jornal "encontro"

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Página Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 21 - III Série - junho/2013 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo) Entrevista com o Eng. Carlos Simões, Presidente da Associa- ção de Pais do Agrupamento de Escolas ENCONTRO - Desde quando existe a Associação? Carlos Simões - Esta Associação, que pretende ser a Associação de Pais de todas a escolas do nosso Agrupamen- to, existe desde Outubro de 2012. Mas é, digamos assim, herdeira de outras associações anteriores, como a ... (Página 3) Acontece(u) Convém ter opinião … e muitas outras coisa Até sempre! Boas leituras São alunos do Curso Profissional Téc- nico de Multimédia. O que os levou a escolher este Curso? - O que nos levou a escolher este curso foi a ‘paixão’ e o interesse em traba- lhar com: imagens, animações, vídeo e áudio, na construção de produtos inte- rativos, como jogos, filmes, animações 2D e 3D, sites para internet, etc.. E, como surgiu esta oportunidade bem perto de nós, aceitámos o desafio, onde surgem as aulas práticas, e onde temos uma escola que estimula a ini- ciativa e criatividade dos alunos, e isso entusiasma-nos. (Página 6) UM OLHAR SOBRE OS DIAS DA CULTURA 2012/13 (Páginas 6, 9, 13, 18 e 19) Entrevista com Bernardo Ferreira, aluno da nossa escola, do 7º D e reda- tor do jornal Encontro é campeão nacional de TREC na classe de juve- nis ENCONTRO - Podes explicar-nos o que é TREC? Bernardo - TREC significa “Técnicas de randonnée equestre de competição”. É composto por três provas: o POR (percurso de orientação e regularida- de), que geralmente é orientação no matodão-nos uma carta, uma bússo- la e temos de cumprir o trajeto, pas- sando pelos diversos postos de contro- lo; … (Página 5) Poesia. Ou talvez não! (Páginas 2 e 8)

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O Jornal do Agrupamento de Escolas de Golegã, Azinhaga e Pombalinho.

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Page 1: Jornal "Encontro"

Página

Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 21 - III Série - junho/2013 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo)

Entrevista com o Eng. Carlos

Simões, Presidente da Associa-

ção de Pais do Agrupamento de

Escolas

ENCONTRO - Desde quando existe a

Associação?

Carlos Simões - Esta Associação, que

pretende ser a Associação de Pais de

todas a escolas do nosso Agrupamen-

to, existe desde Outubro de 2012. Mas

é, digamos assim, herdeira de outras

associações anteriores, como a ...

(Página 3)

Acontece(u)

Convém ter opinião

… e muitas outras coisa

Até sempre!

Boas leituras

São alunos do Curso Profissional Téc-

nico de Multimédia. O que os levou a

escolher este Curso?

- O que nos levou a escolher este curso

foi a ‘paixão’ e o interesse em traba-

lhar com: imagens, animações, vídeo e

áudio, na construção de produtos inte-

rativos, como jogos, filmes, animações

2D e 3D, sites para internet, etc.. E,

como surgiu esta oportunidade bem

perto de nós, aceitámos o desafio,

onde surgem as aulas práticas, e onde

temos uma escola que estimula a ini-

ciativa e criatividade dos alunos, e isso

entusiasma-nos.

(Página 6)

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

(Páginas 6, 9, 13, 18 e 19)

Entrevista com Bernardo Ferreira, aluno da nossa escola, do 7º D e reda-tor do jornal Encontro é campeão nacional de TREC – na classe de juve-nis

ENCONTRO - Podes explicar-nos o que

é TREC?

Bernardo - TREC significa “Técnicas de

randonnée equestre de competição”.

É composto por três provas: o POR

(percurso de orientação e regularida-

de), que geralmente é orientação no

mato—dão-nos uma carta, uma bússo-

la e temos de cumprir o trajeto, pas-

sando pelos diversos postos de contro-

lo; …

(Página 5)

Poesia. Ou talvez não!

(Páginas 2 e 8)

Page 2: Jornal "Encontro"

Página 2

Coordenadores (Deste número)

Professores:

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Alunos: 5ºA - Francisco Luz

5º B -João Tomás

7º C - Carolina Medinas

7º D - Bernardo Ferreira

7º D - Sérgio Silvestre

Colaboração dos alunos do 1º Ano do Curso Profis-

sional Técnico de Multimédia—Reportagem fotográ-

fica Dias da Cultura

Reprodução Luís Farinha

Propriedade Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)

Sede: Escola Mestre Martins Correia

Rua Luís de Camões - Apartado 40

2150 GOLEGÂ

Telefone: 249 979 040

Fax: 249 979 045

E-mail: [email protected]

Página Web: www.eps-golega.rcts.pt

Tiragem 50 exemplares

Parafraseando o poeta, ENCONTRO tem mais encanto na hora da despedida.

É, provavelmente, a última edição deste jornal do Agrupamento de Escolas. Tal como os homens, embora pequenino, também não se mede aos palmos. Nele registámos histórias, emoções, sentimentos… Com ele estabelecemos laços promovemos encontros numa sociedade de desencontros. Palavras par quê? Este jornal foi o que foi e fará parte da história deste Agru-pamento de Escolas cuja vida acompanhou desde 1990. Resta-nos agradecer a todos o que com a sua colaboração tornaram possível este projeto. Até sempre! Lurdes Marques—Fernanda Silva—Manuel André

Parece mentira mas já estamos a acabar este ano letivo, e com ele vem o últi-mo ENCONTRO deste ano.

Nesta edição como habitualmente, temos entrevistas: ao Sr. Presidente da Associação de Pais do nosso Agrupamento, Eng. Carlos Simões e ao aluno Bernardo Ferreira do 7ºD, por ser campeão nacional de TREC. Se quiser saber mais, por exemplo o que faz a associação, qual a sua importância e o que é o TREC, leia o nosso jornal. Vai poder ver a reportagem fotográfica de muitas atividades dos “Dias da Cultura”, que se realizaram na última semana do 2º período. Para além disso pode sempre ler notícias sobre a nossa escola e ver trabalhos dos alunos dos vários ciclos. Para aqueles que ainda vão fazer exames bom trabalho, e para aqueles que já estão despachados, bom descanso e boas férias. Para o ano esperamos encontrar-vos de novo. Para os que vão para a faculda-de desejamos boa sorte.

Bernardo Ferreira e Carolina Medinas

Noites de luar Cai a noite junto ao mar, Ao fundo, apenas uma réstia de sol, Do vento apenas se sente uma leve brisa, Finalmente cai a noite, E no mar, apenas fica, Um belo lençol de prata, Fruto de um magnífico luar, Que se estende a perder de vista, Um luar de lua cheia, Que parece ali colocado, Pela mão de um grande artista, São noites de beleza, e sonho, Noites a convidar ao pecado, Pecado que não será pecado, Mas talvez o culminar de um desejo. E esta estranha atração, Entre estes nossos planetas, Faz com que saltem dentro de nós, Belos desejos de amar, Ali mesmo no areal, E não há gente, Nem estrelas, Nem cometas, Que impeçam este belo ritual, Dos corpos a se entrelaçar, Corpos que rebolam na areia, Ao som de milhões de trombetas, Que são as ondas do mar.

João R.—2003

Ficha Técnica Editorial

Page 3: Jornal "Encontro"

Página 3

Entrevista com o Eng. Carlos Simões, Presidente da Associação de Pais do Agrupamento

Daí a acharmos que podíamos e devía-

mos optar por um modelo de Associa-

ção única para o Agrupamento, foi

uma questão de tempo.

ENCONTRO - Que caraterísticas consi-

dera que um presidente deve ter?

Carlos Simões - Numa Associação de

Pais, os assuntos podem tomar pro-

porções inesperadas e coisas que

parecem por vezes simples, acabam

por se tornarem em problemas. A

comunidade escolar tem muitos inter-

venientes – Pais, Alunos, Professores –

e nem sempre todos eles estão total-

mente sintonizados naquilo que é real-

mente importante: a vossa educação.

Por isso o Presidente da APEE deve ser

acima de tudo um gerador de consen-

sos e por vezes um gestor de conflitos.

A característica mais importante? Ser

bom ouvinte. Esse é uma boa forma de

garantir que se é ouvido…

ENCONTRO - Pensa que é importante

a existência de uma Associação como

esta ?

Carlos Simões - Sem dúvida. Como

dizemos na Página Internet da APEE

GAP, “Seja ouvido na sua Escola!”. Os

Pais e Encarregados de Educação

podem e devem utilizar os serviços da

Associação e da sua Direcção para

fazerem chegar ao Agrupamento as

suas questões, as suas preocupações,

as suas sugestões. E quando necessá-

rio, os seus pedidos de ajuda, que den-

tro das nossas possibilidades tentare-

mos atender, ou, pelo menos,

ENCONTRO - Desde quando existe a

Associação?

Carlos Simões - Esta Associação, que

pretende ser a Associação de Pais de

todas a escolas do nosso Agrupamen-

to, existe desde Outubro de 2012.

Mas é, digamos assim, herdeira de

outras associações anteriores, como

a APEE- ASSOCIAÇÃO DE PAIS E

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DA

ESCOLA C+S GOLEGA, que foi consti-

tuída em 1990, a AZIPAIS ASSOCIA-

ÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE

EDUCAÇÃO DA ESCOLA DO 1º CICLO

E DO JARDIM DE INFANCIA DE AZI-

NHAGA, constituída em 1998 e a

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGA-

DOS DE EDUCAÇÃO DA ESCOLA DO

1º CICLO DO ENSINO BÁSICO DA

GOLEGÃ, da qual não sei a data da

constituição, mas andará decerto

pelos anos 90.

ENCONTRO - Como é constituída a

Associação?

Carlos Simões - Por uma Direcção,

com cerca de 15 elementos, pela

Assembleia Geral, que é constituída

por todos os seus associados e pelo

Conselho Fiscal, que como o nome

indica, fiscaliza todos os aspectos

financeiros da Associação. Da Direcção

foram também eleitos os cinco repre-

sentantes dos Pais no Conselho Geral

do Agrupamento, bem como os repre-

sentantes na Comissão de Protecção

de Crianças e Jovens da Golegã e no

Conselho Municipal de Educação.

ENCONTRO - Quais são os objetivos

da Associação?

Carlos Simões - Estão plasmados na

página inicial do nosso website. A sua

finalidade é contribuir, por todos os

meios ao seu alcance, para que os pais

e encarregados de educação possam

cumprir integralmente a sua missão de

educadores, contribuir para o desen-

volvimento equilibrado da personali-

dade do aluno, propugnar por uma

política de ensino que respeite e pro-

mova os valores fundamentais da pes-

soa humana.

4 - Sabemos que é Presidente desta

Associação, o que o levou aceitar esse

cargo ?

O facto de todas as Associações de

Pais que atrás referi estarem inactivas

há demasiado tempo, e nada parecia

indicar que a situação se invertesse, já

o ano lectivo de 2012/13 estava em

curso. Tendo sido Presidente da AZI-

PAIS entre 2008 e 2010 e membro do

Conselho Geral nesse período, achei

que podia responder positivamente ao

convite que me foi feito por outros

Pais, também eles com um historial de

participação nestas Associações, para

reactivarmos pelo menos uma delas.

Page 4: Jornal "Encontro"

Página 4

Entrevista com Carlos Simões, Presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas

ENCONTRO - Considera gratificante

pertencer aos corpos da Associação

Carlos Simões - Muito. Pelo contacto

com outros Pais e Encarregados de

Educação, pelo contacto privilegiado

com a Escola e Docentes, pelas rela-

ções de proximidade que se vão crian-

do entre todos os intervenientes no

processo educativo, pelo desafio, pelo

sentimento de sabermos que estamos

a trabalhar para o vosso futuro e dessa

forma também para o nosso futuro e

do nosso País. Como disse há dias num

artigo que escrevi para um Jornal, a

maneira de garantir um bom futuro é

educá-lo bem…

ENCONTRO - Pedimos desculpa por

esta pergunta não estar no âmbito da

entrevista, mas soubemos que o seu

Q.I. é muito elevado e gostaríamos de

saber alguma informação sobre o

assunto. Seria possível?

Carlos Simões - Claro. Visitem o meu

site, www.cpsimoes.net ou no Face-

book, em www.facebook.com/

QIeInteligencia e encontrarão respos-

tas a muitas questões…

Para mim, inteligência é a capacidade

de em menor tempo e com maior pre-

cisão, responder a um determinado

problema, reagir a uma determinada

situação. Para mim é mais inteligente

aquele que mais rapidamente analisa

o problema que lhe é posto, opta por

uma acção, responde e responde cor-

rectamente. Quanto mais complexo

for o problema, quanto maior for o

número de variáveis, quanto mais sub-

til for o padrão subjacente, maior

(continua)

encaminhar para quem o possa fazer.

ENCONTRO - Quantos sócios tem a

Associação ?

Carlos Simões - São associados da

Associação do Agrupamento os pais e

encarregados de educação dos alunos

matriculados nas escolas dos diferen-

tes ciclos do agrupamento e que

demonstrem querer sê-lo mediante

inscrição na associação. Em termos

práticos, consideramos como associa-

dos todos os pais e encarregados de

educação cujos filhos e educandos

frequentem as escolas do Agrupamen-

to.

ENCONTRO - Parece-lhe importante

ser sócio da associação? Porquê?

Carlos Simões - Sim. Como disse atrás,

os Pais e Encarregados de Educação

podem e devem utilizar os serviços da

Associação e da sua Direcção para

fazerem chegar ao Agrupamento as

suas questões, as suas preocupações,

as suas sugestões. Podem utilizar os

serviços da Associação do Agrupamen-

to para resolução dos problemas rela-

tivos aos seus filhos ou educandos.

Podem usufruir dos protocolos que

vamos conseguindo com empresas do

Concelho e que se traduzem em des-

contos na aquisição de produtos e

serviços.

-Qual a quota para pertencer a esta

associação?

Dada a actual situação de crise que

todos vivemos, foi decidido que para o

corrente ano lectivo, não haveria

qualquer pagamento de quota pelos

associados.

ENCONTRO - Que projetos/atividades

está a Associação a desenvolver ?

Carlos Simões - Levámos a cabo, no

dia 20 de Abril, uma acção de divulga-

ção sobre o tema de Segurança na

Internet para crianças e jovens, no

Equuspolis e que podem ver no nosso

site. Temos outros projectos seme-

lhantes, também direccionados para

os alunos das Escolas, de promoção da

Cultura Avieira, por exemplo, e em

colaboração com a Associação Tejo

d’Honra. Como a constituição da APEE

GAP foi tardia, ainda não conseguimos

efectivar esses projectos, mas dado

que o mandato desta Direcção é de

dois anos, teremos oportunidade para

tal, senão neste ano, no próximo ano

lectivo com certeza.

ENCONTRO - Com que problemas se

depara a Associação ?

Carlos Simões - Acima de tudo, com a

ainda fraca adesão dos Pais à activida-

de da Associação. Há muito trabalho a

fazer, ainda, para recuperar dos anos

de inactividade das anteriores associa-

ções que, por um lado convenceram

os Pais que estas pouca ou nenhuma

falta faziam e por outro lado, os desa-

bituou de pensarem em 1º lugar na

Associação quando se se deparam

com problemas que afectem os seus

educandos. Estou convencido que com

trabalho e persistência inverteremos a

situação.

Page 5: Jornal "Encontro"

Página 5

Entrevista com Carlos Simões, Presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas

(continuação)

inteligência indica a resposta, quando correcta. O que nos

leva a pensar que "a inteligência é processamento livre de

erros" e pode levar-nos a aceitar a existência de um factor,

subjacente a todas as actividades cognitivas, que condiciona

de forma significativa o nível de qualidade dessas activida-

des. E é esse factor, de “inteligência fluida”, que os famosos

testes de Q.I. tentam quantificar.

Mas ser mais inteligente não significa obrigatoriamente ter

mais sucesso profissional ou financeiro. As pessoas humildes

e sábias aceitam que outras existem que são mais inteligen-

tes... e que essas pessoas mais inteligentes não pertencem

ao panteão dos deuses... podem ser “comuns mortais” que

compartilham o autocarro connosco. Mas como a humildade

e a sabedoria estão cada vez mais ausentes da nossa socie-

dade, em que toda a gente se acha mais esperta e com mais

razão que o resto dos vizinhos, é normal esta reacção violen-

tíssima ao terem que aceitar que há realmente pessoas mais

inteligentes. Por isso é que temos incompetentes no poder,

por isso é que caem pontes e edifícios, por isso é que se des-

perdiça dinheiro em projectos falhados à nascença ou com-

pletamente inapropriados. Os incompetentes, incultos e

ineptos estão onde nunca deveriam estar.

A inteligência deve ser promovida? Mas é claro! A história

humana é a evidência máxima da promoção da inteligência

que por sua vez promove o avanço da espécie e da sociedade

que esta criou. Existe apenas um método infalível para a evo-

lução da Humanidade: encontrar a inteligência, suportá-la,

alimentá-la e depois deixá-la dirigir. A Humanidade precisa

da inteligência para sobreviver (sim, para sobreviver)...

Nenhum outro método alguma vez resultou e nenhum outro

alguma vez resultará.

E para finalizar, tão ou mais importante que um alto Q.I. e

uma inteligência “acima da média”, é aquilo que com ela se

faz…

Obrigado pelo vosso tempo!

Entrevista com Bernardo Ferreira, aluno da nossa escola, do 7º D

Bernardo Ferreira, aluno da nossa escola, do 7º D e

redator do jornal Encontro é campeão nacional de

TREC – na classe de juvenis

ENCONTRO - Podes explicar-nos o que é TREC?

Bernardo - TREC significa “Técnicas de randonnée equestre

de competição”. É composto por três provas: o POR

(percurso de orientação e regularidade), que geralmente é

orientação no mato; dão-nos uma carta, uma bússola e

temos de cumprir o trajeto, passando pelos diversos postos

de controlo; o MA (Medição de andamentos), temos de con-

seguir fazer um galope curto e também passo rápido; o PTV

(Percurso de terreno variado), temos obstáculos / dificulda-

des que temos que ultrapassar, por exemplo saltar sebes,

fosso…

ENCONTRO - Quando começaste a praticar esta modalida-

de?

Bernardo - Foi a primeira vez, tinha apenas treinado cerca de

meia hora dois dias antes, aliás sem fazer a prova completa.

ENCONTRO - Mas tiveste de começar a montar muito antes.

Isso foi quando?

Bernardo - Comecei na ANTE, onde andei cerca de dois anos

e meio e aprendi a montar; depois fui para o Centro Hípico

da Quinta de Sta Bárbara (perto de Constância), onde come-

cei a praticar obstáculos.

ENCONTRO - Montas sempre o mesmo animal? Tem de se

ter montada própria?

(continua na página seguinte)

Page 6: Jornal "Encontro"

Página 6

Entrevista com Bernardo Ferreira, aluno da nossa escola, do 7º D

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

(continua na página 9)

(continuação)

Bernardo - Não, monto três: duas

éguas e um poldro. Não é necessário

ter montada própria.

ENCONTRO - Quantas vezes praticas

por semana?

Bernardo - Uma, ao sábado, cerca de

uma hora, hora e meia e, por vezes, à

quarta.

ENCONTRO - Que características deve

ter um cavaleiro?

Bernardo - Primeiro tem de gostar

muito deste desporto, tem de ter uma

relação boa com os animais, gostar

deles.

ENCONTRO - Como é que concilias a

prática desta modalidade com a tua

vida escolar?

Bernardo - Como geralmente é só ao

sábado não interfere muito; quando

há provas, por exemplo tenho de me

organizar durante a semana, estudar

mais nos dias que posso.

ENCONTRO - Pretendes fazer desta

atividade profissão?

Bernardo - Não sei, uma hipótese por

exemplo era ir para a Academia Mili-

tar , para cavalaria.

ENCONTRO - Então esta atividade é

para continuar?

Bernardo - Sim.

São alunos do Curso Profissional Técnico

de Multimédia. O que os levou a escolher

este Curso?

- O que nos levou a escolher este curso foi

a ‘paixão’ e o interesse em trabalhar com:

imagens, animações, vídeo e áudio, na

construção de produtos interativos, como

jogos, filmes, animações 2D e 3D, sites

para internet, etc.. E, como surgiu esta

oportunidade bem perto de nós, aceitá-

mos o desafio, onde surgem as aulas práti-

cas, e onde temos uma escola que estimu-

la a iniciativa e criatividade dos alunos, e

isso entusiasma-nos.

Por que motivo optaram por frequentar a

nossa Escola?

- O primeiro motivo é devido a ser uma

escola perto da nossa localidade, e o

segundo motivo é porque é uma escola

que tem professores especializados na

área de informática e que apostam muito

nos cursos profissionais.

Estão prestes a terminar o 1º ano do Cur-

so, qual o balanço que fazem deste ano?

Neste 1º ano de curso aprendemos a ela-

borar projetos interativos de comunicação

audiovisual através da criação de aplica-

ções multimédia voltadas para vídeos,

sons, animações 2D e 3D, páginas WEB,

entre outras, à semelhança dos padrões

técnicos, de qualidade e de segurança pré-

estabelecidos. Foi um ano de muito traba-

lho, onde realizámos trabalhos diferentes e

criativos.

De todas as atividades que desenvolve-

ram ao longo deste ano, qual foi a que

mais vos marcou? Por que motivo?

Gostámos de todas as atividades desenvol-

vidas, mas sem dúvida a que nos marcou

mais foi poder ter a oportunidade de

explorar e trabalhar no Photoshop, onde

se utiliza bastante a manipulação de ima-

gens.

Acontece(u)

Page 7: Jornal "Encontro"

Página 7

História de uma vida

Aos 12 anos o

Manuel quis ir

trabalhar e per-

guntou se podia

ir. O pai pensou e

deixou-o ir traba-

lhar com ovelhas.

O pai do Manuel foi convidado pelo dono para gerir as ter-

ras. O negócio correu muito bem pelo que o pai do Manuel

deixou outra casa e foi viver com eles para o Algarve.

O dono da quinta onde o Manuel trabalhava, no Natal e na

Páscoa, dava-lhe um cabrito ou um borrego. Quando chega-

ram a casa já era noite e comiam o que o Manuel tinha trazi-

do e iam dormir. E foi a vida do Manuel durante 3 anos, nes-

se dia de Natal

Mário—Liliana—Mariana—Pedro—Susana—7º A

Era uma vez um menino Chamado Manuel que vivia fora da

aldeia com os pais e as irmãs.. Embora fossem muito felizes

eram muito pobres. Muitas noites iam para a cama só com

uma sopa ou pão com doce. A casa tinha 3 quartos, o das

raparigas, o do Manuel e o dos pais, a casa de banho e a cozi-

nha. Eles limpavam sempre a casa.

O pai saía antes do nascer do sol para ir trabalhar para o

campo, para ajudar a família nas despesas.

Page 8: Jornal "Encontro"

Página 8

Poesia. Ou talvez não!

O que é a poesia? A poesia é um conjunto de sentimentos e de fantasia Nela podemos transmitir, paz e amor. Nela podemos suplicar por um beijo, um abraço, um sorriso e por um olhar. Nela podemos sonhar. Nela podemos guardar memórias da infância, amizades, paixões, risos, desilusões. TUDO! Escrever um poema, é escrevê-lo com alma. Ler um poema, é fazê-lo com o coração.

Andrea Cordeiro, nº3 - 7ºC

Os animais

Se o burro é teimoso É porque lhe cheira a esturro Finca as patas na calçada E põe o seu ar casmurro. Voa de noite a coruja E não tem medo do escuro Gosta de falar à lua E de respirar ar puro. Como pinta o pintassilgo Se as cores que tem nas penas São guaches, aguarelas Misturados com poemas? Já entrou em muitas lendas E em fábulas antigas Como é raposa matreira Não é de ir em cantigas. Está o ouriço eriçado Com os muitos picos que tem Quando forem sete e picos Devagarinho ele aí vem. Lá vai ele, saltitante, Numa seara de trigo, O gafanhoto que ao sol Gosta de chamar o amigo. Anda numa roda-viva De corola em corola A abelha que faz o mel Tão doce que nos consola.

O que é a poesia

Um poema É uma mistura de sentimentos Sem aparente sentido Um poema Só pode ser lido Com calma e tranquilidade Um poema Pode ser a nossa oração Pois exprime o que nos vai no coração Um poema Pode ajudar-te Nos tempos maus e bons Pra mim isto é um poema Uma forma de nos exprimirmos Pra nós e para o mundo

Gonçalo Bento, nº10 - 7ºC

A Poesia Poesia que tudo pode dizer A poesia tudo explica sem ninguém perceber Poesia que pode falar de tudo um pou-co Mas por vezes difícil de traduzir e pôr alguém louco A poesia que tudo pode levar E tudo leva ao seu chegar O seu sentido é fulcral Como um peixe num recife de coral A poesia pode-te ajudar nas tristezas Ou também te pode ajudar a ter certe-zas Pode ainda trazer alegrias Que levam a grandes folias A poesia que tem de ser escrita de consciência Poesia que nos dá a vida, em vez da sobrevivência Que nos dá o mundo Ou que nos leva ao fundo A poesia que nos permite amar e sofrer Viver e morrer Crescer e sobreviver Ser e escrever

Laura Mendes Gonçalves, nº12 – 7ºD

Lá se guarda no casulo Como se tecesse a casa O lento bicho-da-seda Que afinal nunca se atrasa. Dizem ser cabeça tonta, A simpática cigarra, Que anda a ver se arranja tempo Para ir aprender guitarra. Mas que nome tão bem posto A quem devagar se move Se a preguiça sai às quatro Só chega depois das nove. Que pescoço tão comprido Tem a girafa elegante Abocanha qualquer folha Mesmo que esteja distante. Se quiser fazer campismo Nem precisa de uma tenda, O caracol de casa às costas Que nunca a pôs à venda. Sob a rija carapaça Mora a velha tartaruga, A ver o tempo que passa Enquanto a pele se enruga. Podia ser engenheiro O castor a vida inteira A construir barragens Com pedaços de madeira. Mas que mal terei eu feito Faça frio ou faça calor Para ser a perdiz aflita Sempre a fugir do caçador?

Cláudio Garcia, nº 9 – 8ºC

Foto Manuel André

Page 9: Jornal "Encontro"

Página 9

Acontece(u)

Jardim de Infância de Azinhaga

No meu grupo estão 15 crianças que vão transitar para o 1º Ciclo do Ensino Básico.

Foram 3 anos passados no Jardim de Infância de Azinhaga (a primeira etapa da edu-

cação básica) e todos os que de algum modo se relacionaram com elas foram impor-

tantes para o seu desenvolvimento global. Não conseguiríamos fazer tudo o que

fizemos se não tivéssemos a colaboração e participação ativa das famílias (pais,

irmãos, avós, bisavós…). A todos, em nome destas crianças, agradeço o carinho, o

apoio e todo o trabalho que fizemos juntos.

A Educadora de Infância: Maria Leopoldina Meneses.

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

(continua na página 13)

Page 10: Jornal "Encontro"

Página 10

Acontece(u)

Certo dia ouvi baixinho: “Gostava de ter uma notícia assim no jornal da nossa esco-la…”

No domínio da educação especial,

pretende-se promover e desenvolver

procedimentos para uma escola inclu-

siva, criar condições ambientais e

pedagógicas que permitam melhorar o

desempenho dos alunos, propiciando

atitudes facilitadoras de aprendiza-

gens funcionais, ajudando a intera-

ção /cooperativa e trabalho de pares.

No primeiro período escolar, durante

algumas aulas no âmbito da disciplina:

Área Recreação/Lazer “Desafios na

BE” três alunos da Escola E. B. 2,3/S

Mestre Martins Correia (do 7.º B, 7.º A

e 7.º C ) tiveram oportunidade de

observar e explorar os temas expostos

na Biblioteca, a partir dos quais apare-

ceram as perguntas: sabem quem foi

José Saramago? querem saber mais?...

queremos ver um filme…onde nasceu?

onde viveu?

E assim surgiu o desafio:” e se escre-

vêssemos um livro sobre José Sarama-

go”? Nem todos os alunos aderiram

com a mesma motivação, mas penso

que todos fizeram aprendizagens

importantes!

Depois de várias pesquisas, cada aluno

construiu uma pequena parte, e assim

surgiu o livro “Autobiografia de José

Saramago”.

Posteriormente os alunos ofereceram

o trabalho à Professora Anabela o qual

hoje faz parte dos “livros para consul-

ta”.

Segue-se o trabalho:

Natalina Ribeiro R. Martins

Docente de Educação Especial

O evangelho segundo Jesus Cristo

A jangada de pedra"

A viagem do elefante

O mais recente romance publicado

pelo escritor foi Caim de 2009.

O mais recente romance publicado

pelo escritor foi Caim, de 2009. O seu

estilo de escrita caracteriza-se

pelos parágrafos muito longos e escas-

sez de pontuações.

Autor também de:

O evangelho segundo Jesus Cristo

Ensaio sobre a cegueira

O escritor vivia em Lanzarote, no

arquipélago espanhol desde 1993

com a sua esposa.

Este escritor português é um dos

maiores nomes da literatura contem-

porânea, vencedor do prémio Nobel

de Literatura no ano de 1998 e de um

prémio Camões - a mais importante

distinção da Língua Portuguesa.

O escritor português José Saramago mor-

reu aos 87 anos na sua casa em Lanzaro-

te, nas Ilhas Canárias.

“PROJETO PARTILHAR PARA INOVAR”

Autores:

Joana Filipa Silva Lopes 7ºB

Pedro Costa 7ºA

João Lopes 7º B

JOSÉ SARAMAGO

O português José de Sousa nasceu em

16 de novembro de 1922, na pequena

aldeia portuguesa de Azinhaga, ( rua

da Alagoa) no Ribatejo, região central

do país. Ficou mais conhecido, no

entanto, pelo sobrenome de sua famí-

lia paterna, Saramago.

A sua família mudou-se para Lisboa

quando José tinha dois anos. Aluno

brilhante, teve de abandonar o ensino

secundário aos 12 anos, por causa da

falta de recursos de seus pais.

Saramago sempre teve atuação políti-

ca marcante e levantava a voz contra

as injustiças, a religião constituída e os

grandes poderes económicos, que ele

via como grandes doenças de seu tem-

po.

Entre seus livros mais conheci-

dos estão:

As pequenas memórias

Memorial do convento

O ano da morte de Ricardo Reis

Page 11: Jornal "Encontro"

Página 11

Acontece(u)

Jardim de Infância de Golegã

Sala Amarela

Cá estamos nós, mais uma vez, para

partilhar convosco as nossas vivências.

No final do segundo período, integra-

do nos Dias da Cultura, realizou-se o

Dia Aberto aos Pais. Os que puderam,

e quiseram, vieram passar o dia na

nossa sala e participaram nas ativida-

des.

Uma mãe contou uma história, bebe-

ram chá e comeram bolo que nós fize-

mos.

Depois, ajudaram-nos a decorar ovos

de Páscoa, a fazer desenhos num pai-

nel e brincaram connosco na casinha,

jogos, garagem e no recreio.

Também fomos ao Jardim Zoológico.

Que dia bem passado!

(continua)

Algumas mães almoçaram connosco e,

por fim, assistimos a um espetáculo de

fantoches feitos pelas educadoras.

Já no terceiro período, falámos sobre a

Primavera e semeámos feijões.

Depois de termos feito a prenda para

o Dia da Mãe, em parceria com a Sta.

Casa da Misericórdia de Golegã, reali-

zámos a Marcha do Coração.

Page 12: Jornal "Encontro"

Página 12

Acontece(u)

Jardim de Infância de Golegã

Sala Amarela

(continuação)

Falámos sobre os Meios de Transporte

e recebemos a visita da enfermeira do

Centro de Saúde que nos veio falar

sobre Saúde Oral.

Estamos em junho e andamos a prepa-

rar a Festa de Final de Ano, até fomos

gravar as canções à Associação Cantar

Nosso. Que importantes que somos…

E pronto estamos a chegar ao fim des-

te ano letivo. Tanta brincadeira, algum

choro e birras, tantas aprendizagens…

Crescemos e como é bom CRESCER!

Foi um dia super divertido… Como

podem imaginar…

O espetáculo dos Golfinhos foi sem

dúvida um momento de maior alegria

para todos nós.

(continua)

Jardim de Infância de Golegã

Sala Verde

Visita de Estudo ao Jardim Zoológico

No passado mês de maio (dia 8) fomos

ao Jardim Zoológico juntamente com

as crianças de todos os Jardins de

Infância do nosso Agrupamento.

Observámos uma grande diversidade

de animais e os seus habitats.

Page 13: Jornal "Encontro"

Página 13

Acontece(u)

Jardim de Infância de Golegã

Sala Verde

(continuação)

Viagem de Final de Ano Letivo: Crian-

ças, Pais, Educadora e Auxiliar num

fim de semana inesquecível…

Sábado dia 25 de maio, 1ª visita: Par-

que Biológico de Gaia.

Aqui aprendemos coisas muito impor-

tantes… sabiam que, no nosso País, os

Cágados estão em perigo? Uma das

razões é a libertação de Tartarugas

exóticas (as que se vendem nas lojas

de animais) nos nossos rios e lagos. Se

tiverem uma tartaruga e não a conse-

guirem manter, entreguem-na num

centro de recuperação como este Par-

que. O ambiente e os Cágados da fau-

na ibérica, agradecem!

Depois de uma noite bem passada no

Porto…

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

(continua na página 18)

Seguimos para Penafiel… 2º dia da

viagem… chegámos ao Parque de

Diversões… Magikland!!!

Foi um dia maravilhoso… Todas as

crianças e todos os adultos unidos pela

boa disposição, alegria e diversão fize-

ram deste dia, um dia espetacular,

inesquecível e a repetir num outro

lugar, mas com a mesma disposição.

Bem haja a todos pela coragem desta

aventura!

Educadora Lina

Page 14: Jornal "Encontro"

Página 14

Acontece(u)

Ação de sensibilização “Eficiência Energética e Alterações

Climáticas” António Valério

No dia 9 de abril, as turmas do oitavo ano participaram numa ação de sensi-bilização sobre “Eficiência Energética e Alterações Climáticas” dinamizada pela Dr.ª Filipa Alves da QUERCUS, associação nacional que pretende pro-mover a conservação da Natureza e a preservação dos recursos naturais e a defesa do ambiente em geral, numa perspectiva de desenvolvimento sus-tentado. Esta ação desenvolveu-se no âmbito do Projeto EcoCasa que tem por obje-tivo sensibilizar e informar os cidadãos sobre as opções que podem tomar no dia-a-dia para fazer uma utilização mais sustentável dos recursos, de for-ma a contribuírem para a resolução da questão das alterações climáticas. A ação incidiu principalmente em duas áreas fundamentais que contribuem, mais diretamente, para a redução dos gases de efeito de estufa: a eficiência energética e a mobilidade. Os objetivos desta ação foram ampla-mente alcançados uma vez que a dis-cussão dos temas abordados prolonga-ram-se para a sala de aula, onde estes temas estavam a ser abordados. Desta forma, os alunos foram alertados para vários comportamentos que podem ser adoptados e que podem contribuir para a sustentabilidade do planeta, contribuindo-se para a formação de cidadãos conscientes e alertados para as questões da eficiência energética, da mobilidade e das alterações climáti-cas. Para quem esteja interessado sobre este Projeto pode obter mais informa-ções em www.ecocasa.pt. PROJETO DEMOCOPHES – APRESEN-

TAÇÃO DE RESULTADOS António Valério

No passado dia 6 de junho de 2013, pelas 18h00, no salão polivalente da nossa escola foi feita a apresentação dos resultados obtidos num estudo de biomonitorização humana, no âmbito do projeto DEMOCOPHES, que se ini-ciou no ano passado com 60 partici-pantes da nossa comunidade educati-va.

produtos do mar.

O cádmio é um metal que ocorre naturalmente, sendo utilizado em baterias e em algumas tintas. Pode ser encontrado como poluente em alguns crustáceos e no fumo dos cigarros.

Os ftalatos são um grupo de com-postos químicos amplamente utiliza-dos na fabricação de plásticos. Devido a esse uso extensivo, a exposição humana pode ser elevada.

A cotinina é resultante da meta-bolização da nicotina quando inalada através do fumo do cigarro. Os níveis de cotinina na urina constituem um bom um indicador da exposição a fumo de tabaco. Em Portugal, o projecto DEMOCOPHES foi desenvolvido em 2 zonas geográfi-cas distintas (Lisboa e Golegã) numa mesma grande região (Região de Lis-boa e Vale do Tejo), seleccionados em representação dos dois extremos do grau de urbanização (rural e urbano), definido em função de indicadores como a densidade populacional e o uso urbano e industrial do solo. A selecção teve ainda em conta a ausên-cia de “hot-spots” industriais predomi-nantes para a zona urbana e o seu afastamento a pelo menos 25 km para a zona rural. O Município de Lisboa foi seleccionado como zona urbana, uma vez que é a capital e a maior cidade de Portugal e que, nomeadamente nas freguesias do centro da cidade não tem “hot-spots” industriais e apresen-ta elevado grau de urbanização. O Município da Golegã, situado na região de Lisboa e Vale do Tejo, no distrito de Santarém, foi seleccionado como zona rural, uma vez que tem um baixo grau de urbanização, não existe um parque industrial num raio de 25 km e não fica nos arredores de uma grande cidade. Como o recrutamento é feito a partir de escolas seleccionadas em cada zona de estudo, em Lisboa foram seleccio-nadas escolas públicas pertencentes ao Agrupamento de Escolas Baixa-Chiado, situadas nas freguesias de Coração de Jesus, Encarnação, Mercês e São José. No Município da Golegã, foram seleccionadas escolas públicas pertencentes ao Agrupamento de Escolas Golegã, Azinhaga e Pombali-nho.

(continua na página 17)

O projeto DEMOCOPHES (sigla inglesa para Demonstração de um estudo para coordenação e desenvolvimento de Biomonitorização Humana à escala Europeia) é um Estudo Piloto Europeu que visa testar os procedimentos desenvolvidos pelo COPHES e averi-guar a exequibilidade de uma aborda-gem coerente e harmonizada de bio-monitorização humana na Europa. No âmbito do DEMOCOPHES foram reco-lhidas amostras e dados de 120 pares mãe-filho em cada país participante e foram analisados biomarcadores para mercúrio, cádmio, ftalatos e também cotinina. A Biomonitorização Humana (BMH) é uma metodologia que se utiliza para determinar a exposição humana a poluentes ambientais e/ou a suscepti-bilidade genética e os potenciais efei-tos adversos na saúde associados a essa exposição. Uma vez que estamos diariamente expostos a químicos ambientais (de origem natural ou pro-duzidos pelo homem), a informação obtida através de estudos de BMH dirigidos à exposição dá uma perspec-tiva da quantidade de químicos que realmente entram no nosso organis-mo. Da exposição a químicos não resultam necessariamente problemas de saúde. No entanto, é importante compreender como é que a exposição ocorre e qual a sua extensão. Os estu-dos de biomonitorização também são úteis para avaliar as políticas de saúde e para desenvolver medidas legislati-vas para reduzir a poluição. Tal como já referimos os químicos que foram alvo de análise neste estudo foram mercúrio, cádmio, ftalatos e cotinina. Estes químicos foram selec-cionados porque é importante deter-minar o quanto estamos expostos a esses químicos na nossa vida diária. Essa informação pode ajudar a com-preender os padrões de exposição e, se necessário, a reduzir esta exposi-ção. Algumas das características mais relevantes destes químicos são as seguintes:

O mercúrio é um metal natural e é usado em pequenas quantidades em obturações dentárias, lâmpadas eco-nomizadoras de energia e, no passado, em termómetros. É um poluente que se encontra frequentemente em

Page 15: Jornal "Encontro"

Página 15

Acontece(u)

(continuação da página 16)

A apresentação dos resultados esteve a cargo da Dr.ª Sónia Namorado, investigadora da Unidade de Saúde Ambiental do Instituto de Medicina Preventiva, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (entidade portuguesa responsável pelo projeto DEMOCOPHES em Portugal). Do expos-to ressalvámos aqui os principais pon-tos:

Para todos os poluentes, dos resultados obtidos, verifica-se que Portugal situa-se muito abaixo dos valores de orientação definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e para os quais não existe risco direto para a saúde pública;

Entre mães fumadoras e não fumadoras verificou-se que no primei-ro grupo existe uma maior concentra-ção dos poluentes derivados do fumo do cigarro, o mesmo se verificando no grupo das crianças, uma vez que aque-las que são filhos de mães e/ou pais fumadores estão mais expostos ao fumo do tabaco; Entre a zona urbana e a zona rural não se verificaram diferenças significativas, mas os resultados demonstraram uma tendência para uma menor concentra-ção de poluentes nas amostras reco-lhidas nos pares mãe-filho da zona rural.

Em jeito de conclusão podemos dizer que a BMH contínua a provar ser uma ferramenta importante para a protec-ção da saúde humana, uma vez que fornece uma medida direta dos níveis de substâncias químicas ambientais no corpo humano. Os resultados do pro-jeto DEMOCOPHES demonstraram, ainda, que uma abordagem mais coor-denada e harmonizada para a BMH na Europa não é apenas possível, mas também é útil para proteger a saúde

(continuação da página 17)

Colaboração da disciplina de EVT Cristina Rodrigues

Page 16: Jornal "Encontro"

Página 16

Convém ter opinião

pelos seus atos; é fundamental ensinar estratégias alternati-

vas de resolução de conflitos (tolerar, ouvir, dialogar, acom-

panhar); é indispensável trabalhar no sentido de aceitar a

frustração.

O professor do século XXI não está confinado à transmissão

de conhecimentos, é um gestor da sala de aula, detentor de

um conjunto de competências relacionais e didáticas. Esta-

belecer relações interpessoais positivas (disponibilidade

para ouvir os alunos, ser afetuoso, inspirar confiança, abor-

dar os problemas com calma…); estabelecer a ordem no iní-

cio da aula; motivar e manter o interesse do grupo turma

recorrendo à monitorização do trabalho na aula, ao apoio

para superarem dificuldades, ao trabalho de grupo ou de

pares, à utilização de uma linguagem clara e acessível; manu-

tenção de um ritmo de aula adequado o que implica minimi-

zar tempos mortos, transições suaves entre atividades e ins-

truções claras. As estratégias pedagógicas aqui descritas são

apenas algumas, que poderão contribuir para a prevenção da

indisciplina na sala de aula. A complexa gestão da vida na

aula impõe procedimentos conjugados.

Foi neste contexto que o Grupo de Educação Especial tomou

a iniciativa de organizar atividades de intervenção/ação com

o objetivo de prevenir comportamentos escolares disrupti-

vos na nossa escola/sede.

No ano letivo transato elaborámos e disponibilizamos um

folheto informativo “Compreender e intervir na escola e na

família”. Também se realizou a sessão de sensibilização para

pais “Tenho um filho adolescente!”, a qual teve como orado-

ras as psicólogas da Câmara Municipal da Golegã, Dr.ª San-

dra Leonardo e Dr.ª Fabiana Freire, que prontamente aderi-

ram ao projeto.

(continua)

INDISCIPLINA NA ESCOLA? STOP

“Não se pode, falar em disciplina ou em indisciplina indepen-

dentemente do contexto sócio histórico em que ocorre.”

Teresa Estrela (1992)

A escola depara-se com uma problemática algo complexa, a

indisciplina, e nela intervêm diversas variáveis. As tensões e

desequilíbrios da sociedade envolvente (desigualdades eco-

nómicas e sociais, conflito de gerações, crise de valores) são

fatores da sociedade que se refletem na comunidade educa-

tiva.

Com efeito, o conjunto de comportamentos escolares disrup-

tivos (transgressão das normas escolares) prejudica as condi-

ções de aprendizagem, o ambiente do ensino, bem como o

relacionamento das pessoas na escola.

Neste contexto, pais e professores necessitam de intervir o

mais precocemente possível. Apresentamos de seguida algu-

mas estratégias educativas para evitar o aparecimento, ou

ajudar a controlar condutas agressivas:

- Estabelecer limites claros, isto é, definir quem é a autori-

dade. Se a autoridade for desempenhada com o significado

de fazer crescer, estaremos a contribuir para garantir a segu-

rança das crianças/alunos e a trabalhar no favorecimento da

sua autoestima.

- É necessário refletir para que serve a autoridade – para

corrigir, reforçar e sancionar (mas de forma adequada –

para que um castigo seja eficaz, deve ser pontual, e não fre-

quente e proporcional à conduta, devendo cumprir-se obri-

gatoriamente. Não deve ser contestado por outra pessoa da

família ou por outro professor.).

- Manter um adequado nível de coerência entre os pais. É

importante que haja uma concordância entre a disciplina da

casa e da escola; é necessário responsabilizar as crianças

Por Cristina Matos

Docente de Educação Especial

Page 17: Jornal "Encontro"

Página 17

Convém ter opinião

(continuação da página 15)

dos europeus no futuro; e pela primeira vez, obtiveram-se resultados que são comparáveis em toda a Europa, pelo que um dos principais objetivos deste projeto foi alcançado. Fica o agradecimento a todos aqueles que voluntariamente participaram neste projeto, tornando-o possível e que desse modo contribuíram para um passo importante na investiga-ção da BMH a nível europeu que terá como aplicação prática a definição de políticas ambientais e de saúde pública basea-da em evidências científicas. Para mais informações pode consultar o site do Projeto http://www.fm.ul.pt/democophesportugal/.

(continuação)

No presente ano letivo realizaram-se atividades muito diver-

sificadas tendo como público-alvo os alunos. No âmbito da

semana da leitura foram lidas algumas histórias do livro

Como Comportar-se aos alunos da Educadora Lina, do Jardim

de Infância da Golegã. Reinou a boa disposição, o diálogo e a

troca de opiniões. Os Bons Comportamentos não Ocupam

Lugar! foi a etapa 10 do Peddy-Paper que empenhou alunos

e professores na tentativa de desvendarem os comporta-

mentos corretos através da mímica. Por último, incluído nos

Dias da Cultura, dias 14 e 15 de março, realizaram-se as ses-

sões de sensibilização dinamizadas pelas psicólogas Filipa

Reinas e Ana Catarina Pereira. Os alunos aderiram com entu-

siasmo às atividades, verificaram-se momentos de reflexão,

de consciencialização que culminarão num maior esforço

para se verificarem mudanças significativas. O feedback dado

pelos intervenientes foi muito positivo.

Sobre a ação preventiva muito haveria a acrescentar, mas

procuraremos articular os diversos contributos para com-

preendermos e intervirmos de forma eficaz.

Page 18: Jornal "Encontro"

Página 18

Acontece(u)

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

(continua na página 19)

Page 19: Jornal "Encontro"

Página 19

Acontece(u)

Dias da Cultura - de 11 a 15 de março de 2013

Atuação dos Grupos da Oficina da

Música, no decorrer dos Dias da Cultura

Esta atividade destinou-se à comuni-

dade educativa e decorreu no dia 11

de março, pelas 9.15 horas, na sala de

convívio dos alunos (bloco C). Contou

com um número considerável de parti-

cipantes.

Teve início após a intervenção da Dire-

tora do Agrupamento, que procedeu a

uma Sessão de Abertura dos Dias da

Cultura e fez uma breve apresentação

das atividades que iriam decorrer ao

longo da semana.

O Grupo de Flautas de Bisel e o Grupo

de Música Tradicional Portuguesa da

Oficina da Música apresentaram várias

peças executadas com flauta de bisel,

com suporte musical e algumas can-

ções tradicionais portuguesas, acom-

panhadas com violas dedilhadas e ins-

trumentos de percussão.

Esta atividade decorreu em articulação

com a atividade “La Crêperie”, dinami-

zada pelo do Grupo de Francês, no

âmbito do Dia do Francês, havendo,

em simultâneo, lugar à confeção de

UM OLHAR SOBRE

OS DIAS DA CULTURA 2012/13

crêpes por professores do respetivo

grupo e alunos.

Os alunos mostraram-se bastante inte-

ressados, participativos e colaboran-

tes.

A professora:

Maria do Carmo Lopes

Page 20: Jornal "Encontro"

Página 20

Acontece(u)

turmas A, B e C. Relativamente à tur-

ma C, do quinto ano, só visitou a refe-

rida exposição um número reduzido

de alunos, em virtude de os restantes

terem participado na “Caminhada—

Saltar a Cerca”. Esta exposição foi

apresentada novamente, no início do

terceiro período, aos alunos da turma

C, do quinto ano. Os alunos mostra-

ram-se entusiasmados e interessados.

Participação da Oficina da Música no

Peddy – Paper

No dia 13 de março, a Oficina da Músi-

ca participou no Peddy - Paper dinami-

zado pela Biblioteca Escolar, em arti-

culação com outros Projetos do Agru-

pamento. À Oficina da Música foi atri-

buída a etapa 3, com uma tarefa espe-

cífica no âmbito da música, a qual foi

executada pelas equipas participantes

(na sala nove). Esta atividade destinou

-se à comunidade educativa.

A professora:

Maria do Carmo Lopes

A atividade contou com um número

elevado de participantes, tendo os

mesmos manifestado o seu interesse e

agrado relativamente à mesma, sendo

sugerido, por parte de alguns elemen-

tos, a continuidade deste género de

atividades na escola, com maior regu-

laridade.

As

professoras coordenadoras do PE Maria da Graça Costa

Maria do Carmo Lopes

Dias da Cultura - de 11 a 15 de março de 2013

Exposição de instrumentos musicais do mundo

Esta atividade destinou-se à comuni-

dade educativa e decorreu de 11 a 15

de março, na Biblioteca Escolar, no

respetivo horário de funcionamento. A

professora de Educação Musical reali-

zou visitas orientadas à respetiva

exposição, com os alunos do quinto

ano, turmas A e B e do sexto ano,

Atuação dos alunos da Escola de Música da Banda Filarmónica 1º de

Janeiro, de Golegã

No dia 15 de março, no decorrer dos

Dias da Cultura, os alunos da Escola de

Música da Banda Filarmónica 1º de

Janeiro da Golegã procederam a uma

atuação musical bastante diversifica-

da, dirigida pelo Maestro Filipe Pinhei-

ro, com a colaboração de alguns músi-

cos que integram a referida Banda.

Esta atividade foi realizada no âmbito

do Plano de Ação do Projeto Educativo

- “O Sucesso Constrói-se”.

Com esta atividade pretende-se ir ao

encontro dos seguintes objetivos:

- Tornar a escola um espaço aberto à

Comunidade Educativa;

- Fomentar nos alunos o gosto pelo

saber e pelo aprender;

- Contribuir para manter viva a tradi-

ção/cultura popular;

- Proporcionar a ocupação dos tempos

livres dos alunos, de forma a evitar

comportamentos desviantes;

- Sensibilizar os alunos do 2º ciclo do

Ensino Básico para a aprendizagem de

um instrumento musical da Banda.