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Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Departamento de Administração Curso de Graduação em Administração a distância JULIANA ALVES DE SOUSA AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO E SATISFAÇÃO NO SUPERMERCADO PAGUE MENOS E PADARIA REI DO PÃO Brasília – DF 2010

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Universidade de Brasília

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

Departamento de Administração

Curso de Graduação em Administração a distância

JULIANA ALVES DE SOUSA

AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO E SATISFAÇÃO NO

SUPERMERCADO PAGUE MENOS E PADARIA REI DO PÃO

Brasília – DF

2010

JULIANA ALVES DE SOUSA

AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO E SATISFAÇÃO NO

SUPERMERCADO PAGUE MENOS E PADARIA REI DO PÃO

Monografia apresentada a Universidade de Brasília (UnB) como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração.

Professor Orientador (a): Ma. Rose Mary Gonçalves

Professor Supervisor (a): Drª. Gisela Demo Fiuza

Brasília – DF

2010

Sousa, Juliana Alves de. Avaliação do Treinamento e Satisfação no Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão/ Juliana Alves de Sousa – Brasília, 2010. 00 f. il Monografia (bacharelado) – Universidade de Brasília, Departamento de Administração – EaD, 2010 Orientador (a) Prof (a) Ma. Rose Mary Gonçalves Departamento de Administração. 1. Treinamento. 2. Desempenho 3. Habilidades 4. Satisfação

JULIANA ALVES DE SOUSA

AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO E SATISFAÇÃO NO

SUPERMERCADO PAGUE MENOS E PADARIA REI DO PÃO

A Comissão Examinadora, abaixo identificada, aprova o Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade de Brasília da

aluna

Juliana Alves de Sousa

Mestre, Rose Mary Gonçalves Professor-Orientador

Doutora, Gisela Demo Fiuza Professor-Examinador Professor-Examinador

Brasília, 16 de Novembro de 2010

Dedico esse trabalho àqueles que

contribuíram para que eu atingisse os

meus ideais, de forma muito especial a

minha filha.

Aos meus familiares pelo carinho

cooperação, paciência e foram o incentivo,

para que eu continuasse nessa

caminhada rumo ao crescimento pessoal

de profissional e a minha amada filha que

com seu lindo sorriso alegra e encoraja

meu viver.

Aos mestres, e em especial minha

orientadora, pela incansável paciência e

pela enorme contribuição no campo

acadêmico e afetivo.

RESUMO

A relação entre as políticas de treinamento adotadas pelas empresas, tendo

em vista aumentar a produtividade e a potencializar a qualidade do que é oferecido

em relação a prestação de serviços ao cliente, tem sido objeto de estudo de vários

autores. As pequenas empresas que investem em treinamento, têm como proposta

levar os colaboradores a desenvolverem habilidades especificas para a área em que

os colaboradores vão atuar. O treinamento está diretamente relacionado ao

desempenhar que o colaborador passa a ter, a partir do momento em que

desenvolve novas competências. Cabe, portanto, ao gestor de pessoas gerenciar

como dinamizar esse treinamento, levando-se em conta que as potencialidades e as

possibilidades das pessoas e dos cargos a serem exercidos. A pesquisa teve como

objetivo avaliar o impacto de treinamento e a satisfação dos colaboradores do

Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão. Trata-se de uma pesquisa

descritiva e quantitativa envolvendo o grupo de colaboradores e teve como

instrumentos dois questionários, para após a coleta de dados estabelecer uma

correlação, cujos resultados mostraram que o treinamento é um recurso que pode

ser utilizado pelas empresas com vistas a qualificação de seu colaborar para as

atividades a serem desempenhadas e que num trabalho onde há um relacionamento

harmônico entre os funcionários, gera um maior grau de satisfação entre os

mesmos.

Pavras-chave: 1. Treinamento 2. Desempenho 3. Habilidades 4. Satisfação

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Modelo Pós-Cognitivo para Comportamentos de Cidadania Organizacional. .........................................................................................................20

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Questionário sobre Impacto do Treinamento no Trabalho: .....................28

Tabela 2 – Questionário sobre Satisfação no Trabalho ............................................28

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................10

1.1 Contextualização ..................................................Erro! Indicador não definido.

1.2 Formulação do problema...................................Erro! Indicador não definido.

1.3 Objetivo Geral.................................................................................................11

1.4 Objetivos Específicos .....................................................................................11

1.5 Justificativa ........................................................Erro! Indicador não definido.

2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................13

2.1 Treinamento e desenvolvimento......................................................................13 2.2 Cultura organizacional.....................................................................................16 2.3 Satisfação........................................................................................................17 2.3.1 As relações interpessoais nas empresas.....................................................20

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA .........................................................24

3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa ...................Erro! Indicador não definido.

3.2 Caracterização da organização, setor ou área ..Erro! Indicador não definido.

3.3 População e amostra ou participantes do estudo...........................................24

3.4 Caracterização dos instrumentos de pesquisa ...............................................26

3.5 Procedimentos de coleta e de análise de dados ............................................27

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................29

5 CONCLUSÕES E RECOMEDAÇÕES..................Erro! Indicador não definido.

REFERÊNCIAS............................................................Erro! Indicador não definido.

APÊNDICES..............................................................................................................36

Apêndice A – Questionário de Avaliação de Impacto do Treinamento noTrabalho.....................................................................................Erro! Indicador não definido.

Apêndice B – Questionário de Satisfação no Trabalho .............................................37

10

1 INTRODUÇÃO

As empresas, cada vez mais, precisam investir em qualidade na prestação

de serviços, para atingir esse objetivo é necessário que a empresas invistam em

treinamento de seus colaboradores internos.

Essa proposta de treinamento de pessoas é de suma relevância dentro das

empresas, pois quando é agregado à empresa esse novo colaborador, ou seja, esse

funcionário contratado espera-se que ele traga uma nova dinâmica para a

produtividade da empresa. Mas isso só é possível quando os gestores derem a

necessária ênfase à forma como o processo de treinamento pode viabilizar a

identificação de potencialidades identificadas por meio de avaliação de

desempenho.

Nas grandes empresas esse processo de seleção de recursos humanos

acontece, principalmente, baseado em análise de desempenho baseado em

diferentes tipos de etapas de seleção.

Nas pequenas e médias empresas, essa seleção, que visa à produtividade é

feita basicamente por meio da avaliação de desempenho da experiência do

colaborador dentro da empresa. Esse processo acontece por meio de período de

experiência, etapa em que o gestor vai observar o desempenho do colaborador

através da produtividade que ele é capaz de agregar à cultura organizacional da

empresa. Na identificação de potencialidades para crescimento profissional e

valorização pessoal.

A qualidade na prestação de serviços está diretamente ligada ao

desempenho que esses novos colaboradores utilizam para executar suas tarefas na

empresa. Qualidade e desempenho fazem parte da visão de todas as empresas

sejam elas pequenas ou médias empresas.

11

1.1 Contextualização

A proposta de qualificar o funcionário (colaborador) trata-se de um

investimento que pretende trazer ganhos significativos para a gestão de pessoas em

pequenas e médias empresas. A avaliação que o gestor faz do desempenho do

colaborador serve para subsidiar ações necessárias na busca de qualidade da

empresa. A partir dessas informações coletadas cabe ao gestor de recursos

humanos, através de treinamento potencializar esse recurso que esta adquirindo,

agregando novos valores à cultura organizacional da empresa. .

1.2. Formulação do problema

Os treinamentos recebidos pelos funcionários do Supermercado Pague

Menos e Padaria Rei do Pão causam impactos e satisfação no colaborador?

1.3. Objetivo Geral

Avaliar o impacto de treinamento e a satisfação dos colaboradores do

Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão.

1.4. Objetivos Específicos

a. Identificar a satisfação dos funcionários do Supermercado Pague

Menos e Padaria Rei do Pão;

b. Verificar a percepção dos colaboradores do Supermercado Pague

Menos e Padaria Rei do Pão no treinamento em panificação e

atendimento.

12

1.5 Justificativa

Os últimos anos, o tema competência tem chamado atenção na área de

empresarial, entrou para a pauta das discussões acadêmicas e empresariais,

associando as diferentes instâncias de compreensão: no nível de pessoa e da

organização. Trazer o assunto para a discussão tem como proposta recuperar o

debate teórico a respeito da noção de desempenho e de qualidade. (FLEURY e

FLEURY, 2001).

Entendendo-se que quando se refere à desempenho, o gestor de recursos

humanos avalia a potencialidade identificada no treinamento de pessoal,

oportunidade em que é avaliado o desempenho individual e coletivo dos novos

colaboradores. Gerir competências nada mais é do que aproveitar todas as

habilidades que o colaborador tem, ou ainda que possa ser desenvolvida, visando à

produtividade e qualidade na prestação de serviços, agregando valores para a

empresa, ou ainda, a valorização da pessoa humana e do profissional.

13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Quando se fala em treinamento e desenvolvimento a primeira palavra que

vem à cabeça é aprendizagem, que é um processo pelo qual uma pessoa irá

adquirir conhecimento sobre o meio em que vive e das relações que vivencia;

qualquer tipo de aprendizagem seja ela sistemática ou assistemática é provocada

por alguém ou algo, e quando há aprendizagem, haverá uma mudança na forma de

agir e pensar habitual do indivíduo, isto é, uma mudança comportamental. Deve-se

sempre levar em conta que todo treinamento leva as novas aprendizagens.

Tudo isso também remete o pensamento à questão da educação, que nada

mais é que uma adaptação aos valores e às normas vigentes na sociedade. O que o

ser humano faz é receber estas influências, assimilá-las (aprendizado) e modificar

seu comportamento.

“A administração de recursos humanos com ponto de vista estratégico tende

a privilegiar os resultados que a empresa alcançará com a qualidade dos talentos

que a compõem.” (MARRAS, 2000). No período de treinamento, a interação do novo

colaborador com a organização e com a gestão, deve ter como proposta oportunizar

o desenvolvimento das competências necessárias para atender as reais

necessidades da empresa.

Ninguém melhor que um gestor bem preparado para avaliar as

aprendizagens, ou as mudanças de comportamento do colaborador no pós

treinamento, sejam elas direcionadas ao desempenho individual e coletivo do

colaborador. É importante que a administração de Recursos Humanos seja vista de

forma sistêmica para que vise um melhor ambiente de trabalho e o funcionário seja

valorizado, desenvolvido e treinado, isso acarreta maior satisfação e motivação para

colaborar, com seu trabalho, com o alcance dos objetivos organizacionais (GIL,

2001).

A aprendizagem, ou desenvolvimento de competências, na educação

profissional poderá dar enfoque a três etapas: formação profissional (prepara o

homem para uma profissão), desenvolvimento ou aperfeiçoamento profissional

(aperfeiçoa o homem para uma carreira dentro de uma profissão), e o treinamento

14

(adapta o homem para um cargo ou função determinada). Sendo este último o foco

deste capítulo.

O treinamento envolve etapas como: diagnóstico, desenho do programa de

treinamento, aplicação, avaliação e acompanhamento; tendo como principais

objetivos preparar o indivíduo para a execução de tarefas referentes ao cargo

ocupado, proporcionar oportunidades para um progressivo desenvolvimento

pessoal, e mudar a atitude das pessoas. No diagnóstico o gestor de recursos

humanos da empresa irá fazer um levantamento das necessidades da empresa,

tanto futuras, como também passadas e presentes; coletando e analisando dados,

podendo, desta forma determinar os pontos fortes e fracos da empresa; identificando

assim as causas dos possíveis problemas e definindo caminhos para melhoria.

Ao terminar o diagnóstico, o gestor de RH irá fazer o desenho do programa

de treinamento (planejamento), identificando as metas (o que fazer), as estratégias

(como fazer) e os objetivos (por que fazer). Para Gil, (2001) “administração de

recursos humanos pode, pois, ser entendida como a administração de Pessoal

baseada em uma abordagem sistêmica”.

Durante o treinamento deverá fazer uma escolha dos diversos recursos

didático-pedagógicos de que dispõe que servem não só como apoio, mas como um

dos atores principais que entram em cena, sendo eles: recursos auditivos e

audiovisuais: envolvendo gravações de áudio, videotape, videocassete, DVD player,

recursos visuais, que envolvem slides, transparências, fotos, desenhos, quadro de

giz, imantógrafo (pincéis hidrográficos), álbum seriado, flip chart, cartazes, e

também, teleconferências, comunicações eletrônicas, e-mail, tecnologia de

multimídia, entre outros.

É importante enfatizar que o bom andamento de todo processo de

treinamento depende da escolha e do uso adequando dos recursos didáticos; por

isso, dá-se ênfase de que o gestor de pessoas ou administrador direto com os

recursos humanos da empresa precisa ser profissional capacitado para participar

desse processo.

Não basta somente saber escolher e utilizar recursos didáticos pedagógicos é

preciso, também, selecionar estratégias instrucionais, escolhendo-as de acordo com

os objetivos, interesses e situações. De todas as técnicas existentes as mais

utilizadas são: seminários, workshop, técnicas de simulação, estudo de caso, jogos,

dinâmicas de grupo e aulas expositivas.

15

Gil, (2001) “O ambiente dinâmico das organizações requer o desenvolvimento

de ações voltadas à constante capacitação das pessoas com vista em torná-las mais

eficazes naquilo que fazem”. A empresa que busca a qualidade precisa investir no

desempenho de seus colaboradores e, somente é possível avaliar esse

desempenho se houver uma perfeita interação entre o responsável pelo treinamento

e os colaboradores, especialmente no período do treinamento.

Na aplicação do programa de treinamento, na qual o gestor terá

preocupações como: adequação do programa às necessidades da empresa;

qualidade do material; cooperação de todos os gestores e diretores; motivação do

treinando; capacidade de aprendizado; aplicação e tempo para assimilar o que foi

aprendido etc.

Outra etapa mencionada é a avaliação, sendo que o gestor não irá realizá-la

somente no final, mas desde o início, para que desta forma possa identificar as

falhas e acertos desde a etapa do diagnóstico. A avaliação final será feita com o

intuito de saber se os objetivos foram alcançados, se o treinamento atendeu às

necessidades, se houve retorno do investimento, se as pessoas envolvidas se

comprometeram e continuam aplicando o que aprenderam, e enfim, verificar se a

produtividade aumentou e se o clima da organização melhorou após tantos esforços.

O gestor poderá realizar esta avaliação de algumas formas: avaliação de

reações durante e após o treinamento; avaliação de aprendizagem dos novos

conhecimentos; avaliação do comportamento no cargo e avaliação de resultados.

Dentro do contexto de avaliação, ouve-se muito falar de avaliação de

desempenho 360º, que é:

aquela que pressupõe uma comparação entre a percepção dos pares de trabalho, do superior imediato, dos subordinados diretos, clientes, fornecedores, e a percepção que o ocupante do cargo tem de si mesmo, no exercício das atividades, fechando, assim, um círculo de 360 graus. (CLARO e NICKEL, 2002)

Ou seja, o profissional tem de ter um autoconhecimento pessoal e

profissional, mas este instrumento não deve estar dissociado de outros

instrumentos como remuneração, seleção e desenvolvimento, avaliação de

desempenho, pelo contrário todos eles devem estar integrados e focados para a

realização das estratégias organizacionais.

16

A gestão do desempenho no trabalho caracteriza-se como subsistema de gestão de pessoas. Envolve atividades de planejamento, acompanhamento e avaliação do trabalho, tendo como objetivo principal, sob uma perspectiva funcionalista, o aprimoramento do desempenho das pessoas (BRANDÃO e GUIMARÂES, 2001).

2.2 CULTURA ORGANIZACIONAL

É impossível se falar de gestão e não abordar a cultura organizacional, pois é

ela quem define a forma como a empresa age, como os funcionários trabalham e se

sentem no ambiente de trabalho, é ela quem determina estes e diversos outros

fatores.

Libâneo (2001, p. 82) afirma que:

“a cultura organizacional representa hoje um elemento indissociável das práticas de organização e gestão ao lado de outros como a estrutura organizacional, a tecnologia (recursos e técnicas), as relações de trabalho, as formas de participação”.

O mesmo autor coloca que a cultura presente nas organizações, diz respeito

a um conjunto de fatores, que inclui fatores sociais, culturais e psicológicos, sendo

que tudo isso influencia nos modos da organização agir como um todo e na forma

como as pessoas se comportam em particular.

Tamayo (2004) enfoca a questão da cultura organizacional de forma bem

clara, inclusive especificando fatores como, valores, poder organizacional, jogos

políticos, ritos, mitos, justiça distributiva e os estilos de funcionamento,

considerando-os fundamentais para compor o perfil de uma organização.

Brandão e Guimarães (1999 apud Guimarães, 2000), conhecimentos,

habilidades e atitudes, como dimensões da competência, são interdependentes,

pois, não raras vezes, a exposição ou adoção de um comportamento específico

exige do indivíduo conhecimentos e técnicas apropriados. Da mesma forma, para

demonstrar uma habilidade presume-se que o indivíduo tenha conhecimento a

respeito do processo que ela envolve.

17

Freitas e Brandão (2005 apud Brandão, 2008), comentam que muitos autores

se referem ao desenvolvimento de competências dá-se por meio de aprendizagens,

seja ela natural ou induzida, envolvendo a aquisição de conhecimentos, habilidades

e atitudes, que normalmente são incorporadas por ocasião do treinamento. De forma

resumida pode-se concluir que a aprendizagem significaria, então, o processo pelo

qual se adquire competência, enquanto o desempenho da pessoa no trabalho

representa a própria expressão de suas competências, uma manifestação daquilo,

inclusive, que o colaborador tenha aprendido no treinamento.

Dentro da proposta da cultura organizacional contemporânea, Lara (2010),

aponta pontos críticos e desvantagens dos sistemas tradicionais de avaliação:

muitas das metodologias de avaliação evidenciam sua precária objetividade,

provocando efeitos negativos. A subjetividade do processo pode ser atribuída a

várias causas: julgamento, avaliadores, processo, política de organização e

inflexibilidade do método.

Para Filiage, (2006)

A tendência, óbvia, é que as crises continuarão cada vez mais freqüentes, exigindo, portanto, cada vez mais mudanças. Crise, como se sabe, não significa necessariamente algo ruim. Atualmente, as principais crises enfrentadas especialmente pelas pessoas que trabalham, estão ligadas ao próprio crescimento. A aceleração do mundo nos desafia pra crescermos mais rapidamente, para amadurecermos e evoluirmos mais velozmente. O cenário tanto vale para a empresa como para cada um de nós. Para evoluir, para crescer é preciso, antes, fazer algumas mudanças que implicam em, claro, superar crises.

Observando especificamente esse processo de mudança no campo

organizacional, faz-se necessário que o gestor provoque uma interação dos

membros da equipe em prol do desenvolvimento individual e coletivo da empresa.

2.3 SATISFAÇÃO

Champion (1988) define clima organizacional como sendo as impressões

gerais ou percepções dos empregados em relação ao seu ambiente de trabalho.

Embora nem todos os indivíduos tenham a mesma opinião (pois não têm a mesma

percepção), o clima reflete o comportamento organizacional, isto é, atributos

18

específicos de uma organização, seus valores, suas crenças e atitudes que afetam a

maneira pelas quais as pessoas ou grupos se relacionam no ambiente de trabalho.

Nos diferentes posicionamentos, podemos encontrar três pontos que estão

quase sempre presentes e indicam que o clima organizacional relaciona-se:

- ao grau de satisfação das pessoas que trabalham em uma organização. Para

alguns, relaciona-se ao grau de motivação, já que para algumas teorias motivação

relaciona-se à satisfação de necessidades;

- a percepção que os funcionários têm sobre os diferentes aspectos da empresa

que possam influenciá-los, positiva ou negativamente. A percepção do clima pode

abarcar tanto variáveis individuais (história de vida, estrutura familiar, experiência

profissional, valores, etc), quanto variáveis organizacionais (tamanho da empresa,

estrutura de comunicação, estilos de liderança, entre outros), que, juntas irão

compor a definição dos atributos organizacionais;

- e, a cultura organizacional, que influencia o clima, decisivamente. Os mesmos são

considerados fenômenos complementares. A cultura pode ser considerada a causa

que se estabelece a partir de práticas recorrentes, estabelecidas ao longo do tempo.

Já, o clima pode ser a conseqüência, referindo-se ao estado de ânimo dos

funcionários num dado momento (LUZ, 2003).

O clima é produzido pela interação dos membros de uma organização,

servindo como base para interpretar as situações e atuando como uma fonte de

influência para os comportamentos apresentados.

A mudança cultural é um processo que dever ser bem planejado, como

qualquer ação na organização. A nova estrutura cultural pode ser aceita ou rejeitada

pelos funcionários e muitas vezes essas mudanças ou transformações geram

conflitos.

Sabemos que a Cultura Organizacional caracteriza-se pela união dos valores

e tradições de uma organização. Essa condição, normalmente conservadora, pode

sofrer alterações, por meio de um processo de aculturamento, baseando-se nos

grupos que compõem a organização.

O Clima Organizacional também pode influenciar a motivação dos grupos. Se

ele se mostra desfavorável ao desenvolvimento das ações que visam ao atingimento

dos objetivos, deve ser imediatamente tratado, para que essa inclinação negativa

passa ser rapidamente invertida.

19

Segundo Macedo et all (2003), a leitura do clima organizacional geralmente é

feita por meio de pesquisas que adotam os métodos clássicos de coletas de dados:

entrevistas, questionários, reuniões abertas e dinâmicas de grupo desenvolvidas

com esta finalidade. Fatos do cotidiano observados isoladamente e que revelam o

grau de comprometimento e de interesse das pessoas em relação à organização

servem também à leitura da qualidade do clima organizacional. Como toda pesquisa,

a leitura do clima organizacional que reflete uma determinada situação em um

determinado momento, deve ser realizada periodicamente.

Em face do contexto teórico, podemos observar que as pessoas é que dão

vida às organizações, por se constituir uma relação entre colaborador-empresa do

tipo ganha-ganha, a partir do momento em que as pessoas são consideradas

parceiras da organização. Assim, a cultura organizacional é influenciada pelas

pessoas que compõem a organização, visto que são elas que determinam o rumo e

as decisões da organização, e favorecem o processo de adaptação dessas pessoas

ao ambiente organizacional.

Segundo Organ (1988), “Os Comportamentos de Cidadania Organizacional

(CCO) podem ser definidos como “os comportamentos discricionários, não direta ou

explicitamente reconhecidos pelo sistema de recompensa formal, e que, no

conjunto, promovem o funcionamento eficaz da organização”

O interesse pelos CCO reside, principalmente, na premissa de que

contribuem para a eficácia organizacional. A presunção dos primeiros estudos deu

lugar à comprovação empírica, e várias pesquisas têm revelado que os

grupos/organizações onde os CCO são mais atuantes denotam melhores

indicadores de eficácia (PODSAKOFF e MACKENZIE, 1997; REGO, 2001).

Esses dados não surpreendem, pois a turbulência ambiental dos tempos

atuais impede que as organizações definam com precisão os conteúdos dos cargos

e exige respostas espontâneas, inovadoras e cooperativas (do tipo CCO) às

incertezas e contingências (ORGAN, 1997).

A contribuição dos CCO para a eficácia tem levado inúmeros estudiosos à

procura dos seus antecedentes. A produção científica permite hoje identificar uma

lista extensa de atitudes, características de personalidade, comportamentos de

liderança, características organizacionais e do trabalho passíveis de explicarem os

CCO.

20

Fonte: ORGAN,( 1988)

2. 3.1 As relações Interpessoais nas empresas

No ambiente de trabalho, tudo pode acontecer, ou seja, tudo pode influenciar

o comportamento das pessoas e, em conseqüência, influenciar nas relações

interpessoais e provavelmente nos resultados das empresas, sejam em todos os

sentidos.

O ser humano é feito do ambiente em que vive, e que é gerado por

necessidades básicas as quais motivam ou não para exercer determinadas tarefas,

sejam as necessidades fisiológicas como alimentação, sono, atividade física,

satisfação sexual, etc. Ou as necessidades psicológicas como segurança interna,

participação, autoconfiança e afeição; necessidades de auto - realização como

ímpeto para realizar o próprio potencial, estar em contínuo autodesenvolvimento,

segundo a classificação feita por MOSCOVICI (2003). As referidas necessidades

não satisfeitas também são causas de comportamento, ocasionando a desordem do

indivíduo, como agressividade, reações emocionais, alimentação e apatia. A falta de

vontade para realizar um bom exercício de seu trabalho, a perca do desejo de

crescer, de progredir, ficando a imaginação em segundo plano, o pensamento se

21

restringe tão somente em seu problema pessoal, prejudicando sua auto-realização

no trabalho.

Conforme Chiavenato (2000) “O homem se caracteriza por um padrão dual de

comportamento, tanto pode cooperar como pode competir com os outros”. Irá

cooperar quando seus objetivos ou metas poderão ser realizados através do esforço

com o grupo, irá competir quando seus objetivos são disputados e pretendidos por

outros.

Logo, percebe-se que os relacionamentos interpessoais dependerão das

realizações e satisfações das necessidades individuais, mas também se percebe

que muitas vezes o ser humano se comporta de forma dualista, podendo cooperar

diante de uma situação ou competir, sentindo que seus objetivos estão ameaçados

por outros do grupo.

Não se obtém e nem se pode exigir de uma equipe ou grupo, se este não

estiver num patamar de comodidade e de condições para realização de suas

necessidades essenciais. Mas, todavia acredita-se que quanto melhor e bem

atendidas estas necessidades, melhor será o desempenho de sua equipe ou grupo.

O ambiente de trabalho constitui de duas partes distintas: a física

(instalações, móveis, decoração, etc.) e a social (pessoas que o habitam). O

desempenho da estrutura física é muito importante, pois é a possibilidade de se

sentir confortável, assim sendo, resultando bem estar no trabalho. Quando todos se

relacionam num clima de união e laços de amizade, o trabalho é mais rentável,

havendo probabilidade de maior empatia entre os colaboradores e um maior

comprometimento aos resultados.

Não havendo um ambiente físico que proporcione conforto ou bem estar para

os colaboradores da empresa, estes se sentem prejudicados ou até mesmo

desconfortáveis para realizar suas funções, não alcançando de maneira ágil e

correta a realização de seu trabalho. O ambiente do trabalho é influenciado por

vários problemas sociais entre os colaboradores, o que é identificado como conflitos,

prejudicando o andamento das tarefas a serem realizadas.

Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, tem emoções,

sentimentos e agem de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico

ou social.

Como diz Bom Sucesso (1997), “A valorização do ser humano, a

preocupação com sentimentos e emoções, e com a qualidade de vida são fatores

22

que fazem a diferença. O trabalho é a forma como o homem, por um lado, interage e

transforma o meio ambiente, assegurando a sobrevivência, e, por outro, estabelece

relações interpessoais, que teoricamente serviriam para reforçar a sua identidade e

o senso de contribuição”.

Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e

assim também o trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais dispostas

a ouvir, outras nem tanto, há pessoas que se interessam em aprender

constantemente, outras não, enfim as pessoas tem objetivos diferenciados e nesta

situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes convém e às vezes estará em

conflito com a própria empresa.

É bom lembrar também que o ser humano é individual, é único e que,

portanto também reage de forma única e individual a situações semelhantes. Como

observado por Bom Sucesso (1997), “No cenário idealizado de pleno emprego,

mesmo de ótimas condições financeiras, conforto e segurança, alguns trabalhadores

ainda estarão tomados pelo sofrimento emocional. Outros, necessitados, cavando o

alimento diário com esforço excessivo, ainda assim se declaram felizes,

esperançosos”.

A qualidade de vida no trabalho (QVT) define-se pelo conjunto de ações

empresariais que envolvem a implantação de melhorias no ambiente de trabalho. A

relação empresa-empregado deve ocorrer de acordo com uma única ótica. Assim,

campanhas, criação e implantação de serviços e projetos acontecem com mais

sucesso alcançando o desenvolvimento das pessoas durante o trabalho na empresa

(FRANÇA, 1997).

O número de pessoas que vêm utilizando o termo QVT é cada vez maior. O

objetivo do emprego dessa nomenclatura é satisfazer o empregado no seu trabalho

e promover com essa satisfação o lucro e o aumento da competitividade dentro da

organização (Gruspan, 2005).

A qualidade de vida no trabalho (QVT) define-se pelo conjunto de ações

empresariais que envolvem a implantação de melhorias no ambiente de trabalho. A

relação empresa-empregado deve ocorrer de acordo com uma única ótica. Assim,

campanhas, criação e implantação de serviços e projetos acontecem com mais

sucesso alcançando o desenvolvimento das pessoas durante o trabalho na empresa

(FRANÇA, 1997).

23

O número de pessoas que vêm utilizando o termo QVT é cada vez maior. O

objetivo do emprego dessa nomenclatura é satisfazer o empregado no seu trabalho

e promover com essa satisfação o lucro e o aumento da competitividade dentro da

organização (Gruspan, 2005).

24

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

3.1 Tipo e descrição geral da pesquisa

A pesquisa selecionada é considerada descritiva, pois alcançou a obtenção e

exposição de dados representativos de determinada situação ou fenômeno,

conforme afirma Stevenson, 2001 apud HARB, 2004.

A pesquisa também pode ser classificada como aplicada, por seu caráter

prático e pela necessidade de resolver problemas reais, podendo auxiliar as

empresas em processos de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento,

e desempenho das diversas áreas (HARB, 2004).

No critério de investigação, trata-se de pesquisa de campo, uma vez que será

realizada por meio de instrumento de pesquisas aplicado no universo da amostra,

com objetivo de obter de dados a fim de estabelecer as principais competências

individuais requeridas pelas empresas.

Quanto à natureza das variáveis, esta pesquisa classificou-se como

quantitativa. Pois utilizou a coleta de dados que se realizou a um número de

pessoas, por meio de aplicação de questionário avaliativo.

3.2 Caracterização da organização, setor ou área

A empresa onde foi desenvolvida a pesquisa é o Supermercado Pague

Menos e Padaria Rei do Pão, pode ser caracterizada como pequena empresa,

por ter uma empresa de vendas a varejo, com um número reduzido de

colaboradores, e que visa atender à vizinhança local, cuja Razão Social é

Juecília Alves de Souza Fernandes, situada na Avenida Maestro João Luiz do

Espírito Santo, nº. 509. Bairro Formosinha, na cidade de Formosa-GO,

conforme dados relatados a seguir:

Nome Fantasia: Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão.

25

Razão social: Juecília Alves de Souza Fernandes.

Gerente proprietário: Reginaldo Fernandes Almeida.

Tipo de sociedade: Individual

Início das atividades: 1993

Número de funcionários: 08 sendo,

- 01 repositor;

- 03 balconistas;

- 01 padeiro;

- 03 auxiliares de confeitaria.

No ano de 1993, o senhor Reginaldo Fernandes Almeida comprou o ponto

do Supermercado Pague Menos situado à Avenida Maestro João Luiz do Espírito

Santo, nº 509, bairro Formosinha, na cidade de Formosa-GO, Que, no momento da

aquisição, tinha somente duas prateleiras e um balcão que servia como caixa.

Começou a funcionar com dois funcionários além dos donos. (Sr. Reginaldo e Sra.

Juecília).

Com investimentos, aumentou o número de prateleiras com mercadorias e

produtos ofertados à comunidade em seu supermercado. Após três anos, incluiu em

seu estabelecimento comercial o ramo de panificação o que ocasionou um aumento

de clientes e consequentemente a ampliação do estabelecimento e elevou o número

de funcionários de dois para oito e mudou o nome fantasia de Supermercado Pague

Menos para Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão.

Em suma, o Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão é uma

empresa de pequeno porte, que atua no comércio varejista e de panificação, que

iniciou suas atividades em 1993 comercializando produtos de limpeza e de alimentos

secos e molhados e três anos depois passou a comercializar também produtos de

panificação e confeitaria.

O seu diferencial é o atendimento individual e personalizado que torna seus

clientes fiéis ao seu comércio diante da concorrência existente ao redor. Procuram

ofertar produtos de qualidade para atender os anseios de seus clientes, é favorecido

pela propaganda de boca em boca feita por seus clientes.

26

3.3 População ou participantes do estudo

Os participantes do estudo foram os funcionários da empresa, Supermercado

Pague Menos e Padaria Rei do Pão. Destes funcionários, 5 (cinco) são do sexo

feminino e 3 (três) do sexo masculino. No qual 5 (cinco) possuem ensino

Fundamental completo e 3 (três) ensino Médio incompleto.

Os participantes do estudo foram no total de 08 (oito) funcionários, que se

dispôs a responder aos questionários, após os esclarecimentos sobre os objetivos

da pesquisa.

A pesquisa é caracteriza como Censo por ter sido realizada com todos os

funcionários do Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão.

3.4 Caracterização dos instrumentos de pesquisa

A coleta de dados desta pesquisa foi realizada através da aplicação dos

Questionários sobre o Impacto do Treinamento no Trabalho e Escala de Satisfação

no Trabalho.

A utilização de questionários deve-se ao fato de que se trata de um

instrumento próprio para aplicação em grupos, e pela facilidade de compreensão e

resposta, por ser tratar de questões fechados de múltipla escolha.

O questionário sobre o Impacto do Treinamento no Trabalho possui 12 itens,

que aborda questões referentes à redução de erros, rapidez e agilidade, qualidade

no serviço e motivação.

Esse instrumento possui uma escala de 1 (um) à 7(sete) que corresponde a

respostas de Discordo totalmente à Concordo totalmente, escala essa que os

funcionários usaram para responder cada item do questionário.

O Impacto do Treinamento no Trabalho refere-se à auto-avaliação do treinando

acerca dos efeitos produzidos pelo treinamento em seus níveis de desempenho,

motivação, autoconfiança e abertura a mudanças nos processos de trabalho

(ABBAD, 1999).

27

Em análise fatorial confirmatória realizada pela autora, as cargas fatoriais dos

itens variaram de 0,43 até valores superiores a 0,90. O índice de consistência

interna (alpha de Cronbach) foi superior a 0,90.

O questionário referente à Satisfação no Trabalho possui 25 itens destinados a

avaliar o grau de satisfação do colaborador, no qual, abordam questões sobre

colaboração, promoção remuneração e relacionamento entre colegas e chefe.

As questões da pesquisa foram selecionadas de acordo com o que se espera

alcançar a partir da elaboração dos objetivos específicos da pesquisa. As questões

tem como opções o grau de satisfação dos colaboradores que vai de Totalmente

insatisfeito à Totalmente satisfeito numa escala de 1(um) à 7 (sete).

As questões são claras e objetivas, características dos questionários, visam

alcançar o maior número de participantes, dos diferentes graus de conhecimentos.

(Modelo em anexo)

3.5 Procedimentos de coleta e de análise de dados

A aplicação dos questionários foi realizada no mês de setembro de 2010 de

forma presencial aos oito funcionários do Supermercado Pague Menos e Padaria

Rei do Pão. Onde no primeiro contato com os funcionários foi explicado o objetivo do

trabalho e garantido que não haveria divulgação dos dados pessoais e sigilo com

relação às respostas de cada um.

Para fazer a análise dos dados após aplicar os questionários, todas as

informações obtidas foram tabuladas e compiladas para uma planilha no Excel 2003

e no mesmo foram calculados a média e desvio padrão de cada item dos

questionários,

Nas Tabelas 1 e 2 estão apresentados os dados obtidos referente as

respostas dos funcionários em relação aos questionários aplicados, juntamente com

a média e o desvio padrão.

28

Tabela 1: Questionário sobre Impacto do Treinamento no Trabalho

Impacto do Treinamento no Trabalho Dados Demográficos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Fun Sexo E.C Esc Méd D.P. Funcio-

nários

1 7 7 7 5 5 5 6 6 5 5 7 7 Balc 1 1 1 6 1 2 5 5 5 6 6 7 6 5 5 5 6 7 Balc 1 2 2 5,7 0,8 3 7 6 4 6 7 4 4 7 7 6 5 4 Balc 2 1 2 5,6 1,3 4 6 6 7 7 6 5 6 6 7 5 6 6 Balc 2 2 1 6,1 0,7 5 6 6 6 6 7 6 6 7 7 6 5 6 aux.

Con 2 1 2 6,2 0,6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 aux.

Con 1 2 1 7 0 7 7 6 7 6 6 6 5 7 7 6 5 5 Balc 1 3 1 6,1 0,8 8 6 2 6 7 6 5 5 6 7 5 5 7 Balc 1 2 1 5,6 1,4

Méd. 6,4 5,6 6,1 6,3 6,3 5,6 5,6 6,4 6,5 5,6 5,8 6,1 6 D. P. 0,7 1,6 1,1 0,7 0,7 1,1 0,9 0,7 0,9 0,7 0,9 1,1

Fonte: Dados obtidos na pesquisa

Legenda:

Fun = Função E.C = Estado Civil

Esc. = Escolarização

Méd = Média D.P. = Desvio Padrão

Sexo � 1- Feminino 2 - Masculino

Estado Civil � 1- Solteiro; 2- Casado; 3- Separado;

4- Viúvo; 5- Outros.

Escolaridade� 1- Fundamental Completo 2- Médio

Incompleto 3- Médio Completo

Tabela 2: Questionário sobre Satisfação no Trabalho

Satisfação no trabalho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Func.

1 4 5 3 4 5 6 3 6 4 4 4 1 4 7 5 4 7 6 7 4 5 6 5 5 5 2 5 4 3 5 4 5 5 5 5 5 5 1 5 7 3 5 6 5 7 3 5 7 5 4 6 3 4 5 3 4 5 5 4 3 4 4 5 2 5 6 5 5 7 4 6 4 4 6 4 5 5 4 4 4 4 4 4 5 3 4 5 4 4 1 4 5 3 4 6 4 6 4 4 6 5 5 5

29

5 4 4 5 5 4 5 4 5 4 5 4 2 4 6 3 5 5 4 5 5 4 6 5 4 5 6 5 5 4 4 3 4 5 5 5 4 4 1 5 7 3 4 7 5 6 4 5 7 6 5 6 7 4 5 3 4 5 5 4 5 4 3 5 2 5 5 4 4 6 4 5 3 4 6 4 4 5 8 5 5 4 5 5 4 5 5 4 4 4 1 4 6 4 4 5 4 5 4 4 5 5 5 5

Méd. 4,4 4,6 3,6 4,4 4,4 4,9 4,1 4,8 4,4 4,1 4,4 1,4 4,5 6,1 3,8 4,4 6,1 4,5 5,9 3,9 4,4 6,1 4,9 4,6 5,3

D. P. 0,5 0,5 0,7 0,5 0,7 0,6 0,8 0,9 0,5 0,6 0,5 0,5 0,5 0,8 0,9 0,5 0,8 0,8 0,8 0,6 0,5 0,6 0,6 0,5 0,5

Fonte: Dados obtidos na pesquisa

30

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Esta pesquisa foi realizada com oito respondentes, sendo cinco do sexo

feminino e três do sexo masculino.

Com relação ao estado civil dos participantes do estudo constatou-se que

quatro são casados, três são solteiros e apenas um é separado.

No que se refere o grau de escolaridade a maioria, ou seja, 5 possuem o

Ensino Fundamental Completo e 3 o Ensino Médio Incompleto.

Observando as médias do questionário sobre o Impacto do treinamento no

trabalho notamos que com a média de 6,4 e 6,1 respectivamente, os funcionários

concordam que utilizam o que aprendem em treinamento em seus trabalhos e que o

treinamento contribui para que os erros no trabalho sejam reduzidos.

Porém, com a média de 5,6 notamos que os funcionários da empresa

concordam um pouco que haja melhora na qualidade dos serviços com atividades

relacionadas diretamente e até mesmo com as que não estão relacionadas ao

conteúdo do treinamento.

Constata-se com a média de 6,4 que os funcionários também coadunam a

idéia de que a participação em treinamentos contribui para a elevação da motivação

para o trabalho.

Com relação o questionário sobre a Satisfação no Trabalho aplicada aos

funcionários da empresa Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão,

notamos que a média 6,1 demonstra que os colaboradores se sentem muito

satisfeitos com o relacionamento existente com os colegas de trabalho, o clima de

amizade entre os mesmos e com a forma de tratamento de chefe.

Em contrapartida o grau de insatisfação pode ser observado nas questões

referentes à promoção onde obteve a média de 3,6 e ao salário recebido ao final de

cada mês, cuja média foi de 3,8 das respostas obtidas.

Quando comparado o salário que recebem com o custo de vida, obteve-se a

média de 1,4. O que podemos notar que os funcionários encontram-se totalmente

insatisfeitos.

A correlação entre os questionários referente o Impacto do treinamento no

trabalho e a Satisfação no Trabalho estão apresentadas na Tabela 3.

31

5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

a. Síntese e principais Resultados

As empresas tem procurado a produtividade e por isso existe uma

preocupação em investir em treinamento de pessoal.

A pesquisa realizada evidenciou que grande parte dos funcionários da

empresa Supermercado Pague Menos e Padaria Rei do Pão concordam que a

utilização do que aprendem em treinamentos contribui para a redução de erros no

trabalho e eleva a motivação para o mesmo. Mas concordam um pouco que tenha

melhora na qualidade do trabalho.

O nível mais elevado de satisfação no trabalho encontra-se no clima

organizacional existente entre colegas de trabalho e também com o dono da

empresa. Entretanto, observou-se que o nível de insatisfação mais acentuado está

relacionado com o salário recebido e o custo de vida.

b. Contribuições e Limitações

O treinamento é um recurso que pode ser utilizado pelas empresas, com

objetivo de qualificar e motivar o seu colaborador para o desempenho das atividades

no trabalho e ao mesmo tempo, contribui na redução de erros nas atividades a

serem exercidas pelos seus colaboradores e a elevar a produtividade da empresa.

Outro fator importante que contribui para o aumento da produtividade é o

clima organizacional existente no local de trabalho, pois num ambiente onde os

colaboradores se relacionam harmonicamente entre si, cria-se um sentimento de

satisfação para os mesmos, porém questões de relacionamento entre colaboradores

é uma das limitações que muitas vezes o gestor de recursos humanos enfrenta ao

lidar com os mesmos.

32

c. Sugestões para Estudos Futuros

O profissional de gestão de pessoas deve prover a organização de meios

para avaliar a dinâmica da empresa, o ambiente, as pessoas, as interações.

Investigando as causas e mapeando as passíveis conseqüências, para o

colaborador, a gestão e a organização. Dessa forma é preciso que aconteça um

planejamento no processo de mudança. Assim em projetos futuros, seria

interessante a análise referente às consequências para a empresa onde os

colaboradores desempenham suas atividades num ambiente de estresse e também

a correlação entre o impacto do treinamento no trabalho e a satisfação do

colaborador.

.

33

REFERÊNCIAS

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CONTE, Antônio Lázaro. DURSKI, Gislene Regina. Gestão empresarial. Fae Business School. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, 2002. (Coleção gestão empresarial, 2)

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34

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TAMAYO, Álvaro. Cultura e saúde nas organizações. Artmed, 2004.

35

APÊNDICE

36

Apêndice A – Questionário de Avaliação de Impacto do Treinamento no Trabalho

Neste questionário você vai encontrar questões relativas ao efeito que o treinamento provocou no seu trabalho. Para dar a sua opinião escreva no parênteses à esquerda de cada afirmativa o quanto você concorda com ela. Para isso, utilize os seguinte códigos:

1 2 3 4 5 6 7

Discordo totalmente

Discordo Discordo um pouco

Não concordo,

nem discordo

Concordo um pouco

Concordo Concordo totalmente

5.1.1.1.1 Seção 2: Impacto do treinamento no trabalho

( ) 1. Utilizo, com freqüência, em meu trabalho atual, o que foi ensinado no treinamento.

( ) 2. Aproveito as oportunidades que tenho para colocar em prática o que me foi ensinado no treinamento.

( ) 3. As habilidades que aprendi no treinamento fizeram com que eu cometesse menos erros, em meu trabalho, em atividades relacionadas ao conteúdo do treinamento.

( ) 4. Recordo-me bem dos conteúdos ensinados no treinamento.

( ) 5. Quando aplico o que aprendi no treinamento, executo meu trabalho com maior rapidez.

( ) 6. A qualidade do meu trabalho melhorou nas atividades diretamente relacionadas ao conteúdo do treinamento.

( ) 7. A qualidade do meu trabalho melhorou mesmo naquelas atividades que não pareciam estar relacionadas ao conteúdo do treinamento.

( ) 8. Minha participação no treinamento serviu para aumentar minha motivação para o trabalho.

( ) 9. Minha participação nesse treinamento aumentou minha autoconfiança. (Agora tenho mais confiança na minha capacidade de executar meu trabalho com sucesso).

( ) 10. Após minha participação no treinamento, tenho sugerido, com mais freqüência, mudanças nas rotinas de trabalho.

( ) 11. Esse treinamento que fiz tornou-me mais receptivo a mudanças no trabalho.

( ) 12. O treinamento que fiz beneficiou meus colegas de trabalho, que aprenderam comigo algumas novas habilidades.

37

Apêndice B – Questionário de Escala de Satisfação no Trabalho

As frases a seguir falam a respeito de alguns aspectos do seu trabalho atual.

Gostaríamos que você indicasse o QUANTO SE SENTE SATISFEITO OU

INSATISFEITO COM CADA UM DELES.

Dê suas respostas anotando, nos parênteses que antecede cada frase, aquele

número (de 1 a 7) que melhor representa sua resposta.

1 - Totalmente insatisfeito 5 - Satisfeito

2 - Muito insatisfeito 6 - Muito satisfeito

3 - Insatisfeito 7 - Totalmente satisfeito

4 - Indiferente

NO MEU TRABALHO ATUAL SINTO-ME...

01 ( ) Com o espírito de colaboração dos meus colegas de trabalho.

02 ( ) Com o modo como meu chefe organiza o trabalho do meu setor.

03 ( ) Com o número de vezes que já fui promovido nesta empresa.

04 ( ) Com as garantias que a empresa oferece a quem é promovido.

05 ( ) Com o meu salário comparado com o quanto eu trabalho.

06 ( ) Com o tipo de amizades que meus colegas demonstram por mi.

07 ( ) Com o grau de interesse que as minhas tarefas me despertam.

08 ( ) Com o meu salário comparado com a minha capacidade profissional.

09 ( ) Com o interesse do meu chefe pelo meu trabalho.

10 ( ) Com a maneira como a empresa realiza promoções de seu pessoal.

11 ( ) Com a capacidade do meu trabalho me absorver.

12 ( ) Com o meu salário comparado com o custo de vida.

13 ( ) Com a oportunidade de fazer o tipo de trabalho que faço.

14 ( ) Com a maneira como me relaciono com os meus colegas de trabalho.

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15 ( ) Com a quantia em dinheiro que eu recebo ao final de cada mês.

16 ( ) Com as oportunidades de ser promovido nesta empresa.

17 ( ) Com a quantidade de amigos que eu tenho entre meus colegas de

trabalho.

18 ( ) Com as preocupações exigidas pelo meu trabalho.

19 ( ) Com o entendimento entre eu e meu chefe.

20 ( ) Com o tempo que tenho de esperar por uma promoção nesta empresa.

21 ( ) Com o meu salário comparado com os meus esforços no trabalho.

22 ( ) Com a maneira como meu chefe me trata.

23 ( ) Com a variedade de tarefas que realizo.

24 ( ) Com a confiança que eu posso ter e meus colegas de trabalho.

25 ( ) Com a capacidade profissional do meu chefe.

CÁLCULO DOS ESCORES

Fatores Escore Colegas de trabalho (01+06+14+17+24) / 5 Satisfação com o salário (05+08+12+15+21) / 5 Satisfação com a chefia (02+09+19+22+25) / 5 Natureza do trabalho (07+11+13+18+23) / 5 Promoções (03+04+10+16+20) / 5 Referência: Siqueira, M. M. M. (1995a). Antecedentes de comportamentos de cidadania organizacional: a análise de um modelo pós-cognitivo. Tese de Doutorado não-publicada. Universidade de Brasília, Brasília.