jornal tribuna de macau 27/10/2009

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TERÇA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2009 Desde 1982 ASSOCIAÇÕES INSISTEM NA REVISÃO DO MODELO DO EVENTO Festival da Lusofonia atraiu mais visitantes e novas críticas EXECUTIVO LIDERADO POR SÓCRATES TOMOU ONTEM POSSE Cavaco Silva promete cooperar com novo Governo ÚLTIMA CENTRAIS PÁGS 2 A 5 P6 IAS vai conceder subsídios para incentivar promoção dos direitos das crianças P9 Arena do Venetian vibrou com reencontro histórico entre Sampras e Agassi P7 Campanha eleitoral para AL custou menos de um milhão a metade das candidaturas P15 Liverpool bate ManU e deixa Chelsea no topo da Liga Inglesa de futebol CERTAME CORRESPONDEU ÀS EXPECTATIVAS DA ORGANIZAÇÃO E DAS EMPRESAS PARTICIPANTES MIF registou maior volume de negócios de sempre DIRECTOR: JOSÉ ROCHA DINIS PREÇO: 10 PATACAS Nº 3301 (nova série) DIRECTOR EDITORIAL EXECUTIVO: SÉRGIO TERRA www.jtm.com.mo FOTO OU MUN Responsáveis de as- sociações ligadas às comunidades de ex- pressão portuguesa radicadas em Macau fizeram um balanço positivo de mais uma edição do Festival da Lusofonia, destacando o crescimento no nú- mero de visitantes e o ambiente de festa instalado na Taipa ao longo do fim-de-semana. No entanto, os dirigentes ouvidos pelo JTM voltaram a dirigir críticas à O Presidente portu- guês prometeu ontem cooperar com o novo Governo de José Só- crates e ser sempre um referencial de estabi- lidade, considerando que qualquer executivo deve ter sempre um ho- rizonte temporal de ac- ção de uma legislatura. Recordando que conhece bem “as dificuldades que tem de enfrentar um Governo minoritário”, Cavaco Silva também defendeu, na tomada de organização do evento, cujo modelo entendem dever ser alvo de revi- são, incluindo na ver- tente orçamental, sus- tentando que as poten- cialidades do Festival estão subaproveitadas. Por isso, nas próximas edições, esperam contar com maior apoio do Governo por forma a reforçar o impacto de uma festa que contribui para sublinhar a diversidade cultural do território. posse do Executivo, a necessidade de se fomentar uma “cul- tura de negociação” assente no diálogo e na procura dos consensos possíveis. Reiterando empenho na coopera- ção institucional com o Presidente, José Só- crates assegurou, por sua vez, que encara o diálogo político e social como um “valor” e a condição para a “estabi- lidade”. CULTO DOS ANTEPASSADOS. Ontem, Macau comemorou o dia de Chong Yeong. Durante o feriado, celebrado ao nono dia do nono mês do calendário lunar, foram em grande número as pessoas que se deslocaram aos cemitérios para limpar as campas, lançar papagaios de papel como uma forma de prestar culto aos antepassados.

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Noticia sobre a feira internacional de Macau - MIF 2009 no Jornal Tribuna de Macau, edição impressa de 27/10/2009 da pag 2 a 5

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Desde 1982

ASSOCIAÇÕES INSISTEM NA REVISÃO DO MODELO DO EVENTO

Festival da Lusofonia atraiumais visitantes e novas críticas

ExECuTIVO LIDERADO pOR SóCRATES TOMOu ONTEM pOSSE

Cavaco Silva promete cooperar com novo Governo

últimacentrais

págs 2 a 5

p6

IAS vai conceder subsídios para incentivar promoçãodos direitos das crianças

p9

Arena do Venetian vibrou com reencontro históricoentre Sampras e Agassi

p7

Campanha eleitoral para ALcustou menos de um milhãoa metade das candidaturas

p15

Liverpool bate ManUe deixa Chelsea no topoda Liga Inglesa de futebol

certame correspondeu às expectativas da organização e das empresas participantes

mif registou maior volume de negócios de sempre

director: José rocha dinis preço: 10 patacas nº 3301 (nova série)director editorial executivo: sérgio terra www.jtm.com.mo

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Responsáveis de as-sociações ligadas às comunidades de ex-pressão portuguesa radicadas em Macau fizeram um balanço positivo de mais uma edição do Festival da Lusofonia, destacando o crescimento no nú-mero de visitantes e o ambiente de festa instalado na Taipa ao longo do fim-de-semana. No entanto, os dirigentes ouvidos pelo JTM voltaram a dirigir críticas à

O Presidente portu-guês prometeu ontem cooperar com o novo Governo de José Só-crates e ser sempre um referencial de estabi-lidade, considerando que qualquer executivo deve ter sempre um ho-rizonte temporal de ac-ção de uma legislatura. Recordando que conhece bem “as dificuldades que tem de enfrentar um Governo minoritário”, Cavaco Silva também defendeu, na tomada de

organização do evento, cujo modelo entendem dever ser alvo de revi-são, incluindo na ver-tente orçamental, sus-tentando que as poten-cialidades do Festival estão subaproveitadas. Por isso, nas próximas edições, esperam contar com maior apoio do

Governo por forma a reforçar o impacto de uma festa que contribui para sublinhar a diversidade cultural do território.

posse do Executivo, a necessidade de se fomentar uma “cul-tura de negociação” assente no diálogo e na procura dos consensos possíveis. Reiterando empenho na coopera-ção institucional com o Presidente, José Só-crates assegurou, por

sua vez, que encara o diálogo político e social como um “valor” e a condição para a “estabi-lidade”.

CULTO DOS ANTEPASSADOS. Ontem, Macau comemorou o dia de Chong Yeong. Durante o feriado, celebrado ao nono dia do nono mês do calendário lunar, foram em grande número as pessoas que se deslocaram aos cemitérios para limpar as campas, lançar papagaios de papel como uma forma de prestar culto aos antepassados.

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02 localFeira iNTerNaciONal de MacaU

AGÊNCIA GARANTE ApOSTA NO TERRITóRIO COMO pONTE pARA A CHINA

AICEp acredita no potencial do mercado de Macau A AICEP aposta na China como mercado prioritário para diversificar as exportações nacionais, a par de Angola e Brasil, e em Macau

como ponte estratégica para as marcas portuguesas chegarem ao gigante asiático, defendeu o administrador, Luís Florindo

RAEM ASSINOu MAIS DE 90 pOR CENTO DOS ACORDOS REALIZADOS

MIF registou maior volume de negócios de sempreBateu todos os recordes. Mais participantes de países e regiões diferentes, visitantes, bolsas de contacto e acordos de cooperação construíram o maior

certame de sempre. A dimensão da 14ª Feira Internacional de Macau traduziu-se em mais de 4,3 mil milhões de patacas transaccionadas

Luís Florindo, que marcou presença na Feira Internacional de Macau, salientou em decla-rações à Agência Lusa que os mais de mil milhões de euros de investimento nacional em Macau são sinal de que ”continua a existir compromisso com a região e a crença nas oportunidades e no potencial que existem para crescer”, dez anos após a transição do exercício de soberania.

“Do lado das autoridades regionais continua a ser cumprido o espírito daquilo que foi o acordo da transferência e, do lado português, não podemos deixar de aproveitar a vantagem que temos da presença portuguesa em Ma-cau, entre quadros qualificados e empresas”, salientou.

O administrador executivo da AICEP (Agên-cia para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) constata que Macau “não é um mercado fácil para o investimento directo português”, mas que tem grande potencial, especialmente na área do comércio, para as empresas nacionais poderem vir a trabalhar a Grande China.

A proximidade cultural a Portugal, a questão linguística, os benefícios fiscais e a integração

raQuel carvalHo

Tinha sido anunciado anteriormente e após a realização do certame foi comprovado: a 14ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), que decorreu entre os dias 22 e 25 deste mês, foi mesmo a maior de sempre. Até ao meio da tarde de domingo foram registadas 60 mil entradas, mais 21 por cento do que na edição anterior, com o volume de negócios a ascender as 4,3 mil milhões de patacas. Este valor corresponde a um aumento de 30 por cento relativamente ao ano anterior.

Que a dimensão e o número de países e regiões participantes ia ultrapassar os sinais dos anos anteriores já se sabia. Agora que a MIF ia bater todos os recordes era algo que seria necessário verificar na prática. “Em termos de participantes, visitantes, as-sinaturas de protocolos conseguimos um ênfase considerável”, confirmou o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Lee Peng Hong, no domingo. “De modo geral estamos muito satisfeitos com os resultados imediatos que obtivemos”, concluiu o responsável.

Segundo dados da organização, dos 60 mil visitantes, oito mil corresponderam a visitantes profissionais, ou seja, mais 43 por cento do que no ano anterior. Protocolos e seminários também foram donos de números consideráveis. No total, realizaram-se 1.032 sessões de bolsas de contacto; foram assinadas 60 cartas de intenção, memorandos de entendimento e acordos de cooperação; para além de 36 fóruns, conferências, seminários e apresentações, com mais de cinco mil participantes.MACAU EM DESTAQUE. Os 4,3 milhões de patacas re-sultaram de acordos celebrados em áreas como a produção,

na China são, de acordo com Luís Florindo, as principais vantagens do mercado de Macau.

“Muitos dos investimentos portugueses que existiam em Macau antes da transição perma-neceram e felizmente têm surgido projectos novos, como a Olá Café e a clínica Maló – que abriu recentemente no hotel The Venetian – o

que é um sinal para outros portugueses de que existem oportunidades deste lado que vale a pena aproveitar”, acrescentou.

Os bens de consumo, de equipamento e os produtos de marca, designadamente de vestu-ário e calçado, são as principais apostas das empresas nacionais para o desenvolvimento

de negócios em Macau.Tendo por base o grande objectivo de diver-

sificar as exportações, com vista à redução da dependência face aos mercados tradicionais, como a Espanha, a AICEP classifica a China como um “mercado estratégico e prioritário” e aposta em Macau como “plataforma para conseguir colocar mais produtos portugueses no mercado chinês”, afirma.

“Atendendo a que a China representa ape-nas quatro por cento do total das exportações portuguesas e tendo em conta a dimensão que tem e o seu ritmo de crescimento, apostamos no mercado chinês para nos ajudar à diversifica-ção de exportações, a par de Angola e Brasil”, sustentou Luís Florindo.

Apesar de Angola e Brasil demonstrarem uma maior dinâmica nas relações comerciais com a China, o administrador da AICEP con-sidera que a situação não invalida que Portugal esteja activo, colocando de parte a tese de que Portugal poderá estar mais “tímido” no contex-to das relações da lusofonia com a China.

Na Feira Internacional de Macau marcaram presença 15 empresas portuguesas que busca-ram oportunidades de negócio com a China.

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distribuição de produtos electrónicos, organização de feiras e convenções, sector imobiliário, protecção ambiental, entre ou-tras. As empresas locais estiveram envolvidas em grande parte desses contratos, tendo realizado mais de 90 por cento dos acor-dos assinados. A seguir a Macau, denotou-se – de acordo com os números avançados – o peso da República Popular da China, de Hong Kong, Vietnam, Malásia, Portugal, Guiné-Bissau, Brasil, Japão, Roménia, Filipinas, Rússia, Taiwan e Singapura.

O director executivo do IPIM, Jackson Chang, sublinhou a importância dos países de língua portuguesa, bloco que – nas palavras do responsável - assumiu na MIF uma “presença forte”. Quanto à predominância de Macau ao nível dos acordos de co-operação realizados, o IPIM explicou que se trata do resultado de uma estratégia de diversificação do tecido económico do território, algo que resultou “no enriquecimento da feira”. O Pavilhão de Macau serviu para fazer uma apresentação sobre o desenvolvimento e os resultados alcançados por Macau na última década, enquanto que o Pavilhão Industrial e do Comér-cio de Macau foi utilizado como meio para mostrar os produtos fabricados no território e os produtos de produtores estrangeiros com agentes na RAEM.

A aposta nas Pequenas e Médias Empresas (PME’s) foi outro dos aspectos salientados pelo IPIM, em jeito de balanço. Este ano, a exposição das PME’s contou com a participação de 143 expositores, tendo como objectivo “mostrar e disponibilizar para venda uma vasta gama de projectos e serviços, com vista a abrir os mercados no Interior da China e no estrangeiro”. Esse número conduziu ao crescimento da zona dos “stands” em 50 por cento.

QUATRO FEIRAS. Mas como se explica, afinal, um au-mento tão significativo do volume de negócios? Por um lado, através do novo plano “Uma Viagem, Vários Destinos”; por outro, através da diminuição dos efeitos da crise económica mundial, nomeadamente devido a medidas que procuraram neutralizar essa maré negativa, sublinharam os organizadores do certame.

Para além das consequências positivas sobre a MIF, os responsáveis do IPIM lembraram que o plano “Uma viagem, Vários Destinos” resultou também em benefícios para as outras feiras da região, nomeadamente a “China Yiwu International Commodities Fair”, a 10ª “China Import and Export Fair” e a “Schenzhen Toys and Gifts Fair”. No âmbito deste projecto, a organização disponibilizou o transporte e organizou delega-ções comerciais de Macau, dos países de língua portuguesa, do sudeste asiático e de outros países, proporcionando-lhes a oportunidade de participarem nas quatro feiras.

Para além de terem tentado – e conseguido - alcançar recordes monetários, os organizadores procuraram ainda pintar o certame de um tom mais “verde”. Cerca de 80 por cento dos “stands” usaram materiais especialmente embalados, dos quais 60 por cento foram feitos com matérias recicláveis.

De acordo com o presidente do IPIM, a Universidade de Macau está a conduzir “um inquérito junto dos expositores e empresários que visitaram a feira” no sentido de apurar os aspectos a melhorar no futuro. A próxima edição, já com data marcada – 21 a 24 de Outubro de 2010 – deverá passar por receber ainda “mais visitantes profissionais”, defendeu um dos membros da organização.

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03localFeira iNTerNaciONal de MacaU

“Esta foi uma iniciativa governamental, é a primeira vez que participamos na MIF. Não viemos com pretensões comerciais, mas sim com o objectivo de mostrar e dar a conhecer os nossos trabalhos. Sentimos uma boa reacção por parte das pessoas, muitas vieram ver e ficaram interessadas. O saldo é muito positivo, pois a nossa ambição passava pela divulgação. Pensamos regressar no próximo ano”.

“Decidimos participar na feira com a esperança de encontrar clientes estrangeiros. Mas percebemos que a maior parte dos interessados são do Continente. Viemos mostrar pela primei-ra vez – até porque esta é uma empresa que tem apenas um ano de vida – vestidos de noiva e de noite. Nos últimos dias, muitas pessoas fizeram reservas. Queremos continuar a pro-mover a marca, por isso tencionamos voltar no próximo ano. Esperávamos ainda assim mais visitantes, foi uma feira muito direccionada para homens de negócio, mas correu bastante bem. No futuro, queremos chegar à Europa, mas sabemos que isso é difícil, porque ainda não temos muita experiência de negócios, é nesse sentido que este tipo de feiras desempenha um papel importante”.

“Viemos pela primeira vez à MIF com a ambição de abrir mer-cados asiáticos, conseguir contactos e possíveis distribuições. Conseguimos partilhar informação e surgiu a possibilidade de fazermos distribuição em Macau. Em termos concretos falta a concretização, mas julgo que isso poderá vir a acontecer até ao início do próximo ano. O conceito da nossa empresa é associar tratamentos a resultados. Criamos soluções para problemas como a celulite, estrias, perda de peso…temos os equipamentos e os consumíveis, nesse sentido não somos mais uma empresa. Na MIF, não encontrámos muitas empresas deste género. Tencionamos voltar nos próximos anos.”

“Já fazemos parte desta feira há quase uma década. Estamos satisfeitos com os resultados crescentes da nossa participação. A Siemens, a Lufthansa, o Gabinete de Turismo da Alemanha são algumas das entidades a suportar esta presença… A Ale-manha vê Macau como uma oportunidade, estando a ganhar uma importância maior. Nesse sentido, a MIF desempenha um importante papel de promoção. Nesta feira, apresentámos cerca de 40 tipos diferentes de materiais de promoção. A MIF não é um sítio para assinar contratos, serve essencialmente para expor, as nossas empresas sentem que é importante marcarem presença como forma de mostrar e impor a marca no mercado. Na minha opinião, a MIF está a melhorar de ano para ano, estamos felizes com isso. Nesta edição, não senti muita diferença em termos de negócios, mas mais do ponto de vista dos participantes. Este ano o nosso ‘stand’ teve mais de dez marcas reresentada. Para o próximo ano, espero que o número seja ainda maior”.

“A nossa área de acção é muito vasta, abrimos um gabinete re-centemente em Macau e estamos numa fase de implementação, trata-se de um local onde vemos grandes possibilidades. Esta participação na MIF ajudou-nos a alcançar mais experiência, além disso conseguimos falar seriamente com dois clientes, encontrámos aí fortes oportunidades de negócio. Analisando de forma geral, julgo que a organização foi excelente, tanto do ponto de vista do espaço, como de transportes ou até dos expositores”.

“É o primeiro ano que estou a participar, aliás é o primeiro ano que este grupo de empresários de Moçambique participa. 70 a 80 por cento dos objectivos foram alcançados. Conseguimos alguns contactos com fornecedores e constátamos formas di-ferentes de trabalhar na área. Por um lado, esperávamos mais empresas directamente relacionadas com construção civil, serviços de hotelaria…Mas o balanço é positivo, serviu para ganharmos experiência e ter uma percepção diferente sobre a realidade internacional”.

ECOSDEpOIMENTOS RECOLHIDOS pOR RAquEL CARVALHO

EuNICE, RESpONSáVEL DA “FujIAN HuIAN HuALAN FIGuRE CARVING STONE FACTORy” (REpúbLICA pOpuLAR DA CHINA)

“Sentimos uma boa reacção por parte das pessoas”

NG SAO CHAN, “AGÊNCIA COMERCIAL NubIANO” (MACAu)

“Tencionamos voltar no próximo ano”

FILIpE ALMEIDA, DEpARTAMENTO DE MARkETING DA “MESOSySTEM” (pORTuGAL)

“Surgiu a possibilidade de fazermos distribuição em Macau”

LICky NG, SECRETáRIO DA “GERMAN MACAu buSINESS ASSOCIATON” (ALEMANHA)

“Alemanha vê Macau como uma oportunidade”

pETER CHOw, MANAGER TéCNICO DO GAbINETE EM MACAu DA “pARSONS bRINCkERHOFF ENGINEERING MANAGEMENT CO., LTD” E STEVEN CHEuNG DO GAbINETE DE HONG kONG (EuA)

“Encontrámos fortes oportunidades de negócio”

AVELINO FONDO, DIRECTOR-GERAL DA “HIDRO CONSTRuÇÕES, LDA” (MOÇAMbIquE)

“Constatámos formas diferentes de trabalhar na área”

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04 localFeira iNTerNaciONal de MacaU

“wine & Gourmet Asia” recebeu mais de mil participantes profissionais

A 3ª “Wine & Gourmet Asia” realizou-se, pela primeira vez, ao mesmo que a Feira Internacional de Macau. À semelhança da MIF, o certame especializado também viu este ano a sua área de acção ser aumentada, tendo conseguido atrair mais de mil participantes profissionais

raQuel carvalHo

Embora tenham existido críticas por parte de alguns expositores, que prefe-riam não ter partilhado o espaço com a Feira Internacional de Macau (MIF), ainda assim o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) faz um balanço po-sitivo da 3ª edição “Wine&Gourmet Asia”. O certame direccionado para as indústrias de comida, vinhos e hospitalidade reuniu cerca de mil participantes profissionais, aponta-ram dados avançados pelo IPIM, no domingo ao meio da tarde.

Dia de abertura da MIFjá fazia adivinhar recordesEstiveram presentes na cerimónia de inauguração da 14ª da Feira Internacional de Macau (MIF), ocorrida na quinta-feira, mais de 3 mil convidados, oriundos de 61 países e regiões, um dado que já fazia adivinhar só por si os recordes de encerramento. No dia em que o Chefe do Executivo, Edmund Ho, conduziu a cerimónia de abertura, o director do Gabinete de Ligação do Governo Central da República Popular da China na RAEM, Bai Zhijian, também marcou presença no certame. O responsável foi acompanhado pelo presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Lee Peng Hong e da Vogal Executiva do mesmo organismo, Echo Chan, tendo trocado impressões com os expositores.

Negócios da América Latina no centro de um seminárioA Associação de Macau para a Promoção das Trocas entre a Ásia-Pacífico e a América Latina organizou, no âmbito da Feira Internacional de Negócios, um seminário sobre “Negócios da América Latina e Turismo”. O principal objectivo foi promover actividades negociais com os pa-íses da América do Sul, bem como enquadrar o ambiente económico e as oportunidades existentes na Colômbia, Chile, México e Uruguai. Promover o estabelecimento de elos de ligação entre empresas do Continente e países da América Latina, usando Macau como plataforma, foi assumida como a ambição máxima. Além disso, durante o seminário, os países da América Latina foram ainda ca-racterizados como locais privilegiados para quem procure viagens de longo curso.

breves

No que toca a sinergias, o director executivo do IPIM garantiu que ambas as feiras conseguiram atrair visitantes profissionais da outra parte, algo que obteve “resultados

satisfatórios”. Durante o evento, a “Wine&Gourmet Asia” terá trazido 2.041 visitantes profissionais à MIF, enquanto que esta organizou cerca de uma centena de bolsas de contacto

para o certame especializado, com vista a proporcionar mais oportu-nidades de negócio e visitantes. No total, e no que diz respeito à Wine&Gourmet, foram realizadas

– segundo Jackson Chang – “1300 sessões de bolsas de contactos”.

Além disso, a área de exposição foi aumentada e o conteúdo foi, salientou a organização, enriquecido através da instalação de pavilhões para os novos países participantes, nomeadamente os países-membros da ASEAN e a Rússia.

A 3ª edição do certame especiali-zado contou com a presença de uma centena de participantes, vindos de países e regiões como Macau, Hong Kong, Austrália, Japão, Filipinas, Singapura, Coreia do Sul, Portugal e Espanha.

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05local

GRANDE pARTE DOS ExpOSITORES DIZ TER CONSEGuIDO REALIZAR bONS CONTACTOS

Empresas fazem balanço positivo da participação na Feira

Uns vieram para estudar o mercado, outros para promover os seus produtos, mas grande parte tinha como principal objectivo “caçar” clientes. No último dia da Feira Internacional de Macau, o JTM entrevistou alguns participantes e quase todos afirmaram ter realizado contactos importantes. A concretização, essa fica para mais tarde, acreditam

raQuel carvalHo

Para os que estão a jogar em casa, a ambição passa por mostrar produtos e cativar potenciais clientes. Já muitos dos que vêm de fora trazem olhos arregalados e apalpam terreno. Entre es-treantes e expositores regulares, embora a feira não seja o local onde se assinam grande parte dos contratos, todos vêem o certame como um primeiro empurrão para futuros negócios. De ano para ano, a Feira Internacional de Macau (MIF) “tem sido melhor” e “traz resultados a longo prazo”, dizem os empresários já com vários anos de participação na bagagem.

A “Casa de Angola Internacional” é prova disso. Já inserida no mercado do território e pelo quarto ano a participar na MIF, Rui Pedro Moreira, CEO da empresa portuguesa, afirmou em conversa com o JTM que a presença na 14ª MIF “correu bastante bem”. “Os nossos dois grandes objectivos eram contactar com clientes e apresentar novos produtos”, essas metas aca-baram por ser largamente ultrapassadas.

De acordo com o representante da empresa, foi possível iniciar os “primeiros contactos com Hong Kong, além de terem sido efectua-dos contactos com importadores para a China Continental”. Esses negócios ainda não estão em fase de concretização, mas sim de “estudo”. Contudo, depois do trabalho de casa – que será realizado em Portugal - “no próximo ano os contactos poderão vir a florescer”.

Por outro lado, na própria feira, a “Casa de Angola Internacional” conseguiu fechar alguns negócios de exportação. “São con-tentores com mistos de mercadorias” que, segundo Rui Pedro Moreira, têm “potencial para serem encomendas regulares”. Tendo em conta os elos criados, o CEO da Casa Angola Internacional não tem dúvidas de que esta foi, até agora, a “melhor participação” de sempre no certame.PROBLEMAS. Também pela quarta vez na MIF e fazendo uma avaliação geral, Antunes Gonçalves, da empresa portuguesa “Galapa”, entende que a 14ª edição da MIF foi a “melhor de todas” em que participou. “Temos vindo a procurar representantes para os nossos produ-tos, mas nos últimos anos tal não foi possível, desta vez acho que conseguiremos concretizar essa ambição”, salientou o responsável.

No entanto, “ainda falta obter a confiança dos eventuais compradores e acreditar mais nos produtos, porque não são muito comuns em Macau”. Já que o mercado do território não é “muito grande para a nossa oferta, a ideia é usar Macau como porta de entrada na China”. Por isso, os novos contactos e os mais importantes foram essencialmente “com Hong Kong, o Continente chinês, a Coreia e o Japão”.

Embora as ligações realizadas possam ser sinais de futuros negócios, Antunes Gonçalves sai da 14ª edição da MIF com um amargo de boca, colocando mesmo em causa a partici-pação da “Galapa” no próximo ano. “Tem de haver uma modificação nas exigências que são feitas pela alfândega”, reivindica o represen-tante da empresa. “Trouxemos produtos novos congelados que foram impedidos de entrar pela inspecção geral, alegando que a saúde pública poderia estar em risco”, explicou. A justifica-

Feira iNTerNaciONal de MacaU

ção usada não corresponde à verdade, entende o responsável, que acredita que os produtos es-tavam em perfeitas condições para consumo. A medida das autoridades redundou, diz Antunes Gonçaves, num “prejuízo enorme de cerca de 50 kg de produto”. “Para o ano, se viermos não sei como vamos trazer os produtos”, confessa o responsável, em tom de preocupação.

Sem se confrontar com contratempos e trazendo objectivos diferentes em mente, a em-presa do território “San You Development CO. LTD” diz que, do ponto de vista promocional, o balanço é positivo. “Foi muito bom para divul-garmos o nosso novo empreendimento, junto às Portas do Cerco”, analisou Ken Chen, manager

do Departamento de Marketing. Ao longo dos três dias de feira, “houve muitas pessoas a mos-trarem interesse em comprar e algumas ficaram de ligar mais tarde”, sustentou. O responsável acrescentou ainda que a feira em geral recebeu mais visitantes do que nos últimos anos, factor que terá contribuído para a concretização de semelhantes objectivos.ESTREANTES. Também com intuitos pro-mocionais chegou a empresa americana “East Side Properties” que, segundo Amy Kwan, conseguiu obter bons contactos. Contudo, a promotora entende que a feira talvez seja demasiado “grande e vertical”, centrada em determinadas áreas. Ainda assim, “foi bom

para o negócio, uma vez que o grande objectivo era promover a minha empresa e já não espe-rávamos à partida assinar contratos”.

Por sua vez, Lina Joaquim Timba veio de Moçambique a Macau com o desejo de ob-servar uma realidade diferente. Pela primeira vez no certame, a gerente de venda de louças e olaria da empresa “Revelação Cash África” afirma que a presença na Feira Internacional de Macau (MIF) foi muito positiva. “Consegui reunir informação sobre o mercado asiático”, acrescentado que a próxima fase passa por levar essa informação e “tentar transformá-la em algo mais concreto quando chegar a Maputo”.

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06 local

wen jiabaodeseja visitaro território

DuZENTAS MIL pATACAS é O MONTANTE MáxIMO A ATRIbuIR A CADA pROjECTO

IAS vai conceder subsídios para incentivarinstituições a promover direitos das crianças

A fim de incentivar as instituições de solidariedade social a promover os Direitos da Criança, o IAS lançou um plano que prevê a atribuição de um subsídio – que pode chegar

às 200 mil patacas –, em troca da realização de actividades de divulgação como “workshops”O Instituto de Acção Social (IAS) lançou um programa de subsídios que visa incentivar as instituições particulares, sem fins lucrativos, de solidariedade social a promover e a desen-volver actividades que promovam os Direitos da Criança consagrados na Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU). Os pedidos para subsídio – cujo montante máximo é de 200 mil patacas – podem ser submetidos até ao final do próximo mês.

De acordo com uma nota do IAS, cada insti-tuição está limitada à apresentação de um pedi-do, sendo que a actividade deve ser concebida individualmente por cada entidade e destinada directamente à população. De resto, o projecto pode ganhar a forma de actividades de grupo, “workshops”, palestras, entre outras.

Já o tema das actividades delineadas pelas instituições deve não só coincidir com os ob-jectivos do projecto de comparticipação, como ter lugar entre 1 de Janeiro e 30 de Junho do próximo ano.

Os princípios fundamentais que o IAS quer divulgar e que estão consagrados na Conven-ção são quatro: não-discriminação, empenho na concretização do interesse superior da criança, o direito de sobrevivência e desenvol-vimento, bem como o respeito pelas opiniões da criança. A Convenção – aplicada em Macau desde 14 de Setembro de 1998 – estabelece

O Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao, ma-nifestou a vontade de visitar Macau. Falando à margem da cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que encerrou no domingo, na Tailândia, Wen Jiabao assegurou não saber ainda se terá oportunidade de estar no território, por ocasião das comemorações do 10º aniversário do estabelecimento da RAEM. Em declarações aos jornalistas, reproduzidas na edição de ontem do “Macau Daily Times”, o Primeiro-Ministro chinês frisou ainda que há muito tempo que gostaria de visitar Macau, esperando poder vir a fazê-lo um dia. O líder do Executivo chinês pronunciou-se também sobre a mega ponte que vai estabelecer a liga-ção entre Macau, Zhuhai e Hong Kong, tendo referido que o Conselho de Estado prepara-se para aprovar, em breve, o projecto.

também critérios nos domínios da manutenção de saúde, da educação e direito, do cidadão, bem como do serviço social para assegurar os direitos da criança.

Os 54 artigos da Convenção e dois protocolos facultativos à Convenção definem pormenoriza-damente os direitos humanos fundamentais que as crianças têm em qualquer parte do mundo, entre outros, o direito inerente à vida, o direito

ao pleno desenvolvimento, ser assegurado o seu bem-estar, evitando ser vítimas de maus tratos e de exploração, direito à plena participação na família e na vida sócio-cultural.

A Convenção consagra quatro princípios fundamentais: não-discriminação, empenho na concretização do interesse superior da criança, o direito de sobrevivência e desenvolvimento, bem como respeito às opiniões da criança.

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07localANGELA LEONG E MAk SOI kuN pASSARAM A FASquIA DOS quATRO MILHÕES DE pATACAS

Metade das listas candidatas à ALgastou menos de um milhão na campanha

Volvido um mês do conturbado escrutínio para a AL, é chegada a hora de fazer contas. E, se Angela Leong gastou 4,8 milhões de patacas na campanha eleitoral e garantiu um assento, à grande vencedora bastaram 1,2 milhões de patacas para conquistar dois. A avaliar pela relação preço/resultado, a estratégia mais bem

sucedida acabou por ser a de Ng Kuok Cheong, cuja lista conseguiu eleger dois deputados mesmo com um orçamento inferior a um milhão de patacas

diana do mar

Metade das listas candidatas à Assembleia Legislativa (AL) pela via directa não chegou a gastar um milhão de patacas na campanha eleitoral. Por outro lado, das 16 pla-taformas que entraram na corrida, duas ultrapassaram a fasquia dos quatro milhões de patacas. Ou seja: cerca de metade do tecto máximo permitido por lei.

De acordo com as contas apresen-tadas pelas 16 listas – e compiladas pelo JTM – a candidatura liderada por Angela Leong bateu o recorde ao investir 4,8 dos 8,9 milhões de patacas permitidos por lei. Lei que define que o limite das despesas de cada lista tem que ser “inferior aos 0,02 por cento do valor global das receitas do Orçamento Geral da RAEM para esse ano”.

Apesar do limite máximo para as despesas de campanha ter motivado inicialmente alguma controvérsia, com analistas políticos a defen-derem que o elevado orçamento poderia abrir caminho a desigual-dades, esta teoria não encontrou um reflexo simétrico nos resultados eleitorais. Kwan Tsui Hang e Lee Chong Cheng, da lista vencedora do escrutínio, por exemplo, garantiram um assento na AL com apenas 1,2 milhões de patacas. Já a lista dos “Kaifong” – outra força de peso – alcançou apenas um lugar na AL, embora tenha tirado partido de mais recursos financeiros (+300 mil pata-cas) nas acções de campanha.

E, se a plataforma liderada pela dupla Chan Meng Kam e Ung Choi Kun, conseguiu a manutenção dos dois assentos com três milhões de patacas, à lista de Ng Kuok Cheong – que, em 2005, foi a grande cam-peã – bastaram pouco mais de 89 mil patacas para alcançar o mesmo objectivo. A lista 15, encabeçada

Deputados definem comissões na quinta-feiraÉ já na próxima quinta-feira que os deputados vão definir – mediante proposta da Mesa – a constituição, o elenco, a designação, bem como a composição e duração das Comissões Permanentes e de Acompa-nhamento da Assembleia Legislativa (AL). Segundo o Regimento da AL, os deputados podem servir, simultaneamente, em mais de uma comissão. A reunião plenária marcada para as 15 horas, arranca com a escolha dos sete elementos que irão integrar a Comissão de Regimen-to e Mandatos que, na última legislatura, foi presidida por Chui Sai Cheong. Constituídas as comissões da AL para a legislatura que agora se inicia, os deputados elegerão ainda um membro para o Conselho Administrativo.

Plataformas lideradas por Angela Leong e Mak Soi Kun foram as que mais gastaram na campanha

Campanha dos operários foi mais carado que a dos empresários nas indirectasOs dez candidatos pelo sufrágio indirecto à Assembleia Legislativa (AL) ficaram virtualmente eleitos, quando formalizaram as respectivas candida-turas. O aparecimento de listas únicas representativas dos quatro interesses traçou o destino. Mesmo assim, as listas tiveram despesas de campanha sobretudo afectas à impressão e afixação de cartazes. E, curiosamente, a lista da “União dos Interesses Empresariais de Macau” – constituída por Ho Iat Seng, Fong Chi Keong, Kou Hoi In e Cheang Chi Keong – foi a mais poupada, ao despender pouco mais de 15 mil patacas. Um orçamento significativamente inferior ao da ala representativa do sector laboral – com-posta por Lau Cheok Va e Lam Heong Sang –, cujas despesas eleitorais ascenderam a 27 mil patacas. A “União dos Interesses Profissionais”, que mantém Chui Sai Cheong e Leonel Alves, registou despesas na ordem das 17 mil patacas. Já as expensas da “Associação União Cultural e Desporti-va Excelente” (a única lista em representação dos interesses assistenciais, culturais, educacionais e desportivos) de Chan Chak Mo e de Vítor Cheung Lup Kwan traduziram-se em mais um dígito comparativamente às outras, atingindo as 189 mil patacas. De acordo com o anúncio das contas, 165 mil patacas terão sido usadas para cobrir os ordenados dos funcionários.

por Au Kam San, gastou um pouco mais na campanha, tendo as despe-sas efectuadas – essencialmente ao nível de propaganda – atingido as 111 mil patacas.“RANKING”. A seguir à lista de Angela Leong, no “ranking” dos que mais investiram recursos na campanha, surgem duas candidatu-ras lideradas por estreantes. A lista “União Macau-Guangdong”, de Mak Soi Kun – que utilizou quatro milhões de patacas – e a “Aliança Pr’a Mudança”, de Melinda Chan, que agarrou o último lugar da AL, após ter despendido 3,4 milhões de patacas nas duas semanas de frene-sim que antecederam o escrutínio.

Para a eleição de um candidato, muito terá contribuído o rol de ac-ções de campanha levado a cabo, mas a campanha não é tudo. Pereira Coutinho, por exemplo, conseguiu ser reeleito e só investiu 579 mil patacas na campanha. Isto quando a plataforma “Observatório Cívico”, encabeçada por Agnes Lam, foi para as ruas com 707 mil patacas e as expensas da lista “Voz Plural, Gentes de Macau”, de Casimiro Pinto, contabilizaram mais de um milhão de patacas.

Ao facto destas duas listas – que cercavam (pelo menos parcialmen-te) o eleitorado de Pereira Couti-nho – terem despendido mais na campanha eleitoral, não será alheia a necessidade de darem a conhecer os seus ideais e de consolidarem as suas figuras junto do eleitorado. Outra lista estreante na corrida à AL foi a lista 13, liderada pelo em-presário Lai Choi Wai, que apostou ainda mais forte na campanha – 1,6 milhões de patacas –, mas também em vão.

Mas cada caso é um caso. Paul Pun, por exemplo, entrou na corrida pela terceira vez, as bandeiras pelas quais se bate são conhecidas, assim

como a sua figura, principalmente entre a franja mais carenciada da

população, mas o secretário-geral da Caritas esteve, mais uma vez, muito longe de se abeirar da casa do povo. Os poucos recursos fi-nanceiros que reuniu para suportar a campanha da candidatura que liderou resultaram dos patrocínios, que equivaleram a pouco mais de 41 mil patacas.

Ficam a faltar as folhas de exercí-

cio da lista “Associação Activismo para a Democracia” de Ng Sek Io e do activista Lee Kin Yun, cujas despesas perfizeram mais de 66 mil patacas, as da “Equipa de Justiça Social”, que ultrapassaram as 105 mil patacas e, por fim, as da “Alian-ça da Democracia da Sociedade”, de Lei Man Chao, que ascenderam as 166 mil patacas.

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CAMpEONATO ASIáTICO DE FóRMuLA RENAuLT

Vitória em Zhuhai mantém Sá Silva perto do título

Luís Sá Silva venceu em Zhuhai a segunda corrida de mais uma ronda do Campeonato Asiático de Fórmula Renault e segurou a liderança da prova

Com a vitória no Circuito Internacional de Zhuhai, o pilo-to angolano residente em Macau manteve a primeira po-sição do campeonato, com uma vantagem de três pontos face ao seu principal adversário, o israelita Alon Day.

De acordo com uma nota da “Asia Racing Team”, equipa do jovem piloto de 19 anos, Sá Silva debateu-se com algumas contrariedades, que obrigaram à troca do propulsor do carro logo após a sessão de qualificação, mas não impediram a conquista do terceiro lugar na grelha de partida e da segunda posição na primeira corrida.

“Eu sabia que seria muito difícil vencer esta corrida partindo da 3ª posição, até porque a nossa estratégia passava por fazer a primeira corrida com pneus usados, enquanto que o

Alon (Day) apostou em pneus novos. Fiz um bom arranque, mas o meu companheiro de equipa (Luca Fe-rigutti) fechou-me a trajectória na primeira curva. Só o consegui ultrapassar à quarta volta”, disse Sá Silva, que viu a primeira corrida encurtada em uma volta devido a um erro na primeira largada.

Já a segunda corrida, disputada na tarde de domingo, decorreu de forma distinta. Uma boa largada possibilitou

Festival de A-Ma atraiu milharesDecorreu ontem a inau-guração da 7ª edição do Festival de Turismo e Cul-tura de A-Ma. Milhares de pessoas dirigiram-se ao complexo cultural da deusa, num dia em que

se assinalou também o culto dos antepassados. Edmund Ho também marcou presença nas festividades, pela última vez na qualidade de Chefe do Executivo. Estima-se que o número de crentes em A-Ma espalhados pelo mundo ronde os 200 milhões. A maioria é proveniente do Interior da China, principalmente de Fujian, onde terá nascido a deusa.

Edmund Ho homenageia fiscalização dos “media”O Chefe do Executivo, Edmund Ho agradeceu ontem durante o jantar da Associação dos Trabalhadores da Imprensa de Macau, o contributo da comunicação social na fiscalização, na crítica e no apoio aos trabalhos do Governo, durante os últimos dez anos. Ao discursar, o líder da RAEM recordou o “modo imparcial e justo” com que órgãos de comunicação social reportaram as actividades políticas mais importantes vividas este ano em Macau, tais como a aprovação da legislação relacionada com o artigo 23 da Lei Básica e as eleições para o Chefe do Executivo e Assembleia Legislativa. “Os órgãos de comunicação social têm vindo a cumprir a sua função fiscalizadora junto da opinião pública relativamente às actividades sociais e ao Governo, o que contribuiu para o progresso social, bem como para elevar a qualidade da governação e estimular a inovação dos trabalhos desenvolvidos pelo Governo”, sublinhou.

Divulgados amanhã resultadosdo estudo sobre Plano do Delta O relatório do Estudo do Plano de Coordenação do Desenvolvimento dos Centros Urbanos da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas vai ser divulgado amanhã no “World Trade Center”, entre as 09h e as 17h, numa conferência conjunta, que contará com a presença do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io. O relatório resulta das investigações realizadas ao longo dos últimos três anos sobre as directivas definidas ao mais alto nível pelas autoridades de Macau, Guangdong e Hong Kong.

breves

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 34/2009(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 12.°, 13.°, 14.° e 16.° do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro conjugados com os artigos 58.°, 72.° n.º 2 e 136.° n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação da transgressora do Auto de Notícia n.º 497/09, de 24 de Agosto de 2009, Ku Hon Meng, sita na Areia Preta, Wan Keng Un, Bl. 2, 5.° andar K, Macau, para no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto de notícia, no valor de Mop$2.500,00, por prática das transgressão laboral previstas no artigo 25.° do Decreto-Lei n.º 40/95/M de 14 de Agosto, que é punido pela alinea c), do n.º 1, do artigo 66.°, do mesmo Decreto-Lei, devendo ainda, nos 10 (dez) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

O Auto de Notícia, a notificação e a comprovante de depósito deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por este Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á lavrado a competente certidão da decisão sancionatória para a sua cobrança coerciva, nos termos da execução fiscal, remetendo em seguida à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 22 de Outubro de 2009.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 35/2009(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 12.°, 13.°, 14.° e 16.° do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro conjugados com os artigos 58.°, 72.° n,º 2 e 136.° n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto de Notícia n.º 519/2009 de 26 de Agosto de 2009, a sociedade “Grupo Koly Limitada”, proprietário da “Sala de Dança com Karaoke de Cidade Império”, com sede na Sul da Marina Taipa-Sul, Rotunda do Dique Oeste, Lote A1, Amenity Block, r/c, na Ilha da Taipa, em Macau, para no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto de notícia, no valor de Mop$8.000,00 (oito mil e quinhentas patacas), por prática das transgressões laborais previstas nos artigos 21.° , 28.° e 47.°, todos do Decreto-Lei n.º 24/89/M, de 14 de Agosto, punidas nos termos do artigo 50.°, n.º 1, alíneas b) e c), todos do Decreto-Lei n.º 24/89/M, de 14 de Agosto, bem como, no mesmo prazo, proceder ao pagamento das quantias em dívidas às trabalhadoras Cheong Ngan Chan e Leong Lai Fan, no valor de Mop$17.132,00 (dezassete mil e cento e trinta e duas patacas), devendo ainda, nos 10 (dez) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova dos pagamentos efectuados.

O Auto de Notícia e a notificação deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, na Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar e é facultado a consulta do processo em causa, instruído por este Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação Judicial, com a remessa do auto de notícia a Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 19 de Outubro de 2009.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

a Sá Silva assumir o comando, que se limitou a gerir, conseguindo mesmo alargar a distância para o seu ad-versário directo.

“Fiz uma partida muito boa e ganhei logo um avanço considerável para o Alon. Depois, como me apercebi que estava mais rápido que ele, optei por controlar a vantagem sem arriscar muito”, afirmou Sá Silva. “A equipa deu-me um bom carro e os problemas que tivemos no início do fim-de-semana foram ultrapassados”, acrescentou.

Numa antevisão à última e decisiva prova, que consi-dera como “um dos maiores desafios” da sua carreira de piloto, Luís Sá Silva promete dar o melhor para “oferecer uma grande alegria” aos seus patrocinadores e ao povo angolano, como forma de retribuir o grande apoio que lhe têm prestado ao longo da temporada.

A derradeira prova da temporada 2009 do Campeonato Asiático de Fórmula Renault está agendada para os dias 14 e 15 de Novembro, novamente no Circuito Internacional de Zhuhai. Entretanto, Luís Sá Silva estará hoje em Ará-gon, Espanha, a testar o monolugar Fórmula Renault 3.5 das “World Series by Renault”, como prémio oferecido pela Renault Sport ao líder do campeonato asiático.

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ESTRELAS DO TéNIS pROTAGONIZARAM “REGRESSO AO pASSADO”

Reencontro entre Sampras e Agassi fez vibrar a Arena do VenetianPete Sampras voltou no domingo a derrotar Andre Agassi num encontro de exibição em Macau, que marcou o regresso

do duelo histórico do ténis sete anos após os dois norte-americanos terem disputado a final do Open dos Estados Unidos

patrÍcia neves*

Ainda não eram 16:00 quando foi anunciada a entrada das duas “lendas” do ténis na arena do hotel The Venetian, sob uma reacção explosiva de alguns milhares de pessoas, que batiam pal-mas e gritavam de forma fervorosa os nomes de Agassi e Sampras, deixando clara a expec-tativa sobre a reedição de alguma rivalidade do passado.

Sob a vibração de “Eye of the Tiger”, dos Survivor, Pete Sampras, 38 anos, teve uma entrada majestosa no court, que não poderia ter uma banda sonora mais adequada ao momento que o tenista ia voltar a partilhar com Agassi, 39, o qual entrou na arena ao som de “Final Countdown”, dos Europe, com a vontade de se desforrar do “eterno rival”.

Num encontro amigável, mas bastante dis-putado, André Agassi prometia uma desforra ao vencer o primeiro “set” por 6-3, mostrando manter ainda grande resposta ao serviço e não dando sinais de problemas no nervo ciático, que esteve na base do final da sua carreira, em Agosto de 2006.

Mas Pete Sampras reagiu e virou o encontro, acabando por vencer os restantes dois “sets” por 6-3 e 10-8, apesar de o público “puxar” por Agassi.

O vencedor de 14 “Grand Slam” voltou a

Duelo entre Sampras e Agassi foi antecedido pelo encontro entre Ryan Harrison e Yuki Bhambri

Agassi não conseguiu a “desforra” frente a Sampras

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ANÚNCIOS JUDICIAIS

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO CíVEL

“JTM” - 27 de Outubro de 2009

Cumprimento de Obrigações Pecuniárias n.º PC1-09-0608-COP-A Juízo Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 22Réus: Fán Mei Leng, Ng Soi Fan e Herdeiros Incertos de Ng Chan lo.

FAZ-SE SABER que nos autos, Juízo e Tribunal acima referidos, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da data da publicação do anúncio, citando os herdeiros incertos de Ng Chan Io, para querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar, sob pena de, não o fazendo, prosseguindo os autos os seus ulteriores termos à sua revelia.

O pedido formulado pelo Autor consiste na condenação dos Réus a pagar a quantia de MOP50.000,00 (cinquenta mil patacas), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa acordada, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição dos Réus.

Macau, 9 de Outubro de 2009.

O Juiz,Ip Sio Fan

O Escrivão Judicial Auxiliar,Iong Mio Leng

provar que continua em forma, depois de em 2007 ter batido Roger Federer em Macau, e a exibir a eficácia do seu serviço, fazendo lembrar a final do Open norte-americano de 2002, o último encontro profissional frente a Agassi, em que Sampras levou a melhor com 33 impressionantes “ases”.

No final, Agassi reconheceu que o embate de domingo lhe trouxe “muitas memórias”, até porque admitiu, em tom humorado, que quando vê Sampras o “passado volta muito depressa”.

“Voltei a testar as capacidades. É um prazer voltar a jogar com Pete, que, como pude hoje [domingo] confirmar, mantém uma capacida-de incomparável de sentir a força da bola”, acrescentou.

Já Sampras voltou a constatar que “Agassi não dá tempo para respirar”, salientando que o rival realizou uma boa exibição, “mantendo um jogo limpo e seguro”.

Antes da magia de Sampras e Agassi, a Arena do Venetian assistiu a um encontro entre as duas

jovens promessas de 17 anos, que treinam na academia onde Agassi iniciou a carreira, na Florida, o norte-americano Ryan Harrison e o indiano Yuki Bhambri, número um do Mundo do escalão júnior, que terminou com um em-pate 5-5.

Numa sessão de cerca de quatro horas de ténis, os quatro jogadores voltaram ao campo para um “set” de pares, com Sampras a fazer equipa com Yuki e Agassi com Ryan, tendo a vitória sorrido mais uma vez à equipa de Sam-pras - por 7-5 -, que consumou o “match-point” com a raquete de Agassi.

“Ahhh... Alguém está nervoso... É para sa-beres o que senti nos anos 90!”, disse Agassi a Sampras, quando estavam empatados no “set” de pares, marcado pela boa disposição dos tenis-tas. Sampras, por sua vez, respondia imitando os “tiques” do rival em campo e o público atirava grandes gargalhadas.

Os dois ex-número um do Mundo, que juntos somam 22 títulos do “Grand Slam”, defronta-ram-se em 34 encontros, cinco dos quais em finais, com 20 vitórias para Sampras, quatro delas a valerem títulos do “Grand Slam”.

O último encontro das “estrelas” antes da exi-bição em Macau foi na final Open dos Estados Unidos de 2002, que terminou com a vitória de Sampras.

* Agência Lusa

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DEFENDEM O EMbAIxADOR E CÔNSuL pORTuGuESES

Festa ajuda a estreitar laços entre a China e a LusofoniaA Festa da Lusofonia celebra a relação que “permanece viva” entre Portugal e Macau e reforça o papel do território

como plataforma entre a China e os países lusófonos, afirmaram o embaixador e cônsul de Portugal

Exposição colectiva revela “alegria” moçambicanaNa Festa da Lusofonia foi inaugurada, no sábado, uma mostra colectiva de artistas contemporâneos de Moçambique. Para o embaixador moçambicano em Pequim, António Inácio Júnior, as obras representam a “luta de libertação e a alegria que o país sente actualmente”

ASSOCIAÇÕES FAZEM bALANÇO pOSITIVO DA FESTA MAS INSISTEM NA REVISÃO DO MODELO ACTuAL

Fim-de-semana animado na Taipa não travou críticas das comunidades lusófonasA maioria dos representantes das comunidades lusófonas radicadas em Macau deu nota positiva ao arraial lusófono, que este fim-de-semana animou as Casas-Museu da Taipa, tendo sido apontado um crescimento no número de visitantes. Continuam, no entanto, as críticas ao orçamento e à falta de visão das autoridades competentes

FeSTiVal da lUSOFONia

O embaixador de Portugal em Pequim, Rui Quartin Santos, e o cônsul-geral de Portugal em Macau, Manuel Carvalho, participaram, pela primeira vez, na Festa da Lusofonia, que consideram dever-se repetir por muitos anos pela importância que assume no estreitamento dos laços entre os países de língua portuguesa e a China.

“É uma festa muito importante porque trata-se de uma manifestação da nossa relação cultural com Macau, que enquanto plataforma entre a China e os países de língua portuguesa tem também no sector cultural uma das áreas mais importantes para exercer esse papel”, disse à Agência Lusa Rui Quartin Santos.

Para o embaixador, as relações culturais assumem também uma “função importante” na manutenção e consolidação dos vínculos entre a lusofonia, Macau e China.

Manuel Carvalho constatou que a Festa da Lusofonia é também uma “festa da partilha, uma maneira popular, acessível e divertida de

olga pereira

A 12ª página do Festival da Lusofonia foi escrita este fim-de-semana e o saldo foi positivo, consideraram alguns responsáveis de associações locais ligadas às comunidades de expressão em língua portuguesa com quem o JTM falou no domingo. Houve consenso no sucesso do arraial e ambiente de festa que se viveu, mas os dirigentes não pouparam palavras duras às autoridades competentes, apontando que existe ainda um subaproveitamento do certame, uma vez que a sua especificidade cultural poderia atrair muitos mais visitantes. Porém, houve um crescimento no número de pessoas que visitaram as Casas-Museu da Taipa. Pelo menos assim observaram responsáveis de quase todos os “stands”, nomeadamente do Brasil, Portugal, Goa-Damão e Diu, Moçambique e Macau.

António Costa, presidente da Associação dos Sãotomenses e Amigos de São Tomé e Princípe, Macau-China (ASMC) foi o único a achar que a quantidade de visitantes manteve-se “mais ao menos ao mesmo nível da edição anterior”. Por seu lado, do “stand” de Angola saíram palavras de desapontamento em relação ao número de pessoas que afluiram ao arraial durante os três dias de festa. ESPAÇO APERTADO. Consequência directa do sucesso do Festival da Lusofonia é a dimensão do espaço, que segundo alguns destes responsáveis, está a ficar apertado para tanta gente. A primeira dirigente a apontar este facto foi a presidente da Associação dos Amigos de Moçambique (AAM). Helena Brandão defende uma “melhoria das condições” aliada ao au-

Helena Brandão

Florinda Chan presidiu à inauguração do evento

António Costa

Promover o intercâmbio cultural entre a China e os países lusófonos e reforçar a cooperação na área da cultura, aproveitando o papel de Macau como plataforma, são os objectivos essenciais da “Exposição Colectiva de Artistas Contemporâneos de Moçambique”, organizada pelo Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Econó-mica e Comercial da China com os Países de Lín-gua Portuguesa (Macau), em colaboração com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

De acordo com uma nota do Secretariado Permanente do Fórum Macau, a exposição foi concretizada graças ao apoio e empenho pessoal do embaixador de Moçambique em Pequim, An-tónio Inácio Júnior, e traduz “a diversidade pela identidade cultural e plástica de uma certa unidade criativa e artística”.

Contemplando 33 obras de Manuel Santos Maia, Manuela Cruz, Roberto Chichorro, Vênia Chin Sene e Xaneca, facultadas por uma galeria de Lisboa, a exposição abrange formas de expressão, linguagem e suporte diversos, incluindo pintura, fotografia, instalação e vídeo.

mento do subsídio que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) disponibiliza a cada associação com representação lusófona. O montante subiu este ano para 25 mil patacas, tendo em anos anteriores sido fixado nas 15 mil. “Este espaço é bom, mas é pequeno para as pessoas que visitam e para as comunidades mostrarem tudo o que querem”, apontou a mesma responsável.

Nessa matéria, a presidente da Casa de Portugal em Macau (CPM) concorda com Helena Brandão, e até chega a apontar uma solução. Amélia António, tal como o presidente da As-sociação dos Macaenses (ADM), Miguel Senna Fernandes, e o presidente do Núcleo de Animação Cultural Goa, Damão e Diu, José Colaço, julga que o espaço no Carmo é especial e que a Lusofonia deve continuar a ser realizada lá. Até porque

celebrar e lembrar que a relação do passado entre Portugal e Macau está viva”.

“Nesta festa, nós, portugueses e gente que fala português, fazemos o que sempre fize-mos, que é estar no mundo de portas abertas aos outros, mostrando o nosso melhor”,

acrescentou.A 12ª edição da Festa da Lusofonia, orga-

nizada pelo Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e pelos Serviços de Turismo de Macau, juntou entre sexta-feira e domingo, na Taipa, expositores de todas as

comunidades lusófonas radicadas em Macau, que deram a conhecer a cultura, sabores e hospitalidade de cada canto do mundo onde se fala português.

A presidente substituta do conselho de ad-ministração do IACM, Cecília Cheung, disse à Lusa na abertura oficial da festa que o objectivo é “agradecer a contribuição das comunidades lusófonas para Macau, proporcionando um verdadeiro encontro de culturas, que permitem a afirmação da especificidade cultural e identi-dade do território”.

Em resposta às críticas da comunidade sobre a dimensão do evento, a responsável defendeu que “não é a dimensão que está em causa, mas o sucesso da festa que é crescente”.

Cecília Cheung justificou ainda a decisão de fazer coincidir a Festa da Lusofonia com a Feira Internacional de Macau com o objectivo de se “atrair mais visitantes e de promover o inter-câmbio cultural com os participantes da feira, a maioria oriundos da China continental”.

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Exposição colectiva revela “alegria” moçambicanaNa Festa da Lusofonia foi inaugurada, no sábado, uma mostra colectiva de artistas contemporâneos de Moçambique. Para o embaixador moçambicano em Pequim, António Inácio Júnior, as obras representam a “luta de libertação e a alegria que o país sente actualmente”

ASSOCIAÇÕES FAZEM bALANÇO pOSITIVO DA FESTA MAS INSISTEM NA REVISÃO DO MODELO ACTuAL

Fim-de-semana animado na Taipa não travou críticas das comunidades lusófonasA maioria dos representantes das comunidades lusófonas radicadas em Macau deu nota positiva ao arraial lusófono, que este fim-de-semana animou as Casas-Museu da Taipa, tendo sido apontado um crescimento no número de visitantes. Continuam, no entanto, as críticas ao orçamento e à falta de visão das autoridades competentes

FeSTiVal da lUSOFONia

Maria Amélia António José Colaço

Promover o intercâmbio cultural entre a China e os países lusófonos e reforçar a cooperação na área da cultura, aproveitando o papel de Macau como plataforma, são os objectivos essenciais da “Exposição Colectiva de Artistas Contemporâneos de Moçambique”, organizada pelo Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Econó-mica e Comercial da China com os Países de Lín-gua Portuguesa (Macau), em colaboração com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

De acordo com uma nota do Secretariado Permanente do Fórum Macau, a exposição foi concretizada graças ao apoio e empenho pessoal do embaixador de Moçambique em Pequim, An-tónio Inácio Júnior, e traduz “a diversidade pela identidade cultural e plástica de uma certa unidade criativa e artística”.

Contemplando 33 obras de Manuel Santos Maia, Manuela Cruz, Roberto Chichorro, Vênia Chin Sene e Xaneca, facultadas por uma galeria de Lisboa, a exposição abrange formas de expressão, linguagem e suporte diversos, incluindo pintura, fotografia, instalação e vídeo.

muitas pessoas e famílias chinesas já têm o espaço enraízado e voltam anualmente, justificou Amélia António. Deste modo, a dirigente propõe que se alargue, nas próximas edições, o certame até ao espaço desocupado que liga as Casas-Museu ao Venetian e vice-versa.

Por seu lado, Helena Brandão acrescenta que, se o alarga-mento ou mudança do espaço não for possível, pelo menos

que o IACM – organizador do evento – dê uma semana para a construção e decoração dos “stands”, que normalmente são montados em dois/três dias.FALTA DE VISÃO. Tanto Miguel Senna Fernandes como Amélia António pensam que está na altura de se repensar a Lusofonia e reestruturar-se o actual modelo. Ambos os dirigentes consideram que há falta de visão das entidades

competentes. A presidente da CPM pensa que, por isso, têm de existir um diálogo mais estreito entre as associações lusófonas e as entidades governamentais, principalmente aquelas sob a tutela da Administração e Justiça.

A dirigente alegou que não está em questão apenas uma ten-tativa de aumento do orçamento total, até porque acredita que se as verbas fossem melhor distribuídas não era necessário um crescimento extraordinário. “O meu maior ponto de discórdia é relativamente ao envolvimento das associações que tem de ser maior”, explicou. “É preciso que quem tem responsabilidades conheça a importância da diversidade desta festa tanto ao nível do turismo como da própria população local”, acrescentou.

Miguel Senna Fernandes também tocou no mesmo ponto. O dirigente da ADM afirmou que tem de ser dada “uma maior versatilidade ao fenómeno da Lusofonia”, sublinhando que “tudo depende da opinião que o Governo tem do certame”. Sob pena de “parecer bairrista”, o responsável considerou que a “Lusofonia é um fenómeno necessário para divulgar a diversidade cultural de Macau”. “O Governo tem de acarinhar este evento”, rematou.

Quanto ao montante do orçamento, a maioria dos responsáveis com quem o JTM falou afirmou não ser “ainda suficiente”. An-tónio Costa e Amélia António pensam que só serve para “tapar alguns buracos”. “Apenas reduz algumas das nossas despesas”, explicou o presidente da ASMC.

José Colaço foi o único dirigente que garantiu ter conseguido montar o “stand” de acordo com a verba disponibilizada pelo IACM à entidade que dirige, embora tenha ressalvado que é pouco dinheiro.

“A temática designada em manifestação transversal é a pessoa, o povo autóctone e na diáspora. As influências emergem nos valores,

tradições e símbolos que perpassam em quase todas as obras e, que, de uma maneira ou de outra, estão presentes na arte africana em geral.

Os relatos da iconografia e das representações lúdicas, atestam dos sentimentos de extroversão e espiritualidade vividas pelo Africani Homen, e pelo Povo Moçambicano em particular”, sublinha a mesma nota.

A cerimónia de inauguração foi presidida por Rodrigo Pedro Domingos, cônsul geral de Ango-la em Macau, em representação do embaixador de Angola acreditado na China, Luciana Mancini, representante do embaixador do Brasil, António Inácio Júnior, embaixador de Moçambique, Rui Quartin Santos, embaixador de Portugal, Aleixo da Silva, representante do Embaixador de Timor-Leste, Manuel Amante da Rosa, secretário-geral adjunto do Fórum de Macau, Cheung So Mui, vice-presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, e Rita Santos, coorde-nadora do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau.

Patente nas Casas-Museu da Taipa, a exposição colectiva tem entrada gratuita e pode ser visitada até 29 de Novembro, entre as 10 horas e as 18 horas, excepto à segunda-feira.

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12 localbANDA ENCANTADA COM pRESERVAÇÃO DA HISTóRIA DO TERRITóRIO

Delfins viveram “experiência única” em MacauOs Delfins, cujo fim de carreira está agendado para 31 de Dezembro, despediram-se ontem oficialmente de Macau,

com um espectáculo na Fortaleza do Monte, que pretendeu recordar os grandes êxitos da banda dos últimos 25 anos

O líder da banda, Miguel Ângelo, disse em declarações à Agência Lusa que o convite a Macau “caiu muito bem”, ao sublinhar que a região foi “um dos sítios mais interessantes por onde os Delfins passaram”, que tem uma “magia e ambiente que proporcionam uma experiência única”.

Ao constatar que a Macau de hoje é diferente daquela que os Delfins conheceram ainda durante a administração portuguesa, Miguel Ângelo salienta a surpresa da banda quando se apercebeu, com satisfação, que os principais símbolos portugueses mantêm-se preservados no território, hoje sob domínio chinês.

“Macau expandiu-se muito, mas confesso que receava que os símbolos portugueses, des-de os nomes dos estabelecimentos aos das ruas, tivessem desaparecido”, disse Miguel Ângelo, confessando-se surpreendido pela positiva com a “preservação daquilo que faz parte da história de Macau e que a torna diferente do resto da China”.

Antes da despedida do Coliseu do Porto, a 14 de Novembro, e do derradeiro concerto na Baía de Cascais, a 31 de Dezembro - que contará com vários músicos convidados -, os Delfins subiram ontem ao palco de Macau para celebrar “em espírito de festa, sem saudosismo, nem tristeza” 25 anos e 25 êxitos da banda que “ficam para sempre”.

“A grande vitória desta longa carreira é constatar que, apesar de a pop ser efémera, há pessoas de diferentes gerações, dos 12 aos 60

Delfins actuaram na Fortaleza do Monte, no âmbito do Festival Internacional de Música de Macau

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 36/2009(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 12.º, 13.º, 14º e 16.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro conjugados com os artigos 58.º, 72.º n.º 2 e 136.º n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto de Notícia n.º 508/2009 de 26 de Agosto de 2009, a sociedade “Grupo Koly Limitada”, proprietário da “Sala de Dança com Karaoke de Cidade Império”, com sede na Sul da Marina Taipa-Sul, Rotunda do Dique Oeste, Lote A1, Amenity Block, r/c, na Ilha da Taipa, em Macau, para no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto de notícia, no valor de Mop$1.500,00 (mil e quinhentas patacas), por prática da transgressão prevista no artigo 28.º do Decreto-Lei n..º 40/95/M, de 14 de Agosto, punida nos termos do artigo 66.º, n.º 1, alíneas f) do mesmo Decreto-Lei, bem como, no mesmo prazo, proceder ao pagamento das quantias em dívidas à trabalhadora Cheong Ngan Chan, no valor de Mop$490,00 (quatrocentas e noventas patacas), devendo ainda, nos 10 (dez) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova dos pagamentos efectuados.

O Auto de Notícia e a notificação deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, na Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar e é facultado a consulta do processo em causa, instruído por este Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação Judicial, com a remessa do auto de notícia a Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 19 de Outubro de 2009.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 37/2009(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 12.°, 13.°, 14.° e 16.° do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro conjugados com os artigos 58.°, 72.° n.º 2 e 136.° n.o 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto de Notícia n.º 509/2009 de 26 de Agosto de 2009, a sociedade “Grupo Koly Limitada”, proprietário da “Sala de Dança com Karaoke de Cidade Império”, com sede na Sul da Marina Taipa-Sul, Rotunda do Dique Oeste, Lote A1, Amenity Block, r/c, na Ilha da Taipa, em Macau, para no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto de notícia, no valor de Mop$1.500,00 (mil e quinhentas patacas), por prática da transgressão prevista no artigo 28.° do Decreto-Lei n.º 40/95/M, de 14 de Agosto, punida nos termos do artigo 66.°, n.º 1, alíneas f) do mesmo Decreto-Lei, bem como, no mesmo prazo, proceder ao pagamento das quantias em dívidas ao trabalhador Lou Pou Chang, no valor de Mop$1.000,00 (mil patacas), devendo ainda, nos 10 (dez) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova dos pagamentos efectuados.

O Auto de Notícia e a notificação deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, na Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar e é facultado a consulta do processo em causa, instruído por este Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação Judicial, com a remessa do auto de notícia a Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 19 de Outubro de 2009.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

anos, a cantar as nossas músicas. Conseguimos fazer o que é o mais difícil para uma banda, músicas que durem para sempre”, realçou Miguel Ângelo com orgulho.

Sucessos como “Aquele Inverno”, “Queda de um Anjo”, “Um Lugar ao Sol”, “Nasce Selvagem”, “Saber Amar” prometiam levar o público de Macau ao rubro numa noite com semelhanças a um “karaoke”.

Para o futuro, está prevista a saída de DVD’s dos Delfins e de material inédito que ficou por editar. “Temos quilos e quilos de bobines em fita que serão remasterizadas e há discos importantes para nós, como o “Ser Maior”, que fará o seu aniversário”, explicou o líder da banda.

Miguel Ângelo, que confessa sofrer do mal de “estar sempre a pensar no que vai fazer amanhã”, vai avançar com um projecto a solo de pop rock que terá “outras influências”, le-tras em português e que deverá ter o primeiro álbum editado depois do Verão de 2010.

“Os Delfins foram uma longa-metragem e agora quero fazer outro filme, para daqui a 20 ou 25 anos poder também celebrar”, disse Miguel Ângelo, admitindo que o novo projecto poderá adoptar o seu nome e a intenção de trabalhar “outras cambiantes sonoras”, que poderão passar pelo uso de violino, acordeão e/ou contrabaixo.

Para trás ficaram momentos marcantes partilhados com os Delfins, realçou o líder da

banda, destacando o concerto em Timor-Leste no dia da Restauração da Independência, que assumiu um “significado especial, porque o tema “Soltem os Prisioneiros” foi adoptado como hino de libertação depois do massacre de Díli”, relembrou.

Ao constatar que foram os concertos nos países lusófonos que mais marcaram a carrei-ra dos Delfins, Miguel Ângelo salienta ainda como “inesquecíveis” as actuações em salas emblemáticas, como a Brixton Academy, em Londres, ou a Le Zénith, em Paris.

Com muitos quilómetros feitos, os Delfins confessam que são as estradas que vão dar ao Norte do país as que mais memórias deixam. “Mais de 70 por cento dos nossos concertos foram de Coimbra para cima, e, portanto, as viagens pelo Norte foram aquelas que, se calhar, nos deram mais prazer”, confessou Miguel Ângelo.

É com a sensação de dever cumprido e sem arrependimentos que os Delfins encerram mais um capítulo da cena musical nacional, admitindo que o percurso contou com alguns erros, mas com a liberdade de seguir o caminho que queriam.

“Queríamos ser muito ecléticos e fizemos coisas muito diferentes, que não caíram por vezes bem e de que as pessoas não gostaram. Mas tivemos a sorte de trabalhar com equipas que permitiram que errássemos e que fizés-semos o que achávamos que devia ser feito”, concluiu Miguel Ângelo.

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13actual

Irmã de Fidel colaborou com a CIAJuanita Castro, a irmã do ex-presidente cubano Fidel Castro, revelou que colaborou com a agência

de espionagem norte-americana CIA contra o governo cubano, antes de se exilar em Miami, em 1964

Atentados em bagdad causarampelo menos 155 mortos

O número de mortos após os dois ataques suicidas de domingo em Bagdad, um dos mais violentos do Iraque nos últimos anos, subiu para 155, com mais de 500 feridos, disse ontem a polícia

A revelação foi feita pela própria Juanita on-tem, em entrevista ao canal de televisão em língua espanhola Univisión-Noticias 23.

Juanita está a lançar um livro de memó-rias sobre a sua relação com os irmãos Fidel e Raúl, que é o actual presidente de Cuba.

O livro “Fidel y Raúl, mis hermanos: La historia secreta”, escrito juntamente com a jornalista mexicana Maria Antonieta Collins, foi lançado ontem nos EUA, Mé-xico, Colômbia e Espanha.

Em entrevista à própria Maria Antonieta Collins, na Univisión-Noticias 23, Juanita Castro disse que foi abordada por uma pessoa próxima e também ligada a Fidel. “(Essa pessoa) disse-me que trazia um convite da CIA, que eles queriam falar comigo, que tinham coisas interessantes para me dizer e coisas interessantes para me pedir. (Perguntou) se eu estava disposta a correr esse risco, se estava disposta a ouvi-los. Fiquei meio chocada, mas de qualquer forma, eu disse que sim”, disse.

Apesar de uma queda na violência geral no país, insurrectos, militantes e outros continuam a perpetrar ataques suicidas com bombas e armas.

Segundo observadores, esses ataques devem aumentar durante a preparação para as eleições nacionais de Janeiro.

As explosões de domingo, perto do Mi-nistério da Justiça e do edifício do governo regional de Bagdad, originaram o ataque mais sangrento na capital iraquiana desde meados de 2007.

Líderes mundiais condenaram o ataque e autoridades iraquianas acusaram a Al Qaeda e antigos elementos do governo do antigo ditador Saddam Hussein.

Políticos de oposição responsabilizaram as forças de segurança iraquianas pelo ocorrido.

O Iraque está a tentar reconstruir a respec-

Ben Ali reeleitoPresidente da TunísiaO presidente tunisino cessante Zine El Abidine Ben Ali foi reeleito oficialmente para um quinto mandato com 89,62% dos votos expressos nas presidenciais de domingo, segundo os resultados definitivos divulgados ontem pelo ministério do Interior. Estes resultados referem-se ao conjunto dos 26 distritos que compõem o país e incluem o voto dos expatriados. O resultado de Ben Ali varia entre os 84,16% e os 93,88% em Monas-tir (Leste) e o seu melhor desempenho foi conseguido entre os eleitores no estrangeiro (94,85%).

Chávez chama “atrasado mental” a ministro colombianoO presidente venezuelano, Hugo Chávez, chamou domingo “atrasado mental” ao ministro colombiano da defesa, Gabriel Silva, que manifestou a sua preo-cupação sobre o tráfico de droga “quase livre” que transitará pela Venezuela para a América Central. “Ele segue as instruções do império. Na Colômbia não é o governo colombiano que manda, é o império yankee que manda”, acrescentou Chávez, em alusão aos Estados Unidos, no seu programa “Allo, presidente” difundido por rádio e televisão.

Queda de helicóptero mata 10 americanos no AfeganistãoSete militares e três civis norte-americanos morreram ontem na queda de um helicóptero no oeste do Afe-ganistão, disseram as tropas lideradas pela NATO. “A causa não parece ter sido por acção inimiga”, refere um comunicado da aliança militar. Segundo a Força Internacional de Assistência à Segurança, outras 26 pessoas ficaram feridas na queda do aparelho, provo-cada por “causas não confirmadas”.

Padre detido por posse de armascontinua em paróquia de BoticasO padre Fernando Guerra, detido no domingo, por suspeitas de posse de armas ilegais, vai manter-se à frente da paróquia de Covas de Barroso, concelho de Boticas, disse à agência Lusa o Bispo de Vila Real, Joaquim Gonçalves. O pároco foi detido ao início da manhã de domingo, depois de celebrar a missa, pelo Núcleo de Investigação Criminal de Chaves em plena sacristia, na sequência de uma investigação que decorria há meses. Segundo o Bispo, só “em caso de prisão prolongada” ou se o padre não conseguir “diluir a imagem negativa provocada” pela detenção é que a diocese poderá transferi-lo ou até reformá-lo, já que o pároco tem 74 anos e 50 de sacerdócio.

ASEAN quer diálogo construtivo para combater a crise financeiraO primeiro-ministro de Tailândia, Abhisit Vejjajiva, encerrou no domingo a IV Cimeira da Ásia Oriental, em que participaram 16 países e cujas orientações apontam para a necessidade um diálogo construtivo sobre a crise financeira e a mudança climática. “Traba-lhámos juntos para analisar os desafios com que se con-frontam a nossa região e as nossas populações devido à crise financeira e económica mundial, pela mudança climática, pela segurança alimentar e energética, por epidemias ou catástrofes naturais”, disse Vejjajiva. O líder tailandês sublinhou a criação, na sexta-feira, da Comissão Intergovernamental de Direitos Humanos da ASEAN, como símbolo da determinação do organismo de continuar com a integração regional.

PM japonês pretende construir sociedade mais fraternaO novo primeiro-ministro japonês apontou ontem como principal prioridade do seu governo revitalizar a economia e prometeu construir uma sociedade mais fraterna no seu primeiro discurso de política geral após as recentes eleições legislativas. Na abertura de uma sessão extraordinária do Parlamento, Yukio Hatoyama declarou pretender “revolucionar a política” depois de mais de meio século de domínio dos conservadores do Partido Liberal (PLD). “Vamos revolucionar a política com a firme determinação de mudar a história do Ja-pão”, declarou aos deputados e senadores.

breves

pyongyang construiu nova base para lançamento de mísseis

A Coreia do Norte concluiu a construção de uma nova base de lançamento de mísseis, a maior e mais sofisticada do país, informou ontem a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita fontes de alto nível

Segundo a agência, o país tem condições de disparar projécteis intercontinentais a partir da nova base.

Pyongyang demorou anos para terminar a construção da base de Dongchang-ri, que, segundo as fontes da Yonhap, tem todo o ma-terial e estrutura necessários para o lançamento de grandes mísseis e é três vezes maior do que a base de Musudan-ri - a partir da qual a Coreia do Norte lançou em Abril passado diversos foguetes.

Da nova base, podem ser lançados mísseis intercontinentais com um alcance de 5.000 quilómetros, afirma a agência.

Dongchang-ri situa-se a 200 quilómetros a oeste de Pyongyang e a 70 quilómetros da central nuclear de Yongbyon, que o regime comunista afirma estar a reactivar após ter iniciado em 2007 a sua desactivação em prol do diálogo multilateral pela sua des-nuclearização.

Segundo a Yonhap, a conclusão da nova base representa um avanço no desenvolvimento do programa de mísseis balísticos

norte-coreano e um sinal de que o país não vai desistir do respectivo programa apesar das duras sanções e pressão internacional.

Este ano, a Coreia do Norte lançou mais de dez mísseis a partir da base de Musudan-ri, na Província setentrional de Hamgyeong. Os mais recentes lançamentos foram no início de Outubro, como parte de exercícios militares de rotina. Segundo uma fonte de Seul citada pela Yonhap, os cinco mísseis eram do tipo terra-terra KN-02 com um alcance de 120 quilómetros.

O regime comunista tem centenas de mísseis de curto alcance, com a habilidade de atingir a capital sul-coreana, e outros centros urbanos nos seus arredores, onde residem cerca de 25 milhões de pessoas.

A Coreia do Norte está proibida, por resolução do Conselho de Segurança da ONU, de lançar mísseis balísticos, mas não há acordos internacionais que proíbem o regime de testar mísseis de curto alcance.

A entrevista com Juanita Castro está a ser transmitida por partes. No final do progra-ma de domingo, a jornalista prometeu revelar mais porme-nores sobre o envolvimento de Juanita Castro com a CIA nos próximos programas.

Nos anos de 1960, a CIA teria elaborado dezenas de planos para tentar matar Fidel Castro.

Juanita Castro, a quinta de sete irmãos, rompeu com os irmãos alguns anos após a Revolução Cubana, de 1959, e tornou-se célebre pela sua oposição ao regime co-munista da ilha. Segundo disse, começou a perder entusiasmo com a revolução quando viu pessoas a serem presas e executadas.

“Nós costumávamos culpar as pessoas de escalão de baixo, mas as ordens não vinham das pessoas do escalão baixo. Vinham do escalão de cima, de Fidel, de

Che (Guevara), de Raúl”, disse Juanita ao programa.

Juanita revelou que abrigava críticos do regime de Fidel em sua casa, para protegê-los do irmão, e contou ainda que a sua mãe, Lina Ruz, também ajudou pessoas contrárias ao governo cubano.

Após a morte de Lina Ruz, em Agosto de 1963, Juanita disse que passou a sentir-se

ameaçada, e resolveu deixar o país.Segundo a reportagem televisiva, ao

descobrir o envolvimento de Juanita contra o regime, Raúl ajudou a providenciar um visto para que esta deixasse o país para o México.

De acordo com a reportagem, a última vez que Raúl e Juanita se falaram foi no dia 18 de Junho de 1964. Dez dias depois, ela revelou ao mundo as suas críticas ao regime de Fidel, em conferência de imprensa no México.

tiva economia e sociedade após décadas de repressão, guerras e ruína económica. A violência é uma preocupação desde a invasão liderada pelos EUA em 2003 e o consequente conflito sectário.

Tropas norte-americanas estão a deixar o país como parte de um acordo que prevê a retirada total até ao fim de 2011, passan-do o controlo das cidades para as forças iraquianas.

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14 desportoMOTO Gp

Galinha de Rossi põe ovos de ouroO piloto italiano Valentino Rossi conquistou em Sepang o sétimo título em MotoGP, após ter

terminado em terceiro lugar a penúltima prova do campeonato, ganha por Casey Stoner

sÍlvia frecHes

No mesmo circuito que apadrinhou a sua estreia em provas do Mundial de motociclismo, há 13 anos, Valentino Rossi festejou o seu sétimo título mundial de MotoGP - depois de também ter sido coroado nas classes de 250 e 125cc (1997 e 1999). Na altura contava com a irreverência e a força dos 17 anos. Hoje, é a experiência dos 30 anos que permite ao “Dottore” (alcunha que qualifica a qualidade da sua condução) controlar os adversários, todos eles um par de anos mais novos, que ameaçam roubar-lhe o estatuto de campeão.

Foi o que aconteceu domingo na Malásia, quando Rossi, que apenas necessitava de acabar no quarto lugar para garantir o título, acabou a corrida em terceiro. Casey Stoner foi o vencedor e o espanhol Daniel Pedrosa subiu ao segundo lugar do pódio de uma prova que começou com um atraso de 35 minutos devido à forte chuva que caiu.

E a alusão às vantagens da maturidade ficou ex-posta na camisola que envergou no final da corrida de Sepang, com a ilustração de uma galinha em idade avançada acompanhada pela frase “Galinha velha faz boa canja”. Rossi tem mais oito anos que Jorge Lorenzo e mais seis que Casey Stoner e Dani Pedrosa, os principais rivais.

Nada que assuste o italiano, cujo objectivo, assu-mido no domingo, é o de chegar ao novo título na prova rainha do motociclismo. O que a acontecer superaria o recorde de oito mundiais ganhos pelo seu compatriota Giacomo Agostini.

O talento de Rossi tem a mesma dimensão das suas excentricidades, as quais não se coíbe de exi-

Basquetebolista da Ovarensevítima de “morte súbita”O basquetebolista norte-americano Kevin Wildemond, da Ovarense, acrescentou no domingo o seu nome à lista de desportistas que sucumbiram ao trágico e descon-certante fenómeno da “morte súbita”. Wildemond faleceu no intervalo do encontro com a Académica, para atribuição do terceiro lugar do Troféu António Pratas, em Pousos, Leiria. O norte-americano estava sentado no balneário a ouvir as indicações do treinador Mário Leite e simplesmente tombou para o lado inanimado.

Loeb renovou título mundial no Rali da Grã-BretanhaO francês Sébastien Loeb (Citroen) conquistou no domingo o sexto título conse-cutivo no Campeonato do Mundo de Ralis, ao vencer o Rali da Grã-Bretanha, 12.ª e última prova do calendário de 2009, em Cardiff, no País de Gales. O finlandês Mikko Hirvonen (Ford), que chegara à última prova com um ponto de vantagem sobre Loeb, foi surpreendido pela abertura, de forma brutal, do capot do Ford Focus WRC após um salto, sendo obrigado a parar para voltar a fechá-lo, acabando por perder mais de um minuto na penúltima classificativa. Esta foi a sétima vitória do ano para Loeb e a 54.ª da sua carreira em WRC.

Campeã chinesa dos 100 metrosapanhada no controlo antidopingA campeã chinesa dos 100 metros, Wang Jing, teve um controlo antidoping positivo, que acusou a presença de testosterona, e arrisca-se a ser excluída de forma vitalícia pela Federação Chinesa do Atletismo. Wang Jing, de 21 anos, foi desapossada do título dos 100 metros que ganhou quinta-feira nos Jogos Nacionais da China, anunciou o porta-voz da competição, Sun Yuanfu, adiantando que os testes à urina da atleta mostraram elevados níveis de testosterona, um anabolisante que ajuda a aumentar a massa muscular. A atleta, originária da província de Fujian, foi excluída dos Jogos e já não participa na final dos 200 metros.

Dupla vitória de Félix da Costa não impediu título de espanholO piloto português António Félix da Costa venceu as duas corridas do circuito de Motorland, em Alcaniz, Espanha, última etapa do Campeonato Europeu de Fórmula Renault 2.0, mas foi o espanhol Albert Costa quem se sagrou campeão europeu. O espanhol terminou o campeonato com 138 pontos, contra os 128 do francês Jean Eric Vergne e António Felix da Costa, embora o gaulês tenha vantagem sobre o português pelas vitórias conquistadas (quatro contra três).

polidesportivo

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 281/2009(Solicitação de Comparência do Trabalhador)

Nos termos da alínea b) do n.° 1 do artigo 6.° do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.° e n.º 2 do artigo 72.° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se L1ANG CAIMING, ex-trabalhador não-residente do “Hospital Universitário” da Fundação Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do primeiro dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer do Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.ºs 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.° andar, Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 7135/2008, proveniente do acidente de trabalho ocorrido em 24 de Outubro de 2008, em que o notificado foi vítima.

Mais se comunica que nos termos da alínea a), n.º 2 do artigo 103.° do aludido Código, o procedimento é extinto quando por causa imputável ao notificando este esteja parado por mais de seis meses.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais - Departamento da Inspecção do Trabalho, aos 19 de Outubro de 2009.

O Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

Diecção dos Serviços de Identificação

AVISO

Substituição do Passaporte da RAEMServe o presente para informar os titulares dos passaportes da RAEM, com os

seguintes números, caso necessário, podem deslocar-se ao 1º andar da DSI na data abaixo indicada para tratar das formalidades de substituição:

Números dos Passaportes

Nota-se:1. A substituição do passaporte da RAEM não é obrigatória. Os titulares dos

passaportes acima referidos, caso tenham necessidade de renovar o seu passaporte ou quando a validade deles constantes vier a obstar a sua deslocação ao exterior, podem requerer a substituição na data indicada.

2. Devido ao número reduzido dos títulos de viagem emitidos, a sua substituição não é processada por ordem númerica.

3. Para evitar fluxo na tirada de senha, é conveniente fazer a marcação prévia através da linha aberta: 28370888, ou do website da DSI: www.dsi.gov.mo

4. Para informação sobre as formalidades do requerimento dos documentos de viagem, podem visitar o website da DSI www.dsi.gov.mo

5. Sede da DSI: Avenida da Praia Grande, n.º 804, Edifício “China Plaza”, 1.º andar (perto do Jardim S. Francisco).

Horário de funcionamento: das 2a às 6a, das 9H00 às 18H00

Nº 5 anos 10 anos Data

2ª Feira 09/11/2009

3ª Feira 10/11/2009

4ª Feira 11/11/2009

5ª Feira 12/11/2009

6ª Feira 13/11/2009

M0121651 M0123340 M0026791 M0028290

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Validade

bir publicamente, como aconteceu, esta época, em San Marino - ganhou e subiu ao pódio com orelhas de burro. Rossi quis justificar o erro que cometeu no GP Estados Unidos e que lhe tirou o triunfo, Antes, tinha corrido com o burro Shrek estampado no capacete.

JTM/DN

Page 15: Jornal Tribuna de Macau 27/10/2009

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15desporto

OuTROS CAMpEONATOS

barça goleador afasta-se do Real MadridO FC Barcelona goleou o Saragoça por 6-1, em jogo da oitava jornada da Liga espanhola de futebol, reforçando a liderança. Em Itália, também se manteve no topo da tabela

LIGA INGLESA

Liverpool bate Manu e deixa Chelsea no topoO Manchester United saiu derrotado de Anfield Road e cedeu a liderança da Liga inglesa de futebol ao Chelsea, que goleou o Blackburn

O campeão espanhol beneficiou dos empates, dos mais próximos perseguidores, o Real Ma-drid, que não foi além de um “nulo” em Gijón, frente ao Sporting local, o mesmo resultado do Sevilha na recepção ao Espanyol.

O Real Madrid, ainda sem Cristiano Ronal-do, vê agora o seu principal rival novamente a três pontos de distância, os mesmos que o separam do terceiro classificado, o Sevilha.

Em Camp Nou, o “Barça” respondeu a algumas críticas, após o desaire caseiro para a “Champions” com o Rubin Kazan, com o re-gresso às exibições de grande nível, resolvendo o encontro ainda na primeira parte.

Keita marcou aos 24, após passe de Messi, Ibrahimovic aumentou aos 29, de livre direc-to, e o maliano “bisou” aos 41, depois de um grande passe do sueco. Na segunda metade, Keita devolveu a gentileza de Ibrahimovic, oferecendo-lhe o sétimo tento na prova, aos

No jogo “grande” da 10ª jornada da Liga inglesa, golos do espanhol Fernando Torres (65) e do francês N’Gog (90+6) permitiram ao Li-verpool interromper a série negra de quatro derrotas consecutivas, num jogo em que o português Nani jogou os últimos 16 minutos.

O encontro terminou com as duas equipas reduzidas a 10 elementos, por expulsão de Vidic (89 minutos), no Manchester, e Mascherano (90), no Liverpool.

O Chelsea, adversário do FC Porto na Liga dos Campeões, recebeu e goleou sábado o Blackburn por 5-0 e reassumiu a liderança, com 24 pon-tos, mais dois do que os “red devils”. Por seu lado, o Liverpool soma 18.

Nos outros jogos realizados no domingo, destaque para a forma

Golo de Torres lançou Liverpool para a vitória

65 minutos.Aos 78 minutos, Jorge Lopez reduziu, mas

a noite acabou em goleada: Messi, com um lindo “chapéu”, apontou o quinto, aos 80, e Keita selou o improvável “hat-trick” aos 86, ambos após assistências de Iniesta.

Quem aproveitou a jornada para se aproxi-mar dos perseguidores do “Barça” foi o Valên-cia, ao vencer fora o Almeria por 3-0.

O Atlético de Madrid empatou 1-1 em casa com Maiorca, não surtindo efeito a “chicotada psicológica” ocorrida esta semana. O novo treinador, o ex-técnico do Benfica Quique Flores, ainda não foi para o “banco”, tendo assistido ao jogo na bancada, mas nem assim os “colchoneros” reencontraram a inspiração ao cederem mais um empate.

Nos outros jogos, destaque ainda para a derrota do Athletic Bilbau por 2-0 no reduto do Getafe, a goleada caseira do Valladolid ao

Deportivo (4-0) e a primeira vitória do Villar-real, por 2-1, frente ao Málaga.ITÁLIA. Na liga italiana, o Inter de Milão venceu o Catania por 2-1, na nona jornada, e manteve a liderança com mais dois pontos do que a Sampdoria, que bateu o Bolonha por 4-1.

O resultado transparece dificuldades para o Inter que não correspondem à realidade, visto que a equipa de José Mourinho chegou com facilidade ao 2-0, com golos de Muntari, aos 13 minutos, e de Sjneider, aos 31, dominando toda a primeira parte.

Depois do intervalo, o Inter, a jogar em casa, “adormeceu” procurando poupar energias de-pois do desgaste do meio da semana provocado pelo encontro com o Dínamo de Kiev, para a Liga dos Campeões, e acabou o jogo pressio-nado pelo Catania. Os visitantes reduziram aos 84 minutos na transformação de uma grande

penalidade por Mascara.O Inter soma 22 pontos, mais dois do que

a Sampdoria. No terceiro lugar continua a Juventus, que venceu em Siena, com um golo de Amauri.

O AC Milan, com um ímpar “bis” de Alessandro Nesta, selado nos descontos, venceu fora o Chievo (2-1) e voltou a subir na classificação. Os milanenses viram-se em desvantagem logo aos sete minutos, depois do golo de Pinzi, mas Nesta, aos 80 e 90+2, escreveu a reviravolta.

A equipa de Milão é agora sexta classificada, em igualdade (15 pontos) com Palermo (1-0 na recepção à Udinese) e Fiorentina (derrotado em casa pelo Nápoles pelo mesmo desfecho).

Referência ainda para o triunfo conseguido pelo Livorno (1-0), penúltimo colocado, no terreno da Roma. Por seu lado, a Lazio perdeu por 2-0 em Bari.

LIGA pORTuGuESA

Aluno de Mourinho irrita professor jesualdoJesualdo Ferreira comemorou no domingo 150 jogos no FC Porto, mas a equipa demorou a corresponder às expectativas, muito por mérito da nova Académica de André Villas Boas. Farías teve a chave do golo

João rosado

Jesualdo Ferreira bem se revelara preocupado com a mudança técnica na Académica, admitindo que o nível de conhecimento

Braga cede primeiros pontosO FC Porto passou a contar os mesmos 19 do Benfica, segun-do colocado, que esta madrugada (horário de Macau) poderá ter ascendido ao primeiro lugar, em igualdade com o Sporting de Braga, em caso de vitória na recepção ao Nacional. A equipa bracarense, que recebe na próxima ronda o Benfica, segurou no sábado o estatuto de invicta, mas deixou de estar 100 por cento vitoriosa, ao perder dois pontos em Vila do Conde, frente ao Rio Ave (1-1). João Tomás, aos nove mi-nutos, adiantou os locais e o “onze” de Domingos Paciência igualou por Evaldo (31’). No domingo, o Marítimo recebeu e bateu o Paços de Ferreira por 3-1 e o Vitória de Setúbal, agora comandado por Manuel Fernandes, ganhou em casa ao Leixões por 1-0. Na véspera, a União de Leiria ganhou em casa à Naval por 2-0 e, na sexta-feira, na abertura da ronda, Belenenses e Olhanense anularam-se no Restelo.

Farías foi decisivo na vitória portista

sobre o adversário tinha baixado imenso. Talvez por isso o FC Porto só “entrou” no jogo na segunda parte, coincidindo, uma vez mais, com o lançamento de um goleador chamado Farías.

Os portistas, enquanto tiveram apenas uma unidade no eixo atacante, mostraram-se desinspirados e à mercê de um adver-sário empolgado sob a orientação de André Villas Boas, antigo observador de José Mourinho e o homem escolhido em Coimbra para suceder a Rogério Gonçalves. É verdade que a Académica continua a ser o único participante na Liga sem vitórias, mas no Dragão exibiu uma versatilidade que durante largos minutos colheu de surpresa o banco da casa, onde Jesualdo comemorava 150 jogos à frente dos tetracampeões.

As peças mais adiantadas de Villas Boas revelaram como primeira preocupação… suster os laterais contrários e, perante o 4x3x3 de Jesualdo, a “asfixia” de Fucile (que se lesionou logo aos 4’) e de Álvaro Pereira acabou por centralizar o ataque anfitrião.

Absolutamente incapaz de ultrapassar, neste contexto, a ausência de Belluschi, o FC Porto adoptou como solução um 4x2x4, com Fernando e Meireles atrás de uma cortina atacante em que ninguém tinha posição fixa. De qualquer forma, sempre

que Hulk arriscava no corredor central alguma coisa os azuis-e-brancos conseguiam criar perigo, não se estranhando que tivesse nascido do pé… direito do brasileiro a primeira grande oportunidade para o FC Porto marcar. Isso só aconteceu no terceiro minuto da… segunda parte, o que demonstra a cinzenta actuação dos dragões antes do intervalo, ao ponto de Helton ter sido obrigado a mostrar mais atenção do que propriamente Rui Nereu.

O ex-guarda-redes do Benfica sofreu dois golos em dois minutos, sendo possível atribuir-lhe responsabilidades nos dois primeiros tentos, embora já nada pudesse fazer no lance do terceiro golo, marcado pelo decisivo Farías em posição duvidosa.

como Manchester City e Arsenal deixaram escaparam, cada qual, dois

pontos, depois de estarem a vencer por 2-0.

O City esteve a vencer o Fulham com tentos de Joleon Lescott (53 minutos) e Martin Petrov (59), mas Damien Duff (61) e Clint Dempsey (67) igualaram o encontro.

Por seu lado, Robin van Persie (15 minutos) e William Galas (36) permitiram ao Arsenal chegar ao intervalo a ganhar por 2-0 no reduto do West Ham, que respondeu na segunda parte, com golos de Carlton Cole (73) e Alessandro Diamanti (79), este último na transformação de uma grande penalidade.

Com estes resultados, o Arsenal é terceiro, com 19 pontos (menos um jogo), os mesmos que o Tottenham, enquanto o City é sexto, com 18 (também menos um jogo).

O Everton, adversário do Benfica na Liga Europa, perdeu no terreno do

Bolton por 3-2. A equipa de Liver-pool chegou a estar a perder por 2-0, devido a golos de Chung-yong Lee (16 minutos) e Gary Cahill (27), mas o francês Louis Saha (32) e o belga Marouane Fellaini (55) repuseram a igualdade. A quatro minutos do final, o croata Ivan Klasnic deu o triunfo aos locais.

Com este resultado, a equipa orientada por David Moyes, que fez sérios avisos aos jogadores antes do encontro, baixou para o 14.º posto, com 11 pontos, os mesmos de Bolton e Fulham.

O quadro completo da jornada in-cluiu ainda as partidas Wolverhamp-ton-Aston Villa (1-1), Birmingham-Sunderland (2-1), Burnley-Wigan (1-3), Hull City-Portsmouth (0-0) e Tottenham-Stoke City (0-1).

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16 opinião

ecos positivos do encontro Juvenil 2009 e de outras reuniões

“O Encontro foi um verdadeiro sucesso”

A leitura de diversos boletins informati-vos das Casas de Macau permite-nos colher uma opinião praticamente unânime e global-mente positiva dos participantes no Encontro Juvenil 2009, organizado em Julho passado pelo Conselho das Comunidades Macaenses. Representativa das reacções expressas, é este texto do boletim “Qui-Nova?!...”, da Casa de Macau em Portugal, que transcrevemos com a devida vénia:

Encontro da Comunidade Juvenil Macaense

“Foi com muito entusiasmo e expectati-va que, em meados de Julho, partimos para Macau, rumo ao Encontro da Comunidade Juvenil Macaense. Entre almoços, palestras e passeios, tivemos a oportunidade de conhecer e rever vários jovens macaenses espalhados pelo mundo e, ainda, os que vivem em Ma-cau, com os quais partilhamos uma herança comum, apesar de todos termos quotidianos diferentes.

Foi uma semana extremamente preenchi-da e variada mas também muito proveitosa, como comenta Filipe Fong: ‘a viagem a Ma-cau foi bastante intensa e produtiva, estive-mos em contacto com a cultura, tradições, costumes, gastronomia, pessoas e lugares de Macau e Cantão; no entanto também foram abordadas e discutidas opiniões e estratégias para benefício das várias Casas de Macau no mundo.’

Naturalmente que cada um de nós viveu esta experiência de maneira diferente, mas é certo que este Encontro permitiu-nos, a todos, sentir Macau, tanto para aqueles que ainda não conheciam a cidade como para os que lá cresceram. Para João Andrade esta foi a pri-meira vez no Oriente: ‘considero que esta foi uma excelente oportunidade para conhecer Macau e o que tem para oferecer aos jovens em termos profissionais. O contacto e parti-lha de experiências com membros das outras Casas de Macau foi da maior relevância.’

Foi sem dúvida uma fantástica oportuni-dade e privilégio, termos podido conviver na cidade do Santo Nome de Deus de Macau e,

Jorge a. H. rangel*Falar de NÓS

aqui, fortalecermos laços e tornarmos reais relações que, para nós jovens, até agora eram praticamente virtuais. Marina d´Andrade refere que ‘é difícil encontrar palavras que consigam exprimir com a merecida fidelida-de a explosão de emoções que senti durante a estadia em Macau. Posso, todavia, dizer que regressei com o sentimento da identidade macaense reforçado, e acredito, agora, que é possível manter viva, no futuro, a cultura macaense.’

Temos orgulho de ser macaenses e, como tal, queremos contribuir para o desenvolvi-mento da RAEM e lutar para que a essência do ‘sentir macaense’ se mantenha bem pre-sente nas nossas vidas. Para Susana Santos, ‘o Encontro foi um verdadeiro sucesso. No final de uma semana inesquecível, recheada de tudo aquilo que nos faz sentir macaenses, despedimo-nos com um esperançado até bre-ve – e com a promessa de manter sempre ace-sa e bem viva a chama macaense.’

Gostaríamos ainda de desejar todo o su-cesso à candidatura do Patuá a património mundial intangível, e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que este marco tão ex-pressivo da cultura macaense prevaleça vivo. Por fim, queremos, uma vez mais, agradecer a todos os que tornaram esta iniciativa uma realidade e, em particular, à Casa de Macau em Portugal.”

Este breve texto traduz um sentimento ge-neralizado de quantos estiveram activamente envolvidos neste Encontro, cujo sucesso tor-na imperativa a realização de mais iniciativas como esta. Susana Santos, que desempenha agora funções docentes no Instituto Inter-Universitário de Macau, também deixou aos organizadores sugestões muito úteis para fu-turos encontros.

Presença na Convenção Elista

O Elos Internacional – Movimento da Co-munidade Lusíada, que nasceu na cidade de Santos, Brasil, há precisamente 50 anos, rea-lizou a sua 27.ª Convenção Internacional em Lisboa, nos dias 1 a 4 de Outubro, no Palácio da Independência, sob o tema “O passado, o presente e o futuro do Elismo”. Estiveram presentes delegados de Elos Clubes do Brasil,

de Portugal e de outros países e territórios, in-cluindo Macau.

O orador convidado da sessão de abertura foi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, membro do Elos Clube de Lisboa, que referiu o per-curso, os objectivos e as grandes realizações do Movimento Elista e aproveitou para evo-car a memória do Dr. Baltazar Rebelo de Sou-sa, seu saudoso pai e ex-presidente do Elos Internacional. No seu blogue que o seminário “Sol” publica todos os Sábados, referiu-se à Convenção do seguinte modo:

“Elos Internacional. Convenção trienal em Lisboa.

Criado, no Brasil, para ligar os dois pa-íses. Há 50 anos. Hoje, cobre toda a lusofo-nia. Falei na abertura. Destacando a missão ainda mais actual. E evocando, com saudade, meu pai. Presidente internacional no início dos anos 90. E que teria sido o orador esco-lhido, se fosse vivo.”

Presidiram aos trabalhos o juiz-conse-lheiro Alcindo Costa, presidente do Elos In-ternacional (2005-2009), o juiz-conselheiro José Maria Gonçalves Pereira, director da Convenção e o advogado Francisco Monção Leão, presidente do Elos Clube de Lisboa, tendo também usado da palavra na sessão inaugural o autor deste artigo, na qualidade de presidente da Sociedade Histórica da In-dependência de Portugal e ex-presidente do Elos Internacional (1999-2003). A cerimónia de abertura, singela e bonita, de acordo com o protocolo elista, consistiu na instalação dos pavilhões dos Países de Língua Portuguesa e do Elos Internacional, apresentação das ban-deiras dos Elos Clubes, execução do Hino Nacional Português, saudação às bandeiras, leitura da oração elista, leitura de mensagens, incluindo a do Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, como presidente de honra da Convenção, e as intervenções dos membros da mesa.

O programa da Convenção compreendeu reuniões de trabalho, apresentação e debate de teses, resoluções e conclusões, jornadas de convívio e visitas a museus e locais de inte-resse cultural e histórico.

Após a eleição da nova presidente do Elos Internacional, que preside a um dos mui-tos Elos Clubes do Brasil, fez-se a sessão de

encerramento, na qual foi atribuída a meda-lha de “Fidelidade ao Elismo” ao director da Convenção e ao autor deste artigo.

Gastrónomos dos Açores

A Confraria Gastronómica “Gastrónomos dos Açores” promoveu, de 2 a 6 de Outubro, em Ponta Delgada, o seu V Grande Capítulo, para o qual convidou outras confrarias gas-tronómicas, incluindo a de Macau, que se fez representar desta vez pelo presidente da Casa de Macau de Portugal, Gustavo de Senna Fer-nandes.

Convívios, sessões gastronómicas, in-cluindo a preparação do cozido e do bacalhau nas Furnas, cortejos, apresentação da variada gastronomia dos Açores, visitas a locais de interesse turístico, bem como às fábricas de chá (da Gorreana e do Porto Formoso), às es-tufas de ananás, à fábrica de licores “Mulher de Capote”, ao Centro de Vulcanologia e aos Paços do Concelho foram alguns pontos altos do animado programa. Estreitaram-se, desta feita, os laços de fraternidade que ligam os membros das confrarias.

A Confraria da Gastronomia Macaen-se tem procurado assegurar uma presença tão regular e activa quanto possível nestes encontros de confrades que se realizam um pouco por todo o país, normalmente através da sua representante em Lisboa, Edith Lopes, que tem feita boa promoção de Macau e da culinária macaense, tendo o autor deste arti-go, na qualidade de Confrade de Mérito da Confraria Macaense (e também Maître Con-seil de la Gastronomie Française) participado no último Congresso Nacional de Confrarias Portuguesas, em Ílhavo (Aveiro), em nome da nossa Confraria.

A comunicação social dos Açores deu boa cobertura a este evento, salientando um dos jornais que “as confrarias, que têm por objectivo preservar e promover a defesa e a divulgação dos produtos naturais e genuínos, são o garante da confecção gastronómica tra-dicional e diferenciada”. Quem tem participa-do em eventos desta natureza não pode estar mais de acordo.

* Presidente do Instituto Internacional de Macau.

HÁ 20 ANOS In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 27.10.1989

A PRAIA GRANDE SERÁ ASSIM?Este é o esboço geral do projec-to que tem mais hipóteses de vir a ser executado na Praia Gran-de, alterando radicalmente a fisionomia ac-tual de Macau. Uma solução a l t e r n a t i v a , cortando a baía em dois, da responsabilida-de da mesma equipa (Palmer & Turner e Ma-nuel Vicente). Do desenho que reproduzimos é fácil perceber que uma via (que na legenda vem apontada como “molhe periférico” passará sob a ponte, entrará numa zona de aterro destinada a zona de turismo e recreio, indo concluir na ponta da Barra. Uma larga

faixa, ao longo da Avenida Mário Soares, será destinada a comércio e serviços. Em frente do palácio da Praia Grande haverá uma praça, metendo-se um canal na zona que é hoje a Praia Grande. Ao lado dessa praça o projecto prevê o “grande equipamento cultural e cívico sobre o qual não se conhecem pormenores. Não se confirma assim, como já se murmurava em Macau, que “na Praia Grande, água só a das torneiras”, mas o aspecto da parte “nobre” da cidade seria real-mente profundamente alterado.

LEI BÁSICA COMEÇA A TOMAR CORPOO comité permanente de Macau da Lei Básica tomou conhecimento do esboço que será apresentado na reunião plenária da comissão de Redacção que vai reunir em 18 de Novembro em Cantão. Trata-se ainda do sistema organizativo da Lei, tendo-se seguido o já feito para Hong Kong, dividindo-a em nove capítulos: Princípios gerais, re-lações entre o governo central de Pequim e a região administrativa especial de Macau, direito e deveres dos cidadãos, sistema político, economia, cultura, relações externas, adendas à Lei e questões aces-sórias. É prematuro, no entanto, avançar já com conjecturas sobre o que será incluído em cada um dos capítulos, já que na reunião de Cantão se irá apenas assentar nesta definição de capítulos, sendo provavelmente nomeados grupos de trabalho para definir as matérias que integrarão cada capítulo. A Lei Básica começa apenas a tomar

corpo. Para já irá definir-se que o “edifício” tem nove pisos. A forma como cada andar será dividido é ainda matéria para trabalho futuro...

BAIXA DA TAIPA: OBRAS VÃO COMEÇARO contrato da empreitada de construção das infra-estruturas para urbanização da baixa da Ilha da Taipa foi assinado entre o Gover-no de Macau e a empresa portuguesa Teixeira Duarte. O emprei-teiro português, vencedor do concurso para a realização da obra, vai realizar a obra em consórcio com o construtor local Dillon de Jesus, parceiro da Teixeira Duarte na proposta apresentada ao concurso. No valor de 29 milhões de patacas, o contrato de em-preitada prevê um prazo de 18 meses para a construção das redes de esgotos residuais e pluviais e arruamentos, numa área de cerca de 19 hectares onde será edificada uma cidade satélite de Macau. A construção da cidade, que, de acordo com estimativas oficiais, de-verá albergar cerca de 60 mil pessoas, está orçada em mais de três mil milhões de patacas, incluindo cerca de 7.500 apartamentos, um hotel e um centro de convenções. A área a construir está divi-dida em lotes concessionados a diversas empresas, entre as quais a empresa portuguesa Somec, associada à “Hopewell Engineering”, de Hong Kong, devendo o empreendimento ser concluído num prazo que vai até aos seis anos.

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O pMi cONSidera qUe aSecONOMiaS da aMérica

laTiNa eSTãO a recUperarbeM MaiS depreSSa dacriSe qUe a dOS eUa.

“MaiSdepreSSa”?

cOMOaSSiM?

eSTãO a chegarrapidaMeNTe aO

eSTadO NOrMal dedeSigUaldade.

17opinião

a visão ou a falta delaA 14ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF) encer-rou no domingo, culminando um intenso programa de acti-vidades que juntou no “Venetian” milhares de participantes oriundos de vários pontos do mundo. Este ano, a MIF atraiu 644 expositores de 48 países e territórios, que apresentaram os seus produtos e serviços em mais de mil stands, num sinal de crescente internacionalização que a organização liderada pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) não se cansou de salientar.

Caído o pano sobre a Feira, a organização fez um ba-lanço ainda mais positivo, facto que, não sendo inédito em situações do género, ganhou relevância pela grandeza dos números divulgados pelo IPIM. Segundo as contas do or-ganismo, até ao início da tarde de domingo, o número de entradas já tinha crescido 21% para mais de 60 mil, com-parativamente à edição do ano anterior, com destaque para os visitantes profissionais, que aumentaram 43% para cerca de oito mil.

Se os visitantes corresponderam às expectativas iniciais, melhores foram ainda os resultados práticos alcançados, tendo em conta que a assinatura de 60 cartas de intenção, memorandos de entendimento e acordos de cooperação en-volveu negócios estimados num montante total de cerca de

sérgio terra*dia-a-dia

jtm/dncarTOON

é fácil cortar no salário quando se é magnata

Cortar o próprio salário em dois terços não é para todos, mas Mukesh Ambani, o homem mais rico da Índia, decidiu fazê-lo em resposta a um apelo governamental para maior austeridade nesta época de crise. Antes já um outro magnata da lista da Forbes, Steve Ballmer, anunciara decisão semelhante, embora mais modesta. O sucessor de Bill Gates na Microsoft, que tem um salário anual de 900 mil euros, vai ganhar menos 5,5%. Ambani, por seu lado, vai ter de passar a viver com um salário em rupias equivalente a 2,1 milhões de euros, o que seria uma dor de cabeça para quem acaba de oferecer um Airbus à mulher e está a construir uma mansão de 60 andares se não tivesse a sétima fortuna do planeta. O negócio herdado do pai, um gujarati da mesma casta de comerciantes que Gandhi, garante-lhe uma riqueza avaliada em 13 mil milhões de euros. A sua Reliance ganha dinheiro do petróleo aos telemóveis.

Também os políticos estão sob pressão para sentirem no bolso a crise. O Presidente da Islândia avançou com a ideia de redução de 5% a 15% dos salários dos governantes, mas o or-ganismo que tutela os pagamentos da função pública considerou ilegal a proposta. Na Austrália o primeiro-ministro já deu passos nesse sentido, nos estados americanos do Ohio e Michigan haverá redução de 5% e 10% dos ordenados dos congressistas a partir de 2011 e na província canadiana de Alberta o primeiro-ministro avançou com uma redução salarial de 15% para si. No Parlamento holandês houve na oposição quem achasse que a prioridade era reduzir não o salário dos deputados, mas sim o da família real, exigindo um corte de 20%. A rainha Beatriz recebe um salário anual de 834 mil euros mais 4,3 milhões para despesas e pode contar com a solida-riedade do Governo, que já disse que os Orange-Nassau merecem aquilo que o país lhes paga. E no Reino Unido David Cameron, mesmo se não ousa implicar com as despesas de Isabel II, fez já saber que se for primeiro-ministro os ordenados dos governantes vão cair 25%.

Esqueçamos, porém, os políticos, sempre suspeitos de populismo. Esqueçamos também magnatas como Ambani ou Ballmer, para quem é fácil ganhar menos e mesmo assim acumular fortunas. E admiremos um movimento que surgiu há dias na Alemanha de ricos que querem dar parte dos bens para ajudar o país a sair da crise. A ideia é simples: um endereço na Internet onde se pode assinar uma petição para que a chanceler Angela Merkel taxe durante dois anos 5% do património dos 2,2 milhões de alemães com mais de 500 mil euros de fortuna. A ini-ciativa partiu de Dieter Lehmkuhl, um médico reformado, que quer fazer assim entrar cem mil milhões de euros nos cofres públicos e destiná-los a medidas sociais. Assinar a petição exige uma quota de 200 euros e ter como fortuna pessoal o tal meio milhão de euros (um milhão dos antigos marcos).

JTM/Diário de Notícias

leonÍdio paulo ferreiraTribUNa

a minha política é a família e vice-versa

Jean Sarkozy queria presidir à EPAD, uma empresa pública francesa que gere a área de La Défense, vizinha de Paris e sede de grandes empresas. Jean Sarkozy tem um currículo curto que de louvável só revela alguma teimosia: vai no terceiro ano que frequenta o segundo ano de Direito. Juntando a grandeza de um facto (EPAD, negócio movimentando mil milhões de euros anuais) e a brevidade do outro (Jean, que acaba de fazer 23 anos), já houve quem falasse de nepotismo, embora o termo venha do latim nepos, que quer dizer sobrinho. Ora foi mesmo o pai de Jean, o Presidente francês Nicolas Sarkozy, que o favoreceu.

Mas, na verdade, o termo nepotismo abrange todos os favores feitos dentro da família. A sua origem é medieval e definia o hábito de alguns Papas. Sem poderem ter filhos, os Papas, quando tinham um, chamavam-lhe sobrinho e, em alguns casos, faziam-no eleger bispo para que pudesse suceder-lhes. O Papa Alexandre VI, que era sobrinho de Calisto III, fez de um irmão da sua amante cardeal, que se tornou Paulo III, que nomeou cardeais dois sobrinhos, de 14 e 16 anos, e assim por diante. Essa prática de “sobrinhismo” ganhou, então, o nome de nepotismo.

Hoje, na política, este é fenómeno que toca comunistas (ver a dinastia norte-coreana: Kim Jon-un, aguardando suceder ao pai Kim Jon-il, que sucedeu ao pai Kim Il-sung) e democratas (Indira Gandhi é filha de Pandita Nehru, ambos primeiros-ministros da Índia). Generaliza-se às outras relações familiares (o Presidente Raúl Castro sucedendo ao irmão Fidel, a Presiden-te argentina Cristina Kirchner sucedendo ao marido Néstor) e enquista famílias a tendências políticas (na Grécia, os Karamanlis são de Direita e os Papandreou, socialistas).

Por causa do escândalo, Jean Sarkozy já foi obrigado a recuar na sua pretensão à pre-sidência da EPAD. Mas não foi por falta de elogios de Thierry Solère, vice--presidente do UMP (o partido de Nicolas Sarkozy): “Jean é filho de um génio político, não é de admirar que seja precoce. Quando alguém é filho de Zidane, não é de admirar que jogue bem ao futebol.” Arriscada comparação, que denuncia bem quanto o nepotismo é um abuso.

Se o nepotismo funciona, não é por causa do ADN mas pela velha técnica do empur-rãozito. A prova é que no futebol não há nepotismo. Nunca houve filhos ou sobrinhos de Pelé, Puskas ou Di Stéfano que singrassem com a bola nos pés. O génio Cruijff, que até foi treinador e formou futebolistas como Guardiola, não conseguiu fazer do seu filho Jordi senão um razoável atacante. O futebol, ao contrário da política da Santa Sé e da política política, desenrola-se perante o olhar dos milhões de especialistas que somos, capazes de distinguir o talentoso do simplesmente sobrinho do chefe.

JTM/DN

ferreira fernandesapONTaMeNTO

4,3 mil milhões de patacas, o que representa uma subida de 30% face a 2008 e o volume mais elevado de sempre.

Diz-nos a experiência que alguns destes negócios ou ma-nifestações de interesse poderão vir a não passar do papel ou a ter a sua concretização prolongada no tempo, mas trata-se de um fenómeno que é normal no universo empresarial, em geral, e nas feiras de comércio e investimento, em particular. Por isso, os milhões agora anunciados não deixam de ser obra, sobretudo numa altura em que os reflexos da crise fi-nanceira internacional continuam a condicionar investimen-tos e a afectar sobremaneira inúmeras economias.

A organização dirigiu ainda palavras de elogio às em-presas locais, que participaram em mais de 90% dos acordos firmados, e às sediadas nos países lusófonos, considerando que tiveram uma “presença forte” na Feira. No entanto, na Lusofonia residiu, porventura, uma das poucas notas negati-vas, com a diminuição do número de empresas portuguesas: 15 contra as 22 registadas em 2008.

A redução da presença lusa na MIF, que já ficou espe-lhada em edições anteriores, foi interpretada pelo responsá-vel pela delegação da AICEP para Macau, Hong Kong e sul da China, como consequência da conjuntura económica e do cariz “generalista de enfoque regional” do certame, em-

bora o organismo se esforce por destacar as potencialidades do território, designadamente como ponte estratégica para acesso aos mercados da China Continental.

Ainda em jeito de balanço, os representantes de diversas empresas participantes ouvidos pelo JTM manifestaram-se, de uma forma geral, satisfeitos com as oportunidades de ne-gócio detectadas na MIF e muitos prometem regressar em 2010. Com esta promessa fica também reconhecido o bom trabalho de promoção do IPIM que, não se deixando atemo-rizar pelo “fantasma” da crise, teve arte, engenho e visão para cativar empresários de um número recorde de países e territórios, incluindo 14 estreantes, onde a crise também bateu à porta e as ligações a Macau são incipientes, quando comparadas com o caso português.

Para o ano há mais MIF, mas esperemos é que não conte ainda com menos empresas portuguesas e que estas perce-bam em definitivo, como defendeu o administrador da AI-CEP, Luís Florindo, que “vale a pena aproveitar” as oportu-nidades oferecidas por Macau. Pelo menos, que se apure o sentido da visão entre o empresariado português, porque o repto não é novo, mas a mensagem tarda em vingar.

*Director Editorial Executivo

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18 entretenimento

Jennifer Hudson faz dietaA protagonista do filme “Dre-am Girls” foi mãe há dois meses. Depois do nascimento do pequeno Daniel, Jennifer Hudson fez uma rara aparição pública numa gala em Nova Iorque, onde posou ao lado da estilista Donatella Versa-ce, e revelou que está a fazer tudo para perder peso. Jennifer adoptou um regime alimentar mais saudável, colocando de lado alimentos ricos em açu-car. A cantora afirmou que ain-da está longe do seu peso ideal, mas que não vai perder a força de vontade e praticar exercício físico todos os dias.

Clientes escolhem final para George ClooneyO actor norte-ameri-cano George Clooney volta a protagonizar a nova campanha pu-blicitária da marca Nespresso. Mas para esta nova iniciativa, a marca de café deci-diu dar a oportunidade aos seus clientes de decidirem qual o final do anúncio protagonizado pelo actor. O final que tiver mais votos será exibido na televisão. Os interessados em escolher o final do anúncio da Nespresso terão de se registar no Club Nespresso, no site www.nespresso-whatelse.com. Esta não é a primeira vez que a marca leva a cabo uma iniciativa deste género, já que no final do ano passado também foram os clientes da Nespresso a escolher o final do anúncio que circulou pelas televisões de todo o mundo.

Cameron Diaz diz estar incerta sobre o seu futuroCameron Diaz não sabe o que quer para o futuro. A actriz não tem certeza se quer continuar com a carreira ou se concentra as suas energias em formar uma família. “Estou perto dos 40 e não sei o que quero”, disse. “Mas tenho certeza que não vou ficar sentada e com medo. Estou a viver ao máximo”, completou, segundo o site “Con-tact Music”. Mas para o presente, Cameron, que não tem filhos, quer continuar com os filmes. “Estou feliz com meu trabalho”, disse.

Natalie Portman cortou os pulsos aos 14 anosNatalie Portman fez uma confissão: cortou os pulsos quando era adolescente depois de uma grande discussão com a mãe. A actriz disse que fez o que fez algum tempo depois de ter actuado, aos 14 anos, no filme “Heat”, em 1995. O seu papel de uma menina que morria da mesma maneira, afectou-a psicologi-camente na altura. “Foi algo que fiz e nunca voltei a fazer. Eu tinha 14 anos. Um ano depois, após uma discussão com a minha mãe, acabei por me ferir. Ver os meus pulsos ensanguentados num filme, sem dúvida, afectou-me psicologi-camente”, explicou.

JETESETE

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28822866Serviço de atendimento a clientes

www.macaucabletv.com

Avenida da Praia Grande, 975 Tel: 28714000

Clube Militar de Macau

Número de Socorro........................... 999bombeiros..............................28 572 222pJ (linha aberta)................................993pJ (piquete)............................28 557 775pSp.........................................28 573 333Serviços de alfândega............28 559 944centro hospitalar conde S. Januário..................28 313 731hospital Kiang Wu..................28 371 333ccac.....................................28 326 300iacM.......................................28 387 333dST.........................................28 882 184aeroporto..................................59 888 88Táxi (amarelo)....................... 28 519 519Táxi (preto).............................28 939 939Água - avarias............................2990 992Telecomunicações - avarias.............1000electricidade - avarias............28 339 922directel...................................28 517 520rádio Macau..........................28 568 333

T e l e f o n e s úT e i s

t e l e v i s ã o

Tdm 13:00 TdM News 13:20 Jornal das 24h rTpi rTpi (directo)17:30 (rep.) liga italiana: cagliari Vs genoa19:00 TdM desporto 19:45 Vila Faia20:25 acontecimentos históricos20:30 Telejornal21:00 Jornal da Tarde22:15 amazónia22:58 acontecimentos históricos23:00 TdM News23:35 Montra do lilau00:10 as escolhas de Marcelo rebelo de Sousa00:45 as Notas Soltas de antónio Vitorino

ATV12:00 primacy Tea house 13:00 Stories From afar ii13:30 light of Million hopes 14:00 eTV16:00 rupert bear16:15 razzberry Jazzberry Jam16:40 Yo gabba gabba!17:05 Tricky TV 17:35 aTV putonghua News17:53 putonghua economic bulletin18:00 putonghua Weather report18:05 china News Update 18:25 biz china18:55 inside Story19:25 Financial report19:30 News and Weather report 20:00 globe Trekker 21:00 private practice 22:00 criminal Minds 23:00 late News 23:18 Financial Update 23:20 Motorvision 00:10 china News express00:35 Taiwan News express 01:00 Wall Street Warriors01:30 around china02:00 culture express02:25 in Focus02:55 Financial information Service

TVB13:00 ccTV 9 14:00 Market Update14:40 inside the Stock exchange14:43 Market Update15:58 inside the Stock exchange16:00 Sesame Street17:00 avatar17:30 endurance Fiji 18:00 putonghua News18:10 putonghua Financial bulletin18:15 putonghua Weather report18:20 Financial report18:30 global Football19:00 The Works 19:30 News and Weather report 19:55 earth live 20:00 cheese Slices 20:30 las Vegas 21:25 6 billion Others 21:30 Fearless planet 22:30 Marketplace 22:35 24 23:30 World Market Update 23:35 News roundup23:50 earth live 23:55 primeval 00:55 The pearl report 01:25 The greats 01:50 Music Video hits02:00 bloomberg Television05:00 TVbS News05:30 ccTV News

De

st

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52 Animal Planet13:00 Massive Nature - Usa14:00 Tiger Zero15:00 deadliest catch16:00 bird With The golden eye17:00 criminal intent18:00 costa rica - The arribada19:00 big Five, little Five - elephant20:00 battle For The amazon21:00 Up close and dangerous22:00 Killer Jellyfish23:00 left For dead

54 History13:00 Seven deadly Sins - anger14:00 how The earth Was Made Tsunami15:00 life after people - Outbreak16:00 First apocalypse18:00 deadliest Weapons19:00 The aztecs20:00 Voices in Time21:00 The comet22:00 cosmic apocalypse23:00 Underground apocalypse00:00 rubber

63 star World13:00 Worst Week14:00 The ellen degeneres Show15:00 7th heaven16:00 Monk17:00 according To Jim17:30 The Simpsons18:30 hope & Faith 19:00 Friends20:00 royal pains21:00 desperate housewives 22:00 dirty Sexy Money23:00 Two and a half Men00:00 Seinfeld

22:30 New World in My View23:30 return Of The living dead

43 mGm12:45 love and death14:15 crime and punishment in Suburbia16:00 The legend of Johnny lingo17:30 golden gate19:00 The Offence21:00 high Spirits22:45 Madhouse 00:15 Zone Troopers

50 discovery13:00 concrete glider14:00 baby Mammoth15:00 deadliest catch Season 516:00 built From disaster - Tunnels17:00 hurricane Window18:00 how its Made19:00 Seven Wonders Of china20:00 The god Of rice21:00 i Was bitten22:00 predators’ prey23:00 destroyed in Seconds00:30 Skinwalker

51 nGC13:00 Silk road14:00 russia’s Nuclear Sub Nightmare15:00 1980s The Future has landed16:00 Stone age apocalypse17:00 Nat geo Junior18:00 Wild Wind Workers19:00 russia’s Nuclear Sub Nightmare20:00 Three gorges dam21:00 System breakdown22:00 half Million Volt Workers23:00 Who’s Flying The plane?00:00 Wild Wind Workers

30 esPn13:00 barclays premier league liverpool Vs. ManUnited15:01 european Table Tennis championships18:00 premier league highlights19:00 baseball Tonight19:30 Sportscenter asia20:00 Football Focus with John dykes21:00 Final Score21:30 premier league World22:00 Sportscenter asia22:30 Football Focus with John dykes23:30 barclays premier league West ham United Vs. arsenal

31 star sports13:00 Fia Wrc daily highlights 2009 Wales rally13:30 engine block 200914:00 bwf Super Series Japan Open highlights15:00 afc champions league Semifinal, Leg 117:00 Fia Wrc daily highlights 2009 Wales rally17:30 engine block 200918:00 Fei World cup Jumping19:00 great Move east - The Wgc hsbc champions preview19:30 barclays premier league burnley Vs. Wigan athletic21:30 Score Tonight22:00 The golf club 2009 22:30 golf Focus 200923:00 great Move east - The Wgc hsbc champions preview23:30 engine block 2009

32 star sports Asia13:00 engine block 2009

13:30 Moto gp World championship 2009 - Main race Malaysian Motorcycle gp16:30 Simply The best17:00 Max power 2009/1018:00 Fei World cup Jumping19:00 engine block 200919:30 afc champions league Semifinal, Leg 121:30 Score Tonight22:00 golf club 200922:30 golf Focus 200923:00 le Mans Series 2009 Season review

40 star movies12:30 hitman14:00 cleaner15:30 Outsourced17:20 planet Of The apes19:20 Skinwalkers21:00 Thomas crown affair22:55 The Fog00:40 Severance

41 HBo13:00 The glass house15:00 True colors17:00 School Ties19:00 The Other boleyn girl21:00 Snow angels22:45 Tmz 09123:10 Sex and The city

42 Cinemax13:00 Wind chill15:00 The birds ii: land’s end16:30 letter To My Killer18:00 Wonder Woman19:30 lost boys: The Tribe21:00 The Werewolf

19roteiro

Propriedade: Tribuna de Macau, empresa Jor na lística e editorial, S.a.r.l. • Administração: José rocha dinis • director: José rocha dinis director editorial executivo: Sérgio Terra • Redacção: diana do Mar (editora), Olga pereira e raquel carvalho Colaboradores: albano Martins, antónio Martins (desportos Motorizados), daniel carlier, henrique Manhão, João Fernandes, Jorge rangel, José luís Sales Marques, leonel barros, luís Machado, Miguel Senna Fernandes, Nuno lima bastos, rui rey e Sebastião gageiro • Grafismo: hugo Neves e Susana Farr Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da lusa e Xinhua Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: calçada do Tronco Velho, edifício dr. caetano Soares, Nos4, 4a, 4b - Macau Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 (3 linhas) • fax: (853) 28337305 • email: [email protected] (serviço geral)

42 Cinemax23:30

return Of The living dead

50 discovery15:00

deadliest catch

40 star movies22:55

The Fog

41 HBo21:00

Snow angels

c i n e m a

Cineteatro - sala 1 Cineteatro - sala 2 Cineteatro - sala 3

Um filme de: Hitoshi Iwamotocom: Takayuki Yamada, hiroshi Tamaki

mW 14:30H 19:30H 21:30H

Torre de macau

Um filme de: Qunshu Gaocom: hanyu Zhang, Xun Zhou, bing li

Um filme de: David Bowerscom: Kristen bell, Nicolas cage, bill Nighy, Samuel l. Jackson

Um filme de: Yonfancom: Fan Zhi Wei, chang hsiao chuan

The message(falado em mandarim, com

legendas em Chinês e inglês)Astro Boy

(falado em Cantonense)Prince of Tears

(falado em mandarim, comlegendas em Chinês e inglês)

14:30H 16:30H 19:30H 21:30H

14:30H 16:30H 19:30H 21:30H

14:30H 16:45H 19:15H 21:30H

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Administração, Direcção e Redacção: calçada do tronco Velho, edf dr. caetano soares,

nos 4, 4a, 4b - Macaucaixa postal: 3003

telefone: 28378057 • fax: 28337305

tem

po 23ºc 28ºc

23ºc 28ºc

fonte: serviços meteorológicos e geofÍsicos www.smg.gov.mo

hoje amanhã

20 última

t e r ç a - f e i r a , 2 7 d e o u t u b r o d e 2 0 0 9 00:30 HorasfecHo desta edição Jtm

Desde 1982

TENDO EM CONTA A ExISTÊNCIA DE uM GOVERNO MINORITáRIO

Cavaco Silva pede “rumo de futuro”e realça importância da “negociação”

Cavaco Silva enfatizou ontem a necessidade de um Governo minoritário seguir uma “cultura de negociação” assente no diálogo e na procura dos consensos possíveis

Sócrates promete assumir “plenamente”diálogo político e social como “um valor”

Sócrates disse ontem ver o diálogo político e social como um “valor” e a condição para a “estabilidade”. No seu discurso de tomada de posse do Governo, o primeiro-ministro

reiterou ainda o “empenhamento” na cooperação institucional com Cavaco Silva

O Presidente da República Portugue-sa, Aníbal Cavaco Silva, sublinhou ontem a importância de um Governo minoritário seguir uma “cultura de negociação” e alertou que mais do que reformas, o país precisa de “um rumo de futuro”. “É claro para todos que, neste quadro político, o diálogo e a concentração na procura dos consensos possíveis ganham uma relevância acrescida”, afirmou o chefe de Estado português, no seu discurso na tomada de posse do XVIII Governo Constitucional.

Lembrando que a situação de exis-tir um Executivo minoritário “não é inédita”, Cavaco Silva sublinhou, no entanto, a necessidade de encontrar compromissos com as outras forças políticas, ouvir os agentes sociais e as organizações da sociedade civil, bem como “estar particularmente atento aos problemas reais que as famílias enfrentam no dia-a-dia”. Por outro lado, acrescentou, “a uma cultura de negociação deve corresponder uma cultura de responsabilidade por parte das diversas forças políticas e dos agentes económicos e sociais”.

“O nosso futuro colectivo é uma responsabilidade de todos e há com certeza vários domínios em que é possível ultrapassar diferenças e fazer obra em comum”, salientou. Já no final da sua intervenção, que teve uma duração de cerca de 15 minutos, o chefe de Estado deixou ainda um alerta, considerando que “o país precisa de um rumo de futuro”.

“O país precisa de reformas, sem dúvida. Mas, mais do que

O primeiro-ministro português prometeu ontem assumir “plenamente” o diálogo político e social como “um valor”, con-siderando que essa é condição de estabi-lidade, e reiterou o “empenhamento” do Governo na cooperação institucional com o Presidente da República. José Sócrates falava no discurso de tomada de posse do XVIII Governo Constitucional, o segundo por si liderado.

No seu discurso, o primeiro-ministro referiu-se às condições de governabilidade do seu Executivo, que tem apenas maio-ria relativa na Assembleia da República. “Assumo plenamente o valor do diálogo político e social, que é condição de esta-bilidade. Mas, que ninguém duvide, estou bem consciente do mandato democrático que este Governo recebeu: o mandato de prosseguir as reformas e a modernização”, sustentou.

Neste contexto, Sócrates deixou as mensagens de que o seu executivo está “decidido a cumprir” o programa que o eleitorado sufragou nas últimas eleições

câmbios - indicativospataca compra vendaus dólar 7.93 8.03euro 11.93 12.08iene 0.086 0.087

fonte: bnu

por Teresa Freitas

gigiMais uma cadelinha vinda das obras e que cresceu na anima. é pequenina, portátil, simpática, jovem, e se para alguns parece menos bonita, para nós é um encanto de cadela. o pêlo é curtíssimo, e poderia até ser de uma exótica raça oriental, e o focinho meigo e patusco torna-a querida por todos nós. tem dois anos e é cheia de vida nas suas brincadeiras, desafiando-nos permanentemente para uma boa corrida, sempre com as patas da frente para baixo e o traseiro levantado, com a sua cauda que nunca pára de abanar quando brincamos com a gigi. Que há melhor do que ver um cão assim, pronto para brincar e nos encantar?

café ou laranjada?o café é mais uma es-tatística dos animais que perderam o avião com os donos. nem a sua pacien-te meiguice convenceu a dona a levá-lo com ela para Portugal. Aqui ficou e aqui vai ficando. Já não é um cão muito novo, e talvez por isso se tenha tornado num animal tolerante e pacífico,

com todo o peso das suas desventuras. simpatiza com todos os cães e com pessoas e crianças nem se fala. Merece melhor sorte do que ser apenas catalogado de “abandonado”, e quem lhe desse um lar, mereceria também o melhor do mundo, e temos a certeza que o café se encarregaria de contribuir para isso. ah, apenas um pequeno reparo: o café tem medo de trovoada, e em noites de tempestade é bem provável que seja encontrado dentro da cama, bem escondido entre os lençóis!

elpis, attis e naniadirectamente do olimpo vieram estes três gatinhos assustados. assim que chegaram ao contacto com humanos, lançaram toda a sua ira na forma de assustadoras bufadelas, na tentativa de nos afugentar a nós, comuns mortais. Mas foi só no primeiro dia. um pequeno trabalho de conquista divina, com deliciosas papas para gatos-deuses, e umas mãos quentinhas que até faziam umas festinhas de fechar os olhos e sonhar durante horas em escassos minutos. são um rapaz e duas meninas (cujas cores já falámos, são características apenas das gatas), sendo que uma delas, a nania, é especial, sem cauda, que a torna realmente adorável. estavam num pequeno mecânico que nos pediu ajuda, pois nesta fase os gatinhos são mais adoptáveis do que quando crescem e depois não se conseguem adaptar a humanos. do mesmo local veio uma gata adulta, que aproveitámos para este-rilizar e como é muito querida ali no bairro, onde é protegida e alimentada, para lá voltará para assim que recuperar. estes três pequenos gatinhos em três tempos estarão rendidos às coisas mais terrenas, uma caminha almofadada, uma suculenta lata ou uma varanda cheia de sol, e, como bons gatos que são, farão de seus donos os seus eternos adoradores.

Contacto da Anima: 28715732e-mail: [email protected]

morada: Estrada do Altinho de Ká Hó, Coloane

Vida de cãO

legislativas e que “todas as instituições e responsáveis do nosso sistema político, sem excepção, poderão contar com a lealdade e o respeito do Governo”.

“Renovo o empenhamento do Go-verno na cooperação institucional com o senhor Presidente da República; e reafirmo o respeito do Governo pelo Par-lamento, a quem responde politicamente. O Governo sabe bem quais são as suas competências, tal como conhece e res-peita as competências dos outros órgãos

reformas, o país precisa de um rumo de futuro. Traçar uma linha de rumo que una os portugueses”, disse, in-sistindo na necessidade de vencer o desânimo e a descrença e estimular a confiança.

O Presidente da República portu-guesa reconheceu, contudo, que “é difícil a tarefa que o XVIII Governo Constitucional tem pela frente”, pois além de procurar entendimentos que permitam a governação doa país e ven-cer “as adversidades que são comuns e normais” em executivos minoritários, terá também de enfrentar problemas económicos e sociais complexos. Por isso, frisou, o Governo que agora toma posse e que “tem plena legitimidade constitucional para governar” deverá dar particular atenção ao desemprego e ao endividamento externo.

Cavaco Silva defendeu ainda que o país exige “uma política social ac-

tiva”, reiterando que com o actual nível de desemprego do país, “os portugueses compreenderiam mal que os agente políticos não concentrassem a sua atenção na resolução dos problemas concretos das pessoas”. Prometendo o seu “empenhamento” na tarefa de traçar um “rumo de futuro”, o chefe de Estado reno-vou a intenção de dar o seu contributo para os portugueses não “baixarem os braços nesta hora decisiva”. “É grande a respon-sabilidade de todos no momento actual. É grande, sem dúvida a responsabilidade do novo Governo, mas também das diversas forças políticas e dos agentes económicos e sociais”, sublinhou, formulando “votos dos maiores sucessos” ao novo Governo.

de soberania”, vincou Sócrates.Ainda sobre a nova conjuntura política, o

primeiro-ministro referiu que o novo qua-dro “impõe a todas as instituições e a todos os agentes políticos um elevado sentido de responsabilidade”. “Responsabilidade, desde logo, com a estabilidade política. Estabilidade que é um valor essencial para atrair investimento, aumentar a confiança, estabelecer acordos sociais, tomar decisões de fundo e responder com eficácia à crise económica”, apontou José Sócrates.