jornal repórter local

20
PUBLICIDADE JOANE | p. 060 Sem cruzeiro, trânsito mais complicado no centro da vila RONFE | p. 07 Junta põe obras na gaveta para reduzir na despesa POUSADAI| p. 04M | Idosa de 85 anos morreu afogada num tanque público CASTELÕES | p. 06 Começaram as obras da Casa Mortuária VERMIL | p. 07 Eleito do PP em vias de perder mandato por faltas Nº 145 • ANO XIII • ABRIL 2011 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE OPINIÃO págs. 17 e 18 Conheça a invejável colecção de rádios antigos de José Ribeiro Sá Machado responde a Nuno Melo em defesa de Fernando Moniz “Quem está em falta no Urbanismo é a actual Câmara” WWW.FACEBOOK.COM/REPORTERLOCAL/ RONFE págs. 10 e 11 MARIANA AMARO Joanense na equipa que tenta encontrar cura para Alzheimer RL MAGAZINE Santa Apolónia: os trabalhos por detrás da festa de Pousada Património: O que fazer com o aqueduto de Castelões? Sandra Ferreira: escrita, crianças e idosos EM FOCO | p. 03

Upload: reporter-local

Post on 16-Mar-2016

264 views

Category:

Documents


37 download

DESCRIPTION

Edição de Abril 2011

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Repórter Local

PUBL

ICID

AD

E

JOANE | p. 060Sem cruzeiro, trânsito mais complicado no centro da vila

RONFE | p. 07Junta põe obras na gaveta para reduzir na despesa

POUSADAI| p. 04M |Idosa de 85 anos morreu afogada num tanque público

CASTELÕES | p. 06

Começaram as obras da Casa Mortuária

VERMIL | p. 07Eleito do PP em vias de perder mandato por faltas

Nº 145 • ANO XIII • ABRIL 2011 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

OPINIÃO • págs. 17 e 18

Conheça a invejável colecção de rádios

antigos de José Ribeiro

Sá Machado responde a Nuno Melo em defesa de Fernando Moniz

“Quem está em falta no Urbanismoé a actual Câmara”

www.fAceBOOk.cOm/REPORTERLOCAL/

RONFE • págs. 10 e 11

MARIANA AMAROJoanense na equipa que tenta encontrar cura para Alzheimer

RL

MA

GA

ZIN

E

Santa Apolónia:os trabalhos por detrás da festa de Pousada

Património:O que fazer com o aqueduto de Castelões?

Sandra Ferreira:escrita, crianças e idosos

EM FOCO | p. 03

Page 2: Jornal Repórter Local
Page 3: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 3

+ DADOSO Centro Escolar de Joane representa um investimento de 3 milhões de eu-ros. É um equipamento modelar. Co-nheça algumas das novidades.

Refeitório escolar. Condição fundamental para implementar a escola a tempo inteiro.

20 salas para o primeiro ciclo, 2 para o pré--escolar. Equipadas com quadros interactivos.

Além do recreio coberto de 500 metros quadrados, conta com 2 campos de futebol sintéticos.

Outra novidade: uma ampla biblioteca es-colar com 200 metros quadrados de área.

Centro Escolar de Joane:investimento de três milhões de euros pronto a abrir portas

eDUcAÇÃO

O RL foi conhecer o novo equipamento de ensino, que terá capacidade máxima para 480 alunos.

A empresa ACA já deu por t e r m i n a d a a o b r a d o Centro Escolar de Joane. Os edif ícios estão pron-

tos e já come çaram a rece ber o primeiro mobiliário e as primeiras v i s i t a s d o s p a i s . N o s p r ó x i m o s m e s e s , a t é à a b e r t u r a d o a n o escolar, a Câmara de Famalicão, dona da obra, e o Agrupamento de Escolas Bernardino Machado, terão de preparar a transição de todo o 1º ciclo de ensino e o pré-escolar joanense para a nova casa.“ E s t á p r e v i s t o e m J u l h o e s t a r tudo pronto para func ionar . Já t e m o s t o d o o m a t e r i a l , f a l t a m apenas alguns detalhes. A rede de transporte escolar para os alunos das zonas mais distantes está a ser preparada com o Agrupamento e a A s s o c i a ç ã o d e P a i s ” , r e f e r e Marco Magalhães, do pelouro da Educação do município.T r a t a - s e d e t r ê s i m p o n e n t e s e d i f í c i o s c u j a s c o n d i ç õ e s s ã o unânimemente consideradas de e x c e l ê n c i a . A p r e o c u p a ç ã o e m a l g u n s s e c t o r e s , h o j e é o u t r a : terá Joane cr ianças suf ic ientes todos os anos para ocupar tanto espaço? “Não vejo, num futuro próximo, necessidade das crianças de ou-tras freguesias vizinhas se trans-

f e r i r e m p a r a o C e n t r o E s c o l a r d e J o a n e . T o d a s t ê m d i n â m i c a suficiente para não encerrarem. Previsivelmente, o próximo ano lectivo arrancará, feita a fusão das várias escolas actuais, com 15/16 turmas”, assegura Magalhães.São 20 sa las de aula com capa -c idade para , cada uma, receber turmas com 24 alunos do 1º ciclo. Existem actualmente 346 alunos a frequentar este ciclo de ensino em Joane, menos 130 do que prevê a capacidade máxima do Centro Escolar (480 alunos). O novo equipamento educat ivo a c o l h e t a m b é m a ú n i c a t u r m a d o c o n c e l h o d e s t i n a d a e x c l u -s i v a m e n t e a a l u n o s a u t i s t a s o u com multi-deficiência, que hoje f u n c i o n a , p r o v i s o r i a m e n t e , e m Vermoim.

E xis t e m o u t ras d u as s a l as d e s-t i n a d a s a 5 0 c r i a n ç a s d o p r é -escolar.“É uma escola de excelên-cia, por isso prevê-se que possa ser procurada por crianças de outras f r e g u e s i a s , n o m e a d a m e n t e d e Guimarães”, admite Magalhães.A o c o n t r á r i o d o i n i c i a l m e n t e previsto, a entrada principal será f e i t a p e l a p a r t e j u n t o d o c e m i -tério. Quanto a acessibi l idades, Ju nt a e C âmara t ê m p roc u rad o s o l u ç õ e s , n o m e a d a m e n t e n a aquisição de terrenos privados.“ E m S e t e m b r o t o d o s o s a c e s -s o s e s t a r ã o p r o n t o s . A e n t r a d a p r i n c i p a l f o i a l t e r a d a p o r q u e chegou-se à conclusão que, se os a l u n o s e n t r a s s e m p e l a e n t r a d a junto à rua de Leognan, o trânsito seria caótico com os uti l izadores d a e s c o l a B e r n a r d i n o M a c h a d o e d a s p i s c i n a s ” , e x p l i c a M a r c o Magalhães.D u r a n t e o t e r c e i r o p e r í o d o d e a u l a s , c a d a u m a d a s a c t u a i s 5 e s c o l a s p r i m á r i a s f a r ã o v i s i t a s à nova escola, estando previstas aulas experimentais. Maria Casinhas, da ACA, refere que toda a obra decorreu conforme projectado. “Os únicos problemas foram os iniciais quanto ao terre-no. Entraves absolutamente nor-mais que estamos já habituados e preparados para so luc ionar” , garante esta responsável .

Luís Pereira

EM FOCO

“ É u m a e s c o l a d e excelência, por isso prevê-se que possa ser procurada por crianças de outras freguesias, n o m e a d a m e n t e d e Guimarães”, admite Marco Magalhães

CENTRO ESCOLAR DE JOANESão 20 salas de aula com capacidade para turmas com 24 alunos cada uma. existem outras duas salas destinadas a 50 crianças do pré-escolar.

Page 4: Jornal Repórter Local

4 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O qUE sE DIzA FRAsE DO MÊs

“A freguesia de Castelões precisa de uma Casa Mor-tuária, apesar de ninguém a querer estrear”

francisco Sá, presidente da Junta de caste-lões, ao RL, a propósito da colocação da pri-meira pedra da casa mortuária da freguesia, no passado dia 1 de maio.

“Agora que foram apresentadas as con-tas dos protocolos realizados com asfreguesias em 2010 (...) que dizer desta falta de bom senso? Ribeirão recebeuquase 235 mil euros e Joane recebeu…ZERO! E que dizer deste sectarismo ina-ceitável para quem se apregoa de demo-crata?”Sá machado, presidente da Junta de Joane

“Na sessão do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Famalicão, da esquerda à direita, todos foram capazes de, pela ne-gativa, caracterizar o momento presente do País, sem encontrarem nada de posi-tivo que merecesse ser apontado. O sec-tarismo é um dado evidente nos políticos locais e nacionais, mas tanto sectarismo enfadonha e empobrece quem fala e quem escuta”mário martins, O Povo famalicense

”O acordo que o Governo conseguiu não mexe no 13.º mês, nem no 14.º mês, nem os substitui por nenhum título de pou-pança. Não mexe no 13.º mês, nem no 14.º mês dos reformados”José Sócrates, primeiro-ministro demissionário,

“Não é difícil de adivinhar o suspiro de alívio que terá percorrido o País depois de ouvir falar o primeiro-ministro. Se-gundo José Sócrates, salários e pensões da grande maioria dos portugueses não vão ser cortados, nem se vai mexer nas regras referentes às reformas, nem no salário mínimo nacional este ano. Mas o problema não está no que já se sabe, está no que falta sabereditorial, Diário de Notícias

Idosa caiu ao tanque e só foi encontrada no dia seguinteUma mulher de 85 anos foi encontrada morta dentro de um tanque públ ico em Pousada de Saramagos, na segunda-fe ira , 2 de Maio . A idosa , que estava d e s a p a r e c i d a d e s d e o d i a a n t e r i o r , c o s t u m a v a u t i l i z a r o t a n q u e p ú b l i c o , j u n t o à s u a c a s a , p a r a s e a b a s t e c e r d e á g u a e l a v a r r o u p a . N a q u e l e d i a terá ido abastecer-se e, por qualquer motivo, terá tropeçado, acabando por morrer afogada. Trata-se de uma mulher conhecida da população, uma vez que há anos que vendia na feira de Joane e era proprietária de uma loja antiga de roupa, na freguesia de Pousada, no l imite com Joane. O tanque público em causa era usado quase em ex-clusivo pela idosa e há muito que não sofre qualquer t ipo de intervenção da Junta de Freguesia local .No local esteve a GNR de Joane bem como os bom-beiros de Famalicão. O corpo será autopsiado para determinar as causas da morte.

QU

e Pe

NSA

R!

Se tIveR fOtOgRAfIAS QUe mOStRem ASPectOS QUe JÁ DeSAPAReceRAm OU efeItOS DAS ALteRAÇõeS NA PAISAgem DA SUA teRRA , e Se AS QUISeR PARtILhAR cOm OS LeItOReS, eNvIe POR mAIL , geRAL@RePORteRLOcAL .cOm, OU POR cORReIO.

DIAs DE ONTEM

PUBL

ICID

AD

E

JOANE, 1965A igreja velha de Joane ainda não t inha ido ao tapete , derrubada por um golpe fata l desfer ido de madrugada . Lá está , na imagem, uma nesga do monumento degradado, com uma das emblemáticas imagens brancas no a l to . e m p l a n o m a i s d e s t a c a d o , o famoso ta ipa l de madeira que durante anos serv iu de parede d o s f u n d o s d a i g r e j a n o v a , co m e ç a d a a e r g u e r e m 1 9 5 5 . U m a c r u z i m p rov i s a d a e u m a porta para os f ié is .O res to , faz par te do passado e d a m e m ó r i a d e m u i t o s : a ramada , o muro e a casa onde hoje exis te o adro.

Page 5: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 5

De Joane: boas e más notícias. Há uma joanense numa equipa de in-vestigadores que acaba de apre-sentar um passo em frente no tra-tamento da doença de Alzheimer; o 25 de Abril passou sem qualquer iniciativa (até o Grande Prémio de Atletismo da AMITORRE foi cance-lado por falta de dinheiro); a Feira de Antiguidades e Velharias foi can-celada e espera por melhores dias. . .

A modernidade ao serviço da tradi-ção. A Queima do Judas, tradição que perdeu o fulgor de outros anos, pode ser salva pelas novas tecnolo-gias, como a Internet? A Associação Teatro Construção de Joane mostra que talvez sim. A as-sociação de Custódio Oliveira man-teve a tradição da queima do Judas, nas vésperas da Páscoa, mas acres-centou-lhe um toque de modernida-de, ao colocar na Internet (via You Tube) pequenos f i lmes com ence-nação de algumas quadras do tes-tamento de Judas e alertando para algumas situações negativas exis-tentes em Joane – o salão paroquial ao abandono, a torre sineira da ve-lha igreja, o estado da VIM, a falta de casa de banho no novo Largo 3 de Julho, etc.

Além de inovador, não teve o carác-ter tão brejeiro, quase obsceno, de algumas quadras do testamento em papel.

E por f im, o FMI. O Governo anun-ciou que o acordo com o Fundo Mo-netário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu “não mexe no 13º mês, nem no 14º mês, nem os substitui por nenhum título de poupança”. É claro que mexe em muita coisa. Por exemplo, estabelece como meta para Portugal a redução, até às elei-ções autárquicas de 2013, do núme-ro de câmaras e juntas de fregue-sias. Actualmente são 308 Câmaras e 4.259 juntas de freguesia. O as-sunto vai suscitar, na nossa região, o debate que se impõe. De resto, o RL já iniciou esse deba-te, ao lançar para discussão a possí-vel fusão de algumas freguesias, no caso concreto, Airão S. João e Airão Santa Maria. Mas esse debate ainda mal começou. NOTA: Esta edição do RL saiu com um li-geiro atraso. Pelo facto pedimos desculpa aos leitores e anunciantes.

EDITORIAL

MARIANA AMARODoutoranda em glasgow, integra a equipa de investigadores que desco-briu um novo método que constitui um avanço na detecção precoe da doença de Alzheimer. Sá MACAHDOO presidente da Junta de Joane resol-veu assumir a defesa de fernando mo-niz, que foi alvo de críticas feitas a este jornal por Nuno melo, presidente da Assembleia municipal, a propósito do urbanismo na vila. FILIPE MACHADOfoi eleito para a Assembleia de fregue-sia de vermil em 2009, na lista do cDS-PP, mas de então até agora já faltou a

quatro sessões seguidas daquele órgão. corre agora o risco de perder o manda-to. Um exemplo pouco abonatório para o eleito em causa e para o cDS-PP.JOSÉ RIBEIROA sua colecção de rádios antigos é dig-na de realce: 14 gravadores de bobi-nes, mais de 10 rádios que funcionam a válvulas e inúmeros gira-discos. tudo guardado com cuidado na sua residên-cia, em Ronfe.GRUPO DESPORTIvO DE JOANEPerdeu com o “rival” famalicão, mas manteve o segundo lugar na tabela. espera-se agora “festa rija” no jogo com o Paredes que pode ditar a subida de divisão.

PROTAgONISTAS

Boas e más notícias

JOAQUIM FORTE

PAG. 07 | ELEITO FALTOSOfilipe machado corre o risco de perder o mandato de eleito do PP na Assembleia de freguesia de vermil devido a faltas.

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 7

PUBL

ICID

AD

E

Fi l i p e M a c h a d o p o d e

p e r d e r o m a n d a t o d e

e l e i t o d o C D S - P P n a

A s s e m b l e i a d e F r e -

g u e s i a ( A F ) d e V e r m i l . O e x -

independente não compareceu

a quatro sessões consecut ivas

daquele órgão, não apresentou

justif icação nem pediu para ser

substituído, tal como determina

a lei da tutela administrativa.

João Pinto, pres idente da AF,

a s s e g u r a q u e F i l i p e M a c h a d o

não tem apresentado justif ica-

ção para as ausências e avança

q u e , d e n t r o d e d i a s , a m e s a

da Assembleia i rá reunir para

determinar o que fazer.

Já Filipe Machado diz estar cien-

te do risco de perda de mandato,

e m b o r a a s s e g u r e q u e t e n t o u

adiar as duas primeiras sessões.

“ U m a d a s r e u n i õ e s c o i n c i d i u

com o falecimento do meu pai ,

a o u t r a c o m o b a p t i z a d o d a

minha f i lha. Nesta últ ima pedi

que fosse mudado o dia, mas o

pedido não teve acolhimento”,

alega o eleito.

Segundo a le i da tute la admi -

n i s t r a t i v a , n o s e u a r t i g o 8 . º ,

“ i n c o r r e m e m p e r d a d e m a n -

d a t o o s m e m b r o s d o s ó r g ã o s

a u t á r q u i c o s q u e , s e m m o t i v o

just i f icativo, não compareçam

a três sessões seguidas” . A le i

determina a inda que caberá a

qualquer e lemento da Assem-

bleia expor o caso às entidades

competentes , sendo que a de-

cisão de perda de mandato tem

de ser decretada pelo Tribunal

Adminis t ra t ivo para que pro-

duza efeito.

Fil ipe Machado, recorde-se, foi

eleito para a Assembleia de Fre-

guesia de Vermil , pela primeira

vez, em listas do PSD. Em 2005,

o PSD escolheu Armando Vidal,

actual presidente de Junta, para

s e r c a b e ç a d e l i s t a , a o p a s s o

q u e F i l i p e M a c h a d o d e c i d i u

concorrer como independente,

c o n s e g u i n d o d o i s l u g a r e s n a

A F . N a s ú l t i m a s e l e i ç õ e s , e m

2009, foi o único eleito da l ista

do CDS-PP.

Eleito do CDS-PP pode perder

mandato por excesso de faltas

Filipe Machado não compareceu a quatro sessões da Assembleia de Freguesia

Luís Pereira

VERMIL • AUTARQUIA

RONFE

JUNTA APERTA O CINTO

PARA REDUZIR NAS

DESPESAS

A Junta de Ronfe vai cortar na despesa

e a lgumas das obras previstas vão f icar

na gaveta . Uma das consequências da

contenção é o f im do f inanciamento

do passeio anual da f reguesia . Com um

pass ivo de quase 50 mi l euros , a autar-

quia de Daniel Rodrigues vai “apertar o

c into” . “A Junta vai deixar de pagar o

passeio anual e vai entregar a organi-

zação da festa da juventude aos jovens .

Não quero deixar herança a quem me

seguir ” , d isse o autarca .

O re latór io de contas aponta para uma

execução na ordem dos 90% dos cer-

ca de 180 mi l euros orçamentados . O

documento foi aprovado pela maior ia

PSD, com votos contra dos e le i tos do

PS e da CDU.

Na sessão, Daniel Rodrigues refer iu-

se ao projecto do Centro Escolar de

Ronfe , da responsabi l idade da Câmara ,

garant indo que será “melhor que um

hotel ” , mostrando, contudo, preocupa-

ção quanto aos custos de manutenção.

“Não vamos ter dinheiro para assegurar

a manutenção do equipamento” , apon-

tou o autarca .

PSD JOANE ORGANIZA FÓRUM DO AMBIENTE

O núcleo de Joane do PSD promove, a 26 de Maio, no Centro Cultural de Joane, um fórum sobre ambiente .

Antes , a 10 de Maio, no mesmo local , real iza-se a Assembleia do núcleo.

ReguiLa

OS DOIS LADOS DO MESMO RIBEIROCom a instalação do supermercado Bolama em Joane, o ribeiro de Cortinhas que corre para o lado de Laborins foi reabilitado. Mas basta olhar para o outro lado da ponte ( junto à feira) para perceber que o ribeiro continua maltratado, sujo e cheio de vegetação. Desta vez foi o privado a dar exemplo ao público!

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail [email protected] detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( [email protected]) | Redacção Luís Pereira ([email protected]) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Analisa Neto; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; João Monteiro; Luís Santos; Miguel Azevedo; Luciano Silva; Sérgio Cortinhas | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

MIGUEL RIBEIROPresidente do PSD de Joane

“Sá machado enganou os joanenses ao candidatar-se sabendo que não ia exercer o cargo. continua a enganar os joanenses fazendo de conta que é o presidente mas dando os poderes a outro. António Oliveira participa ac-tivamente no embuste”.

“Numa República e numa Democracia os cargos não se herdam. esta mesma tácti-ca já foi usada para que o dr. Sá machado pudesse receber em “herança” a presi-dência da Junta de freguesia”.

SÁ MACHADOO Presidente da Junta de Joane (PS)

“O PSD de Joane revela desespero face ao futuro. Ao contrário do que se passa a nível concelhio, tenho re-presentado a freguesia da qual sou presidente e tenciono continuar a sê-lo”.

“O que o PSD denuncia em Joane não critica em famalicão, onde o vice-presidente da câmara Paulo cunha é que tem representado a câmara”.

MEGAFONE »»»FOGO-CRUZADOO PSD de Joane acusa Sá Machado, presidente da Junta, de ter enganado os joanenses. Em causa está a alegada au-sência do autarca na condução dos destinos da vila desde que, há um ano, assumiu o cargo de vogal na direcção do Centro Hospitalar do Médio Ave e o facto de ter delegado funções no vice-presidente da autarquia, António Oliveira.

Page 6: Jornal Repórter Local

6 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

A deslocal ização do cruzei-r o d o c e n t r o d e J o a n e , e f e c t u a d a n o â m b i t o d a r e q u a l i f i c a ç ã o d o L a r g o

3 d e J u l h o ( a n t i g a f e i r a ) , c o n t i -n u a a g e r a r d i s c u s s ã o . D e p o i s d e representantes da paróquia terem sol ic i tado à Câmara Munic ipal de Famalicão, dona da obra, para re-pensar a mudança , também Nuno M e l o , p r e s i d e n t e d a A s s e m b l e i a Municipal e euro-deputado do PP, na entrevista ao RL, mostrou reservas quanto à opção. A C â m a r a f a m a l i c e n s e c o n s i d e r a q u e a m u d a n ç a d o c r u z e i r o f o i a melhor opção para garantir a f lui-dez do t râns i to no centro da v i la , de ixando o cruze i ro de func ionar como rotunda, como acontecia até à reabil i tação do Largo. O problema é que o trânsito tem sido u m a c o n f u s ã o n a q u e l a z o n a . N ã o s ó p o r c a u s a d o d e s a p a r e c i m e n t o d a “ r o t u n d a ” q u e e r a o c r u z e i r o , m a s , p r i n c i p a l m e n t e , p e l a f a l t a de s inalét ica . Resultado: os auto-m o b i l i s t a s , s o b r e t u d o e m a l t u r a s d e m a i o r t r á f e g o , p a r e c e q u e n ã o

c o n s e g u e m p e r c e b e r q u e m t e m prioridade na zona. Como o Largo é ponto de confluência dos veículos procedentes da Rua 25 de Abril , Rua Pedro Hispano e Rua de S. Bento, a confusão instala-se com relativa faci l idade. O PSD tinha já alertado para a situa-ção em Dezembro passado, na sessão d a A s s e m b l e i a d e F r e g u e s i a . N a altura, sugeriu à Junta de Freguesia que colocasse provisoriamente uma rotunda para faci l i tar a circulação automóvel. Volvidos quatro meses, a situação permanece. Por essa ra-zão, o PSD voltou à carga na últ ima sessão da AF (dia 28). Mas a solução provisória não é fáci l de tomar. Sá Machado, presidente da Junta , recordou que a obra do Largo 3 de Julho está por concluir e que o trânsito é um dos problemas que se encontram por resolver.“A Junta não pode passar por cima d a s e n t i d a d e s r e s p o n s á v e i s . N ã o p o d e m o s , s i m p l e s m e n t e , c h e g a r ao local e colocar uma rotunda. A sinalética tem que ser homologada pela Direcção Geral de Viação, caso contrário, não tem qualquer efeito”, argumentou o autarca do PS.

LOCALIDADES

Luís Pereira

NOITES DE TEATRO EM VERMOIMA Associação cultural de vermoim apresenta sábado, 7 de maio, pelas 21h00, no sa lão paroquial , o actual gru-po de teatro da inst i tu ição. Será durante o evento “Noites de teatro” , que contará a inda com o grupo do curso Prof iss ional de Animação Sociocultural da secundária de Joane, do grutaca de Seide S . miguel .

Sem cruzeiro, trânsito ficou mais complicado

JOANE • tRÂNSItO

PUBL

ICID

AD

E

começaram as obras da casa mor-tuár ia de caste lões . O invest imen-to (na ordem dos 120 mi l euros) é da paróquia , mas foi a Junta que pagou os gastos com o projecto. No lançamento da pr imeira pedra (dia 1 de maio) , o v ice-pres idente da câmara , Paulo cunha , assegu-rou o apoio do município , sem re-velar o valor.A casa mortuár ia vai surgir junto à igreja , onde se encontram actu-almente as casas de banho (que serão demol idas) , terá uma sala pr incipal para velar os defuntos , outra de apoio para fami l iares e

insta lações sanitár ias . O prazo de execução é de 18 meses . “É o f im de meia dúzia de anos de uma batalha de tantas buro-cracias . A obra f ica perto de pa-tr imónio que está sob a lçada do Inst i tuto de gestão do Patr imó-nio Arquitectónico, que demorou muito tempo até dar o seu aval . caste lões precisa , apesar de nin-guém a querer estrear” , considera francisco Sá , pres idente da Junta de caste lões .Actualmente, a capela de Santo António tem servido como local onde são velados os defuntos .

CASTELÕES • PROJectO

Arrancaram as obras da Casa Mortuária

Page 7: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 7

PUBL

ICID

AD

E

F i l i p e M a c h a d o p o d e p e r d e r o m a n d a t o d e e l e i t o d o C D S - P P n a A s s e m b l e i a d e F r e -

g u e s i a ( A F ) d e V e r m i l . O e x -independente não compareceu a quatro sessões consecut ivas daquele órgão, não apresentou justif icação nem pediu para ser substituído, tal como determina a lei da tutela administrativa.João Pinto, pres idente da AF, a s s e g u r a q u e F i l i p e M a c h a d o não tem apresentado justif ica-ção para as ausências e avança q u e , d e n t r o d e d i a s , a m e s a da Assembleia i rá reunir para determinar o que fazer. Já Filipe Machado diz estar cien-te do risco de perda de mandato, e m b o r a a s s e g u r e q u e t e n t o u adiar as duas primeiras sessões. “ U m a d a s r e u n i õ e s c o i n c i d i u

com o falecimento do meu pai , a o u t r a c o m o b a p t i z a d o d a minha f i lha. Nesta últ ima pedi que fosse mudado o dia, mas o pedido não teve acolhimento”, alega o eleito.Segundo a le i da tute la admi -n i s t r a t i v a , n o s e u a r t i g o 8 . º , “ i n c o r r e m e m p e r d a d e m a n -

d a t o o s m e m b r o s d o s ó r g ã o s a u t á r q u i c o s q u e , s e m m o t i v o just i f icativo, não compareçam a três sessões seguidas” . A le i determina a inda que caberá a qualquer e lemento da Assem-bleia expor o caso às entidades competentes , sendo que a de -cisão de perda de mandato tem de ser decretada pelo Tribunal Adminis t ra t ivo para que pro-duza efeito.Fil ipe Machado, recorde-se, foi eleito para a Assembleia de Fre-guesia de Vermil , pela primeira vez, em listas do PSD. Em 2005, o PSD escolheu Armando Vidal, actual presidente de Junta, para s e r c a b e ç a d e l i s t a , a o p a s s o q u e F i l i p e M a c h a d o d e c i d i u concorrer como independente, c o n s e g u i n d o d o i s l u g a r e s n a A F . N a s ú l t i m a s e l e i ç õ e s , e m 2009, foi o único eleito da l ista do CDS-PP.

Eleito do CDS-PP pode perder mandato por excesso de faltasfilipe machado não compareceu a quatro sessões da Assembleia de freguesia

Luís Pereira

VERMIL • AUtARQUIA

RONFE

JuNTA APERTA O CINTO PARA REDuzIR NAS DESPESASA Junta de Ronfe vai cortar na despesa e a lgumas das obras previstas vão f icar na gaveta . Uma das consequências da contenção é o f im do f inanciamento do passeio anual da f reguesia . com um pass ivo de quase 50 mi l euros , a autar-quia de Daniel Rodrigues vai “apertar o c into” . “A Junta vai deixar de pagar o passeio anual e vai entregar a organi-zação da festa da juventude aos jovens . Não quero deixar herança a quem me seguir ” , d isse o autarca .O re latór io de contas aponta para uma execução na ordem dos 90% dos cer-ca de 180 mi l euros orçamentados . O documento foi aprovado pela maior ia PSD, com votos contra dos e le i tos do PS e da cDU.Na sessão, Daniel Rodrigues refer iu-se ao projecto do centro escolar de Ronfe , da responsabi l idade da câmara , garant indo que será “melhor que um hotel ” , mostrando, contudo, preocupa-ção quanto aos custos de manutenção. “Não vamos ter dinheiro para assegurar a manutenção do equipamento” , apon-tou o autarca .

PSD JOANE ORGANIZA FÓRUM DO AMBIENTEO núcleo de Joane do PSD promove, a 26 de maio, no centro cultural de Joane, um fórum sobre ambiente . Antes , a 10 de maio, no mesmo local , real iza-se a Assembleia do núcleo.

Page 8: Jornal Repórter Local

8 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

BREvE

LOCALIDADES

A Feira de Velharias pre-vista para o fer iado de 25 de Abril , no Largo 3 de Julho, foi cancelada.

A i n i c i a t i v a d a J u n t a d e J o a n e acabou por não se real izar, em-bora dois expos i tores t ivessem marcado presença. Segundo An-tónio Oliveira, vice-presidente da autarquia, a dúzia de expositores c o n v i d a d o s , c o m o a p r o x i m a r da data informaram a Junta de q u e n ã o c o m p a r e c e r i a m p o r s e tratar do dia a seguir à Páscoa, considerando-o “desajustado” aos

seus afazeres.“Começámos a ficar com um nú-mero reduzido de participantes e por isso cancelámos o certame”, justifica.M e s m o c o m a f e i r a c a n c e l a d a , q u e m p a s s o u p e l o L a r g o 3 d e Julho no fer iado pôde observar a presença de dois expositores , que alegadamente não terão sido i n f o r m a d o s d o c a n c e l a m e n t o . “Tiveram conhecimento da feira através do site de uma associação ligada a estes eventos e decidiram aparecer sem pedir informações. C o m o e r a m d e b a s t a n t e l o n g e , pediram para expor o que traziam

para que a viagem não fosse em v ã o . A J u n t a n ã o v i u n e n h u m inconveniente e permitiu”, refere António Oliveira. Apesar do can-celamento, a Feira de Velharias c o n t i n u a a e s t a r n a s i n t e n ç õ e s da Junta . Quanto à data , a inda n ã o e s t á d e f i n i d a , t a l c o m o f o i reve lado na ú l t ima Assemble ia de Freguesia de Joane. O modelo preconizado pela Junta continua a ser o de encontrar um feriado para agendar a iniciativa, faltando saber se pretende que a Feira tenha uma periodicidade certa ou não, t a l c o m o a c o n t e c e e m d i v e r s a s localidades vizinhas.

Feira de velharias cancelada, mas volta um dia destes!falta de acesão de feirantes determinou decisão da Junta de freguesia

Luís Pereira

JOANE • INIcIAtIvA

PUBL

ICID

AD

E

CORRIDA DA MãE E DOS PEQUENINOSReal izam-se domingo, 8 de maio, a vI corr ida da mãe e o XI famal icão-Joane dos Pequeninos . As inscr ições podem ser fe i tas até dia 7 na Atc ou no dia da prova , junto à part ida , no Parque da Ribeira .

JOANe

gRANDE PRéMIO AMITORRE CANCELADO POR FALTA DE APOIO

Pela pr imeira vez em 12 anos , a Associação de moradores da ha-bitorre ( AmItORRe) , de Joane, não real izou o grande Prémio de At let ismo do 25 de Abri l . A culpa foi da fa l ta de dinheiro. “f izemos tudo ao nosso a lcance para avançar com a prova . che-gámos a pedir l icenciamento, mas quando não há garant ias de dinheiro, não se pode arr iscar” , refer iu fernando Pereira , d ir i-gente da associação.A inic iat iva representa uma des-pesa de 2 .500 euros . habitual-mente, a câmara de famal icão compart ic ipava com os troféus . este ano, a associação foi infor-mada pelo vereador Leonel Ro-cha que a câmara apenas pode-r ia apoiar com 200 euros . “O ano passado t ivemos promessa de apoio de pr ivados que, depois , não se conf i rmaram, tendo a as-sociação suportado o prejuízo. este ano, sem ajuda da câmara , ser ia impensável correr r i scos” , refere o dir igente .A prova da AmItORRe juntava dezenas de at letas e das poucas in ic iat ivas evocat ivas do 25 de Abri l em Joane.

Page 9: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 9

Abril

“escrevo para v iver e v ivo para escrever” , s intet iza Sandra ferreira , q u e t a m b é m p i n t a “ u m a s co i s i t a s d e a m a d o ra ” . Re a l i z a s e s s õ e s de escr i ta e act iv idades de an imação soc iocul tura l com diversas ent idades cul turais , colabora com bibl iotecas , escolas e ent idades cul turais .L I V RO S Autora da obra in fanto- juven i l “Papo i la , o pr ínc ipe e o sonho” (2006) , tem uma nova obra infanto-juveni l em fase de pu-bl icação. terminou dois l ivros de poesia , “eco. graf ias do tempo” e “Lugares sem Onde” , e escreve uma narrat iva extensa , “ tâmaras em f im de tempo” , sobre a velhice . É autora do projecto “ eco.graf ias da memória - infância / velhice” que procura levar a inst i tu ições . TEM NA MANGA “Um projecto de escr i ta com reclusos . colabora com jornais locais . Profundamente espir i tual va lor iza as re lações h u m a n a s e vê n e l a s a s u a f ra g i l i d a d e . É a u t o ra d o b l o g u e w w w.papoi lasonhadora .blogspot .com. A D O R AVA tocar p iano mas o que a comove é o som do v io l ino : a s segura que não morre sem aprender a tocar p iano . “Os l i v ros são o meu mundo, a escr i ta o meu refúgio. Prometo escrever mais e espero ser melhor, enquanto Ser humano

SANDRA FERREIRA

ESCOLA EVOCOU BERNARDINO MACHADOA escola Bernardino Machado homenageou o seu patrono, no dia 28 de Abril, com várias iniciativas e com a presença de Manuel Machado sá, neto de Bernardino Machado. O programa incluiu a pre-sença do grupo de folclore dos alunos do 1º ciclo e uma exposição sobre Bernardino Machado.

ESCRITA E PINTURAVive em Ronfe. Tem 34 anos. Estudou Letras e Literaturas Modernas, mas “aposentou-se” do ensino para colaborar com os tios-avós que foram acamando.

PUBL

ICID

AD

E

Page 10: Jornal Repórter Local

10 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

H á m ú s i c a t o d o s o s s á b a d o s n a R u a d a P o l é , e m R o n f e . O “ d j ” de serviço é José Ribeiro e o som vem dos fundos da sua casa. Mas,

a música é relevada para segundo plano. O que faz José Ribeiro “dar música” é, sobre-tudo, o “amor aos parafusos”, como diz.Desde 1994 que colecciona rádios antigos. É dono de 14 gravadores de bobines, mais de uma dezena de rádios de madeira que funcionam a válvulas e inúmeros gira-discos dos quais as gerações mais novas nem so-n h a m q u e e x i s t i r a m o u t r o r a . C o m p r a - o s em feiras de antiguidades, completamente desconcertados, e a todos eles dá vida.“Garanto que tenho em minha posse o rádio m a i s a n t i g o q u e s e v e n d e u n o p a í s . T e m tantos anos quanto a rádio tem em Portugal. Andei oito vezes atrás dele”, assegura.Apesar de ter rádios de série l imitada, um de que só existem quatro modelos e outros tantos centenários, o que acaba por cativar e s t e c o l e c c i o n a d o r , n a t u r a l d e M o g e g e , é o s o m q u e d e l e s s a i , d e p o i s d e h o r a s e horas de restauro. “É diferente dos rádios de agora. É um som mais puro. Os de hoje têm muita técnica , muita mistura , levam muitos efeitos”, considera.Cada um tem uma bobine especif ica fazen-do com que saiba qual o est i lo de música que do aparelho vai sair quando o l igar. E testa-os todos os sábados.

JOSÉ RIBEIRO, COLECCIONADORComeçou a coleccionar em 1994. Hoje tem 14 gravadores de bobines, mais de 10 rádios que funcionam a válvulas e inúmeros gira-discos. O máximo que deu por um aparelho foram 400 euros.

SORTEIO AUTOMóvEL GD JOANEGrupo Desportivo de Joane, realizou o Sorteio de um Automóvel cujo número premiado foi 5335, correspondente ao primeiro prémio da lotaria da Páscoa.

Santa Apolónia foi linda a festa!Luís Pereira

RL foi espreitar o trabalho que antecede as tradicionais festas de Pousada

O tempo instável não afastou as centenas de pessoas que no passado fim-de-semana foram até Pousada de Saramagos atraídos pela tra-dicional festa em honra de Santa Apolónia. A padroeira dos dentistas, dos que sofrem dos dentes e dos pousadenses, foi uma vez mais celebrada, confirmando que é das principais romarias da região.C a r r o s s é i s , f a r t u r a s , c a r r i n h o s d e c h o q u e , m ú s i c a , f o g o - d e - a r t i f í c i o e a s c e r i m ó n i a s rel igiosas foram os condimentos da romaria para chamar o povo da freguesia e dos arre-dores. Mas, que trabalho está por detrás de tudo isto?É muito e longo o trabalho que uma comissão tem para erguer todos os anos uma festa com a d i m e n s ã o d a s d e S a n t a A p o l ó n i a . D e s d e Outubro que José Peixoto e os restantes nove elementos da comissão começaram a preparar a festa. “O primeiro passo é arranjar dinheiro, com peditórios na freguesia, nas empresas e

pedidos à Câmara e Junta”, conta.Em ano de cr ise f inanceira, a comissão não se queixa. “O peditório correu melhor do que esperávamos. O facto da festa ser muito co-nhecida e reconhecida, faz com que empresas de fora também apoiem. Os pousadenses são generosos e orgulham-se da festa e, mesmo com sacrif ícios, colaboram”, refere José Peixoto.A l e m d o s p e d i t ó r i o s , a c o m i s s ã o o r g a n i z a ainda uma cozinha regional e um lei lão. Este a n o o o r ç a m e n t o d a f e s t a f i x o u - s e n o s 3 0 mi l euros . A maior dor de cabeça , segundo Peixoto, é o espaço para vendedores. “Estamos cada vez mais l imitados. Por isso, quem der mais , é mais amigo e tem pr ior i -dade”, conta.“ D á - n o s g o z o f a z e r a f e s t a , a p e s a r d o t r a -balho. Somos todos de Pousada, crescemos a ver os nossos pais e avós a organizar uma grande festa na freguesia e queremos que isso continue”, deseja José Peixoto.

Com 36 anos José Ribeiro tem particular apreço pelo primeiro rádio, que deu início à colecção. Diz ser o mais valioso, quer pela antiguidade e raridade mas também por razões afectivas.

Luís Pereira

RÁDIOS HÁ MuITOS!Mas poucos como estes...

Page 11: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 11

José Ribeiro tem 14 gravadores de bobines, mais de 10 rádios que funcionam a válvulas e inúmeros gira-discos

O QuE FAzER COM ESTE PATRIMÓNIOARCOS DE CASTELÕESSéculo XVIII

Datados do ano de 1720, os aquedutos de águas l ivres de caste-lões , mais conhecidos pelos arcos de caste lões , são o ex- l íbr is da f regues ia em matér ia de pat r imónio . S i tuam-se ent re os lugares de Sant iago e da Bouça e fazem parte da Quinta de Sant iago. Do conjunto de aquedutos or ig inal restam 17 arcos uma vez que a lguns deles foram parc ia lmente destru ídos por causa da construção da auto-estrada .Num monte próximo dos arcos encontra-se um tanque que recolhe água de três nascentes . Do s is tema de transporte de água or ig inal , hoje apenas muda a forma entubada como a água é t ransportada por c ima dos arcos . A sua função or ig inal mantém-se.Não se pode d izer que os Arcos de cas te lões es tão degradados . A questão que nos dias de hoje se coloca àquele patr imónio cas-t o l e n e n s e é q u a n t o a o s e u a p rove i t a m e n t o p a ra f i n s t u r í s t i co s . O i m ó v e l a g u a r d a , d e s d e 1 9 9 3 , c l a s s i f i c a ç ã o p e l o I n s t i t u t o d e gestão do Patr imónio Arqui tectónico e Arqueológico ( I geSPAR) . Além de formal izar a importância do monumento, a c lass i f icação impl ica o respeito por vár ias regras em tudo o que se prenda com o monumento.A f a l t a d e t e r r e n o s p ú b l i co s e m r e d o r a f a s t o u a i d e i a i n i c i a l d e construção de um parque de lazer junto a este monumento. A Junta d e f r e g u e s i a d e c a s t e l õ e s t e m p ro c u ra d o e s t a b e l e c e r p a r c e r i a com o munic íp io de famal icão com v is ta a requal i f i car os arcos , sendo a l impeza dos aquedutos uma pr ior idade a concret izar com a colaboração dos escuteiros locais .Uma feira do l ivro anual e a real ização de palestras e colóquios junto aos arcos , são as intenções da autarquia para dinamizar o espaço e t ransformá-lo num ponto tur ís t ico do concelho de famal icão.

Diz José que assim tem de ser para não enferrujar. “Ponho aqui um fadinho da Amália a tocar como nunca ouviu tocar”, desafia.C o m 3 6 a n o s J o s é R i b e i r o t e m p a r t i c u l a r a p r e ç o p e l o p r i m e i r o rádio , que deu iníc io à co lecção. Diz ser o mais val ioso, quer pela antiguidade e raridade mas também por razões afectivas. “Quem o deu, já não está cá”, revela.

C o mo c o mp ra rád io s d e s c o nc e r-tados não “perde muito a cabeça” c o m p r e ç o s - o m á x i m o q u e d e u foram 400 euros - e transforma-os em peças va l iosas . “ Is to é o meu futebol. Não gosto da bola e em vez de i r para o café , entretenho-me aos sábados nisto. Podia dar-me para pior!” , brinca e n q u a n t o e x i b e c o m o r g u l h o a inve jáve l co lecção à reportagem do RL.

RÁDIOS HÁ MuITOS!Mas poucos como estes...

Page 12: Jornal Repórter Local

12 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

M ariana Amaro, estudante natura l de Joane a fazer d o u t o r a m e n t o n a E s c ó -c i a , i n t e g r a a e q u i p a d a

U n i v e r s i d a d e d e G l a s g o w q u e e s -t e v e n a o r i g e m d e u m a i m p o r t a n t e d e s c o b e r t a n o c o m b a t e à d o e n ç a d e A l z h e i m e r . O r e s u l t a d o d a i n v e s t i -gação fo i publ icado na revista “Phy-s i c a l C h e m i s t r y C h e m i c a l P h y s i c s ” . “No decurso do meu trabalho descobri um método que, através da detecção de sinais f luorescentes, indica quando s e c o m e ç a m a f o r m a r a g r e g a d o s d e uma determinada prote ína” , re fer iu Mariana Amaro ao RL.Esses agregados, adiantou, “são tóxicos para os neurónios e têm um impacto negativo no cérebro. Outros métodos uti l izados actualmente só conseguem detectar estes agregados num estado avançado, quando já são relativamente grandes e organizados. O nosso método dá indicações do início do processo de agregação permit indo uma detecção muito mais precoce do fenómeno”. Mariana Amaro considera que a doença de Alzheimer tem grande impacto na soc iedade e a inda mais nas famí l ias das pessoas afectadas. “Com o envelhecimento da população a procura de uma cura é cada vez mais u r g e n t e . A p r o t e í n a q u e e u e s t u d o está int imamente re lac ionada com a

doença e o facto de ainda não se saber muito sobre o “porquê?” e o “como?” esta proteína forma agregados é uma d a s r a z õ e s p e l a s q u a i s a i n d a n ã o s e conseguiu uma terapia e f icaz para a doença de Alzheimer”. A apl icação mais imediata deste mé-todo, adianta a investigadora natural d e J o a n e , é a s u a u t i l i z a ç ã o p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d e m e d i c a m e n t o s . “O trabalho tem vindo a ser desenvol-vido ao longo dos últ imos dois anos e meio. Pretendemos mostrar à restante c o m u n i d a d e c i e n t í f i c a o p o t e n c i a l desta técnica. Esperamos que outros grupos s igam os nossos passos e que se consiga encontrar terapias ef icazes na luta contra o Alzheimer”, sal ienta Mariana Amaro.

Investigadora de Joane dá cartas na luta contra AlzheimerLuís Pereira

mariana Amaro licenciou-se na Universidade do minho e está a fazer doutoramento em glasgow, na escócia.

“ E s p e r a m o s q u e o u t r o s g r u p o s s i g a m o s n o s s o s p a s s o s e q u e s e c o n s i g a encontrar terapias eficazes na luta contra o Alzheimer”, refere Mariana Amaro, que está a fazer o doutoramento em Glasgow, na Escócia.

MARIANA AMARO, 27 anos, l icenciou-se em En-sino de Física e Química, em 2006, na Universi-dade do Minho. Após terminar o curso começou a trabalhar como investigadora no grupo de Física Atómica, Molecular e Óptica do Centro de Física da UM. Em 2008 foi para Glasgow, com uma bolsa para Doutoramento no Departamento de Física da Universidade de Strathclyde. Neste momento está na fase final de quase três anos de trabalho de investigação.

Page 13: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 13

esta pode ser uma época recheada de t í tu los para a Associação Des-port iva de caste lões ( ADecA ) . A equipa sénior do c lube vai jogar a f inal da taça concelhia de futebol de sa lão amador com a Associa-ção Desport iva de Pedome e , por outro lado, no passado domin-go, dia 1 de maio, os in ic iados da ADecA garant i ram a presença na f inal da taça , ao golearem o cabe-çudense por 7-0 na meia-f inal da competição. Para o campeonato, a equipa pr in-cipal da ADecA subiu ao pr imeiro

lugar da tabela c lass i f icat iva da pr imeira div isão do campeonato concelhio da AfSA ( Associação de futebol de Salão Amador) . A qua-tro jornadas do f im do campeo-nato, a ADecA assume a l iderança com 60 pontos , mais um que a AD de Pedome, equipa com defronta-rá em casa , na penúlt ima jornada do campeonato.O próximo jogo do c lube é no re-cinto desport ivo da ADecA , no sábado, dia 7 , pelas , 16 :30 horas , f rente á formação do Landim.

mesmo tendo perdido o dérbie concelhio f rente ao r iva l fc fama-l icão, o grupo Desport ivo de Joane cont inua em posição de subida de div isão.Domingo passado, dia 1 de maio, o c lube joanense recebeu o fama-l icão em jogo a contar para a 6 . ª jornada da fase da subida da I I I d i-v isão Sér ie B . A formação da casa acabou vencida (1-2 foi o resul ta-do) . mesmo com a derrota , o gDJ cont inua em 2.º lugar, com 30 pon-tos , mais um que o Paredes e a 5 do famal icão.Do jogo, o gD Joane foi desde mui-to cedo quem mostrou os melho-res indicadores ofensivos . car los manuel , aos 9 minutos , de fora da área rematou mas a bola acabou por sa ir muito perto do poste da bal iza de Rui forte . O famal icão foi crescendo no terreno, e , ao mi-

nuto 21, Zezé lançou o aviso com um remate per igoso, com Sérgio a responder com uma grande inter-venção. minutos depois , em jogada rápida da turma famal icense, Zezé concret izou o pr imeiro golo da part ida após cruzamento efectuado pela latera l esquerda . O Joane rea-giu à desvantagem no marcador e aos 34 minutos conseguiu o golo da igualdade. Bruno cobrou um l ivre junto à l inha latera l e , sem sofrer nenhum desvio , a bola só parou no fundo da bal iza defendida por Rui forte . O fc famal icão marcou o golo da v i tór ia aos 84 minutos , num lance que parecia perdido, André claro conseguiu i r à l inha de fundo, cruzar e ass is t i r Zezé que surgiu ao pr imeiro poste a desviar de cabeça para o fundo das redes . Na próxima jornada , a 8 de maio, o gD Joane des loca-se a Paredes : se vencer, consol ida a 2ª posição; perdendo, desce à 3 . ª posição.

A secção de at let ismo da Asso-ciação Recreat iva Pousadense ( ARPO) part ic ipou (1 de maio) no gP de At let ismo de Landim. O destaque vai para Ricardo Rodrigues (Séniores) e t iago S i lva (minis ) que venceram. em Infant is , a ARPO obt ive o 3º lu-gar por equipas com João Sou-sa (10º) , hélder Lopes (11º) e Pedro Lopes ( 12º) .em Inic iados , Bruno Sampaio f icou em 4º . em Seniores , obte-ve o 2º lugar por equipas com Ricardo Rodrigues (1º ) , Joa-quim Si lva (5º ) , Joaquim costa (10º) e Álvaro Sousa (14º) . em veteranos , 2º lugar por equipas com Joaquim coelho (8º) , ma-nuel Ribeiro (12º) , Raúl carva-lho (14º) , Paulo carvalho (16º) , car los ferreira (17º) e José ma-galhães (27º) .

VERMOIM • cIcLISmO

AMVE TRIuNFA EM FAFEA secção de cic l i smo de estra-da venceu um dos escalões da prova fafe-Srª da graça . em masters 40 gabrie l castro foi o grande vencedor. em Btt, na 2ª XcO Regional do Porto. András herczog (e l i tes m) f icou em 4º . em veteranos c , António Bento f icou em 3º . A Amve também esteve no gP de Landim. Inês marinho ven-ceu em minis f. No mesmo es-calão José S i lva f icou em 2º . Part ic iparam ainda José S i lva (8º ) e Domingos S i lva (9º ) , Inês Rosa , mariana torres , Joana S i lva e José Pimenta . A equipa de Séniores part ic ipou no gP dos ceramistas em Barcelos . Ângelo Ribeiro venceu em Ju-niores m. em veteranos I I , Au-gusto Antunes f icou em 2º .

POUSADA • AtLetISmO

ARPO VENCE EM LANDIM

Luís Pereira

GD Joane perde mas mantém lugar de subida

ADECA com época em cheio

REGIãO • fUteBOL

CASTELÕES • fUteBOL De SALÃO

Page 14: Jornal Repórter Local

14 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

E então dei por mim em frente a dois cami-nhos. Era sempre assim, t inha sido sempre assim. Um rol de escolhas atrás de escolhas, decisões atrás de decisões. Parei . Um deles era estreito e sinuoso, escuro – de onde esta-va, no centro da encruzilhada, conseguia ver as si lvas com os seus espinhos ameaçadores bri lharem com os raros raios de luz raros que t imidamente penetravam por entre a es-curidão do túnel . O outro era exactamente o oposto. Era claro, confortável , convidativo. Era o bom e o mau, uma oposição constante, uma indecisão permanente. Hesitei . O bom e o mau. Não sabia dizer qual deles era o certo e qual deles era o errado. A vida t inha-me ensinado que o fáci l nem sempre era o bom – mas o masoquismo não era algo que me agradasse particularmente. Eu sabia, no fundo, que tudo se resumiria àquele momento. A decisão do caminho a tri lhar. Porque, para tudo, há sempre duas escolhas. Em primeira instância, temos a hi-pótese e a negação da hipótese. O fazer ou não fazer, o comer ou não comer, o amar ou não amar, o querer ou não querer. E depois, temos a hipótese certa e a hipótese errada,

a hipótese dif íci l e a hipótese cómoda – go-vernar para ser amado ou governar para re-solver problemas? Resolver o problema ou f ingir não vê-lo, esperando que alguém ar-que com a responsabil idade que negligencia-mos? Sentei-me, com a cabeça entre as mãos, sus-pirando. Quem é que eu estava a querer en-ganar? A minha consciência, ou a minha mo-ral? De verdade, nem sei qual é a diferença entre uma e outra. Certo é que eu já sabia qual a opção que devia tomar – o que não queria exactamente dizer que fosse a opção que eu queria tomar. Mas o querer e o de-ver nunca foram grandes amigos, e naquele momento guerri lhavam-se dentro de mim – algo que tem acontecido toda a minha vida. Olhei o caminho sinuoso e escuro. Não ia ser fáci l , eu sabia. Podia imaginar os espinhos a rasgar-me a roupa e a perfurarem-me a pele f ina. E havia uma imensidão de desafios que a escuridão ocultava. Sobreviveria para re-ceber a benesse de ter escolhido a hipóte-se negra? Poderia f icar al i toda uma vida a contemplá-la – não saberia, de qualquer das formas. O meu estômago comprimiu-se. O

medo da escolha. Mas eu sabia o que t inha de fazer. Levantei-me, devagarinho, sentindo o pulsar do sangue nas veias. A adrenalina corria-me no corpo. Estás viva, sussurrava-me o medo ao ouvido. Um caminho fáci l levaria ao para-sit ismo, à corrupção, e muito provavelmente à desonra. Escolhi o meu caminho. Ainda não cheguei ao f im, nem sequer a meio dele. Ainda só te-nho uns arranhões, e sei que, ao longo do caminho, haverá feridas mais profundas e dif íceis de cicatrizar. Mas, no f inal de tudo, cada uma delas será o marco de uma vitó-ria. Mostrá-las-ei a quem escolheu o outro caminho, a quem chegou intacto, sem dor nem sofrimento, sem medo, e sem marcas de vida. Provavelmente rir-se-ão de mim, chamar-me-ão tola por ter escolhido tal ca-minho. Mas então contar-lhes-ei as minhas histó-rias, tão mundanas e comuns, mas importan-tes para mim. Escutar-me-ão em si lêncio, no vazio da sua própria existência. Sentir-me-ei orgulhosa.E aí , saberei que vivi .

O BOm QUe Nem SemPRe É ceRtO

vENDE-SE APARTAMENTO T2 RONFE, PRÉDIOS DA FARMáCIA. ExCELENTE ESTADO. 935 358 657

A Junta de Freguesia de Vermil teme que no próximo ano lectivo não existam crianças em número suficiente para que o Jardim-de-Infância (JI) local

funcione. Marçal Mendes, secretário do exe-cutivo, avançou, na Assembleia de Freguesia de 16 de Abril , que o JI conta apenas com 15 crianças inscritas para o próximo ano lectivo, c o l o c a n d o e m c a u s a a s u a c o n t i n u i d a d e . O autarca aproveitou para sensibil izar a Assem-bleia para que convença os pais a inscreverem as crianças na creche.Numa Assembleia que regis tou nova ausên -c i a d o e l e i t o d o P P , F i l i p e M a c h a d o , c o u b e a D o m i n g o s B a r r o s o p a p e l d e o p o s i t o r a o executivo PSD. Quest ionado pelo social ista , Marçal Mendes admitiu que o sistema wireless instalado pela autarquia para acesso gratuito à Internet na zona da sede de Junta, apenas funciona num raio de 150 metros, sendo di-f íc i l , ou impossível , aceder dentro das casas

em redor.D u r a n t e a d i s c u s s ã o d o r e l a t ó r i o d e c o n t a s de 2010 (que acabaria aprovado pela maioria PSD), duas facturas referentes a obras estive-ram na mira de Domingos Barros, do PS, que e s t r a n h o u o c u s t o d e 2 5 0 0 e u r o s p a r a “ u m pequeno arranjo na rua Rodrigo Ribeiro”. “É um exagero pagar tanto dinheiro por 20 metros de passeio em que não se uti l izou mais do que

10 sacos de cimento”, apontou.Armando Vidal, presidente da Junta, informou que o valor contempla também outras obras, c o m o a i n t e r v e n ç ã o n a f o n t e d e A m o r i m , e lamentou que Barros não se ja tão cé lere em e log iar quand o a Junt a conse g u e ad ju d icar obras “a bom preço”.O pagamento do desaterro no terreno da futura casa mortuária também suscitou dúvidas ao e le i to do PS. “O valor dos cheques não bate certo com o da factura”, acusou Barros. Marçal Mendes disponibi l izou-se para mos-trar as cópias dos cheques, assegurando que o serviço estaria pago. Os cr i tér ios de atr ibuição de subsídios pela Junta às associações mereceram reparos ao e l e i t o d o P S . S e g u n d o B a r r o s , a J u n t a d i s -crimina as associações, dando o exemplo da Associação do Pombal . Na resposta , Marçal Mendes referiu que “a Junta só atribui subsí-dios às associações, no f inal do ano e mediante prova de trabalho realizado. A Associação do Pombal não apresentou essas provas”.

Junta teme encerramento de Jardim InfantilInternet gratuita disponibilizada pela autarquia só tem alcance de 150 metros e não chega às casas da zona

Luís Pereira

VERMIL • ASSemBLeIA

Page 15: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 15

QUENTES E BOAS!AH, GRANDE SóCRATES!O grupo Desport ivo de Joane subiu ao 2 .º lu-gar da tabela c lass i f icat iva depois de ter ven-cido o Amarante fc . O único golo da part ida foi apontado por Sócrates que, juntamente com Zé Pedro, a inda durante a pr imeira parte do encontro, t iveram que abandonar o cam-po do Barreiros , por lesão. Ainda dizem mal do Sócrates!

vENHAM DE Lá ESSES DÍSTICOS!José car los fernandes , e le i to do PSD, surgiu na úl t ima sessão da Assembleia de freguesia de Joane munido de dois dís t icos autocolan-tes que acabou por oferecer à Junta . Porquê? Para a Junta colocar no s inal que proíbe o trânsi to no acesso à fe i ra semanal de Joane, em Laborins . Admirador confesso do comendador Apa-recido, que levantou a questão, José car-los fernandes ins is te que o s inal em causa deve ser mais c laro no que toca a informa-ção: a lém da indicação “Proíbido em dias de fe i ra” , deve refer i r que a fe i ra é ao sábado. Uma vez que a s i tuação permanece há vár ios meses , tomou a in ic iat iva de oferecer os dís-t icos à Junta para os colar no refer ido s inal . A Junta acei tou a oferta mas disse que não a poderia ut i l izar.

UMA FEIRA DO ARCO DA vELHA!A Junta de freguesia de Joane anunciou, t i -midamente é certo , a real ização de uma feira de velhar ias no Largo 3 de Ju lho (a propó-s i to , apesar de novo, com cara lavada , este largo centra l de Joane parece cada vez mais velho!) . É de louvar a intenção de dar v ida a esta “sa la de v is i tas” da v i la . O problema é que, a ju lgar pela amostra , não se augura nada de muito bom quanto ao esforço de di-namizar o centro. Senão veja-se : a fe i ra foi anunicada para o fer iado 25 de Abri l ; como a adesão parece ter s ido pouca , a Junta decidiu cancelar a di ta fe i ra (apareceram dois vendedores , de longe, que devem ter ido embora a cogitar ) . A Junta diz que pretende real izar a fe i ra mas a inda não sabe quando nem como. De qual-quer das formas, não se sabe se imbuído do espír i to da feira , o certo é que o v ice-pre-s idente da Junta , António Ol iveira , acabou de adquir i r um mercedes . . . mas dos ant igos! cur iosamente, comprado ao l íder da JSD de Joane!

É UMA ESTRELA , COM CERTEZA!O pres idente da Junta de caste lões , francis-co Sá , é o que se pode chamar uma estre la da tv. Pr imeiro foi a honra de ver a f reguesia em destaque na Praça da Alegr ia , onde foi con-vidado especia l ; depois , na tvI fa lou de an-s iedade (espero que a o estado de ansiedade

não tenha a ver com 2013 e com a câma-ra) ; por úl t imo, teve nova apar ição te levis iva no programa do fernando mendes , “O Preço certo” . temos estre la , sem dúvida!

GELADOS E CHURRASCOS EM vERMILfalar de gelados e de churrascos numa As-sembleia de freguesia não é , à pr imeira v is-ta , uma s i tuação muito comum. mas em ver-mil fo i o que aconteceuna úl t ima sessão. e de forma acalorada . foi tão acalorada que terá s ido por i sso que a discussão acabou por re-dundar nos gelados!vamos por partes : a propósi to da fa l ta de apoio à Associação do Pombal , questão le-vantada por Domingos Barros , do PS, Joana vidal , secretár ia da mesa da Assembleia , não esteve com meias medidas : “Não faz sent ido a Junta ter de apoiar associações que apenas exis tem para fazerem churrascos para os mo-radores daquela zona” .Domingos Barros contrapôs , v isando em par-t icular Rui mota , secretár io da mesa e mem-bro da Associação de Pais : “O que não é legí-t imo é dar subsídios a associações que usam o dinheiro para dar geladinhos às cr ianças , d iscr iminando-as . com o dinheiro que a Jun-ta deu à Associação de Pais , o Rui foi comprar geladinhos , só que para umas cr ianças deu um mini mi lk , para outras , deu magnum´s e pôs a canalhada toda a chorar debaixo do carvalho da escola” .

CARTAS ABERTASComendador aPareCIdo

Meu caro e i lustre autarca. As maleitas da idade já não me per-mitem grandes passeatas pelo nos-so torrão joanense. Mas enquanto as forças o permitirem, bem como a bengala, lá teimarei em calcorrear becos e caminhos, à uma em busca de novidade, à outra para aspirar o ar fresco e recordar os meus tempos de moço.Pois numa das minhas deambulações joaninas, fui desembocar ali para os lados de Subcarreira, onde dei de ca-ras com uma casa de bom perpianho revelador de certa dignidade dos seus habitantes, à qual espetaram um acrescento que suscita reservas a quem, como eu, é um acérrimo de-fensor do património minhoto. O au-mento da dita habitação, ao que sei , não agradou a muita gente. Mas a Câmara, que tem poder nestas ma-

térias, autorizou o dito cujo. Para os meus olhos conservadores, é um atentado urbanístico. Pois não seria bem mais indicado e sensato que o novo andar, a ser autorizado, se-guisse o resto da construção, man-tendo a estrutura granítica? Imagi-no, além do mais, que do alto deste casarão se possa enxergar tudo o que a vista alcança em redor, a Penha, o monte de Santa Tecla, mas também qualquer piscina na vizinhança, com o que isso representa de invasão de privacidade de i lustre gente! Duvido que nesta fase do andamento da carruagem seja possível inverter o que já foi feito, mas não quis dei-xar de parti lhar consigo estas mi-nhas apreensões. Aceite os melhores cumprimentos deste que se assina Comendador Aparecido.

por D. VIRINHA

eXmo Sr. PreSIdenTe da JUnTa de Joane

SANTA APOLÓNIA EM POUSADAMoises Trovisqueira Quando era cr iança esta era a maior festa que conhecia na região, um acontecimento importante, lembro-me com saudades da pista com os carr inhos de choque mais o poço da morte que eram montados no local hoje ocupado pelo supermercado, aqui lo é que era . . .Pa u l o N o g u e i ra A S a n t a A p o l o n i a p e r d e u a l g u m do seu romantismo (contaram-me que ant igamente havia excursões a Pousada de Saramagos para v i rem a esta festa) , mas mesmo ass im cont inua a ser uma das grandes romarias de famal icão.

10 MILHÕES DE EUROS PARA OBRAS NA ESCOLA SECUNDÁRIA DE JOANEC u s t ó d i o O l i ve i ra O d e s e n vo l v i m e n t o p a s s a p o r Joane na sua face mais bonita - a educaçãoA m â n c i o G o n ç a l ve s Boa va i e la! . . .e s tá tudo bem, desde que não bula comigo! . . .J o r g e S o u s a U m p a í s p o b r e q u e p e n s a q u e t e m pais r icos , pois em tempo de cr ise e de di f iculdade para mui tos devemos assegurar que só se gas ta o necessár io e 10 mi lhões é muito dinheiro para uma remodelação de uma escola .José Bairrinho estou de acordo com a remodelação. agora dizer que se vai gastar 10 m€, não será melhor fazer uma escola de ra iz?L u i s D u a r t e Pa ra q u ê ? A l é m d e f i c a r a i n d a m a i s d i s p e n d i o s o , d e m o ra r i a m a i s t e m p o e s e r i a m a i s moroso.Domingos Cortinhas Quem foi que disse que não h a v i a d i n h e i r o ? O i n v e s t i m e n t o n a e d u c a ç ã o é e s s e n c i a l , m a s , s e rá m e s m o n e c e s s á r i o ? p e l o q u e conheço a escola a inda tem excelentes condições de funcionamento. Ou será mais uma forma de engordar mais as pr incipais construtoras nacionais?

sIGA-NOs!

Page 16: Jornal Repórter Local

16 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

S á Machado acusa a Câmara M u n i c i p a l d e F a m a l i c ã o d e t e r m e n t i d o q u a n d o , e m 2 0 1 0 , d i s s e a o s p r e -

s i d e n t e s d e J u n t a d o c o n c e l h o que não haver ia protocolos com a s f r e g u e s i a s . “ O s v e r e a d o r e s mentem aos presidentes de Junta. D i z e m - n o s q u e n ã o h á d i n h e i r o para protocolos e depois vemos no relatório de contas do município q u e R i b e i r ã o r e c e b e u 2 3 4 m i l e u r o s e m p r o t o c o l o s , P o u s a d a , que tem um quarto dos eleitores de Joane, recebeu 75 mi l euros , e Joane não recebeu nenhum. As f r e g u e s i a s q u e n ã o t i v e r a m s ã o todas do PS”.A acusação foi feita na Assembleia d e F r e g u e s i a d e J o a n e , a 2 8 d e A b r i l . O a u t a r c a c r i t i c o u a i n d a Manuel Guimarães, eleito da PSD-PP e deputado municipal , de ter concordado com o que considera “discriminação” ao ter votado fa-voravelmente o relatório de contas da Câmara. “E votei bem. Se fosse a o c o n t r á r i o , f a z i a s o m e s m o ” , respondeu Manuel Guimarães. O r e l a t ó r i o d e c o n t a s d a J u n t a f o i a p r o v a d o p e l a m a i o r i a P S , c o m vo t o s c o nt ra d o P S D /P P . A coligação PSD/PP não hesitou em crit icar o relatório.

“O valor para o investimento é o mais baixo de que há memória. É o espelho de um executivo cansado”, disse Miguel Coelho.“Ou fazíamos obra ou diminuíamos a dívida. Optámos pela segunda. Não é por acaso que a 31 de De-zembro t ínhamos um passivo de 85 mil euros e hoje a dívida é de 35 mi l” , re fer iu o pres idente da Junta.O apoio aos escuteiros fo i outro dos temas. Miguel Coelho, também chefe do CNE, quis saber porque é q u e o s e s c u t e i r o s n ã o f o r a m apoiados pela Junta . A resposta foi dada por António Oliveira: “Tem que começar a definir se vem ocupar o lugar de deputado vestin-do a farda de todos os joanenses ou só com a de chefe dos escuteiros. Chegam à Junta muitos pedidos de subsídios. Mediante o alcance, u n s s ã o a p r o v a d o s , o u t r o s n ã o . O dos escute iros não fo i . Nunca e s c r e v e m o s a n i n g u é m a d i z e r que o subsídio não foi atribuído, o CNE não seria excepção”.Sobre o Largo 3 de Julho, Oliveira adiantou que a Câmara tinha infor-mado que a obra ainda estava por terminar, o que levou Sá Machado a estranhar: “A Junta ainda não assinou o di-reito de superf ície das lojas mas já lá instalaram loj istas”.

As cabras e a ervaRelvado do Largo 3 de Julho comentado na reunião

Luís Pereira

JOANE • ASSemBLeIA De fRegUeSIA

FRASES DA SESSãO“O Miguel tem que começar a definir se vem ocupar o lugar de deputado vestindo a farda de todos os joanenses ou só com a de chefe do CNE”.António Oliveira (PS) para miguel coelho (PSD-PP), chefe do cNe.

“Qualquer dia ainda vamos ter cabras para cortarem a relva do Largo”carlos Rego (PS) sobre o estado da relva no novo Largo 3 de Julho.

“A J u n t a a i n d a n ã o a s s i n o u o direito de superf íc ie das lojas d o L a r g o 3 d e J u l h o m a s j á l á instalaram lojistas”.Sá machado a criticar a câmara de famalicão

“Se a obra não está acabada e c r i t i c a m i s s o , p o r q u e ra z ã o a Junta anda já a fazer actividades no Largo?”Luis fernandes (PSD-PP) para Sá machado

Page 17: Jornal Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • ABRIL DE 2011 • 17

Os técnicos da troika UE/BCE/FMI estão em Portugal para determi-nar a d imensão da a juda de que Portugal necessita. Ainda não se sabe que medidas são necessárias p a r a r e p o r a e c o n o m i a e m b o m caminho.O que se sabe é que em 1983/84 o

FMI emprestou a Portugal o equi-valente a 3,5% do PIB de então e que na a l tura foram necessár ias medidas de contenção que atingi-ram toda a população.A g o r a t e m - s e f a l a d o d e u m e m -prést imo equiva lente a cerca de 50% do PIB. É um buraco brutal , cu ja paternidade é conhec ida , e que obr iga com toda a cer teza à adopção de duras medidas.Aqueles que nos puseram na crise não têm condições para nos t irar dela. Por isso não é possível mu-dar de polít icas sem mudarem os protagonistas.O s c a n d i d a t o s s ã o c o n h e c i d o s e todas as l istas de candidatos a de-putados à assembleia da república j á e s t ã o f e c h a d a s e s ã o t a m b é m conhecidas.O Partido Socialista, através da sua

colossal máquina de propaganda, t e m t e n t a d o i n s t a l a r a i d e i a d e que os partidos são todos iguais. Assiste-se a uma intensa campanha contra os partidos polít icos. Mas, nas próximas eleições, a alterna-t iva não é entre os part idos que e v e n t u a l m e n t e g o s t a r í a m o s d e ter, mas entre aqueles que temos.Desses, apenas um partido mostra preocupação em mudar. O Partido S o c i a l D e m o c r a t a . O P S D s u b s -t i t u i 6 0 % d o s c a b e ç a s d e l i s t a s dos c írculos distr i ta is , subst i tui 2/3 dos candidatos a deputados e “abriu-se” à sociedade civi l com a inclusão em lugares de destaque d e c i d a d ã o s v i n d o s d e f o r a d o universo dos partidos.No nosso distrito é o único partido que apresenta um cabeça de l ista que é de Braga.

Também é certo que os pol í t icos estão desacreditados e é altura de se criarem formas de participação cívica aberta à sociedade civi l sem “reboque” partidário.Creio que mais tarde ou mais cedo é necessário criar condições para o a p a r e c i m e n t o d e c a n d i d a t o s i n d e p e n d e n t e s , q u e s e p o s s a m apresentar a votos sem a cobertura de um partido polít ico.As prioridades do próximo governo serão certamente as polít icas eco-nómicas e sociais e em particular o problema do desemprego. Mas não pode passar outra legislatura sem que seja feita uma verdadeira revisão da lei eleitoral , onde não falte a introdução de círculos uni-nominais e a redução do número d e d e p u t a d o s d o s a c t u a i s 2 3 0 para 180.

OPINIãO

O m e u a m i g o D r . N u n o M e l o , actual Presidente da Assembleia Municipal, em entrevista publica-da recentemente no RL, procurou r e s p o n s a b i l i z a r o D r . F e r n a n d o M o n i z , p e l o s e r r o s u r b a n í s t i c o s que Joane apresenta. Como é sa-bido t ive o pr iv i lég io de ass is t i r ao evoluir da situação desde 1992 e desde então procurei influenciar posit ivamente a acção da Câmara, pois entendi que alguns erros t i-nham sido cometidos no passado e que ainda hoje subsistem como aberrações.O Dr. Nuno Melo por certo não está lembrado de vários loteamentos e l icenciamentos que ocorreram até a o a n o d e 1 9 8 2 ( a n t e s d e A g o s -t i n h o F e r n a n d e s o u F e r n a n d o M o n i z ) , m a s s e o l h a r m o s p a r a o s l o t e a m e n t o s / l i c e n c i a m e n t o s urbanísticos - traseiras do campo de futebol, Rua da Ribeira (antes da abertura da via), Rua de Gavim, Rua e Travessa de Cornide, Mato da Senra e Largo da Junta - foram

autorizados sem qualquer rede de saneamento, rede de abastecimen-t o d e á g u a , r e d e á g u a s p l u v i a i s , passeios e pavimentos alguns em calçada à portuguesa. Esta reali-dade é ainda visível e por isso não se pode ignorar.Por outro lado, f icaria bem ao Dr. Nuno Melo reconhecer que foi com o Dr. Fernando Moniz, enquanto vereador do Urbanismo (a partir de 1990), que foi elaborado e apro-vado o Plano Director Municipal , peça fundamental, para que daí em diante, o ordenamento do territó-rio começasse a ser uma realidade. O Plano Director tinha um período de vigência de 10 anos, f indos os quais, daria origem ao processo de rectif icação. Tal deveria ocorrer a part ir de 2004 e a verdade é que estamos em 2011 e o único Plano é de 1994.M a i s ! F o i c o m o D r . F e r n a n d o M o n i z q u e f o r a m e l a b o r a d o s o s primeiros e únicos cenários urba-nísticos para Joane e as Unidades de Gestão Urbanística, sendo estas as únicas peças de ordenamento a sustentar a acção urbaníst ica da Câmara até ao presente.A a c t u a l C â m a r a p r o m e t e u p o r d i v e r s a s v e z e s , e m c a m p a n h a eleitoral , o plano de urbanização p a r a J o a n e . O D r . N u n o M e l o sabe que esse plano foi prometido desde 2001 (aquando das eleições Autárquicas) e estamos em 2011. Os únicos planos que existem são os de 1991, 1996 e 1997 que ainda

hoje constituem a base do Depar-tamento de Urbanismo para a Vila d e J o a n e . O u s e j a n o t e m p o e m que Dr. Fernando Moniz exerceu o s m a n d a t o s c o m o v e r e a d o r d o Urbanismo.Contudo e já no tempo da actual C â m a r a , h á e v i d ê n c i a s d a q u i l o q u e d e v e r m o s c o n s i d e r a r m a u urbanismo. Basta que se percorra Joane e se quiserem poderei mos-trar os pareceres contradi tór ios q u e o c o r r e m d e n t r o d a C â m a r a , face a processos de l icenciamento existentes na Câmara Municipal . E nunca é demais lembrar que os pareceres da Junta não são vincu-lativos e por isso e por vezes vão parar à gaveta.Ninguém mais do que o Dr. Fer-nando Moniz procurou fomentar o Planeamento Urbaníst ico para

assim sustentar o bom ordenamen-t o d o t e r r i t ó r i o m u n i c i p a l e e m consequência melhor intervenção urbanística. A falta de outras peças de p laneamento urbaníst ico que desde 2001 deveriam ser levadas a cabo, poder iam ter melhorado o t r a b a l h o e n t ã o i n i c i a d o , f a c t o que a inda hoje se aguarda e que não pode, como pretendeu o Dr . N u n o M e l o , a t r i b u i r - s e a o D r . Fernando Moniz que desde 1999, não é vereador do Urbanismo.Mais ainda! Ninguém, de boa fé , pode desvalorizar a acção directa que Fernando Moniz protagonizou e m q u e s t õ e s c e n t r a i s d o d e s e n -volvimento da Vi la de Joane, em várias vertentes, desde a social até à segurança pública. Mas ainda no c a m p o r e s t r i t o d o p l a n e a m e n t o urbanístico, para além do referido, é d e e l e m e n t a r j u s t i ç a r e c o r d a r que foi com Fernando Moniz que s e d e s b l o q u e o u o p r o c e s s o d e transferência da “Tinturaria Ra-fae l ” , l iber tando o espaço numa z o n a d e v i t a l i m p o r t â n c i a p a r a a c o n s o l i d a ç ã o u r b a n í s t i c a d a n o s s a Vi l a . N ã o é p o r a c a s o qu e h o j e t e m o s o P a r q u e d a R i b e i r a e a poss ib i l idade de abr ir novos eixos no centro.S e a l g u é m e s t á e m f a l t a e n ã o t e m m a n i f e s t a d o p r e o c u p a ç ã o com o planeamento e gestão, é a a c t u a l C â m a r a , q u e h á 1 0 a n o s , não apresentou qualquer peça que const i tua o mínimo instrumento de orientação urbanística.

miguel azevedomembro da Comissão Política do nú-cleo de Joane do PSd

OPINIãO

Urbanismo em Joane

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

Os partidos não são todos iguais

Sá machadoPresidente da Junta de Freguesia de Joane | PS

Se alguém está em falta

é a actual Câmara,

que há 10 anos, não

apresentou qualquer

peça que constitua o

mínimo instrumento de

orientação urbanística.

Page 18: Jornal Repórter Local

18 ABRIL DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

OPINIãO

E s e a c u l p a d a a c t u a l c r i s e s o -c i a l , e c o n ó m i c a e p o l í t i c a n ã o for sobretudo dos pol í t icos , mas, pr incipalmente, dos c idadãos? M u i t o s n ã o c o n t a r ã o c o m u m a pergunta destas, por considerarem ó b v i o q u e a r e s p o n s a b i l i d a d e é sempre “de quem manda”, ou “do g o v e r n o ” , n u n c a l h e s o c o r r e n d o que cada povo tem, em certa me-d i d a , o g o v e r n o e a g o v e r n a ç ã o que merece. Isto é , numa primeira fase são os c idadãos que escolhem o u s e a b s t ê m d e e s c o l h e r o s e u g o v e r n o ; e , p o s t e r i o r m e n t e , s ã o esses mesmos cidadãos que têm ao seu dispor imensas possibil idades de f iscal ização, de part ic ipação e de protesto que o s is tema demo-c r á t i c o l h e s p e r m i t e e d a s q u a i s geralmente se demitem. T u d o i s t o , e m r e f e r ê n c i a à v i d a pol í t ica , propriamente di ta . Mas, p r i v a d a m e n t e , t a m b é m o s c i d a -d ã o s p o d e m , e d e q u e m a n e i r a , c o n t r i b u i r p a r a u m a s o c i e d a d e melhor, economicamente sã, equi-tat iva e progressiva. Só que nada se faz sem custos e es forço , se ja dispondo de sossego pessoal , se ja correndo r iscos de invest imento, s e j a , a i n d a , a r r i s c a n d o o b o m nome ou prestígio. Afinal, isto está ass im porque, em parte , ninguém está para se chatear em demasia .E u t e n h o t o d o o p r a z e r d e c o l a -b o r a r a m i s t o s a e g r a t u i t a m e n t e com o director do jornal , com os modestos textos que sou capaz de redigir . Até porque considero que e s t a c o l a b o r a ç ã o p o d e s e r e m s i mesma uma eficiente participação de c idadania, e a mesma é muito mais l ivre e sa i muito melhor se não for remunerada. E u s e i q u e j á p o u c o s e n t e n d e m esta at i tude de gratuit idade, esta postura de part ic ipação desinte-r e s s a d a . M a s e u d e v o l e m b r a r a já minha “ tradição” como “co lu -nista” ou “opinador” , também de “ a r d i n a ” , e m J o a n e o u a p a r t i r de Joane. Durante a adolescência e na fase de jovem adulto fui vendedor em Joane do “Juventude Operár ia” , órgão da JOC, escrevendo também, ocasionalmente, para esta publ i -

cação, fel izmente ainda existente. N o p ó s 2 5 d e A b r i l , i n t e g r e i a e q u i p a q u e d i v u l g a v a o j o r n a l “ P e r s p e c t i v a ” , n a d o e c r i a d o e m Joane, logo em Julho de 1974, por jovens sedentos de uma sociedade m a i s j u s t a e i g u a l i t á r i a . C a d a e x e m p l a r d e s t e p e q u e n o j o r n a l que, deve dizer-se, teve a sua l inha e d i t o r i a l e m c o n f o r m i d a d e c o m os sobressal tos da época, custava d o i s e s c u d o s e c i n q u e n t a c e n t a -vo s , p ou c o mais d e u m c ê nt imo , sendo de quarenta escudos, v inte cêntimos, a assinatura anual. Tudo is to era dinheiro na a l tura. Mas não fa l tavam ao jornal nem c o l u n i s t a s n e m v e n d e d o r e s m i -l i t a n t e s . M e t í a m o - n o s n a s c a -m i o n e t a s e í a m o s v e n d ê - l o à s p o r t a s d a s f á b r i c a s . N o f i m d a venda entregava-mos sempre todo o d i n h e i r i n h o , r e l i g i o s a m e n t e a p u r a d o , a o r e s p o n s á v e l p e l a s finanças, e, geralmente, até o custo do transporte pagava cada um do s e u b o l s o , p a r a q u e a c a u s a d a luta “pe la soc iedade nova” fosse mais perfe i ta . É certo que quase t o d o s o s j o v e n s a d o l e s c e n t e s d a a l tura t inham dinheiro no bolso, fruto do trabalho profissional que i n i c i a v a , q u a s e u n i v e r s a l m e n t e , ao catorze anos. Os tempos agora são outros . Não se pode pedir aos jovens de hoje o que não têm. Mas a s c a u s a s , h o j e , t a m b é m j á n ã o são as mesmas. Depois do “Perspect iva” , t ivemos ainda em Joane “O Minhoto” , que s e t r a n s f o r m o u m a i s t a r d e e m “O Povo Minhoto” , e a d inâmica mil i tante mantinha-se .Com isto quero dizer que intervir a t r a v é s d a c o m u n i c a ç ã o s o c i a l p o d e s e r , t a m b é m , u m d e v e r d e c idadania.U m a f o r m a d e p a r t i c i p a ç ã o , d e d e n ú n c i a , d e p r o p o r , d e e x i g i r , de combater .T e r a n o s s a f r e g u e s i a / r e g i ã o a o dispor um órgão como este não é nada mau. Muito mau pode ser o c o m o d i s m o d a n o s s a g e n t e . Q u e geralmente não luta e raramente abre a boca.A não ser para dizer , entre impro-périos , que o governo não presta .

Mude-se o governo, ou mude o povo?

Fernando Castro [email protected]

Page 19: Jornal Repórter Local
Page 20: Jornal Repórter Local