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Pesquisar N°3301 (Nova Série), Terça-Feira, 27 de Outubro de 2009 GRANDE PARTE DOS EXPOSITORES DIZ TER CONSEGUIDO REALIZAR BONS CONTACTOS Empresas fazem balanço positivo da participação na Feira Uns vieram para estudar o mercado, outros para promover os seus produtos, mas grande parte tinha como principal objectivo “caçar” clientes. No último dia da Feira Internacional de Macau, o JTM entrevistou alguns participantes e quase todos afirmaram ter realizado contactos importantes. A concretização, essa fica para mais tarde, acreditam RAQUEL CARVALHO Para os que estão a jogar em casa, a ambição passa por mostrar produtos e cativar potenciais clientes. Já muitos dos que vêm de fora trazem olhos arregalados e apalpam terreno. Entre estreantes e expositores regulares, embora a feira não seja o local onde se assinam grande parte dos contratos, todos vêem o certame como um primeiro empurrão para futuros negócios. De ano para ano, a Feira Internacional de Macau (MIF) “tem sido melhor” e “traz resultados a longo prazo”, dizem os empresários já com vários anos de participação na bagagem. A “Casa de Angola Internacional” é prova disso. Já inserida no mercado do território e pelo quarto ano a participar na MIF, Rui Pedro Moreira, CEO da empresa portuguesa, afirmou em conversa com o JTM que a presença na 14ª MIF “correu bastante bem”. “Os nossos dois grandes objectivos eram contactar com clientes e apresentar novos produtos”, essas metas acabaram por ser largamente ultrapassadas. De acordo com o representante da empresa, foi possível iniciar os “primeiros contactos com Hong Kong, além de terem sido efectuados contactos com importadores para a China Continental”. Esses negócios ainda não estão em fase de concretização, mas sim de “estudo”. Contudo, depois do trabalho de casa – que será realizado em Portugal - “no próximo ano os contactos poderão vir a florescer”. Por outro lado, na própria feira, a “Casa de Angola Internacional” conseguiu fechar alguns negócios de exportação. “São contentores com mistos de mercadorias” que, segundo Rui Pedro Moreira, têm “potencial para serem encomendas regulares”. Tendo em conta os elos criados, o CEO da Casa Angola Internacional não tem dúvidas de que esta foi, até agora, a “melhor participação” de sempre no certame. PROBLEMAS. Também pela quarta vez na MIF e fazendo uma avaliação geral, Antunes Gonçalves, da empresa portuguesa “Galapa”, entende que a 14ª edição da MIF foi a “melhor de todas” em que participou. “Temos vindo a procurar representantes para os nossos produtos, mas nos últimos anos tal não foi possível, desta vez acho que conseguiremos concretizar essa ambição”, salientou o responsável. No entanto, “ainda falta obter a confiança dos eventuais compradores e acreditar mais nos produtos, porque não são muito comuns em Macau”. Já que o mercado do território não é “muito grande para a nossa oferta, a ideia é usar Macau como porta de entrada na China”. Por isso, os novos contactos e os mais importantes foram essencialmente “com Hong Kong, o Continente chinês, a Coreia e o Japão”. Embora as ligações realizadas possam ser sinais de futuros negócios, Antunes Gonçalves sai da 14ª edição da MIF com um amargo de boca, colocando mesmo em causa a participação da “Galapa” no próximo ano. “Tem de haver uma modificação nas exigências que são feitas pela alfândega”, reivindica o representante da empresa. “Trouxemos produtos novos congelados que foram impedidos de entrar pela inspecção geral, alegando que a saúde pública poderia estar em risco”, explicou. A justificação usada não corresponde à verdade, entende o responsável, que acredita que os produtos estavam em perfeitas condições para consumo. A medida das autoridades redundou, diz Antunes Gonçaves, num “prejuízo enorme de cerca de 50 kg de produto”. “Para o ano, se viermos não sei como vamos trazer os produtos”, confessa o responsável, em tom de preocupação. Sem se confrontar com contratempos e trazendo objectivos diferentes em mente, a empresa do território “San You Development CO. LTD” diz que, do ponto de vista promocional, o balanço é positivo. “Foi muito bom para divulgarmos o nosso novo empreendimento, junto às Portas do Cerco”, analisou Ken Chen, manager do Departamento de Marketing. Ao longo dos três dias de feira, “houve muitas pessoas a mostrarem interesse em comprar e algumas ficaram de ligar mais tarde”, sustentou. O responsável acrescentou ainda que a feira em geral recebeu mais visitantes do que nos últimos anos, factor que terá contribuído para a concretização de semelhantes objectivos. ESTREANTES. Também com intuitos promocionais chegou a empresa americana “East Side Properties” que, segundo Amy Kwan, conseguiu obter bons contactos. Contudo, a promotora entende que a feira talvez seja demasiado “grande e vertical”, centrada em determinadas áreas. Ainda assim, “foi bom para o negócio, uma vez que o grande objectivo era promover a minha empresa e já não esperávamos à partida assinar contratos”. Por sua vez, Lina Joaquim Timba veio de Moçambique a Macau com o desejo de observar uma realidade diferente. Pela primeira vez no certame, a gerente de venda de louças e olaria da empresa “Revelação Cash África” afirma que a presença na Feira Internacional de Macau (MIF) foi muito positiva. “Consegui reunir informação sobre o mercado asiático”, acrescentado que a próxima fase passa por levar essa informação e “tentar transformá-la em algo mais concreto quando chegar a Maputo”. FEIRA INTERNACIONAL DE MACAU Page 1 of 2 Jornal Tribuna de Macau 28-10-2009 http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=330103006

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Reportagem sobre a Feira Internacional de Macau - MIF 2009. Jornal Tribuna de Macau 28/10/2009

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N°3301 (Nova Série), Terça-Feira, 27 de Outubro de 2009

GRANDE PARTE DOS EXPOSITORES DIZ TER CONSEGUIDO REALIZAR BONS CONTACTOS

Empresas fazem balanço positivo da participação na Feira

Uns vieram para estudar o mercado, outros para promover os seus produtos, mas grande parte tinha como principal objectivo “caçar” clientes. No último dia da Feira Internacional de Macau, o JTM entrevistou alguns participantes e quase todos afirmaram ter realizado contactos importantes. A concretização, essa fica para mais tarde, acreditam

RAQUEL CARVALHO

Para os que estão a jogar em casa, a ambição passa por mostrar produtos e cativar potenciais clientes. Já muitos dos que vêm de fora trazem olhos arregalados e apalpam terreno. Entre estreantes e expositores regulares, embora a feira não seja o local onde se assinam grande parte dos contratos, todos vêem o certame como um primeiro empurrão para futuros negócios. De ano para ano, a Feira Internacional de Macau (MIF) “tem sido melhor” e “traz resultados a longo prazo”, dizem os empresários já com vários anos de participação na bagagem. A “Casa de Angola Internacional” é prova disso. Já inserida no mercado do território e pelo quarto ano a participar na MIF, Rui Pedro Moreira, CEO da empresa portuguesa, afirmou em conversa com o JTM que a presença na 14ª MIF “correu bastante bem”. “Os nossos dois grandes objectivos eram contactar com clientes e apresentar novos produtos”, essas metas acabaram por ser largamente ultrapassadas. De acordo com o representante da empresa, foi possível iniciar os “primeiros contactos com Hong Kong, além de terem sido efectuados contactos com importadores para a China Continental”. Esses negócios ainda não estão em fase de concretização, mas sim de “estudo”. Contudo, depois do trabalho de casa – que será realizado em Portugal - “no próximo ano os contactos poderão vir a florescer”. Por outro lado, na própria feira, a “Casa de Angola Internacional” conseguiu fechar alguns negócios de exportação. “São contentores com mistos de mercadorias” que, segundo Rui Pedro Moreira, têm “potencial para serem encomendas regulares”. Tendo em conta os elos criados, o CEO da Casa Angola Internacional não tem dúvidas de que esta foi, até agora, a “melhor participação” de sempre no certame. PROBLEMAS. Também pela quarta vez na MIF e fazendo uma avaliação geral, Antunes Gonçalves, da empresa portuguesa “Galapa”, entende que a 14ª edição da MIF foi a “melhor de todas” em que participou. “Temos vindo a procurar representantes para os nossos produtos, mas nos últimos anos tal não foi possível, desta vez acho que conseguiremos concretizar essa ambição”, salientou o responsável. No entanto, “ainda falta obter a confiança dos eventuais compradores e acreditar mais nos produtos, porque não são muito comuns em Macau”. Já que o mercado do território não é “muito grande para a nossa oferta, a ideia é usar Macau como porta de entrada na China”. Por isso, os novos contactos e os mais importantes foram essencialmente “com Hong Kong, o Continente chinês, a Coreia e o Japão”. Embora as ligações realizadas possam ser sinais de futuros negócios, Antunes Gonçalves sai da 14ª edição da MIF com um amargo de boca, colocando mesmo em causa a participação da “Galapa” no próximo ano. “Tem de haver uma modificação nas exigências que são feitas pela alfândega”, reivindica o representante da empresa. “Trouxemos produtos novos congelados que foram impedidos de entrar pela inspecção geral, alegando que a saúde pública poderia estar em risco”, explicou. A justificação usada não corresponde à verdade, entende o responsável, que acredita que os produtos estavam em perfeitas condições para consumo. A medida das autoridades redundou, diz Antunes Gonçaves, num “prejuízo enorme de cerca de 50 kg de produto”. “Para o ano, se viermos não sei como vamos trazer os produtos”, confessa o responsável, em tom de preocupação. Sem se confrontar com contratempos e trazendo objectivos diferentes em mente, a empresa do território “San You Development CO. LTD” diz que, do ponto de vista promocional, o balanço é positivo. “Foi muito bom para divulgarmos o nosso novo empreendimento, junto às Portas do Cerco”, analisou Ken Chen, manager do Departamento de Marketing. Ao longo dos três dias de feira, “houve muitas pessoas a mostrarem interesse em comprar e algumas ficaram de ligar mais tarde”, sustentou. O responsável acrescentou ainda que a feira em geral recebeu mais visitantes do que nos últimos anos, factor que terá contribuído para a concretização de semelhantes objectivos. ESTREANTES. Também com intuitos promocionais chegou a empresa americana “East Side Properties” que, segundo Amy Kwan, conseguiu obter bons contactos. Contudo, a promotora entende que a feira talvez seja demasiado “grande e vertical”, centrada em determinadas áreas. Ainda assim, “foi bom para o negócio, uma vez que o grande objectivo era promover a minha empresa e já não esperávamos à partida assinar contratos”. Por sua vez, Lina Joaquim Timba veio de Moçambique a Macau com o desejo de observar uma realidade diferente. Pela primeira vez no certame, a gerente de venda de louças e olaria da empresa “Revelação Cash África” afirma que a presença na Feira Internacional de Macau (MIF) foi muito positiva. “Consegui reunir informação sobre o mercado asiático”, acrescentado que a próxima fase passa por levar essa informação e “tentar transformá-la em algo mais concreto quando chegar a Maputo”.

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