contaminação, á necessidade de um estudo mais detalhado a fim de confirmar a degradação

em suas especificidades garantindo a delimitação da área afetada, essa delimitação pode ser

necessária tanto para o solo quanto para a água subterrânea, podendo ser estendida para outros

meios, caso seja necessário. (Picchi, 2011)

Nessa etapa as características das fontes de contaminação (primarias e secundarias),

assim como a área e o volume afetado pelas substancias identificadas e suas concentrações

são elementos indispensáveis para o êxito do estudo. (CETESB, 1999, 2007)

17

O meio físico onde se encontra o impacto, deve ser criteriosamente caracterizado

como, a geologia local, hidrogeologia e sua dinâmica assim como o uso e ocupação do solo

do entorno, visando o levantamento de todos os receptores ao risco evidenciado.

A dinâmica natural das características geológicas e hidrogeológicas ajudaram a

construção do modelo conceitual do local visando o entendimento dos contaminantes na zona

saturada e não saturada (Picchi, 2011).

A síntese do estudo representa o modelo conceitual da área, sendo fundamental para a

continuidade do gerenciamento da área. Este deverá apresentar todo o conhecimento da área

contaminada identificando as fontes primárias e secundárias de contaminação, os mecanismos

de transporte e os caminhos preferenciais de movimentação dos contaminantes, as vias de

exposição e os receptores potencialmente afetados. (CETESB, 2007)

Contudo o estudo deve conter um mapeamento horizontal e vertical da contaminação

estimando a quantidade do contaminante, a caracterização do meio físico e seu entorno

visando o entendimento da dinâmica de transporte das substancias assim prever e identificar

as vias de exposição e receptores (modelo conceitual) para a realização da Avaliação de Risco

a saúde humana. (CETESB, 2007)

3.6.3 ANÁLISE DE RISCO

CETESB, 1999 define como risco a probabilidade de ocorrência de efeito(s) diverso(s)

em receptores expostos (bens à proteger) a contaminantes presentes em uma área

contaminada.

Maluf, 2009 define o risco à saúde humana como a possibilidade de um evento nocivo

(morte, dano ou perda) ocorrer como resultado da exposição a agentes físicos ou químicos em

condições específicas.

Já a analise de risco pode ser definida como o processo pelo qual são identificados,

avaliados e quantificados os riscos à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a

proteger em relação à exposição às substancias tóxicas. (SÃO PAULO, 2009)

A análise de risco é uma estimativa da exposição a uma determinada substância e a

avaliação do efeito adverso à saúde humana em decorrência desta exposição, assim são

definidas as probabilidades consideradas aceitáveis para o tipo de ocupação da área por meio

da análise de multi-cenário (CETESB, 2001).

Com a execução da avaliação de risco pode-se concluir a existência de contaminação

embora a mesma, não signifique risco toxicológico, ou seja, a avaliação de risco definirá a

necessidade de implementação de medidas de intervenção. (CETESB, 1999, 2007).

18

As medidas de intervenção são de acordo com o risco apresentado, caso a área não

apresente risco constatado pelas concentrações estarem abaixo dos valores orientadores

aceitáveis a área deverá ser monitorada para encerramento de modo a certificar-se que a

contaminação não exceda as concentrações máximas permitidas já calculadas, um prazo para

o monitoramento deve ser estipulado estabelecendo metas. (CETESB, 2007).

Para os casos em que extrapolem as metas estabelecidas ou os que apresentarem riscos

toxicológicos eminentes, medidas de controle que visem o gerenciamento do risco devem ser

empregadas, podendo ser de caráter emergencial, institucional de engenharia ou remediação,

definido respectivamente a partir do perigo apresentado (CETESB, 2007).

As situações de perigo que envolvam um risco eminente, acidente ou um cenário de

exposição aguda deve ser caracterizado como medida emergencial e executado durante

qualquer etapa da investigação, já a aplicação das técnicas de remediação, devem ser

executadas quando o risco à saúde estiver acima dos valores aceitáveis, quando houver a

necessidade de proteção de receptores ecológicos, ou mesmo quando ocorrerem situações de

perigo. (Oliveira, 2001)

Para os casos de medidas administrativas ou institucionais poderão ser implementadas

em substituição ou complementação à aplicação de técnicas de remediação.

Picchi, 2011 relata que a medida institucionais ocorreram por meio da restrição ao uso

do solo, restrição ao uso de água subterrânea, restrição ao uso de água superficial, restrição ao

consumo de alimentos, ou mesmo, via restrição ao uso de edificações.

As medidas de controle de engenharia visão técnicas utilizadas na construção civil,

voltadas ao interrompimento da exposição dos receptores aos contaminantes, podendo

substituir ou complementar as técnicas de remediação (CETESB, 1999).

Com as medidas de intervenção definidas pela analise de risco, um plano de

intervenção deve ser empregado de modo a garantir a ocupação segura do local, isenta de

riscos toxicológicos, ou seja, apresentando medidas ao gerenciamento da áreas de risco.

(CETESB, 1999, 2007).

A figura abaixo apresenta uma representação das ações a serem tomadas para

gerenciar o risco com a melhor escolha de controle a ser adotado.

19

Figura 6: Ações a serem adotadas no gerenciamento do risco Fonte: CETESB (2007).

3.6.4 REMEDIAÇÃO

A remediação de uma área consiste na execução de técnicas de tratamento,

descontaminação ou de contenção, cujo objetivo é a redução do nível de risco toxicológico a

partir de metas previamente estabelecidas, assim o conhecimento e a caracterização dos

contaminantes bem como suas concentrações e extensões são fatores primordiais para a

escolha da melhor técnica a ser empregada. (CETESB, 1999, 2007)

A execução dos estudos de investigação detalhada e analise de risco orientaram as

metas de remediação do local, visto que o processo de remediação deverá ser executado até

que elas sejam atingidas ou que as concentrações máximas aceitáveis sejam alcançadas,

posterior a eficácia do sistema de remediação, a área devera ser monitorada e comprovada por

ensaios laboratoriais para o encerramento do caso.

O monitoramento para encerramento deverá ser realizado por quatro companhas

semestrais de amostragem e análise, coincidentes com os períodos de maior e menor elevação

do nível freático, assim possibilitam o diagnostico das variações das concentrações de

contaminantes em ciclos hidrológicos distintos. (CETESB, 2007)

20

Permanecendo as concentrações abaixo das metas de remediação definidas para a área

a mesma poderá ser reabilitada para o uso declarado (Picchi, 2011).

3.6.4.1 TÉCNICAS DE REMEDIAÇÃO

Existem inúmeras técnicas de remediações compreendidas na realização das ações na

própria área (on site) pode ser de dois tipos: ativo ou passivo, ou a transferência para

tratamento externo (off site). (CETESB, 1999).

Seabra (2005), define que as técnicas de remediação podem ser aplicadas

separadamente ou em conjunto, tendo como finalidade três estratégias básicas: destruir ou

alterar o contaminante; extrair ou separar os contaminantes do local; ou então imobilizar os

contaminantes.

O sistema ativo de tratamento “on site” constitui-se na remoção do material

contaminado e tratamento fora (ex situ) podendo ser facultativo a reposição no local de

origem após o tratamento. (CETESB, 1999)

Todavia o sistema passivo de remediação “on site” trata a contaminação diretamente

no local de origem (in situ), ou seja, não há remoção do material contaminado, quer seja água

ou do solo. (Mariano, 2006)

Podemos diferenciar as técnicas de remediação em processos destrutivos, processos de

concentração ou de transferência.

Os processos destrutivos convertem as substancias químicas identificadas em

compostos menos tóxicos ou totalmente mineralizados, como oxidação/redução química,

biodegradação e processos térmicos (Bisognin, 2012).

Processos de concentração ou de transferência não destroem o contaminante, mais

transferem para outras fases de estado os concentrando (sólida, gasosa ou liquida) partindo do

princípios de adsorção, a filtração, sedimentação, extração de vapores. (CETESB, 1999)

21

4 METODOLOGIA DE PESQUISA

Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada revisão bibliográfica por meio de

artigos científicos, livros, teses e dissertações, para o entendimento das temáticas abordadas

no estudo. Também foi realizada revisão da legislação ambiental federal e estadual para a

análise dos resultados da pesquisa científica.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo compreendeu a

aplicação sistemática de procedimentos contidos no Manual de Gerenciamento de Áreas

Contaminadas, adotado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB),

disponível no site da companhia. A metodologia baseou-se no gerenciamento integrado da

área de estudo e foi desenvolvido em quatro etapas.

ETAPA 1 - Trabalhos Prévios e Investigação Preliminar:

Os trabalhos prévios para o diagnostico da área foram embasados em levantamentos

bibliográficos de artigos científicos e estudos ambientais já realizados pela Geo-Analitica

Estudos e Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

Os levantamentos em campo visaram a identificação das fontes potenciais de

contaminação, entrevistas com funcionários e proprietários do empreendimento afim de

elaborara o modelo conceitual da área para definição do potencial de contaminação do área.

ETAPA 2 - Confirmatória do Solo e das Águas Subterrâneas.

Após a identificação de classificação da área do empreendimento como um potencial

de contaminação, a investigação confirmatória foi iniciada com intuito diagnosticar as

possíveis contaminações existentes no local por hidrocarbonetos derivados de petróleo.

Para a investigação do solo foram realizadas sondagens de reconhecimento geológicas

e pedológicas com trado mecânico, por meio de uma maquina rotativa, em cada sondagem

foram realizados medições VOC metro á metro do material retirado com equipamento de

medição de gases em solo, assim definindo a amostra de solo que apresentou a maior

concentração de gases, estas foram encaminhadas a um laboratório certificado pelo

INMETRO para analise dos parâmetros de BTEX, PAH e Etanol.

22

Nas sondagens realizadas, foram instalados poços de monitoramento de água

subterrânea de acordo com NBR 13.895, com intuito de diagnosticar os possíveis impactos

dos hidrocarbonetos derivados de petróleo.

Após a instalação dos poços de monitoramento, foi realizado o desenvolvimento

(purga) para a eliminação de particulados finos eventualmente presentes com a utilização de

um amostrador descartável bayler.

A coleta das amostras foram realizadas com amostradores e frascarias descartáveis e

próprias para as analises de BTEX, PAH e Etanol.

O levantamento geométrico foi realizado para a determinação das cargas hidráulicas

nos poços de monitoramento instalados, com a correlação planialtimétrica entre eles. Para

realizar o levantamento foram realizadas leituras diretamente na régua, a partir de um ponto

de visada, do equipamento de “nível”.

ETAPA 3 – Investigação Detalhada e Analise de Risco

A investigação confirmatória possibilitou o diagnostico da área como contaminada,

assim se fez necessário a investigação detalhada do local e a analise de risco no qual o

impacto por hidrocarbonetos poderiam gerar para o meio ambiente e a saúde humana do

entorno do empreendimento.

Foram necessários as realizações de novas sondagens e instalação de poços de

monitoramento para coleta e analise de solo e água subterrânea afim de delimitar as plumas de

contaminação das fases retidas, livres e dissolvida existentes no local.

Os resultados de solo e água dos novos pontos investigados possibilitaram a integração

e interpretação do novo modelo conceitual existente no empreendimento, assim realizou-se a

analise de risco de acordo como as tabelas de risco da CETESB, concluindo o diagnostico

ambiental do local.

ETAPA 4 - Proposições para o Saneamento Ambiental da Área Investigada.

Com os resultados do diagnostico ambiental do empreendimento e o novo modelo

conceitual de área contaminada, propiciou a propostas de técnicas de remedição e medidas de

intervenção a fim de minimizar e sanar os impactos dos hidrocarbonetos ao risco a saúde

humana.

23

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR

5.1.1 LOCALIZAÇÃO

O município de Lucélia pertence à região conhecida como Alta Paulista, oeste do

estado de São Paulo; de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a

população estimada, em 2014, foram de 21 059 habitantes; possui uma área de 314,455 Km² e

limita-se com as cidades de Adamantina, Bento de Abreu, Rubiácea, Salmourão, Inúbia

Paulista, Sagre, Pracinha e Mariápolis.

A cidade localiza-se no espigão divisor de águas dos rios Peixe/Aguapeí, e pertence a

UGRHI 21 (Unidade de Gerenciamento de recursos Hídricos da bacia do rio do Peixe), tendo

parte de seu território na UGRHI 20 (Unidade de Gerenciamento de recursos Hídricos da

bacia do rio Aguapeí).

O relevo do município segue a estrutura regional, em que as camadas sub-horizontais,

com suave caimento para oeste, constituem uma plataforma nivelada em cotas próximas a 500

metros nos limites orientais, atingindo, na foz do Rio Paranapanema, o solo da região

predomina o podzólico variação Lins e Marília, com manchas de Latossolo vermelho escuro

CETEC 1998.

O clima da região de Lucélia/SP é caracterizado, no inverno, pela presença de um

período seco sob influência predominante dos Sistemas Polares; no verão, por um período

chuvoso, influenciado pelos Sistemas Tropicais (Continental e Atlântico).

A precipitação anual média é de 1320 mm, período de 1963 a 1992, segundo dados do

Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), posto de Lucélia/SP (C8-018). A

temperatura média anual fica entre 19,4ºC e 23ºC (DAEE, 2000).

5.1.2 CARACTERIZAÇÃO GEOLOGICA REGIONAL

Segundo o IPT et al 1981, no Mapa Geológico do Estado de São Paulo, a cidade de Lucélia

situa-se a formação Presidente Prudente do grupo Bauru.

A Formação Presidente Prudente ocorre nas cotas mais altas dos interflúvios regionais, abaixo das quais aflora a Formação Vale do Rio do Peixe. O contato entre elas é interdigitado, denotando a gradual instalação da primeira (depósitos fluviais) sobre a segunda (depósitos eólicos). Constituída por arenitos muito finos a finos (dominantes) e lamitos arenosos, lentes arenosas com estratificação cruzada acanalada, isoladas ou múltiplas (unidades de corte-e preenchimento);

24

arenitos em corpos tabulares com estratificação sigmoidal interna; arenitos a siltitos em camadas tabulares, com estratificação plano-paralela e estruturas de fluxo aquoso de regime inferior dominante; e lamitos argilosos em geral maciços, em estratos tubulares.

Figura 7: Mapa Geológico Regional.

5.1.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA REGIONAL

O Aqüífero Bauru ocupa aproximadamente a metade oeste do território do Estado de

São Paulo possuindo uma área aproximada de 96.880 km². Os limites do Aqüífero Bauru no

Estado compreendem a oeste e noroeste o Rio Paraná, a norte o Rio Grande, a sul o Rio

Paranapanema e áreas de afloramento da Formação Serra Geral, que delimitam também o

aqüífero na região leste.

O Aqüífero Bauru é constituído pelas rochas sedimentares dos Grupos Bauru e Caiuá

(FERNANDES & COIMBRA 1992), depositados na Bacia Bauru, designação efetuada por

FERNANDES (1992). A sedimentação na Bacia Bauru ocorreu em duas fases principais, a

primeira em condições essencialmente desérticas e, a segunda, em clima semi-árido, com

maior presença de água.

Figura 8: Mapa Hidrológico Regional.

5.1.4 LEVANTAMENTO DE DADOS E VISTORIA DETALHADA DA ÁREA

Em março de 2015, foi realizado o inicio dos trabalhos de campo, no empreendimento

em questão, que localizou-se no perímetro urbano da cidade de Lucélia –SP.

Com área menor de 2000 m², o posto possuía como sistema de armazenamento de

combustíveis tanques subterrâneos e trabalha na revenda de gasolina, etanol e diesel, também

no empreendimento havia prestação de serviços de troca de óleo e conveniência.

A figura 9 apresenta o layout do empreendimento e sua localização.

Figura 9: Layout do empreendimento

O volume médio mensal de combustível que era movimentado era de

aproximadamente 80.000 litros de gasolina, 100.000 litros de etanol, 20.000 litros de diesel.

Machado (1998) prevê grande importância na identificação das linhas, bombas e

bocais e tanques de armazenamento, uma vez que a incidência de vazamentos nestes

equipamentos é grande.

As tabelas abaixo evidenciam as características dos tanques de armazenamento de

combustíveis e das bombas e filtros de abastecimento.

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

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/ ABASTECIM

ENTO

PASSEIO

RUAP

ASSEIO

ARM

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W.C

CIR

C.

QU

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SIT

O

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LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

AVENIDA

Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

*Nota: Área Total Terreno 637,00 m²

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

FIGURA 09

Layout do empreendimento

Pagina 27

28

Tabela 2: Características dos Filtros e Bombas do Empreendimento

Tabela 3: Características dos tanques de Armazenamento Subterrâneos

Todo empreendimento possui piso impermeável de concreto armado e sistemas de

captação de efluentes gerados na pista de abastecimento (canaletas) e estes são encaminhados

para a caixa de separação água/óleo.

No posto de combustível a água utilizada para o consumo humano e uso geral, provia

do sistema municipal de abastecimento.

Segundo informações da direção e dos funcionários que trabalhavam no local, nunca

houve perdas durante as operações de abastecimento dos veículos e tanques, como também

nunca foi constatada a perca de produtos nos tanques de armazenamento.

O método de detecção, para diagnostico de controle de movimentação do estoque do

combustível é regulamentado pela NBR/ABNT e este estabelece variações máximas de 0,6%

de volume de perda ou aumento no volume dos tanques. Em caso de perdas superiores a 0,6%

podem ser consideradas vazamento ou roubo de produto. Enquanto que ganhos superiores de

0,6% podem indicar entrada de água nos tanques (Teixeira, 2013).

Para confirmação de vazamentos em tanques e tubulações são realizados testes de

estanqueidade que, segundo a norma NBR/ABNT 13784, devem ser capazes de detectar a

taxa de vazamento de no mínimo 0,378 L/h , com no mínimo 95% de probabilidade de

detecção de vazamento e no máximo até 5% de probabilidade de alarme falso (Teixeira,

2013).

O entorno do posto de combustível era de uso predominantemente de comércios

residências, não haviam áreas de produção agropecuária, piscicultura, corpos d’água, bem

como nenhum poço tubular profundo registrado no DAEE.

Freire (2011) evidencia a necessidade da avaliação do entorno devido a contaminação

de solos e águas subterrâneas por postos de armazenamento de combustível oferecerem riscos

Características dos Filtros e Bombas N° de Controle Status Produto Condição

B01 Ativa G/E Regular B02 Ativa G/E Regular B03 Ativa D Regular F01 Ativo Filtro de Diesel Regular

Características Tanques de Armazenamento Subterrâneo N° de Controle Status Tipo de Tanque Produto Condição

TQ-01 Ativa Pleno G/E Regular TQ-02 Ativa Pleno G/E Regular TQ-03 Ativa Pleno D Regular

29

à saúde humana uma vez que os compostos presentes nos combustíveis serem em sua maioria

cancerígenos.

Figura 10: Entorno do empreendimento.

5.1.5 MODELO CONCEITUAL

De acordo com o levantamento realizado, a área foi classificada como área com

potencial de contaminação (AP), tendo em vista a atividade desenvolvida.

As possíveis fontes de contaminação são as tubulações subterrâneas, que interligavam

a bomba de abastecimento ao tanque de armazenamento de combustível (Teixeira, 2013),

assim como a troca de óleo. A tabela 4 e figura 11 apresentam as principais fontes de

contaminação que exemplificam o modelo conceitual.

Os receptores e bens a proteger diretamente impactados na área são os comércios de

seu entorno e as áreas de conveniência e abastecimento do empreendimento.

Figura 11: Apresenta as fontes potenciais de contaminação Tabela 4: Modelo conceitual do empreendimento

Fontes

Classificação (AP ou AC)

Substâncias ou produtos

Mecanismos de liberação

Vias de transporte dos contaminantes

Receptores/bens a proteger

Posto de combustível

AP (Área Potencial)

Óleo Diesel Gasolina Etanol

vazamentos/ derramamentos

infiltração no solo/ transporte pela

água subterrânea

trabalhadores; solo; água

subterrânea, Teixeira, 2013 define quando não for observada contaminação aparente, são

necessárias ações de investigação complementares, a fim de identificar a presença ou não de

passivo, ou seja, uma Investigação Confirmatória, para os casos de áreas com potenciais de

contaminação.

5.2 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA

A vistoria de campo seguiu os “Procedimentos para identificação de passivos

ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de

Combustíveis” (SASC) da CETESB.

Foram averiguadas todas as fontes potenciais existentes na região de interesse,

inclusive a região dos tanques subterrâneos, assim podendo definir o modelo conceitual do

empreendimento e a identificação dos locais onde poderiam ser realizadas as amostras de solo

e água, visto que essas áreas possuem um potencial poluidor.

COMÉRCIO

COMÉRCIO

CO

MÉR

CIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

P

CÂM

AR

A

MU

NIC

IPAL

IGR

EJA

MATR

IZ

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIARESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RESIDÊNCIA

RE

SID

ÊN

CIA

CO

MÉRCIO

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 10

Entorno Raio de 500 metros do Postode Combustível

LEGENDA

Prefeitura

Comércio

Residência

Câmara Municípal

Igreja Matriz

Posto de Combustível

Linha Férrea

Entorno Raio 500 m

Sistema Viário

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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LOJA

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DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

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A.C

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PATIO

/ ABASTECIM

ENTO

PASSEIO

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PASSEIO

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CIR

C.

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ADO

DEPÓ

SITO

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COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 11

Fontes Potencialmete Contaminadoras

Fontes PotencialmenteContaminadoras

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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32

De acordo com um estudo realizado pela CETESB, 2006 a contaminação de solos e águas

subterrâneas causada pelos postos de serviço é, na grande maioria dos casos, provocada por

vazamentos em tanques e tubulações subterrâneas ou constantes e sucessivos extravasamentos

junto às bombas e bocais de enchimento. Assim a metodologia da CETESB adotada para a

definição do numero mínimo de amostras de solo e água, surge do modelo conceitual da área

investigada, ou seja, as características primarias de poluição do local, podendo exemplificar

área total do empreendimento em função da quantidade de tanques de armazenamento de

combustíveis assim como a profundidade do nível freático, a figura abaixo apresenta a relação

para a determinação das sondagens.

Figura 12: Numero mínimo de amostras para nível d’agua até 15 metros de

profundidade.

Fonte: CETESB, 2000.

5.2.1 SONDAGENS DE RECONHECIMENTO

As sondagens do tipo manual e mecanizada representam métodos de investigação

direta para estudos voltados a avaliações hidrogeologicas.

As perfurações foram realizadas a partir de sondagem rotativas mecanizadas com trado

(broca) de 6 polegadas, a locação das sondagens foram definidas pelas principais fontes de

contaminação ou seja as fontes primarias de contaminação que possam existir, sendo os

tanques de armazenamento, linhas e bombas de combustível, nesta ocasião a locação das

sondagens devem ser primordialmente a jusante topográfica da região investigada.

A foto 1 e 2 apresentam as sondagens com trado mecânico realizadas.

33

Foto 1: Sondagem com trado mecânico de seis polegadas

Foto 2: Sondagem mecânica com enfoque no furo realizado.

Durante a realização das sondagens são coletadas amostras deformadas de solo a cada

metro objetivando a descrição das unidades geológicas presentes, a caracterização

organoléptica (visual, táctil e olfativa) também é realizada bem como a medição das

concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) com a utilização de medidor de

gases seguindo a metodologia Head Space.

O solo amostrado é colocado em sacos plásticos e homogeneizado por agitação

vigorosa, liberando os vapores presentes nos seus poros, após alguns minutos os sacos são

rompidos pelo tubo de um analisador portátil de vapores orgânicos para obtenção das

concentrações de VOC, a amostra que apresentar o valor mais elevado é reservada para

caracterização analítica em laboratório.

Foram executadas três sondagens de reconhecimento próximas as fontes primarias de

contaminação de acordo com o modelo conceitual, possuindo 15 metros de profundidade

cada, onde o nível freático médio foi atingido com 13 metros.

Durante os trabalhos de campo, foram constatados indícios na sondagem (S-02) por

apresentar odor forte, entretanto não foi verificada a presença de fase livre em meio à

amostragem do solo.

As sondagens executadas apresentaram concentrações de VOC que variaram de 0 a

2000 ppm, sendo a máxima concentração detectada na sondagem S-02, a 5 m de profundidade

localizada próxima a bomba e filtro de diesel. A tabela 5 apresenta as concentrações de VOC

evidenciadas nas sondagens.

34

As sondagens permitiram classificar o subsolo local, até a profundidade de 8,00 m,

como um solo predominantemente argilo – arenoso, sendo podzolico arenenoso marrom

avermelhado, a partir de 8,00 metros ume camada mais rigida de arenito calcífero cimentado.

Os perfis descritivos do material analisado ao longo das sondagens e as leituras de

VOC a cada 1 m encontram-se representados em anexo.

Tabela 5: Características das sondagens de reconhecimento

Profundidade Compostos Orgânicos Voláteis - VOC (ppm) (m) S-01 S-02 S-03

0,0 - 1,0 4,3 7,3 1,4

1,0 - 2,0 6,1 670,8 3,6

2,0 - 3,0 4,2 53,6 3,5

3,0 - 4,0 3,5 659,6 4,2

4,0 - 5,0 2,9 2000 3,3

5,0 - 6,0 2,3 1652 30,6

6,0 - 7,0 1,3 1900 806,5

7,0 - 8,0 0,3 1480 114,5

8,0 - 9,0 0 1279 114,1

9,0 - 10,0 0 1270 105,3

10,0 - 11,0 0 1158 80

11,0 - 12,0 0 1183 65

12,0 - 13,0 0 1180 69

13,0 - 14,0

14,0 - 15,0

Zona Saturada Amostragem de Solo

A Foto 3 e a Figura 13, ilustram respectivamente o equipamento utilizado para

medição dos gases e a localização das sondagens.

Foto 3: Amostra de solo e medição dos gases. * Legenda

1: Equipamento portátil de Medição de Gases

IBRID;

2: Mangueira de sucção para equipamento

descartável;

3: Amostra de Solo coletada após hominização e

agitação pronta para amostra de VOC.

A Figura 13 apresenta a localização das sondagens realizadas.

3

1 2

LOJA

DE C

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NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

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CAIX

A

TROCA D

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PATIO

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ENTO

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PASSEIO

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DEPÓSIT

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COMÉRCIO

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S-02

S-03

S-01

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 13

Sondagens Realizadas

Sondagens Realizadas

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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36

5.2.2 INSTALAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO

A partir das sondagens realizadas foram instalados 03 poços de monitoramento,

construído de acordo com a norma da CETESB 06.010 (04/88), adaptada pela ABNT como

norma NBR 13.895 “Construção de Poços de monitoramento e amostragem” (julho de 97).

Estes consistem em um tubo geomecânico de 2” de diâmetro, com intervalo de filtro

contínuo (ranhurado de 3,00 m a partir de sua base e liso no restante de seu comprimento).

No espaço anelar formado entre o tubo geomecânico e a parede do furo, colocou-se

pré-filtro de areia selecionada, preenchendo 1,0 m além do intervalo ranhurado do poço, a fim

de se garantir a flutuação do nível freático.

O selo de proteção com bentonita foi colocado acima do pré-filtro, seguido pelo

preenchimento com material de perfuração do próprio poço.

A finalização foi dada com a instalação de “cap” para a boca do poço, com trava, e

com acabamento em concreto com câmera de calçada, como proteção sanitária.

A finalidade da construção dos poços de monitoramento é o acompanhamento

periódico da qualidade das águas subterrâneas por meio de campanhas de amostragem e

observação visual, como também fornecer informações sobre as oscilações do nível freático.

Posteriormente à instalação dos poços de monitoramento realizou-se o seu

desenvolvimento (purga) para a eliminação de particulados finos eventualmente presentes

com a utilização de um amostrador descartável bayler.

Identificou-se a presença de Fase Livre após a instalação dos poços de monitoramento

no PM-02, visto que as nomenclaturas das sondagens são respectivamente para cada poço de

monitoramento a tabela 6 apresenta as características dos poços de monitoramento.

Tabela 6: Características dos poços de monitoramento instalados

A figura 14 apresenta os poços de monitoramento instalados a o perfil de sondagem

com a instalação dos poços de monitoramento com suas características geológicas e as

concentrações de gases seguem em anexo.

As fotos 4, 5, 6 e 7 apresentam respectivamente a montagem e instalação final dos

poços com acabamento e a evidencia de Fase Livre no PM-02.

Figura 14: Poços de monitoramento instalados na etapa de investigação

confirmatória.

Data de Instalação

Poços Nível d'água

Estabilizado. (m) Profundidade final.

(m) Indícios de

Contaminação

27/03/2015 PM-01 11,83 15,0 Não apresentado

27/03/2015 PM-02 12,95 15,0 Fase Livre

27/03/2015 PM-03 11,98 15,0 Não apresentado

LOJA

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DEPÓSITO

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COMÉRCIO

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PM-02

PM-03

PM-01

Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 14

Poços de monitoramento instalados (PM)

Poços de monitoramento (PM)

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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38

* Legenda 1: Amostrador descartável após coleta realizada no poço de monitoramento 02, detalhe da Fase Livre,

espessura aparente de 120 em.

2: Amostrador descartável tipo bailer.

3: Medidor de nível elétrico, (identificação de água e óleo)

4: Frascarias para coleta de amostras a serem enviadas ao laboratório.

Foto 7: Fração de água subterrânea e fase livre coletada na purga

1

2

3

4

Foto 6: Detalhe de amostragem PM-02 Fase Livre

CAP de Pressão

Fase Livre

Fase Dissolvida em água subterrânea

Foto 4 Poço de monitoramento com vedação e acabamento da

Foto 5: Detalhe acabamento do poço de monitoramento com CAP de pressão

39

5.2.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA

O nivelamento geométrico foi realizado de acordo com a metodologia exposta por

Teixeira, et al 2013 e possuiu a finalidade de determinar as cargas hidráulicas nos poços de

monitoramento instalados, a partir da correlação planialtimétrica entre eles. Este levantamento

constou de leituras realizadas diretamente na régua, a partir de um ponto de visada.

As leituras foram realizadas a partir da boca do poço, posteriormente, as cotas lidas

transformadas em cotas corrigidas para efeito de cálculo, que foram obtidas considerando a

relação topográfica entre os poços (Teixeira, 2013).

As cargas hidráulicas foram calculadas subtraindo-se as profundidades do nível d’água

(NA) dos poços de monitoramento das respectivas cotas corrigidas, considerando que ambas

as medidas são lidas a partir da boca dos tubos. Com as cargas hidráulicas conhecidas, foi

possível elaborar um mapa potenciométrico, e determinar o sentido do fluxo das águas

subterrâneas na área investigada a tabela 7 apresenta a carga hidraulica e a figura 15 o mapa

potenciometrico.

Tabela 7: Carga hidráulica estimada

Poço de Monitoramento

Cota relativa da boca nível do mar (m)

Nível Aquífero.

medido (m)

Espessura de Fase

Livre (m)

Carga Hidráulica Corrigida (m)

PM-01 459,0 11,83 - 447,17 PM-02 460,8 12,65 1,20 448,15 PM-03 459,8 11,98 - 447,82

Os dados de campo puderam afirmar que até a profundidade investigada (15 m) há um

único aqüífero, de caráter livre e o nível médio do lençol freático local é de 12,15 m.

A figura 15 apresenta a potenciômetria do terreno, realizado através das interpolações

dos dados de carga hidráulica, onde foram traçadas curvas equipotenciais e, perpendicular às

mesmas, o sentido do fluxo de água subterrânea.

O fluxo das águas subterrâneas na área do empreendimento desloca-se com sentido de

leste para oeste.

Figura 15: Mapa Potenciométrico

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PASSEIO

W.C

PM-02

PM-03

PM-01

94,2

55,2

74,2

86.00

76.00

76.00

66.00

66.00

56.00

56.00

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 15Mapa potenciometrico

Poço de Monitoramento

Linhas equipotênciais

Direção do fluxo subterrâneo

Carga Hidraulica (m)95.00

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

Pagina 40

41

5.2.4 AMOSTRAGEM DE SOLO

Em cada sondagem para a construção dos poços de monitoramento, a amostra que

apresentou o maior valor de VOC e, eventualmente, algum indício da presença de

hidrocarbonetos, foi acondicionada, em um frasco de vidro, bem lacrado e compactado para

que não houvesse espaços vazios em seu interior, evitando-se assim, a perda de gases por

volatilização.

As três amostras de solo, referente à alíquota de maior VOC de cada poço foram

etiquetadas, acondicionadas caixas de termicas com gelo e enviadas ao laboratório, para

análises químicas referentes aos parâmetros de BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e

Xileno), PAH (Hidrocarbonetos policíclicos Aromáticos) e Etanol a figura abaixo representa

as amostras de solo.

Foto 8: Amostragem de solo pronto para envio

As amostras de solo das sondagens e suas respectivas profundidades de coletas, S-01

(2,0 m), S-02 (5,0 m), S-03 (6,0 m), foram encaminhadas para análises químicas de BTEX e

PAH e Etanol.

5.2.5 AMOSTRAGEM DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Para a amostragem das águas subterrâneas, os poços de monitoramento foram

esgotados, evitando-se a coleta de água estagnada. As amostragens foram realizadas através

de um bailer descartável.

O procedimento de coleta é baseado no Anexo IV dos Procedimentos para

Licenciamento de Postos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB

(2006).

No ato da coleta das amostras, foi retirado o nível freático subterrâneo dos poços de

monitoramento, as características de cada poço esta evidenciado na tabela 8.

42

Tabela 8: Medições sazonais para diagnostico do nível freático

Posteriormente, as amostras foram identificadas e acondicionadas em frascos

apropriados (Foto 11) armazenadas em cooler ou isopor com gelo e enviadas ao laboratório

para análises químicas para os parâmetros de BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e

Xileno), PAH (Hidrocarbonetos policíclicos Aromáticos) e Etanol.

Foto 9: Medidor de nível subterrâneo

Foto 10: Kit para coleta de água subterrânea Legenda 1: Frascos para acondicionamento das amostras tipos âmbar; 2: Frascos para acondicionamento das amostras vials; 3: Tampa de caixa térmica (cooler); 4: Amostrador descartável bayler;

* Cada ponto amostrado deve ser utilizado materiais de amostragem e frascarias descartáveis, assim conter um âmber e um vials para analise laboratorial; * As amostras devem ser acondicionadas e mantidas a uma temperatura de 4° C.

Poço Medições 10/05/2015

Profundidade do Nível do Aquífero (m)

Fase Livre (m) Coleta para Analise

Laboratorial PM-01 11,83 - ok PM-02 12,95 1,32 Não coletada PM-03 11,98 - ok

12 4

3

43

Para complementar as amostras do empreendimento foram coletas mais duas amostras

sendo elas o Branco de Campo que possui a função identificar qualquer tipo de contaminação

que possa ser gerada pelas condições ambientais do local na amostra, ou seja, obter valores de

“Background” da área investigada e Branco de Equipamento possuindo a função de obter

possíveis anomalias nos equipamentos e frascarias utilizadas no ato da coleta que possam

contribuir ou influenciar no resultado em caso de positivo.

Foto 11: Acondicionamento de amostras para envio

Foram encaminhadas no total 4 amostras de água do empreendimento sendo elas PM-

01, PM-0, Branco de Campo e Branco de Equipamento. O PM-02 não foi encaminhado para

analises laboratoriais por apresentar fase livre.

5.2.6 ANÁLISES QUÍMICAS DE SOLO E DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Para analise do solo e água subterrânea foram considerados os parâmetros mais

relevantes à caracterização dos contaminantes existentes no solo e água subterrânea neste caso

hidrocarbonetos derivados de petróleo, constituintes nos combustíveis da gasolina e óleo

diesel.

As análises químicas foram encaminhadas para analise em laboratórios que atendem

os requisitos estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC, ou seja são acreditados.

Diante destas características de cada constituinte sempre é requerido os parâmetros

analíticos de BTEX, PAH e Etanol para as investigações em postos de combustíveis (Freire,

2011).

Os resultados das amostras de solo e água são ilustrados na tabela 9 e 10 abaixo e os

mesmos foram comparados com os valores orientadores da CETESB 2014 “Valores

Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrâneas, Fevereiro de 2014”.

Adicionar gelo e lacrar para envio

44

Tabela 9: Resultados do estudo confirmatório das amostras de solo.

DATA DE COLETA Março 2015

Março 2015

Março 2015 V.I

CETESB Residen.¹ Amostras

S-01 ou PM-01 2,00 m

S-02 ou PM-02 5,00 m

S-03 ou PM-03 7,00 m

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 322 40 14000 Etilbenzeno < 5 671 194 600 o-Xileno < 5 1581 298 - m,p-Xileno < 10 3316 712 - Xileno Total < 15 4897 1010 3200 BTEX Total - 5890 1244 -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 289 39 1800 Acenaftileno < 3 24 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 47 < 3 - Fenantreno < 3 96 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno < 3 < 3 < 3 7000 Criseno < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno < 3 < 3 < 3 7200 Benzo (k) Fluoranteno < 3 < 3 < 3 75000 Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno < 3 < 3 < 3 8000 Dibenzo (a,h) Antraceno < 3 < 3 < 3 800 Benzo (g,h,i) Perileno < 3 < 3 < 3 - Total PAH's - 455 39 -

ETANOL (µg/Kg) Etanol < 5000 < 5000 < 5000 -

(-) Valores ou resultados não consideráveis

XXX: Resultados acima do valor de intervenção

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por

sólido-líquido GC/MS automatizada.

Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,

Fevereiro/2014"

Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com .

(Decisão de Diretoria n° 045/2014)

45

Tabela 10: Resultados do estudo confirmatório das amostras de água subterrânea.

DATA DE COLETA Março 2015

Março 2015

Março 2015

Março 2015

Março 2015

V.I CETESB

2014

Amostras PM-01 PM-02 PM-03 Branco de

Campo Branco de

Equipamento

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 1 * 779 < 5 < 5 5 Tolueno 88 * 128 < 5 < 5 700 Etilbenzeno < 1 * 150 < 5 < 5 300 o-Xileno < 1 * 48 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 2 * 192 < 10 < 10 - Xileno Total < 3 * 240 < 15 < 15 500 BTEX Total 88 * 1297 - - -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 0,01 * 6,22 < 3 < 3 60 Acenaftileno < 0,01 * 0,36 < 3 < 3 - Acenafteno < 0,01 * 0,32 < 3 < 3 - Fluoreno < 0,01 * 0,72 < 3 < 3 - Fenantreno < 0,01 * 1,02 < 3 < 3 140 Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 900 Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Criseno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 41 Benzo (b) Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Benzo (k) Fluoranteno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 4,1 Benzo (a) Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,4 Dibenzo (a,h) Antraceno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 0,04 Benzo (g,h,i) Perileno < 0,01 * < 0,01 < 3 < 3 - Total PAH's < 0,01 * 8,64 - - -

ETANOL (µg/Kg) Etanol < 1000 * < 1000 < 1000 < 1000 -

(-): Valores ou resultados não consideráveis

XXX: Resultados acima do valor de intervenção

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por

sólido-líquido GC/MS automatizada.

Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,

Fevereiro/2014"

( * ): Amostra NÃO coletada por apresentar Fase Livre.

46

De acordo com os resultados laboratoriais de solo comparados aos Valores

Orientadores da CETESB 2014 pode-se concluir que o solo do PM-02 apresentou

contaminação para as substancias de Xileno Total e Etilbenzeno e foram diagnosticados

indícios de contaminação para compostos de Tolueno e alguns PAH’s como Naftaleno,

Acenaftileno, Flouren, Fenantreno, a figura 16 apresenta os pontos de solo contaminados.

Figura 16: Pontos de solo contaminados

As demais amostras apresentaram concentrações inferiores ao limite de detecção do

método/aparelho e/, assim não apresentando contaminação no solo.

As substancias químicas identificadas no solo acima dos valores orientadores,

sofreram o fenômeno chamado de “adsorção”, este consiste na imobilidade de uma substância

dissolvida em um fluido, por se aderir aos colóides do solo, é um fenômeno complexo que

sofre influência de vários fatores que incluem as características do poluente e do solo (Freire,

2011 apud Schneider, 2005).

O poço de monitoramento PM-02 apresentou fase livre, portanto não foi coletado e

segundo Azambuja et al. (2000) apud Santos (2009) uma fase líquida orgânica aparecerá ao

ser excedido o limite de solubilidade desse hidrocarboneto. Assim constitui uma camada

sobre o topo do freático livre que pode ser mais ou menos espessa, dependendo da quantidade

de produto derramado e da dinâmica do sistema freático.

A fase livre no meio, não é composta exclusivamente por hidrocarbonetos, apenas

50% dos vazios do solo são ocupados por hidrocarbonetos, sendo o restante ocupado por água

e ar, já seu comportamento nos poços de monitoramento são de concentração grandes de

fluidos sobrenadantes á água. (Freire 2011 apud Sauck, 2000),

A amostra de água analisadas laboratorialmente puderam identificar que ao PM-01 não

apresentou contaminação com valores acima dos orientados, entretanto indícios baixos de

Tolueno foram identificados.

No PM-03 a substancia química que ultrapassou os valores orientados foi o Benzeno e

indícios de Tolueno, Etilbenzeno, Xileno, Naftaleno, Acenaftileno, Floureno e Fenantreno

foramm constatados.

Figura 17: Pontos de contaminação da água subterrânea por fase dissolvida.

A fase dissolvida encontrada nos PM-01 e PM-03 podem ser oriundas da dissolução

da fase livre encontrada no PM-02.

LOJA

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DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

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S-02

S-03

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Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 16

Pontos de solo contaminados

Sondagens Realizadas

Sondagem - Fase Retida

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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COMÉRCIO

PASSEIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 17

Poços de monitoramento contaminados

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento -Fase livre

Poços de Monitoramento -Fase Dissolvida

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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49

Segundo Oliveira, 1992, a quantidade de compostos orgânicos que se dissolve na

água subterrânea depende principalmente de sua solubilidade e do grau de mistura entre a fase

livre e a água subterrânea.

Em virtude do cenário ambiental constatado na área, onde foram identificadas

concentrações de hidrocarbonetos derivados de petróleo no solo acima dos valores

orientadores, e na água do empreendimento contaminada por Fase Livre e fase dissolvida

foram necessários serviços de investigação complementares, para delimitação das plumas

identificas e para avaliação dos riscos para os receptores locais.

Segundo o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (CETESB, 2005), a

partir da confirmação da contaminação de uma área, uma série de parâmetros deve ser

monitorada para se compreender a dinâmica e a interação destes no meio físico, visando o

detalhamento do modelo conceitual.

5.3 INVESTIGAÇÃO DETALHADA

A investigação detalhada teve como objetivo a delimitação das áreas contaminadas e a

avaliação do risco que as mesmas podem oferecer aos receptores locais uma vez que existiu a

identificação da contaminação no estudo confirmatório.

Para tal, novas sondagens e poços de monitoramento foram executados para

identificação da extensão total da contaminação. Coleta de dados adicionais também precisou

ser realizada para Avaliação do Risco seguindo os procedimentos da CETESB, 2006.

5.3.1 EXECUÇÃO DE SONDAGENS ADICIONAIS

As áreas de interesse para locação das sondagens foram selecionadas com base na

investigação ambiental realizada anteriormente, com o objetivo de delimitar a pluma de

contaminação em fase livre e fase dissolvida identificada.

Foram realizadas mais 14 sondagens executadas seguindo a metodologia descrita

anteriormente no item 5.2.1. afim de delimitar a pluma de contaminação no sentido vertical

como no horizontal, assim duas das quatorze sondagens possuem a função da delimitação

vertical da contaminação.

Os resultados das medições de VOC e a relativa amostra a serem encaminhadas a

analise são apresentados abaixo em forma de tabela.

50

Tabela 11: Leituras de VOC metro a metros nas sondagens complementares

Zona Saturada Amostragem de Solo

Durante os trabalhos de campo, as características geológicas do local mantiveram-se e

não foram constatados indícios de contaminação comprovadas pelas medições de VOC como

também nenhum odor forte ou qualquer outro resquício que se favorece a identificação da

contaminação, diante desta condição foram coletadas duas amostras de solo.

Segunda Decisão de Diretoria N° 263/2009/9, de 20 de outubro de 2009, diz que na

ocorrência de concentrações nulas de VOC, as ações estarão condicionadas ao cenário

presente, a saber;

Em áreas internas do empreendimento que abriguem as fontes primárias, as amostragens devem ser realizadas na franja capilar e a 5m de profundidade nas áreas de tanques subterrâneos e a 2m nas áreas que abriguem as demais fontes primarias, observada a condição em que o nível d'água esteja abaixo dessas profundidades.

Figura 18: apresenta a localização das sondagens adicionais realizadas na etapa de investigação detalhada.

5.3.2 INSTALAÇÃO DOS POÇOS DE MONITORAMENTO

Os poços de monitoramento foram instalados em sondagens selecionadas com base

nas características hidrogeológicas locais e com o objetivo de delimitar a pluma de

contaminação em fase livre dissolvida vertical e horizontalmente (CETESB, 2009).

A construção dos 14 poços de monitoramento segue a metodologia descrita

anteriormente no item 5.2.2, contudo dois poços de monitoramento apresentam maior

profundidade a fim de poder quantificar a contaminação verticalmente, estes são chamados de

Cota (m)

Compostos Orgânicos Voláteis - VOC (ppm) S-04 S-05 S-06 S-07 S-08 S-10 S-11 S-15 SN-01 SN-02

0,0 - 1,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1,0 - 2,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2,0 - 3,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3,0 - 4,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

4,0 - 5,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5,0 - 6,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

6,0 - 7,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7,0 - 8,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

8,0 - 9,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

9,0 - 10,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10,0 - 11,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

11,0 - 12,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

12,0 - 13,0 0 0 0 0 0 0 0 0

13,0 - 14,0 0 0

14,0 - 15,0

15,0 – 16,0

16,0 – 17,0

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COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

S-09

S-05

S-04

S-06

S-07

S-08

S-10

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S-12

S-13

SN- 01

SN- 02

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Curso de Especialização em"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

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Tanques de Combustível

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LEGENDA

FIGURA 18

Sondagens complementaresInvesigação Detalhada

Sondagens Realizadas -Investigação Detalhada

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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52

poço multi-nível possui a nomenclatura de PMN, e são instalados ao lado dos poços onde

apresentam maiores contaminações, assim foram instalados ao lado dos PM 02 e PM08.

Com a realização das sondagens e assim a instalação dos poços de monitoramento não

foi identificada a presença de Fase Livre nem ao menos cheiro ou resquícios de contaminação

nestes novos poços de monitoramento. As nomenclaturas das sondagens são respectivamente

para cada poço de monitoramento a tabela12 apresenta as características dos poços de

monitoramento.

Tabela 12: Características dos poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma de contaminação.

A figura 19 apresenta os poços de monitoramento da investigação detalhada, a figura 20 todos

os poços instalados, os perfis de sondagem com suas características geológicas e as

concentrações de gases seguem em anexo.

Figura 19: Poços de monitoramento instalados para delimitação de pluma.

Figura 20: Todos os poços de monitoramento presentes no empreendimento (investigação confirmatória + detalhada)

5.3.3 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOTÉCNICA

O levantamento planialtimétrico foi realizado novamente com o intuito de determinar

as cargas hidráulicas nos novos poços de monitoramento instalados, e ampliar a

pontenciometria do local.

Data de Instalação

Poços Nível d'água

Estabilizado. (m)

Profundidade final. (m)

Indícios de Contaminação

29/06/2015 PM-04 11,70 12,0 Não apresentado

29/06/2015 PM-05 11,54 12,0 Não apresentado

29/06/2015 PM-06 11,98 12,0 Não apresentado

30/06/2015 PM-07 10,95 15,0 Não apresentado

30/06/2015 PM-08 10,98 13,0 Não apresentado

06/08/2015 PM-09 10,62 10,0 Não apresentado

07/08/2015 PM-10 8,85 14,0 Não apresentado

07/08/2015 PM-11 12,67 15,0 Não apresentado

08/08/2015 PM-12 9,20 10,0 Não apresentado

08/08/2015 PM-13 10,85 12,0 Não apresentado

10/09/2015 PM-15 13,13 15,0 Não apresentado

07/08/2015 PMN-01 10,69 15,0 Não apresentado

07/08/2015 PMN-02 12,95 17,0 Não apresentado

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COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

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Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

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Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 19

Poços de Monitoramento InvesigaçãoDetalhada

Poços de Monitoramento- Investigação Detalhada

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

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COMBUSTÍVEIS

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LOJA

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PATIO / ABASTEC

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ASQUAL M

ICALLI

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DEPÓSIT

O

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COMÉRCIO

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COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

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Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

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Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 20

Todos os poços de monitoramento

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

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55

A metodologia segue o descrito no item 5.2.3.

A tabela 13 apresenta as novas cargas hidráulicas estimadas assim como a figura 22

ilustra o novo mapa potenciométrico.

Tabela 13: Nova carga hidráulica estimada

Poço de Monitoramento

Cota relativa da boca nível do mar

(m)

Nível Aquífero.

medido (m)

Espessura de Fase Livre (m)

Carga Hidráulica Corrigida (m)

PM-04 459,74 11,7 - 448,04 PM-05 460,8 11,54 - 449,26 PM-06 461,14 11,98 - 449,16 PM-07 459,14 10,95 - 448,19 PM-08 458,42 10,98 - 447,44 PM-09 458,06 10,62 - 447,44 PM-10 458,32 8,85 - 449,47 PM-11 462,89 12,67 - 450,22 PM-12 455,55 9,2 - 446,35 PM-13 458,44 10,85 - 447,59 PM-15 462,19 13,13 - 449,06

Figura 21: Mapa potenciométrico com novos poços de monitoramento.

5.3.4 AMOSTRAGEM E ANALISE QUIMICAS DE SOLO

Após as sondagens foram realizados a coleta de duas amostras por ponto seguindo

procedimento da Decisão de Diretoria N° 263/2009/9, a metodologia da coleta foi à mesma

citada anteriormente.

As tabelas subsequentes evidenciam os resultados das amostras de solo.

LOJA

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DEPÓSITO

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COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

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PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

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Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 21

Mapa potenciometrico

Poço de Monitoramento

Linhas equipotênciais

Direção do fluxo subterrâneo

Carga Hidraulica (m)450

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

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GERENCIAMENTO INTEGRADO

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57

Tabela 14: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs - 04, 05, 06 e 07.

DATA DE COLETA

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

Junho 2015

V.I CETESB Residen.¹ Amostras

PM-04 6,00 m

PM-04 10,0 m

PM-05 6,00 m

PM-05 10,0 m

PM-06 3,00 m

PM-06 10,0 m

PM-07 5,00 m

PM-07 13,0 m

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - - - - - -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7000

Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7200

Benzo (k) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 75000

Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 8000

Dibenzo (a,h) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800

Benzo (g,h,i) Perileno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 -

Total PAH's - - - - - - - - - ETANOL (µg/Kg)

Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 <5000 <5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis;

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido

GC/MS automatizada;

Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,

Fevereiro/2014" ;

58

Tabela 15: Resultados analíticos de solo para delimitação de pluma PMs: 08,10,11 e 15.

DATA DE COLETA

Junho 2015

Junho 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

Setem. 2015

Setem. 2015

V.I CETESB Residen.¹ Amostras

PM-08 5,00 m

PM-08 11,0 m

PM-10 5,00 m

PM-10 12,0 m

PM-11 7,00 m

PM-11 13,0 m

PM-15 5,00 m

PM-15 13,0 m

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - - - - - -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7000

Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 7200

Benzo (k) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 75000

Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 8000

Dibenzo (a,h) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 800

Benzo (g,h,i) Perileno

< 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 < 3 -

Total PAH's - - - - - - - - - ETANOL (µg/Kg)

Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 <5000 <5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido

GC/MS automatizada.

Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,

Fevereiro/2014"

Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com . (Decisão

de Diretoria n° 045/2014)

59

Tabela 16: Resultados Analíticos de Solo para delimitação de pluma PMN: 01 e 02.

DATA DE COLETA

Agosto 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

V.I CETESB Residen.¹ Amostras

PMN-01 4,00 m

PMN-01 11,0 m

PMN-02 7,00 m

PMN-02 12,0 m

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 5 < 5 < 5 < 5 80 Tolueno < 5 < 5 < 5 < 5 14000 Etilbenzeno < 5 < 5 < 5 < 5 600 o-Xileno < 5 < 5 < 5 < 5 - m,p-Xileno < 10 < 10 < 10 < 10 - Xileno Total < 15 < 15 < 15 < 15 3200 BTEX Total - - - - -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 3 < 3 < 3 < 3 1800 Acenaftileno < 3 < 3 < 3 < 3 - Acenafteno < 3 < 3 < 3 < 3 - Fluoreno < 3 < 3 < 3 < 3 - Fenantreno < 3 < 3 < 3 < 3 40000 Antraceno < 3 < 3 < 3 < 3 4600000 Fluoranteno < 3 < 3 < 3 < 3 - Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 - Benzo (a) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 7000

Criseno < 3 < 3 < 3 < 3 600000 Benzo (b) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 7200

Benzo (k) Fluoranteno

< 3 < 3 < 3 < 3 75000

Benzo (a) Pireno < 3 < 3 < 3 < 3 800 Indeno (1,2,3) Pireno

< 3 < 3 < 3 < 3 8000

Dibenzo (a,h) Antraceno

< 3 < 3 < 3 < 3 800

Benzo (g,h,i) Perileno

< 3 < 3 < 3 < 3 -

Total PAH's - - - - - ETANOL (µg/Kg)

Etanol < 5000 < 5000 < 5000 < 5000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev. 04: 2007 com extração por sólido-

líquido GC/MS automatizada.

Notas:¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea,

Fevereiro/2014"

Observação: Considerado valores orientadores para o cenário residencial, de acordo com. (Decisão de

Diretoria n° 045/2014)

60

Foram coletadas e encaminhadas 20 amostras de solo, selecionadas a partir das

medições de VOC para analise laboratoriais para os parâmetros de BTEX, PAH e Etanol.

Diante dos resultados concluiu-se que não foram apresentados resultados acima dos

valores orientadores, podendo delimitar a pluma de Fase Retida no local, a figura 22 apresenta

os poços de monitoramento contaminados.

Figura 22: Poços de monitoramento contaminados a partir dos resultados da analise

de água subterrânea

Para delimitação da pluma de fase retida foram utilizados também os resultados das

sondagens executadas no estudo de investigação confirmatória. As plantas foram elaborada

para cada substancia que ultrapassou os valores orientadores, seguindo os procedimentos da

DD 263 da CETESB, 2009.

As figuras 23, 24, 25 e 26 apresentam a fase retida para as substancias de Etilbenzeno

e Xilenos Totais comprovadas pelas analises laboratoriais.

Para realizar a delimitação da fase retida no plano horizontal, o ponto-limite será

definido na metade da distância entre um ponto de amostragem onde foi quantificada

concentração acima e outro ponto de amostragem onde foi detectado valor inferior ao valor de

referência, a pluma de fase retida vertical é definida pelo nível freático (CETESB, 2009).

Figura 23: Apresenta a pluma mapeada de Fase Retida para o composto de

Etilbenzeno.

Figura 24: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de Etilbenzeno.

As plumas de fase retida para os compostos de Etilbenzeno e Xileno, apresentam as

mesmas características de deslocamento para sudoeste seguindo o fluxo potenciométrico do

terreno.

Figura 25: Apresenta a pluma mapeada de Fase Retida para o composto de Xileno

Totais.

Figura 26: Seção transversal e longitudinal da Pluma de Fase Retida do composto de

Xileno Totais.

Segundo Santos (1998), as propriedades dos combustíveis líquidos que podem

influenciar a mobilidade e a retenção desses combustíveis no solo são: massa específica,

viscosidade dinâmica, solubilidade e pressão de vapor.

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

CAIXA

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ICALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

O

DEPÓSIT

O

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

FIGURA 22

Resultados analiticos de todos ospoços de monitoramento

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 61

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

W.C

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 23

Pluma de Fase Retida compostoEtilbenzeno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Retidacomposto Etilbenzeno

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 62

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

3,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

PM

N-0

2

PM

-03

PM

N-0

1

PM

-05

2,00 m

0,00 mPM

-02

4,00 m

1,00 m

11,0 m

12,0 m

9,00 m

14,0 m

13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

13 Kg

DE G

AS

GAIOLA BOTIJÃO

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ICALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

QUAD

RO

S

DE TA

NQUE E

SUM

P D

E B

OM

BA

MONITO

RAM

ENTO

INTE

RSTIC

IO

TUBULAÇÕES Ø 11/2" GALV.

P/ M

ONITO

RAM

ENTO

DE

TQ.E

BOM

BAS

FUTURA INSTALAÇÃO

MO

NITO

RAM

ENTO

VOLUMÉTRICO

TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO

DECLIV

IDADE 2%

EM

DIREÇÃO AO TANQUE

TUBOS E

M P

AD

Ø 2" EM PEAD

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

O

DEPÓSITO

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A A'

BB

'

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

CimentadoPluma de Fase Retida"Etilbenzeno"

Nível d'agua subterrânea

Fluxo Subterrâneo

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 24Seção transversal e longitudinal fase

retida composto etilbenzeno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

Pagina 63

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

W.C

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ACALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 25

Pluma de Fase Retida compostoXileno Totais

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Retidacomposto Xileno Totais

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 64

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

3,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

PM

N-0

2

PM

-03

PM

N-0

1

PM

-05

2,00 m

0,00 m

4,00 m

PM

-02

1,00 m

11,0 m

12,0 m

9,00 m

14,0 m

13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ICALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO

DECLIV

IDADE 2%

EM

DIREÇÃO AO TANQUE

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

O

DEPÓSITO

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A A'

BB

'

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

CimentadoPluma de Fase Retida"Xilenos Torais"

Nível d'agua subterrânea

Fluxo Subterrâneo

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 26

Seção transversal e longitudinal Fase

Retida composto xilenos totais

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 65

66

Freire, 2011 relata que a fase retida fica nos poros do solo podem ficar por longos

períodos, podendo ter efeitos graves e possivelmente irreversíveis na área impactada visto que

as massas residuais podem se tornar fontes de contaminação da água subterrânea pela

infiltração, lixiviação e variação do nível freático.

Quando as superfícies do meio poroso do aquífero são menos polares do que a

molécula de água, os hidrocarbonetos, geralmente são adsorvidos por meio de ligações

hidrofóbicas e transferida da água subterrânea para a fração orgânica do solo (WEBER et al.,

1991).

5.3.5 AMOSTRAGEM E ANALISES QUIMICAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

As amostras foram coletadas e encaminhadas para o laboratório de acordo com o item

5.2.5 citado anteriormente.

No ato da coleta das amostras, foi retirado o nível freático subterrâneo dos poços de

monitoramento, as características de cada poço esta evidenciado na tabela 17.

Tabela 17: Medições sazonais

O PMN-02 não foi coletado por apresentar fase livre após a instalação do poço de

monitoramento.

Os resultados para as coletas dos novos poços instalados seguem abaixo nas tabelas 18

e 19

Poço Profundidade do Nível do

Aquífero (m) Fase Livre (m)

Coleta para Analise Laboratorial

PM-04 11,70 - ok

PM-05 11,54 - ok

PM-06 11,98 - ok

PM-07 10,95 - ok PM-08 10,98 - ok

PM-09 10,62 - ok

PM-10 8,85 - ok

PM-11 12,67 - ok

PM-12 9,20 - ok

PM-13 10,85 - ok

PM-15 13,13 - ok

PMN-01 12,95 - ok

PMN-02 11,10 1,0 Não Coletada

67

Tabela 18: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos

PMs:04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10.

DATA DE COLETA

Julho 2015

Julho 2015

Julho 2015

Julho 2015

Julho 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

V.I. CETESB

Amostras PM-04 PM-05 PM-06 PM-07 PM-08 PM-09 PM-10

BTEX (µg/Kg) Benzeno < 1 < 1 511 576 1093 < 1 < 1 5 Tolueno < 1 809 12204 1402 358 < 1 < 1 700 Etilbenzeno < 1 < 1 85 64 178 < 1 < 1 300 o-Xileno < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 < 1 - m,p-Xileno < 2 < 2 30 < 2 < 2 < 2 < 2 - Xileno Total < 3 < 3 30 < 3 < 3 < 3 < 3 500 BTEX Total - 809 12830 2042 1629 - - -

PAH (µg/Kg) Naftaleno < 0,01 < 0,01 45,81 63,85 119,19 < 0,01 < 0,01 60 Acenaftileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Acenafteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Fluoreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Fenantreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 140 Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 900 Fluoranteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 - Benzo (a) Antraceno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4

Criseno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 41 Benzo (b) Fluoranteno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4

Benzo (k) Fluoranteno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 4,1

Benzo (a) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,4

Dibenzo (a,h) Antraceno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,04

Benzo (g,h,i) Perileno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 -

Total PAH's - - 45,81 63,85 119,19 - - - ETANOL (µg/Kg)

Etanol < 1000 7550 87941 16724 < 1000 < 1000 < 1000 - (-): Valores ou resultados não consideráveis

XXX: Resultados acima do valor de intervenção

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido GC/MS

automatizada.

Notas: ¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea, Fevereiro/2014"

68

Tabela 19: Resultados analíticos de água para fechamento de pluma referentes aos PMs: 11, 12, 13, 15 e PMN 01.

DATA DE COLETA Agosto 2015

Agosto 2015

Agosto 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

- V.I

CETESB Amostras PM-11 PM-12 PM-13 PM-15 PMN-01 PMN-02

BTEX (µg/Kg) Benzeno 1058 < 1 < 1 < 1 442 * 5 Tolueno 94 < 1 < 1 < 1 8 * 700 Etilbenzeno 233 < 1 < 1 < 1 < 1 * 300 o-Xileno 53 < 1 < 1 < 1 < 1 * - m,p-Xileno 773 < 2 < 2 < 2 11 * - Xileno Total 826 < 3 < 3 < 3 11 * 500 BTEX Total 2211 - - - 461 * -

PAH (µg/Kg) Naftaleno 30,90 < 0,01 < 0,01 < 0,01 8,06 * 60 Acenaftileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Acenafteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Fluoreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Fenantreno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 140 Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 900 Fluoranteno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Benzo (a) Antraceno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,4 Criseno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 41 Benzo (b) Fluoranteno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 *

0,4

Benzo (k) Fluoranteno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 *

4,1

Benzo (a) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,7 Indeno (1,2,3) Pireno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,4 Dibenzo (a,h) Antraceno

< 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * 0,04

Benzo (g,h,i) Perileno < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 * - Total PAH's 30,90 - - - 8,06 * -

ETANOL (µg/Kg) Etanol < 1000 18014 15709 < 1000 < 1000 * - (-): Valores ou resultados não consideráveis

XXX: Resultados acima do valor de intervenção

Método: Análise de acordo com método USEPA 8270 D rev.04:2007 com extração por sólido-líquido GC/MS

automatizada.

Notas: ¹ CETESB - "Valores Orientadores para Avaliação de Solos e Águas Subterrânea, Fevereiro/2014"

69

Os resultados laboratoriais das amostras de água subterrânea possibilitou a

identificação de novas áreas de contaminação por fase livre, assim pode-se mapear e criar

novas áreas de interesse.

O PMN-02 apresentou contaminação por Fase Livre, assim as figuras 28 e 29

delimitam a pluma de fase livre mapeada.

Para a delimitação da distribuição da fase livre no plano horizontal foi definido pela

CETESB, 2009 que o ponto-limite da área de ocorrência da fase livre é a metade da distância

entre um ponto de medição (poço de monitoramento) onde foi observada a presença de fase

livre e outro ponto de medição onde não foi observada fase livre (Teixeira, 2013).

Figura 27: Pluma de Fase Livre mapeada.

Figura 28: Seção transversal e longitudinal da fase livre mapeada.

A delimitação da pluma de fase livre indicou a localização da possível fonte de

contaminação, sendo as linhas ou bombas próximas ao PM-02 contendo as substancias de

gasolina e diesel.

Santos (1998) relata que para uma mistura de diferentes hidrocarbonetos, os

constituintes mais solúveis dissolvem-se primeiro, e os componentes menos solúveis se

espalham sobre o topo do nível freático, formando uma camada superficial, por serem menos

densos que a água. O fluxo deste contaminante imiscível depende da pressão da gravidade e

de forças de superfície, não sendo necessariamente similar ao potencial de fluxo da água

subterrânea.

Com a dissolução dos hidrocarbonetos de petróleo mais solúveis presentes na fonte de

contaminação, ocorre a formação de plumas de compostos dissolvidos, assim os PM’s: 03, 05,

07, 08, 11 e PMN-01 apresentaram valores acima dos valores orientadores sendo

caracterizados como contaminados por fase dissolvida.

Para uma melhor interpretação dos resultados e uma maior caracterização dos

contaminantes presentes em cada ponto contaminado foram elaborados mapas de fase

dissolvida para cada substancia identificada que ultrapassou os valores orientadores.

Desta forma as figuras abaixo apresentam as plumas de fase dissolvida para cada

substancia perfazendo as seguintes ordens: Benzeno nos seguintes poços de monitoramento:

PM-03, PM-06, PM-07, PM-08, PM-11 e PMN-01 (Figuras 29 e 30), Tolueno nos poços de

monitoramento: PM-05, PM-06 e PM-07 (Figuras 30 e 31) Xilenos Totais no PM-11( Figuras

31 e 32) e Naftaleno nos PM-07 e PM-08 (Figura 33 e 34).

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 27

Pluma de Fase Livre

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Livre

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 70

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

PM

-05

PM

N-0

2

PM

-02

PM

-03

PM

N-0

1

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

13 Kg

DE G

AS

GAIOLA BOTIJÃO

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ICALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

QUAD

RO

S

DE TA

NQUE E

SUM

P D

E B

OM

BA

MONITO

RAM

ENTO

INTER

STICIO

TUBULAÇÕES Ø 11/2" GALV.

P/ M

ONITO

RAM

ENTO

DE

TQ.E BO

MBAS

FUTURA INSTALAÇÃO

MONITO

RAM

ENTO

VOLUMÉTRICO

TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO

DECLIV

IDADE 2%

EM

DIREÇÃO AO TANQUE

TUBO

S EM PAD

Ø 2" EM PEAD

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

ODEPÓSIT

O

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A A'

BB

'

10,00 m

5,00 m

15,00 m

PM

-15

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-11

PM

-06

PM

-02

PM

N-0

2

PM

-04

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

Cimentado

Pluma de Fase Livre

Nível d'agua subterrânea

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em Bacias

Hidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 28

Seção transversal e longitudinal

Fase Livre

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Bombas de Abastecimento

Tanques de Combustível

15

m3

Elaborado: Renan Pereira Zambianqui

Orientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 71

72

Para delimitação da pluma em fase dissolvida no plano horizontal, utilizou-se como

limite da pluma o ponto situado na metade da distância entre os pontos de amostragem que

apresentem concentrações superiores aos valores de referência e o primeiro ponto inferior

(CETESB, 2009).

Os hidrocarbonetos monoaromáticos, benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX)

são os que possuem maior solubilidade em água e, portanto, são os primeiros contaminantes

que atingem o lençol freático. (CORSEUIL e MARINS, 1997).

No ambiente, os BTEX podem volatilizar, dissolver, adsorver às partículas de solo ou

ser biologicamente degradado (SILVA, 2002).

Figura 29: Pluma de fase Dissolvida para o composto de Benzeno com suas

isoconcentrações.

Figura 30: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do

composto de Benzeno

As concentrações de benzeno nas fases dissolvidas estão se deslocando no sentido

nordeste do empreendimento, uma vez que tal substancia é ligeiramente solúvel em água com

solubilidade de 1,750 mg L-¹ , o parâmetro que determina a lixiviabilidade do benzeno é o

Koc (coeficiente de partição do carbono orgânico), que para este composto é considerado

como altamente móvel no solo (Koc 60-97 mL g-1). (Abdanur, 2005).

Figura 31: Pluma de fase dissolvida para Tolueno com suas isoconcentrações.

Figura 32: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do

composto de Tolueno.

A solubilidade do composto tolueno se comporta de maneira oposta a concentração do

benzeno seguindo na direção sudoeste, já a pluma de fase dissolvida de xileno possui uma

concentração no sentido nordeste.

As plumas de fase dissolvida de benzeno e xileno apresentaram um deslocamento a

montante ao fluxo potenciometrico do terreno, tal anomalia pode ser estimada pelas

características locais geológicas, onde a camada de arenito calcífero cimentado dessa região

não seguem o padrão topográfico do terreno.

Figura 33: Pluma para fase dissolvida para Xileno Totais com suas isoconcentrações.

Figura 34: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do

composto de Xilenos Totais.

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

W.C

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Fase Livre

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em Bacias

Hidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 29

Pluma de Dissolvida com

isoconcentrações para Benzeno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Benzeno"

Isoconcentrações Fase

Dissolvida

5 ug/l - 500 ug/l

501 ug/l - 1000 ug/l

1001 ug/l - 1500 ug/l

Elaborado: Renan Pereira Zambianqui

Orientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 73

12,0 m

17,0 m

15,00 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

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3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

1,00 m

11,0 m

3,00 m

PM

-02

PM

N-0

1

PM

-05

PM

N-0

2

2,00 m

PM

-03

0,00 m

4,00 m

6,00 m

12,0 m

9,00 m

7,00 m

14,0 m

8,00 m

13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIXA

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QUEIM

ADO

DEPÓSITO

DE O

LEO

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A A'

B'

10,00 m

5,00 m

15,00 m

PM

-15

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-11

PM

-06

PM

-02

PM

N-0

2

PM

-04

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

Cimentado

Pluma de Fase Dissolvida"Benzeno"

Nível d'agua subterrânea

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 30 Seção transversal e

longitudinal Fase Dissolvida compostoBenzeno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Pluma de Fase Livre"Benzeno"

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

Pagina 74

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

CAIXA

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QUEIM

ADO

DEPÓSIT

O

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 31

Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Tolueno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Tolueno"

Isoconcentrações Fase

Dissolvida

700 ug/l - 1000 ug/l

1001 ug/l - 10000 ug/l

10001 ug/l - 15000 ug/l

FASE LIVRE

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 75

5,00 m

2,00 m

7,00 m

4,00 m

13,0 m

10,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

3,00 m

6,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

14,0 m

16,0 m

18,0 m

17,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

3,00 m

PM

-02

PM

N-0

1

PM

-05

PM

N-0

2

PM

-03

2,00 m

0,00 m

4,00 m

1,00 m

11,0 m

6,00 m

12,0 m

9,00 m

7,00 m

14,0 m

8,00 m

13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ACALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

ODEPÓSIT

O

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A'

B

A

B'

10,00 m

5,00 m

15,00 m

PM

-15

9,00 m

7,00 m

13,0 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

PM

-04

ÁREA NÃO INVESTIGADA

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-11

PM

-06

PM

-02

PM

N-0

2

ÁREA NÃO INVESTIGADA

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

Cimentado

Pluma de Dissolvida"Tolueno"

Nível d'agua subterrânea

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 32Seção transversal e longitudinal Fase

Dissolvida de Tolueno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Pluma de Fase Livre"Tolueno"

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

Pagina 76

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

W.C

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-12

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 33

Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Xilenos Totais

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Xilenos Totais"

Isoconcentrações Fase

Dissolvida

FASE LIVRE

830 ug/l

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

Pagina 77

10,00 m

1,00 m

7,00 m

12,0 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

3,00 m

2,00 m

6,00 m

4,00 m

8,00 m

11,0 m

9,00 m

13,0 m

16,0 m

14,0 m

18,0 m

17,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

3,00 m

PM

-02

PM

N-0

1

PM

-05

PM

N-0

2

PM

-03

2,00 m

0,00 m

4,00 m

1,00 m

11,0 m

6,00 m

12,0 m

9,00 m

7,00 m

14,0 m

8,00 m

13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QUEIM

ADO

DEPÓSITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

A A'

BB

'

10,00 m

5,00 m

15,00 m

PM

-15

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-11

PM

-06

PM

-02

PM

N-0

2

PM

-04

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

Cimentado

Nível d'agua subterrânea

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 34Seção transversal e longitudinal Fase

Retida composto xilenos totais

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Pluma de FaseDissolvida"Xilenos Totais"

Pluma de Livre "XilenosTotais"

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

Pagina 78

79

Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – PAHs são componentes presentes no

diesel e no óleo lubrificante e também são considerados potencialmente carcinogênicos

(TEIXEIRA, 2008).

Geralmente os PAHs são persistentes no meio ambiente e possuem baixa solubilidade

em água, com exceção do naftaleno, que é relativamente solúvel (32 mg L-1), no entanto, bem

menos móvel quando comparado ao benzeno (Freire, 2011)

Figura 35: Pluma de fase dissolvida para Naftaleno com suas isoconcentrações.

Figura 36: Seção Transversal e Longitudinal da Pluma de Fase Dissolvida do

composto de Naftaleno.

Com o mapeamento das plumas de fase dissolvida, pode-se observar que o

centro de massa de todas as plumas de fase dissolvida estão situadas na porção norte. A maior

pluma de fase dissolvida na área é a de benzeno com uma área aproximada de 850 m².

A delimitação das plumas possibilitaram a identificação da área de influência em que

estas substâncias geram riscos a saúde humana.

5.3.6 AVALIAÇÃO DE RISCO

A analise de risco foi elaborada com o auxilio da interpretação das planilhas para

avaliação de risco em áreas contaminadas, da CETESB 2007 no documento Decisão de

Diretoria nº 103, onde possuem o objetivando padronizar e otimizar a execução dos estudos

de avaliação de risco definir e metas de remediação.

Durante os serviços de campo foi identificado o cenário ambiental local, que

caracterizou as vias de exposição e seus potenciais receptores, viabilizando a quantificação do

risco, a qual determinada contaminação por hidrocarbonetos representa a saúde humana e ao

meio ambiente (Teixeira, 2013).

Para a caracterização de uma via de exposição completa em um determinado cenário

ambiental, dá-se quando existe uma fonte de contaminação, uma rota de transporte dos

contaminantes e um ponto de exposição onde o contaminante estará em contato direto com o

receptor.

Os parâmetros de exposição são definidos de acordo com o tipo de receptor

(residencial, comercial ou industrial) envolvido, sua freqüência e tempo de exposição aos

contaminantes (CETESB, 2009).

Deste modo as novas investigações proporcionou um novo modelo conceitual do

empreendimento, favorecendo a analise de risco com a identificação das principais vias de

exposição e seus receptores potencialmente afetados.

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

OD

EP

ÓS

ITO

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-12

PM-06

PM-07

PM-13

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PM-10

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PMN- 02

PMN- 01

PM-15

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 35

Pluma de Dissolvida comisoconcentrações para Naftaleno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Pluma de Fase Dissolvidacomposto "Naftaleno"

Isoconcentrações Fase

Dissolvida

60 ug/l - 100 ug/l

101 ug/l - 150 ug/l

FASE LIVRE

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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1,00 m

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12,0 m

5,00 m

15,00 m

0,00 m

3,00 m

2,00 m

6,00 m

4,00 m

8,00 m

11,0 m

9,00 m

13,0 m

16,0 m

14,0 m

18,0 m

17,0 m

19,0 m

10,00 m

5,00 m

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3,00 m

PM

-02

PM

N-0

1

PM

-05

PM

N-0

2

PM

-03

2,00 m

0,00 m

4,00 m

1,00 m

11,0 m

6,00 m

12,0 m

9,00 m

7,00 m

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13,0 m

16,0 m

19,0 m

18,0 m

17,0 m

PM

-08

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

ÁREA NÃO INVESTIGADA ÁREA NÃO INVESTIGADA

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

13,0

m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

0 m

25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

23,0

0 m

24,0

0 m

26,0

0 m

27,0

0 m

28,0

0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

45,0

0 m

41,0

0 m

42,0

0 m

43,0

0 m

44,0

0 m

46,0

0 m

47,0

0 m

LOJA DE CONVENIÊNCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITODEPÓSITO

ESCRITÓRIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA DE ÓLEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA

PASSEIO

ARM

ARIO

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

ODEPÓSIT

O

DE

OLE

O

PASSEIO

AVENIDA

PM-02

PM-03

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PMN- 02

PM-13

PMN- 01

PM-15

B

A A'

B'

5,00 m

10,00 m

15,00 m

PM

-15

0,00 m

1,00 m

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3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

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9,00 m

11,0 m

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13,0 m

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16,0 m

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PM

-06

19,0 m

10,00 m

5,00 m

15,00 m

ÁREA NÃO INVESTIGADA

0,00 m

1,00 m

2,00 m

3,00 m

4,00 m

6,00 m

7,00 m

8,00 m

9,00 m

11,0 m

12,0 m

13,0 m

14,0 m

16,0 m

17,0 m

18,0 m

19,0 m

PM

-11

PM

N-0

2

PM

-02

PM

-04

ÁREA NÃO INVESTIGADA

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

10,0

0 m

5,0

0 m

15,0

0 m

0,0

0 m

1,0

0 m

2,0

0 m

3,0

0 m

4,0

0 m

6,0

0 m

7,0

0 m

8,0

0 m

9,0

0 m

11,0

m

12,0

m

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m

14,0

m

16,0

m

17,0

m

18,0

m

19,0

m

20,0

0 m

30,0

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25,0

0 m

35,0

0 m

21,0

0 m

22,0

0 m

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0 m

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0 m

26,0

0 m

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0 m

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0 m

29,0

0 m

31,0

m

32,0

m

33,0

m

34,0

m

36,0

m

37,0

m

38,0

m

39,0

m

40,0

0 m

Piso de Concreto

Solo Podzólico arenoso

marron avermelhado

Arenito Calcífero

Cimentado

Pluma de Fase Dissolvida"Naftaleno"

Nível d'agua subterrânea

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 36 Seção transversal e

longitudinal Fase Retida compostoNaftaleno

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

SEÇÃO TRANSVERSAL A-A'

SEÇÃO LONGITUDINAL B-B'

Pluma de Fase Livre"Naftaleno"

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADODE UM POSTO DECOMBUSTÍVEIS

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82

A exposição, na qual foram analisados os dados sobre o meio físico e sobre as

populações dentro e fora da área de interesse, sendo que a população externa considerada

abrangeu o receptor mais próximo á concentração da maior pluma de contaminação, conforme

preconizado pela CETESB (2001).

As tabelas abaixo apresentam a síntese da avaliação de risco a partir do novo modelo

conceitual.

Tabela 20: Modelo conceitual de exposição

SASC (sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis)

As plumas de contaminação elaboradas a partir dos resultados laboratoriais puderam

identificar que a fonte primaria de contaminação ocorreram próxima à ilha de abastecimento

localizada a sul do empreendimento, nesta ilha são presente os equipamentos de

abastecimento de gasolina e diesel.

CARVALHO, 2008 relata que a contaminação por gasolina está associada à presença

de hidrocarbonetos aromáticos mais leves como benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos

(BTEX), enquanto que a contaminação por diesel está associado a hidrocarbonetos

poliaromáticos (PAH).

Como houve a presença de compostos de BTEX e PAH (naftaleno), conclui-se que

ambos combustíveis obtiveram como via de transporte vazamentos.

Os caminhos de exposição da contaminação ao meio são definidos pela tabela 21.

Tabela 21: Caminhos de exposição dentro e fora da área.

Fontes Potenciais Condição Atual Via de Transporte

Primárias SASC Vazamento e derrames.

Operação.

Infiltração na Pavimentação.

Demais Equipamentos

Secundarias

Fase Retida Fase Livre

Fase Dissolvida

Caminho de Exposição Dentro da Área Fora da Área

Fonte e mecanismo pelo qual a substância é liberada para o

meio ambiente.

- Bombas e atual SASC do empreendimento; - Demais equipamentos

- Possível falha de manutenção preventiva do SASC.

Ausência de área potenciais de contaminação no entorno

Meio de transporte, pelo qual a substância liberada pode atingir

um receptor. - Água subterrânea; Água subterrânea

Ponto de contato potencial para o receptor humano e o meio

contaminado.

- Fase Livre (aparente diesel); - Fase dissolvida.

Fase Dissolvida

Via de ingresso. - Ingestão de água Subterrânea

- Inalação de vapores Ingestão de água subterrânea

Inalação de vapores

83

O risco foi calculado de acordo como cada substancia química que ultrapassa os

valores orientadores em relação aos pontos de exposição e os bens proteger, assim foram

calculados os risco para as substancias de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno, Xileno e

Naftaleno.

Os riscos identificados e considerados foram; Inalação de Vapores em Ambientes

Abertos a Partir da Água Subterrânea (IVAAAS) e Inalação de Vapores em Ambientes

Fechados a Partir da Água Subterrânea (IVAFAS).

Tabela 22: Receptores e vias de exposição da contaminação.

Vale ressaltar que o cenária ingestão de água subterrânea não é válida, pois não há

poço de captação de água no empreendimento, e no raio de 200 m.

Figura 37: apresenta bens a proteger abertos e fechados.

Os bens a proteger em ambientes abertos e fecham, são os imóveis do entorno do

empreendimento que estão sujeitos a exposição e contaminação das substancias que

ultrapassaram os valores de intervenção.

Diante da condição dos riscos apresentados são necessários medidas de intervenção na

área para que os potenciais receptores não venham a sofrer contaminação pelos riscos

identificados.

5.4 PROPOSIÇÕES PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL DA ÁREA

INVESTIGADA.

A caracterização da contaminação do solo e da água subterrânea do empreendimento

demonstrou a existência de compostos de interesse em concentrações acima dos valores de

intervenção, apresentando potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso,

durante a amostragem de água nos poços instalados foi detectadas a presença de fase livre de

óleo diesel em dois poços de monitoramento.

Para garantir que os riscos apresentados atinjam padrões aceitáveis, recomenda-se

algumas medidas de intervenção como:

Pontos de Exposição / Bens a Proteger

Vias de exposição e ingresso dos contaminantes

Funcionários e usuários da área do posto (área de abastecimento e tancagem)

Inalação de vapores em ambientes abertos a partir da água subterrânea

Funcionários da conveniência e escritório.

Inalação de vapores em ambientes fechados a partir da água subterrânea

Área residencial e comercial. Inalação de vapores em ambientes abertos a partir da água subterrânea

LOJA

DE C

ONVENIÊ

NCIA

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

DEPÓSITO

ESCRITÓ

RIO

W.C

A.C

CAIX

A

TROCA D

E Ó

LEO

PATIO / ABASTEC

IMEN

TO

PASSEIO

RUA P

ASQUAL M

ICALLI

PASSEIO

ARM

ARIO

TUBOS E

M P

AD

Ø 2" E

M P

EAD

W.C

CIR

C.

QU

EIM

AD

O

DEPÓSIT

O

DE

OLE

O

COMÉRCIO

PASSEIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

COMÉRCIO

AVENIDA INTERNACIONAL

C

CC

C

C

CC

PM-02

PM-01

PM-09

PM-05

PM-04

PM-06

PM-07

PM-08

PM-10

PM-11

PM-13

PMN- 01

PMN- 02

PM-15

PM-03

Receptores e bens a protegerambiente abertos

Receptores e bens a protegerambiente fechado

C Receptores Comercial.

Curso de Especialização em

"Gerenciamento de Recursos Hídricos e

Planejamento Ambiental em BaciasHidrográficas"

Ourinhos-SP 2016

FIGURA 37

Bens a proteger e receptores na área

contaminada

Bombas de Abastecimento

Filtro de Diesel

FIL

TR

O

Tanques de Combustível

15

m3

LEGENDA

Poços de Monitoramento

Poços de Monitoramento

Fase Livre

Poços de Monitoramento

Fase Dissolvida

Elaborado: Renan Pereira ZambianquiOrientado: Profa. Dra. Renata Ribeiro

de Araujo

GERENCIAMENTO INTEGRADO

DE UM POSTO DE

COMBUSTÍVEIS

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85

Medidas de Engenharia (ME) - Recomenda-se a realização de testes de estanqueidade nas

tubulações e tanques subterrâneos de armazenamento de forma periódica e controle rigoroso

do estoque, a fim de identificar possíveis perdas que possam indicar vazamentos,

prioritariamente na área próxima a ilha de abastecimento sul.

Medidas Institucionais (MI): recomenda-se restringir o uso da água subterrânea para

quaisquer tipos de consumo no raio de 100 metros.

Medidas de Remediação (MR): recomenda-se a instalação de um sistema de remediação de

águas subterrâneas para a extração das fases livres e dissolvidas a fim de extrair a maior

quantidade possível de contaminantes da água subterrânea. Campanhas de monitoramento

para os parâmetros já analisados devem ser periodicamente realizadas para comprovar a

eficiência.

6 CONCLUSÃO

Os estudos puderam avaliar a qualidade do solo e das águas subterrâneas, fornecendo

elementos geológicos, hidrogeológicos e sobre as alterações do quadro ambiental da área

investigada, possibilitando:

ü Determinar as unidades geológicas predominantes, bem como a direção do fluxo

subterrâneo;

ü Indicar a localização de potenciais fontes primárias de contaminação;

ü Confirmar a presença de contaminação das zonas saturada e não-saturada;

ü Quantificar e avaliar a distribuição dos contaminantes em fases livre e dissolvida no

aqüífero, bem como adsorvidos ao solo;

ü Realizar análise de risco específica envolvendo os receptores do local estudado e de

seu entorno;

ü Propor técnicas de remediação da área investigada.

Os trabalhos investigativos confirmaram as suspeitas da área potencial de

contaminação realizada na investigação preliminar, e por meio das etapas posteriores de

investigação confirmatória e detalhada, a caracterização dos contaminantes por meio de

analises química identificou a contaminação por BTEX e PAH possibilitando a elaboração

das plumas de contaminação e diagnosticando a fonte de contaminação.

O posto de combustível encontrava-se instalado sobre solo podzolico arenoso e suas

características favoreceram a solubilização dos compostos da fase livre para a fase dissolvida.

86

O nível freático foi atingido com média de 13,00 metros de profundidade, na área do

posto foi constatada a presença expressiva contaminação desde a superfície do solo até o nível

d’água, com presença de compostos constituintes do óleo diesel e gasolina.

Conclui-se que a área impactada foi de 2.300m².

A água subterrânea apresentou contaminação por fase dissolvida representada por

compostos constituintes do óleo diesel e gasolina que extrapolaram os limites permitidos.

As plumas de contaminação por fase livre constituída por óleo diesel e gasolina,

identificadas durante as sondagens nos PM-02 e PMN-02 foram provenientes da ilha de

abastecimento sul.

As plumas de fase dissolvida extrapolaram os limites do empreendimento colocando

em risco todo seu entorno.

Foram identificadas potenciais situações de risco associados às de exposição através

das vias de exposição de inalação de vapores em ambientes abertos e fechados por receptores

comerciais existentes no empreendimento e residentes hipoteticamente posicionados no

entorno indicado a necessidade de elaborar plano de intervenção para eliminação das

situações de risco em questão.

Recomendações de medidas de intervenção foram propostas, a fim de que a situação

de risco identificada no local atinja padrões aceitáveis.

Com o desenvolvimento da presente pesquisa pôde-se investigar um dos exemplos

mais graves e frequentes de contaminação de solo e da água subterrânea da atualidade,

concluindo que medidas básicas de manutenção, adequação e gerenciamento em postos de

combustíveis são fundamentais para a minimização dos riscos a saúde e ao meio ambiente.

87

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8 ANEXO