Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4226 • Sexta-feira, 08 de Março de 2013 10 Patacas

30anos ao serviçode Macau

EMPRESA ROYALEX SILVER PUBLICOU ANÚNCIO COMPRAR NOTAS COMEMORATIVAS

csR recolhe lixo até OutubroO Governo anunciou a prorrogação do contrato de prestação de serviços de limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos adjudicado à CSR Macau.

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sócios falsificadospara receber subsídiosDois membros de uma associa-ção copiaram dados de sócios de uma outra para se candidatarem a um subsídio de 45 mil patacas. Foram detidos. Pág. 6

Ka I e Monte carlodisputam 1º lugarAs duas equipas estão coladas no primeiro lugar, desde que começou a Liga de Elite. Esta noite defrontam-se no Estádio da UCTM. Pág. 9

Fão e Manhão lideramcontinuidade na aPOMacAs eleições para a APOMAC vão decorrer amanhã. Jorge Fão destaca o desafogo financeiro da associação, que tem 5 milhões de patacas num fundo. Pág. 7

Xi Jinping pede coragem para aprofundamento de reformasO chefe do Partido Comunista da China (PCC), Xi Jinping, pe-diu coragem para que se aprofundem as reformas que vão aju-dar a desenvolver o país. Xi comparou as dificuldades que o país enfrenta no aprofundamento da reforma e abertura a um ataque a um castelo. “Nós devemos ter coragem como ‘se es-tivéssemos a roer um osso duro e a lidar com muitos riscos”, afirmou. O governo deve respeitar mais as leis do mercado e ter um papel mais eficiente no avanço da reforma e abertura ao exterior, disse ainda.

conselho de segurança da ONUaumentou sanções à coreia do NorteO Conselho de Segurança da ONU decidiu ontem impor uma sé-rie de sanções, especialmente financeiras, à Coreia do Norte, em resposta ao terceiro teste nuclear realizado em Fevereiro por Pyon-gyang. A resolução do Conselho, proposta por vários países (en-tre eles EUA, Reino Unido, Coreia do Sul e França) e adoptada de forma unânime pelos 15 membros, tenta acabar com as fontes de financiamento utilizadas por Pyongyang. A resolução tem como alvo os diplomatas norte-coreanos, as transferências de dinheiro e o acesso a bens de luxo.

Notas ao melhor preçoA empresa tem quatro lojas em Macau especializadas em vender moedas raras e decidiu adquirir notas comemorativas do Ano da Serpente, do Dragão e da flor de lotus, atraves de um anúncio de primeira página no jornal “Ou

Mun” e de várias sms, o que gerou acusações, principalmente de que a Royalex Silver pretende especular com as notas. Ao JTM, porém, a empresa garantiu que quer as notas para oferecer como “presente” aos clientes. Pág 5

Pela justiça social sem género Págs 2 e 3

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Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | LOCAL 0302 JTM | LOCAL Sexta-feira, 08 de Março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER COMEMORA-SE HOJE

Lutar por justiça além do géneroSão sobretudo vozes que ecoam na sociedade por mais garantias, direitos, na verdade, pela justiça que a condição humana merece. O JTM conversou com quatro mulheres de gerações e ramos diferentes sobre a condição da mulher e o seu papel numa sociedade que a maioria descreve como conservadora. Enquanto Victória, que rumou ao Canadá para casar com a mulher por quem se apaixonou e por vezes acaba por sofrer na pele dois tipos de discriminação, se desilude dia para dia com Macau, Siu olha para o passado e deixa-nos perceber uma sociedade que só mudou por fora ao revestir-se de mais edifícios e oportunidades de emprego. As académicas Teresa Vong e Agnes Lam colocam ainda a tónica na necessidade de elaborar medidas que visem o ser humano e não o seu sexo. Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher, uma data que pode servir para a reflexão

Fátima Almeida e Viviana Chan

Victoria (nome fictício) atravessou um oceano para se unir a uma mulher, para sempre. De dia para

dia, encara com desalento a terra que a viu nascer: “a lei anti-violência domésti-ca será parcial”. Siu, tem mais 40 anos do que Victória, e vive rodeada de tecidos que lhe colorem a vida, diariamente, num pequeno recanto de um mercado. Foi lá que falou de uma sociedade que apenas se transformou por fora: “Se [a agressão] não for grave as pessoas podem conver-sar, por isso, o crime público poderá pre-judicar a família”.

Académica e atenta aos rumos da ci-dade, Agnes Lam desilude-se: “As mu-lheres acreditam que têm as mesmas ca-pacidades intelectuais do que os homens, mas depois dizem que devem ser eles a liderar, a estar na política”.

Mais de 100 anos depois de uma con-quista mundial, Teresa Vong, professora da Universidade de Macau olha para o dia 8 de Março, como uma oportunida-de para que se reflicta sobre a historia: “A questão é o ser humano e não o seu sexo”.

É traçando o perfil de quatro mulhe-res diferentes que o JTM olha para as oportunidades sociais, a protecção, as garantias que a sociedade suporta tantas vezes indiferente às necessidades reais do humano. Os limites e as imposições. O caminho para uma estrutura mais mo-

derna e os seus passos ao revés. Numa luta que é apenas por justiça.

Violência sem géneroVictória nunca teve dúvidas quando o

seu coração começou a bater mais forte e não precisou de contar que se apaixonou por uma pessoa com formas semelhantes às suas. Foi descoberta. Estava numa es-cola tradicional e decidiu cortar o cabelo muito curto. Este desejo valeu-lhe uma semana de suspensão. So os longos fios pretos pelas costas se adequavam às mu-lheres. “A minha mãe criticou-me”, re-cordou Victória.

Aos amigos também não foi preci-so confessar que tem uma opção sexual diferente. As confidências foram subs-tituídas pela firmeza da sua identidade, mas a sociedade não acompanhou a sua coragem. “Aconteceu naturalmente. Não houve uma dificuldade em contar”, re-feriu a mulher de 30 anos. “O facto de haver a ideia que temos de contar algo já significa que há discriminação. E depois na vida social acontecem algumas situa-ções constrangedoras. Quando disse que casei chegaram a perguntar-me: “Como é que casaste? Não é de mulheres que gos-tas?”, observou.

Victória decidiu unir-se à sua compa-nheira voando até ao Canadá, por con-siderar que o amor que sentia merecia consagração. Mesmo que os papéis assi-nados em Vancouver não seja reconheci-

dos em Macau e isso lhes retire o direito de se responsabilizarem uma pela outra, por exemplo, num momento de doença, não desistiu. “Quando se chega ao ponto de amar alguém o casamento é uma ne-cessidade que nasce no coração. Foi uma vontade partilhada”, explicou a educa-dora de ensino especial.

Decidida a partilhar a felicidade com a família e amigos Victória realizou uma festa no território e não encontrou entra-ves, mas o preconceito está impregnado nos gestos mais simples. “Não senti dis-criminação quando tirámos fotografias ou quando decidimos fazer a cerimónia num resort de Macau. Mas não temos di-reito a licença de férias, o que é discrimi-nação”, referiu.

Victória não pôde casar em Macau, por conseguinte a sua relação conjugal também não está abrangida no diploma que poderá dar origem à lei anti-violên-cia doméstica, desprotegendo assim não o conceito de homossexual, mas seres humanos. “O Governo nem sequer fica no mesmo sítio, anda para trás. Qualquer dia ainda irá dizer que as relações ho-mossexuais são ilegais. Para se definir o conceito de heterossexual não foi preciso haver um consenso”, disse, lamentando que a tónica seja colocada no género ao invés do respeito pela pessoa.

Como mulher Victória também se indigna com o facto de os responsáveis pelo diploma anti-violência doméstica

terem retirado da proposta o crime pú-blico. “Os discursos dos governantes são muito tristes. Amo muito Macau porque nasci aqui, mas nos últimos anos estou a ficar cada vez mais desiludida com as po-líticas”, constata.

Quem também não consegue perceber o retrocesso na lei da violência doméstica é Teresa Vong. “Penso que no início a lei estava a lutar por justiça”, frisou. “ Deve-mos ter em consideração não o sexo, mas os direitos humanos. A Lei não deve ser feita apenas para defender as mulheres, mas também os homens”, referiu a aca-démica. “Antes os homens de Macau e de Hong Kong casavam com mulheres da China e eram geralmente mais novas e quando os maridos envelhecem também podem sofrer de violência doméstica”.

O exemplo de Teresa Vong serve para ilustrar que não se está a pedir apenas justiça para uma franja da sociedade, mas para o ser humano. “Nos últimos dois sé-culos, as mulheres foram discriminadas, mas hoje em dia, como mulher e acadé-mica, quero enfatizar que não estamos a tentar obter justiça para as mulheres, mas a consciencializar que estamos a lu-tar pelos dois sexos”, disse a professora, notando que o Governo devia pensar em ter um diploma que proteja amplamente todas as vítimas ao invés de evitar o cri-me público pensando que as mulheres preferem harmonia na família.

“A mente do Governo está de acordo

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jornaL tribuna de macau

O Governo nem sequer fica no mesmo sítio, anda para trás. Qualquer dia ainda irá dizer que as relações homossexuais são ilegais. Para se de-finir o conceito de heterossexual não foi preciso haver um consenso

Victória (nome fictício)

com a sociedade tradicional e está a fazer uma lei para suportar essa visão, mas penso que isso é andar para trás (...). Es-tamos a falar de direitos humanos e por isso é necessário ir mais longe”, reforçou.

Por detrás da culturaAos 70 anos, o mais importante para

Siu “é a família”. À frente de uma alfaia-taria há décadas considera-se a voz da família. “Sou uma pessoa activa. Mando mais nas coisas. As outras pessoas nor-malmente é que gostam de me ouvir”, nota, ao referir-se também ao matrimó-nio.

Uma liberdade que, no entanto, não lhe permite acreditar que as mãos de ou-tra pessoa podem salvar uma vítima de golpes mais profundos. “Se a vítima de violência doméstica for um membro da família ela consegue sentar-se para con-versar, mas depois a escolha é da mulher, se quer aguentar ou não. Quando não aguentar mais pode-se interferir”, opi-nou, quando questionada sobre as reac-ções a uma eventual agressão no seio do seu lar, nomeadamente envolvendo a sua família.

“Antigamente pensavam que as pes-soas podiam resolver os problemas entre elas. Hoje as mulheres são mais fortes e sabem proteger-se”, considera Siu. “Não estou preocupada, porque sabem lutar. Por isso, penso que casos que desses já não se vão verificar”.

Às vezes, Siu, responde com per-guntas. Quando no centro da conversa estão os assuntos de violência domésti-ca, apressa-se a saber a nossa opinião. E questiona: “O crime público vai mesmo ajudar a vítima?”. Devolvemos: “E po-demos permitir crime atrás de crime sa-bendo que acontece debaixo dos nossos olhos?”. Siu, sorri, e responde. “Quando se e casado e se tem filhos, a família e di-fícil de gerir”.

Habituada a trabalhar desde nova, a senhora Siu considera que a oportunida-de de emprego existe para os dois sexos, mas sem confronto de ideias. “No traba-lho não havia diferença. Cada um tinha o seu. Mas no seio das famílias as coisas melhores eram apenas para os rapazes”, admitiu.

Capacidades camufladas Não é preciso regressar ao passado

para descobrir uma sociedade que, em-bora aplauda as mulheres, continua a ter nas posições de topo os homens. “Lem-bro-me quando estava a trabalhar com a Associação das Mulheres na elaboração de estudos, verifiquei que as mulheres acreditam que o homem deve ser o líder, mesmo que considerem que têm as mes-mas capacidades intelectuais”, observou Agnes Lam.

“Muitas pessoas vêem telenovelas em que os tópicos são as mulheres a sa-crificar-se”, referiu ainda a professora do departamento de Comunicação da Uni-versidade de Macau, ao enfatizar que é necessária mais educação no sentido de desmistificar estes estereotipos.

Teresa Vong acredita que a sociedade está a mudar, mas há preconceitos que ainda não se conseguiram vencer. “Em termos económicos já há mudanças, em muitos casais ambos trabalham fora e têm um modelo moderno”, reparou.

Porém, quando olhamos para as hierarquias das empresas e mesmo do Governo, é o sexo masculino que do-mina. “Temos oportunidades de acesso semelhantes, mas nas posições de topo continuamos a ver discriminação, não sabemos porquê, mas é um facto”, realça Teresa Vong.

Por outro lado, as pessoas continuam a catalogar empregos de acordo com o género. “As oportunidades para profes-

sor do ensino infantil são quase todas ocupadas por mulheres. Muitos dos ho-mens preferem não trabalhar nas escolas porque consideram que tratar de crianças é um trabalho para as mulheres”, disse a académica, ao salientar que há um desen-tendimento quanto aos conceitos, que é necessário mudar.

A discriminação muitas vezes, refere Teresa Vong, está tão entranhada na so-ciedade que as pessoas acabam por nem a notar. “Não têm consciência sobre a discriminação, o que é muito perigoso”, sublinhou.

Victória muitas vezes tem de suportar dois tipos de discriminação. Ser mulher e gostar de pessoas do mesmo sexo. “Os estereótipos entre os dois sexos continu-am a ser muito profundos. Certas profis-sões são reservadas para um dos sexos, como as educadoras para as mulheres e os cargos mais altos são para os homens”, notou.

A educação poderá ser a melhor arma. “Alguns alunos nunca foram educados para a igualdade de direitos”, diz ao re-ferir-se à falta de aceitação para os casais do mesmo sexo. “Além disso os trabalha-dores sociais também não são formados nem preparados para ajudar. Por isso, temos de ver que é necessário que haja uma legislação, para salvaguardar estes direitos”.

Se as mulheres são discriminadas por terem um opção sexual diferente, os ho-mens ainda são mais, nota Victória. É o volte-face na moeda, que na realidade espelha o conservadorismo geral. “A so-ciedade é patriarcal e os homens têm o dever de ter filhos e seguir com a família, o que lhes causa mais pressão. São mais

As mulheres acreditam que têm as mesmas capacidades intelectuais do que os homens, mas depois dizem que devem ser eles a liderar, a estar na política

Agnes Lam

discriminados e por isso mais dificilmen-te expressam as suas histórias”, observou a educadora de ensino especial.

Por isso, num dia em que se celebra a conquista da liberdade para o sexo fe-minino, que durante vários anos da his-tória viu a sua condição reduzida, tanto

Devemos ter em consideração não o sexo, mas os direitos humanos. A Lei não deve ser feita apenas para defender as mulheres, mas tam-bém os homens

Teresa Vong

Victória como Teresa Vong salientam a necessidade de se construírem medidas e canais para que no centro das questões não esteja o sexo, mas a importância que o ser humano deve assumir nas priori-dades do Governo e para o seu próprio vizinho.

Antigamente pensavam que as pessoas po-diam resolver os problemas entre elas. Hoje as mulheres são mais fortes e sabem proteger-se

Siu

04 JTM | LOCAL Sexta-feira, 08 de Março de 2013 Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | LOCAL 05

ANÚNCIO DE EMPRESA GERA CRÍTICAS CONTRA ESPECULAÇÃO MONETÁRIA

negócio de uns, preocupação de outrosA empresa Royalex Silver fez um anúncio de primeira página no jornal Ou Mun, em busca de comprar notas do Ano da Serpente, do Dragão e da flor de lótus. Não satisfeita, enviou ainda mensagens de telemóvel a vários residentes de Macau. A publicidade gerou polémica pela especulação que poderá estar em causa e pela abordagem ao público. A empresa nega acusações, enquanto que o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais já abriu uma investigação sobre o caso e a Autoridade Monetária de Macau garante estar atenta

A Royalex Silver é uma empresa com quatro lojas em Macau, todas elas especializadas em vender moedas

raras. E decidiu agora adquirir notas do Ano da Serpente, do Dragão e da flor de lótus, através de um anúncio de primei-ra página no jornal Ou Mun e de várias mensagens para telemóveis. O assunto suscitou críticas de cidadãos e de associa-ções como a Novo Macau e os Operários. A empresa garantiu ao JTM querer ad-quirir notas não para especular, mas para oferecer como “presente” aos clientes.

Foi com um anúncio de primeira pá-gina no Ou Mun, no valor de 160 mil pa-tacas, que a Royalex Silver conseguir cha-mar a atenção durante o dia de ontem. Usando o slogan “Melhor oferta para notas da Serpente, notas do Dragão e no-tas de flor de lotus”, a empresa afirmou na página do diário de língua chinesa de maior circulação estar disponível a nego-ciar a compra dessas notas.

Para isso, a empresa criou três linhas abertas aos cidadãos e a entidade comer-ciais e lançou ainda uma aplicação na Ap-ple Store para disponibilizar informações actualizadas sobre as compras e vendas, com a constante actualização de preços. Além do anúncio, foram ainda enviadas mensagens de telemóvel para dezenas

de cidadãos do território. A estratégia de marketing causou de imediato controvér-sia.

Várias associações criticaram a inicia-tiva por ter fins alegadamente especula-tivos. No entanto, a empresa nega seme-lhantes intenções. Um responsável da Royalex Silver, que prefere não ser iden-tificado, afirma que a empresa não tem más intenções. “A ideia de adquirir as no-tas não é para vender, nem para especu-lar. Isto é um mal entendido. O objectivo e criar uma tendência. Digo com firmeza que não estamos a fazer especulação. A intenção é oferecer às pessoas que com-pram as nossas moedas. Queremos criar um pacote deste género”, descreve.

A reacção da população e de várias associações, nomeadamente nas redes sociais, foi uma surpresa para a empre-sa que possui actualmente quatro lojas no território. “Não estávamos à espera de semelhante reacção. As moedas que vendemos são de ouro ou de prata, ge-ralmente a um preço superior de 10 mil patacas. Estas notas seriam uma prenda para os nossos clientes. Trata-se de uma nova estratégia da empresa. Achámos que era algo criativo”, acrescenta o mes-mo responsável.

O desagrado em relação à estratégia publicitária estalou ontem pela manhã, com a Federação das Associações dos Operários de Macau a partilhar no fa-cebook a capa do Ou Mun, criticando a iniciativa. “A ideia de imprimir estas no-tas é para usar, mas as pessoas tendem a guardá-las em casa para este tipo de actividades. Este ano houve muita difi-culdade em conseguir notas novas para os Lai-sis. Julgamos que o Governo tem responsabilidade em assegurar e estabi-lizar a oferta de moedas”, pode ler-se na página do grupo.

A acompanhar esse comentário, surge uma citação de uma interpelação escrita da deputada Kwan Tsui Hang. As notas comemorativas de cada ano “tornaram-se num objecto de especulação e perde-ram a sua função no mercado. Estimamos que existam 40 milhões de notas com os símbolos do zodíaco chinês, que vão ser colocadas em circulação, por ano. (...) Provavelmente isso significa que estas notas não vão ser utilizadas no dia-a-dia. Vão ficar bloqueadas, o que pode afectar o sistema financeiro”.

Associação Novo Macau também comentou o assunto e criticou não só a empresa mas também o jornal Ou Mun, através do espaço no facebook da publi-

cação própria “Macau Concelears”. O grupo lançou um inquérito online para apurar a opinião dos cibernautas sobre o assunto. A maioria das respostas contabi-lizadas até ontem ao início da noite, cerca de 20, consideravam que a iniciativa “es-timula a especulação”.

Valores multiplicadosEnquanto as críticas subiam de tom,

os números iam aumentando. Na página online, pelas 21h de ontem, a empresa di-zia estar disposta a comprar um par de notas de 10 patacas do Ano da Serpente, uma nota emitida pelo Banco da China e outra pelo Banco Nacional Ultramarino, por 90 patacas. Já por duas notas com a flor de lotus, uma edição especial de co-memoração dos cem anos do Banco da China, com valor facial de 100 patacas, a Royalex Silver estava disposta a pagar entre 1.800 até 2.200 patacas, dependen-do do número de série das notas.

Também ao início da noite de on-tem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) emitiu um comunicado a asse-gurar que está a acompanhar o processo. “A AMCM tem prestado uma grande atenção ao anúncio publicitário e às res-pectivas actividades de aquisição de no-tas dos anos novos lunares. Esta tarde [ontem], com o apoio da Polícia Judiciá-ria, foram enviados funcionários para re-alizar uma inspecção ‘in loco’ às respecti-

vas entidades comerciais, a fim de apurar a eventual violação da legislação sobre a ordem monetária local”, descreve a enti-dade em nota de imprensa.

Vão ser tomadas, acrescenta a AMCM, “todas as providências que venham a re-velar-se necessárias e eficazes, com vista a responsabilizar, de modo rigoroso e ao abrigo do disposto na lei, os agentes da prática de infracções (...), assegurando as-sim a circulação e o normal abastecimen-to da moeda local”.

Para além das preocupações no que diz respeito à eventual especulação mo-netária, muitos residentes não gostaram de receber mensagens de telemóvel sem nunca terem tido qualquer contacto com a Royalex Silver. O Gabinete para a Protec-ção de Dados Pessoais, segundo a TDM, já abriu uma investigação. A rádio em língua chinesa Ou Mun Tin Toi indicava que, até às 17h45 de ontem, o organismo tinha recebido seis queixas e pedidos de informação.

A empresa no centro da polémica foi criada em Fevereiro do ano passado e coopera com várias casas de moeda, se-gundo um representante, ouvido pelo JTM. Com colecções de moedas emiti-das a partir da década de 70, vende mo-edas raras e de edições comemorativas, não só de Macau como de outras regi-ões e países, possuindo ainda serviços de avaliação.

Pequim insiste na diversificaçãoZhang Dejiang, membro do núcleo duro do PCC que deverá ficar responsável pela pasta de Hong Kong e Macau, esteve com os 12 delegados de Macau à ANP e fez três pedidos, entre os quais a necessidade de Macau diversificar a sua economia e parar de apostar apenas no jogo

No âmbito da reunião da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), foi promovi-do ontem um encontro entre Zhang Dejiang e os

12 representantes de Macau. Zhang é um dos sete po-derosos do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC) e apontado como sucessor de Wu Bangguo na presidência do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), o cargo do número dois da hierarquia chinesa.

Lionel Leong, membro do Conselho Executivo e o se-gundo delegado mais votado, disse à TDM que Zhang Dejiang deixou três recados aos 12 delegados, entre os quais, a necessidade da RAEM parar de apostar apenas no jogo e investir mais na diversificação da economia.

Segundo Leong, o dirigente de Pequim também falou no reforço da cooperação entre os dois lados da fronteira e na importância da formação das novas gerações.

Pediu ainda que continue a ser respeitado o princípio

um país, dois sistemas, mas não só. Para Zhang, é ne-cessário que os delegados à ANP continuem a apoiar o Governo de Macau e que estudem bem a Lei Básica.

O deputado Chui Sai Peng também comentou o en-contro, salientando que foi “uma visita reconfortante”, citado pela TDM. “Disse que fizemos um bom trabalho mas também nos disse que temos que continuar, e enten-der os pontes fortes e fracos e não andar sempre numa direcção e esquecer o resto”.

Raquel Carvalho e Viviana Chan

Empresa decidiu comprar notas do Ano da Serpente, do Dragão e da flor de lótus

• • • BReveS21,6% das quotas de TNRestão por aproveitarA Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) denun-ciou uma diferença entre o número dos trabalhadores não residentes au-torizados e o número de “blue cards” (título de identificação de trabalha-dor não residente) atribuídos. A vice-presidente da FAOM, Ella Lei Cheng I, indicou que o número de “blue car-ds” atribuídos (111.642 pessoas) é me-nor do que número dos trabalhadores não residentes permitidos (142.352 pessoas). Ou seja, 21,6% das quotas autorizadas não foram aproveitadas. Esta responsável criticou os patrões por abusarem nos pedidos de quotas e o Governo por ser pouco exigente na atribuição das mesmas.

Francisco José viegasfalha Rota das LetrasFrancisco José Viegas, escritor e ex-secretário de Estado da Cultura de Portugal, não participará no Festi-val da Rota das Letras, certame que decorrerá entre 10 e 16 de Março em Macau. Em declarações à Rádio Ma-cau, Ricardo Pinto, director do festi-val, disse que a ausência do escritor deve-se a “questões pessoais, ainda relacionadas com o seu estado de saúde”. A escritora chinesa Sheng Keyi também não virá à RAEM por dificuldades “com a obtenção de visto”, adiantou Ricardo Pinto, que mantem a confiança no sucesso de uma iniciativa cujo programa diz ser “muito aliciante e muito atractivo”.

Casa de Portugal lança concurso sobre 25 de AbrilA Casa de Portugal em Macau (CPM) lançou o concurso “25 de Abril sempre” que promove a criati-vidade para retratar a revolução dos cravos. Patrocinado pela Fundação Macau, o concurso obriga a que os trabalhos estejam centrados no 25 de Abril “sob qualquer perspectiva ou interpretação do autor, na área das artes plásticas, sendo livre a escolha do formato, dimensões, técnicas e materiais utilizados”. Os trabalhos terão de ser entregues na CPM até 5 de Abril e os resultados do concur-so, com um prémio de 25 mil patacas serão anunciados a 25 de Abril. Os trabalhos a concurso serão expostos no espaço Lvsitanvs.

Turismo divulgado nas Feirasde Berlim e Cantão Macau está promover-se até domin-go na feira de turismo ITB em Ber-lim, na Alemanha, com um “stand” que pretende dar a conhecer as prin-cipais atracções do território para captar mais turistas internacionais. Alem dos serviços oficiais, opera-dores turísticos locais participam na feira com um “stand” de 90 metros quadrados. No evento será dada ênfase à promoção do 60º Grande Prémio de Macau e do 25º Concurso Internacional de Fogo de Artifício. Desde ontem, o território marca tam-bém presença na Feira Internacional de Turismo de Cantão, com uma delegação de representantes de 21 hotéis, agências de viagem e infra-estruturas que acolhem eventos.

COMISSÃO ESPECIAL VAI ANALISAR CREDENCIAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS

dois regimes para a mesma carreira

A primeira sessão plenária do Conselho de Acção Social deste ano revelou a possibilidade de virem a existir dois regimes para a carreira de assistente social. O

chefe do Departamento de Estudos e Planeamento do Insti-tuto de Acção Social e membro do Conselho, Zhang Hong Xi, adiantou que os Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) querem equilibrar o sector público e privado.

“Estamos a analisar a possibilidade de integrar no regime de credenciação assistentes sociais da função pública através da criação de um regime especial”. No entanto, sublinhou a importância de “analisar o regime e os princípios para a cria-ção de um regime especial”.

Garantida parece estar a concordância dos SAFP. “De acordo com as opiniões dos SAFP, haver dois regimes dife-rentes para a mesma carreira é natural”.

Esta matéria foi uma das que mais polémica gerou no pe-ríodo de consulta pública. No relatorio final e possível cons-tatar que mais de 40 por cento das opiniões recolhidas defen-dem a inclusão dos assistentes sociais da função pública, para evitar discriminação e equiparar tanto quanto possível sector público e privado.

No entanto, ainda será alvo de estudo por uma comissão especializada, cuja missão é acompanhar a revisão da pro-posta de lei do regime de credenciação dos assistentes sociais e não só. “Durante o período de consulta encontrámos mui-tas questões com muitas opiniões divergentes e precisamos de uma comissão especializada para analisar esses pontos”, vincou Zhang Hong Xi.

A comissão será composta por 20 membros, metade serão vogais do Conselho de Acção Social, que participam por ini-ciativa própria, e os outros 10 são personalidades da comuni-dade, escolhidas entre instituições, organizações, professores ou estudantes.

Conselho de Acção Social realizou primeira sessão plenária do ano

Os assistentes sociais da função pública podem vir a integrar o regime de credenciação através de um regime especial. A possibilidade tem a concordância dos Serviços de Administração e Função Pública e foi divulgada ontem após a primeira sessão plenária de 2013 do Conselho de Acção Social. Quanto à proposta de lei, será antes analisada por uma comissão especializada cuja missão é encontrar consensos após um período de consulta que revelou muitas “opiniões divergentes”

O organismo vai reunir de dois em dois meses e ainda não há datas para a conclusão dos trabalhos, até porque a consulta pública realizada pelo Governo, concluída no ano passado, revelou diferentes posições dos sectores sociais.

“Queremos o mais rápido possível para iniciar o processo legislativo (...), depende então da comissão se vai conseguir, com mais tempo ou com menos, encontrar consenso dessas pessoas mais críticas nesse período da consulta”, referiu.

Na conferência de imprensa de ontem, Zhang Hong Xi revelou também que os SAFP querem “equilibrar ao máxi-mo sector público e sector privado” e garantir que a qualida-de dos serviços prestados é a mesma, adoptando um critério uniformizado.

O mesmo responsável disse ainda que nas reuniões que o IAS tem mantido com os SAFP sobre estas matérias, este or-ganismo “tem mostrado abertura para a criação de diversos escalões para os assistentes sociais”.

Outro dos pontos que prometem dar trabalho à comissão prende-se com a constituição do Conselho dos Assistentes So-ciais Registados, já que a maioria das pessoas que participa-ram na consulta pública é a favor da autonomia do conselho.

Em especial, defendem que deve ter mais assistentes sociais profissionalizados do que representantes do Execu-tivo. Uma boa parte dos intervenientes também defendeu que o futuro conselho possa vir a ser eleito pelos membros da classe.

Na conferência de imprensa de ontem, Zhang Hong Xi aproveitou para anunciar que o subsídio especial passa a abranger mais três grupos: demência, autismo e epilepsia. As famílias beneficiadas começam a receber o subsídio a partir de Abril.

As informações relativas a 2012 não significam que se esteja a verificar uma mudança no que

diz respeito à situação da SIDA em Ma-cau”, apontou Dennis Cheang, dirigen-te da organização não-governamental, sustentando que o aumento dos casos, em termos anuais, foi ligeiro.

Em 2011, foram declaradas 21 infec-ções por VIH (Vírus da Imunodeficiên-cia Humana) contra as 33 de 2012, se-gundo os dados dos Serviços de Saúde, que dão ainda conta de uma subida do número de casos que evoluíram para SIDA, de quatro para 13.

“Não estamos muito preocupa-dos”, apontou Cheang, realçando que, na realidade, a taxa pode ser

recorde de novas infecções por ViH A RAEM contabilizou no ano passado 33 novas infecções por VIH, o valor mais elevado da década, mas o presidente da Associação para os Cuidados da SIDA referiu que a situação está “sob controlo”

considerada “baixa” e como estando “sob controlo”.

Mais turistas e pessoas oriundas de diferentes países têm vindo para Ma-cau ao longo da última década, pelo que é mais provável que haja mais in-fecções por VIH, sustentou, referindo que a associação continua a promover acções no sentido de elevar o conheci-mento sobre a SIDA, tentando ainda diminuir a eventual discriminação dos seropositivos.

A principal via de transmissão é a sexual (57,5% do total) - dos quais 12 casos ocorreram por via heterossexu-al e sete por homossexual/bissexual - seguida da utilização de drogas in-jectáveis, com quatro casos ou 12%.

Já nos restantes dez casos sinalizados em 2012, a via de transmissão é “des-conhecida”.

O sexo masculino continua a ser o mais afectado: 20 dos 33 casos de VIH e 11 dos 13 de SIDA envolviam homens. Segundo os mesmos dados, quatro em cada dez infecções por VIH diziam res-peito a residentes locais.

Cumulativamente, desde 1986 até ao final de Dezembro do ano passa-do, o número de casos de infecção por VIH detectados em Macau foi de 508, dos quais 45% envolviam “residentes temporários ligados à indústria de di-versões”. Do total, 73 evoluíram para SIDA.

JTM/Lusa

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Sandra Lobo Pimentel e Viviana Chan

06 JTM | LOCAL Sexta-feira, 08 de Março de 2013 Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | LOCAL 07

Lançado projecto para atestar conhecimentosde língua portuguesaInvestigadores da Universidade de Ma-cau lançaram um projecto que visa veri-ficar os conhecimentos de português dos falantes de língua materna chinesa e tra-çar estratégias de fomentar a utilização futura da língua, disse à agência Lusa a coordenadora do projecto. Intitulado “Referencial de Português para Falantes de Língua Materna Chinesa”, o estudo será desenvolvido pelos professores Ri-cardo Moutinho e Ana Paula Cleto sob coordenação de Maria José Grosso, e numa primeira fase decorrerá em Macau para depois ser alargado a outros locais da China. “Queremos conhecer a reali-dade, perceber que proficiência têm os falantes de português de língua materna chinesa e depois, conhecendo a realida-de, as variáveis como os contextos onde se inserem, a formação linguística e cul-tural e os interesses que possuem. Então podemos partir para a definição de estra-tégias de ensino e de promoção da uti-lização da língua portuguesa”, explicou a coordenadora do projecto. Na primeira fase, a equipa de investigadores irá cen-trar-se apenas nos adultos, podendo, no entanto, vir a alargar o âmbito do estu-do que terá, para já, um ano de trabalho com questionários e entrevistas.

O Governo de Macau atribuiu mais de 67 milhões de patacas a cerca de 700 empresas para adquirirem ou substituírem produtos e equipamentos amigos do

ambiente, informaram hoje os Serviços de Protecção Am-biental.

O Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética “recebeu cerca de 2.000 requerimentos desde o seu lançamento e até 31 de Dezembro de 2012”, dos quais cerca de 700 foram aprovados, com um valor total superior a 67 milhões de patacas, refere o organismo em comunicado.

Os apoios foram concedidos, indica a mesma nota, es-sencialmente para a aquisição ou substituição de “lâmpa-das de eficiência energetica, aparelhos de ar condicionado de eficiência energetica, equipamentos de purificação do ar, exaustores electrostáticos de fumo oleoso e fogões de efici-ência energética, sistemas de água quente com redutores de caudal, máquinas de tratamento de resíduos alimentares e elementos de redutores de caudal”.

As empresas beneficiárias são dos sectores da “restaura-ção, venda a retalho, fomento predial, finanças, serviços co-merciais, assistência médica e saúde e beleza, assim como a construção civil, educação, cultura e imprensa”, informaram os Serviços de Protecção Ambiental.

O Fundo para a Proteção Ambiental e a Conservação

Energética, que conta com 200 milhões de patacas, começou a receber candidaturas em Setembro de 2011, com o objectivo de “elevar a capacidade de protecção ambiental, introduzir tecnologias e equipamentos ambientais e promover o desen-volvimento da indústria ambiental por meio da concessão de apoios financeiros às empresas e associações”.

O apoio financeiro concedido corresponde a 80% do montante total dos produtos e equipamentos adquiridos ou substituídos, não podendo exceder o limite máximo de 500.000 patacas e no prazo de um ano, a contar da data de de-ferimento do pedido de concessão do apoio financeiro, não e admitida nova candidatura da mesma requerente.

O Governo de Macau decidiu prolongar o prazo de candi-datura no âmbito deste apoio financeiro ate 31 de Dezembro, “atendendo à procura de produtos ambientais e atendendo que dever-se-á encorajar muito mais empresas e associações a adquirir ou substituir produtos e equipamentos por outros com efeitos ambientais e energéticos”.

Este ano, o Executivo pretende “aperfeiçoar o funciona-mento do fundo, ampliar o âmbito de cobertura aos estabe-lecimentos de ensino e (…) lançar outro tipo de plano de fi-nanciamento no sentido de impulsionar melhor a prática de actos ambientais na vida quotidiana de toda a população”, conclui a nota oficial. JTM/Lusa

FINANCIAMENTO CONCEDIDO PELO GOVERNO A EMPRESAS

67 milhões para projectos “verdes”O Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética “recebeu cerca de 2.000 requerimentos e cerca de 700 foram aprovados. O apoio financeiro concedido corresponde a 80% do montante total dos produtos e equipamentos adquiridos ou substituídos

JORGE FÃO E FRANCISCO MANHÃO CANDIDATAM-SE NOVAMENTE

eleições de continuidade na aPomac“Agora já vivemos num certo desafogo financeiro, temos um fundo de reserva com cinco milhões de patacas que poderá ser usado se por qualquer razão o Governo deixar de suportar alguns encargos”, explicou Jorge Fão

Jorge Fão e Francisco Ma-nhão apresentam-se ama-nhã a eleições, numa lista

de continuidade, cujo lema é “fazer mais e melhor”, na Asso-ciação dos Aposentados, Refor-mados e Pensionistas de Macau (APOMAC).

Jorge Fão candidata-se à pre-sidência da mesa da Assembleia Geral (AG) e Francisco Manhão à presidência da direcção numa lista em que a novidade é Isa-bel Manhão, como secretária da mesa da AG, como destacou ao JTM Jorge Fão. “Esta é uma equipa coesa”, sublinhou.

Este responsável destacou ainda a estabilidade alcança-da pela APOMAC. “Agora já vivemos num certo desafogo financeiro, temos um fundo de reserva com cinco milhões de patacas que poderá ser usado se por qualquer razão o Gover-no deixar de suportar alguns encargos”, explicou.

Actualmente, a associação conta com cerca de 1.300 sócios.

“Não temos estruturas físicas para mais e por outro lado a APOMAC não foi criada com fins eleitoralistas”, vincou ain-da Jorge Fão.

No programa de acção, a lista compromete-se a cumprir alguns objectivos. O primei-ro diz respeito à apresentação ao Governo da RAEM de uma proposta que vise rever, com a maior brevidade possível, a le-gislação respeitante à atribuição da Pensão de Sobrevivência ao cônjuge sobrevivo do funcio-nário ou aposentado da função pública, no sentido de aumen-tar a taxa percentual de 50% para 60% do valor da pensão.

Manter e estreitar as relações de amizade e de diálogo com as entidades públicas ou privadas da RAEM, da República Popu-lar da China e de Portugal, é outro dos objectivos.

Mas a lista também quer promover e organizar um maior número de passeios turísticos nas proximidades de Macau. “É possível dois passeios por mês, para que os associados de idade mais avançada possam parti-cipar, para além de outros pas-

seios turísticos ao estrangeiro”, lê-se numa nota de imprensa.

Os restantes objectivos vão ao encontro do que já tem sido grande parte do trabalho leva-do a cabo pela APOMAC, como a continuação da prestação de todo o tipo de apoio aos asso-ciados para que possam usu-fruir os benefícios atribuídos pelo Governo da RAEM, quer junto do Fundo de Segurança Social quer junto do Instituto

de Acção Social.A APOMAC quer também

prestar o necessário apoio aos as-sociados junto da Caixa Geral de Aposentações em Portugal e do Fundo de Pensões de Macau.

Reforçar e melhorar, de forma progressiva, os serviços prestados pela Clínica de Saúde da associação, propondo a cria-ção de novos serviços e aquisi-ção de melhores equipamentos, e promover mais campanhas

gratuitas de exames médicos, nomeadamente de exames de electrocardiograma, colesterol e diabetes é também uma das intenções da APOMAC.

Para além da eleição dos corpos sociais, que deve decor-rer a partir das 14:30, na sede da associação, está prevista a aná-lise e deliberação sobre o rela-tório, balanço e contas relativos ao ano de 2012, acompanhados do parecer do Conselho Fiscal.

Jorge Fão e Francisco Manhão querem “fazer mais e melhor”

Helder Almeida

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DUAS MULHERES APANHADAS PELA PSP

detidas suspeitasde rede de prostituiçãoDuas mulheres foram detidas pela PSP por suspeitas de lenocínio. Uma estava a distribuir panfletos na Avenida da Amizade e a outra foi detida num quarto de um hotel, onde estava responsável por pelo menos três outras mulheres

A PSP deteve uma mulher de 58 anos, residente e desemprega-da, por ser suspeita de angariar

mulheres para a prostituição.A detida foi encontrada na Aveni-

da da Amizade a distribuir panfletos. Segundo contou às autoridades, tinha conhecido um homem num casino do ZAPE que lhe tinha proposto aquele trabalho.

Recebia 25 patacas por hora e tra-balhava apenas durante três horas. Era o homem que a tinha contratado que deixava uma caixa com os panfle-tos e o dinheiro escondidos em can-teiros de flores - ela so tinha que os encontrar e distribuí-los.

Elementos da PSP ligaram para o número que estava nos panfletos e um homem, que falava mandarim, aten-deu o, dizendo que se prestavam ser-viços sexuais e de massagem. Ainda acrescentou que também tinha rapa-rigas disponíveis para o serviço num hotel do ZAPE e que o cliente podia escolher.

Seguidas as pistas, os agentes deslocaram-se a uma residência e en-contraram uma grande quantidade de preservativos e alguns frascos de lubrificante. Duas raparigas, depois de identificadas, foram levadas ate à

esquadra, mas alegaram não conhecer a mulher dos panfletos.

Lenocínio em hotelNum outro caso, a PSP deslocou-se

a um hotel na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, seguindo uma denúncia de que nalguns dos quartos se prati-caria lenocínio. E em três dos quartos, onde em cada um estava uma mulher do Continente, foram encontrados fortes indícios de exploração de acti-vidade de prostituição.

As três jovens contaram às auto-ridades que uma mulher, que acabou detida, era a responsável por elas es-tarem ali e que para além de cobrarem entre 600 a 1.000 patacas por serviço, pagavam à outra entre 300 a 400 pa-tacas.

S.D.

Uma das mulheres recebia dinheiropara distribuir panfletos

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DOIS HOMENS DE UMA ASSOCIAÇÃO FORAM DETIDOS

Falsificam sóciospara garantir subsídioO presidente de uma associação foi detido pela Polícia Judiciária por suspeita de falsificação de documentos e burla qualificada por ter “inscrito” sócios na associação que presidia sem conhecimento destes. Foi a DSAL que tomou conhecimento do caso e passou as informações à PJ

A Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com a Direcção dos Serviços para os Assuntos La-

borais (DSAL), investigou uma asso-ciação e acabou por deter o seu pre-sidente e um funcionário da mesma por suspeitas de burla qualificada e falsificação de documentos.

A DSAL deu o caso a conhecer à PJ depois de uma associação do ter-ritório ter garantido o direito a um subsídio de 45 mil patacas. Segundo foi apurado, os dois suspeitos de-tidos copiaram a lista de nomes de uma outra associação para poderem concorrer ao subsídio do Governo,

que acabou por lhes ser atribuído, mas ainda não tinha sido entregue.

A PJ apreendeu 900 boletins de ins-crição de sócios e até à hora da confe-rência de imprensa, ontem à tarde, já tinha verificado 200. Pelo menos 170 dessas inscrições eram falsas.

Depois de interrogados, os dois detidos acabaram por dizer que as pessoas inscritas na associação a que pertenciam existem realmente mas nunca deram autorização para os seus dados serem usados. E muitas delas nem sequer sabiam que esta-vam inscritas como sócios.

S.D.

Homens copiaram dados de outra associação

Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro

Aviso

Faz-se público que se acha aberto o concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento de cinco lugares de topógrafo de 2.ª classe, 1.º escalão, da carreira de topógrafo, do quadro de pessoal da Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro.

Para mais informações, os interessados devem consultar o aviso de abertura publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 10, II série, de 6 de Março de 2013, visitar a nossa website (http://www.dscc.gov.mo), ou dirigirem-se à esta Direcção de Serviços, sita na Estrada de D. Maria II, nºs 32-36, Edifício CEM, 6º andar.

O Director dos ServiçosChan Hon Peng

2ª Vez

Divórcio Litigioso nº CV1-12-0067-CDL 1° Juízo Cível

Autora: Wong Pui Fong, casada, de nacionalidade chinesa, residente em Macau, Rua de Évora, Edifício Lai Chun Hin, 17° andar B, Taipa”Réu: Qin Xue, casado, de nacionalidade chinesa, com última residência conhecida. na China “湖北省武漢市江夏區紙坊街紅旗村蘇李灣101號”, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do anúncio, citando o réu Qin Xue acima identificada, para no prazo de TRINTA DIAS, findo dos éditos, contestar, querendo, a petição inicial dos autos de divórcio litigioso acima indicados, apresentada pela autora, na qual o mesmo pede que seja decretado o divórcio entre ela e o réu, tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado, se encontra nesta Secretaria à sua disposiçã sendo obrigatória a constituição de advogado, nos termos do artigo 74° do Código Processo Civil.

O réu é expressamente advertido de que a falta de contestação não importa o reconhecimento dos factos articulados pela autora e o referido processo seguirá os seus termos à sua revelia.

Em RAEM, 26/02/2013

O Juiz,Chan Chi Weng

O Escrivão Judicial Adjunto,Ho Lap Chi

“JTM” - 8 de Março de 2013

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUíZo CíVEL

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Furtou em avião mas foi apanhado no aeroporto

Um agricultor da província de Henan foi detido no Aeroporto Internacional de Macau, na quarta-feira, por suspeitas de que tenha furtado 7.000 yuans e 7.500 dólares de Hong Kong da mala de um passageiro de um voo de ligação entre Wuxi e Macau. O homem ficou sob custódia da tripulação que, depois de ouvirem o queixoso e algumas testemunhas, descobriram algum do dinheiro desaparecido na posse do agricultor. A PSP disse que desconfiava que o detido trabalhasse com um cúmplice que conseguiu escapar.

08 JTM | PuBLiCiDADe Sexta-feira, 08 de Março de 2013 Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | LOCAL 09

KA I-MONTE CARLO ESTA NOITE NO ESTÁDIO DA UCTM

Quem perderá a invencibilidade?Vem aí o jogo mais aguardado da primeira volta da Liga de Elite. Ka I e Monte Carlo, a par na liderança, têm o primeiro frente-a-frente, para saber se algum deles deixará de estar invicto. Benfica e Lam Pak estão na expectativa

As duas equipas estão coladas no primeiro lugar da classificação, desde que começou o campeonato, ou seja, nenhuma delas des-

perdiçou qualquer ponto nas sete jornadas da com-petição.

Agora chegou o “dia D”, o jogo em que Ka I e Monte Carlo têm o “mano-a-mano”, para saber se uma das equipas se isolará na liderança ou, caso haja empate, isso relançará outras formações, con-cretamente Benfica e Lam Pak, que partem com uma desvantagem de seis pontos.

O “clássico” está agendado para as 19 horas de hoje, de regresso ao relvado do Estádio da Univer-sidade de Ciência e Tecnologia, aguardando-se um embate equilibrado, provavelmente com as duas equipas a entrarem com cautelas.

Tanto Ka I como Monte Carlo têm jogadores que podem fazer a diferença a nível individual, uma vez que colectivamente já demonstraram coesão e regu-laridade de exibições.

Ka I goleador

O “onze” de Josecler apresenta-se como o con-junto mais concretizador do campeonato, com 31 golos, média de mais de quatro por jogo, tendo so-frido quatro tentos até esta altura.

Já o Monte Carlo apontou menos (23), mas é a defesa menos batida, com dois golos em sete jorna-das, contra três do Benfica.

A grande expectativa para o desafio desta noite está em saber se os dois clubes vão ou não apostar claramente no ataque, assumindo riscos, ou aguar-dar pelo desenrolar dos acontecimentos, isto por-que o empate servirá os dois lados.

No que diz respeito aos estrangeiros, Ka I e Mon-te Carlo vão apresentar brasileiros de qualidade, que podem resolver o jogo num lance individual.

Aposta em CesinhaProvavelmente o técnico dos actuais campeões de

Macau já irá integrar Cesinha no “onze” inicial, talvez em detrimento de Mayckol, depois de Cesinha ter joga-do apenas na segunda metade do encontro face ao Lam Pak, para ganhar algum ritmo e entrosamento com os seus companheiros.

Mas Josecler não confirma nem desmente... “O Ce-sinha começa a dar sinais de estar mais entrosado, mas ainda não sei se ele vai actuar de início ou não. O que sabemos é que ele é um grande jogador, está a trabalhar bem e veio para ajudar a equipa”.

Se Cesinha jogar então de início, o Ka I terá, no rel-vado do Estádio da Universidade de Ciência e Tecnolo-gia, um trio de ataque de respeito, formado por Nicho-las Torrão, Christopher Nwaorou e Cesinha.

Alison Brito não tem sido primeira opção de Jose-cler e por isso o cabo-verdiano deverá voltar a sentar-se no banco de suplentes, surgindo até como uma das “armas secretas”.

O treinador dos campeões faz uma antevisão da partida: “É sem dúvida um grande jogo, do qual todos os jogadores querem fazer parte, eles estão na expecta-tiva. Há dois líderes e por isso julgo que vai ser um de-safio aberto, bem disputado e quem errar menos pode conseguir um resultado positivo. Vamos actuar sobre o ataque, como é costume, mas temos de estar concentra-dos. Iremos dar certamente cem por cento em campo, só com o pensamento na vitória, embora respeitemos o Monte Carlo.”

Monte Carlo seguro

Do lado do Monte Carlo, onde o sector defensivo tem estado muito seguro, principalmente desde a en-trada do brasileiro Paulo César, Tam Iao San não deve-rá fazer grandes mexidas.

O brasileiro Denilson tem já um papel fundamental na manobra da equipa, indo buscar jogo muitas vezes ao meio-campo e distribuindo aos seus companheiros.

Resta saber se os “canarinhos” irão chamar para

este encontro de “alto risco” o reforço da China, Tou Chi Keong, considerado o quarto estrangeiro da equipa e que não actuou no último desafio diante da Polícia.

Se Keong começar o jogo ao lado de Denilson e Francisco Rafael, também aqui o Monte Carlo estará forte.

A avaliar pelos outros jogos já realizados entre can-didatos ao título, espera-se equilíbrio, no campo e no resultado.

Foi assim que aconteceu no Ka I-Benfica (1-0), no Monte Carlo-Benfica (2-0), no Benfica-Lam Pak (1-0) e no Ka I-Lam Pak (3-2).

Jogar ao ataque

Tam Iao San diz que o Monte Carlo não vai jogar à defesa. “As duas equipas não perderam qualquer jogo e por isso não querem deixar de jogar sobre o ataque para manterem a invencibilidade. Eles têm potencial e são individualmente muito fortes, mas eu confio nos meus jogadores. Temos de apostar no colectivo, nas transições, com uma táctica algo especial para este jogo, ainda que mantendo o nosso estilo habitual. Quero ser agressivo, porque será uma vantagem para o futuro do campeonato se ganharmos.”

Rivais na expectativa

Na expectativa vão estar os outros dois candidatos, Benfica e Lam Pak, que se deixaram atrasar, precisa-mente por terem perdido com os dois comandantes do campeonato.

Neste fim-de-semana os “encarnados” de Bruno Álvares fecham a jornada diante de um dos últimos, Chau Pak Kei, que, no entanto tem vindo a recuperar terreno, com dois triunfos consecutivos.

Jogo parecido (na teoria) terá o Lam Pak, no con-fronto com o Kei Lun.

Se não acontecerem surpresas, Benfica e Lam Pak fi-carão mais perto de um dos rivais (a três pontos), isto se houver um derrotado no “derby” de hoje, ou dos dois (a quatro pontos), se o resultado acusar uma igualdade.

Vítor Rebelo

Ka I é a equipa mais concretizadora do campeonato, com 31 golos

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I Divisão • 8ª Jornada

Dia 8 de Março (Sexta-feira)Monte Carlo/Ka I (19:00)

Dia 9 (Sábado)Kei Lun/Lam Pak (14:00)Kuan Tai/Polícia (16:00)

Dia 10 (Domingo)Sub 23/Lam Ieng (14:00)Chau Pak Kei/Benfica (16:00)

Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia

II Divisão • 7ª Jornada

Casa de Portugal – Alfândega 5-2Sub 18 – Chang Wai 2-4Hong NgaI – Sporting 0-6

Dia 8 (Sexta-feira)Chuac Lun - Pau Peng (21:00)

Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia

Sporting imparável na liderança, casa de Portugal ganha à alfândega

Em grande as equipas portuguesas presentes no campeonato da II Divisão, que na sétima jornada ganharam com goleadas. O Sporting Clube de Macau surpreendeu o Hong Ngai, também candidato à subida, com seis golos sem resposta. Ao intervalo já triunfava por 4-0. Marcaram Pascoal Júnior (3), Francisco Cunha (2) e Bruno Micali. Pedro Maia referiu que a “a equipa começou o jogo de forma muito concentrada e não deu hipóteses ao adversário.” Vai subindo de forma o conjunto de João Pegado, que deixa o Hong Ngai a seis pontos. Quanto à Casa de Portugal, obteve a segunda vitória, agora com uma mão cheia de golos (5-2) sobre os Serviços de Alfândega. O avançado Leonel apontou todos os tentos, numa grande exibição, realçada por Pelé: “Jogar com ele é outra coisa e a equipa reage de forma positiva. Jogámos bem e estamos preparados para a luta da manutenção.”

Pedro André Santos

10 JTM | PuBLiCiDADe Sexta-feira, 08 de Março de 2013 Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | DESPORTO 11

ANTÓNIO DIAS AZEDO NA LIDERANÇA

“Costuma-se dizer que à

terceira é de vez”A última ronda do campeonato dos palpites do JTM apenas teve uma alteração com a subida de Sandra Bártolo para o quinto lugar por troca com Victor Marreiros.

Na liderança permanece António Dias Azedo, que poderá estar perto de conquistar o título. “Costuma-se dizer que à terceira é de vez, e espero bem que sim. Mas ainda faltam nove jornadas, podem dar-se muitas voltas”, disse ao JTM, recordando as últimas duas temporadas em que esteve muito perto de vencer, mas acabou por perder o título para Victor Marreiros e Helena Brandão.Para este final de temporada irá manter a mesma estratégia que tem seguido até agora, mas com mais atenção a outros detalhes, como “a forma dos jogadores, e os castigados” para “tentar perceber as falhas”.O facto de estar a destoar na classificação, já que é o único homem nos cinco primeiros, mereceu também um comentário de Dias Azedo. “As mulheres têm um sexto sentido. O futebol já não é só para homens, e as mulheres às vezes até ‘palpitam’ melhor”, acrescentou. P.A.S.

FC Portovs estoril

2-0 2-0 1-2

isamanhão

64

marquesda Silva

50

HélderFernando

50

Sandrabártolo

55

GuiomarPedruco

57

Víctormarreiros

54

Helenabrandão

61

antóniodias azedo

71

Classificação Benficavs Gil vicente

Académicavs Sporting

1-0

Bragavs Marítimo

2-1 3-0 1-2 1-1

2-0 3-0 1-1 2-1

2-0 3-0 1-0 2-1

2-0 1-0 1-1 1-1

3-1 2-0 1-1 2-0

4-0 3-0 2-1 2-1

2-0 3-0 1-1 2-0

BARÓMeTRO DA LiGA

LIGA PORTUGUESA

“Águias” recebem galo em “vias de extinção”O Benfica recebe no domingo o Gil Vicente, em crise de resultados e à procura de pontos para fugir à cauda da tabela. A jornada arranca hoje com a recepção do FC Porto ao Estoril, enquanto o Sporting tem uma deslocação complicada a Coimbra para defrontar a Académica

O adversário é o Gil Vicente, os “ga-los” de Barcelos, mas quem está no topo do “poleiro” na liga portugue-

sa de futebol e o Benfica. As “águias” be-neficiaram do empate em Alvalade do FC Porto, e isolaram-se na liderança, lugar que pretendem manter numa tarefa que está longe de estar decidida. Apesar da grande temporada realizada no ano passado, o Gil Vicente está numa crise de resultados e ocu-pa um lugar preocupante na zona da tabela. Embora acima da “linha de água”, os gilis-tas estão apenas separados por 2 pontos do “lanterna vermelha” Beira-Mar.

A jogar no seu estádio o Benfica e clara-mente favorito, podendo, contudo, acusar algum cansaço devido ao compromisso eu-ropeu a meio da semana. Mais na expecta-tiva estará o adversário, que irá tentar con-ter o ímpeto inicial do Benfica e explorar o contra-ataque à procura da surpresa.

A ronda abre hoje com o FC Porto a rece-ber o Estoril, uma das sensações da prova. Os “canarinhos” estão em sétimo lugar, e com a manutenção praticamente garantida podem agora virar-se para outros voos, no-

meadamente os lugares europeus. Os “dragões” são favoritos e não podem

perder mais pontos, correndo o risco de ver o Benfica distanciar-se na liderança. Para além disso, ambos os conjuntos têm viagens complicadas na próxima jornada, com o FC Porto a viajar até à Madeira, para defrontar o Marítimo, e o Benfica a Guimarães, para medir forças com o Vitória local. Assim, ne-nhum dos conjuntos quererá perder pontos frente a adversários teoricamente mais aces-síveis.

O Sporting perdeu uma boa oportuni-dade de conseguir três pontos moraliza-dores frente ao actual campeão na jornada passada, mas o empate acabou por ser um mal menor numa partida onde não eram

considerados favoritos.O conjunto orientado por Jesualdo Fer-

reira joga amanhã em Coimbra, frente à Académica, procurando retomar o conjunto das vitórias. Os “estudantes” não estão num grande momento mas até costumam dar-se bem frente aos “leões”, a quem “roubaram” a Taça de Portugal no ano passado.

Duelo interessante também para o Spor-ting de Braga, que no domingo recebe o Marítimo. A diferença na tabela entre am-bos ainda é considerável, mas nenhum po-derá perder pontos. Os bracarenses querem recuperar o lugar da “Champions”, mas os insulares não pretendem largar o quinto lu-gar, último de acesso às competições euro-peias da próxima temporada.

LIGA DOS CAMPEÕES

juventus e PSGconfirmaram quartos de final Após o triunfo 2-1 em Espanha, o PSG tinha missão aparente-mente confortável, não fosse o facto de o Valência nunca se ter rendido e procurado o golo que lhe permitisse ficar mais perto de consumar a surpre-sa. Os espanhóis reentraram na discussão da eliminatória com um “disparo” do avan-çado brasileiro Jonas, de fora da área. A um golo do apura-mento, o conjunto de Ernesto Valverde viu o sonho refreado com o empate: perda de bola defensiva, azar num ressalto e, após defesa incompleta de Guaita, o argentino Ezequiel Lavezzi igualou, marcando o seu quinto golo em sete jogos na “Champions”. Apesar do carácter e raça, o Valência não conseguiu o segundo tento que levaria a eliminatória para prolongamento, ficando o re-sultado final em 1-1. O triunfo por 3-0 em Glasgow já tinha decidido a favor do campeão italiano a eliminatória que opôs Juventus ao Celtic, mas os transalpinos cavaram ainda mais o fosso em Turim, com novo triunfo, agora por 2-0, que colocou o desfecho final em 5-0. O avançado Alessan-dro Matri inaugurou o mar-cador com recarga a defesa in-completa do guarda-redes e no segundo tempo Fabio Quagia-rella limitou-se a encostar na pequena área, em bom lance ofensivo da “vecchia signora”.

Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | ACTUAL 1312 JTM | ACTUAL Sexta-feira, 08 de Março de 2013

VoLta aoMUND

cHinaA China poderá tornar-se o maior impor-tador mundial de petróleo antes de 2015, ultrapassando os EUA, prevêem especia-listas do sector citados na imprensa oficial chinesa. Em 2012, a China importou em média 5,4 milhões de barris por dia, me-nos 2,01 milhões do que os EUA, mas no último mês do ano superiorizou-se.

jaPÃoAs autoridades do Japão intervieram, em 2012, num total de 16.387 casos de abu-sos de menores, um número recorde que traduz um aumento de 42,1 % face ao ano anterior, informou a polícia nipónica. Re-gistaram-se 5.222 casos de abusos físicos, 8.266 de abusos psicológicos, 2.736 de ne-gligência familiar e 163 de abuso sexual.

coreiaSO comércio entre a Coreia do Sul e a Co-reia do Norte ascendeu a 1.980 milhões de dólares em 2012, mais 15% do que em 2011, apesar da constante tensão, indicam dados da Associação de Comércio Interna-cional da Coreia. Porém, o comércio entre as duas Coreias representou apenas um terço do volume que Pyongyang transac-cionou com a China, o seu principal alia-do.

maLÁSiaO sultão de Sulu, o filipino Jamalul Kiram III, declarou ontem um cessar-fogo após os confrontos entre os seus seguidores e as forças de seguranças malaias, que cau-saram, pelo menos, 40 mortos na ilha de Bornéu. O porta-voz do sultão disse que o sultão exortou o Governo malaio a aderir ao cessar-fogo.

PortuGaLCavaco Silva revelou na sua página do Fa-cebook que vai explicar amanhã como um Presidente da República deve actuar “em tempos de grave crise económica e finan-ceira”. Os ensinamentos de Cavaco Silva serão revelados no texto do Prefácio do livro “Roteiros VII”, que reúne as interven-ções mais significativas do segundo ano do segundo mandato do Presidente da República.

GrÉciaA taxa de desemprego na Grécia desceu em Dezembro pela primeira vez em mais de quatro anos, ao fixar-se em 26,4%, de-pois de ter atingido 26,6% no mês anterior, segundo dados provisórios. No entanto, em comparação com Dezembro de 2011, a taxa subiu cinco pontos percentuais.

eGiPtoA Justiça administrativa egípcia ordenou o cancelamento das eleições legislativas previstas para 22 de Abril, dificultando a missão do Presidente Mohamed Mursi. O tribunal entendeu que a convocação das eleições não cumpriu os requisitos cons-titucionais.

LÍbiaO carro onde viajava o presidente do Par-lamento da Líbia, Mohammed al Magrif, foi baleado terça-feira depois de o dirigente deixar uma sessão legislativa no Observa-tório Meteorológico de Trípoli, mas o polí-tico não ficou ferido, informou a agência local WAL. Desconhece-se se o incidente foi uma tentativa de homicídio ou se o car-ro foi alvejado acidentalmente no meio de um protesto que decorria na zona.

embaixador angolano distinguido na china como “Personalidade do ano”O embaixador de Angola na China, João Garcia Bires, foi considerado “a personalidade do ano” por um grupo de “media” chinês pelo seu “abun-dante conhecimen-to diplomático” e “temperamento po-ético romântico”. A distinção será formalmen-te assinalada no próximo dia 18 em Pequim, numa cerimónia na Associação de Amizade da China com os Povos Estrangeiros, disse à agência Lusa fonte do “Home and Abroad News Press”, grupo sedeado em Hong Kong. João Garcia Bires, 68 anos, formado em Direi-to Internacional na antiga União Soviética, está colocado em Pequim desde Dezembro de 2011. O diplomata, que já foi embaixador na Namí-bia e em Moçambique, é também membro da Associação de Escritores Angolanos, com três livros de poesia e uma antologia de contos já publicados O grupo de “media” realçou que o embaixador “manifestou vontade de apoiar a China na abertura de um Instituto Confúcio em Angola tão cedo quanto possível”. Em Novem-bro passado, na celebração do dia nacional de Angola, Garcia Bires manifestou a “mais sin-cera gratidão” ao “pronto apoio” da China ao programa de “reconstrução nacional” lançado pelo Governo angolano há uma década, depois de “uma guerra prolongada e destruidora”.

Antigo conselheiro de Nina Wang, uma das mu-lheres mais ricas da Ásia, Tony Chan renunciou ao “feng shui”, trocando o ofício pelo cristia-

nismo, noticiou o “South China Morning Post”.O empregado de bar construiu uma carreira a acon-

selhar em matéria de “feng shui” clientes importantes, incluindo Nina Wang, magnata do imobiliário de Hong Kong, que morreu em 2007 vítima de cancro. Tony Chan perdeu uma batalha legal em 2010, na qual reclamava ser o legítimo herdeiro da fortuna de Nina Wang, avaliada em 13 mil milhões de dólares, por ter sido seu amante.

Depois de ter abraçado recentemente o cristianismo e mudado o seu nome de Tony para Peter, descreve agora a arte do “feng shui” como o “trabalho do diabo”.

“Este é o dia mais feliz da minha vida. É como se me ti-vesse casado e posso dizer a toda a gente que sou cristão”, disse, citado pelo diário, que publicou uma fotografia do antigo mestre a ser baptizado esta semana.

O processo conhecido como a “batalha dos testamen-tos”, que colocou frente a frente Tony Chan e a Fundação Chinachem, de beneficência, da família de Nina Wang, terminou com o tribunal a decidir atribuir a fortuna da “multimilionária das tranças” à sua fundação.

Nina Wang, que foi uma das 35 personalidades mais ricas da Ásia, faleceu sem deixar herdeiros directos.

Conhecida pelos penteados infantis, mini-saias e

HONG KONG

tony chan trocou “feng shui”pelo cristianismoEm nome do cristianismo, um controverso mestre de “feng shui” de Hong Kong abandonou a milenar arte chinesa, classificando-a agora de “trabalho do diabo”

CHINA

até que o Fisco nos separeVárias cidades chinesas registaram esta semana uma vaga de divórcios, motivada por interesses extra-sentimentais. Casais estão a anular matrimónios para escapar a um novo imposto criado por Pequim para combater a especulação imobiliária

O número de divórcios sofreu um aumento brusco nos últimos dias na China, depois de muitos casais

terem percebido que, através das separa-ções temporárias, poderão evitar o paga-mento de um imposto sobre ganhos de capital imobiliário.

No distrito de Zhabei, em Xangai, o centro de registo de casamentos conta-bilizou um recorde de 53 divórcios num único dia, o que equivale a uma média de um em cada cinco minutos. Na imprensa chinesa há relatos de situações similares em cidades como Cantão, Wuhan, Nan-quim, Ningbo ou Harbin.

Numa nova tentativa de conter a su-bida dos preços no sector imobiliário e combater a especulação, o Governo Cen-tral implementou no passado dia 1 de Março uma nova legislação que determi-na a cobrança de um imposto de 20 por cento sobre os dividendos derivados da venda de propriedades imobiliárias.

Porém, uma lacuna legislativa permi-te, sob determinadas condições, que os casais que detêm dois bens imobiliários se divorciem, dividam as duas proprie-dades e revendam pelo menos uma sem ter de pagar impostos. Após a conclusão dessas transacções, os divorciados pode-rão casar-se novamente e beneficiar de poupanças que nalguns casos atingem várias centenas de milhares de yuans.

“É uma atitude prática”, comentou Li Li, director-geral da “International Stra-tegic Group”, uma empresa de consulta-doria imobiliária de Xangai. “É estranho, mas a política força as pessoas a fazerem isso”, acrescentou, em declarações à agência Reuters.

Um residente de Xangai confirmou ter conhecimento de pessoas que se divor-ciaram para fugir aos impostos, apesar

de lhes ter lembrado que “o casamento é mais importante do que o imobiliário”.

Os funcionários dos centros de registo de casamento também admitem que há uma ligação directa entre o novo imposto e a onda de divórcios. “Disse a todos para registarem novamente os casamentos de-pois da conclusão das vendas”, disse o responsável de um cartório, citado pelo “Shanghai Daily”. Já outro funcionário manifestou-se mais céptico, advertindo as esposas de que os “volúveis” poderão aproveitar a oportunidade para se divor-ciarem definitivamente.

As autoridades de Xangai escusaram-se a divulgar estatísticas sobre o número de divórcios recentes, alegando que esses dados poderiam encorajar as tácticas de evasão fiscal.

Em termos técnicos, o imposto sobre os rendimentos obtidos com a venda da segunda habitação está em vigor há qua-se duas décadas, mas nunca chegou a ser aplicado com rigor.

Dispondo de poucas opções alterna-tivas de investimento, muitos chineses tendem a aplicar uma parte significativa da sua riqueza em imóveis, o que contri-bui para o aumento dos preços das casas. Segundo a agência Reuters, nas maiores cidades chinesas, os preços completaram já um ciclo de nove meses consecutivos de crescimento.

Este fenomeno inflacionista tornou-se num grave problema na China, porque os preços elevados das casas impedem que muitos habitantes se convertam em proprietários.

Lacuna na lei torna os divórcios vantajosos para casais que querem vender casas

meias até ao joelho que usou até aos 69 anos, idade com que faleceu, Nina Wang, nascida em Xangai, era presi-dente do grupo Chinachem, de investimentos imobiliá-rios, mas gastaria apenas algumas centenas de dólares por mês, comendo em restaurantes de comida “fast-food” e comprando roupa em “outlets”.

A revelação de Chan surge pouco antes de ser presente a tribunal - a audiência está marcada para o próximo mês - por ter alegadamente forjado o testamento de Wang.

O antigo mestre de “feng shui”, 53 anos, disse, contu-do, não ter receio de ir para a prisão.

“Desde que recebi a maior salvação (…) as outras coisas não me interessam mais”, afirmou.

COREIA DO NORTE

Pyongyang ameaça atacar euaA Coreia do Norte ameaçou ontem os Estados Unidos com um “ataque nuclear preventivo”, numa altura em que as Nações Unidas se preparam para aprovar uma resolução a impor novas sanções a Pyongyang pelos recentes testes nucleares

Como os Estados Unidos estão prestes a iniciar uma guerra atómica, vamos exercer o nosso

direito a um ataque nuclear preventi-vo contra o quartel-general do agres-sor para proteger os nossos supremos interesses”, referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, numa nota divulgada pela agência estatal KCNA.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão a realizar manobras militares e vão retomar os exercícios na segun-da-feira, provocando a reacção da Co-reia do Norte, que referiu pela primei-ra vez a possibilidade de um “ataque preventivo”.

No entanto, analistas consideram que a Coreia do Norte não tem tecno-logia suficientemente avançada para lançar um míssil com capacidade nu-

TAIWAN

maioria não quer central nuclearPreocupações sobre a segurança levam mais de metade da população de Taiwan a defender a suspensão da construção de uma central nuclear, indicam sondagens divulgadas ontem em vésperas de um protesto

Da amostra de 1.071 pessoas entrevistadas para uma sondagem promovida pela revista mensal Business Today, 54% mostraram-se a favor do fim da central

nuclear - que será a quarta da Ilha Formosa.Mais de seis em cada dez inquiridos (63,5%) defendem

que as centrais nucleares são inseguras, contra 2,5% que consideraram que não. Apenas 11% dos inquiridos afir-maram confiar na capacidade do governo para gerir as centrais, revela a sondagem, citada pela agência AFP.

Outra sondagem, conduzida pelo jornal “China Ti-mes”, com sede em Taipé, apresenta resultados semelhan-tes, com 62,4% dos 761 entrevistados a pronunciarem-se a favor da paragem da construção da central, contra 21,2% que entendem que os trabalhos devem prosseguir.

O debate em torno da mais recente instalação nucle-ar da ilha - em construção desde 1999 e ainda incompleta - tem vindo a intensificar-se, sobretudo numa altura em que o parlamento se prepara para rever uma proposta de orçamento extraordinário de 40 mil milhões de dólares de Taiwan (10,3 mil milhões de patacas).

Um protesto foi convocado para amanhã, com os or-ganizadores a esperarem a adesão de 50.000 pessoas. A

intenção é instar o Governo a aprender com as lições da crise nuclear de Fukushima, no Japão, desencadeada por um intenso sismo, a 11 de Março de 2011.

Taiwan encontra-se numa área de junção de duas placas tectónicas, pelo que é atingida com regularidade por sismos.

Ontem mesmo foi sentido um tremor de terra de mag-nitude 5,6, que fez abanar edifícios em Taipé.

No mês passado, o Primeiro-Ministro, Jiang Yi-hua, afirmou pela primeira vez que o Governo poderia apoiar a realização de um referendo sobre a quarta central nuclear face ao crescente receio público.

Depois, na segunda-feira, fontes oficiais indicaram que especialistas internacionais iriam efectuar testes de segu-rança nas actuais três centrais nucleares, como parte dos esforços para tranquilizar a população.

As três centrais nucleares são responsáveis por cerca de um quinto do fornecimento de electricidade em Taiwan e têm um bom historial em termos de segurança.

A construção da quarta unidade deveria ter tido con-cluída em 2004, mas a contestação popular foi protelando o avanço do projecto.

JTM/Lusa

clear contra os Estados Unidos e que esta ameaça se enquadra na habitual retórica belicista de Pyongyang.

Na terça-feira, a Coreia do Norte garantiu também que iria considerar nulo o armistício que acabou com a Guerra da Coreia (1950-1953), logo depois de ter sido divulgado o acor-do entre a China e os Estados Unidos

na ONU para impor novas sanções a Pyongyang devido ao teste nuclear realizado em Fevereiro.

De acordo com o jornal oficial do regime norte-coreano, o Rodong Sin-mun, “com a anulação do armistício, não seria uma surpresa se eclodisse uma guerra nuclear”.

O mesmo jornal refere ainda que “a guerra não ficaria confinada ape-nas à Península Coreana”.

Entretanto, o Ministério da Defesa sul-coreano anunciou ontem que a Co-reia do Norte prepara exercícios mili-tares “de grande escala” e exercícios dos três ramos das forças armadas.

Os Estados Unidos mantêm 28.500 soldados na Coreia do Sul e compro-metem-se a defender o seu aliado em caso de agressão.

JTM/Lusa

Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | ROTEIRO 1514 JTM | PuBLiCiDADe Sexta-feira, 08 de Março de 2013

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi (Amarelo) 28 519 519Táxi (Preto) 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

TDM (dia 08) 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal + 360° (Diferido) 19:00 TDM Talk Show (Repetição) 20:30 Telejornal 21:15 Ler + Ler Melhor 21:30 Cenas de um Casamento 22:10 Escrito nas Estrelas 23:00 TDM News 23:31 Resumo Liga Europa 23:45 Liga Europa: Benfica - Bordeaux (Repetição)

(dia 08) 11:45 Os Configuradores 12:00 Zig Zag 12:35 Moamba 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal + 360° (Diferido) 14:40 Vingança (Compacto) 19:00 Quem quer ser Milionário 20:00 Janela Indiscreta 20:30 Telejornal 21:00 Um Sonho de Mulher 22:45 Ler + Ler Melhor 23:00 TDM News 23:30 Viva a Música

(dia 08) 11:00 Missa Dominical 12:00 Destino: Portugal 12:31 A Hora de Baco 13:00 TDM News 13:30 Telejornal + 360° (Diferido) 14:45 Zig Zag 16:00 Moda Portugal 16:30 Jogo Duplo 17:30 Paixões Proibidas 19:20 Pai à Força 20:10 Ui Di Sabroso 20:30 Telejornal 21:05 Contraponto 22:05 Mentes Criminosas Sr.6 23:00 TDM News 23:35 Estranha Forma de Vida

30 FOx SPORTS13:00 Great Edinburgh X Country 13:30 US Open 9-Ball C’ship 2012 17:00 Australian Ironwoman 2012/13 18:00 Cardiff Half Marathon 2012 18:30 Great Edinburgh X Country 19:00 The Football Review 2012-2013 19:30 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:00 (LIVE) Asean Basketball League 2013 Indonesia Warriors vs. San Miguel Beerman 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 Football Asia 2012/13 23:00 Smash 2013 23:30 Global Football 2012/13

40 FOx MOvieS13:00 Conan The Barbarian 14:50 What’S Your Number? 16:40 Transporter: The Series 17:30 Anaconda 3: Offspring 19:00 The Grey 21:00 White Chicks 22:50 The Son Of No One 00:25 Transporter: The Series

41 HBO11:45 Safe House 14:00 Game Change 16:00 The Color Of Money 18:00 Peter Pan 20:00 The Bourne Supremacy 22:00 Bunraku 00:10 Changing Lanes

42 CiNeMAx12:50 Louis L’Amour’S The Diamond Of Jeru 14:15 Ghost Rider 16:00 Winning 18:00 Batman: Under The Red Hood 19:20 Kings Of South Beach 20:45 Epad On Max 21:00 Banshee 23:00 Spartacus: Vengeance 00:45 The Rite

51 NGC12:30 Locked Up Abroad 13:25 Dog Whisperer 14:20 Man v. Monster 15:15 Paranatural 16:10 Locked Up Abroad 17:05 Animal Underworld 18:00 Wicked Tuna 19:00 Dog Whisperer 20:00 Locked Up Abroad 21:00 Paranatural 22:00 Taboo 00:00 Paranatural

54 HiSTORy13:00 The Pickers 14:00 Houdini: Unlocking The Mystery 16:00 Outback Hunters 17:00 IRT Deadliest Roads 18:00 Kings Of Restoration 18:30 Pawn Stars 19:00 The Pickers 20:00 Ancients Behaving Badly 21:00 The Pickers 22:00 WWII Lost Films 00:00 Cajun Pawn Stars

55 BiOGRAPHy13:00 Intervention 14:00 Private Chefs Of Beverly Hills 15:00 My Ghost Story 16:00 Monster In-Laws 17:00 Intervention 18:00 Ghostly Encounters 19:00 Bhutto 21:00 Confessions: Animal Hoarding 22:00 Airline USA 23:00 Intervention 00:00 Hoarders

62 AxN13:00 Caught On Camera 13:55 The Voice 15:45 Wipeout 16:35 Caught On Camera 17:25 Hawaii Five-O 19:10 Csi: Miami 20:05 Criss Angel Mindfreak 20:35 Ebuzz 21:05 Blue Bloods 22:55 Caught On Camera 23:50 Ebuzz 00:20 Criss Angel Mindfreak 00:50 Csi: Miami

63 STAR WORLD12:30 Ben And Kate 13:25 Switched At Birth 14:20 Royal Pains 16:10 Glee 17:05 Grey’s Anatomy 18:00 American Idol 21:50 Bunheads 22:45 American Idol 00:35 Bunheads

82 RTPi15:00 Telejornal Madeira- Directo 15:36 Consigo 16:09 Correspondentes 16:32 Ingrediente Secreto - Carapau 17:00 Bom Dia Portugal - Directo 17:59 Decisão Final 18:52 Vingança 19:39 Em Reportagem (Madeira) 20:04 Trio d´Ataque - Directo 21:00 Jornal da Tarde - Directo 22:15 O Preço Certo 23:03 Os Compadres 23:54 Vida Animal em Portugal e no Mundo 00:04 Portugal no Coração - Directo 01:43 Notícias RTP - Madeira (17H00) 02:00 Portugal em Directo 03:02 Ler +, Ler Melhor 03:08 Baía das Mulheres 04:00 Telejornal + 360º Directo

• • • hoje 08/3

• • • amanhã 09/3

160C / 250C

• • • temPo www.SmG.GoV.mo

170C / 250C

• • • câmbioS bnu

PATACA COMPRA veNDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 10.34 10.47YUAN (RPC) 1.236 1.297

Sociedade Protectora

doS animaiS de macau

Tel: 28715732/63018939anima

teLeFoneS ÚteiS

cLube miLitar de macauavenida da Praia Grande, 975, Macau

Tel: 28714000

cineteatroS1 9-9-81 - 14:30 • 16:15 • 18:00 • 21:45

S2 Jack the Giant Slayer (3D)14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

torre de macauOZ: The Great and Powerful (3D) - 14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

GaLaXYtHeater VÁrioSOz The Great and Powerful (3D) - 14:30 • 15:20 • 17:00 • 18:35• 19:30 • 20:40 • 22:00 • 00:30

tHeater VÁrioSJack the Giant Slayer (3D) - 12:15 • 13:45 • 16:00 • 18:15 • 19:00 20 • 30 • 21:05 • 22: 45 • 01:00

tHeater VÁrioSChasing Mavericks - 13:35 • 18:15 • 20:30 • 22:50

tHeater VÁrioSSilver Linings Playbook - 14:05 • 15:30 • 16:25 • 18:45 • 20:15 • 00:40

tHeater VÁrioSStoker13:35 • 15:10 • 17:05 • 19:10 • 23:00 • 00:55

tHeater VÁrioSLincoln - 15:35 • 18:20 • 22:05

tHeater director’S cLub 2Hitchcock - 17:50

TheaTer DIrecTor’S club 1FEU (3D) - 01:10

TheaTer 8Movie 4318:20

a programação é da responsabilidade das estações emissoras

03:00 (dia 10)Barcelona vsDeportivo de La Coruña

tdm sport

Tabela I

www.iacm.gov.mo

SexoNome

Data em que foram exarados

os despachos de aplicação das multas

Data da infracção

N.º da acusação

N.º do Bilhete de

Identidade

陈天顺 CHEN TIANSHUN陈日华 CHEN RIHUA王春雨 WANG CHUNYU王文卓 WANG WENZHUO杨江明 YANG JIANGMING李兵 TRAN VAN PHAIJUNG JONG GIL

MMMMMMMM

(*1)(*1)(*1)(*2)(*2)(*3)(*8)(*9)

W49496***W60875***W65123***G54403***G55496***

410103197703314***B1910***

M82278***

A039439/2012A041266/2012A040249/2012A042513/2012A042008/2012A039369/2012A045653/2012A039374/2012

09/07/201210/08/201203/10/201203/10/201210/10/201207/07/201213/06/201212/07/2012

08/11/201208/11/201207/12/201207/12/201207/12/201208/11/201208/11/201208/11/2012

SexoNome

Data em que foram exarados

os despachos de aplicação das multas

Data da infracção

N.º da acusação

N.º do Bilhete de

Identidade

08/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201207/12/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201207/12/201207/12/201223/02/201207/12/201208/11/201208/11/201207/12/201207/12/201208/11/201207/12/201208/11/2012

梁华有 LIANG HUAYOU唐湘江 TANG XIANGJIANG许亚南 XU YANAN谢海明 XIE HAIMING殷光书 YIN GUANGSHU邱登 QIU DENG尚超 SHANG CHAO袁志高赵春桥方荣唐子航李孔钢施明根陈树坤张建国THANT ZIN AUNGBUROG RICHARD ARAJAGOPEL. MARK BRYAN REYES李兆康 LEE SIU HONG劉慶炎 LAU HING YIM鄒珍綠 CHAU CHUN LUKMARCELO SHIRLEY SITOKALIGAYAHAN MARVIN CARTABIODUONG VAN PHUC

MMMMFMMMMMMMMMMMMMMMFFMM

(*2)(*2)(*2)(*2)(*2)(*2)(*2)(*3)(*3)(*3)(*3)(*3)(*3)(*3)(*3)(*4)(*4)(*4)(*5)(*5)(*5)(*6)(*6)(*7)

Z00997***G55125***G32622***G43796***G59650***G42614***G42007***

450203197703190***210105196309030***511027197308035***431102199105293***441702197003271***330419196910244***440620195303141***360403196807131***

14510***20396***20372***

Z6541**(*)E9948**(*)P7791**(*)EB3120***EB2518***

***/2012/C.I

11/07/201219/07/201204/08/201205/08/201206/08/201209/08/201206/10/201214/06/201216/06/201208/07/201217/07/201204/08/201207/08/201201/10/201213/10/201210/10/201109/07/201211/07/201216/06/201203/10/201210/10/201229/07/201206/10/201212/07/2012

A032762/2012A039499/2012A041103/2012A041107/2012A041229/2012A041903/2012A040915/2012A039171/2012A038430/2012A039537/2012A039829/2012A041045/2012A035970/2012A040852/2012A042004/2012A024352/2011A035825/2012A039372/2012A036223/2012A042514/2012A033054/2012A039397/2012A041386/2012A039493/2012

Tabela II

ESTRELLA MELVINSANTIAGO

M (*6) EB4771*** A039365/2012 03/07/2012 08/11/2012

ISHIBIKI HIROTSUGU

M (*10) TM5292*** A028105/2012 08/08/2012 08/11/2012

Tabela III

Tabela IV

Nota:

(*1) Salvo-conduto de residentes da República Popular da China

para deslocação a Hong Kong e Macau

(*2) Passaporte da República Popular da China

(*3) Bilhete de Identidade de Residente da República Popular da

China

(*4) Bilhete de Identidade do Trabalhador Não-Residente

(*5) Bilhete de Identidade de Residente da Região Administrativa

Especial de Hong Kong

(*6) Passaporte da República das Filipinas

(*7) Código dos Serviços de Migração

(*8) Passaporte da República Socialista do Vietname

(*9) Passaporte da República da Coreia

(*10) Passaporte do Japão

Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo e no uso das competências subdelegadas pelo Despacho nº 01/PCA/2013, de 2 de Janeiro, publicado na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 3, de 16 de Janeiro de 2013, os infractores, constantes do anexo desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões administrativas sancionatórias:

Nos termos do nº 4 do artigo 36º, nº 1 do artigo 37º, artigo 38º e artigo 39º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004, o Presidente do Conselho de Administração ou seus substitutos exararam os despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas, a existência de culpa e a ausência de qualquer circunstância atenuante confirmada, assim:

1. Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas I e III, em anexo, as multas previstas no nº 2 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção);

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 13º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 7 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, lançar pontas de cigarros ou abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no alínea 1) do nº 1 do artigo 2º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 13 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “cuspir escarro ou saliva para qualquer superfície do espaço público”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do n.º 1 do Artigo 14º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 3 do Artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “deixar correr águas residuais nos espaços públicos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdodas acusações. (cfr.: Tabela III)

2. Foram aplicadas aos infractores, constantes da Tabela IV, em anexo, as multas previstas no nº 1 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 1º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP300,00 (cada infracção);

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 2) do n.º 4 do Artigo 7º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no n.º 3 do Artigo 1º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “pescar nos lagos sem autorização prévia”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela IV)

3. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios para quem os aplicou, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos do artigo 145º, nº 1 do artigo 148º e artigo 149º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123º do referido código.

De acordo com o disposto no nº 2 do artigo 150º do mesmo código, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto, salvo disposição legal em contrário.

4. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo previsto nos artigos 25º e 26º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 27º do referido código.

www.iacm.gov.mo

Notificação N.º 012/NOEP/GJN/2012

SexoNome

Data em que foram exarados

os despachos de aplicação das multas

Data da infracção

N.º da acusação

N.º do Bilhete de

Identidade

08/11/201208/11/201207/12/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201207/12/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/201208/11/2012

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Tabela I

5. Sem prejuízo do disposto no artigo 75º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto no nº 4 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação das multas aplicadas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data de publicação da presente notificação, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, nos 762-804, Edf. China Plaza, 5º andar, Macau, ou no Centro de Actividades de S. Domingos, sito na Travessa do Soriano, Complexo Municipal do Mercado de S. Domingos, 4° andar, Macau. Caso contrário, o IACM submeterá o processo à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para cobrança coerciva, nos termos do artigo 17º do Decreto-Lei nº 52/99/M, sem prejuízo de assumir as consequências resultantes da aplicação do nº 4 do artigo 18º do mesmo diploma.

6. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes do anexo tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone nº 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto.

Aos 22 de Fevereiro de 2013.

O Vice-Presidente do Conselho de Administração Lei Wai Nong

Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | OPINIÃO 1716 JTM | OPINIÃO Sexta-feira, 08 de Março de 2013

Dito(...) “se um dia faltarem boas razões para se cá viver, ou motivos que seduzam os visitantes, a bolha rebenta e as fichas serão jogadas noutro lado qual-quer, onde haja História, sombra e água fresca” (...)

• • • Há 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

08/03/1993

GOveRNADOR ReGReSSA e ACONSeLHA CALMAO governador Rocha Vieira considerou ao regres-sar a Macau que a questão da integração dos fun-cionários públicos locais nos quadros da República só pode ser resolvida com responsabilidade e sem demagogia. “Um assunto tão sério como a integra-ção dos funcionários públicos de Macau não pode ser resolvido com ansiedades, angustias, emoções e demagogia, mas sim com responsabilidade”, disse. O governador comentava assim o descontentamento manifestado recentemente por dirigentes da Asso-ciação dos Trabalhadores da Função Pública sobre a forma como o governo do Território tem tratado das questões que dizem respeito ao sector. “A ATFPM e os funcionários públicos em geral sabem que têm no governador o seu maior aliado nesta questão, que continuará a ser tratada com toda a determinação”, salientando ainda que a sua visita de trabalho de duas semanas a Portugal foram dados “passos im-portantes” para a solução da questão de integração dos funcionários públicos. “Decidiu-se que alguns dos assuntos de Macau que necessitam de coordena-ção, por dependerem de mais do que um ministério, possam ser tratados no âmbito de uma comissão in-terministerial”, referiu.

A escassos dias da implantação da República em Portugal, que ocor-reu no dia 5 de Outubro de 1910,

Macau teve um protagonismo absoluta-mente inusitado numa revista lisboeta que reunia a nata da oposição ao regime monárquico e que não escondia a simpa-tia pela maçonaria e pela carbonária.

Fundada e dirigida por António José de Almeida, médico especializado em do-enças tropicais e deputado republicano no parlamento monárquico, a Revista “Alma Nacional” foi publicada a primeira vez no dia 10 de Fevereiro de 1910 [o último nú-mero, o 34, saiu a 29 de Setembro de 1910], aparecendo semanalmente às quintas fei-ras, cuja distribuição abrangia também as Colónias, a Espanha e o Brasil, estando igualmente previstas “duas edições espe-ciais, uma em inglês e outra em francês”. Entre os seus colaboradores regulares contavam-se Guerra Junqueiro, Basílio Te-les, Teofilo Braga, Miguel Bombarda, Leão Azedo, António Aurélio da Costa Ferrei-ra, Tomás da Fonseca, Raúl Proença ou Aquilino Ribeiro , então exilado em Paris e acusado de regicida.

E qual era o programa ideológico da “Alma Nacional”? A resposta é dada por António José de Almeida: “ O que a ‘Alma Nacional’ sobretudo vai ser é um jornal humano. De orientação revolucionária, re-volução para ela não quer dizer morticínio, destruição. A vida do homem é uma coisa sagrada que só em combate leal, e ainda as-sim bem lamentavelmente, pelo atraso em que nos achamos, se pode tirar. Arrancá-la à vítima domada e vencida é crime ou alu-cinação. E a revolução, necessidade doloro-sa da época retardada em que vamos, só é respeitável se for clemente”, sem esquecer que “Portugal é um organismo intoxicado. Conservá-lo no meio em que está, é matá-lo. Aplicar-lhe uma mudança de ares é salvá-lo. É preciso sanear a atmosfera, re-movendo o entulho monárquico e o guano clerical, que estão a fermentar”.

Neste turbulento Portugal pré-repu-blicano, Macau era, por todos os motivos, verdadeiramente uma questão longínqua, metafísica mesmo. Aqui e além irrompiam pequenas notícias ilustrativas da dura re-alidade de uma governação cujo conceito estratégico tinha sido ferido de morte na Conferência de Berlim. A Revista “Alma Nacional” associa-se ao jornal “O Século” para lamentar “o estado miserável dos três barcos de guerra que foram manda-dos seguir para Macau quando surgiu o conflito com a China. O ‘Vasco da Gama’ nada pode, porque não navega; O ‘Dona Amélia’ nada faz, porque está na doca; a ‘Pátria’, essa dá provas das suas belas con-dições náuticas e combatentes … fabrican-do tuberculosos na exiguidade insalubre dos seus alojamentos”.

Na edição do dia 30 de Junho há um muito bem humorado recado dirigido aos republicanos chineses: “A China de-liberou ter uma constituição. Alguém lhe lembrou que aquilo era comida muito fina para paladares tão grosseiros. Mas a Chi-na, alçando o rabicho, berra pela constitui-ção. Está bem arranjada. Se ela for como a nossa, presente generoso que o dador se dignou fazer aos seus súbditos, não lhe há de valer de muito. A carta constitucional portuguesa, cheia de alçapões e sofismas, é na opinião do Conde de Resende, que foi monárquico de gema, um disfarce do ab-solutismo. A da China será uma maneira de o poder absoluto lá se conservar fresco e de boa saúde. Hoje em dia fica mal a um país o dizer-se que ele é governado pelo absolutismo; e vai daí, muda-se o nome

e fica tudo na harmonia do senhor. Pois era melhor que a China se entretivesse de preferência a deitar papagaios de papel. Era menos trabalhoso e dava mais a ilu-são de liberdade”. Ignora-se se Sun Yat Sen e os seus camaradas republicanos de Macau teriam tido conhecimento desta observação , que até estava em consonân-cia com as ideias de Camilo Pessanha e de Manuel da Silva Mendes sobre o amanhe-cer do novo regime.

O Governador de Macau, Capitão Edu-ardo Marques envia à capital do Reino, a Lisboa, em Agosto de 1910, o director das Obras Públicas, o engenheiro António Mi-randa Guedes, a fim de acelerar a solução política de alguns problemas estruturais de Macau. António Miranda Guedes era ami-go de António José de Almeida, uma ami-zade forjada na Universidade de Coimbra e cimentada numa estadia de anos que ambos vivenciaram em S.Tomé e Príncipe. Quando soube da sua presença em Lisboa, António José de Almeida, na qualidade de director da “Alma Nacional”, não perdeu o ensejo para realizar uma grande entre-vista ,na edição de 15 de Setembro, porque “ninguém melhor do que Miranda Gue-des podia dar aos leitores da nossa revis-ta a impressão do que pode vir a ser num futuro breve essa esplêndida colónia, se houver um pouco de boa vontade para a arrancar à estagnação em que vegeta”.

E por aqui se vê o estado de uma mo-narquia liberal exangue, que tolera com alguma indiferença que um alto fun-cionário colonial fosse entrevistado por uma publicação tão hostil à Coroa e de-fendendo teses fora do protocolo político anteriormente firmado. A perguntas por vezes verrinosamente políticas corres-pondem respostas de uma inigualável candura ética.

Assim, ao longo de sete densas pági-nas puderam os leitores perceber melhor os problemas que afligiam Macau. Foi pe-dagogicamente recordada a eterna con-dicionante política: “como sabe, agita-se fortemente em volta de Macau a opinião do povo chinês sobre a delimitação do nosso domínio. Quem promove essa agi-tação, uma célebre sociedade de Cantão, denominada Chi-Chi-Hui ou, pelos seus altos propósitos, Self Government Socie-ty, procura na população ilustrada e rica, do distrito de Heung-Shan, campo para a sua propaganda contra nós”. Depois, o projecto de construir a linha de caminho de ferro entre Macau e Cantão alimentou grandes sonhos, rapidamente desfeitos, porque as obras do Porto de Macau se transformaram num paradoxo político. Mas, sem o triângulo de ouro, constitu-ído pelas ilhas de D. João, da Lapa e da Montanha, tudo isso não passou de uma quimera expansionista, absolutamente insustentável no plano militar e na subs-tância dos tratados diplomáticos.

Mas, o director das Obras Públicas vi-nha com duas incumbências distintas mas complementares. A primeira tinha a ver com o Porto cujo assoreamento constan-te inviabilizava a sua eficácia comercial. António José de Almeida lança a questão central: “se há tantos anos se fizeram estu-dos proficientes como você me disse e do

macau na “alma nacional”um artiGo

António Aresta*

Paulo Rego, in “Ponto Final”

Um ano depois. As mãos continuam a girar em torno da cabeça, no vazio, de uma estação. À porta de casa, antes de entrar, e saber que ali

nem habitam os corpos que escurecem com a noite. No altar, que não se pisa e onde caem migalhas de um sonho na carpete. As mãos continuam a girar em torno da cabeça, no vazio, de uma estação. Ago-ra. Enquanto os olhos deixam de ser duas folhas de seda e se transformam nas ondas, de quem apanha até ao ventre horas de golpes inteiros, e se repete, no silêncio, e foge, no silêncio, sem encontrar uma saída.

Não consegui dar-lhe um nome no momento em que a vi sentada numa cadeira. A sala estava semi-escura e na verdade não conseguia escolher-lhe um nome por não saber como ficcioná-la - por mais que pensasse em Victória – por não saber como arran-car das minhas mãos (a memória das) suas mãos, a girar em torno da cabeça, ainda, no vazio, de uma estação.

Acabei por chamar-lhe Lee num esforço para vestir nas palavras, o que muitos não querem ver dentro dos lares. Um ano depois. Pergunto-me, não apenas como estará Lee, mas como estará qualquer ser humano – eliminando sexismos – quando esbar-rar no silêncio, não só porque o corpo se imobiliza mas o coração enfraquece.

E Lee é apenas o exemplo do que se quer conti-nuar a esconder com um diploma, que ao invés de proteger as vítimas quer simular quadros de har-monia. Sentar, apenas, a uma mesa e conversa, pe-dir ou exigir, que as mãos de um agressor, que jurou amor eterno, não voltam a subir à cabeça, acabar com o crime, impune, cometendo outro crime: o da promessa, sem garantias, na crença frágil de que to-dos os enlaces são para sempre, mesmo quando os olhos vêem a morte.

Lee disse-nos sem conseguir segurar as lágri-

Silêncios que matam

mas. Aguentou cinco anos. E só quando viu os móveis transforma-rem-se em armas nas mãos de um homem, conseguiu pegar no telefone. E ecoar: “vi a minha filha chorar num canto e percebi que se não o afastas-se podia morrer pela violência”. Cinco anos depois de um corpo marcado, de uma fuga a Henan para contar à família e desistir, e perdoar. Venceu em-bora já ninguém pos-sa apagar os crimes, diários, repetidos e nem esquecer que o silêncio, às vezes, mata. Mas continuem a dormir descansados senhores governantes. Cúmplices do silên-cio.

*Jornalista do JTM

didaScÁLiaS Fátima Almeida*

que é garantia o nome de Adolfo Lou-reiro, honra da engenharia portuguesa, no porto de Macau, se depois disso mais que uma vez na realização das respecti-vas obras se tem falado, porque se não tem elas realizado? Desleixo dos gover-nos ou incompetência da execução?”. A resposta é, no mínimo, surpreendente: “mal se iniciaram essas obras, que eram simples e para as quais havia verbas disponíveis no orçamento da Provín-cia, foram suspensas, hoje por um mo-tivo, no dia seguinte por outro e afinal unicamente porque ….eram realizadas por administração directa da Estado”. Como se observa, já eram poderosos os interesses locais, mais de predominância sino-portuguesa do que luso-chinesa. Mais tarde o engenheiro Castel Branco irá propor o sistema de dragagens cujo financiamento so seria possível median-

te a concessão do exclusivo dos jogos e do ópio.

A segunda incumbência, claramente no âmbito da economia política, decorre da resposta a esta pergunta de António José de Almeida: “não poderemos nós enveredar pelo são caminho da supres-são dessas impuras fontes de receita e aproveitar o movimento comercial do porto como base limpa do regímen fi-nanceiro da colónia?”. A resposta do di-rector das Obras Públicas é moralmente eloquente: “impõe-se a remodelação do seu regime financeiro. De baseá-lo na exploração dos vícios deve, precisa e há-de passar-se a baseá-lo na prosperi-dade do comércio e da indústria”. O ju-ízo moral é contundente: “o vício polui, enxovalha, quem o exerce e até quem o consente, quanto mais quem o explora em seu proveito”. Mas o pragmatismo aconselha alguma prudência porque as rupturas poriam em causa o Território: “não só, porém, a supressão imediata do actual regime do viver de Macau, quan-do fosse possível, representaria talvez a supressão imediata, a paralisia absoluta do seu comércio e da sua indústria – tal a intensidade, secular e etnográfica, moral e material, da ligação entre eles – como representava, sem dúvida, insuperável obstáculo á realização dos melhoramen-tos basilares da sua desejada transfor-mação social e económica”. E que mais

se seguiria? “o regímen em que lhe falei é de transição. Lançaremos mão dele justa-mente para com ele acabar. Findo o prazo da concessão dos novos melhoramentos, brotariam novas fontes de receita, nova vida, nova Macau – já não a Mónaco nem a Roma do Oriente – mas um centro de ac-tividade e de trabalho, digno da tradição que a enaltece e do País que a patrocina. É como a revolução, um mal que o meu amigo aconselha e defende, para nele as-sentar, segundo o seu modo de ver, cheio de fé e de crença, a prosperidade do País, a nova Pátria portuguesa”.

Este programa configurava uma ver-dadeira revolução em Macau. Sabemos todos o destino da bela utopia que orna-va este pensamento unidimensional.

A Revista “Alma Nacional” publicou-se pela última vez no dia 29 de Setembro. No dia 5 de Outubro eclodiu a República

e António José de Almeida toma posse como Ministro do Interior.

Em Macau, o regime republicano foi proclamado na varanda do Leal Senado, pelo Governador de Macau , Capitão Eduardo Marques, no dia 12 de Outubro, perante uma pequena multidão onde se divisavam Camilo Pessanha, Manuel da Silva Mendes, Álvaro de Melo Machado, António do Nascimento Leitão ou Fer-nando José Rodrigues. Curiosamente, foi hasteada “a nova bandeira nacional, encarnada e verde, com tralha encarna-da”, como se lê na Acta dessa cerimónia histórica. Mas, que bandeira provisória seria essa? Provavelmente um projecto de bandeira nacional na posse de algum republicano maçónico. Só no dia 29 de Outubro é que uma comissão compos-ta por João Chagas, José Palla, Ladislau Parreira, Columbano Bordalo Pinheiro e Abel Botelho apresentou um relatório para a escolha da nova bandeira.

Após a partida do Governador Edu-ardo Marques em Novembro de 1910, re-gressou a instabilidade governativa com a interinidade de João Marques Vidal e Álvaro Melo Machado.

A República tinha chegado.[Paradela de Abreu Editores publicou

a Revista “Alma Nacional” em fac-símile, em 2010, prestando um inestimável ser-viço à cultura portuguesa].

*Docente e investigador. Ex residente em Macau.

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ASSoCIAÇÃo DoS ANTIGoS ALUNoS DE SEMINÁRIo DE S. JoSÉ DE MACAU

Ocorrendo no próximo dia 19 de Março a festa de S. José, Patrono do Seminário de S. José, vai ser celebrada na Igreja deste Seminário, pelas 18:00 horas, uma missa solene, cantada em Latim, por Sua Rev. o Bispo D. José Lai, à qual estão convidados a participar todos os antigos alunos daquele Seminário e os fiéis que queiram associar-se.

Após a missa, haverá um convívio entre os antigos alunos do Seminário, no Restaurante “Tak Hing”, Avenida Infante D. Henrique, Nº. 23, seguido de jantar.

Os antigos alunos do Seminário interessados em participar nesse jantar, podem inscrever-se até ao dia 12 de Março junto de qualquer um dos seguintes membros da Comissão Organizadora, mediante o pagamento de $300,00:

Telemóvel : • José Cabral - 66612500 • Alberto Santos - 66611688 • Rufino Ramos - 66393345 • Sebastião Rosa - 66283226

18 JTM | LAZER Sexta-feira, 08 de Março de 2013 Sexta-feira, 08 de Março de 2013 JTM | LAZER 19

Kate Moss e victoria Beckham retratadascomo monarcas britânicas

A revista de moda do Sunday Times vai revelar em breve a sua lista dos mais bem vestidos, e, para a ocasião, apresentou Kate Moss e Victoria Beckham em retratos como se pertencessem à monarquia britânica. A modelo, de 39 anos, surge “na pele” da rainha Elizabeth II, num quadro inspirado no retrato da monarca pintado por Chris Levine. Já Victoria Beckham aparece numa imagem evocativa da rainha Victoria, com um colar de diamantes e coroa a completar.

Tempos livresMarília Coutinho

Os meus passatempos preferi-dos são a pintura e a joalharia, e tenho vários álbuns na minha

página do Facebook onde mostro al-guns trabalhos. A minha pintura não tem uma técnica especial. Aprendi pintura em porcelana, mas por ser um passatempo muito dispendioso optei por tentar pintar acrílico em tela. É uma pintura espontânea, mas tem a

ver com os lugares onde fui passando ao longo da mi-nha vida, por isso, defino-os como sendo as minhas memórias ilustradas. No Paquistão pintei o quotidiano do povo, especialmente das mulheres, e na Indonésia o fascínio pelo místico. É na joalharia que procuro a ener-gia, ou seja, como trabalho as pedras, elas transmitem-me a energia necessária para enfrentar o meu dia-a-dia. Também gosto de ler, e adoro tudo o que tenha a ver

com amor e coisas românticas, mas ao mesmo tempo nos dá a conhecer outros povos e culturas. Aconselho o livro “Uma Burka por Amor”, de Reyes Monforte, que foi um dos que mais me marcou. Pode-se dizer que tenho três paixões na vida, que compõe tudo o que me rodeia. A família e os amigos, com quem tento passar o maior tempo possível, a pintura e a joalharia, dependendo do meu estado de espírito.

Gente Gira Coordenação:Pedro André Santos

Envie as suas fotos para: gente.gira@yahoo.com

Festa com toque de CarnavalRebeca Fellini esteve numa festa que, apesar de ser com máscaras, foi de Pré-Carnaval, servindo para celebrar o aniversário da irmã Natasha. Foi um evento muito animado e divertido, contou ao GENTE GIRA, surgindo na imagem com o namorado Daniel, a outra irmã Giuliana, a mãe Carla e Cam, um amigo da família.

uma experiência a repetirNicole Chan aproveitou o Ano Novo Chinês para passar férias na Tailândia. Um dos momentos que mais gostou foi a oportunidade de experimentar jetski, uma experiência que será para repetir. Das férias destacou ainda as praias e a comida local, sobretudo o marisco.

Presentes para os mais velhosSara Hung e Nina Cortes surgem animadas nesta fotografia tirada durante um workshop. As duas jovens fazem parte de uma equipa de voluntários da Universidade de Macau, e estão a fazer molduras que serão entregues no centro de idosos no domingo.

Aniversário entre amigosBrenda Mendonça comemorou ontem o seu aniversário, mas a celebração começou na véspera com um jantar, num restaurante tailandês, na companhia de Sandra Luz, Luís Sou, José Giga e Vanessa Estorninho. Sandra Luz enviou esta fotografia ao GENTE GIRA desejando as maiores felicidades à amiga, acrescentando ainda que foi a cozinheira do bolo de aniversário. Muito apreciado por todos, contou!

Kate Hudson sensualna revista “Glamour”Kate Hudson realizou uma sessão muito sensual para o número de Abril da revista “Glamour”. A actriz revela que se mantém em forma “dançando, fazendo Pilates e correndo atrás de Bing (um dos seus filhos)”. Sobre a decisão de se dedicar à representação, a actriz refere que “há uma falsa ideia de que se temos pais famosos [os actores Goldie Hawn e Kurt Russell] procuramos a fama apenas pela fama”. A actriz já tinha posado sem roupa para a revista “InStyle”, em 2009.

um talento descoberto na praiaAlice Goodwin é uma modelo inglesa que foi descoberta por uma equipa do “Daily

Star” enquanto apanhava banhos de sol numa praia em Bournemouth. A partir daí, a sua carreira “disparou”, tendo já posado para algumas das mais prestigiadas revistas. Em 2009 foi mesmo considerada pela “Zoo Magazine” como a “mulher mais quente”

em topless. Actualmente pode ser vista na Elite TV, onde está desde 2010.

Rihanna promove colecção de moda em LondresRihanna promoveu esta semana, em Londres, a sua colecção de moda que desenhou para a River Island. Sorridente, a cantora acedeu aos pedidos dos fãs que a esperavam em Oxford Street, tirando algumas fotografias. “Desenhei cada peça de forma a que eu a usasse. Acho que os meus fãs confiam no meu estilo e vão divertir-se com esta colecção”, afirmou Rihanna à “Grazia”

20 ÚLTIMA Sexta-feira, 08 de Março de 2013 • Fecho da Edição • 02:00 horas

terceira prorrogação do contrato da cSr

O Governo anunciou a prorro-gação do contrato de presta-ção de serviços de limpeza

urbana, recolha e transporte de re-síduos adjudicado à CSR Macau - Companhia de Sistemas de Resíduos, Limitada.

Em causa está o tempo para apre-ciação das candidaturas ao novo concurso público que, segundo a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), está condiciona-do pela “quantidade e complexidade considerável das informações e dados constantes das propostas sujeitas à avaliação”.

A “necessidade de proceder à ava-liação das propostas de modo muito rigoroso, prudente e cauteloso” levou à decisão de prolongar o contrato, que já tinha sido alvo de duas prorroga-ções, a última das quais até Março deste ano. “Para garantir as condi-ções de higiene do ambiente público,

Actual concessionária permanecerá até Outubro deste ano uma vez que a DSPA alega “quantidade e complexidade” das informações a apreciar no concurso público

atendendo ao interesse do público e à imagem da cidade turística de Ma-

cau, assim como à transferência, com sucesso, dos serviços referidos, o Go-

verno da RAEM decidiu prorrogar o prazo da actual prestação de serviços até ao dia 31 de Outubro do corrente ano, nos mesmos termos e condições do contrato assinado”.

A DSPA recebeu cinco propostas para prestação destes serviços nos próximos 10 anos, mas defende-se com necessidades de tradução e so-licitação de esclarecimentos sobre o seu conteúdo. Tudo “para que haja tempo suficiente para se proceder aos preparativos da transferência de tra-balhos”.

Este concurso recebeu propostas com valores que oscilam entre cerca de dois e três mil milhões de patacas e apresentaram-se empresas de Portu-gal, Espanha e do Continente. Envol-to em alguma polémica, foi motivo de uma interpelação escrita ao Governo pelo deputado Pereira Coutinho por alegadas suspeitas de favorecimento à actual concessionária.

100 alunos interessados em saber maissobre como continuar estudos em PortugalCerca de 100 alunos partici-param ontem na sessão de es-clarecimento promovida pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior relativamente à conti-nuação de estudos em Portugal. A sessão contou com a partici-pação de vários responsáveis no território ligados ao ensino e à promoção da língua portuguesa, como o cônsul-geral de Portugal em Macau, Manuel Cansado de Carvalho, o Director do Instituto Português do Oriente, João Lau-rentino Neves, e a Directora do Departamento de Português da Universidade de Macau, Maria Gil Costa, entre outros. Foram apresentados, de forma deta-lhada, o regime do ensino superior, as bolsas de mérito, as condições e as formalidades de ad-missão às escolas superiores públicas mas também informações sobre os cursos e as propinas das várias universidades em Portugal.

rita Fan não acredita que raeHKterá sufrágio universal em 2017A delegada de Hong Kong à Assembleia Nacional Popular chinesa Rita Fan alertou ontem a população do território para não esperar muito progresso no senti-do do sufrágio universal na pró-xima eleição do Chefe do Execu-tivo, em 2017. Citada pela Rádio e Televisão de Hong Kong, Rita Fan comentava as declarações de um membro da nova liderança chinesa, Yu Zhengsheng, que dis-se que um Chefe do Executivo que não concordasse com o Governo Central seria prejudicial tanto para o território como para a China ao observar que forças subversivas estão a crescer em Hong Kong. Fan acrescentou que Zhang afastou, no entanto, a sugestão de Pequim estar a colocar maior ênfase no princípio “um país” do que “nos dois sistemas” que vigoram em Hong Kong. Em 2007, Pequim indicou que a população de Hong Kong poderia escolher o seu Chefe do Exe-cutivo em 2017 e os deputados ao Conselho Legislativo em 2020.

berlusconi condenado por violação de segredo de justiçaO ex-primeiro-ministro italiano e magnata dos meios de comu-nicação Silvio Berlusconi foi condenado ontem a um ano de pri-são por violar o segredo de instrução no caso Unipol, disseram fontes judiciais. Segundo a acusação, Berlusconi, que recorrerá da sentença, divulgou ilicitamente no “Il Giornale”, jornal de propriedade de sua família, notícias e escutas telefónicas pro-tegidas por sigilo judicial. A condenação ocorre num momento em que Berlusconi enfrenta dois outros processos por acusa-ções de fraude fiscal e de ter pago por sexo a uma prostituta menor de idade. Berlusconi nega qualquer irregularidade.

cortejo de chávez paralisou caracas durante sete horasUma multidão ocupou as principais ruas da capital da Ve-nezuela para se despedir do Presidente Hugo Chávez, que morreu aos 58 anos vítima de cancro. O carro com o corpo do homem que governou o país nos últimos 14 anos saiu do hospital rumo à Academia Militar e, durante quase sete horas, o cortejo foi acompanhado por milhares de pessoas que praticamente paralisaram Caracas. As novas eleições presidenciais serão realizadas no prazo de 30 dias, sendo que Nicolás Maduro, o presidente interino, deverá enfren-tar Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda.