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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA JOSENILTON SILVA DOS SANTOS JÚNIOR DECISÕES DE COMPRA: UM ESTUDO SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO EUNÁPOLIS, BA 2017

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FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

JOSENILTON SILVA DOS SANTOS JÚNIOR

DECISÕES DE COMPRA: UM ESTUDO SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO

EUNÁPOLIS, BA

2017

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JOSENILTON SILVA DOS SANTOS JÚNIOR

DECISÕES DE COMPRA: UM ESTUDO SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO

Trabalho apresentado às Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia como parte das exigências para obtenção do grau de Bacharel em Administração, sob orientação do professor Robson Rodrigues.

EUNÁPOLIS, BA

2017

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JOSENILTON SILVA DOS SANTOS JÚNIOR

DECISÕES DE COMPRA: UM ESTUDO SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO

Aprovada em:____/____/____

Conceito Final: ____________

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Nome completo (Orientador)

Titulação

__________________________________________

Nome completo

Titulação

__________________________________________

Nome completo

Titulação

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DEDICATÓRIA

Agradeço primeiramente a Deus, pela família sensacional

que me apoiou nessa jornada, servindo como base para

me fazer superar todas as dificuldades que apareceram

no caminho.

Com imenso prazer, dedico esse trabalho de conclusão

de curso à minha mãe, colegas e amigos, pelo suporte e

pelas orientações que me impulsionaram no percurso da

minha caminhada acadêmica.

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RESUMO

O fenômeno do e-commerce já está consolidado no mercado de produtos e serviços,

mesmo com pouco tempo de existência. O surgimento desse método de negócio,

alinhado ao desenvolvimento da internet e o avanço tecnológico resultou numa

ferramenta que oferece praticidade na vida das pessoas que querem manter o

hábito de consumo, mas que também querem aproveitar seu tempo.

Com a expansão desse mercado, as lojas virtuais, assim como o varejo tradicional,

precisam estabelecer determinadas estratégias e utilizarem algumas ferramentas

para conseguirem fixar a sua marca na mente de seus clientes e atrair novos

compradores.

O objetivo deste trabalho é mostrar as estratégias utilizadas pelo Comércio

Eletrônico brasileiro para mudar a forma das pessoas consumirem e atrair esses

novos consumidores, fazendo com que eles deixem de lado o modo tradicional de

comprar.

Palavras-Chave: E-commerce; Comércio Eletrônico; Estratégias; Consumidores.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Crescimento no número de internautas no Brasil..................................17

Figura 2 – Relacionamento entre as modalidades de negócios eletrônicos...........21

Figura 3 - Faturamento do e-commerce em R$ bilhões .........................................22

Figura 4 – Comportamento dos usuários na internet..............................................25

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Gênero dos entrevistados......................................................................32

Gráfico 2 – Faixa etária de idade dos entrevistados.................................................32

Gráfico 3 – Quantidade de E-consumidores.............................................................33

Gráfico 4 – Critérios de decisão de compra..............................................................34

Gráfico 5 – Meios de Pagamento mais utilizados.....................................................34

Gráfico 6 – Uso dos sites de comparação de preço.................................................35

Gráfico 7 – Categorias de produtos mais buscadas.................................................35

Gráfico 8 – Comparação de preço entre loja virtual e física.....................................36

Gráfico 9 – Alunos que compram com frequência numa mesma loja......................37

Gráfico 10 – Relevância do e-mail marketing...........................................................37

Gráfico 11 – Influência de terceiros..........................................................................38

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Modalidades de Negócios Eletrônicos................................................19

Quadro 2 – Categorias de produtos mais consumidos 1° semestre de 2017........23

Quadro 3 – Diferença entre Campanhas de fidelização e Promoções..................53

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LISTA DE ABREVIATURAS

B2B – Business to Business;

B2C – Business to Consumer;

B2G – Business to Govern;

C2C – Consumer to Consumer;

E-Consumidor – Consumidor online;

EDI – Troca Eletrônica de Documentos;

EFT – Transferência Eletrônica de Fundos;

FECOMERCIO - Federação do Comércio;

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios;

WWW – Word Wide Web;

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................11

2 METODOLOGIA....................................................................................................13

3 A INTERNET E OS NEGÓCIOS............................................................................15

3.1 Surgimento da Internet........................................................................................15

3.2 E-Business...........................................................................................................17

3.3 E-Commerce........................................................................................................21

3.4 Comércios eletrônicos de sucesso......................................................................26

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS...............................................................31

4.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR...........................................................38

4.2 ESTRATÉGIAS DO E-COMMERCE...................................................................40

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................54

6 CONCLUSÃO.........................................................................................................55

REFERÊNCIAS.........................................................................................................57

ANEXOS....................................................................................................................61

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1. INTRODUÇÃO

O Comércio Eletrônico surgiu nos EUA, no início da década de 90, apesar de na

época algumas empresas já utilizarem recursos eletrônicos para negociarem com

seus clientes. Segundo Turchi (2012, p. 17) as lojas virtuais começaram a ganhar

destaque a partir de 1995, tendo como principal pioneira a Amazon.com.

Em princípio, as transações que movimentavam o e-commerce não decolavam, pois,

o perfil do mercado mundial não dava crédito para esse tipo de transação comercial.

Esse modelo de negócio ainda era cercado de dúvidas por parte dos consumidores

da época que se sentiam mais seguros ao negociar diretamente com os vendedores

e ter acesso imediato ao produto desejado, podendo vê-los e tocá-los. Com o passar

do tempo, esse mercado ficou estável e cresceu consideravelmente, de modo que

se tornou disseminado na rotina de milhares de consumidores de todo o mundo

(SILVA & AZEVEDO 2015, p. 3).

O receio que antes predominava na mente das pessoas de se aventurar nesse tipo

de negócio, aos poucos foi se extinguindo pelo fato das lojas que operam no

ambiente online terem se reestruturado, tornando o processo de compra mais

prático, e por todo esforço que as lojas foram adotando com intuito de melhorar as

condições de segurança dos dados de seus clientes.

Segundo Ascensão (2016), o e-commerce é atualmente um dos mais importantes

fenômenos da Internet em crescimento. O varejo virtual da aos consumidores a

oportunidade de realizarem as suas compras, seja de bens ou serviços por meio da

internet, sem precisar sair do conforto de seus lares.

O presente trabalho visa apresentar um estudo sobre o comércio eletrônico e, para

tanto, definiu-se alguns objetivos específicos: a) identificar o que leva o consumidor

em optar pela compra em ambiente virtual; b) compreender por que esse tipo de

negócio cresce a cada dia no mercado brasileiro; c) identificar como funcionam as

estratégias utilizadas por esses negócios para atraírem mais clientes.

Os consumidores estão adotando mudanças em seu comportamento de compra.

Com o passar dos anos o e-commerce vem aparecendo como uma forte opção para

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quem deseja adquirir determinado produto, pois, esse método de compra apresenta

diversas vantagens frente ao varejo tradicional, como a praticidade, que permite que

o consumidor concretize sua compra em qualquer lugar e a qualquer momento,

desde que possua conexão com a internet, levando em consideração que as lojas

virtuais não têm horário para fechar, funcionando 24hs (PRESCOTT, 2014).

Para alcançar a quantidade de clientes que resolveram optar por esse tipo de

negócio, foi necessária a aplicação de algumas estratégias para que esses clientes

fossem atraídos por esse modelo de negócio.

No presente trabalho será demonstrado como funcionam essas estratégias, além de

conhecer como surgiu o Comércio Eletrônico, suas modalidades de negócio,

exemplos de sucesso e outros aspectos, a fim de responder a pergunta que norteia

este trabalho: como o e-commerce brasileiro está influenciando nas decisões de

compra do consumidor?

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2. METODOLOGIA

Ao iniciar uma pesquisa, é necessário estudar os caminhos que serão percorridos

até alcançar os resultados esperados, e também, saber quais as ferramentas serão

utilizadas para auxiliar no processo de exploração do tema que se pretende

pesquisar (CASTILHO, 2014).

Gerhardt & Silveira (2009, p.12) define Metodologia como:

Organização, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

Segundo Castilho (2014) a pesquisa é composta por procedimentos que de forma

sistematizada visam encontrar soluções para determinados problemas. Geralmente,

a pesquisa aparece quando há questionamento ou incerteza sobre algo, o que leva a

exposição de um problema que terá que ser solucionado através de um método

científico.

Desse modo, a pesquisa deste trabalho busca resposta para o seguinte problema:

Como o comercio eletrônico está influenciando nas decisões de compra do

consumidor brasileiro?

Portanto, a definição deste problema de pesquisa deverá ser solucionado mediante

aplicação do método científico.

A busca pela resposta de um problema faz com que o pesquisador explore a

realidade sob os mais variados meios de informações, e é extremamente importante

que o pesquisador conheça os tipos de pesquisa para que defina melhor quais

ferramentas serão necessárias para auxiliá-lo na investigação (RAMPAZZO, 2005).

Portanto, a presente pesquisa se enquadra numa abordagem qualitativa e

quantitativa. Segundo Castilho (2014) a pesquisa possui caráter quantitativo quando

visa mensurar ou medir dados. Esse método é utilizado também na aplicação de

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recursos e procedimentos estatísticos, a fim de estabelecer porcentagens, médias e

técnicas mais avançadas como coeficiente de correlação.

Quando possui caráter qualitativo, o foco da pesquisa está em compreender um

grupo social, uma organização ou um fato. A relevância dos números não importa

muito nesse tipo de abordagem, pois busca esclarecer a causa e efeito de algum

fenômeno (GERHARDT & SILVEIRA, 2009).

Quanto aos objetivos, essa pesquisa pode ser classificada como Descritiva e

Explicativa. A pesquisa descritiva irá caracterizar um fenômeno ou uma experiência.

Nesse caso, o tema a ser explorado já é conhecido, e a aplicação do método

descritivo irá auxiliar ao pesquisador a promover uma visão diferente sobre o tema

abordado. O método explicativo busca discernir os elementos que provocam a

ocorrência de um evento ou fenômeno, ou seja, explicar a razão e o porquê da

ocorrência (CASTILHO, 2014).

Os métodos aplicados para obter informações acerca do tema da pesquisa foram a

pesquisa bibliográfica e levantamento de dados.

Segundo Rampazzo (2005) em toda investigação será necessário recolhimento e

apuração de dados de diversas fontes. O presente trabalho foi baseado em

informações adquiridas através de fontes secundárias, tais como: livros, revistas e

artigos publicados por especialistas no tema explorado.

A fim de encontrar resposta para o problema, e descobrir como o comércio

eletrônico está influenciando na decisão de compra do consumidor brasileiro, foi

realizada uma entrevista com 60 alunos do curso de Administração da

UNESULBAHIA Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia. Nessa pesquisa

foram aplicados questionários com perguntas semiabertas e fechadas para as

turmas do 1° ao 4° período de administração.

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3. A INTERNET E OS NEGÓCIOS

A internet tem sido um grande fenômeno que teve surgimento no século passado e

vem se alastrando até os dias atuais. Sua evolução desencadeou uma série de

inovações quem vem facilitando a vida das pessoas, e consequentemente a

interação entre elas. Provocou enormes mudanças tanto na economia como na

sociedade em geral (COSTA, 2016).

Segundo Catalani, (2006, p.15):

O impacto do E-commece na economia vai muito além da simples transação eletrônica de bens e serviços. A internet está mudando a maneira como as pessoas trabalham, se relacionam e fazem negócios. Mais: está alterando a forma pela qual as pessoas se relacionam com empresas, como empresas se relacionam entre si e até como o governo se relaciona com a sociedade.

Para Turchi (2012, pg. 5) o mundo corporativo sofreu um grande impacto devido à

alta velocidade com que a internet cresceu e se desenvolveu, pois, isso obrigou as

empresas a repensarem suas estratégias de marketing e o modo como se

relacionam com seus Stakeholders.

Antes de se profundar sobre os impactos causados pela internet e como ela se

tornou uma ferramenta poderosa aliada ao marketing e aos negócios na rede, é

preciso saber como ela surgiu a fim de elevar a compreensão sobre como ela está

impactando nesse novo meio de compra e venda que já faz parte da vida de

milhares de consumidores.

3.1 SURGIMENTO DA INTERNET

De acordo com Turchi (2012, p.14) a Internet teve surgimento na década de 60, em

plena Guerra fria, nos Estados Unidos. O Departamento de Defesa americano

desenvolveu um projeto denominado de Arpanet. A intenção era descentralizar

informações valiosas de forma que não fossem destruídas por bombardeios se

estivessem localizadas em um único servidor.

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O acesso à Arpanet era permitido somente aos militares e pesquisadores. Pouco

tempo depois, algumas universidades e instituições que faziam trabalhos relativos à

defesa obtiveram acesso à rede e em 1975 eram contabilizados cerca de 100 sites,

onde já era possível realizar trocas de mensagens e de arquivos. No mesmo ano foi

criada a Telenet, o primeiro serviço comercial norte-americano de acesso a rede.

Em 1983, houve uma grande expansão da rede, que foi batizada de internet. O

sistema de hipertexto World Wide Web (conhecido como www) foi criado no ano de

1991 para facilitar a navegação pela rede (CALVI, 2007).

A partir do ano de 1994 a internet passou para outro patamar no que diz respeito à

disseminação de informações e como meio de comunicação através de sites como o

Yahoo, empresa de serviços de internet que engloba portais de notícias, sites de

pesquisas, jogos online e outros serviços. Logo após, já em 1997, o Google que veio

com a missão de tornar as informações mundiais mais acessíveis; em 1998, o já

extinto MSN, que ajudou a revolucionar a comunicação através da internet, e em

2009, o Bing (TURCHI, 2012).

Em dezembro de 1994, no Brasil, a Embratel lançou o serviço experimental de

internet comercial, mas, segundo relato de Turchi (2012, p. 14) somente em 1995, é

que foi possível pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações e do Ministério

da Ciência e Tecnologia, a abertura ao setor privado da internet para exploração

comercial.

Não foi preciso muito tempo para a internet conseguir uma larga expansão no país.

No ano de 1996, o Brasil contava com um total de 100 mil usuários de internet, o

que passou para 1 milhão de usuários da rede em apenas dois anos. Num período

de 10 anos, o país alcançou a marca de 67,5 milhões de internautas em 2009

(TURCHI, 2012).

O número de pessoas com acesso à rede cresceu disparadamente e segundo dados

coletados da pesquisa realizada pela PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios – 2015, no Brasil, já são mais de 100 milhões de internautas.

Na figura 1, é possível identificar como a quantidade de usuários da internet cresceu

no Brasil, contando do ano de 2012 até 2015.

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Figura 1 – Crescimento no número de internautas no Brasil

Fonte: Gomes (2016).

3.2 E-BUSINESS

O modo como a internet se desenvolveu fez com que o ambiente digital fosse visto

como um campo fértil e promissor aos olhos das corporações para tornar os

negócios mais acessíveis e tornar os processos mais eficientes (TURCHI, 2012).

No ano de 1980, as grandes indústrias e alguns varejistas utilizavam alguns

recursos eletrônicos para realizarem suas negociações. Hortinha (2001, p.191)

destaca duas das principais tecnologias já existentes na época. A primeira é a

Eletronic Data Interchange (EDI – Troca Eletrônica de Documentos), que tinha como

principal função facilitar a troca de informações e entre empresas e seus

fornecedores. E tinha também a Eletronic Funds Transfer (EFT – Transferência

Eletrônica de Fundos) utilizados para enviar documentos como ordens de compra e

de pagamento. Esse tipo de tecnologia acelerava os processos nas transações

logísticas e cadeia de suprimentos.

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Essas transações começaram a ser realizadas pela Web a partir dos anos 1990,

devido à evolução da internet e de seus níveis de segurança. A partir daí as

empresas começaram a desenvolver suas estratégias e atuar de forma mais ampla

no mercado, o que mais tarde se tornaria essencial para criação do E-commerce

(TURCHI, 2012).

O E-business (Negócio Eletrônico) é denominado por Costa (2016) como qualquer

negócio que seja realizado utilizando meios eletrônicos. O autor deixa claro que

existem alguns negócios que são efetuados eletronicamente, mas que não são feitos

com auxílio da rede, como negociações realizadas com auxílio de telefones, tanto

fixos como móveis e que também podem se enquadrar como Negócio Eletrônico.

Os termos E-business e E-commerce são confundidos com certa frequência, e para

muitas pessoas ambos os termos tem o mesmo significado.

Felipini (2015) diferencia os termos e-business e e-commerce:

E-commerce significa comércio eletrônico, ou seja, o conjunto de atividades comerciais que acontecem online. A diferença entre E-commerce e E-business, expressões que muitas pessoas confundem, existe. E-business não envolve transação comercial, é um negócio eletrônico, uma negociação feita pela Internet, mas que não envolve necessariamente uma transação comercial.

Para Eugênio (2015) o E-business pode ser dividido em duas modalidades, que são

o E-commerce e o E-service. Ele conceitua de forma resumida o e-commerce como

a realização de vendas de produtos na web, tanto para o cliente final quanto para

outras empresas. O autor também define o conceito de E-service como sendo a

prestação de serviços através da internet. Como exemplos, o autor cita o home

banking, agência de informações online, sites de busca e etc.

O avanço tecnológico trouxe uma série de vantagens quando se fala de negócios

eletrônicos, não só para as organizações, mas para a sociedade em geral. Dentro

das empresas, isso possibilitou aos departamentos se integrassem e trocassem

informações de forma mais prática e consequentemente a interação com seus

clientes (EUGÊNIO, 2015).

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Juntamente com o surgimento das negociações realizadas por meio de recursos

eletrônicos vieram inúmeras vantagens para as organizações e pra sociedade em

geral. A seguir, Costa (2016) apresenta algumas dos principais benefícios que esse

modelo de negócio oferece.

Comodidade: Deu ao consumidor a opção de realizar a compra de um

produto ou serviço sem a necessidade de sair de sua residência.

Conquista de novos mercados: As empresas que atuam no ambiente virtual

acabam quebrando as barreiras geográficas, por estarem abertas para serem

acessadas e atenderem clientes de todas as localidades.

Operação 24/7: Permite que o cliente faça uma operação de compra a

qualquer momento do dia, pois as lojas virtuais não seguem o horário de

funcionamento das lojas físicas, por exemplo, que tem hora pra abrir e fechar.

Elas atuam 24 horas durante toda a semana.

Conhecimento do Cliente: As lojas do varejo virtual possuem ferramentas

que ajudam a reter dados e informações dos seus clientes, o que servirão de

base para criarem estratégias para gerarem ofertas de acordo com o perfil

desse cliente.

Visibilidade: O aumento de visibilidade também é outro benefício que as

lojas online possuem. O fato de estar acessível em qualquer horário do dia

facilita esse processo. A presença nas redes sociais também ajuda a estarem

perto de seus clientes e a conquistarem novos clientes.

No Quadro 1, destacam-se as principais modalidades do E-business.

Quadro 1 – Modalidades de Negócios Eletrônicos

B2C

Business to Consumer ou Empresa para o consumidor, é a relação que a

empresa estabelece com seu cliente final, ou seja, quando a loja vende

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para o cliente que vai consumir seu produto;

B2B

Business to Business ou Empresa para Empresa, está relacionado às

negociações de compra e venda entre empresas, ou seja, quando a

empresa vende seu produto final outra empresa;

B2G

Business to Govern ou Empresas para Governo, define transações

comerciais pela web entre as empresas e o Governo;

B2E

Business to Employee ou Empresa para Empregado, é a relação entre a

empresa e seus funcionários. Um treinamento ou curso online que a

empresa fornece ao seu funcionário pode ser um exemplo de B2E;

C2B

Consumer to Business ou Cliente para Empresa, é a relação entre o

consumidor ou cliente e a empresa. Quando o cliente faz uma reclamação

ou dá uma sugestão para a empresa na internet está tendo uma relação

C2B;

C2C

Consumer to Consumer ou Consumidor para Consumidor, estabelece a

relação entre os consumidores. Sites de leilões onde os consumidores

negociam entre si é um bom exemplo de relação C2C.

Fonte: Costa (2016)

Na figura 2 segue uma ilustração das modalidades de relacionamento nos Negócios

Eletrônicos adaptado do modelo desenvolvido por Takahashi.

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Figura 2 – Relacionamento entre as modalidades de negócios eletrônicos

Fonte: Costa (2016).

3.3. E-COMMERCE

O Comércio Eletrônico é um fenômeno consolidado no mundo dos negócios e que

ano após ano demostra evolução e crescimento. Comumente chamado de E-

commerce, começou a dar seus primeiros passos nos EUA no ano de 1995, e teve

como principal pioneiro o Amazon.com que decidiu inovar e apostar nesse novo

meio de compra e venda (TURCHI 2012, pg. 17).

Segundo Catalani (2006, p.45) a criação desse modelo de negócio revolucionou a

forma de consumir tanto produtos quanto serviços e fez com que as negociações

fossem concretizadas na internet tornando o ato de comprar mais fácil e mais

prático, quebrando algumas barreiras como a da distância que impedia algumas

pessoas de obter um determinado produto, pois exigia extensa locomoção e

envolvia custos para tal.

Diferente do comércio físico onde é necessária toda uma infraestrutura e que dá

liberdade ao cliente de visitar o ponto e ter contato direto com o produto oferecido

antes de uma possível compra, o comércio eletrônico apresenta uma característica

totalmente distinta, onde a venda de seus produtos e serviços são realizadas numa

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plataforma eletrônica na internet. Esse método de negócio trouxe uma série de

vantagens e benefícios para o consumidor (COSTA, 2016).

Segundo Albertin (2004) o comércio eletrônico é definido como a realização de toda

etapa de negociação dentro de um ambiente eletrônico, com auxílio de recursos

tecnológicos de comunicação e informação, isso vai desde a entrada na loja e

escolha do produto até o seu recebimento.

Campano (2009) conceitua o comércio eletrônico como a prática de negociações

entre empresa e cliente B2C e entre empresas B2B virtualmente, envolvendo a troca

de informações.

Ascensão (2016) conceitua o Comércio Eletrônico como:

Comércio eletrônico ou E-commerce é um conceito aplicável a qualquer tipo de negócio ou transação comercial que implique a transferência de informação através da Internet. Abrange uma gama de diferentes tipos de negócios, desde sites de retalho destinado a consumidores, a sites de leilões, passando por comércio de bens e serviços entre organizações.

Segundo dados da E-bit (2016) empresa conceituada que faz análise de cada e-

commerce desde 2001 e que define a reputação das lojas virtuais com base em

seus pontos positivos e negativos, o comércio eletrônico apresenta um crescimento

contínuo de consumidores, o que consequentemente resulta no crescimento de seu

faturamento através dos anos.

Na figura 3, é possível notar a evolução do comércio eletrônico entre o ano de 2003

até o ano de 2015.

Figura 3 – Faturamento do e-commerce em R$ bilhões

Fonte: Carta Capital, 2016.

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Em 2016 o comércio realizado em ambiente online teve um faturamento de R$ 44,4

bilhões, algo em torno de 10,3% com relação ao ano anterior. Segundo relatório

Webshoppers nº 35, divulgado pela Ebit, esse foi apontado como o menor

crescimento com base nos dados registrados desde o início das análises realizadas

pela empresa especializada em varejo eletrônico.

Apesar de apresentar um baixo índice de crescimento de 2015 para 2016, o CEO da

Ebit, Pedro Guasti, não enxerga esse resultado de forma negativa, pois, para ele, o

comércio eletrônico conseguiu ir na contramão da crise econômica.

Para o ano de 2017, segundo o relatório, há uma previsão de que o comércio online

chegue a faturar aproximadamente R$ 49,7 bilhões, apresentando um crescimento

nominal de 12%.

Segundo o relatório Webshoppers nº 36, divulgado pela Ebit em agosto de 2017, o

E-commerce apresentou um crescimento nominal de 7,5% só no primeiro semestre

desse ano, com um faturamento de R$ 21 bilhões nesse período. Esses dados

fizeram com que a Ebit diminuísse a expectativa de alcançar um faturamento de R$

49,7 bilhões em 2017 e reduziu a projeção para R$ 48,8 bilhões.

O quadro 2 mostra as categorias de produtos mais pedidos no primeiro semestre de

2017.

Quadro 2 – Categorias de produtos mais consumidos no primeiro semestre de 2017.

Fonte: Ebit, 2017.

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Para Pedro Guasti, CEO da Ebit, o que alavancou os pedidos nesse período foi a

deflação ocorrida nos últimos 12 meses, que alcançou uma taxa de 5,38%.

Mello (2011) aponta que o E-commerce chegou nesse patamar devido ao aumento

do número de e-consumidores. Morais (2012) define e-consumidores simplesmente

como o indivíduo que compra ou já fez alguma compra em uma loja virtual. Para

Mello (2011), o fato de pessoas de diferentes classes sociais conseguirem acesso à

rede, contribuiu para elevar o crescimento do comércio eletrônico, pois, levou essas

pessoas a consumirem e buscarem produtos que antes não tinham acesso.

Na atualidade pode-se adquirir um produto ou serviço sem a necessidade de

enfrentar o trânsito, sem precisar dialogar com vendedor, sem sair da zona de

conforto. Tudo isso com alguns cliques do mouse ou com o próprio smartphone, que

é o caso do m-commerce ou mobile commerce conceituado por Turchi (2012 pg. 60)

como a utilização do celular para realização de transações comerciais.

Para Goberto (2017) o E-commerce trouxe benefícios para o mundo dos negócios,

não só para os consumidores, mas também para quem vende:

Canal dinâmico, versátil e personalizado, preço dos produtos mais baixos com

relação aos do varejo tradicional, redução do custo operacional, variedade de

produtos, a segurança dos sites, agilidade na hora da entrega, facilidade na hora de

consultar a concorrência, comparar preços através de sites de comparação como

BuscaPé.com, Zoom.com.br e outros, além de outras vantagens.

Na Figura 4, são apresentados percentuais que mostram o grau de importância dos

itens citados acima considerados vantajosos de acordo com a opinião do

consumidor. Os valores expostos no gráfico são resultados de uma pesquisa da

Federação do Comércio (FECOMERCIO) sobre o comportamento dos usuários na

internet.

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Figura 4 – Comportamento dos usuários na internet

Fonte: Prescott, 2014

Para Hortinha (2001, pg. 192), a fim de atender o consumidor individual, as

principais razões que levam as empresas a aderirem ao e-commerce são as

seguintes:

Aumento das alternativas de escolha, com mais produtos, procura global e

larga escolha de preços;

Procura de informações detalhadas sobre os produtos, a disponibilidade e o

ponto de situação de encomenda;

Disponibilidade de serviço a clientes online;

Evitar as deslocações e as dificuldades de estacionamento;

Redução dos constrangimentos relacionados com o fator tempo.

Sob o ponto de vista das empresas, o autor destaca as seguintes razões:

Pouco valor acrescentado das encomendas, sobretudo para os casos de

valores reduzidos ou repetição de encomendas;

Maior leque de escolha;

Ciclo de compra mais reduzido;

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Maior facilidade de fornecimento de informação, como seja disponibilidade e

ponto de situação da encomenda;

Melhor facilidade de comunicação entre os diferentes fornecedores, que no

caso do EDI (Electronic Data Interchange).

Almeida (2014) deixa claro que o varejo virtual ainda que apresente uma série de

vantagens e oportunidades por toda praticidade envolvida em suas transações, é

preciso tomar algumas precauções, pois pode ir à ruína se não tiver planejamento e

não for administrado corretamente. O autor ainda complementa dizendo que com o

fato de qualquer loja virtual estar a poucos cliques de distância dos seus possíveis

concorrentes faz com que o consumidor tenha total liberdade e facilidade de

consultá-los e que o consumidor que não se sente satisfeito com o produto ou

serviço adquirido num determinado varejo online tem o poder de atingir milhares de

pessoas influenciando-os a não adotarem esse método de negociação.

Devido à grande concorrência que há no mercado das lojas virtuais, é preciso se

destacar, buscar visibilidade e adotar estratégias para conquistar clientes e mantê-

los fiéis. São dois grandes desafios para quem está procurando espaço no mercado

digital e que requer muito estudo, análise e pleno conhecimento sobre quem está

consumindo seu produto ou serviço (MOUTELLA, 2002).

3.4 COMÉRCIOS ELETRÔNICOS DE SUCESSO

Para Eugênio (2015) o comércio eletrônico num modo geral está vivendo um bom

momento e a tendência é que tenha um futuro ainda mais promissor. No Brasil são

milhares de lojas de diferentes ramos e que atuam em diversos nichos, o que gera

uma ampla concorrência no mundo virtual. Essa concorrência faz com que essas

lojas busquem cada vez mais visibilidade.

Segundo Turchi (2012) no Brasil existem empresas que são referências de negócio

eletrônico e que servem de espelho para as “lojas iniciantes” no ramo e que buscam

seu espaço na rede. Alguns desses negócios alcançaram o sucesso de suas marcas

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no ambiente físico e estenderam para o ambiente virtual e outras se consagraram

integralmente na rede.

Casas Bahia

A Casas Bahia atua no mercado nacional a mais de 60 anos, onde trabalha com

vendas de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis e é referência nesses

segmentos. A primeira loja da Casas Bahia foi fundada em 1957 em São Caetano do

Sul na cidade de São Paulo (institucional.casasbahia.com.br). Mesmo com todo

sucesso obtido com suas lojas físicas, a empresa optou por se aventurar também no

ambiente online no ano de 2009.

Segundo Turchi (2012, p. 43) o objetivo inicial era que o varejo físico e o virtual

trabalhassem junto, um alavancando o outro. Para isso, eram oferecidos promoções

de produtos com preços vantajosos para seus clientes, além disso, eles criavam

vídeos explicativos auxiliando os clientes quanto às funcionalidades dos produtos

adquiridos na loja e como funcionava o processo de compras.

A comunicação com o cliente foi outro diferencial da Casas Bahia que veio desde

seu início no ambiente virtual. Devido à maioria de seus clientes serem pertencentes

às classes C, D e E, a empresa optou por capacitar alguns de seus funcionários

para auxiliar esses clientes em todo processo de compra através de chats e

telefone, o que já mostrava que a loja tinha todo o cuidado para criar um bom

relacionamento com sua clientela e através disso conquistar a fidelidade deles

(TURCHI, 2012).

As vendas no varejo virtual não afetaram negativamente as vendas do varejo

tradicional, pelo contrário. A empresa conseguiu fazer com que os dois ambientes se

complementassem oferecendo aos clientes a opção de fazer a compra de seus

produtos no comércio eletrônico da companhia e retirar os produtos adquiridos na

loja física, outro diferencial da loja que tornou o e-commerce mais atrativo aos olhos

do consumidor brasileiro (TURCHI, 2012).

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Netshoes

Com atuação no Brasil, Argentina e México, loja virtual de artigos esportivos do é

líder do segmento. A empresa comercializa mais de 40 mil artigos esportivos

direcionados para várias modalidades como futebol, fitness, musculação,

suplementos, basquete e outros (netshoes.com.br).

O grupo surgiu no varejo físico no ano 2000 utilizando o mesmo nome que carrega

hoje. Em 2002 a loja passou a atuar também nas plataformas digitais, ampliando sua

atuação para o esporte e, em 2007, voltaram toda atenção da marca para o varejo

online (netshoes.com.br).

A Netshoes se preocupa com a satisfação do seu cliente, e a prova disso se

manifesta no hábito que a empresa tem de realizar pesquisas com seus clientes

depois de completadas três semanas da compra para medir o nível de satisfação

dos consumidores de seus produtos. Essa prática foi fundamental para alavancar a

boa reputação da loja, e fez com que os clientes recomendassem a marca para

outras pessoas. Isso influenciou no aumento no número de vendas realizadas pela

loja virtual, já que segundo Turchi (2012, p.48) “40% das compras são influenciadas

por indicações de outros usuários”.

Outra estratégia utilizada pela Netshoes é a utilização de e-mail marketing. A

Netshoes faz uma segmentação através de dados dos clientes cadastrados, onde

busca informações também sobre o time que seu cliente torce, já que atua no varejo

de nicho, vendendo produtos esportivos (TURCHI, 2012 p. 49). Com base nas

informações coletadas é direcionado para a caixa de e-mail do cliente divulgação de

ofertas, descontos especiais, cupons entre outros.

O SEO (Search Engine Optmization) e os Links Patrocinados são outras estratégias

que também já foram adotadas pela Netshoes. O objetivo principal dessas

estratégias é elevar o posicionamento do site nos buscadores, e isso faz com que a

loja figure nas primeiras páginas dos resultados obtidos com a busca. São meios de

levar a marca para a maior quantidade de clientes possível, e a adoção dessas

ferramentas são primordiais na hora de atrair clientes para seu negócio (TURCHI,

2012).

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Saraiva

A livraria Saraiva foi fundada em 1914 pelo português Joaquim Ignácio da Fonseca

Saraiva, nascido na província de Trás-os-Montes, onde na época comercializava

livros usados na cidade de São Paulo. O fato de estar localizada próxima a uma

universidade tornou a livraria uma referência para os estudantes e também para os

professores (saraiva.com.br).

Com o passar dos anos as vendas foram se intensificando e a Livraria, que até

então era denominada de Livraria Acadêmica cresceu. Joaquim Saraiva veio a

falecer em 1944 e a partir daí o negócio passou a ser gerenciado pelos seus filhos.

No ano de 1947 a empresa transforma-se em sociedade anônima, passando a ser

chamada de Saraiva S.A. - Livreiros Editores (saraiva.com.br).

Em 1998 resolveu expandir seu canal de vendas e passou a atuar no ambiente

online. O site da Saraiva Foi um dos primeiros sites de e-commerce do Brasil

(saraiva.com.br).

Em 2011 a rede chega a marca de 98 lojas, incluindo 5 lojas iTown, presentes em 15

estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Santa

Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,

Pernambuco, Paraíba, Ceará, Amazonas e Pará. Nesse mesmo ano a Saraiva lança

em fevereiro o Viagens Saraiva, operação que oferece pacotes turísticos, hotéis e

passagens aéreas, a preços competitivos, para os mais visitados destinos do Brasil

e do exterior através da internet. Em agosto é lançado o Cursos Saraiva, um serviço

que foi desenvolvido para quem deseja ampliar seus conhecimentos com

flexibilidade, tecnologia e qualidade(saraiva.com.br).

Em outubro de 2013, a Saraiva recebe o “Prêmio Época ReclameAqui - As Melhores

Empresas para o Consumidor de 2013” na categoria Comércio Eletrônico e foi

destaque como Companhia Supercampeã de votação no ranking geral, que

considera as melhores empresas em 62 categorias (saraiva.com.br).

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Em 2016 a Saraiva obteve um crescimento de 8,9% em comparação com o ano

anterior, o que resultou num faturamento de R$ 614 milhões só com as vendas

online.

Dafiti

A marca Dafiti teve surgimento em 24 de janeiro de 2011, sendo fruto de um projeto

criado por um alemão chamado Malte Horeyseck e mais três sócios que

desembarcaram no Brasil com o objetivo de fundar um site de comércio eletrônico

no ramo da moda. No início a empresa vendia apenas calçados e aos poucos foram

trabalhando na variedade do site, que hoje, é um diferencial para a marca

(dafiti.com.br).

O fato de muitas pessoas realizarem sua primeira compra em ambiente online no

site da Dafiti, fizeram com que os criadores da marca trabalhassem para atender os

seus clientes no prazo estabelecido, o que também tornou-se um diferencial para

eles, pois queriam ganhar a confiança desses cliente (dafiti.com.br).

Em 2015, a Dafiti alcançou o posto de maior varejista no comércio eletrônico

brasileiro na categoria de moda e acessórios. Seu portal conta com mais de 900

marcas e mais de 100 mil produtos, o que nenhuma outra loja do segmento no país

possui (dafiti.com.br).

A Dafiti definitivamente já conquistou seu espaço aqui no Brasil e já se tornou

referência em seu segmento. Algumas estratégias adotadas pela empresa foram

fundamentais para seu sucesso. A primeira delas é o seu portfólio abrangente, que

conta com marcas variadas e categorias de produtos, como, roupas, sapatos,

decoração, acessórios etc. (dafiti.com.br).

Outro ponto que a empresa trabalha para manter seu sucesso é garantir a satisfação

do cliente em seu site de vendas, prezando pelo cumprimento dos prazos de

entrega, que segundo Campano (2009) é um diferencial para os varejistas virtuais

que desejam acompanhar o crescimento do e-commerce e deve ser tratado como

uma prioridade por parte das lojas que atuam nesse segmento. A loja também

investe no oferecimento de Cupons de Desconto, que para Moutella (2012) é uma

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estratégia fundamental para atrair novos compradores e convertê-los em clientes,

além de torna-los mais satisfeitos no processo da compra por pagarem mais barato

pelo produto desejado.

4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Após obter os dados a partir do questionário, os resultados foram tabulados,

compilados, e em seguida foram elaborados os gráficos para garantir uma melhor

compreensão da pesquisa.

Segundo Marconi e Lakatos (2003) os dados precisam passar por alguns caminhos

antes da investigação e interpretação: seleção, codificação e tabulação. É no

momento da análise que o explorador do assunto abordado passa a conhecer os

dados detalhadamente, depois de todo trabalho estatístico, a fim de conseguir

respostas para seus questionamentos sobre o tema estudado, visando estabelecer

relações necessárias entre os dados alcançados.

Os gráficos expostos nesse capítulo foram gerados com base nas respostas de 60

alunos do curso de Administração da Unesulbahia Faculdades Integradas do

Extremo Sul da Bahia. Para conseguir essas informações, foram entrevistados

alunos do 1° ao 4° período do curso de Administração.

Os 60 entrevistados foram representados por 34 homens e 26 mulheres, o que

representa um percentual de 57% e 43% respectivamente, conforme Gráfico 1. Com

base nessas informações, foi contatado que os e-consumidores masculinos são

maioria na aquisição de produtos pela internet.

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Gráfico 1 – Gênero dos entrevistados.

Fonte: O Autor.

Com base no Gráfico 2, foi constatado que os jovens que possuem idade entre 16 e

25 anos predominam sobre os demais entrevistados. No total, foram 27

entrevistados na faixa dos 16 à 20 anos, 30 entrevistados com idade entre 21 e 25

anos, 1 com idade entre 26 e 30 anos e 2 com idade entre 31e 35 anos.

Gráfico 2 – Faixa etária de idade dos entrevistados.

Fonte: O Autor.

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No Gráfico 3, nota-se que o número de pessoas entrevistadas que já compraram ou

ainda compram pela internet é totalmente superior ao dos entrevistados que nunca

efetuaram uma operação de compra numa loja virtual. Enquanto 2 pessoas

relataram nunca terem adquirido nenhum produto ou serviço no varejo online, 58

pessoas, que equivaleu 97% dos alunos já compraram ou ainda compram no

ambiente virtual.

Gráfico 3 – Quantidade de E-consumidores.

Fonte: O Autor.

Conforme apresentado no Gráfico 4, o Preço dos produtos influenciam a maioria dos

entrevistados, 19 alunos alegaram que o preço é fator determinante para comprar

um produto. Em seguida aparece a forma de pagamento, que influencia um total de

16 alunos a concluírem suas compras em um site. A Segurança do site aparece

como o terceiro maior influenciador nas compras dos entrevistados, 13 alunos

colocaram a segurança do site como fator primordial para comprarem online. 5

alunos são influenciados pelo frete, e os outros 5 pelo prazo de entrega.

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Gráfico 4 – Critérios de decisão de compra.

Fonte: O Autor.

A forma de pagamento mais utilizada pelos alunos entrevistados é o Cartão de

Crédito. Um total de 56 alunos alegou pagar os produtos adquiridos na internet com

o Cartão de crédito, enquanto 2 pessoas preferem o pagamento à vista com o uso

do boleto bancário.

Gráfico 5 – Meios de Pagamento mais utilizados.

Fonte: O Autor

Dos alunos entrevistados 38 alegaram utilizar sites de comparação de preço antes

de concluir uma compra na internet. O restante dos entrevistados que alegaram não

utilizar sites de comparação de preço totalizam 20.

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Gráfico 6 – Uso dos sites de comparação de preço.

Fonte: O Autor

Dos alunos entrevistados, 15 demonstraram interesse nas categorias de Moda e

Acessórios. Em seguida aparecem os que preferem as categorias de esporte e

Lazer, 10 no total. Os que preferem navegar em busca de Cosméticos e Perfumaria

e Telefonia/Celular surgem logo em terceiro com 8 representantes de cada

categoria. Os Livros aparecem como categoria mais buscada para 7 dos

entrevistados. Os Eletrônicos são as categorias mais visitadas de 6 dos

entrevistados. E por ultimo, os que preferem navegar pelas lojas de

eletrodomésticos, totalizando 4 alunos.

Gráfico 7 – Categorias de produtos mais buscadas.

Fonte: O Autor.

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Grande parte dos entrevistados alegaram que os produtos vendidos em lojas virtuais

possuem preços mais baixos em relação as lojas físicas, num total, 38 alunos

concordaram com isso. A minoria que totalizou 2 pessoas, disseram que as lojas

virtuais vendem mais caro. Enquanto 18 entrevistados acham que não há variação

nos preços entre as lojas virtuais e as lojas físicas.

Gráfico 8 – Comparação de preço entre loja virtual e física.

Fonte: O Autor.

Conforme Gráfico 9, os alunos que são fiéis a uma loja são minoria na pesquisa,

apenas 18 alegaram comprar numa mesma loja com frequência. A maioria que

totaliza 40 pessoas prefere se aventurar em vários sites de venda.

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Gráfico 9 – Alunos que compram com frequência numa mesma loja.

Fonte: O Autor.

Dos 60 entrevistados, 39 alegaram que ao receber e-mails das lojas em que

possuem cadastro, acessam o conteúdo e visitam o site da loja para avaliar as

ofertas. Os demais, que totalizam 21 pessoas, ignoram os e-mails recebidos pelas

lojas virtuais.

Gráfico 10 – Relevância do e-mail marketing.

Fonte: O Autor.

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A maioria dos entrevistados disse já ter sofrido, pelo menos uma vez, influência das

opiniões de outros internautas no processo de compra de um produto, dos 60

alunos, 50 confirmaram que já deixaram de comprar um produto porque foram

influenciados pelas avaliações e depoimentos de outros e-consumidores. Os demais

alegaram que nunca foram influenciados pela opinião de terceiros.

Gráfico 11 – Influência de terceiros

Fonte: O Autor.

4.1. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Ao analisar o comércio eletrônico é importante falar também sobre o consumidor,

pois sem ele, evidentemente não há negócio. Para Turchi (2012) o patamar que a

internet alcançou, fez com que o consumidor ganhasse mais visibilidade e maior

poder de influência, podendo contribuir diretamente no sucesso de uma marca como

também pode decretar a ruína da mesma.

Para Kottler (1998) o consumidor é influenciado por fatores culturais, psicológicos,

sociais e individuais. O fator cultural é guiado pela cultura e é ele que determina o

comportamento e os desejos, pois ao crescer a pessoa passa a obter determinados

valores e comportamentos do meio onde estão inseridos. O fator social diz respeito

a influência que essas pessoas sofrem pelos seus grupos de referência e família. O

fator individual ou pessoal envolve o estágio de vida do consumidor, sua idade,

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personalidade e etc. Por fim, o fator psicológico está ligado a processos de decisão

de compra como motivação, aprendizagem, percepção e memória.

Antes de concretizar uma compra, a pessoa passa por um estágio em que a leva

reconhecer sua necessidade. Segundo Portela (2017) as necessidades podem se

manifestar através de desejos internos como fome, sede, a vontade de impressionar

as pessoas e também desejos externos como ser convidado para uma festa

importante, por exemplo.

Segundo Caro (2005), ao efetuar uma compra, o consumidor é levado a passar por

processos antes de concretizar o ato:

Busca por informações

No momento em que o consumidor identifica as suas necessidades é feito uma

busca através do conhecimento já obtido, ou explora novas informações com ajuda

de especialistas, familiares, amigos, entre outros. É nesse momento que ele vai

fazer a ligação entre essas informações e suas necessidades para saber se poderá

supri-las.

Avaliação das opções

O consumidor tem o poder de decidir o que, quando, como e onde efetuar sua

compra. A partir do momento em que as buscas por informações são processadas e

ele já tem em mente o que pode atender suas expectativas é hora de analisar quem

irá fazer isso, que produto e que fornecedor pode lhe proporcionar o que deseja. É

esse processo que, sob avaliação do consumidor, irá determinar suas marcas

preferidas.

Decisão de Compra

Feita a análise das alternativas e filtradas quais marcas atendem às suas

necessidades, é definido onde a compra será efetivada. Nesse ponto, o consumidor

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já tem sua preferência com base nas informações buscadas e as compras feitas na

empresa preferida se tornam habitual.

Comportamento Pós-Compra

Todo processo de decisão do consumidor não se finda no ato da compra. Segundo

Caro (2005) “a experiência de consumo pode ser definida como o conjunto de

conhecimentos e sentimentos experimentados por uma pessoa durante o uso de um

produto ou serviço”. A sensação que o consumidor vai ter no consumo do produto irá

influenciar sua opinião na hora de avaliar o mesmo.

Devido à rapidez das informações, o lançamento de novos produtos teve uma

aceleração em sua frequência, fazendo com que compras realizadas hoje se tornem

ultrapassadas amanhã. Isso acaba por gerar um desconforto no consumidor e o

deixa insatisfeito com o que tem comprado, mesmo que o produto adquirido seja de

qualidade e atenda sua necessidade, mas pelo fato do “novo produto” ser mais

completo.

4.2 ESTRATÉGIAS DO E-COMMERCE

Algumas estratégias são utilizadas no mercado de lojas virtuais, que de forma eficaz,

têm tornado o comércio eletrônico mais atraente aos olhos dos novos consumidores

e também tornado esse mercado mais competitivo. Ennes (2013) define estratégia

como uma linha de ação de como aplicar os recursos da organização e explorar as

condições do ambiente a fim de atingir os objetivos em longo prazo.

Diante da ampla concorrência que existe no comércio virtual, é preciso se destacar

nesse mercado para estar à frente dos concorrentes e na preferência dos

consumidores. Para isso, é extremamente importante um bom planejamento e

bastante investimento (GENGO, 2012).

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Para Catalani (2006) os e-consumidores, diferente dos consumidores que compram

nas lojas tradicionais, tem a vantagem de visitar uma loja e ao mesmo tempo

analisar os concorrentes e comparar o produto desejado com o mesmo em várias

lojas do mesmo segmento, tudo isso em poucos segundos.

Segundo Kotler (2005, p. 47) essa nova geração de consumidores, possui mais

conhecimento em relação ao que estão prestes a adquirir, são mais determinados,

questionam e avaliam melhor os preços, são exigentes, e querem sempre o melhor

dentro de suas condições. Além disso, estão cercados de concorrentes que

disputam entre si quem oferece as melhores ofertas e promoções.

Diante dessa disputa entre concorrentes para conseguir a atenção e reter o máximo

possível de clientes, os e-consumidores tem ao seu favor os sites de comparação de

preços, como os populares BuscaPé e Zoom, que ajudam os consumidores em seu

processo decisório de compra, permitindo que eles avaliem ofertas e conheçam

melhor os produtos que estão prestes à consumir e as empresas que estão

oferecendo esse produto (ARRAES, 2015).

Atraindo Clientes

Diante de da alta competitividade existente no mercado do varejo online, onde

milhares de lojas que atuam no mesmo segmento, ou em segmentos semelhantes,

buscam a todo instante conseguir seu espaço nesse amplo mercado e influenciar na

decisão de compra dos novos consumidores, é preciso investir fortemente em

estratégias que ajudem no processo de atrair clientes.

Felipini (2012) recomenda a adoção de estratégias de Marketing, pois ajuda a

despertar o cliente para o que o comércio está tentando oferecer. É recomendável

também que seja feito um trabalho bem elaborado em cima da divulgação da loja,

através das propagandas e anúncios, e também do layout do site da loja, que é fator

determinante na hora de atrair um possível cliente.

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Para conseguir a atenção do cliente e envolvê-lo em um relacionamento com a

marca, é preciso que ele conheça a marca primeiro, e que a marca conheça o

público que deseja atrair para seu negócio.

Para isso, é preciso que a loja faça um questionamento e determine quem será o

principal interessado em seus produtos. Esse questionamento é fundamental, tanto

para o comércio tradicional quanto para o eletrônico, pois assim, como no ambiente

tradicional, um dos fatores que contribuem no sucesso de um empreendimento na

internet é conhecer detalhadamente seu público-alvo (FELIPINI, 2012).

Para estabelecer o seu público de interesse, é preciso segmenta-lo primeiro. Essa

segmentação pode ser feita na internet pelas mesmas bases utilizadas no marketing

tradicional.

Catalani (2006) define alguns recursos para facilitar esse processo de segmentação:

Geografia: com o auxílio do www.idc.com e www.ibge.gov.br;

Demografia: com o auxílio do www.emarketer.com e www.ibope.com.br

Psicográficos: com auxílio do www.future.sri.com e www.forrester.com

Comportamentais: www.cyberatlas.com e www.ebit.com.br

Dado o processo de conhecimento dos potenciais clientes a que pretendem

conquistar, essas lojas utilizarão de algumas ferramentas para demonstrarem ao

consumidor de que são a melhor escolha na hora de comprar.

Links Patrocinados e SEO

Comercializar produtos e serviços online torna-se um desafio para as lojas virtuais,

pois tem que competir com milhares de concorrentes, de todos os portes, desde as

marcas já consolidadas até as recém-criadas. Segundo Campano (2009, p.11) para

obter sucesso nesse marcado é preciso investir em ferramentas que torne o negócio

visível para o público que pretende atingir, pois se o consumidor não sabe que o

negócio existe, não haverá visitas e consequentemente não haverá vendas.

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Para que a loja virtual esteja bem posicionada nos buscadores, ganhando assim

mais visibilidade por parte dos internautas é fundamental a adoção de estratégias

que torne o negócio mais visível. Turchi (2012) recomenda investir em duas das

principais estratégias para deixar a loja bem colocada nas páginas de busca. A

primeira são os Links Patrocinados e o segundo é o SEO.

Tessmann (2015) conceitua os links patrocinados como:

“Os links patrocinados são os anúncios pagos que tem como objetivo gerar um maior número de conversões, trabalhando estratégias relevantes para o usuário da ferramenta com intuito de chamar atenção dos possíveis consumidores”.

Essa ferramenta tem contribuído para o aumento nas compras em ambiente online,

pois possui um papel importante na hora de atrair consumidores. Tudo começa com

a compra de palavras-chave nos sites de busca. Essas palavras precisam estar

ligadas com a marca do negócio e com o que o negócio oferece, assim, toda vez

que um internauta pesquisar por algum produto utilizando uma ou mais palavras

relacionadas ao site, está página irá aparecer com mais destaque nos buscadores

(TURCHI, 2012).

Para Campano (2009, p.12) esse método funciona como um leilão, onde todos os

sites de comércio eletrônico tem acesso e podem disputar a aquisição do patrocínio

de determinadas palavras chave, onde quem tiver disposto a pagar uma maior

quantia por essas palavras ganhará mais posições nos resultados de pesquisas.

Turchi (2012) ainda ressalta que dependendo da procura por determinadas palavras,

estas podem varias no preço. Assim, se a palavra selecionada não for muito

procurada pelos varejistas online torna-se mais barato a aquisição. Do contrário, ela

se tornará mais cara.

Outra estratégia, com função semelhante aos links patrocinados e bastante utilizada

pelas lojas do comércio eletrônico é o uso do SEO (Search Engine Optimization)

cuja tradução se resume em Otimização para Sites de Busca. Para Matsuke (2012)

essa ferramenta é eficaz para que a loja ganhe posições nos sites de busca, se

destacando de seus concorrentes e ganhando a atenção dos consumidores.

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Segundo Cruz (2011) o SEO aparece como uma das melhores opções para as

empresas que querem se posicionar de forma orgânica no Google. Porém, todo

processo que leva o site para o topo dos resultados não é concluído com a rapidez

desejada pelas lojas que adotam essa técnica. Segundo Goberto (2012) o resultado

não é imediato, pois requer tempo e dedicação até conseguir o posicionamento

esperado.

O SEO pode ser aplicado dentro do site da loja ou fora dele. Essas ações são

chamadas de SEO on-page (no site) ou off-page (fora do site).

Matsuke (2012) exemplifica essas ações:

Um exemplo de prática de SEO feita dentro de um site é marcar com negrito as palavras mais importantes do seu texto (essa prática fará com que o Google destaque seu site na hora em que alguém busca essa palavra). Criar links externos para o seu site (ou seja, colocar o link em outros locais da internet) é um exemplo de prática de SEO feita fora da página.

Segundo Turchi (2012, p.78) é preciso se atentar quanto à implementação desse

tipo de ferramenta no negócio, pois existe uma prática conhecida como Black Hat

Seo, ou lado negro do SEO, que consiste em utilizar táticas trapaceiras que

enganam os algoritmos dos procedimentos de busca elevando a posição da loja nos

resultados de forma ilegal, essas práticas podem resultar em sérias punições para

as lojas, que podem ir até a exclusão do site.

O SEO surge como uma estratégia para atrair clientes e torna-se visível para a

maioria dos internautas interessadas nos produtos oferecidos pela loja, é um grande

passo para converter visitas em vendas. Investir na promoção do site para aumentar

o tráfego de visitantes é fundamental para ter sucesso nesse mercado altamente

competitivo como o do comércio eletrônico (CAMPANO, 2009).

E-mail marketing

Aliada ao comércio eletrônico desde sua criação até os dias atuais, uma das

ferramentas mais utilizadas em todos os segmentos do varejo online e também uma

das mais eficientes na área de marketing e vendas, o E-mail Marketing resulta na

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construção de relacionamento com clientes e possui um baixo custo na hora de criar

e enviar seus conteúdos via e-mail (TURCHI, 2012).

Felipini (2012, p. 21) apresenta o e-mail marketing como:

Uma ferramenta poderosa na geração de tráfego, no suporte aos clientes e também no fortalecimento da marca. Não se trata do envio massivo de e-mails não autorizados, o chato “spam”, que causa grandes danos ao e-commerce e que não deve ser utilizados por lojas virtuais.

Turchi (2012) reforça que devido à relevância dessa ferramenta, é preciso ter

cautela no uso do e-mail marketing, pois é um meio de comunicação com o cliente,

parceiros e fornecedores. Quem recebe uma mensagem, com qualquer tipo de

conteúdo, precisa conceder autorização para receber tal mensagem.

Segundo Ordonez (2017) é necessário realizar um processo de análise antes de

enviar qualquer e-mail para um dos stakeholders da loja, a fim de entregar ao

receptor da mensagem, algo que desperte seu interesse e sua curiosidade, levando-

o ao site da loja. Caso o conteúdo exposto no e-mail não seja relevante e não

acrescente valor ao cliente ou parceiro, o objetivo de receber uma visita ou até

mesmo converter uma venda será frustrado.

É necessário fazer uma segmentação também, na hora de disparar os e-mails para

os clientes cadastrados, pois cada cliente possui um perfil único, com gostos por

categorias de diferentes produtos. Se apropriar de informações como, idade, sexo,

localidade, histórico de compras realizadas, categorias mais acessadas, é o primeiro

passo para segmentar esses clientes, a fim de oferecer conteúdos relevantes para

cada um deles (ORDONEZ, 2017).

Segundo Turchi (2012) a loja que opera no ambiente online, que almeja ganhar

visibilidade e aumentar o tráfego de internautas no seu site, precisa adotar esse tipo

de ferramenta. O uso do e-mail marketing aparece como um canal para se relacionar

de forma única com todos os seus clientes, onde esses clientes receberão com base

nos seus interesses, boletins informativos com novidades da loja, convites para

pesquisas, descontos ou cupons de desconto para serem utilizados na compra de

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um produto desejado, ofertas especiais, etc. Isso valoriza o cliente e o deixa mais

propenso a realizar uma compra.

Segurança

Fazer com que um cliente sinta-se seguro ao efetuar uma compra numa loja virtual é

um desafio que o comércio eletrônico enfrenta desde seu surgimento. A

desconfiança por parte de alguns internautas ainda existe, pois o ato de realizar

compras de produtos e serviços no ambiente online é uma experiência nova para

algumas pessoas, principalmente as da classe C, D e E que ainda estão começando

a desbravar esse tipo de mercado (VALLE, 2017).

Segundo Catalani, (2006, p.63):

O sucesso do comércio eletrônico depende do uso correto de tecnologias de segurança. Todo site que faz comércio deveria manter seguras as informações sobre seus clientes. Na verdade, a necessidade de segurança não é uma exclusividade da rede. Toda atividade comercial deve oferecer segurança para seus consumidores.

Para Felipini (2012, p. 17) adotar estratégias que transmita confiança para quem

está visitando a loja é fundamental para conseguir converter essas visitas em

vendas. Oferecer produtos com ótimos preços e com garantias é atrativo pra quem

está comprando online, mas é preciso que o processo de compra seja o mais seguro

e confortável possível para o cliente.

Segundo Campano (2009, p.16):

O fator fundamental para comprarem no seu site é a confiança sentida pelo cliente sobre vários aspectos da Web site. Para esse objetivo ser cumprido é essencial a riqueza e clareza de conteúdo, tais como: Quem é a empresa, o que vende, onde está sediada e além do e-mail, fornecer números de telefone e endereço.

Os e-consumidores atuais são extremamente observadores e exigentes quando se

tratam de avaliar a loja na qual está consultando um produto ou prestes a efetuarem

a compra do mesmo. Por isso, um dos primeiros pontos a ser questionados nesse

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momento é em relação à segurança que a loja garantirá em todo o processo do

pedido (CAMPANO, 2009).

Marques (2017) recomenda a adoção de algumas estratégias que vão fazer com

que o cliente ou visitante da loja online se sinta seguro para efetuar uma operação

dentro do site.

Primeiro, é recomendado que a loja deixe exposto as avaliações e depoimentos dos

compradores sobre os produtos adquiridos, pois esse tipo de atitude influencia no

processo de decisão de compra de outros visitantes do site, pois terão como base

experiências, avaliações e opiniões de outros consumidores, o que servirá de

termômetro para comprar ou não um produto ou serviço da loja visitada (MARQUES,

2017).

Além disso, outro ponto que é primordial para tornar o varejo eletrônico mais seguro

para o público, é a obtenção de Selos de Segurança. Esses selos são capazes de

gerar confiança, e são muito visados por quem navega nos varejos em ambiente

online, em geral ficam expostos na página inicial localizados no rodapé da página.

Quanto mais selos a loja apresentar, maior e melhor será sua reputação no mercado

(CATALANI, 2006).

Na figura 5, são apresentados alguns dos principais selos de segurança disponíveis

no mercado.

Figura 5 – Selos de Segurança

Fonte: Marques, 2017.

Cruz (2011) também reforça a importância em investir nesses sistemas de

segurança para as lojas virtuais. A presença desses Certificados no site da loja se

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tornou um diferencial, para que o cliente saiba que seus dados estão inseridos em

um ambiente seguro.

Redes Sociais e Social Commerce

Estar nas redes sociais não é mais uma opção para as empresas que atuam no

ambiente online, para atrair mais visitantes e melhorar a forma de relacionamento

com os clientes é importante que a loja atue também nas redes sociais mais

populares. Para Campano (2009, p. 53) promover o site da loja nas redes sociais,

levando dicas e informações úteis aos seguidores sobre o que a loja oferece, é de

extrema importância para elevar a quantidade de visitantes na loja.

O que move essa relação entre o E-commerce e as Redes Sociais são as opiniões

compartilhadas dos consumidores sobre os produtos adquiridos na loja virtual.

Essas opiniões influenciam diretamente na decisão de compra de outros clientes

seguidores da página, o que pode determinar no fracasso de venda de um produto e

deixar a loja com uma baixa reputação, caso não esteja satisfazendo seus clientes

(GAVIOLI, 2017).

Essa relação entre o comércio eletrônico e as redes sociais é que através do

compartilhamento de experiências positivas sobre o produto comprado no site da

loja, e da aprovação destes produtos através de comentários nas redes, podem

transmitir confiança e impulsionar outros internautas a visitar o site da loja e comprar

o produto também (CARLOS, 2013).

A inclusão do e-commerce nas redes sociais originou o termo Social Commerce.

Para Gavioli (2017) o Social Commerce surgiu para melhorar a interação da loja com

os clientes e a interação entre os próprios clientes. O intuito é que nas redes sociais

possa haver troca de informações a cerca dos produtos consumidos, troca de

conselhos por parte dos internautas. Tudo se resume em consumidores ajudando na

divulgação de produtos oferecidos pela loja através de suas experiências.

Para as lojas virtuais, isso se torna uma vantagem, já que por meio do

compartilhamento de informações e recomendação para outros contatos de sua rede

de amigos, o cliente acaba fazendo a promoção da marca, influenciando diretamente

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no crescimento de vendas. Isso se as opiniões sobre a marca e os produtos forem

totalmente positivas (GAVIOLI, 2017).

As lojas do comércio virtual precisam investir na visibilidade para que aja um

aumento no número de visitantes e compradores e começar marcando presença nas

redes sociais aparece como um grande passo para isso. A principal função das

redes sociais não é de vender, mas a forma como a loja se relaciona e interage com

seu cliente e seguidor nas redes sociais pode ser fundamental para influenciá-los

numa compra, levando em conta que mais da metade dos brasileiros só finaliza um

pedido quando avalia as opiniões compartilhadas por pessoas que já compraram o

mesmo produto desejado (CARLOS, 2013).

Formas de pagamento

Oferecer várias formas de pagamento ao cliente é mais um requisito para que a loja

converta um visitante em cliente. Segundo Varon (2015) as lojas que disponibilizam

variados meios de pagamento, vendem mais do que as que oferecem apenas um

método.

Investir na variedade opções de pagamento é determinante para o sucesso de um

negócio online. Para Campano (2009, p. 19) a inclusão da opção de pagamento

através de cartão de crédito e débito, que vão desde Visa a Mastercard, deve ser

prioridade na hora de determinar os meios de pagamento do site.

Atualmente a forma de pagamento mais utilizada é através do cartão de crédito,

onde a maioria dos e-consumidores brasileiros preferem parcelar seus pedidos. Com

base em informações como essa se torna indispensável trabalhar sem oferecer aos

clientes a opção do parcelamento (VARON, 2015).

Segundo Catalani (2006, p. 73) além do cartão de crédito a loja precisa oferecer

outras opções de pagamento como os boletos bancários, pagamento por meio de

depósito, débito em conta, cheque, entre outros.

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Fidelizando Clientes no E-commerce

A loja virtual que almeja ter sucesso no mercado do comércio eletrônico, precisa

trabalhar no fortalecimento de sua marca, converter os visitantes em clientes e

utilizar técnicas de fidelização para reter esses clientes. Nesse processo, o fator

segurança e satisfação precisam andar juntos, para que o cliente se sinta

confortável nesse relacionamento e adote a marca. Tornar um cliente

completamente fiel é uma tarefa muito difícil para os varejistas online, tendo em vista

a expansão que esse mercado alcançou e à facilidade em consultar outras opções

ou concorrentes que a internet oferece (CAMPANO, 2009).

Para Bogmann (2000, p. 21):

Cliente fiel é aquele que está envolvido, presente; aquele que não muda de fornecedor, e mantém consumo frequente, optando por uma organização em particular, sempre que necessita de um determinado produto ou similar.

Construir uma boa relação com o cliente e investir na sua satisfação é fator

determinante para torná-lo um aliado da marca, o que para Bogmann (2000, p. 119)

significa vender produtos ou oferecer serviços de qualidade, ou seja, que supere as

expectativas do cliente, ou no mínimo, entregue o esperado.

Segundo Kotler (2005, p. 48):

Um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais tempo, compra mais, fala bem da empresa e de seus produtos, presta menos atenção nos concorrentes, é menos sensível ao preço, dá sugestões para produtos e serviços e custa menos para ser atendidos do que novos clientes, uma vez que as transações são rotineiras. Assim, a empresa deve avaliar a satisfação de seus clientes regularmente e tentar superar as expectativas deles, em vez de apenas atende-las.

Segundo Campano (2009, p. 22) para construir e cultivar um bom relacionamento

com os clientes a fim de fideliza-los é preciso ter conhecimento e saber usar todas

as informações possíveis sobre eles. As principais informações podem ser coletadas

no momento em que o cliente inicia seu cadastro no site da loja. A partir dali, todos

os dados fornecidos, como e-mail, número de celular, data de aniversário entre

outros dados, podem ser utilizados para promover a marca para esse cliente.

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O tratamento que o cliente recebe após a compra de um produto ou serviço é

fundamental para garantir que ele volte a visitar o site da loja e comprar novamente

no futuro. Segundo Luz (2014) a interação com o cliente após a venda é o dever de

todo comércio virtual que deseja clientes fieis. Oferecer um bom atendimento,

independente do canal, seja por e-mail ou telefone, e todas as formas de assistência

possíveis ao cliente depois de efetuar uma venda, é um diferencial que a loja que

quer ganhar a fidelidade de seu cliente, precisa aderir para se destacar da grande

concorrência que existe mercado digital. Essas práticas reforçam a confiança de

quem está comprando, tornando a loja uma referência para o cliente.

Existem algumas estratégias que são bastante utilizadas por lojas do varejo virtual e

que bem aplicadas ao negócio, ajudam a empresa alavancarem as vendas e reter

mais clientes. Segundo Ilhe (2015) Essas estratégias precisam estar alinhadas com

o conhecimento que a loja tem sobre o perfil do se cliente, caso contrário, não surtirá

o efeito desejado.

Dentre essas estratégias, Ilhe (2015) destaca as principais:

Campanhas de recompensa;

A primeira dessas estratégias são as campanhas de recompensas, que consiste em

beneficiar o cliente, oferecendo descontos em compras futuras, acúmulo de pontos

para próximas compras, frete grátis na aquisição de determinado produto, cupons de

desconto em datas especiais e aniversário.

Ao se deparar com esse tipo de recompensa, o cliente se sente valorizado pela loja,

o que abre caminho para ele voltar e efetuar outras compras, motivados a receber

algum benefício da loja.

Campanhas por grupos;

.Nessa estratégia, a loja direciona suas campanhas para grupos segmentados, onde

é feita uma divisão por grupos de mesmo interesse, que possuam características

semelhantes, mesma idade e com base nas informações sobre esses grupos serão

oferecidas campanhas que se encaixe adequadamente no perfil do grupo.

Campanhas individuais;

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Ao concluir o cadastro de um novo cliente, algumas lojas virtuais passam a ter

acesso a algumas informações privilegiadas sobre ele, como, o time que torce,

marca preferida, categoria mais acessada pelo cliente e outras informações que

podem servir de base para que a loja possa elaborar campanhas promocionais

diretamente para esse consumidor. Outras lojas podem conseguir esse tipo de

informação com o tempo, observando o comportamento do consumidor dentro da

loja e com base no histórico de compras concretizadas.

Fidelização x Promoção

Para Bogmann (2000, p.87) por mais que essas campanhas se utilizem de algumas

ferramentas promocionais, é importante que a loja saiba que essas campanhas

utilizadas no processo de fidelização do cliente e as ferramentas promocionais

possuem objetivos diferentes.

Os programas de fidelização são criados para que a loja desenvolva um

relacionamento duradouro com o cliente, criando vínculo com ele, avaliando seu

comportamento e buscando mais informações a seu respeito, a fim de oferecer o

que o cliente quer no momento certo. As promoções de vendas já são voltadas para

a massa, não são impostas para ganhar, nem valorizar um cliente específico, é uma

ferramenta do marketing para promover um produto independente de quem vai

compra-lo (BOGMANN, 2000).

No Quadro 3, fica explícito a diferença entre os dois termos.

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Quadro 3 – Diferença entre Campanhas de fidelização e Promoções.

Campanhas de Fidelização

Promoções

Objetivo

Criar um relacionamento permanente entre cliente e empresa;

Aumentar o volume de vendas em situações específicas;

Público

Consumidores mais frequentes;

Qualquer comprador, independente do seu perfil;

Recompensa para o cliente

De longo prazo;

De curto prazo;

Duração

Contínua, de longo prazo.

Prazo determinado.

Fonte: Bogmann, 2000.

No momento em que a loja decide criar uma campanha de fidelização, a fim de

estabelecer um relacionamento com seus clientes, as expectativas destes clientes

com relação ao que vai ser recebido tende a crescer, por isso, é fundamental que a

loja conheça bem quem está tentando fidelizar (ZENONE, 2007).

Segundo Zenone (2007) os dois termos se relacionam, mesmo possuindo objetivos

diferentes, porém, conforme o Quadro 3, as técnicas de fidelização de clientes

utilizadas pelas lojas online geram resultados a longo prazo diferente das

ferramentas promocionais, que buscam resultados rápidos, porém sem consistência

das campanhas de fidelidade, pois não almejam relacionamento com os

compradores.

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5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A fim de comprovar as teorias apresentadas nessa pesquisa, foi necessário ir de

encontro ao consumidor, pois, o presente trabalho gira em torno do seu

comportamento de compra na internet.

Após apresentar os resultados, com base na opinião desses consumidores,

percebeu-se que ainda existem pessoas que não tiveram experiência com a compra

em ambiente online, o que leva a concluir que ainda há espaço para esse mercado

crescer.

Outro ponto que foi abordado na pesquisa em campo e que serviu para comprovar

as bases teóricas apresentadas nesse trabalho, foi com relação a alguns fatores do

comércio eletrônico brasileiro que influenciam na decisão de compra do consumidor,

como, o preço, que pra maioria dos entrevistados é menor do quê os das lojas

físicas, a segurança com os dados dos clientes, o respeito com o prazo de entrega

dos produtos, a maior variedade de produtos, ofertas e promoções mais atraentes

que as oferecidas no varejo tradicional.

Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a maioria dos e-consumidores são

influenciados pelos depoimentos e opiniões de outros internautas, sejam no próprio

site da loja ou nas redes sociais.

Eles também procuram avaliar o mesmo produto em outros sites de venda antes de

concluir uma compra, utilizando sites de comparação de preço, o que facilita no

processo de decisão. A forma de pagamento mais utilizada é por meio do Cartão de

Crédito.

O E-mail marketing, uma das estratégias de fidelização abordadas nessa pesquisa,

se mostrou como uma ferramenta eficiente, mas que cabem melhorias em sua

utilização, pois ainda existem muitas pessoas que ignoram os e-mails recebidos

pelas lojas.

Com relação à fidelização de clientes, foi notado que por mais estratégias e

programas que essas lojas utilizem, a missão de fazer com que um cliente volte a

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comprar na mesma loja ainda é um grande desafio para as lojas que atuam no

mercado do comércio eletrônico no Brasil.

6. CONCLUSÃO

O desenvolvimento dessa pesquisa proporcionou uma análise de como o e-

commerce influencia na decisão de compra do brasileiro, considerando os benefícios

que esse modelo de negócio apresenta, e as estratégias que faz com que o

comércio eletrônico do Brasil ganhe números expressivos a cada ano.

Depois da exploração desse tema, pode-se dizer que cada tópico abordado é de

extrema importância para as empresas, seja elas do varejo físico ou virtual, pois

para ambas, mais do que visar o lucro é fundamental trabalhar o modo de como se

relacionar com seus clientes, seja na forma de trazê-los ao seu negócio, como na de

mantê-los.

Analisando a história da internet, desde sua criação até o patamar onde se encontra

atualmente, e todos os benefícios que trouxe para o mundo dos negócios, nota-se

que foi um fenômeno que veio pra ficar, e que não dá para as empresas alcançarem

o sucesso desejado se abdicando dos recursos que a internet oferece.

O mercado do comércio eletrônico possui pouco mais de duas décadas e mesmo

iniciando sob total desconfiança da sociedade, buscou se estruturar para conquistar

a confiança dos internautas que mantinham enraizados a cultura da comprar nas

lojas de varejo tradicional, mantendo contato direto com o vendedor e com o produto

desejado.

Através desse estudo sobre o comércio eletrônico, ou simplesmente e-commerce, foi

constatado que o número de e-consumidores, ou seja, pessoas que compram ou já

compraram no ambiente virtual vem a cada ano numa crescente e que já deixou de

ser uma tendência e se tornou uma realidade na sociedade.

Nesse contexto, o primeiro objetivo específico desse estudo buscou identificar o que

estava levando o consumidor a optar pela compra no ambiente virtual, e com base

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nos levantamentos de dados e bibliográficos, através de entrevistas e estudos

baseados em artigos científicos, livros e sites especializados no tema, foi concluído

que fatores como: praticidade, preço, segurança, logística e a variedade que esse

modelo de negócio oferece é fundamental para atrair os consumidores do varejo

tradicional para o varejo virtual.

Para encontrar respostas para o segundo objetivo específico estabelecido nessa

pesquisa, foi feito uma análise tendo como base estudos já realizados sobre o tema

em questão, e foi constatado que o fato de pessoas de diferentes classes sociais

conseguirem acesso à internet, influenciou no crescimento desse tipo de negócio no

Brasil. As estratégias que as lojas virtuais brasileiras estão implantando nos seus

negócios para conseguir atrair mais clientes e fideliza-los, também contribuem para

o crescimento do comércio eletrônico no Brasil.

Ao encontro disso, surgiu um terceiro objetivo específico que analisou as principais

estratégias de atração e retenção de clientes utilizadas pelas lojas virtuais brasileiras

que são referências em seus ramos de atuação.

São estratégias de marketing que se assemelham as utilizadas no varejo físico. As

principais abordadas nesse estudo foram os Links Patrocinados, E-mail Marketing,

Estratégias de Segurança, Social Commerce, Estratégias de pagamento entre

outras. É preciso investimento para adotar essas estratégias, mas são ações como

essas, alinhadas a um bom planejamento por parte da gestão das lojas virtuais que

tornam o comércio eletrônico mais atrativo aos olhos dos consumidores brasileiros.

Quanto às limitações encontradas nesse trabalho, pode-se destacar o método de

coleta e avaliação dos dados.

O fato da amostra não ser probabilística não permite generalizar os resultados para

toda a população Brasileira. Sendo assim, é sugerido para um próximo estudo que

queira fazer uma abordagem sobre o tema em questão, a utilização de uma amostra

maior, ou seja, que envolva uma quantidade maior de pessoas no processo de

entrevistas e coleta de dados, a fim de certificar maior credibilidade para os

resultados.

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

Pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso – 2017

Tema: DECISÕES DE COMPRA: UM ESTUDO SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO

Nome:__________________________________________________________ Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino Idade ( ) 16-20 ( ) 21-25 ( ) 26-30 ( ) 31-35 ( ) 36-40 ( ) Mais de 40 1. Você compra ou já realizou compra pela internet? Sim ( ) Não ( ) 2. Quando efetuou uma compra na internet, qual foi o critério de decisão de compra nesse site? ( ) Viabilidade de aquisição de determinados produtos; ( ) Preço; ( ) Prazo de entrega ( ) Frete grátis; ( ) Forma de pagamento; Outro? _______________________________________________________________ 3. Qual o meio de pagamento mais utilizado? ( ) Boleto ( ) Cartão de Crédito ( ) Depósito 4. Você utiliza sites de comparação de preços antes de efetuar uma compra? Sim ( ) Não ( ) 5. Qual a categoria de produtos que você mais busca na internet? (Pode marcar mais de uma alternativa). ( ) Moda e acessórios; ( ) Cosméticos e Perfumaria; ( ) Casa e decoração; ( ) Eletrodomésticos; ( ) Telefonia/Celular; ( ) Livros; ( ) Esporte e Lazer; ( ) Alimentos e Bebidas; ( ) Informática; ( ) Eletrônicos. 6. Ao visitar uma loja virtual e encontrar alguma das alternativas abaixo, qual você julga ser a pior situação? ( ) Layout que não é claro; ( ) Não aceita pagamento com cartões de crédito; ( ) Processo de compra que não é claro e simples; ( ) Ausência de mecanismos de segurança (SSL); ( ) Inexistência de uma ferramenta de busca fácil de utilizar para procurar produtos. ( ) Outros: _______________________________________________________________

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7. Com relação ao preço dos produtos comprados na internet: ( ) Sempre mais barato; ( ) As vezes mais barato; ( ) Mesmo preço que na loja física. 8. Você costuma comprar sempre na mesma loja na internet? Sim ( ) Não ( ) 9. O que te leva a comprar com frequência nessa loja? ( ) Ofertas especais e Descontos; ( ) Entrega no prazo; ( ) Qualidade dos produtos; ( ) Qualidade no atendimento; ( ) Preço baixo; ( ) Segurança; ( ) Outros ______________________________________________________ 10. Ao receber e-mails com ofertas oferecidas pelas lojas em que você se cadastrou, você: ( ) Visita o site da loja e analisa a oferta; ( ) ignora o e-mail. 11. As opiniões de outros usuários da rede já te influenciaram a realizar ou desistir de uma compra? ( ) Sim ( ) Não