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20 A Jornal Sinafresp nos FENAFISCO F I L I A D O Publicação oficial do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo Agosto de 2008 Ano 19 Nº 149 Os Agentes Fiscais de Rendas do Estado reuniram-se na Assembléia Legislativa de São Paulo, no dia 5 de agosto, para acom- panhar a tramitação do Projeto de Lei Complementar nº 35/2008 e reforçar a necessidade da aprovação de uma PEC do subteto único. Cerca de 200 AFRs compareceram ao encontro. Após a reunião no auditório Franco Montoro, os fiscais de rendas dividiram-se em grupos para visitar os 94 deputados estaduais e entregar um ofício com reivin- dicações da categoria. (página 4) No dia 19 de agosto, os presidentes do Sinafresp Lauro Kuester Marin, e da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior, encontraram-se com o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, para entregar o abaixo-assinado dos Agentes Fiscais de Rendas. Durante a entrega, os representantes das entidades também reforçaram a importância da aprovação das emendas saneadoras ao Projeto de Lei Complementar nº 35/2008. Após o término da reunião, eles redigiram um Comunicado Conjunto com detalhes do en- contro. Leia a matéria na página 3. Agentes Fiscais de Rendas fazem mobilização na Alesp Sinafresp e Afresp entregam abaixo-assinado aos líderes da Alesp, Serra e Mauro Ricardo 6 Governador pede urgência na tramitação do Projeto de Lei Complementar 35/2008 5 Secretário acata parte das emendas solicitadas por AFRs

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20 AJornal SinafrespnosFENAFISCO F I L I A D O

Publicação oficial do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo Agosto de 2008 Ano 19 Nº 149

Os Agentes Fiscais de Rendas do Estado reuniram-se na Assembléia Legislativa de São Paulo, no dia 5 de agosto, para acom-panhar a tramitação do Projeto de Lei Complementar nº 35/2008 e reforçar a necessidade da aprovação de uma PEC do subteto único.

Cerca de 200 AFRs compareceram ao encontro. Após a reunião no auditório Franco Montoro, os fiscais de rendas dividiram-se em grupos para visitar os 94 deputados estaduais e entregar um ofício com reivin-dicações da categoria. (página 4)

No dia 19 de agosto, os presidentes do Sinafresp Lauro Kuester Marin, e da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior, encontraram-se com o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, para entregar o abaixo-assinado dos Agentes Fiscais de Rendas.

Durante a entrega, os representantes das entidades também reforçaram a importância da aprovação das emendas saneadoras ao Projeto de Lei Complementar nº 35/2008. Após o término da reunião, eles redigiram um Comunicado Conjunto com detalhes do en-contro. Leia a matéria na página 3.

Agentes Fiscais de Rendas fazem mobilização na Alesp

Sinafresp e Afresp entregam abaixo-assinado aos líderes da Alesp, Serra e Mauro Ricardo6Governador

pede urgência na tramitação do Projeto de Lei Complementar 35/20085

Secretário acata parte das emendas solicitadas por AFRs

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Notas da Diretoria

PROMOÇÕES POR ANTIGUIDADE DE AFRs DE 2004 - ANDAMENTO

Segundo informações da Comissão de Promoção, as promoções por antiguidade dos AFRs do exercício de 2004 devem estar concluídas até a primeira quinzena de setem-bro de 2008. Foram recepcionados 27 re-cursos à listagem classificatória publicada no Diário Oficial de 31 de julho passado, que já foram processados e estão cumprindo for-malidades de trâmite. Uma vez vencida esta etapa, será publicada a listagem classificató-ria definitiva a qual não caberá mais recurso e, finalmente, a homologação por parte do secretário da Fazenda dos AFRs promovi-dos. Conforme intenção do Coordenador da Administração Tributária Otavio Fineis e do Secretário Mauro Ricardo e após inten-sa campanha do Sinafresp neste sentido, as promoções atrasadas estão sendo atualizadas e processadas na maior brevidade possível. Posteriormente ao encerramento da antigui-dade de 2004, em curto espaço de tempo de-vem se iniciar os procedimentos para a pro-moção por merecimento de 2005.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA NOVO MINISTRO DESCARTA A

HIPÓTESE NO GOVERNO LULA

Em notícias publicadas na imprensa em 13 de agosto, o novo Ministro da Previdência Social José Pimentel enterrou de vez qualquer expectativa de uma Reforma da Previdência nos próximos dois anos, segundo suas pala-vras: “Os cálculos que temos mostram que até 2050 não é preciso uma nova reforma previdenciária; a questão é gestão e cresci-mento econômico”. Ainda de acordo com a notícia, entre os desafios de Pimentel está a retomada da idéia de formalizar em lei uma nova contabilidade da Previdência Social, se-parando as contas das aposentadorias urba-nas dos benefícios especiais (trabalhadores rurais, pescadores artesanais e atividade ex-trativista), lei esta que será encaminhada ao Congresso Nacional ainda este ano na forma de um projeto de lei ou como Medida Pro-visória. No ano passado, o Fórum Nacional da Previdência Social discutiu a necessidade ou não de uma Reforma Previdenciária para os trabalhadores das empresas privadas, mas não chegou a conclusões consensuais sobre a necessidade de tal Reforma. Também, a representação empresarial do Fórum tentou discutir nova Reforma para a Previdência do Servidor Público, o que não conseguiu em razão da atuação da representação das Cen-trais Sindicais e do único Servidor Público a

ter assento no Fórum – o presidente Lauro do Sinafresp – ficando, a muito custo, fora das conclusões do Fórum a discussão de nova Reforma no Serviço Público. A infor-mação de que o Governo Lula não preten-de fazer uma Reforma Previdenciária nem na área privada nem na área pública é uma boa notícia para os servidores públicos, que já sofreram profundas perdas de direitos nas Reforma Previdenciárias de 1998 e 2003 e estão sempre assustados com as propostas que o meio empresarial tenta passar ao Go-verno Federal, que quer reduzir os custos dos benefícios previdenciários e aumentar as contribuições previdenciárias dos traba-lhadores e servidores públicos utilizando o falso argumento que o excessivo custo previ-denciário prejudicaria a competitividade das empresas do País no mercado internacional.

GREVE DOS DELEGADOS E DA POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de São Paulo entrou em greve no dia 12 de agosto, porém no dia se-guinte suspendeu o movimento devido a um acordo de Representantes da categoria com o Tribunal Regional do Trabalho, no senti-do de haver audiências de conciliação com o Estado. A categoria tem 35 mil servidores e reivindica aumento salarial de 58% a 200% e participação na eleição do delegado-geral de polícia, hoje nomeado pelo governo. Segun-do o jornal Folha de S. Paulo de 21/8/2008, na atualidade o Estado de São Paulo paga o menor salário em início de carreira para um Delegado da Polícia Civil, ou seja, R$ 3.708,00. Por outro lado, segundo cálculo do governo paulista, a reivindicação se aten-dida na íntegra, resultaria num acréscimo anual de despesa de R$ 5,5 bilhões – entre outros fatores, porque teria de ser estendida à PM e à Polícia Científica, sem contar as aposentadorias especiais – na atualidade o gasto total é de R$ 7 bilhões. O governo do Estado e o comitê que representa 19 sindi-catos e associações de delegados, escrivães e investigadores da Polícia Civil devem discu-tir no dia 4 de setembro uma possível pro-posta do governo sobre o reajuste salarial. Essa data foi estabelecida com mediação do TRT para que o governo estadual apre-sente uma nova proposta de aumento para a categoria, depois disso os policiais devem decidir em assembléia se voltam a paralisar suas atividades, sendo que até a apresenta-ção da proposta, as partes devem fazer duas reuniões de trabalho. Se não houver acordo, a greve da polícia irá a julgamento no Tribu-nal Regional do Trabalho.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS X PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

ART. 7º. INCISO XI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Foi de extrema felicidade para sanar tor-turantes dúvidas que atormentavam a Classe Fiscal a exposição ministrada pelo Procura-dor Geral do Estado Marcos Fábio Nusdeo na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa em 27 de agosto passado, pois ele mostrou de forma clara e cristalina que dois institutos previstos no inciso XI do artigo 7º. da Constituição Fe-deral não se misturam: a “participação nos lucros” e “a participação nos resultados”. Prevê o artigo 7º. em seu inciso XI, que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: “XI – participação nos lu-cros, ou resultados, desvinculada da remu-neração, e , excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.” Como bem disse o Procurador Ge-ral Nusdel, se lucro e resultado tivessem no referido inciso o mesmo significado, não estariam separados por vírgula, nem pela palavra “ou”; assim o constituinte quis mostrar claramente que são dois institutos diferentes, ou seja, “lucro” referindo-se ao cotejamento financeiro e/ou contábil posi-tivo de receitas e despesas de uma empresa e “resultados” ao cotejamento positivo pelo atingimento de metas, objetivos propostos ou outras formas de aferição de desempe-nho, que a empresa propõe a seus funcioná-rios e eles os atingem parcial ou totalmen-te, porém não necessariamente objetivos financeiros e necessariamente diferentes do lucro obtido por uma empresa. Escla-receu o Procurador Geral que o Estado ou organização pública jamais poderá instituir participação nos lucros de um ente público, pois os entes públicos diferentemente de uma empresa privada não visam e nem ob-têm lucro, os entes públicos devem ao final do exercício financeiro/orçamentário ter suas receitas e despesas exatamente iguais em seus orçamentos, de modo a nunca ge-rarem lucros ou prejuízos. Porém os entes públicos, uma vez que a Constituição Fede-ral não veda, podem instituir mediante lei participação nos resultados para seus servi-dores, ou seja, pelo cumprimento parcial ou total de metas estabelecidas pelo Poder Pú-blico, podem os servidores públicos ganhar prestação pecuniária eventual, de modo a atenderem ao princípio da “eficiência” previsto para a Administração Pública no artigo 37 da Constituição Federal.

No dia 19 de agosto, o secretário da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costa recebeu em seu gabinete as entidades Sinafresp e a Afresp, representadas por seus president es, Lauro Kuester Marin e Luiz Carlos Toloi Junior, e seus vices, Cláudio Fambrini e João Dias Yanes. A reunião contou também com a presença do coordenador de Administração Tributária, Otávio Fineis, e do diretor-executivo da Administração Tributária, José Clóvis Cabrera.

No encontro, as entidades representativas da Classe entregaram ao secretário o abaixo-assinado dos Agentes Fiscais de Rendas com aproximadamente 2.800 assinaturas e solicitaram sua anuência e apoio para inserção das emendas de números 1, 2, 7, 9, 13, 26, 28, 34, 35, 40, 42, 50, 52, 54, 58, 77, 80 e 81, no Projeto de Lei Complementar nº. 35/2008. Foram, ainda, expostos os motivos que fundamentam o pedido de acolhimento das emendas por parte da Classe dos AFRs.

Também pediram o apoio e empenho do secretário junto ao go-vernador José Serra e aos parlamentares da base governista na As-sembléia Legislativa para a tramitação e aprovação de uma PEC do subteto único dos servidores do Estado, equivalente ao subsídio do desembargador estadual.

Por solicitação das entidades e apoio dos colegas Otávio Fineis e Clóvis Cabrera, o secretário Mauro Ricardo reabriu negociações para o acolhimento de emendas que a Classe julga essenciais e que, se-gundo exigência do secretário, não desfigurem a Reestruturação da Carreira proposta pela Administração Estadual.

Após intensa argumentação, ficou acordado entre as entidades da Classe e o secretário Mauro Ricardo o acolhimento das seguintes emendas:

- na integralidade, as emendas de números: 1 – que inclui o bolinho, bolão e bolão mensal nos vencimentos;9 – que evita a absorção de parcelas do resíduo na promoção ou

na mudança de nível por confirmação do cargo;40 – que possibilita que as vantagens pecuniárias não incorporadas

ou não incorporáveis façam parte do resíduo (Vantagem Pessoal);58 – que aperfeiçoa critérios de cálculo do resíduo (Vantagem Pes-

soal);80 – que define mais claramente a paridade entre ativos, inativos e

pensionistas no recebimento da Participação nos Resultados (PR).

- parcialmente, a emenda de número:28 – que permite sejam contados como dias de efetivo exercício,

para efeito de recebimento da Participação nos Resultados, os afas-

tamentos decorrentes de licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção, além das férias já previstas na redação original.

O secretário também aceitou a elaboração por parte da base par-lamentar do Governo na Assembléia Legislativa, das seguintes novas emendas:

- que permita ao secretário da Fazenda dispensar, através de Reso-lução, o interstício para promoção, quando o número de servidores a promover não atingir o percentual de 20% no nível;

- que considere como dias de efetivo exercício para efeito de re-cebimento da Participação nos Resultados (PR) os afastamentos de-correntes de licença-prêmio ocorridos no período de 1º de janeiro de 2008 a 31 de julho de 2008;

- que permita que as licenças-prêmio não usufruídas a que fazem jus os AFRs possam ser transformadas em pecúnia no momento da aposentadoria ou em caso de falecimento.

Mauro Ricardo se comprometeu a sensibilizar o governador, a ban-cada do Governo na Alesp e seus pares no secretariado, para o acolhi-mento e aprovação das emendas acordadas. Por sua vez, as entidades se comprometeram a divulgar o acordo junto as lideranças partidárias na Assembléia Legislativa de São Paulo e aos colegas AFRs.

As emendas acordadas não atendem plenamente aos anseios da Classe, assim como muitas das reivindicações acolhidas contrariam o desejo pessoal do secretário Mauro Ricardo e setores do Governo. Porém, para que as partes pudessem chegar a um acordo, ambas ti-veram que ceder.

Quanto ao seu apoio e empenho na tramitação da PEC do sub-teto único equivalente ao subsídio do desembargador, o secretário se propôs a discutir o assunto com as entidades e com a Classe, após a aprovação do Projeto de Reestruturação da Carreira – PLC 35/2008.

Por fim, para que o Projeto de Lei Complementar nº 35 de 2008 não tenha sua tramitação e votação prejudicadas pelo funcionamento reduzido da Assembléia Legislativa, devido às eleições municipais, o secretário comprometeu empenhar-se junto ao governador e à ban-cada governista na Alesp, para que seja providenciada a tramitação e votação do projeto em regime de urgência.

As entidades Sinafresp e Afresp comprometeram-se a fazer o mesmo junto aos líderes parlamentares e demais deputados estaduais, ou seja, solicitar sua tramitação e votação em regime de urgência, nos termos acordados.

Os presidentes do Sinafresp, Lauro Kuester Marin, e da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior, acompanhados por seus vices Cla udio Fambrini e João Dias Ya-nes, estiveram reunidos com o secretá-rio da Fazenda Mauro Ricardo Macha-do Costa, no dia 19 de agosto (foto).

Durante o encontro, os represen-tantes da Classe entregaram o abai-

xo-assinado dos Agentes Fiscais de Rendas ao secretário e reforçaram a importância da aprovação das emendas saneadoras apontadas no documento.

Leia abaixo o Comunicado Con-junto das entidades com os detalhes do encontro com o secretário Mauro Ricardo.

Sinafresp e Afresp participam de audiência com o secretário Mauro Ricardo e entregam abaixo-assinado

Reestruturação

Comunicado Conjunto Sinafresp/Afresp de 25 de Agosto de 2008

LAURO KUESTER MARIN LUIZ CARLOS TOLOI JUNIOR Presidente do Sinafresp Presidente da Afresp

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Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Mais de 200 Agentes Fiscais de Ren-das e diversas pensionistas compare-ceram à Assembléia Legislativa de São Paulo, no dia 5 de agosto, para acompanhar a tramitação do Projeto de Lei Complementar nº35/2008 na Casa e sensibilizar os deputados esta-duais acerca das emendas prioritárias para a Classe, além da necessidade da aprovação de uma PEC do subte-to único (foto ao lado). A concentra-ção cumpriu mais uma deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de 16 de julho.

No início da mobilização, os Agen-tes Fiscais de Rendas reuniram-se no auditório Franco Montoro e recebe-ram orientações dos presidentes do Sinafresp, Lauro Kuester Marin, e da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior. A pre-sidente da Apafresp (Associação das Pensionistas dos Agentes Fiscais de Rendas), Thereza Ignez Pereira, também participou do ato.

Lauro Kuester fez uma breve expli-cação sobre o regimento interno da Alesp no que diz respeito à tramitação dos projetos, em caráter ordinário e de urgência, para traçar as possibilidades da data de votação do PLC 35/2008. “Se o governador solicitar regime de urgência, o projeto pode ser votado imediatamente. Por isso, temos que ficar atentos e orientar os deputados estaduais expondo o que a categoria pensa sobre o PLC”, alertou naquela ocasião. “Devemos ser enfáticos. Não aceitamos o PLC 35/2008 como está. O projeto precisa de emendas e a Classe de uma PEC”, ressaltou.

Em seguida, os presidentes dirigi-ram-se para a sala de reuniões dos lí-deres partidários. Já os AFRs presentes

dividiram-se em grupos para percorrer os gabinetes dos 94 deputados esta-duais e entregar-lhes um ofício com o pleito da categoria. Os grupos fica-ram sob a coordenação dos diretores do Sinafresp Antonio Carlos Meireles Gama, Norma Couto da Rocha Paes e Abdala Hedjazi.

Na reunião com o colégio de líde-res, os representantes das entidades, Lauro Kuester e Toloi Junior, reforça-ram a necessidade de aprovar emen-das saneadoras ao PLC 35/2008, além da PEC. No encontro, os presidentes pediram, mais uma vez, o apoio dos parlamentares.

Depois de cerca de duas horas de visitas aos gabinetes dos deputados, os AFRs voltaram ao auditório Franco Montoro para saber como foi o encon-tro com os líderes. Após os esclareci-mentos, Lauro Kuester ressaltou que a mobilização junto aos parlamentares

deve continuar. “Todos aqueles que puderem devem comparecer à Alesp às terças-feiras, principalmente a par-tir das 17 horas, quando iniciam as votações. Além disso, a Comissão de Aposentados do Sindicato continua-rá com o plantão permanente nesta Casa”, informou.

Terminada a mobilização, o pre-sidente foi procurado pela TV As-sembléia para comentar sobre a reivindicação da categoria e o posi-cionamento da Classe diante do PLC 35/2008 (leia matéria na página 7).

A cópia do ofício entregue aos deputados estaduais está disponível para download no site do Sinafresp, na seção Imprensa/Downloads. O governador José Serra e o presidente da Alesp, deputado estadual e AFR José Carlos Vaz de Lima, também re-ceberam documento com texto se-melhante.

Mobilização na Assembléia Legislativa reúne mais de 200 AFRs

Reestruturação

No auditório Franco Montoro, os AFRs receberam orientações... ...dos presidentes para visitarem os gabinetes dos parlamentares

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Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

O governador José Serra encami-nhou, no dia 28 de agosto, a men-sagem nº 136/08 ao presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado estadual e AFR José Carlos Vaz de Lima, solicitando urgência na tramitação do Projeto de Lei Comple-mentar nº 35/2008.

Desta forma, os prazos estabeleci-dos para análise e votação do PLC foram alterados e drasticamente re-duzidos. Na época do pedido do go-vernador, o projeto encontrava-se sob

análise da Comissão de Constituição e Justiça que, após a solicitação de urgência, passou a ter dois dias para apresentar seu parecer.

Com o novo prazo, a CCJ não con-seguiu finalizar a análise do projeto. Se-guindo o regimento interno da Alesp, foi nomeado um relator especial, de-putado estadual Davi Zaia (PPS), que elaborou um parecer conjunto das três comissões: Constituição e Justiça, Administração Pública e Finanças e Orçamento.

Outras explicações sobre o re-gimento interno da Alesp referente aos prazos em caso de tramitação em regime de urgência podem ser encontradas no Jornal Sinafresp, edi-ção de julho de 2008, seção Notas da Diretoria.

Informações atualizadas sobre a tramitação do PLC 35/2008 na Alesp podem ser encontradas no site do Sinafresp.

Leia abaixo a mensagem do go-vernador José Serra.

Serra pede urgência na tramitação do PLC 35/2008

Na tarde do dia 25 de agosto, os presidentes do Sinafresp e da Afresp, Lauro Kuester Marin e Luiz

Carlos Toloi Junior, acompanhados por seus vices Cláudio Fambrini e João Dias Yanes, reuniram-se com o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), pre-sidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa de São Paulo (foto). A presidente da Apafresp (Associação das Pensionistas dos Agen-tes Fiscais de Rendas), Thereza Ignez Pe-reira, responsável pela intermediação entre entidades e o parlamentar, também participou do encontro.

Durante a reunião, os AFRs solicita-ram o apoio do deputado na apro-vação das emendas saneadoras ao Projeto de Lei Complementar nº 35/2008. Fernando Capez informou aos representantes da Classe que a análise do projeto pela CCJ será téc-nica e não política.

Ao final do encontro, o parlamen-tar reafirmou seu apoio à causa dos AFRs do Estado.

Procurador-geral

Na quarta-feira da mesma sema-na, dia 27 de agosto, a reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa de São Pau-lo contou com a presença do procu-rador-geral do Estado, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo, para falar sobre a constitucionalidade do Projeto de Lei Complementar nº 35/2008.

No entendimento de Nusdeo, o

instituto da PR é previsto pelo artigo 7º, inciso XI, da Constituição Federal. Segundo o procurador, o texto cons-titucional define não só a possibilida-de da participação nos lucros – o que poderia ser aplicado unicamente aos trabalhadores da iniciativa privada –, mas legitima também a participação dos trabalhadores em resultados esta-belecidos em metas.

Para Nusdeo, nada na Constitui-ção veda a aplicação desse direito aos servidores. “O artigo 39, no inciso

III, enumera os benefícios dispostos no artigo 7º que devem ser aplica-dos aos funcionários públicos”, dis-se ele. “Mas em nenhum momento proíbe que outros direitos também sejam estendidos”.

Os presidentes Lauro Kuester Marin (Sinafresp) e Luiz Carlos Toloi Junior (Afresp), e seus vices Clau-dio Fambrini e João Dias Yanes, acompanharam o encontro, que foi transmitido ao vivo pelo site da Alesp.

Líderes da Classe reúnem-se com presidente da Comissão de Constituição e Justiça

MENSAGEM Nº 136/08, DO SR. GOVERNADOR DO ESTADO

São Paulo, 28 de agosto de 2008Senhor Presidente

Pela Mensagem A-nº 113, de 24 de junho de 2008, tive a honra de encaminhar a essa ilustre Assembléia o Projeto de lei Complementar nº 35, de 2008, que dispõe sobre o regime de trabalho e remuneração dos ocupantes do cargo de Agente Fiscal de Rendas, institui a Participação nos Resultados - PR, e dá providências correlatas.

Tendo em vista a natureza da matéria, venho solicitar que a apreciação da propositura se faça em caráter de urgência, nos termos do artigo 26 da Constituição do Estado.

Reitero a Vossa Excelência os protestos de minha alta consideração.

JOSÉ SERRAGovernador do Estado

A Sua Excelência o Senhor Deputado Vaz de Lima,Presidente da Assembléia Legislativa do Estado.

Reestruturação

...dos presidentes para visitarem os gabinetes dos parlamentares

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Reestruturação

Durante o mês de agosto, os líderes da Classe compa-receram inúmeras vezes à

Assembléia Legislativa de São Paulo para entregar o abaixo-assinado dos Agentes Fiscais de Rendas aos líderes partidários. O governador José Serra e o secre-tário da Fazenda, Mauro Ricardo

Machado Costa, tam-bém receberam o do-cumento.

Ao todo, foram co-letadas cerca de 2.800 assinaturas de colegas ativos e aposentados de todo o Estado. No documento, a Classe “manifesta o entendi-

mento de que se tor-na imprescindível a alteração de alguns dispositivos do PLC nº 35/2008” e solicita a aprovação de nove itens fundamentais para a carreira. Entre as emendas prioritá-rias estão as de nº 1, 2, 9, 26 e 28.

Iniciando o período de visitas, o AFR e presidente da Casa, de-putado estadual José Carlos Vaz de Lima, recebeu as entidades na noite de 12 de agosto para conhecer oficialmente o pleito da categoria (foto). Além do presidente do Sinafresp, Lauro Kuester Marin, e seu vice Claudio Fambrini, também participaram da audiência o vice-presiden-te da Afresp, João Dias Yanes, além de membros da Comissão Técnica do Sinafresp.

No dia seguinte à reunião

com Vaz de Lima, foi a vez do go-vernador do Estado de São Paulo, José Serra, receber uma cópia do abaixo-assinado, protocolado por seu gabinete. Ainda no dia 13, as entidades voltaram à Assembléia Legislativa para começar a entre-ga do documento aos líderes par-tidários na Casa.

Devido ao período de campa-nhas eleitorais municipais, a maio-ria desses parlamentares com-parece à Assembléia Legislativa para votação apenas às terças-feiras, dia de reunião do Colégio de Líderes. Por isso, foram neces-sárias visitas freqüentes à Casa com o objetivo de encontrar os deputados estaduais e entregar

o manifesto da categoria. O secretário da Fazenda

também recebeu o abaixo-assinado durante a audiên-cia com as entidades. Os presidentes do Sinafresp e Afresp elaboraram um co-municado conjunto com os detalhes do encontro reali-zado no dia 19 de agosto (ler matéria na página 3).

Entidades entregam abaixo-assinado para líderes da Alesp, Serra e Mauro Ricardo

Cumprindo mais uma deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de 16 de julho, a diretoria do Sinafresp, membros da Comissão de Aposentados e outros colegas AFRs iniciaram no dia 1º de

agosto, o plantão na Assembléia Legisla-tiva do Estado de São Paulo.

O objetivo dos visitas era acompa-nhar de perto a tramitação do Proje-to de Lei Complementar nº 35/2008 na

Casa. Durante todo o mês, eles assistiram às sessões de votações, acompanharam as pautas e conversaram com diversos deputados estaduais sobre as emendas prioritárias para a Classe.

Diretoria e Comissão de Aposentados fazem plantão na Alesp

Deputado estadual Robrerto Felicio (PT)

Deputado estadual Antonio Curiati (PP)

Deputado estadual Samuel Moreira (PSDB) Barros Munhoz (Lider Governo)

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Agosto 2008 ■ Jornal SinafrespReestruturação

Deputados da Classe falam sobre

Reestruturação da Carreira

O presidente do Sinafresp, Lau-ro Kuester Marin, concedeu uma entrevista para a TV Assembléia durante a mobilização da Clas-

se na Alesp, no dia 5 de agosto. Procurado pelos repórteres, o presidente esclareceu os motivos das reivindicações da categoria

acerca da Reestru-turação da Carreira, prevista no Projeto de Lei Complementar nº 35/2008 que está em tramitação na Casa (foto).

Durante a conver-sa, Lauro Kuester res-saltou o sentimento de insegurança dos AFRs diante das me-didas propostas pelo

Governo, como o estabelecimen-to de metas. “Se as metas forem estabelecidas politicamente, com base em fatores que não estão vinculados à realidade, pode ser impossível atingi-las”, apontou.

Também comentaram sobre a manifestação dos fiscais de ren-das os deputados estaduais Mário Reali (PT) e Barros Munhoz (PSDB/líder do Governo). Os AFRs inte-ressados em assistir à reportagem podem acessar o site do Sinafresp na seção Imprensa/Downloads.

Lauro Kuester fala sobre reivindicações da categoria para TV Assembléia

Outras 51 emendas ao Proje-to de Lei Complementar nº 35/2008 foram publicadas no

Diário Oficial do Estado de São Paulo, na primeira quinzena do mês de agos-to.

Na edição do dia 2 deste mês, fo-ram publicadas as emendas nº 33 a 41, de autoria do deputado estadual Fernando Capez, e a de nº 42, apre-sentada pelo deputado estadual e AFR Vitor Sapienza. Entre as várias pro-postas estão a manutenção da atual quantidade de níveis retribuitórios (I a VI) e a alteração do cálculo do cum-primento de metas.

Mais quatro emendas foram apresentadas no dia 5: as de nú-

mero 43 a 46. Essas propõem a exten-são da Participação dos Resultados aos TAATs, pagamento do PR apenas aos AFRs que cumprirem metas, entre outras. São de autoria dos deputados estaduais Olímpio Gomes (43) e Mário Reali (44 a 46).

As últimas emendas ao PLC 35/2008 foram publicadas no Diário Oficial de 6 de agosto. Ao todo, somente neste dia, foram 37 novas emendas – do nú-mero 47 a 84. As emendas de número 47 a 59 e 77 a 84 são de autoria dos deputados estaduais Carlos Giannazi (3), Victor Sapienza (3), Cido Sério (2), Davi Zaia (4), Mauro Bragato, Jonas Donizette (3), Roberto Morais, José Bit-tencourt (3) e Bruno Covas.

Já as emendas de número 60 a 76 são de autoria conjunta dos parla-mentares Roberto Felício, Enio Tatto,

José Zico Prado, Maria Lúcia Pran-di, Mário Reali, Marcos Martins, José

Cândido, Hamilton Pereira, Carlinhos Almeida, Rui Falcão e Adriana Diogo.

Os Agentes Fiscais de Rendas inte-ressados em ler as emendas podem acessar o site www.sinafresp.org.br na

seção Imprensa/Downloads.

Novas emendas ao PLC 35/2008 são publicadas no Diário Oficial do Estado

No dia 20 de agosto, os depu-tados Vitor Sapienza (estadual) e João Eduardo Dado de Car-valho (federal) pronunciaram-se sobre o PLC 35/2008 em eventos distintos.

Durante o almoço dos apo-sentados, realizado na Afresp (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo). Sapienza ressaltou em seu discurso o empenho e o tra-balho das duas entidades em busca de melhorias do projeto. O parlamentar também afir-mou que muitas das falhas do PLC 35/2008 foram solucionadas com emendas, mas reforçou que a Classe deve continuar lutando até que o projeto fique 100% favorável à carreira.

Em Brasília, João Eduardo so-licitou ao governador José Ser-ra e ao secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, durante sessão na Tribuna, apoio para as emendas que aprimo-ram o projeto para atender às necessidades da categoria.

parte estadual

2008

GEIA...................... 2,2666

SELIC..................... 1,017%

ICMS...................... R$ 4,9 bi

UFESP..................... 14,88

Índicesagosto/2008

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Regionais em Foco

Em sete meses, DRT de Campinas supera em 5,7% a arrecadação de ICMS prevista para o ano todo

A Delegacia Regional Tributária de Campinas ocupa o terceiro lugar no ranking estadual de arrecadação de ICMS. O valor arrecadado no ano passado foi de R$ 8,5 bilhões, o que significa 13,8% do total no Estado. Este ano, de janeiro a julho a DRT 5 já acu-mulou R$ 5,4 bilhões, o equivalente a 5,7% superior ao esperado para a meta do ano.

A DRT 5 enquadra-se também em outras classificações como a maior arrecadação no interior, a segunda maior arrecadação de IPVA e ainda a maior arrecadação estadual se ex-cluídos os setores de energia elétrica e comunicações.

Segundo o delegado local, José Eduardo de Paula Saran, a região de Campinas concentra indústrias nacio-nais e multinacionais, tendo destaques

empresas dos setores químico, auto-motivo e eletrônico. “É justamente a diversidade setorial, o fator que me-lhor caracteriza a economia local”, explica Saran.

Como as cidades de Piracicaba, Limeira e Americana são abrangidas pela re-gional, Saran diz que a delegacia conta com uma próspera e diver-sificada economia. “A DRT de Campinas tem participação ativa em praticamente todos os Planos Setoriais de Tra-balho, assim como nas demais operações do fisco paulista”, afirma Saran.

A delegacia tem pelo

menos uma equipe de fiscalização específica para cada setorial. “Tam-bém dispõe de uma equipe focada no setor têxtil, já que a região reúne boa parte das empresas de fiação do Estado”, conclui Saran.

A Delegacia Regional Tributária de Campinas lida com gran-des contribuintes e muitas

demandas. Segundo o delegado Saran, esse volume de serviço torna a equipe de Agentes Fiscais de Ren-das do Estado de São Paulo da re-gional insuficiente para o trabalho.

De acordo com o delegado, a regional possui 336 AFRs. Deste total, apenas 271 estão efetivamente em exercício, dos quais 192 trabalham na Fiscalização Direta de Tributos. Para organizar melhor as ativida-des, a fiscalização da delegacia distribui-se em quatro Núcleos de

Fiscalização, com projeção de um quinto Núcleo que deve ser criado em breve.

Quanto à infra-estrutura da de-legacia, Saran afirma que o edifí-cio já está construído há 30 anos e precisa de investimentos. “Novos investimentos em modernização e segurança já se fazem necessários”, afirma.

Combinação perfeitaA fiscalização da regional de

Campinas conta com um bom re-lacionamento com outros órgãos públicos e entidades da sociedade

civil, destacando os trabalhos de aproximação e trabalho conjunto com prefeituras, Ministério Público, Procuradoria regional, Polícias Civil e Militar, associações empresariais e entidades contábeis.

O delegado Saran comenta so-bre a combinação que a delegacia tem para melhores resultados. “Seja nas atividades internas ou na fiscali-zação externa, a DRT 5 hoje conta com uma invejável combinação de experiência e inovação, resulta-do da mistura particularmente sau-dável de diversas turmas de AFRs”, finaliza Saran.

Agentes Fiscais de Rendas são insuficientes na DRT 5

Sede da DRT 5 - Campinas

AFRs enfrentam alta demanda de trabalho DRT 5 ocupa o terceiro lugar em maior arrecadação do Estado

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Agosto 2008 ■ Jornal SinafrespEntrevista

Nascida em Campinas, Elizabeth Hunziker Marques, tornou-se fiscal de rendas em 1986. Formada em Ciências Econômicas e Arquitetura e Urbanismo, ela sempre tra-balhou em entidades públicas “por opção, convicção e por acreditar na importân-cia do Estado e seu papel fundamental na sociedade”.

Elizabeth entrou para a vida sindical no ano de 2004, como Conselhei-ra Titular, mas antes já trabalhava informalmente com outros conselheiros do Sinafresp e, hoje, já está no seu segundo mandato. Nesta entrevista ao Jornal Sina-fresp ela conta como é o trabalho e os desafios de uma mulher que exerce a função de AFR.

Mulher e AFR com muita dedicação

Jornal Sinafresp - O que a levou a se tornar Conselheira do Sindicato?

Elizabeth Hunziker Marques - Sem-pre gostei de atividades coletivas que aglutinassem pessoas junto a um ideal comum. Já participei de ONG de caráter ambientalista, partido político e gosto de conhecer novas pessoas.

JS - Na sua opinião, qual é o prin-cipal dever de um representante?

EHM - Penso que é conclamar os AFRs a terem um envolvimento maior com as questões classistas. Aqui em Campinas, juntamente com meu su-plente e amigo Antonio Cândido, iniciamos os debates e reuniões de base por sentirmos que faltava uma maior comunhão entre os colegas.

JS - Para você, quais são as ca-racterísticas necessárias para quem quer assumir um lugar no Conselho?

EHM - A vontade de estar junto aos colegas; o amor incondicional à nossa carreira e às coisas pertinentes a ela e ao Estado.

JS - Como é ser representante no interior? A distância dificulta o traba-lho?

EHM - No nosso caso a distância não é problema, pois Campinas está muito próxima da capital. Nós sen-timos falta de uma estrutura para trabalharmos mais à vontade, como uma sala, uma linha telefônica, mi-crocomputador, um lugar para reu-niões e estudos, etc.

JS - Quais são as principais dificul-dades enfrentadas pelos AFRs de sua região?

EHM - Atualmente penso que é a carga de trabalho e a variedade

de acionamentos que acabam por nos tirar a concentração nos traba-lhos em andamento, o que dificulta o encerramento. Há uma certa inse-gurança com relação ao futuro em função da reestruturação que está por vir.

JS - E quais são os destaques po-sitivos?

EHM - Contamos com instalações confortáveis em geral, equipamen-tos modernos e viaturas, que embo-ra antigas, estão em bom estado de conservação.

JS - Você acredita que esta mobi-lização histórica da Classe demons-tra uma nova realidade em relação ao engajamento na vida sindical dos AFRs?

EHM - O interesse pela Classe tem aumentado por parte dos colegas. Acredito que as coisas mudam de forma um pouco lenta e gradual, porém temos que acreditar em nos-sa luta diária, em nosso vitorioso Si-nafresp, do qual muito me orgulho. Com paciência e respeito pode-remos chegar ao ponto que tanto queremos.

JS - Comente quais são os de-safios que uma mulher enfrenta ao exercer a função de AFR.

EHM - Nossa classe é tão forte e respeitada que hoje me sinto bas-tante confortável como agente do fisco. Tirando algumas poucas pas-sagens constrangedoras, como num episódio ocorrido em um plantão noturno na rodovia dos Bandeiran-tes, geralmente me sinto aceita e até o fato de ser mulher faz com que os contribuintes tenham respeito por acreditarem que nós somos sérias e

competentes em nosso trabalho.

JS - Entre os membros do Conse-lho de Representantes estão alguns AFRs que entraram para a carreira nos últimos concursos. Como você vê essa relação dos mais novos com a vida sindical?

EHM - Eu vejo com muita simpatia. Gosto dos nossos “novinhos”, como os chamamos carinhosamente. Eles têm muita “garra”, porém neces-sitam naturalmente de um pouco mais de experiência. A energia tem que ser renovada e isto é muito posi-tivo. O que se torna necessário é que conheçam melhor a nossa história e sintam orgulho dela como nós, os mais antigos de carreira.

JS - Como a família encara o tra-balho de representante em tempos de intensa negociação, com su-cessivas reuniões, AGEs e mobiliza-ções?

EHM - Às vezes ouço algumas re-clamações, mas realmente a sau-dade aperta quando me distancio deles, especialmente de minha filha Luana que tem dezesseis anos. Mas como meu marido é engajado em algumas atividades desta nature-za, sabe compreender e me dá “a maior força”.

JS - Como você enxerga o Sindi-cato, como entidade representante da Classe, daqui a alguns anos?

EHM - Considero nosso sindicato uma entidade vitoriosa. Se puder-mos imaginar o quanto progredimos desde a sua fundação até hoje (já se foram vinte anos), imagino o quanto fará com o passar dos anos. Haverá de ser o Sindicato de Servidores mais importante e respeitado do País!

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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O AFR Herivelto Azael Archangelo, hoje com 47 anos, ingressou na carreira de Agen-te Fiscal de Rendas, em 1986, quando se classificou na primeira turma daquele concor-rido concurso. Formado em Engenharia Química, Herivelto abandonou a carreira de formação para trabalhar na área pública.

Nesta entrevista ao Jornal Sinafresp, ele conta que tomou posse e iniciou a carreira por abraçar a realização profissional. Começou a trabalhar como AFR no PF Fronteiras em Mococa e passou por vários lugares, até chegar na DRT 5 onde está até hoje.

Em busca da realização profissional

Jornal Sinafresp - Conte como e quando decidiu tornar-se um Conse-lheiro Representante do Sinafresp?

Herivelto Azael Archangelo - Des-de 1987, antes mesmo da criação do Sinafresp, já tínhamos um grupo de discussão classista em Campinas, o qual originou vários representantes sin-dicais e diretores regionais da Afresp. No Sindicato, já havia sido suplente do colega Antonio Cândido na ges-tão 1995/1998 – do então presidente Vaz de Lima – e, conjuntamente com os colegas Eduardo Lino Neto e Luiz Yabiku (suplente), iniciamos uma reno-vação na Representação Sindical da DRT 5, na época. Na última eleição, tive o incentivo de vários colegas.

JS - Quais são os principais obstá-culos de um representante?

HAA - Três grandes obstáculos: 1 - Conciliar as atividades diárias de AFR com a sindical; 2 - Conseguir maior participação dos colegas; 3 - A de-sinformação que alguns colegas aca-bam difundindo para a base, mesmo que não seja com má intenção.

JS - Na sua opinião, o que os cole-gas esperam de um representante?

HAA - Comprometimento na luta pelos anseios do AFR.

JS - O perfil dos colegas muda de acordo com a região do Estado?

HAA - Creio que sim, pois cada DRT tem suas particularidades, seus pro-blemas específicos.

JS - De que maneira você costuma repassar o resultado das reuniões do Conselho, e até mesmo das AGEs, aos colegas de sua base?

HAA - Dentro do possível, fazen-do reuniões, enviando e-mails, e mais efetivamente respondendo aos ques-tionamentos dos colegas por telefone ou e-mail, nos bate-papos nos corre-

dores, nos cafezinhos, durante nossos encontros no Centro de Convivência da Afresp, etc, o que demanda bas-tante de nosso tempo.

JS - Em relação à infra-estrutura, condições de trabalho e recursos, como você avalia sua DRT?

HAA - São boas, entretanto, nossa carga de trabalho é muito alta, tan-to nas funções externas quanto nas internas, muitas operações fiscais, nas quais temos procurado manter a ex-celência no desempenho das tarefas, acreditando num reconhecimento por parte da Administração.

JS - Como é conciliar o trabalho

de representante com o trabalho de AFR?

HAA - Difícil, pois nossa produtivida-de é cobrada como a de qualquer outro AFR, e nem poderia ser o contrá-rio. O desempenho da representação sindical diminui nossos finais de sema-na, nossas noites, nosso tempo livre de descanso, pois os utilizamos no con-tato com o Lauro Kuester Marin (pre-sidente do Sindicato), diretoria, outros representantes, e diretor regional da Afresp (o Adilson Monteiro Garcez, que tem nos ajudado bastante). Neste período também aproveitamos para elaborar e-mails, resumos de reuniões, cartazes conclamando os colegas aos encontros e às AGEs, contratando ônibus para as AGEs, reservando esta-cionamentos. Nos dispusemos a isso e temos de continuar.

JS - Você acredita que esta mobi-lização histórica da Classe demons-tra uma nova realidade em relação ao engajamento na vida sindical dos AFRs?

HAA - Sim, comparável à que ti-vemos nos anos 1988/1989. Naquela época nosso salário era muito ruim pelos efeitos da inflação, a Classe se

uniu, criamos o Sinafresp, resolvemos continuar na carreira e lutar. Por isso, não gosto quando ouço algum cole-ga dizer que a saída é partir para ou-tros concursos, pois não é o caminho. Um AFR de verdade tem que gostar de ser AFR, não ser individualista, tem que lutar pela carreira.

Acredito que pelo empenho do presidente Lauro, atual Diretoria e Conselho de Representantes, alia-do à presença da Classe nas AGEs e suas deliberações, temos conse-guido a mobilização da Classe, que está alerta. Devemos acreditar em nossas entidades, legalmente consti-tuídas e que sempre nos defenderam, bem como em nossos representantes políticos, Vitor Sapienza, Vaz de Lima, João Dado, Hélio Rosas, David Torres, dentre outros. Nossa luta está apenas começando, novas batalhas surgirão, como as PECs Estadual e Federal, Ta-bela de Produtividade, direitos previ-denciários e a nossa tão sonhada Lei Orgânica.

JS - Comente como é exercer o sindicalismo em uma repartição pública.

HAA - Difícil, pois as decisões en-volvem não somente a Administração Direta, mas também o Setor Político, o qual não convive com nossa realidade e cujas decisões terminam por influen-ciar nosso dia-a-dia e nossas vidas.

JS - Como você enxerga o Sindi-cato daqui a alguns anos?

HAA - É a nossa força política, de-vendo o Sinafresp evoluir no amparo jurídico e assistencialista aos sindicali-zados, após superada a luta salarial.

Será importante a participação do Sinafresp com sua diretoria com-pondo quadros de Associações e Federações do Fisco a níveis nacio-nal e internacional, elevando nossa categoria.

Entrevista

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Agosto 2008 ■ Jornal SinafrespEntrevista

Jornal Sinafresp - Quando e por que você se tornou fiscal de rendas?

Helio Lopes da Silva - Ingressei na carreira de AFR pelo concurso de 1986 e tomei posse em julho de 1988, época em que tinha um bom escritório de as-sessoria empresarial no qual já prestava serviços na área tributária, embora meu trabalho fosse muito mais amplo. Mas decidi que seria melhor assumir o car-go e contribuir com a arrecadação dos recursos para que o Governo efetuas-se aplicações em favor da população. Pensei, também, é claro, no meu futu-ro e no de minha família, já que eram atrativos os benefícios oferecidos para os candidatos ao cargo, principalmen-te a aposentadoria com vencimentos integrais, em paridade com os colegas ainda ativos (situação que o Governo vem fazendo de tudo para descum-prir com um contrato firmado quando aceitei o cargo e tomei posse).

JS - Quais são os principais obstácu-los de um representante?

HLS - Para mim que não tenho con-tato diário com os AFRs é interpretar a vontade da base para representá-la com máxima eficiência nas reuniões do conselho e junto à direção da entida-de. Porém, com os colegas de Piracica-ba, estou sempre em contato e, com a base de Campinas fazemos, Elizabeth, Herivelto e eu, (conselheiros represen-tantes da DRT5-Campinas), sempre que necessário, reuniões para colher as opi-niões e necessidades da base.

JS - Como é intermediar base e dire-ção da entidade?

HLS - Quando as coisas vão bem esse trabalho é muito fácil, porém acho que estamos tendo um dos mais tumul-tuados mandatos da história do Sina-fresp. Temos uma novidade em cima da outra, e cada uma delas procuran-do desestabilizar a carreira de AFR, a exemplo do SPPREV que nem está em

pleno funcionamento e já houve o fa-migerado projeto de Reestruturação. Isso tem provocado inflamadas discus-sões e cada um querendo ser dono da verdade. E todos gritam em defesa dos seus direitos que não estão sendo res-peitados pelo Governo. Muitos traba-lharam a vida toda contribuindo com esse Governo que agora não quer re-conhecer os nossos direitos adquiridos e que foram oferecidos no momento em que ele precisava contratar novos valores, então ativos na atividade priva-da. Bem, em casa que falta pão, todos gritam e, neste caso, todos têm razão. Porém conciliar todas essas idéias com a direção da entidade não tem sido nada fácil, mas graças a longas e de-batidas reuniões do Conselho de Re-presentantes, das quais faz parte a di-retoria da entidade, temos conseguido bons resultados nessa missão.

JS - Os AFRs enfrentam problemas na delegacia local?

HLS - Em todos os setores da ativida-de econômica existem problemas, na DRT 5 não deve ser diferente. Apare-cem para serem resolvidos e assim tem ocorrido, e nenhum teria sido de muita gravidade. Não tenho conhecimento de nenhum problema na delegacia que possa estar afetando o desenvolvi-mento dos trabalhos ou a atividade dos AFRs, a não ser a desmotivação provo-cada pela angústia de ver a carreira em perspectiva de um futuro incerto, trazida por esse Projeto de Reestrutura-ção que ninguém pediu. Projeto esse que tem menos de cinqüenta artigos e mais de oitenta emendas propostas. Se fosse um bom projeto não precisaria de tantas emendas.

JS - Você acha que a categoria mu-dou desde a época de sua entrada até os dias de hoje?

HLS - Sim. Hoje a categoria está mais participativa em termos de Classe. Re-

juvenesceu com a entrada de novos concursados. Acredito que tecnica-mente estão mais bem preparados e continuam adicionando conhecimen-tos. Temos atualmente uma Classe de profissionais competentes para gerir a Secretaria da Fazenda. O Governo não precisa de nenhum INDG ou coi-sa parecida. Pena que esse Projeto de desestruturação da Classe pretenda re-duzir a competência desse quadro de servidores com a redução do piso de vencimentos para os novos iniciantes na carreira. Com esse piso não atraire-mos para a Classe os interessados mais competentes do mercado de trabalho e também com esse teto vamos perder para a atividade privada e outros Esta-dos os servidores mais competentes.

JS - Você tem algum fato curio-so que lhe aconteceu durante esses anos?

HLS - Houve sim muitos fatos desa-gradáveis, afinal agir como AFR junto ao contribuinte não era nada agradá-vel. Por outro lado, tivemos naqueles tempos alguns mandantes que pen-savam ser a encarnação ou cópia autêntica do Hitler. Mas tenho sim um fato curioso: “Ô, pezão”, onde está você? O pezão era marido de uma AFR que tomou posse no PFF de Cas-tilho. Vieram em uma Kombi que esta-cionaram no pátio e passaram a mo-rar por ali. Esse apelido pegou por ele estar sempre descalço, de short e ca-miseta. Pezão ficava enchouriçando por tudo, inclusive e principalmente no serviço da esposa e isso incomodava a equipe. Eu que também ficava na região 72 horas sem ter o que fazer, re-solvi levar o meu material de pesca e aí, quando chegava o Pezão, aprovei-tava a velha Kombi e a ociosidade de ambos e partíamos para a pescaria. Nunca pescamos grande coisa, mas o Pezão passou a ser o meu parceiro de pescaria pelo Paranazão e Sucuriú.

Primeiro mandatoCom 61 anos, nascido em Itirapina, cidade localizada a 220 quilômetros da capital

paulista, o conselheiro Helio Lopes da Silva, ingressou na carreira de Agente Fiscal de Rendas em 1986, porém só tomou posse em julho de 1988.

Formado em Ciências Contábeis, Administração de Empresas e com curso de pós-graduação em Contabilidade e Finanças, Helio conta ao Jornal Sinafresp que começou a exercer o cargo de AFR pelas fronteiras do Estado, iniciando no PFF de Castilho, depois passou pelos PFFs de Ourinhos, Tapiratiba e Itapira, e quando fez a escolha de vaga para o PF de Piracicaba, trabalhou lá na Fiscalização Direta de Tributos até a aposentadoria.

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Jurídico

Nos últimos meses vem crescendo o número de consultas ao Departa-mento Jurídico do Sinafresp sobre

a possibilidade de comercialização dos pre-catórios judiciais. Diversos associados ligam com dúvidas em relação ao valor oferecido e as vantagens da negociação.

Apesar de a Administração oferecer resis-tência na aceitação da compensação entre o crédito oriundo do precatório e débitos tri-butários, o Poder Judiciário (inclusive em ma-nifestação do Ministro Eros Grau, do STF), em sua ampla maioria, vem se manifestando favoravelmente a essa compensação.

As empresas que possuem débitos tribu-tários com o Estado adquirem, com deságio, os precatórios dos servidores que os possuem (juridicamente faz-se um contrato de cessão de crédito) e utilizam esses títulos para saldar seus débitos com o Estado.

A saída, evidentemente, é interessante, mas é preciso alguns cuidados.

Entre as empresas devedoras do Estado

e os detentores de precatórios estão os in-termediários do negócio que cobram pela aproximação das partes. Por conta disso, o deságio entre o valor do precatório e o valor por ele oferecido tem sido muito alto, na casa dos 60%, 70% e até 80%.

Outra questão que o detentor de um pre-catório não pode esquecer é de sua tratativa com o advogado que responsabilizou-se pelo processo. Via de regra, os advogados que mi-litam a favor dos servidores públicos ajuízam processos cobrando honorários equivalentes a um percentual sobre o êxito da causa, o que, normalmente, é pago quando do recebi-mento do precatório.

A negociação do título por um valor abai-xo do que ele efetivamente vale não significa, necessariamente, uma redução no percentual cobrado de honorários advocatícios. Mui-to ao contrário. Os honorários ad exito são calculados pelo valor expresso no título e o advogado, que tem contrato assinado com a parte, pode pleitear a cobrança sobre o valor

integral do título e não sobre o valor que o título foi vendido, isso porque quem está co-mercializando o crédito é o servidor e não o advogado.

Assim, aqueles que, para evitar a imen-sa demora no pagamento dos precatórios (o Estado está pagando hoje os precatórios emitidos em 1998), pretendem comercializá-los, precisam certificar-se do valor desse pre-catório, do valor dos honorários advocatícios combinados e da reputação da empresa ad-quirente.

A Associação dos Advogados de São Pau-lo fez publicar em seu site, no dia 25/8/2008, artigo que noticia sensível aumento de ações judiciais objetivando a anulação dos contra-tos de cessão de precatórios. Isso porque os vendedores, após a concretização do negócio sentiram-se ludibriados.

É bom ficar atento antes de realizar a transação e, mais do que isso, é imprescindí-vel o contato anterior com o advogado res-ponsável pela causa.

CUIDADOS COM A VENDA DE PRECATÓRIOS

Por Thiago Alves

Recentemente, a 2ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), seguindo entendimento já fixado

pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito da matéria, decidiu que não deve incidir contribuição previdenciária sobre o adicional (terço) de férias.

Em alguns julgados do STF (por exemplo, no Agravo Regimental inter-posto no Recurso Extraordinário n.º 389.903-1), fixou-se o entendimento de que “a garantia de recebimento pelo servidor de, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal no gozo de férias anuais tem por finalidade per-mitir ao trabalhador ‘reforço financeiro neste período (férias)’. Isso reforça a natureza compensatória/indenizatória dessa verba.

Além disso, não pode incidir a con-tribuição previdenciária sobre parcelas não incorporáveis da remuneração do

servidor. Isso é extraído da interpreta-ção do § 11 do artigo 201 da Constitui-ção Federal que dispõe que “os ganhos habituais do empregado, a qualquer tí-tulo, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei”.

Logo, como não se trata de parcela habitual/permanente na remuneração mensal do servidor, entenderam os Mi-nistros da Suprema Corte que o terço de férias, assim como as horas extras, não devem integrar a base de cálculo dos 11% (contribuição previdenciária).

Apesar de haver decisões divergen-tes, algumas Turmas do STJ passaram a entender da mesma forma que o STF.

Diante desse quadro, e das constan-tes perdas salariais que vêm sendo im-postas aos AFR’s, principalmente depois da última Reforma da Previdência (EC’s

41/03 e 47/05), resta imprescindível a adoção pelo Sinafresp de medidas que amenizem ou reduzam os prejuízos nas folhas de pagamento dos associados, por menores que sejam.

Por esse motivo, o Departamento Ju-rídico vem desenvolvendo estudos para a disponibilização aos interessados de ação para declarar ilegal a incidência da contribuição previdenciária sobre o ter-ço de férias, bem como para cobrar os valores já descontados a esse título.

E mais, já que, segundo o STF, trata-se de verba indenizatória/compensató-ria, ao que parece também não deveria incidir Imposto de Renda, o que possi-bilitaria uma cobrança judicial também dos valores descontados a esse título.

Assim que os estudos forem conclu-ídos, informaremos nos veículos de co-municação do Sinafresp o resultado e as medidas que serão tomadas.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O TERÇO DE FÉRIAS

Por Thiago Durante

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Agosto 2008 ■ Jornal SinafrespSinafresp em Ação

Assuntos Legislativos

Na tarde do dia 13, o presidente do Sinafresp, Lauro Kuester Marin, participou da reunião do Codecon

(Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte), realizada na sede da Fecomércio, em São Paulo (foto).

Além de Lauro Kues-ter, diversos membros do Conselho compa-receram ao encontro, entre eles o coorde-nador-adjunto da CAT e vice-presidente do Codecon, Guilherme Rodrigues Silva; o dire-tor-executivo da DEAT (Administração Tribu-tária), Clóvis Cabrera; o ouvidor fazendário Florêncio dos Santos

Penteado Sobrinho e o delegado Regional Tributário de Campinas (DRT 5), José Eduardo Saran.

A reunião teve início com a pa-lavra do presidente da Fecomércio, Márcio Olívio da Costa, e prosseguiu com a análise dos conselheiros so-bre os relatórios das reclamações.

Durante os trabalhos, o primei-ro relatório de reclamação apre-sentado foi o da Coordenadoria Noroeste – Fecomércio, feito pela conselheira Celina Coutinho. Em seguida, foi a vez de Clóvis Ca-brera relatar a reclamação do Sinafresp dos Lojistas do Comércio de São Paulo.

Presidente do Sinafresp participa de reunião do Codecon

O governador José Serra enca-minhou à Assembléia Legislativa de São Paulo dois projetos de Lei Com-plementar prevendo a Bonifica-ção por Resultados decorrente do cumprimento de metas preestabe-lecidas para os servidores da Edu-cação e das carreiras da Secreta-ria da Fazenda, com exceção dos Agentes Fiscais de Rendas.

Assim como a Participação nos Resultados (PR), prevista no Projeto de Reestruturação da Carreira dos AFRs, a Bonificação por Resultados é definida nos PLCs 41 e 42/2008 como “prestação pecuniária even-tual, desvinculada dos vencimen-tos ou salário do servidor”.

De acordo com estes dois pro-jetos, os servidores da Educação e

da Fazenda (exceto os AFRs) que atingirem 100% das metas estabe-lecidas poderão ganhar até 2,4 salários a mais por ano. Os servido-res deverão participar de pelo me-nos dois terços do período total de avaliação para ter direito à bonifi-cação.

Acesse o site www.sinafresp.org.br e leia os PLCs 41 e 42 na íntegra.

Serra pretende instituir Bonificação por Resultados para Educação e Fazenda

No dia 20 de agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, so-licitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para agilizar a aprova-ção da Reforma Tributária ainda este ano.

Chinaglia afirmou que a vota-ção dessa proposta só será feita depois das eleições de outubro. A proposta ainda está sendo analisada na comissão especial da Câmara.

O deputado federal, ex-minis-tro da Fazenda e presidente da Comissão da Reforma Tributária,

Antonio Palocci (PT-SP), disse em reunião com o relator da Refor-ma, deputado federal Sandro Mabel (PR-GO), no dia 26 de agosto, que com o atual cresci-mento da economia e a arreca-dação cada vez maior dos Esta-dos e da União, chega a primeira oportunidade de o Brasil realizar uma Reforma Tributária.

Segundo Palocci, a comissão está organizando formas para que nenhum Estado tenha pre-juízos, inclusive a criação de um fundo para compensar eventuais perdas de arrecadação.

Para Mabel, o País ganha com o maior controle da arrecada-ção e ganham as pessoas e as empresas com a melhor distribui-ção da carga tributária e a signi-ficativa redução da burocracia.

No fim de agosto, Bernard Appy foi nomeado assessor es-pecial do presidente da Repú-blica, Luiz Inácio Lula da Silva, para acompanhar a tramitação da Reforma. Segundo fonte do governo, o novo cargo de Appy serve para garantir que a refor-ma tributária seja aprovada no Congresso.

Chinaglia afirma que Reforma Tributária será votada após as eleições de outubro

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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Nossa Classe

AFR EM MOVIMENTO

Nome De ParaMariana Faria de Moraes PF 10 – Ribeirão Preto DRT 6 – Ribeirão Preto

Felix Barreiro Vazques DRTC III PFC 10 - IbirapueraAntonio Tomio Kamiguchi PFC 11 – Lapa DRTC II

Fusako Tagomori DRTC II PFC 10 – SantanaJosé Carlos Rodrigues PFC 10 – Lapa PFC 10 – SantanaLilia Yurico Isobe Sato PFC 10 – Lapa PFC 10 – Santana

Pedro Lucio Rossit DRTC II PFC 10 – SantanaSilmara Marabezzi DRTC II PFC 10 – Santana

Vagner Saturnino dos Santos PFC 10 – Lapa PFC 10 - Santana

O Jornal Sinafresp criou mais um espaço de prestação de serviços para os AFRs.Agora, os Agentes Fiscais de Rendas podem acompanhar o destino daqueles colegas que são transferidos para outra delegacia

ou para um posto fiscal. Todo mês, a seção trará o nome e o novo local de trabalho dos fiscais de rendas.

Desde o dia 27 de agosto, a nova enquete do site do Sinafresp está no ar.

Desta vez, a pesquisa aborda a opinião dos AFRs externos em relação à quantidade e quali-dade do seu trabalho durante a administração do secretário Mauro Ricardo.

São cinco opções de respos-tas: “Estou trabalhando mais intensamente e em serviços mais qualificados”; “Estou tra-balhando mais intensamente, porém em serviços de igual ou menor grau de dificuldades”; “Estou trabalhando em igual ou menor intensidade, porém em serviços que exigem maior qualificação, que oferecem maiores dificuldades”; “Estou trabalhando em igual ou me-nor intensidade em serviços de igual ou menor dificuldade em

relação aos serviços do gover-no anterior”, além do campo “outros”, com espaço para outras respostas não sugeridas pela pesquisa.

Acesse www.sinafresp.org.br e dê a sua opinião.

Sinafresp pesquisa qualidade e quantidade de trabalho dos AFRs externos na administração de Mauro Ricardo

Entre os dias 17 de julho e agosto, estava no ar a enque-te sobre a participação dos AFRs nas Assembléias Gerais Extraordinárias, promovidas pelo Sinafresp durante este ano. Ao todo, foram 6 AGEs entre janeiro e agosto.

De acordo com o resulta-do da pesquisa, a maioria dos colegas que votaram, equiva-lente a 37,21% do total, foram

em 4 ou 5 AGEs. O segundo lu-gar ficou com a opção “De 2 ou 3 AGEs”, somando 31,40% dos votos. A alternativa que indicava a participação em todas as Ges realizadas até aquele momento ficou com 18,60%.

Somente 8,14% de AFRs não participaram de nenhu-ma AGE e 4,65% estiveram presentes em apenas uma.

Participação em AGEs

AFR lança livro sobre Substituição TributáriaO Agente Fiscal de Rendas do Estado

de São Paulo e professor da Escola Fazen-dária, José Roberto Rosa, mais conhecido como Zé Rosa, lançou o livro Substituição Tributária no ICMS – Manual Explicativo.

A obra tem como público-alvo fiscais, contabilistas, advogados e profissionais da área fiscal, com o objetivo de tirar dúvidas sobre a aplicação do instituto da substi-

tuição tributária no ICMS paulista. Entre os temas estão as implicações para o Simples Nacional, as operações interestaduais, possibilidades de ressarcimento, legislação aplicável e apresenta um exemplo prático da Portaria da CAT – 17/99 (ressarcimento).

O livro não estará disponível em livrarias. Será vendido somente pelo próprio autor e pela Pastoral do Menor – projeto social que

atende a mais de 2 mil crianças e adoles-centes carentes em Sorocaba. Portanto, os interessados na obra devem procurar Zé Rosa ou a Pastoral, que receberá o valor dos direitos autorais.

Para adquirir o exemplar do livro sobre Substituição Tributária entre em contato pelos telefones (15) 3234-1557 / (15) 3212-1965 ou via e-mail : [email protected].

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Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

Data Nome Nível CAT – DEAT- DRT27/08 Mie Hayasaki IV DRT 14 - Osasco30/08 Gisselda Regina Sanda III DRT 3 - Taubaté 16/08 Eduardo Takachi Yokoda VI DRT 12 - ABCD

DEVER CUMPRIDO

Esta seção tem como objetivo prestar homenagem aos colegas que se aposentaram após anos de dedicação e serviços prestados ao Estado e à sociedade. A todos os AFRs que venham a figurar neste espaço, o nosso sincero

agradecimento e votos de paz e harmonia no merecido descanso.

Expediente

DIRETORIA – Presidente: Lauro Kuester Marin; Vice-Presidente: Cláudio Fambrini Moraes; Secretária-Geral: Norma Couto da Rocha Paes; Secretário-Adjunto: Emílio Bruno; 1º Tesoureiro: Antonio Carlos Meireles Gama; 2º Tesoureiro: Abdala Hedjazi; Diretor de Assuntos Intersindicais: Gilson Bicego

CONSELHO DE REPRESENTANTES - Yara Regina Franco e Luiz Cláudio Rodri-gues de Carvalho (SEDE); Victor Nuncio Aprile, Durvail Soares Pompeo, Odálio Gonçalves da Mota, Marcelo de Albuquerque Felizola, Jorge Augusto Diniz e Eliana Maria Pessoa Ferreira de Oliveira (Capital); Antonio de Ponte Luís e Flávio Werneck Rebello (DRT-2); Oswaldo da Silva Quintino e Antonio Guerra (DRT-3); Henrique Fabiano dos Santos e Keyla Ferreira (DRT-4); Herivelto Azael Archangelo, Elizabeth Hunziker Marques e Helio Lopes da Silva (DRT-5); Arlindo Ferreira de Aragão, Célio Almeida Chaves e Miriam Arado (DRT-6); Renato Saccaro e Valdir Veroneis dos Santos (DRT-7); Herley Torres Rossi e José Vicente Xavier de Camargo (DRT-8); Marco Antonio Calderaro e Gilberto Antonio de Oliveira (DRT-9); Adolpho Freitas Ávalos e Gilmar Domingos Macarini (DRT-10); Marco Aurélio Meira Garcia e Gilson de Souza Takeya (DRT-11); Divino Cassiano Rosa e Carlos José de Souza (DRT-12); Raimundo Bispo Teles e José Geraldo da Silva Braga (DRT-13); Luiz Manoel Colaço Ricardo e Aluísio Eloy Valadão (DRT-14); José Francisco Pinto e Fernando Savio da Costa (DRT-15); Marco Antonio Pezzatto e Helio Martins Fontes Filho (DRT-16).

SUPLENTES DO CONSELHO DE REPRESENTANTES - Auro Sumida, Carlos Edu-ardo Pastor D´Oliveira, Vilma Fagundes Sanches, João Ramalho, Massaki Nelson Fugimoto, Narciso Magalhães Jr., José Carlos Libano, Carlos Alberto Ayres Pereira, Luiz Jorge da Costa, Joel Benedicto Cardoso, Miguel Siqueira, Everaldo de Melo Brandão, Eduardo Martins, Oswaldo Fonseca Lemos, Florisberto Francisco da Silva, Antonio Cândido, Maria Cristina Macedo Savino, Dario Massao Mimura, Samuel Celso Crysóstomo, Wellington Assem Di Giacomo, James Grejo, Sávio Mero Sotero de Menezes, Hugo Paulo Teixeira, Marco Antônio Correa, Claudio de Lemos, Gil-berto Ricoboni, Gervásio Antonio Consolaro, Nivaldo Bento da Silva, Oscar Akira Oda, Jair Botero, Rolando Moris, Pedro Rosálio da Cunha Pereira, Rivaldo Ribeiro de Jesus, Alda Matias Lopes, Renato Cialfi Abbondanza, Aldrin da Rocha Pinto, Fer-nando Martins Navajas, Humberto Arlow, Cesar Augusto Fried Fantanppie, Paulo Eduardo Foresti e Toyomi Kamura.

Jornal Sinafresp Diretor Responsável: Lauro Kuester Marin

Editora: Renata Eschiletti (Mtb 145/MS)

Repórter: Camila Brauer

Conselho Editorial: Lauro Kuester Marin, Cláudio Fambrini Moraes, Norma Couto da Rocha Paes, Emílio Bruno, Antonio Carlos Meireles Gama, Abdala Hedjazi, Gil-son Bicego, Thiago Carneiro Alves, Thiago Durante da Costa.

Revisão: Nydia Lícia Ghilardi

Designer Gráfico: Daniel Gaiciner

Impressão: Potiguara Ltda.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores, não representando necessariamente a opinião do responsável pelo jornal e da Diretoria do Sinafresp.

Endereço: Rua Maria Paula, 123, 17º andar São Paulo – SP CEP 01319-001

PABX: (011) 3113-4000 Fax: 3113-4007E-mail: [email protected]

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SINAFRESP

O presidente do Sinafresp, Lau-ro Kuester Marin, e seu vice Clau-dio Fambrini estiveram no almoço de confraternização dos Agentes Fiscais de Rendas aposentados, realizado no dia 20 de agosto, na sede da Afresp, em São Paulo (foto). O evento homenageou os aniver-sariantes dos meses de junho, julho e agosto e contou com a presen-ça de cerca de 220 co-legas ativos e aposen-tados.

Seguindo o protoco-lo do evento, as autori-dades presentes foram convidadas a proferir seus discursos. O depu-tado estadual Vitor Sa-pienza foi o primeiro a conversar com os cole-gas. Em seguida, foi a vez do vere-ador e AFR Gilson Barreto.

Logo depois, o presidente do Sinafresp, Lauro Kuester Marin, falou sobre “a situação inusita-

da em que a Classe vive”. Para ele, a categoria enfrentou algu-mas fases em relação ao Pro-jeto de Reestruturação da Car-reira para saber se a proposta é boa ou não.

“Enquanto nós arrecadamos, as outras carreiras gastam. Por isso, as entidades estão trabalhando para mostrar ao governador e ao secre-tário que merecemos valorização.

E estamos conseguindo, seja pelo valor que o nosso projeto custa, seja pela paridade ou pela recep-ção a nossa Classe”, ressaltou o presidente.

Depois das ponderações so-bre o PLC 35/2008, Lauro Kuester ressaltou a impor-tância da contribuição dos AFRs aposentados no processo de negociação em torno da Reestrutura-ção da Carreira. “Vocês têm o patrimônio que só o tempo dá: a experiên-cia. E sem essa experiên-cia que vocês nos trans-mitiram não sabemos se conseguiríamos chegar onde estamos”, agrade-ceu.

O presidente da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior, foi

o último a falar aos presentes. Ele comemorou o sucesso Amafresp e lembrou que os Agentes Fiscais de Rendas devem sempre acreditar nas lutas da categoria.

Sinafresp participa de mais um almoço dos aposentados

Aposentados

Agosto 2008 ■ Jornal Sinafresp

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BONIFICAÇÃO POR RESULTADOS PLCs. 41 e 42 DA EDUCAÇÃO E

DA FAZENDA

No dia 19 de agosto o Diário Oficial publicou a entrada na Assembléia Legis-lativa dos Projetos de Lei Complementar n°. 41 de 2008 – que institui a Bonifica-ção por Resultados (BR) no âmbito da Se-cretaria da Educação do Estado – e o de n°. 42 de 2008, que institui a Bonificação por Resultados no âmbito da Secretaria da Fazenda e autarquias vinculadas (Me-nos para a carreira de Agentes Fiscais de Rendas) – seguindo o mesmo caminho do PLC 35/2008 dos AFRs de premiar com eventual prestação pecuniária servidores pelo atingimento de metas. O PLC 41 da Educação tem suas peculiaridades, como o pagamento ser efetuado em duas parcelas durante o ano da Bonificação por Resul-tados, provavelmente semestrais. As metas serão estabelecidas por unidades de ensino ou administrativas (não vinculadas a de-sempenho individual do servidor, mas sim à unidade pública em que trabalha), calcu-ladas com base no desempenho dos alunos nos exames do SARESP/2007 e nas taxas de aprovação, que por sua vez, deram ori-gem (tais indicadores) a um indicador de qualidade da escola denominado IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo). A Bonificação por Resultados da Educação também será extrateto e atingirá pelo cumprimento total da meta o percentual máximo de 20% do salário mensal do servidor, caso haja sobra na meta anual, ou seja, o servidor cumprir a meta acima do previsto, poderá ser pago mais 20% da Bonificação. Desta forma, se forem atingidas todas as metas, o servidor poderá ganhar 2,4 salários a mais por ano e se houver excesso no cumprimento da meta, com o adicional de 20% poderá ga-nhar até 2,88 salários a mais por ano. Assim como o Projeto dos AFRs só terão direito à Bonificação quem participar de pelo me-nos 2/3 dos dias do processo de avaliação, à exceção dos afastamentos por motivo de férias, licença-maternidade, paternidade e adoção. Contudo, o Projeto da Educação em um ponto é bem diferente do PLC 35, isto é, a Bonificação não é paga a aposenta-dos e pensionistas. Com relação ao PLC 42 de 2008 – que se destina a todas as carrei-ras da Secretaria da Fazenda, à exceção da carreira de AFR – assemelha-se ao Projeto da Educação, porém a previsão dos paga-mentos da Bonificação por Resultados é trimestral assim como o dos AFRs. Quanto aos demais pontos existe muita semelhança

com a Bonificação da Educação, ou seja, pagamento de até 20% do salário mensal e um adicional de até 20% da BR pelo atingi-mento da meta anual, o que pode significar até 2,88 salários a mais por ano. A BR é considerada prestação pecuniária eventual e será paga extrateto, com a necessidade de cumprir 2/3 de efetiva presença durante o período de avaliação para recebimento da BR, não extensão da Bonificação para aposentados e pensionistas, metas estabe-lecidas para unidades administrativas que o servidor trabalha e não pelo seu desempe-nho individual, e outros pontos mais. Com esses dois projetos de lei e o dos AFRs, já são três enviados à Alesp premiando ser-vidores por atingimento de metas, o que demonstra ser uma tendência do atual Go-verno, seguindo os mesmos passos do que ocorre no Estado de Minas Gerais – que também é governado pelo PSDB.

TETO SALARIAL DO SERVIÇO PÚBLICO – CONGRESSO X STF

Em discórdia iniciada em dezembro de 2006, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal vêm desenvolvendo uma briga de bastidores em torno do subsí-dio dos Ministros da Corte de Justiça e o subsídio dos deputados e senadores. Tudo começou no final de 2006, quando o Con-gresso aprovou por meio de norma interna a equiparação dos subsídios dos parlamen-tares federais aos dos ministros do STF, havendo profundo desgaste dos congres-sistas junto à opinião pública, que pelos principais órgãos de imprensa repudiaram o reajuste dos salários dos parlamentares. Em uma medida de aparente ingerência no outro Poder da República e no clima quen-te da opinião pública, o Supremo Tribunal derrubou, por decisão unânime em seu ple-no, o reajuste dos parlamentares realizado por meio de norma interna das duas Casas Legislativas que efetivou a medida. Dessa forma, em clima desfavorável criado pela opinião pública e pela decisão do STF, o Congresso desistiu da equiparação de seus vencimentos aos subsídios dos Ministros do Supremo. Naquele mesmo ano de 2006, a então Presidente da Corte Ellen Gracie havia enviado mensagem ao Congresso (PL No. 7297/2006 de 6/7/2006) solicitando reajuste no subsídio dos ministros do STF para elevá-lo para R$ 25.725,00, que logi-camente não foi votado nem aprovado no Congresso e lá permanece até hoje, tendo se passado mais de dois anos de seu envio àquela Casa Legislativa. Agora, de acordo com notícia publicada no jornal O Estado

de S. Paulo de 29/8/2008, o atual presiden-te do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, está defendendo a iso-nomia entre os salários dos ministros do tribunal, dos parlamentares federais e do presidente da República, a transparência de todos os subsídios e o fim dos pendurica-lhos – atualmente o salário de um ministro do Supremo é de R$ 24,5 mil, dos deputa-dos e senadores de R$ 16,51 mil e do pre-sidente da República de R$ 11,42 mil. Dois entre vários ingredientes acirrou mais ain-da a desgastada relação entre os dois po-deres da República com a divulgação pela Associação dos Magistrados Brasileiros, dos candidatos às eleições municipais que têm ficha suja e pela proibição, pelo STF, da contratação de parentes em cargos de confiança. Segundo a reportagem “Eles vi-nham se preparando para dar o troco no Judiciário. O clima de animosidade ficou claro no encontro que juízes e promotores tiveram no final da semana passada com o vice-líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), em busca de apoio para o reajuste de salário. "O governo quer apro-var (o aumento) e já mandou crédito para isso, mas, como parlamentar, quero dizer que esqueçam. Não sai aumento este ano", disse Barros a juízes e promotores.” "Isto é um absurdo", protestou Barros. "Quiseram fazer política, desgastar os políticos, e ain-da vêm pedir aumento?"

VISITAS AO SINAFRESP – Esti-veram visitando a sede do Sinafresp no mês de agosto de 2008 o presidente da Afresp, Luiz Carlos Toloi Junior e seu vice João Dias Yanes; os conselheiros do Sinafresp Durvail Soares Pompeo, Nar-ciso Magalhães Junior e Victor Nuncio Aprile da Capital, Yara Regina Franco e Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho da Sede; a Comissão Técnica do Sinafresp, além de diversos AFRs ativos e inativos.

VISITAS DO SINAFRESP – O Si-nafresp através de seu presidente, vice-presidente e diretores, participou entre outros dos seguintes compromissos ex-ternos em agosto de 2008: reunião do Codecon (Conselho de Defesa do Con-tribuinte), participação do almoço dos aposentados na Afresp, reuniões com a diretoria da Afresp, visitas a gabinetes de deputados estaduais na Alesp, reu-nião com o secretário da Fazenda, reu-nião com o coordenador da Administra-ção Tributária e o diretor Executivo da Administração Tributária, entre outros compromissos.

Notas da Diretoria