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Jornal Ponto de Encontro

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Page 1: Jornal Ponto de Encontro
Page 2: Jornal Ponto de Encontro

Propriedade: Escola Secundária Padre Benjamim SalgadoDirecção: José Alfredo Mendes

Coordenação: Rosa GomesDesign: Luís Alberto SantosPaginação: Arminda Ferreira, Luís Alberto Santos, Paula Carvalho e Rosa GomesRedacção e Revisão: Clara Castro, Clara Costa e Margarida Rebelo

Produção: Comunidade EscolarApoio: Câmara Municipal de V. N. de Famalicão

Ficha Técnica: Contactos: E.S.P.B.S.Rua dos Estudantes4470-270 JoaneVila Nova de Famalicão

Telefone: 252 996877/8e-mail do jornal: [email protected]

|02 Dezembro de 2010 | nº 52

03 | A Vertente Social e Pessoal da Educação04 | Reflexões sobre a Educação da jovem estudante no Estado Novo06 | A Mulher no Estado Novo08 | Unidade de Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional08 | Dia Europeu das Línguas09 | A Caminho da Biblioteca 2.010 | Jogadores Vitorianos na ESPBS Defenderam necessidade da leitura na formação dos jovens10 | “Teatro-Debate”11 | Sensibilização para a leitura11 | Um livro que eu li…12 | Debate sobre (In)tolerância12 | Palestra “Dependências”13 | Olhares14 | Entrega de certificados aos adultos no 27º aniversário da ESPBS16 | Dia da Escola17 | Cobertura multimédia do 27º aniversário da ESPBS18 | Adultos do CNO questionam a “Violência Doméstica”19 | À Minha Mãe19 | Comemoração do Dia Internacional do Idoso na ESPBS20 | CNO de Joane divulga formação junto dos desempregados20 | O Halloween na ESPBS21 | Banco Alimentar Contra a Fome21 | IUPI22 | Dia Mundial da Alimentação na Escola22 | FisicArtes23 | A Química Doce24 | Secção Europeia de Francês25 | Secção Europeia da ESPBS26 | 1º Lugar no prémio “Estatístico Júnior 2010”27 | “O Ponto de Encontro” venceu o 3º Prémio do Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo Público27 | Feliz Natal e Bom Ano Novo28 | Patrocínios

Índice

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Professoras Rosa Gomes e Arminda Ferreira

Ponto Encontrode

Ao consultar o dicionário da Língua Portuguesa encontramos a Educação definida “como o processo que visa o desenvolvimento harmónico do homem nos seus aspectos intelectual, moral e físico e a sua inserção na sociedade” ou, de forma mais lapidar, como instru-ção, polidez, cortesia.

Ora, o Homem vive, age e convive em sociedade, é um ser partici-pante e activo no seu processo de construção como pessoa, que in-terage e é influenciado pelos grupos, pela cultura, pelas concepções, pelo meio e por todos os fenómenos dos quais participa.

A complexidade desta sociedade exige que a escola se adapte e responda adequadamente aos novos desafios.

Por isso, cabe à educação a socialização das novas gerações que, como tal, devem preservar os valores dominantes da sociedade como: a ética, a justiça, a tolerância, a igualdade e a liberdade, entre outros. O grande desafio que se coloca à escola é o de contribuir para que os jovens se tornem pessoas cada vez mais humanas, sensíveis, afectivas, cultas e realizadas.

A educação cumpre hoje, mais do que nunca, uma dimensão emi-nentemente social, de aprender com a experiência dos outros, de saber conviver com as diferenças, de contribuir para melhorar a so-ciedade em que vivemos. Possui, também, uma outra dimensão que não é muito valorizada: a do desenvolvimento integral da pessoa, num processo constante e permanente ao longo da vida.

Num desafio de crescer, a educação pessoal acontece ao longo de nossa vida, de modo a tornar-nos pessoas mais livres, capazes de

conviver com as dificuldades, de aprender a conviver com as outras pessoas, ainda que diferentes, com os animais, com o planeta, com o universo…

Cada etapa da vida proporciona aprendizagens diversificadas, que nos ajudam a crescer, a aprender com os obstáculos e deles re-tirar ilações para a vida, motivos fundamentais para nos motivar a gostar de aprender sempre e cada vez mais. Esse é, ou deveria ser, um dos atractivos da vida de cada um de nós; o poder evoluir, o po-der crescer e ser pessoas cada vez mais perfeitas, apesar das con-trariedades da vida, das dificuldades e das dúvidas. No entanto, vale a pena manter sempre uma atitude positiva, activa, curiosa, atenta de querer aprender sempre mais, de fazer a ponte entre o que nos é exterior e o que nos é interior, entre o que é social e pessoal, entre o intelectual, espiritual, emocional e comportamental.

Enquanto alguns desenvolvem a aprendizagem e crescem como pessoas, outros desistem por não conseguiram realizar alguns dos seus sonhos porque acreditam que não vale a pena ultrapassar as dificuldades e testar os seus próprios limites.

O desafio mais interessante da nossa vida é transformá-la num processo contínuo de aprendizagem, de evolução e de realização, no meio das contradições do quotidiano, mas num processo, cada vez mais, pleno e rico.

A Vertente Sociale Pessoal da Educação

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|04 Dezembro de 2010 | nº 52

O Estado Novo, já seguramente implantado, vai, a partir de 1936, explicitamente desenvolver todos os esforços para tornar a Escola num local em que a Educação assume o primado sobre a Instrução. O regime salazarista investe todos os seus esforços na construção de uma escola nacionalista, através de um movimento concertado de inculcação ideológica e de doutrinação moral. Isso é manifesto na legislação então produzida, muito particularmente nas novas Re-formas do Sistema Educativo, nos programas modificados de muitas disciplinas, nos novos manuais, em grande parte únicos, então apro-vados, na criação da disciplina de Educação e Moral Cívica e, poucos anos depois, na sua substituição pela de Religião e Moral. Funda-mental também se revelou a entrada da Mocidade Portuguesa nas escolas e o novo papel atribuído aos serviços de Saúde Escolar e aos médicos e outro pessoal que os integravam, encarada agora a Saúde e a Higiene não só na sua vertente física mas, muito particularmente, numa nova vertente moral, o que é decisivamente reforçado com a criação da figura da visitadora escolar.

O regime educativo praticado era o da construção, já que, pelo menos no plano formal, tudo estava planeado para que a convivên-cia entre alunos e alunas se desse o menos possível e, quando tal sucedesse, fosse sempre sob vigilância. Acima de tudo, era impres-cindível “evitar possíveis abusos advindos do contacto entre rapazes e raparigas”.

Obrigadas a entrar nas aulas antes dos colegas, as alunas liceais ou dos cursos diurnos do Ensino Técnico nem sempre o faziam. Que-rendo impedir encontros entre os estudantes ao longo dos corredo-res, apesar da imposição que cada sexo circulasse apenas por um dos seus lados, o director duma Escola Técnica afirma: “Vou reco-mendar aos senhores professores que marquem faltas às alunas que cheguem juntamente com os rapazes”.

Como seria de esperar, o afastamento dava-se logo na entrada da escola visto que: “Os alunos devem entrar e sair pelo portão ao lado do Liceu, ficando as portas principais reservadas aos senhores profes-sores, alunas e pessoas que desejem ir à secretaria”. Acima de tudo, o que era preciso evitar era “que os rapazes se misturem com as rapa-rigas o que poderia provocar perda de disciplina”.

Atitudes nos corredores como gritos, berros e corridas eram ex-pressamente interditas. “Aproveito a circunstância para chamar a atenção das alunas desta Escola para o barulho que certas turmas femininas vêm fazendo pelos corredores e à entrada das salas de aula, com gritos despropositados e atitudes de pouca compostura.

Os empregados têm ordens para participar superiormente de casos desta natureza e eu serei severo para com qualquer aluna que desobe-deça a estas normas da disciplina escolar”.

As regras de comportamento estavam definidas de uma forma praticamente imutável e tudo o que delas se afastava era desaconse-lhado ou proibido. Tal sucedia, muito particularmente, em momen-tos ou locais em que se podia espelhar uma imagem, considerada como má, da escola e da Educação nela veiculada para o exterior. Nesse sentido, se deve entender a sucessão de proibições do tipo da seguinte: “Ficam as alunas proibidas de se sentarem nos muros da vedação do edifício e, sobretudo, junto do portão de entrada para o recreio feminino até porque essa atitude tem ocasionado atracção e chamariz das várias pessoas que passam”.

A forma como os estudantes de ambos os sexos se apresentava, o seu vestuário, era cuidadosamente vigiada e controlada. No que dizia respeito às alunas a atitude do poder escolar era ainda mais interventiva, já que, segundo a sua perspectiva, “quanto ao vestuário, arranjo e porte das alunas, não pode o Liceu desinteressar-se deles, antes lhe cabe uma fiscalização conduzida, no sentido da defesa do seu prestígio moral e da honra, do pudor e do recato da mulher”.

A introdução da Mocidade Portuguesa Feminina nas instituições de Ensino Secundário, quer públicas, quer privadas, revelou-se mui-to importante para atrair a generalidade de alunas para a esfera da conformidade e de clara aprendizagem e aceitação dos princípios e valores do Estado Novo. As actividades desenvolvidas por cada Cen-tro eram: aulas de Ginástica, de Canto e de Higiene, prelecções so-bre Moral, Religião e princípios políticos do Estado Novo, confecção de enxovais, piqueniques, participação, com as alunas envergando a farda da organização fascista, em cerimónias religiosas comemora-tivas de datas e factos considerados importantes pelo Regime, e em desfiles celebrando alguns deles.

Reflexões sobre a Educação da jovem estudante no Estado Novo

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|05 Ponto Encontrode

A penalização sofrida por alunas devido a terem saído da escola, sem autorização, no decurso das actividades lectivas era severa e significativamente mais grave do que sucedia aos seus colegas nas mesmas circunstâncias. Num caso, duas alunas do Curso Geral do Comércio foram suspensas durante quatro dias “porque desobede-cendo às normas disciplinares vigentes nesta Escola iludiram a vigi-lância do empregado fugindo e faltando a uma aula para irem lá para fora sem autorização de seus pais”.

A vigilância da convivência entre os alunos e as alunas também se estendia para além da instituição de Ensino. Sob o tema de “como uma menina educada se deve comportar” é assinalado, entre outras regras que: “1º Sair de casa e encaminhar-se para a Escola sem se deter, aqui ou ali, a conversar com os colegas e as colegas; 2º Não permanecer nas áreas circunvizinhas da escola que frequenta”.

Diversos alunos e alunas foram penalizados por terem praticado actos considerados como infracções disciplinares dentro deste cam-po.

A três alunas e: “De harmonia com as instruções que me confere o Estatuto do Ensino Liceal, aplico-lhes a penalidade de repreensão re-gistada por namorarem junto do edifício do Liceu, demonstrando fal-ta de respeito por este estabelecimento de ensino, e dando um exemplo mau às colegas mais novas”.

Assim, a vigilância exercida sobre as relações que se travavam en-tre alunos dos dois sexos era estrita e ultrapassava o espaço liceal. Qualquer comportamento considerado como menos correcto era ra-pidamente sancionado.

As alunas são tratadas com um evidente paternalismo pelos rei-tores e directores. Estes, embora afirmem que a punição se aplica igualmente a todos os alunos, qualquer que seja o seu sexo, reservam para as alunas essencialmente prelecções e correctivos de ordem moral. As poucas alunas punidas com penas de suspensão foram-no, quase na sua totalidade, ou por prática de actos considerados como incorrectos na aula, ou por violação das regras do comportamento estereotipado imposto ao sexo feminino.

Fortissimamente sancionados, e recebendo penalização consi-derada como exemplar, eram os actos das jovens estudantes vistos

como violadores da moral e dos bons costumes.Estas são algumas das mais importantes linhas de força de uma

Educação profundamente conservadora, no contexto da qual os pa-péis reservados aos dois sexos se queriam totalmente explícitos des-de o início, bem como dos meios através dos quais ela se ia impondo quotidianamente, visando criar jovens mulheres habituadas à obe-diência e imbuídas dos padrões morais desejados.

As exigências de comportamento disciplinado e de pleno acata-mento de regras e imposições era, dentro de um quadro geral, idên-tico no Ensino Liceal e no Ensino Técnico. No entanto, é visível um controlo mais apertado, no referente aos alunos dos dois sexos, por parte dos órgãos directivos das Escolas Técnicas. A generalidade dos comportamentos considerados de indisciplina eram sancionados de forma muito mais penalizadora na Escola Técnica do que no Liceu e a linguagem dos directores, em documentos lidos ou transmitidos aos alunos, era geralmente bem mais dura do que a dos reitores. Parece indubitável, que a diferença de origem social da maioria dos frequentadores de um ou do outro ramo de Ensino determinava esta desigualdade.

Nota: Este artigo constitui uma pequena síntese dum capítulo intitulado Marcas do Estado Novo na Educação feminina no En-sino Secundário escrito pelo autor para o livro Quem tem medo dos Feminismos? a ser publicado pela Editora Nova Delphi dentro de pouco tempo.Os textos em itálico correspondem a citações de documentos internos produzidos na Escola Técnica de Viana do Castelo e nos Liceus Gonçalo Velho, Martins Sarmento e Sá de Miranda, não sendo assinalada a sua origem específica devido a estar-mos perante um artigo que o autor pretende que seja de cariz informativo e sem ornamentos científicos.

Professor Rodrigo Azevedo

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de valores da tradição, do culto do chefe e do nacionalismo. Para Salazar, era no seio do lar que se educariam as mulheres para prepa-rar as gerações futuras, para reforçar a ideologia política, tendo em conta os condicionantes biológicos típicos de uma mulher, a repro-dução, justificando-se desse modo, o sistema legislativo e o contexto social dado à mulher neste período da História de Portugal.

Neste sentido, a natureza da mulher tornou-se um elemento-cha-ve de serviço à nação. É de sublinhar a importância da legislação no que respeita ao incentivo à natalidade bem como à exclusão do trabalho feminino.

Segundo Salazar, “…o trabalho da mulher fora de casa desagrega este, separa os membros da família, torna-os um pouco estranhos uns aos outros. Desaparece a vida em comum, sofre a obra educativa das crianças, diminui o número destas; e com o mau ou impossível funcio-namento da economia doméstica, no arranque da casa, no preparo da alimentação, no vestuário, verifica-se uma perda importante, raro materialmente recompensado pelo salário recebido”(Neves & Calado, 2001 in Discursos, I, 1935: 308)

A mulher nasce regulada para os trabalhos domésticos e para as funções de educadora no seio da sua família. O facto de a mulher se introduzir no mundo do trabalho implicava um descuido e uma divi-são necessária perante as suas tarefas naturais.

Com a institucionalização do Estado Novo, criou-se o Estatuto do Trabalho Nacional (ETN) para regularizar as situações de trabalho, e em particular, o trabalho feminino de acordo com as “disposições especiais conforme as exigências da moral, da defesa física, da mater-nidade, da vida doméstica, da educação e do bem social”. No entanto, esta realidade social não era reconfortante para todas as mulheres e, assim, muitas delas viam-se obrigadas a trabalhar por necessidade, em especial no interior do país, pois a burguesia e as regalias sociais

Durante o regime político do Estado Novo, a mulher não foi ig-norada na vida da sociedade, apesar das restrições de falta de liber-dade, censura e de outros mecanismos de repressão existentes em Portugal, neste período da História.

À mulher foi atribuída importância como um elemento-chave na formação ideológica e de união do tecido social.

O chefe do governo, Salazar, era um homem comum, terreno, modesto, de tal forma que conseguiu através desta postura sedu-zir a nação e permanecer tanto tempo no poder. De facto, também os seus ideais eram simples, modestos, mas ambiciosos. Ele sabia que se direccionava a um povo geralmente recatado na sua forma de pensar, ser e agir, um povo recalcado, gerido por emoções, à espera da redenção. E depois da ditadura militar a que os portugueses fo-ram submetidos, acreditaram que ele podia ser a salvação possível, deram-lhe crédito. E, formadas as consciências, uns idolatraram-no e outros odiaram-no.

A sociedade era impregnada de valores religiosos, não fosse Sala-zar um homem do seminário, que estudara com o Cardeal Cerejeira em Coimbra e Nuno Simões, nossos conterrâneos famalicenses, apa-rentemente celibatário, eremita, que mantinha uma relação umbili-cal com a Igreja.

Salazar usará a Igreja e outros valores ideológicos para combater as ameaças mais urgentes da sociedade, tais como a industrializa-ção, o comunismo, o republicanismo e mesmo o feminismo.

A formação ideológica e doutrinal feminina, durante o Estado Novo, concretizou-se através dos organismos de Estado, tais como a OMEN (Obras das Mães para a Educação Nacional), a MPF (Mocida-de Portuguesa Feminina) e o MFN (Movimento Nacional Feminino) que actuavam nas organizações basilares da sociedade. A mulher ti-nha um papel fundamental no lar e na família, local de transmissão

A Mulher no Estado Novo

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estavam indexadas, especialmente, ao centro do país. «No povo não há, praticamente, mulheres domésticas. Todas elas trabalham, mais ou menos, fora do lar. Quando não são operárias, são trabalhadoras rurais, vendedeiras, criadas de servir ou “mulher-a-dias”». (Brasão, 1999).

Salazar lançou um slogan que se intitulava «A mulher para o lar», inserido na filosofia «Deus, Pátria e Família». Este slogan pretendia afastar a mulher da emancipação para que esta pudesse dedicar-se inteiramente ao homem, aos filhos e ao lar, e para que cumprisse com a sua missão de dar à luz «dignos filhos da pátria» e educá-los, «Educar é dar a Deus bons cristãos, à sociedade cidadãos úteis, à famí-lia filhos ternos e pais exemplares» (Neves & Calado, 2001).

O Estado Novo tentava, dentro dos seus limites de acção, fazer o possível para dificultar esta conquista de independência por parte das mulheres. O emprego feminino predominava no sector indus-trial, apesar de, reduzidamente, existir também outras intervenções profissionais, de maior importância. Assim, em 1933 o regime dita-torial impediu o acesso das mulheres à carreira diplomática, à ma-gistratura judicial, à chefia na administração local, aos postos de tra-balho no Ministério e das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) (Brasão, 1999).

As circunstâncias eram difíceis, motivo suficiente para uma mo-bilização contra o regime, mas a mulher era simultaneamente forte (para aguentar) e frágil (para se mobilizar). Por este motivo a le-gislação dificultava o acesso ao trabalho feminino (Neves & Calado, 2001). Para além da restrição a certas profissões, as mulheres esta-vam também limitadas no exercício de outras. As professoras pri-márias, por exemplo, tinham de pedir autorização ao Ministério da Educação Nacional (MEN) para se casarem, e outras profissionais estavam mesmo proibidas de contrair matrimónio, como as telefo-

Trabalhos de Pesquisa realizados pelos alunos do 9º D Professora Arminda Ferreira

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nistas da Anglo-Portuguese Telephone, as profissionais do Ministé-rio dos Negócios Estrangeiros (MNE), as hospedeiras de ar da TAP e as enfermeiras dos Hospitais Civis. Nestes casos, ao traírem o seu celibato ou ao serem mães solteiras, eram forçadas a deixar o em-prego.

«O prémio que as enfermeiras casadas recebem por cometerem a “vitória” de virem a ter filhos é o abono de família de cem por cento de prejuízo. As solteiras, viúvas sem filhos ou divorciadas (…), que co-meterem também a vilania de se casarem, sofrerão igual castigo por essa falta de seriedade. No entanto, se os filhos forem nados mortos, parece-me que podem continuar, mas se nascerem sãos e salvos, têm de ir para a rua!» (Lamas, 1995 in Alma Feminina, 13/ 1945, p. 12)

Contudo este slogan não teve o sucesso esperado, pois existiam muitas mulheres, de classes mais baixas, que não podiam deixar de trabalhar, pois deste trabalho dependia o sustento da casa bem como da família. Infelizmente, nem todos podiam adoptar a política do Estado Novo. Por vezes as mulheres trabalhavam arduamente e eram as mais exploradas. Nos anos 40, algumas mulheres chegam a trabalhar na reparação e construção de estradas, ganhando cerca de 2/3 do salário do homem (Neves & Calado, 2001). Contudo, depois de uma luta que não parecia ter fim à vista, em 1967, proclama-se a igualdade entre homens e mulheres no trabalho. A partir de então, a mulher não precisou mais do aval do marido para exercer activida-des públicas nem para dispor de propriedade intelectual.

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UADPA UADP constitui um projecto, criado por dois professores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que pretende desenvolver

em todas as escolas do nosso país Comunidades de Aprendizagem – conjunto de professores(as) motivados(as) por uma visão comum do processo de ensino/aprendizagem, que se entreajudam para a concretizar.

Algumas professoras da nossa escola, inscritas na UADP, organizaram duas comunidades, que reúnem periodicamente. Estas reuniões são espaços onde há discussão e reflexão participativa e colaborativa, troca e partilha de experiências e saberes que possibilitam, numa estreita relação entre a teoria e a prática educativas, desenhar e implementar formas alternativas de actuação, com vista à resolução de problemas identificados pelas professoras. Estas analisam os problemas com que se deparam no seu dia-a-dia de prática lectiva, planificam novas estratégias de acção e implementam-nas de uma forma colaborativa/cooperativa.

Ao fim de algumas semanas de trabalho e apesar de algumas dificuldades iniciais, todas ficamos muito afortunadas por nos termos ofi-cialmente tornado comunidades de professoras, dispostas a trabalhar colaborativamente e cooperativamente para a melhoria da eficácia do nosso trabalho que pretende o sucesso de todos os nossos alunos.

Unidade de Aprendizagem e Desenvolvimento Profissional “O Professor faz a Diferença”

Idealizar, Agir, Criar e Sorrir para Educar.Lema da Comunidade - 5 Sorrisos

Remar para o Sucesso.Lema da Comunidade - Dinâmicas

Nos dias 24 e 27 de Setembro de 2010, comemorou-se na escola o Dia Europeu das Línguas, através da elaboração de uma pulseira das línguas com slogans alusivos à aprendizagem das línguas estrangei-ras, como “Je kiffe le français!” e “English is cool!”. Também foram preparados balões e cartões com provérbios em várias línguas, dis-tribuídos pela escola. Os alunos dos diferentes níveis de ensino par-ticiparam activamente na actividade, dentro e fora da sala de aula, tendo-se a escola aliado a esta celebração do multilinguismo numa sociedade de cada vez mais multicultural.

Dia Europeu das Línguas

Professoras Clara Costa e Belém Peixoto

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O termo Biblioteca 2.0 foi criado por Michael Casey em 2005 e, em 2006, Maness aponta quatro características que definem este conceito de biblioteca: centrada no utilizador (o utilizador partici-pa na criação de conteúdos e serviços disponibilizados na Web pela biblioteca); disponibiliza uma experiência multimédia (tanto as co-lecções como os serviços da biblioteca 2.0 contêm componentes, vídeo, áudio, realidade virtual); socialmente rica (interage com os utilizadores quer de forma síncrona, por exemplo IM – mensagens instantâneas, quer de forma assíncrona, por exemplo wikis); inova-dora ao serviço da comunidade (procura constantemente a inovação e acompanha as mudanças que ocorrem na comunidade, adaptando os seus serviços para permitir aos utilizadores procurar, encontrar e utilizar a informação).

A biblioteca 2.0 resulta da conjugação de três factores interliga-dos entre si, e que estão na origem da noção de Web 2.0: ferramen-tas, conteúdo social e atitudes.

Quanto às ferramentas, destacamos:- o blogue já que é uma ferramenta excelente para as bibliote-

cas escolares pois permite dar forma a uma espécie de diário da bi-blioteca, registando as actividades desenvolvidas, ou a desenvolver, divulgando novidades, lançando desafios e proporcionando alguma interacção com os utilizadores, quer assíncrona, por exemplo atra-vés dos comentários, quer síncrona, mediante aplicativos de mensa-gens instantâneas;

- o wiki pois permite criar, editar, apagar ou modificar o conteúdo de uma página web de uma forma interactiva, fácil e rápida. As BE podem desenvolver projectos de dinamização da leitura recreativa e da escrita, promover o ensino de literacia da informação ou estabe-lecer outras formas de interacção com os seus utilizadores;

- o RSS - Agregação de conteúdos - uma vez que permite a agrega-ção de notícias ou outras informações/conteúdos contidas em pági-nas Web. O RSS pode também ser usado na página ou no blogue da biblioteca para disponibilizar fontes de informação externas ou para receber actualizações de outras bibliotecas, outras escolas e institui-ções. Esta tecnologia permite igualmente distribuir conteúdos au-diovisuais e multimédia, mediante podcasting ou videocasting;

- as redes sociais virtuais cujo objectivo é permitir ao utilizador expressar-se de um modo pessoal e contactar com outros indivídu-os que partilhem interesses semelhantes. Assim, os sítios Web desti-nados à interacção social virtual estão especificamente desenhados para os utilizadores partilharem informações acerca de si e convi-dam, na sua grande maioria, ao envolvimento de terceiros, através da possibilidade de comentar os diversos elementos colocados nes-sa página pessoal. As mais populares: Mysapce, o Facebook, o Orkut, o Twitter, entre outras.

A utilização de redes sociais na biblioteca permite fazer a preven-ção de alguns perigos, promovendo uma utilização responsável e se-gura das mesmas, sobretudo entre os mais jovens, e permite, igual-mente, a promoção da literacia da informação, na medida em que não podemos ignorar aquele que é hoje um dos mais fortes canais de comunicação dos jovens e onde eles obtêm e partilham informação de todo o tipo. As redes sociais permitem, ainda, à biblioteca chegar onde estão os utilizadores, estabelecendo uma relação mais próxi-ma com eles, ao propiciarem a comunicação em ambas direcções, dando assim a possibilidade de os alunos comunicarem connosco e permitindo que estejam mais predispostos a «ouvir-nos» num am-biente que é do seu agrado. As redes sociais facilitam a dinamiza-ção de actividades e a oferta de conteúdos em diferentes formatos (imagens, vídeos, texto, etc.), além de proporcionarem uma maior visibilidade da biblioteca na Web (chegando provavelmente a novos utilizadores), constituindo uma excelente ferramenta de marketing.

Relativamente ao conteúdo social, a biblioteca 2.0 oferece aos utilizadores uma participação em vez de somente informação. Esta participação pode ser feita de uma forma muito variada e o envol-vimento dos utilizadores permite colocar a inteligência colectiva ao serviço da biblioteca. Serviços de atendimento on-line, catálogos personalizados pelo utilizador, a possibilidade de comentar e ava-liar o catálogo e os serviços, a etiquetagem de recursos feita pelos utilizadores são formas de implicar o utilizador. Desta forma, a bi-blioteca abre-se à comunidade e torna mais fácil a sua adaptação às necessidades do seu público. São já muitos os serviços Web 2.0 con-cebidos especificamente para bibliotecas, dos quais podemos desta-car, no âmbito da catalogação social, por exemplo, o LibraryThing e o Shelfari, no âmbito dos gestores sociais de referências bibliográficas o Citeulike e o Connotea, e no Opac social o Primo e o Encore.

Quanto às atitudes, a Web 2.0, mais do que um serviço é uma questão de atitude, que se traduz, para as bibliotecas, num novo posicionamento: estar onde estão os utilizadores, aproveitar a in-teligência colectiva e abrir-se à contribuição dos utilizadores. Esta mudança de atitude significa também que os serviços de biblioteca terão de mudar, centrando-se mais na facilitação da transferência da informação e na literacia da informação do que em fornecer acesso controlado aos recursos.

Assim, o verdadeiro desafio será o de deixar de ver as bibliote-cas como centros de disponibilização de recursos e torná-las ver-dadeiros centros de conhecimento, ao serviço da aprendizagem e do currículo. À biblioteca escolar cabe uma tarefa determinante: in-centivar e acompanhar/apoiar a escola na mudança. Uma questão necessária, mas sempre tão difícil!

António Pires Coordenador da Biblioteca Escolar A Casa de Camilo

A Caminho da Biblioteca 2.0

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|10 Dezembro de 2010 | nº 52

Na manhã anunciada de 25 de Outubro, a Biblioteca Escolar - “A Casa de Camilo” foi pequena para acolher os ilustres convidados, Neno, Targino e Flávio Meireles, jogadores do Vitória Sport Clube, que aqui deixaram o seu testemunho sobre a importância da educação escolar e, em particular dos livros e da leitura, no percurso de vida de qualquer jovem.

Foi em sessão animada que estes atletas partilharam as suas experiências pessoais e profissionais, sensibilizando os jovens presentes, para a necessidade de investirem nos estudos e na qualificação profissional, respondendo assim, às crescentes exigências da sociedade actual. Fizeram a apologia da “Excelência” em qualquer área de formação, desafiando os jovens ao estabelecimento de objectivos e ao tra-balho incessante na procura da sua concretização.

Deixaram também testemunhos sobre os livros que marcaram a sua vida e reforçaram a ideia de que a leitura é essencial ao desen-volvimento da capacidade comunicativa, na forma oral ou escrita, para além de ser fundamental ao desenvolvimento da imaginação e da criatividade.

Não resistiram a responder a questões relacionadas com o seu desempenho profissional, no clube que representam, mencionando exemplos de jogadores de nível internacional, nomeadamente, Cristiano Ronaldo, que embora não tenha concluído o seu percurso escolar, hoje colmata essas lacunas com aulas particulares, ao nível das línguas estrangeiras.

O mediatismo destes atletas levou-os a concederem uma sessão de autógrafos pela entusiasta plateia, que durante uma hora, assistiu efusivamente à sessão.

A Equipa da BE

Jogadores Vitorianos na ESPBSDefenderam necessidade da leitura na formação dos jovens

A Coordenadora do PES: Rita Ramos

No passado dia 27 de Outubro, pelas 10:05h, re-alizou-se na nossa escola um Teatro-Debate intitu-lado “Nem muito simples nem demasiado complica-do”, do Grupo de Teatro Usina. Esta peça envolvia um conjunto de sete pequenas histórias representadas por dois actores que encarnavam, em cada situação, personagens diferentes. Durante 90 minutos foram trabalhadas várias problemáticas ao nível dos rela-cionamentos e da sexualidade. Um animador apre-sentou o espectáculo e dinamizou o debate final. O público, três turmas de 9º ano (B, D e E), mostrou-se muito participativo.

“Teatro-Debate”

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Sensibilização para a leitura

O mote “Os livros são nossos amigos” serviu para os animadores do 10ºO da ESPBS iniciarem a promoção da leitura nos pólos da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Famalicão. Este projecto procura cruzar o universo dos li-vros e da escrita com o universo da animação, oferecendo uma programação variada para os públicos do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico das escolas do Concelho, sensibili-zando-os para a relevância do livro como um recurso pri-vilegiado de acesso ao conhecimento.

O pólo de Joane da Biblioteca Municipal, na manhã do dia 19 de Novembro, tornou-se, no âmbito deste projec-to, num espaço divertido para a prática da leitura, com a apresentação da hora do conto, abrindo as suas portas a dois contos: a Joaninha Vaidosa e António Outono. Depois de um momento de reflexão sobre a temática dos contos, com a participação activa dos presentes, seguiu-se a sen-sibilização para a importância dos livros, como forma de aprendizagem e diversão.

A complementar esta actividade, os animadores reali-zaram uma oficina de expressão plástica e musical, dei-xando os alunos da turma do 1º ano da Escola de Mato da Senra deliciados e com vontade de participarem. Nesta participação mereceu particular destaque as hilariantes aventuras dos palhaços “A Leitura” e o “Livro”.

Foi gratificante, na hora da despedida, escutar pedidos, dirigidos à professora Alzira, para voltarem, outro dia, à biblioteca para ouvirem outras histórias. Tal como ver es-tampados, no rosto daqueles futuros leitores, o entusias-mo e atenção dada à leitura dos contos, bem como verifi-car o empenho na realização das demais actividades.

O que nos leva a concluir que os primeiros objectivos do projecto foram alcançados: conquistar o leitor, desper-tar o prazer de ler e criar hábitos de leitura.

Professora Isabel Louro

Um livro que eu li… O livro Novos Contos da Montanha, de Miguel Torga, contém vin-

te e dois contos. O autor fala-nos de um povo muito pobre que vi-via praticamente do que a terra lhe dava. Estas histórias são vividas por pessoas que formam a memória da infância e da adolescência de Miguel Torga. Nos Novos Contos da Montanha quase tudo fazia falta, desde a alimentação, educação até à saúde. Embora esse povo estivesse habituado a isso, tinha que fazer pela vida. O autor ten-ta mostrar-nos uma realidade da qual tentamos fugir: a miséria, a doença, a discriminação. Aqui as pessoas aprendem com a própria vida e seguem os princípios morais nos quais acreditam, embora nem sempre sejam os correctos. Pela leitura do livro, pude lembrar--me de coisas que os meus pais contavam a respeito dos meus avós e de outras pessoas da sua geração. Estes contos não só poderiam ter-se passado naquela montanha, mas também em qualquer parte do país ou do mundo. Antigamente, a miséria era muita, o povo vivia praticamente do que a terra lhes dava. Os ricos eram cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Este livro põe-nos a reflectir na triste realidade vivida por aquele povo e podemos constatar que hoje em dia, apesar de haver melhores condições de vida, continua a haver muitas diferenças entre o povo.

José Paulo de Castro Araújo, grupo 10/2010 do Processo de RVCC de Nível Básico

Gostei muito de ler este livro, de reviver as situações como o au-tor as relata, lamentando a pobreza de outros tempos, embora hoje em dia a pobreza ainda exista, pois a distância entre os ricos e po-bres está cada vez maior. Na minha opinião, este escritor é muito bom, chegou a ganhar muitos prémios e bem merecidos!

“Na tua ideia o que se escreve como, por exemplo, estas histórias, é para te regalar e se possível for, comover.” Quando li esta frase na capa do livro, nunca imaginei o que tão real ia ler! Quando o iniciei, pude entender tudo o que a mesma frase continha.

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|12 Dezembro de 2010 | nº 52

No desenvolvimento do módulo sobre “Animação e Desenvolvi-mento Comunitário”, a turma 11ºP, sob a orientação dos professores Ana Rito e Emílio Barbosa, definiu como tema de projecto a “(In)tolerância na Comunidade – escola, família, contexto local”.

Partindo do confronto com a informação de que os índices de tolerância relativos à Escola e, concretamente aos alunos dos Cur-sos Profissionais, foram claramente baixos, de acordo com os dados

Debate sobre (In)tolerância

apurados pela aplicação do Programa AVES, os professores sugeriram aos alunos uma investigação/reflexão sobre os fundamentos dos problemas subjacentes ao cultivo da intolerância.

Considerando a Família, a Escola e o Meio como os principais agentes de socialização, foram aplicados inquéritos e entrevistas a elemen-tos da comunidade educativa, da família e da comunidade local com o objectivo de reunir informação que permitisse clarificar o conceito de tolerância, evidenciar as manifestações de intolerância mais comuns e, a limite, promover o valor da tolerância.

Após a primeira fase de interpretação e sistematização dos dados obtidos mediante a aplicação das técnicas referidas, os alunos empe-nharam-se na realização do Debate que contou com a presença de sete encarregados de educação, dos professores de Animação, da Direc-tora do Curso de Animação Sociocultural, de um elemento da Direcção e da Psicóloga que acompanha os Cursos Profissionais.

Durante o debate, os intervenientes foram confrontados com o facto de haver uma consciência vaga sobre o sentido e a relevância da tolerância, de existirem ainda muitos preconceitos face à aceitação da diferença, nas suas múltiplas manifestações e de a intolerância estar na base dos principais conflitos vivenciados na Escola, na Família e na Comunidade em geral.

Inevitavelmente, a presença dos pais introduziu questões complementares sobre o eterno conflito de gerações, permitindo aos alunos o confronto com as justificações dos pais sobre a resistência a algumas das solicitações dos jovens.

O debate terminou com a recriação de um “Tele-rural”, que aliou uma outra abordagem do tema da intolerância à ironia e ao riso.

Professora Ana Rito

Palestra “Dependências”No início do ano lectivo realizou-se, na Escola Secundária Padre

Benjamim Salgado, uma palestra intitulada Dependências. Esta ini-ciativa foi organizada pela equipa do Projecto de Educação para a Saúde (PES) da nossa escola e tinha como principal objectivo infor-mar/ajudar directores(as) de turma e professores(as) a lidar com situações de dependências físicas e psicológicas, nomeadamente: ál-cool, tabaco, outras drogas, computadores, jogos e internet. A pales-trante, Dr.ª Isabel Costa, Coordenadora do Projecto Homem, entida-de promotora do Programa de Respostas Integradas de Vila Nova de Famalicão, desenvolveu toda a sua apresentação tendo por base as temáticas referidas, completando sempre todas as informações da-das com testemunhos da sua actividade diária que é o acompanha-mento terapêutico de toxicodependentes e suas famílias. Durante a palestra, que durou cerca de noventa minutos, toda a assistência foi convidada a participar, pedindo esclarecimentos e/ou acrescentan-do alguma informação relevante.

A equipa do PES agradece a disponibilidade da Dr.ª Isabel Costa, bem como a presença das Enfermeiras Adelaide Fernandes e Isabel Santos e de todos os professores(as)/directores(as) de turma. A Coordenadora do PES Rita Ramos

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A autoavaliação é um processo pelo qual a comunidade educativa de uma escola é capaz de olhar criticamente para si mesma, com a fi-nalidade de criar condições que despoletem a melhoria de facetas sinalizadas do seu quotidiano. Trata-se de um exercício colectivo, assente no diálogo e no confronto de perspectivas sobre o sentido da escola e da educação. Deste modo, elegem-se como principais finalidades, o registo e potenciação dos aspectos positivos da organização, bem como aqueles que decorrem do funcionamento da escola; para além da identificação das áreas mais problemáticas e dos aspectos a melhorar. O processo de autoavaliação exige um conjunto de procedimentos como a recolha de informação sobre a escola, colectada através de técnicas de cariz predominantemente qualitativo (inquéritos por ques-tionário, entrevista, conversas informais, observação directa, entre outras); tratamento dessa informação e, por fim, a etapa de interpreta-ção.

Para que a escola “aprenda” (com os seus erros, êxitos, limites, …) é preciso que todos os seus membros queiram aprender. Um dos mo-dos mais significativos de aprender é, sem dúvida, através da reflexão rigorosa, partilhada e contínua sobre a prática profissional, agindo de forma inteligente e democrática. O epicentro deste processo de “mudança” tem estado “fora” da escola; todavia é no seio desta que faz sentido a criação de espaços que promovam a participação de todos, na convicção de que a escola é o centro de mudança. Assim, deixa de ser apenas reprodutora de respostas mas, pelo contrário, impulsionadora de perguntas. Todos os membros da escola devem ser protago-nistas neste processo, evitando a tendência para a passividade e conformismo dos seus actores, que, na maior parte das vezes, resultam da ritualização de processos burocráticos. A avaliação interna da escola não é, pois, um juízo de avaliadores sobre a qualidade da educação, mas mais uma oportunidade para que surjam diferentes opiniões dos que nela trabalham, condição esta imprescindível para a compreen-são do que se faz. Em suma, a autoavaliação assume, à partida, a defesa dos valores democráticos e emancipatórios que deverão nortear a acção da comunidade educativa.

Pese embora a Lei n.º 31, de 2 de Dezembro de 2002, que aprova o sistema de avaliação da educação e do ensino não superior, afirmar que a “autoavaliação tem carácter obrigatório, desenvolve-se em permanência e conta com o apoio da administração educativa” (capítulo I, artigo 6º), o seu efeito, em muitas escolas, é insuficiente ou mesmo inexistente, talvez como fruto da ausência de uma cultura de auto--avaliação. A escola é uma organização complexa e multifacetada, cujos actores deverão interrogar-se sobre a adequação das suas práticas, corrigindo-as através do recurso à auto-avaliação.

Leitura da simbologia do logótipo

Este é o logótipo da Equipa de Avaliação Interna (EAI), concebido pelo Gabinete de Imagem da nossa escola. A concepção deste logótipo teve por base um conjunto de orientações fornecidas pela EAI e ainda o símbolo da ESPBS. Deste se retiraram as cores e parte do “boneco” que representa os elementos da comunidade educativa. Assim, o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Imagem centrou-se na ideia de união dos diversos elementos da comunidade escolar num estudo/avaliação que contempla não só o interior mas também o exterior, numa constante partilha de saberes e troca de experiências. Estão representadas (visto de cima) quatro cabeças com respectivos braços num abraço de partilha de saberes, cada uma das cores representa o pessoal docente, não docente, alunos e comunidade em geral e, ao mesmo tempo, estabelecem a ligação com o logótipo que é imagem da ESPBS. A forma ligeiramente circular induz a uma profícua troca de ideias e experiências, um braço para o interior e outro para o exterior do logótipo indiciam uma partilha interna e externa à qual não são alheios os elementos/personalidades/associações externas à escola. A palavra «Olhares» assume-se como um complemento do símbolo e vice-versa.

A Equipa de Avaliação Interna

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|14 Dezembro de 2010 | nº 52

No âmbito da comemoração do 27º aniversário da Escola Secun-dária Padre Benjamim Salgado, de Joane, teve lugar uma iniciativa dinamizada pelo Centro Novas Oportunidades, que consistiu na entrega de mais de duas centenas de diplomas aos formandos que concluíram o nível básico e secundário de educação através do Pro-cesso de RVCC (reconhecimento, validação e certificação de com-petências), Cursos EFA (educação e formação de adultos) e Vias de Conclusão de Nível Secundário de Educação (Decreto-Lei 357/2007, para adultos com algumas disciplinas não concluídas).

Abriu a cerimónia o Director da Escola e do Centro Novas Oportu-nidades, José Alfredo Mendes, que destacou o empenho dos forman-dos, defendendo que a escola não está apenas direccionada para responder às necessidades formativas dos jovens, mas também dos adultos, e que a formação é uma das principais armas para enfren-tar as dificuldades que uma boa parte dos activos desempregados está a sentir. Acrescentou que ninguém pode baixar os braços, daí a importância deste projecto que visa aumentar as competências e a empregabilidade dos menos qualificados.

De seguida, procedeu-se à entrega individual do documento pe-los representantes das diversas entidades presentes: Luís Capucha, Presidente da ANQ; Manuel Oliveira, Director Regional Adjunto da Educação Norte; Leonel Rocha, Vereador de Educação e Desporto da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, entre outros. Nas suas in-tervenções foram proferidas palavras de apreço e de incentivo para a continuidade da procura de mais escolaridade/qualificação por parte de todos os adultos que dela necessitem.

Esta cerimónia ficou, contudo, marcada pelo testemunho de cinco adultos que frequentaram o processo de RVCC de nível básico e se-cundário. Integrados num curto filme, com os momentos mais signi-ficativos do CNO e da ESPBS, estes testemunhos foram muito aplau-didos no final do seu visionamento pelos presentes, o que reflecte o reconhecimento pelo trabalho efectuado pelos adultos e pela equipa pedagógica que os acompanhou.

A adulta Manuela Costa frisou que a decisão de frequentar o pro-cesso de RVCC de nível secundário foi sua, na medida em que “que-ria aprender e valorizar-me pessoalmente”. Na sua opinião, os CNO “vieram dar uma nova oportunidade às pessoas que… por uma razão ou outra, pretendem completar os seus estudos”. Afirmou que iria continuar a apostar na sua formação, pois gosta “imenso de apren-der e saber algo mais”.

Por seu lado, o adulto Manuel Sousa, que frequentou o processo de RVCC de nível básico, mas que já se encontra a frequentar o mes-mo percurso no secundário, declarou que o “regresso à escola” foi não só um desafio às suas capacidades, mas também “uma forma de

Entrega de certificados aos adultos no 27º aniversário da ESPBS

poder mostrar os conhecimentos adquiridos com a experiência da vida” e que tem incentivado as pessoas com quem convive a adquiri-rem mais qualificações.

Desde a sua abertura, em Março de 2008, o CNO regista, até ao momento, cerca de 2335 inscrições, 984 no nível básico, 1274 no nível secundário e 77 no nível profissional (para aqueles que já pos-suem o 12º ano e que pretendem frequentarem a vertente profissio-nal de um Curso EFA ou Formações Modulares Certificadas), sendo que já obtiveram uma certificação 526 dos adultos, predominante-mente no ensino básico.

Os dados apresentados atestam a importância que o Centro ad-quiriu para o desenvolvimento local e regional, contribuindo, assim, para dar uma nova oportunidade a todos aqueles que, por diversas razões, deixaram os seus estudos e pretendem agora elevar as suas qualificações, bem como realizar-se pessoal e profissionalmente.

O Coordenador Francisco Costa

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Actividades 27º Aniversário

Escola Secundária Padre Benjamim Salgado

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O dia 5 de Novembro, dia da Escola, finalmente chegou para gáudio dos Ani-madores Socioculturais. Se para uns constituiu uma entre muitas actividades já realizadas, para os noviços do 10ºO apresentou-se como uma grande prova a ul-trapassar.

Neste contexto festivo para a Escola, a participação dos Animadores pautou-se pela apresentação de um programa de características essencialmente lúdicas.

A turma do 11ºP, durante a manhã, deliciou a comunidade escolar com a re-criação de uma Performance “Estátuas Vivas”, espalhadas pelo exterior em pontos estratégicos. À tarde foi a vez de encantar a plateia com a dança “Bad Romance”.

Já o 12º ano apresentou um projecto de índole cultural aos idosos do Centro Social de Castelões, que se concretizou num conjunto de actividades lúdico-peda-gógicas, tendo como finalidade a partilha de histórias, vivências e brincadeiras.

Ao estreante 10ºO coube a tarefa de animar as crianças do Centro Social da Paróquia de Joane, com a dramatização do conto infantil “ A Joaninha Vaidosa”. Foi uma tarde cheia de emoções, em que os animais da floresta dançaram e encanta-ram os pequenos, mas alegres convidados.

Foi, duplamente, um dia em cheio! Celebrou-se a escola e ficou a certeza de que é possível promover a realização de pequenos projectos, dando a todos, comuni-dade escolar e instituições parceiras, a oportunidade de participar, trocar saberes e experiências de forma enriquecedora.

Finalmente, do ponto de vista dos Animadores Socioculturais, impõe-se dizer que as actividades tinham como grande objectivo promover todas as dimensões da pessoa humana (física, funcional, psíquica e social), permitindo não só o de-senvolvimento das crianças como o envelhecimento saudável dos idosos. E esse objectivo foi plenamente concretizado!

Actividades 27º Aniversário

Escola Secundária Padre Benjamim Salgado

Dia da Escola

Professora Isabel Louro

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No dia do aniversário da ESPBS, as turmas do 7ºE e 7ºF, no âmbito da discipli-na de Oficina de Teatro, participaram com o musical o “Rei leão”. Sob orientação do professor César Ribeiro na construção e caracterização dos personagens, cenários, representação e encenação, os alunos representaram “O CICLO SEM FIM” e “ESTA NOITE O AMOR CHEGOU”.

Os alunos mostraram-se bastante motivados e empenhados em todo este proces-so, tendo despoletado neles algo de novo, criativo e enriquecedor ao nível do ensino/aprendizagem. A adesão a esta actividade foi positiva por parte do público, incutindo nos alunos uma maior responsabilidade, interesse e vontade de continuar a partici-par em iniciativas, dentro deste contexto, no domínio da representação.

Oficina de Teatro

Os alunos do Curso Profissional Técnico de Multimédia asseguraram a cobertura multimédia das actividades desenvolvidas ao longo do dia 5 de Novembro de 2010, no âmbito da comemoração do 27º aniversário da Escola Secundária Padre Benja-mim Salgado.

À semelhança de anos anteriores, os alunos deste curso aproveitaram a oportu-nidade de colocar em prática os seus conhecimentos e adquirir novas experiências numa actividade que muito apreciam. Os alunos do primeiro ano do curso vêem nes-ta data uma primeira oportunidade de ir para o terreno fazerem algo relacionado com a área técnica do curso e a possibilidade de partilharem com os seus pares dos anos seguintes novas experiências e saberes.

Este dia, que é de festa para a escola e todos membros desta comunidade educa-tiva, conta com a participação e colaboração da quase totalidade dos seus membros. Assim, a camaradagem, entreajuda e partilha são palavras de ordem, pelo que o tra-balho facilmente se transforma em divertimento e bem-estar.

A experiência, por todos considerada como muito positiva, foi orientada pelos professores da componente técnica Carla Gomes, Inácio Silva, Maria João Costa e Marta China.

Os Alunos do CPTM, 2010

Alunos do Curso Profissional Técnico de Multimédia:

Cobertura multimédia do 27º aniversário da ESPBS

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|18 Dezembro de 2010 | nº 52

Dois adultos que frequentaram os processos de RVCC de nível bá-sico e secundário do CNO da Escola Secundária Padre Benjamim Sal-gado, em Joane, dinamizaram, no dia 29 de Outubro, uma palestra subordinada ao tema da “Violência Doméstica”.

Integrada no âmbito do Projecto Novas Oportunidades aLer+, esta actividade teve como principais objectivos promover a compre-ensão desta temática, nomeadamente, conhecer o conceito de vio-lência doméstica, identificar diferentes tipos de violência, bem como as características psico-sociais do agressor e das vítimas (físicas, psicológicas e sociais). De igual modo, a plateia conheceu aspectos importantes para a desconstrução dos mitos associados a este pro-blema, identificando as atitudes, crenças e percepções que existem em relação aos maus tratos em contexto doméstico. Esta palestra foi dinamizada pelo adulto Manuel Gaspar, militar da G.N.R. do Coman-do de Guimarães, certificado com o 12.º ano.

Houve também lugar para incentivar a leitura, através da apre-sentação do livro “Queimada Viva” de Souad, por Celso Carvalho, que obteve uma certificação de nível B3. Este adulto resumiu a narrativa autobiográfica, dando ênfase à condição da mulher no mundo árabe, onde se assiste a violações reiteradas dos direitos humanos contra

Adultos do CNO questionam a “Violência Doméstica”

As responsáveis pelo Projecto CNO aLer+ Cátia Ferreira e Sílvia Santos

Num dia muito especialA Biblioteca visitámosOuvimos colegas cantandoE idosas acompanhando

Ana Martins

Ouvimos provérbios, lendas, adivinhas, canções…Foi diferente!Luís Braga

Idosas vieram à nossa escola. À surpresa juntou-se o pra-zer de as ouvir e conhecer um pouco das suas vidas.

Ana Dias

mulheres e crianças, em nome da religião e da cultura. Este livro, na perspectiva apresentada, é um exemplo de luta para todas as pessoas que sofrem com a discriminação social, racial e sexual e de cooperação entre povos. Ao terminar a sua intervenção, este adulto chamou a atenção para a problemática da violência social e doméstica que não conhece fronteiras nos dias de hoje.

O público, constituído por adultos do CNO e dos Cursos EFA, participou activamente questionando os elementos da mesa sobre alguns dos problemas apresentados, tais como os procedimentos a tomar na denúncia de casos e o apoio e protecção às vítimas.

A avaliação da actividade foi positiva, tendo o público dado realce ao facto de estar presente e um militar que abordou não só a sua ex-periência no terreno, mas também os aspectos legais, tendo como suporte estudos académicos alusivos à temática.

Paralelamente à palestra, esteve exposto, na Biblioteca Escolar, um painel com a apresentação de uma breve filmografia sobre o tema e textos da comunicação social, como entrevistas, notícias que denunciam a transversalidade deste crime público, visto que aludem a figuras conhecidas da sociedade portuguesa como Margarida Marante, Nuno Guerreiro, entre outras.

O que se pretendeu com estas iniciativas foi sensibilizar os presentes para a necessidade de se evitar o tão propalado ditado popular através do slogan: “Se calas, consentes”.

A realização desta actividade contou com o apoio das editoras Lusodidatica e Plátano Editora.

Alunos do 7º C participam activamente na comemoração do Dia do Idoso

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A BE “A Casa de Camilo” antecipou a comemoração do Dia Internacional do Idoso, que se celebra no dia 30 de Setembro, com a participação dos utentes do Centro de Dia da Casa de Giestais, dos alunos do sétimo ano de escolaridade e da turma do Cur-so EFA de Geriatria.

Esta actividade teve como principais objectivos promover o contacto intergera-cional, partilhar saber orais/tradicionais e sensibilizar todos os intervenientes para a problemática do envelhecimento activo. A sua dinamização ficou a cargo das tur-mas do Curso Profissional de Animador Sociocultural, que presenteou o público com músicas/cantares tradicionais, tendo-se verificado uma enorme adesão por parte dos idosos. Por seu lado, os participantes do sétimo ano surpreenderam com uma declamação sentida de um poema alusivo à velhice, bem como de lendas regionais.

A actividade prosseguiu com um jogo lúdico-pedagógico que procurava reavivar o conhecimento oral, consubstanciado na produção de provérbios. Finalmente, houve ainda tempo para uma pequena confraternização, onde o chá e os biscoitos fizeram parte da ementa…

Comemoração do Dia Internacional do Idoso na ESPBS“Os idosos são os alunos da vida, os professores do saber”.

A Equipa da BE

Breve nota introdutória:Numa época em que se vive uma crise de valores e uma luta permanente de ge-

rações, é gratificante depararmo-nos com pequenas mensagens como a que a seguir partilho convosco.

Um dia pedi num teste: “Fala-me da(o) tua/teu melhor amiga (o)”. Este era o tema da composição de mais um teste de oitavo ano. Eis que uma aluna presenteou a mãe com este pequeno texto que me parece ser um singelo reconhecimento da árdua ta-refa de educar.

Aqui fica o testemunho:

“I am going to write about my mom because she is really my best friend.Her name is Susana Abreu. She is 35 (thirty-five) years old. She has got a sister

called Ofélia. She’s got a lot of friends. She doesn’t go to school anymore because she has got a job.

She usually wears casual clothes and she is very trendy. She has got brown eyes and light brown hair. She is a very friendly, funny and hard-working woman.

She doesn’t like any sports. She loves cooking but she hates doing snowboarding. She prefers studying with me. Her hobbies are travelling and visiting museums. She likes pop music and classical music.

I think my mom is a fabulous person. She is a good mom, wife, daughter and Wo-man (with a capital “W”).”

Maria João Lemos Abreu, 8ºE

A professora Ana Cristina Machado

À Minha Mãe

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|20 Dezembro de 2010 | nº 52

CNO de Joane divulga formação junto dos desempregados

O Coordenador Pedagógico, Francisco Costa

No dia 29 de Outubro de 2010, comemorou-se mais uma vez o Halloween na ESPBS. Os alunos do 7º ano, orientados pelas profes-soras Carla Lobo, Carla Oliveira e Lurdes Silva do grupo de Inglês, participaram no concurso das abóboras. As abóboras premiadas foram: em primeiro lugar, a abóbora das alunas Ana Oliveira, Ana Silva, Diana Costa e Rita Ferraz, da turma 7ºD; em segundo lugar, a abóbora das alunas Ana Rita Oliveira, Mariana Oliveira e Mariana Ribeiro, do 7ºE e em terceiro lugar, a abóbora dos alunos Alberto Costa, Beatriz Ferreira, Rafael Machado e Marta Guimarães, do 7ºC. Os alunos vencedores receberam uma pequena lembrança, bem como um certificado de participação no concurso das abóboras.

Obrigado a todos pela participação.As professoras: Carla Oliveira, Carla Lobo e Lurdes Silva

O Halloween na ESPBS

O Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Padre Ben-jamim Salgado, de Joane, num trabalho de parceria e cooperação com o Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão, levou a cabo sessões de divulgação e sensibilização junto dos adultos activos de-sempregados. Estes adultos oriundos das freguesias da área de in-fluência do Centro participaram nesta acção, que tinha como intuito impulsionar a sua adesão às ofertas educativas e formativas de nível básico e secundário, tais como: Processo de Reconhecimento, Vali-dação e Certificação de Competências (RVCC), Formações Modula-res Certificadas e Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA).

No dia 28 de Outubro, realizaram-se várias sessões em que par-ticipou aproximadamente uma centena de adultos. Os elementos da equipa técnico-pedagógica do Centro procuraram sensibilizá--los para a necessidade de elevarem os seus níveis de qualificação e aquisição de novas competências, que lhes proporcionem melhores condições de empregabilidade para poderem enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente, agudizado pela crise económica instalada a nível mundial.

É de salientar que as ofertas de educação e formação propostas

assentam no reconhecimento das competências adquiridas ao lon-go da vida em contextos não formais e informais de aprendizagem, o que constitui não só um importante mecanismo de reforço da auto-estima individual e de justiça social, mas também um recurso fundamental para promover a integração dos adultos em novos pro-cessos de aprendizagem de carácter formal. O reconhecimento das competências adquiridas permite, a nível colectivo, estruturar per-cursos de formação complementares ajustados caso-a-caso. Ainda com maior importância, induz o reconhecimento individual da capa-cidade de aprender, o que constitui o principal mote para a adopção de posturas pró activas face à procura de novas qualificações.

O objectivo essencial desta parceria vai de encontro aos objecti-vos do Governo que quer envolver no programa Novas Oportunida-des os desempregados que não têm o ensino secundário completo (12.º ano), os quais devem integrar acções de qualificação que visem a melhoria das competências dos excluídos do mercado de trabalho. Como se agravou o desemprego de longa duração e muitos dos de-sempregados deixaram de ter direito ao subsídio, o acesso a estas acções de formação será crucial.

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Alunos do 10ºO participam na campanha de recolha do Banco Alimentar Contra a Fome.

O Banco Alimentar Contra a Fome é uma instituição particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que tem como objectivo a re-colha de alimentos junto de empresas ou particulares para ajudar aqueles que não têm possibilidade de garantir a sua subsistência, tendo um papel fundamental no combate à pobreza numa sociedade em que o desemprego é uma dura realidade.

No fim-de-semana de 27 e 28 de Novembro, o Banco Alimentar Contra a Fome realizou mais uma das suas campanhas de recolha de alimentos, contando, este ano, com o trabalho de voluntários do 10ºO da ESPBS, no Hipermercado Continente do Guimarães Shopping.

Questionados os alunos sobre a sua participação, estes mostraram-se satisfeitos, afirmando que se adquirem outros valores e sente-se que se está a contribuir, de uma forma activa, para o bem da comunidade, num ambiente propício à criação de novas amizades.

Por outro lado, uma das responsáveis pelos turnos dos voluntários, a enfermeira Ana Luísa Bastos, descreveu-os como dinâmicos, em-penhados e excelentes colaboradores. Destacou ainda o importante papel da escola na sensibilização dos mais jovens para estas iniciativas solidárias e humanitárias.

Perante estes dados, uma certeza fica: na nova campanha que o Banco Alimentar realizar, os alunos da ESPBS dirão “presente”!

Ser voluntário é cada vez mais uma atitude de participação cívica em prol de uma sociedade mais justa e solidária, capaz de transformar a realidade social, tornando-se um poderoso instrumento de cidadania activa e de responsabilização pelo presente e futuro colectivos.

Decorrente deste facto, os alunos do 10º e 12º anos do Curso de Animador Sociocultural participaram, no dia 26 de Novembro, numa sessão de sensibilização em voluntariado, promovida pela Dra. Raquel Oliveira, da Associação YUPI.

A sessão foi bastante dinâmica, através do recurso a vários jogos interactivos, cujos objectivos eram apelar para a prática e envolvimento em projectos de voluntariado e valorizar a importância da cooperação e espírito de solidariedade, procurando ainda activar os jovens para a iniciativa e o envolvimento em práticas para a melhoria da comunidade.

Esta acção de sensibilização, promovida no âmbito do curso profissional, pretendeu apelar à participação dos jovens em acções e pro-jectos de utilidade social e comunitária, estimular o voluntariado juvenil e contribuir para a sua formação cultural e social.

Esse objectivo foi cumprido. Abrem-se agora fundadas expectativas à concretização das acções!

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|22 Dezembro de 2010 | nº 52

Dia Mundial da Alimentação na Escola Aliando-se à celebração do “Dia Mundial da Alimentação”, a nossa

escola organizou, no passado dia quinze de Outubro, um conjunto de iniciativas, dinamizadas pela equipa do Projecto de Educação para a Saúde. Estas incluíram a disponibilização de três sopas diferentes no almoço da cantina; uma exposição de trabalhos, realizados por alu-nos, no âmbito de Formação Cívica e de Francês, acerca de alimen-tação saudável, na biblioteca; uma distribuição de marcadores de livros, com informações importantes acerca dos benefícios da sopa, a quem fazia requisições na biblioteca; a distribuição de fruta aos alunos que se encontravam na biblioteca a trabalhar; a realização de um jogo interactivo, na biblioteca, disponibilizado pela Newsletter da Decojovem – “Notícias com Sumo”, acerca de lanches saudáveis e, ainda, a aplicação de um inquérito, sobre hábitos alimentares, aos alunos de sétimo ano, cujos resultados serão, posteriormente, divul-gados.

Os alunos mostraram-se não só muito empenhados na realização dos trabalhos, mas também motivados para alterar alguns maus há-bitos alimentares. Assim, dada a relação intrínseca existente entre hábitos alimentares e desenvolvimento de doenças como a hiper-tensão, a aterosclerose e a obesidade, achamos muito importante este tipo de iniciativas, uma vez que o que os alunos conseguem fazer hoje com ajuda conseguirão amanhã fazer sozinhos.

A equipa do PES agradece a ajuda de todos os professores, alunos e assistentes operacionais envolvidos.

A Coordenadora do PES, Rita Ramos

FisicArtesA Escola Secundária Padre Benjamim Salgado participou no ano

lectivo de 2009-2010 com o projecto “FisicArtes” na 8.ª edição do Concurso de ideias da Fundação Ilídio Pinho – Ciência na Escola.

As actividades desenvolvidas no âmbito deste projecto transdisci-plinar e interdisciplinar abrangeram as áreas da Física, Arte e Infor-mática e promoveram, em todos os alunos envolvidos (10.º B, 10.º C, 10.º H, 11.º G e 12.º G, clube de programação) uma aprendizagem contextualizada e significativa de conceitos das áreas da Física, Arte e Informática de uma forma adequada, face à área disciplinar con-siderada. Entre as diversas actividades que os alunos desenvolve-ram sob a orientação dos respectivos professores, destacam-se: exe-cução de actividades experimentais em diferentes áreas da Física; concepção e criação de um “expositor” denominado “FisicArtes” que serve como meio de divulgação apelativo e interactivo do trabalho a nível da Física Experimental; criação de um logótipo identificati-vo bem como etiquetas identificativas artísticas dos diversos espa-ços existentes nas salas de Física-Química; concurso “FisicArtes”, no qual se pretendeu criar uma ponte entre a Física e a Arte; palestra com a temática “Iluminação de pinturas artísticas”; criação de um sítio web, que se encontra alojado no servidor da ESPBS, em http://www.fisicartes.espbs.net/ e que constituiu o meio de divulgação na-

cional e internacional do projecto. Todo o trabalho desenvolvido e respectiva lista de participantes encontra-se documentado em vá-rios meios de divulgação: Revista “FisicArtes”, Vídeo de divulgação do projecto e website: http://www.fisicartes.espbs.net/ .

Os coordenadores do projecto: Attila Gören, Carlos Carvalho e Cristina Cunha

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|23 Ponto Encontrode

A Química DoceNo âmbito de Área de Projecto, o nosso grupo está a estudar em que medida a Química está presente no nosso dia-a-dia. Intitulámos o

nosso projecto de “A Química Doce” visto que este tem como um dos objectivos alertar a comunidade escolar para os benefícios e malefícios das guloseimas, nomeadamente pastilhas elásticas, bem como para os efeitos que estas podem ter no nosso organismo, no ambiente e o dispêndio a nível monetário.

Para termos noção do consumo de guloseimas e opinião da nossa comunidade escolar relativamente a este tema, realizámos inquéritos, tendo aplicado cinco por cada ano lectivo (do 7º. ao 12º. ano). Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que os alunos mais jovens consomem em média mais guloseimas que os mais velhos, e também constatámos que em geral são poucas as pessoas que têm conheci-mento de que uma pastilha elástica demora cinco anos a degradar-se.

Para além disto, não só por uma questão de estética mas também por uma questão de protecção ambiental, decidimos fotografar o pátio da escola e assim tentar chocar de modo a alterar o panorama que enfrentamos todos os dias. No âmbito do mesmo projecto, afixámos no átrio da escola um placar onde poderás colocar as pastilhas elásticas que mascas. Achas isto repugnante? Engraçado? A verdade é que no fim terás uma visão geral do que observas diariamente.

Ir a andar e ficar com a pastilha elástica colada na sapatilha, pôr a mão debaixo da mesa da sala de aula e tocar numa pastilha elástica são situações pelas quais com certeza já passaste e que não foram do teu agrado.

Local onde irá ser afixado o placar, onde poderás colar a tua pastilha elástica

Colabora connosco nesta iniciativa.Cola a tua pastilha elástica!

Helena Cunha, Rita Mendes, Raquel Portela, Rosa Oliveira, 12ºA/B

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|24 Dezembro de 2010 | nº 52

Entrega dos primeiros certificados

No próximo dia 13 de Dezembro, no auditório do ATC, terá lugar a entrega oficial dos primeiros certificados da Secção Europeia de Fran-cês e dos diplomas DELF realizados pelo terceiro ano consecutivo na nossa escola.

O projecto da Secção Europeia de Francês (SEF), apoiado pelos Ministérios da Educação português e francês, foi implementado na nossa escola no ano lectivo 2007/2008, passando a integrar um conjunto de catorze escolas no território nacional. Esta iniciativa tem como ob-jectivo reforçar as competências na língua francesa, permitindo aos alunos beneficiar, por um lado, de uma aula suplementar de 45 minu-tos semanais dedicada aos aspectos culturais e civilizacionais da França e dos países francófonos e, por outro lado, de uma aula em língua francesa, numa ou duas disciplinas não linguísticas (DNL), seguindo os programas vigentes em Portugal.

Ao longo dos três anos, as turmas-piloto usufruíram do reforço de 45 minutos em Língua Francesa, aula leccionada pelas professoras en-volvidas no projecto (Belém Peixoto e Linda Miranda), assim como de uma aula de 45 minutos leccionada em Francês pelo professor Mário Santos na disciplina de Educação Física. No ano lectivo 2008/2009, a turma do 8ºB beneficiou de mais uma DNL em Geografia, leccionada pelo professor Hélder Diogo.

É claro que este projecto não seria viável se não fosse o prestável apoio dos professores das disciplinas não linguísticas. Estes docentes, que apresentam um bom domínio da língua francesa, colocam as suas competências ao serviço dos alunos e da sua aprendizagem da língua francesa. No caso concreto da ESPBS, o professor de Educação Física, Mário Santos, que iniciou o projecto, os professores Rosa Araújo e Hélder Diogo, que integraram o projecto apenas no ano lectivo 2008/2009, e a professora de Físico-Química, Isabel Almeida, que passou a integrá-lo a partir do ano lectivo anterior, aceitaram o desafio que lhes foi lançado, permitindo, como já foi referido, ajudar os discentes, mas também promover a interdisciplinaridade. Os docentes da DNL consideram que este projecto é profícuo, pois permite uma constante actualização linguística e um trabalho colaborativo com a professora de Francês.

Para os alunos, este projecto obriga ao desenvolvimento de uma ginástica mental que lhes permite, por um lado, aumentar a flexibilida-de perante situações novas e, por outro lado, desenvolver a capacidade de aprender e de mobilizar saberes. Além disso, o bilinguismo acaba por ser, para os nossos alunos, uma mais-valia ao nível da formação académica e, futuramente, ao nível profissional.

O triénio decorrido, os alunos, que concluíram o nono ano de escolaridade e que subirão ao palco para receber o certificado, sentem-se satisfeitos por terem sido os pioneiros, no concelho, a abraçar este projecto, e nós, docentes envolvidos nesta iniciativa, felicitamo-los pelo trabalho desenvolvido e pelo empenho manifestado ao longo do 3º ciclo. Vejamos o que eles escreveram no final do nono ano:

“Este projecto, a meu ver, é um bom projecto para os alunos que tencionam aprofundar os conhecimentos numa determinada língua. Acho que este projecto foi positivo e vantajoso, visto que nos permitiu conhecer melhor as culturas dos países francófonos, entre outras coi-sas, mas acima de tudo, conviver com os outros alunos inseridos no mesmo projecto, a nível nacional. “ (Catarina Pinto – 9ºB em 2009/10)

“Acho que foi muito interessante e educativo tudo o que aprendi com a SEF; é um projecto para continuar. Adorei os encontros das sec-ções europeias.” (Diogo Forte – 9ºC em 2009/10)

“Para mim, foi uma experiência enriquecedora. Não se perde nada em ter mais 45 minutos. Pelo contrário, permitiu aprender mais e progredir na aprendizagem desta língua estrangeira.” (Ana Campos – 9ºD em 2009/10)

No sentido de manter um contacto mais próximo com falantes da língua francesa, a equipa de trabalho organizou várias actividades ao longo destes três anos. Destaque-se o “Ateliê de hip-hop”, dinamizado em francês pelo artista suíço Amjad Khan; o encontro “O desporto aproxima as culturas”, com a presença, no ano lectivo 2008/2009, de dois jogadores franceses do Vitória de Guimarães, Grégory e Desma-rets, e, no ano lectivo anterior, de três alunos francófonos do ISMAI que participaram no Projecto Erasmus.

Desenvolveram-se também outras actividades nas quais os alunos demonstraram serem capazes de se exprimir, quer através da dança, da música ou do teatro, em língua francesa, proporcionando-lhes assim mais auto-confiança e motivação. É o caso do Sarau e da participa-ção nos Encontros Nacionais das Secções Europeias, actividades que se realizaram anualmente.

O projecto SEF foi avaliado pelas diferentes Direcções Regionais de Educação e pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e, perante os resultados positivos das várias escolas que abraçaram o projecto, foi autorizada a abertura de novas tur-mas de SEF. Assim, arrancaram com o projecto, no ano lectivo transacto, as turmas A e B do 8ºano e, no presente ano lectivo, duas turmas do 7º ano (A e B), todas com a DNL de Físico-Química, sendo que a turma do 7ºB também está a usufruir de mais uma DNL, a Oficina de Teatro, leccionada pela professora Helena Guimarães.

Secção Europeia de Francês

A coordenadora da SEF, Belém Peixoto

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No mês de Outubro, as quatro turmas da Secção Europeia de Francês (7ºA, 7ºB, 8ºA e 8ºB) deslocaram-se ao Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, para assistir à projecção do filme Le petit Nicolas, baseado no livro de Sempé e Goscinny, que retrata as aventuras de um aluno dos anos 60, o menino Nicolau. Esta actividade, que despertou bastante entusiasmo, juntou cerca de 600 alunos e permitiu descobrir mais um filme do cinema francês.

participa no Festival de Cinema

A coordenadora da SEF, Belém Peixoto

Secção Europeia da ESPBS

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|26 Dezembro de 2010 | nº 52

Realizou-se no mês de Outubro, no hotel das Termas de S. Pedro do Sul, o XVIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística (SPE). Na sessão de encerramento deste encontro, foram entregues os prémios “Estatístico Júnior 2010” que são promovidos anual-mente pela SPE, com o apoio da Porto Editora, e têm como objectivo estimular e desenvolver o interesse dos alunos do Ensino Básico e Secundário pelas áreas da Probabilidade e Estatística. Este concurso prevê a participação dos alunos em três categorias: terceiro ciclo do Ensino Básico, Ensino Secundário e Cursos de Educação e Formação de Adultos. Foram entregues três prémios em cada uma das catego-rias mencionadas, e um prémio ao professor orientador do primeiro lugar, em cada categoria.

A nossa escola ficou em 1º lugar na categoria Ensino Secundário com o trabalho “A importância de sermos saudáveis: um estudo com alunos dos 7º e 12º anos”, tendo o trabalho vencedor sido desen-volvido durante o ano lectivo 2009/2010, no âmbito do Projecto Matematicando.espbs, pelas alunas Susana Alice Cunha e Andreia Filipa Vale, e sob a orientação da professora Carla Manuela Navio Dias.

A participação neste concurso permitiu desenvolver, com estas alunas, a interpretação de fenómenos/acontecimentos, a explora-ção e o desenvolvimento da capacidade crítica e científica, o reforço da autonomia, do rigor e responsabilidade e a criação de hábitos de pesquisa bibliográfica, de selecção e tratamento de informação.

O prémio “Estatístico Júnior 2011” já foi divulgado pela SPE pos-sibilitando, este ano, a participação dos alunos dos Cursos de Edu-cação e Formação (CEF). O regulamento e o boletim de candidatura podem ser obtidos no site da SPE (www.spestatistica.pt) e os trabal-hos devem ser enviados até ao dia 27 de Maio de 2011.

1º Lugar no prémio “Estatístico Júnior 2010”

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A forma entusiasta como a nossa escola respondeu à temática do Concurso Nacional de Jornais Escolares lançado pelo jornal O Pú-blico, no ano transacto, “O que é uma República?”, e o modo como a escola se envolveu na comemoração do Centenário da mesma, através da organização do Congresso “A 1ª República e a Educação”, que decorreu nos dias 7, 8 e 9 de Maio, numa co-organização com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, demonstraram a capacidade de a nossa escola se assumir como um centro de cultura e reflexão, que uniu professores do ensi-no básico, secundário e superior, em torno das questões educativas, no período da 1ª República, e trouxe à liça o contributo da investi-gação que nas universidades se produz, no âmbito das Ciências da Educação.

O espírito de iniciativa, o empenho e a organização da nossa es-cola e, em particular, do grupo disciplinar de História, bem como a forma como o nosso jornal conjugou a arte e a técnica da paginação, articulando magistralmente a legibilidade, o equilíbrio e a unidade, concorreram, com certeza, para transmitir ao leitor um todo orde-nado e coerente centralizado em torno da temática da República, o que mereceu o reconhecimento de conceituadas personalidades dos meios académicos e dos meios de comunicação social, que compuse-ram o júri deste concurso e que nos honraram com o 3º Prémio, do 2º Escalão (jornais do ensino secundário), neste concurso nacional.

A todos aqueles que de algum modo contribuem para a realização e êxito do nosso jornal, o meu muito obrigado, em nome da equipa do jornal escolar.

“O Ponto de Encontro” venceu o 3º Prémio do Concurso Nacional de Jornais Escolares promovido pelo Público

A coordenadora do jornal escolar, Rosa Gomes

Feliz Natal e Bom Ano Novo

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