SÁBADO, 28 DE MARÇO DE 2015 PEDERNEIRAS HOJE MÁX 31º | MÍN 21º AMANHÃ MÁX 28º | MÍN 21º

EDIÇÃO Nº 11 / ANO 01

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Prefeito atende mais de 70 pessoas no Gabinete Itinerante

Unidade do Programa da Saúde da Família é reinaugurada no Antônio de Conti

Usuário de drogas entrega carro da esposa para traficante em Pederneiras

O prefeito Daniel Pereira de Camargo realizou o 1º Gabinete Itinerante do seu governo no bairro Cidade Nova. O evento aconteceu no domingo (22) e atraiu mais de 400 pessoas, segundo o coordenador da Defesa Civil, Sílvio Aparecido Bueno, até as 11h. O projeto estava previsto para terminar às 13h. Daniel Camargo levou todo o secretariado para atender os moradores na praça central do bairro. O prefeito, o chefe de gabinete Carlos Alberto Ottoboni Filho e a secretária de Assistência Social Iêda Maria Bertolini atenderam 71 pessoas. De acor-do com Camargo, a maioria da reivindicação foi moradia. “80% da população que nos procuraram queriam casas, terrenos para construir; eles precisam sair do aluguel, é isto que eu vejo e ouço da população de Pederneiras”. Leia na pág. 4

O contoreal do Mané!

SAÚDE

POLÍCIA

A Prefeitura Municipal de Pe-derneiras, através da Secretaria de Saúde, reinaugurou na sexta-feira (27), a Unidade Básica de Saúde (UBS) “PSF – Waldomiro Fernan-des Mateus”, no Núcleo Habitacio-

Dizem que cachorros se parecem com o dono, então, meu dono é como eu. Eu sou baixinho, barrigudinho e muito tranquilo. Leia na pág. 8

nal Antônio de Conti. De acordo com a secretária

municipal de Saúde Adriana Lean-drin da Silva, a unidade do Progra-ma da Saúde da Família do núcleo habitacional Antônio de Conti é

uma reestruturação, “ela foi refor-mada e teve uma melhoria do es-paço físico”.

Foram investidos R$ 141.300,00 na ampliação e reestru-turação completa do local. Pág. 5

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Chu Arroyo

Chu Arroyo

Pederneiras, 28 de março de 2015 Pedra de Fogo02

O jornal Pedra de Fogo é uma publicação de MARIA APPARECIDA RIBEIRO VALERO MEI

CNPJ: 21.984.870/0001-12 / Inscrição Municipal: 9426

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REDAÇÃO: Rua Siqueira Campos, S 297 - Centro - Pederneiras - SP

EditorChu Arroyo

DiagramaçãoPetter Paccola

ATENDIMENTO AO LEITOR: jornalpedradefogo@gmail.com

ARTIGO

CHARGE

A crise da falta d’água: a culpa também é do cidadão

A Revolta da Inteligência

OPINIÃO

Nos últimos meses, um dos assun-tos mais falados nas mídias de informação é a crise da falta d’água no país, com desta-que para o Estado de São Paulo e sua ca-pital, a cidade de São Paulo. Um problema que vem atingindo a população de forma direta, mas mesmo assim ainda não parece tão preocupante aos olhos de muitos cida-dãos de nosso país.

É notícia nos jornais que o volume hídrico registrado em 2013 foi um dos me-nores dos últimos tempos e que os níveis de chuvas não são os mesmos esperados em comparação a anos considerados nor-mais. Nesse caso, culpa-se a administração pública, que deveria ter melhor estudado e previsto a falta de chuvas, porém aquela não é a única responsável.

O aumento considerável da popula-ção nos últimos tempos também é fator responsável, a que se soma o crescimento urbano desordenado, com bairros inteiros construídos sobre mananciais, locais que deveriam ser protegidos, bem como a re-tirada da vegetação natural existente nas nascentes de água doce, para dar lugar à urbanização, entre outros, que deveriam ser dignos de atenção especial, o que não aconteceu. São questões em que não é só a administração o agente responsável.

Hoje se enfrenta uma das maio-res crises hídricas dos últimos 80 anos, e o pior sentimento é que tal fato poderia ter sido evitado com simples planejamen-to e administração do governo e demais responsáveis pelo abastecimento de água, além da consciência sustentável do cidadão. O pensamento preservacionista e a cons-cientização são meios que devem ser mais explorados até mesmo por nós, população, que vivemos em áreas urbanas e necessita-mos da água para viver.

A situação ficou crítica e preocu-pante em meados de agosto do ano passa-do, quando moradores da capital relataram estar passando por um racionamento de água não comunicado previamente à popu-lação e que se estende até os dias atuais. A aplicação de tal medida foi negada pelo governador do Estado em várias entrevis-tas, alegando desconhecimento do fato. Al-guém se lembra do que começou a ser a “preocupação priorizada” nessa época? Se a resposta foi “Eleições 2014”, acertou.

A falta de água, ou a crise hídrica, como está sendo noticiada, não atinge só o Estado de São Paulo, mas também Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ela poderia ter sido prevista, aliás, ela foi atribuída a mudanças climáticas por influência do comportamento humano, e isso não nos é novidade, pois a comunidade mundial já a previra e vem buscando medidas há mais de 20 anos. Basta relembrar, dentre outras medidas, a reunião de lideranças mun-diais e assinaturas de acordos de cooperação para redução de impactos ambientais, como foi o Protocolo de Kyoto, e a Rio mais 20; porém, apesar de alertados, nossos adminis-tradores não se preocuparam em agir.

A falta de comprometimento ético dos políticos em assumir erros e informar a real situação à população, independente do clima pré-eleição, chega a ser desuma-na, sobretudo nesse cenário de falta de um bem essencial à vida. A despeito disso, vá-rios dos grandes responsáveis se mantêm no poder graças ao maior lesado, a própria população, que insiste em exercer sua cida-dania de forma despreocupada.

Há estimativas otimistas de que, em pouco tempo, a situação da água venha a

Há duas espécies de revolta: a revolta violenta, que é mera reação, sem inteligên-cia, contra a ordem vigente, e a profunda revolta psicológica da inteligência. Muitos se revoltam contra velhas ortodoxias só para caírem em outras novas, em novas ilusões e secretas concessões aos próprios apetites. O que em geral acontece é que nos desligamos de um grupo ou conjunto de ideais e ingressamos noutro grupo, ado-tamos outros ideais, criando novo padrão de pensamento contra o qual nos revoltamos outra vez. Toda reação gera oposição, e toda reforma cria a necessidade de novas refor-mas. Krishnamurti

Vamos ser sinceros e falar e ou-vir verdades? Já é momento para você se descobrir, se autoconhecer ou você prefere continuar onde está, gastando o tempo, jogando conversa fora, em sua rotina diária de desespero silencioso?

Tudo nasce na primeira mentira, o eu condicionado. Começamos a ser con-dicionados assim que nascemos. Condi-cionados pelos nossos pais e pela cultu-ra. Vivemos em uma sociedade medíocre, e a educação que recebemos se resume a um treinamento para viver nessa socie-dade. Esse treinamento erroneamente chamado “educação” leva à padroniza-ção do ser humano. A padronização leva à mediocridade. Não há na educação convencional estímulo suficiente ao de-senvolvimento da inteligência que leve o ser humano a questionar a própria exis-tência e evoluir, ao contrário conduz ao uso da inteligência superficial, mecânica, que é o próprio embotamento mental.

O primeiro passo desse processo se inicia quando se promove na criança a insegurança e a dependência pela ne-gação do amor. A partir daí é instalado o programa “como viver em sociedade sem questionar o sistema”. Em função disso a criança dependente vai se tornar um adulto medíocre, quase sempre ajus-

estabilizar-se graças à função das chuvas e a medidas paliativas (e desesperadas de úl-timos recursos) que vêm sendo tomadas. Depois disso, a esperança encontra-se na continuidade das chuvas, que mal podem ser previstas com segurança. Informações otimistas deixam alguns mais “relaxados”, o que é um erro, pois a consciência do cida-dão não pode aparecer apenas em épocas de crise. Se medidas preventivas já fizessem parte da rotina da população, talvez situa-ções como esta não aconteceriam.

Em minha opinião, a conscientização humana sobre o problema atual da falta d’água e a participação de cada um em ações efetivas pode não ser a solução, mas podem concorrer para a melhoria da situ-ação atual, pois não adianta só reclamar se não fizermos a nossa parte.

Culpar os gestores não é errado até porque muito dessa situação é culpa da ad-ministração, por falhas em suas propostas administrativas, mas não se pode atribuir total responsabilidade aos governantes e eximir-se da responsabilidade como cida-dão. Não é só de direitos que vive a po-pulação, e isso já deveria estar claro. Afinal, direito é uma regra social que implica ter deveres também.

Medidas simples que contribuem significativamente para o uso consciente da água, como fechar uma torneira no ato de uma escovação de dentes ou barbear-se, chuveiro desligado no ato do ensaboar, quintais e carros lavados com intervalos longos, manutenção das torneiras da casa, entre outras. E estas são geralmente ig-noradas, quando deveriam ser rotina. Isso evitaria a necessidade de algumas medidas que estão sendo adotadas em busca da contenção dos gastos excessivos de água, como a aplicação de multas aos “gastões”, ou incentivos em forma de descontos nas contas para quem gastar menos.

As medidas conscientes de econo-mia da água são alternativas e emergenciais, mas o cidadão ainda não percebeu que, in-dependente do interesse econômico, esta-mos tratando de algo essencial à vida de todos. Parece que a matemática simples se torna física quântica aos olhos do cidadão, que parece ser incapaz de incorporar tais medidas ao seu estilo de vida.

A nossa água está na “UTI” – e, sem o devido investimento nas obras preven-tivas necessárias nos sistemas de abaste-cimento e sem o comprometimento do consumidor (nós) em entender a real im-portância desse bem comum ela morrerá e levará consigo muitos. O problema en-frentando não se limita a São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; a preocupação é geral, e a luta é pela sobrevivência. A admi-nistração precisa fazer a sua parte, mas nós também. Apontar o erro do outro é fácil; reconhecer os nossos é mais difícil, mas é um ato de nobreza espiritual.

Por Luiz Fernando Pavan, Acadêmico do curso de Administração da UFMS – Campus de Três Lagoas/MS. E-mail:fernando.pvn@gmail.com

e Neri Tisott, Mestre em Direito pelo Centro Universitário de Maringá/PR; foi professor substituto na UFMS – Campus de Três Lagoas/MS é professor do curso de Direito das Faculdades Integradas de Cacoal/RO. E-mail:ner.yt@hotmail.com

Por Manoel Carlos Rubira, autor do livro “Conexão natural com a vida – práticas de retorno ao eu verdadeiro”, é professor, escritor, palestrante e estudioso da mente e da consciência.

tado ao sistema, em permanente busca de segurança e conforto.

O mercado oferece todo o tipo de narcotização, através das mídias, da alimentação e de drogas legais para que as pessoas aceitem e se conformem com esse modo de vida. Os poucos que não se conformam a essa vida insatisfatória e repleta de injustiça, buscam uma saída através da revolta.

Há a revolta violenta que é mera re-ação inconsciente, através do crime e do banditismo, que promove muito sofrimen-to, mas deixa a classe que detêm o poder intocado e a revolta política mais inteligen-te e organizada, que quer implantar algo novo usando a velha inteligência. É o caso dos regimes opressores de esquerda, tão ou mais cruéis e violentos que os regimes opressores de direita.

Essa constatação leva aos conforma-dos que vivem em relativa zona de con-forto a dizerem aos inconformados que buscam a justiça para todos: “a sua revolta não vai dar em nada, a vida é assim mesmo, sempre foi e sempre será assim”, perpetu-ando a vida insatisfatória e predatória da natureza, que levará ao consumismo e ao egoísmo exagerado à destruição do plane-ta, isto é, ao fim de todos nós.

Mas há a única revolução possível, a revolução da inteligência, que é a des-programação mental do velho sistema instalado na infância. A verdadeira edu-cação que propicia ao ser humano a li-berdade de ser o que é, promovendo sua vocação e suas habilidades, libertando o ser humano das garras da vida medíocre, voltada ao trabalho alienado e ao consu-mo exagerado e predatório das relações e da natureza como objetivo de vida.

Pederneiras, 28 de março de 2015Pedra de Fogo 03

PEDERNEIRAS

O professor Marildo Ruiz, um dos mentores do grupo União e Ci-dadania, junto com o projeto Escola Dinah de Moraes e Seixas, está organizando uma festa solidária e pretende entregar mais de 1.500 ovos de Páscoa para as crianças do Cidade Nova.

Vidraça e estilingue

DENÚNCIA VAZIAA direita mortadela, que segun-

do o professor Marildo Ruiz é formada por um vereador honesto, outro cama-rista burro e parlamentar ladrão, estava afiada em cobrar a situação na última sessão ordinária de segunda-feira (23). Os tucanos colocaram em sua pauta até uma denúncia vazia disfarçada de co-moção social, usando alguns moradores das casas no bairro Maria Elena para a população de baixa renda, que conse-guiram uma moradia a custo zero, num dos programas Minha Casa Minha Vida.

DEU NO THE GUARDIANAliás, a estratégia do novo mo-

ralismo tucano começou na passeata de protestos contra a presidente Dilma Rou-ssef, que aconteceu em todo o Brasil no último dia 15, reunindo pessoas “mais ve-lhas, mais brancas e mais ricas”, segundo o jornal “The Guardian”.

ATO POLÍTICOEm Pederneiras não foi desigual.

De diferente, em Pederneiras, foi o ato cívico, que se tornou ato político. Zé da Purina, que já disse (será mentira?) que não era mais presidente do PSDB local e nem candidato a prefeito e os vereadores Zezé Pegatin e Mauro Soldado encampa-ram os protestos. De acordo com a boca pequena, o empresário Zé da Purina pu-xou o evento, inclusive pagando o som e comprando os apitos que foram distribu-ídos.

O ALERTA ALERTOUDe acordo com o editor-execu-

tivo da Detsche Welle-Brasil, protestar contra a corrupção generalizada de olho apenas no Executivo e na figura da presi-dente ou é muita ingenuidade política ou faz parte de um jogo sujo condenável e noviço ao desenvolvimento da democra-cia brasileira. Ainda de acordo com o edi-tor da DW, é no Legislativo que estão os principais acusados de tirar proveito dos esquemas de corrupção, e pergunta, por que eles não foram, também, alvos dos protestos? O radialista Emerson Tavares compartilhou opinião parecida do execu-tivo da DW no Programa Alerta.

MORALISMO TUCANOMuitas pessoas que foram ao

protesto em Pederneiras abandonaram a ideia e não seguiram o cortejo ao perce-berem que o ato apartidário seria coman-dado pelo PSDB local. Agora o gozado é a direita mortadela participar de um ato onde se pede a lisura dos políticos, ou seja, a transparência e honestidade dos políti-cos. O vereador Zezé Pegatin, que usou a sua mulher como funcionária fantasma do ex-deputado Arnaldo Jardim por mais de dois anos, para receber a bagatela, o último salário era de R$ 3.970, é um dos exem-plos da lisura e do moralismo tucano local.

RAMPASO vereador Mauro soldado tem

como principal bandeira a defesa da aces-sibilidade e o respeito ao deficiente. O ve-reador tucano fez uma indicação para que a Prefeitura tome providências contra ram-pas nas calçadas para facilitar a entrada de carros, dificultando a acessibilidade de pes-soas com mobilidade reduzida, interrom-pendo as passagens de pedestres. Segundo Mauro, ele tem observado essas rampas em várias residências de Pederneiras. Para ele, há necessidade que se tome providên-cias, porque são proibidas essas rampas e que são muitas as queixas.

TROPEÇOMauro soldado, que segundo o pro-

fessor Marildo seria o tucano honesto, na verdade, não passe de um grande demagogo. A calçada da residência do Mauro contraria todas as regras de acessibilidade ao meio físi-co do deficiente, com degraus e rampas, além de uma inclinação absurda e obstáculos na calçada. O desabafo-denúncia foi feita por um vereador no Júnior Pizzaria, local aonde al-guns vereadores se reúnem após as sessões.

SÓ ALARDEO vereador pop pipoca Chapéu sem-

pre polemizando. Desta vez é com o seu nobre colega vereador Willian. Nas duas úl-timas sessões, os parlamentares andaram se estranhando. Willian disse que o Chapéu faz alarde e não vai atrás de resolver os assuntos de fato, ele vai para rádio ou no seu carro de som, sempre fazendo alarde.

PANCADÕESChapéu conseguiu até provocar o

seu colega tucano Mauro soldado, que dis-cordaram sobre o chamado paredão de som. Apesar de falar que ia votar favorável, Cha-péu acha que há de haver um local para a

moçada curtir seus pancadões. Mauro disse que é meia dúzia de vândalos que prejudicam o sossego dos moradores. Mauro falou que tem que ter locais de lazeres para os jovens, mas no caso dos pancadões é diferente...

FUMÓDROMOWillian foi do lado de Mauro e que se

o projeto virar lei (e virou), não pode haver lo-cal onde a lei não possa ser cumprida, seja no Centro ou no Parque Ecológico, dizendo que não se deve ter um espaço nenhum imune à lei, caso contrário, daqui uns dias tem que ter lu-gar para a galera fumar maconha. Zezé Pegatin defendeu chapéu, disse que tem que ter uma área para os jovens, mas não falou nada sobre o fumódromo de marijuana.

CANTINHO DOS JOVENSChapéu, jogando para mães face-

buquianas que supostamente acompanha-vam a sessão pela internet, politicamente lamentou que os jovens não tivessem es-paço nesta administração e colocou em xeque os vereadores que foram contra o “cantinho dos jovens”, espaço como ele mesmo definiu para curtir pancadões, na-morar e... Sobre dar uns pegas, Chapéu não falou nada.

ELOQUENTEWillian chamou o vereador cha-

péu de eloqüente. Ele se direcionou às mesmas mães que supostamente acom-panhavam a sessão, afirmando que quan-do jovens se reúnem em quebradas para ouvir um som, rola um baseado, rola uís-que, rola sexo... “Então, essa coisa dema-gógica que o vereador Chapéu quis falar, fazer política com as mães, vai contrário à proteção à família, que nós queremos, porque ninguém escuta som alto rezan-do Ave Maria, ninguém escuta som alto rezando o Pai Nosso, ele escuta falando sobre sexo, sobre drogas e rock’n’roll”. Willian falou que já foi jovem, sim, e sabe o que rola nesses lugares.

ESDRÚXULOE virou para Chapéu e disse:

“Vossa Excelência tem vergonha de fa-lar sobre isso, mas eu vi, eu sei o que rola de quebradas por trás dessa coisa de som, então, não tem que autorizar nada”. Willian disse que estava falando com a família e não estava preocupado com reeleição, como muitas pessoas vêm fazendo demagogia. E pediu ainda para as mães não se enganarem com pa-lavras esdrúxulas de pessoas que estão apenas preocupadas com o seu voto, não estão preocupados com seu filho.

UNANIMIDADEO projeto de Mauro foi aprova-

do por unanimidade. Mas sem o “canti-nho dos jovens”, como queria o verea-dor Chapéu.

ESTRATÉGIA POPULISTAChapéu, no começo do ano, in-

citou mães a comparecerem à Câmara para reclamarem do transporte escolar das crianças. Na sessão passada, o filme se repetiu, mas desta vez os protagonistas foram famílias em vulnerabilidade social.

QUEM VIVER VERÁWillian, disse que os políticos lá de

Brasília, “estão caindo muitas máscaras”, e com o tempo, nós vamos ver, as pessoas usam gente de menores posses para se projetar e eu vejo isso muito próximo de mim acontecendo...

HERESIAChapéu disse que Deus vai agrade-

cer de ele ser vereador.

MUDANDO DE ASSUNTOO empresário pederneirense Se-

bastião Carlos Gonçalves de Lima (Lele-co) recebeu, na noite de ontem, o título de Cidadão Bauruense da Câmara Muni-cipal de Bauru, é claro.

Pederneiras, 28 de março de 2015 Pedra de Fogo04

PEDERNEIRAS

Daniel Camargo atendeu pacientemente todos os moradores do bairro Cidade Nova que o procuraram; o prefeito não deixou de ouvir ninguém, foi abordado até na saída do banheiro

Prefeito atende mais de 70 pessoas com o “Gabinete Itinerante”

Chu Arroyo/ Pedra de FogoO prefeito Daniel Pereira de

Camargo realizou o 1º Gabinete Iti-nerante do seu governo no bairro Cidade Nova. O evento aconteceu no domingo (22) e atraiu mais de 400 pessoas, segundo o coordenador da Defesa Civil, Sílvio Aparecido Bueno, até as 11h. O projeto estava previsto para terminar às 13h.

Daniel Camargo levou todo o secretariado para atender os mo-radores na praça central do bairro. Junto com o Gabinete Itinerante, também foi realizado o Domingo So-lidário, projeto da Secretaria Munici-pal de Desenvolvimento e Assistência Social, com barracas de prestações de serviços, como teste de diabetes, aferimento de pressão arterial, orien-tações médicas e saúde bucal, cortes de cabelos, manicure, curso de artesa-nato, brinquedos infláveis, apresenta-ções musicais, pipocas e algodão doce.

O prefeito Daniel Camargo, o chefe de gabinete Carlos Alberto Ottoboni Filho e a secretária de As-sistência Social Iêda Maria Bertolini atenderam 71 pessoas. De acordo com Camargo, a maioria da reivindi-cação foi moradia. “80% da população que nos procuraram queriam casas, terrenos para construir; eles preci-sam sair do aluguel, é isto que eu vejo e ouço da população de Pederneiras”.

O prefeito afirmou que sua ad-ministração conseguiu muitas casas nesses 2 anos e meio. ”Já entrega-mos, praticamente, quase 400 casas do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo Federal, e esta-mos para entregar dentro de alguns meses mais 500 casas do MCMV. Da Companhia de Desenvolvimento Ha-bitacional e Urbano (CDHU), do go-verno do Estado de São Paulo, foram 60 moradias e vamos entregar mais 80 casas até julho, sem contar que já estão aprovadas mais 120 residências do CDHU para Pederneiras.

Daniel Camargo disse que nin-guém foi pedir para que o prefeito pagasse contas de água ou energia, mesmo porque não era esta a fina-lidade. “O pessoal pediu casa, um ou outro com algum problema de saúde, alguém reivindicou para melhorar a rua, uma limpeza, uma coleta de lixo”.

Para o prefeito, o 1º Gabinete Itinerante superou as expectativas e é uma forma mais participativa de go-vernar. “Eu também atendo todas as terças-feiras a população lá na Prefei-tura, mas, às vezes, a pessoa tem que trabalhar e não pode procurar o pre-feito para fazer sua reivindicação”.

Daniel Camargo disse que o projeto Gabinete Itinerante vai con-tinuar. “Estou em contato com a po-pulação e aberto para receber os moradores de Pederneiras, eles estão vindo, estou sentindo, então, proble-mas vamos ter, mas eu não estou em campanha, não estou em ano eleitoral, vou trabalhar o ano inteiro, vou estar

em todos os bairros e em todos os distritos atendendo cada munícipe que me procurar”.

Segundo Iêda Bertolini, esse foi o primeiro Gabinete Itinerante com o projeto Domingo Solidário, agora a gen-te já tem um cronograma para todo o ano, serão de 10 a 11, um por mês, em cada bairro, inclusive distritos. Todos os

eventos serão com essa infraestrutura, o próximo é no distrito de Guainás, dia 12 de abril, depois em Vanglória, em maio, e Santelmo em junho.

O prefeito Daniel Camargo encerrou dizendo que vai continuar trabalhando: “quero o melhor para a cidade, a gente tem muitos projetos para serem concretizados ainda”.

Chu Arroyo

Chu Arroyo

Pederneiras, 28 de março de 2015Pedra de Fogo 05

PEDERNEIRAS

Chu Arroyo/Pedra de FogoA Prefeitura Municipal de Peder-

neiras, através da Secretaria de Saúde, rei-naugurou na sexta-feira (27), a Unidade Básica de Saúde (UBS) “PSF – Waldomiro Fernandes Mateus”, no Núcleo Habita-cional Antônio de Conti.

Estiveram presentes o prefeito Daniel Pereira de Camargo, o vice-pre-feito Juarez Solana de Freitas, a ex-pre-feita Ivana Camarinha, o presidente da Câmara Adriano Camargo Alves e vereadores, a secretária municipal de Saúde Adriana Leandrin da Silva e fami-liares do ex-prefeito Waldomiro Fer-nandes Mateus, o homenageado.

De acordo com a secretária muni-cipal de Saúde Adriana Leandrin da Silva, a unidade do Programa da Saúde da Família do núcleo habitacional Antônio de Conti é uma reestruturação, “ela foi reformada e teve uma melhoria do espaço físico”.

Foram investidos R$ 141.300,00 na ampliação e reestruturação com-pleta do local. Parte do recurso, cerca de R$ 70.578,00, foi destinado pelo Programa de Readequação de UBS do Ministério da Saúde. O restante, R$ 70.722,00, foi investimento próprio da Prefeitura de Pederneiras, informa a as-sessoria de imprensa.

“Assumimos o compromisso de re-estruturar todas as nossas unidades de saú-de. Estamos cumprindo esse compromisso com a população de cada bairro e distrito, melhorando, ampliando e tornando mais digno o atendimento da saúde pública nos bairros”, afirma o prefeito de Pederneiras, Daniel Pereira de Camargo.

Ainda de acordo com Adriana, “a UBS foi remodelada e está capacitada para atender duas unidades do Programa Saúde da Família (PSF) no mesmo lugar, vamos ter duas médicas do PSF, uma mé-dica cubana, Dra. Tânia, e a médica que já trabalhava lá na unidade, Dra. Déia, com expectativa de atender 6.000 pessoas, a área de abrangência era de 4 mil e vai para 6 mil pessoas”.

A secretária de saúde explica que a reforma da unidade de saúde do An-

Prefeitura entrega Unidade do Programa da Saúde da Família no Antônio de Conti

tônio de Conti faz parte do programa que o Ministério da Saúde lançou em 2013. “Eu inscrevi todas as unidades do município e algumas foram beneficiadas e uma delas é esta que está sendo rei-naugurada”.

Conforme release distribuído pela assessoria da prefeitura, com exceção das unidades de saúde do Leonor Mendes de Barros e do Michel Neme, inauguradas em 2012, e da UBS do Assentamento Horto dos Aimorés, inaugurada em 2013, todas as outras 9 UBS municipais irão re-ceber investimentos.

Conforme a nota da Prefeitura, Camargo afirma que o seu governo está investindo cerca de R$ 1,5 milhão na reestruturação e ampliação das uni-dades. “Já inauguramos a UBS do Ma-ria Elena e a UBS de Vanglória. E, em abril, iremos inaugurar a UBS da Cida-de Nova que triplicou de tamanho, e o Centro do Homem, que é um local para cuidar com atenção especial da saúde dos homens da nossa cidade”.

Camargo falou à reportagem do Pedra de Fogo que a UBS da Cidade Nova, que vai ser entregue no próximo dia 11 de abril, teve um investimento de meio milhão de reais e terá dois médicos do Programa Saúde da família, dentistas, agentes de saúde para visitar os morado-res da Cidade Nova.

A secretária municipal de Saúde disse que UBS da Cidade Nova pratica-mente foi refeita, “uma reforma muito grande, o prédio ficou excelente, mui-to bonito e bastante prático, utilizável”. Adriana adiantou que na UBS do Cidade Nova também vai ter duas equipes de PSF, “com uma médico cubano, Dra. Ma-deleine, e um médico brasileiro, Dr. Raí, e vai atender 6 mil pessoas que abrange todo o bairro”.

O prefeito Daniel Camargo tam-bém autorizou, esta semana, a construção de um Centro de Referência à Assistên-cia Social (CRAS) no conjunto habitacio-nal Antônio de Conti.

Com Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Pederneiras

Prefeito Daniel Camargo, Ivana Camarinha, ex- prefeita, e demais auto-ridades na reinauguração da UBS-PSF “Waldomiro Fernandes Mateus”, em homenagem ao ex-prefeito de Pederneiras

O Ford/KA 2008 (similar ao modelo acima) foi devolvido à proprietária

Pederneiras, 28 de março de 2015 Pedra de Fogo06

POLÍCIA

Acidente deixa um morto e três gravemente feridos na SP-225

Usuário de drogas entrega carro da esposa para traficante

Um homem morreu e outras três pessoas ficaram gravemente feri-das em um acidente no início da noite de domingo (22). Os nomes das víti-mas não foram divulgados.

A ocorrência foi registrada às 19h10, na Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225). As quatro víti-mas estavam em um Gol, com pla-cas de Pederneiras, que transitava no sentido Jaú-Bauru.

Por motivos a serem esclareci-

Após consumir crack forneci-do por um traficante que já cumpriu pena pelo mesmo crime, um homem de 28 anos entregou o carro da es-posa como pagamento da dívida. O valor não foi informado e o criminoso foi preso após localização do veículo.

Segundo informações registra-das na Polícia Civil de Pederneiras, o usuário teria sido ameaçado pelo criminoso e entregue um recibo de compra e venda em branco. Uma ca-deirinha veicular para criança também foi no pacote.

Com os dados do veículo, equi-pes fizeram diligências em locais co-nhecidos como ponto de tráfico de drogas e o localizaram na rua Santo

O acidente foi regristrado no início da noite de domingo, 22, na SP-225

JCNetdos, no quilômetro 206, em um tre-cho de subida, o automóvel bateu na traseira de uma carreta. Desgoverna-do, o carro passou a descer em ré e acabou colidindo contra um ônibus que estava no acostamento.

Segundo o JCNet, um dos ocu-pantes do Gol morreu no local. Com ferimentos graves, dois homens e uma mulher foram encaminhados à Santa Casa de Pederneiras. Eles tiveram fra-turas, mas não correm risco de morte.

Cremasc, bairro Cidade Nova. Mar-celo Leite de Araújo, 31 anos, foi fla-grado ao descer do carro em frente à residência onde mora com o tio des-de quando deixou o sistema peniten-ciário há poucos meses.

Ainda de acordo com o registra-do em boletim de ocorrência (BO), o usuário teria confirmado consumir diversas porções de crack fornecidas pelo acusado.

Conduzidos ao Plantão Policial da cidade, a autoridade determinou a devolução do veículo, um Ford/KA 2008, e a cadeirinha à proprietária. Já o suspeito foi preso pelo crime de ex-torsão e conduzido à Cadeia Pública de Avaí, informou JCNet.

Imagem ilustrativa

Pederneiras, 28 de março de 2015 Pedra de Fogo08

CULTURA

O conto real do Mané!Já cantava Waldick Soriano, ape-

sar de eu ser um cão, não sou cachor-ro, não! Meu dono (existe isso?, meu dono?, orra, virei muito objeto, mulhé de malandro?) até que é um ser huma-no legal, sim, porque esses seres huma-nos nem parecem humanos, nem entre eles, imaginem com os cães.

Dizem que cachorros se parecem com o dono, então, meu dono é como eu. Eu sou baixinho, barrigudinho e mui-to tranquilo. Para eu parecer meu dono, só falta uma estrela do PT. Mas meu dono tem muita atenção com o seu Mané. Pois é, não é que ele, meu dono, colocou meu nome de Mané? Puxa vida, se fosse um nome imponente, bo-nito de ser latido, digo, pronunciado, po-deria até ser Manuel! Como na música de Lô Borges e Toninho Horta, “Manuel, o audaz”, ou como canta o Eddie Motta, “Manuel, foi pro céu” (melhor não, não quero ir para céu nenhum... melhor a música da Barca do Sol: “Quando a gente se encontrar, pode ser qualquer dia, assim como Manuel, dono da folia, rei do bordel”, He He He, digo, au au auuuu).Mas não, o mané do meu dono colocou meu nome de Mané. Mas va-mos relevar.

Como ia dizendo (melhor não se-ria latindo?), o meu dono percebeu que eu, já idoso, estava com algum problema sério, haja vista que eu já não latia nem para as gatinhas, ops, digo, cachorrinhas, as chamadas pets de madames, nem para qualquer vira lata, seja cadela, gata, carteiro ou outra raça de humano, de-masiado humano, como diria Nietzsche, que chorou abraçado a um cavalo que estava sendo chicotado... Mas como es-tava dizendo, meu dono resolveu me levar ao médico. Melhor, ele me levou numa médica veterinária. Cheguei lá, lu-gar bonito, limpo e uma doutora bonita (não se esqueçam que eu sou cachorro) disse que ia cuidar de mim com carinho. Eu já fiquei desconfiado pra cachorro e logo descobri que a beleza dela era só

para disfarçar o tamanho da agulha.Fui lá eu, com meu dono, na Pron-

to Vet. Uma clínica veterinária top, olha, nem parecia que era coisa de bichos, me senti em casa, aliás, a clínica é um empreendimento familiar. A médica ve-terinária Dra. Glaucia Maria Campeão Flauzino junto com sua colega Dra. Re-nata Cordolina Silva e seus respectivos maridos Ednei e Washington montaram um centro cirúrgico que é para cachor-ro nenhum botar defeito. Tem anes-tesia inalatória, monitoração cardíaca, ultrassonografia, inclusive dentária, RX, laboratório próprio e até ultrassom dentário, deve ser para o cachorro do Roberto Carlos, aquele do “meu ca-chorro me sorriu latindo”, au.

Bom, fui diagnosticado com cân-cer no intestino. Também saiu um cisto no meu escroto, que coisa mais escro-ta. A profissional da Pronto Vet fez uma cirurgia e a coisa escrota no escroto sumiu. Já o cancro no intestino, estou sendo tratado com quimioterapia, a coi-sa tá correndo bem, muito embora, às vezes, depois das sessões de quimio, re-corro ao manjado montinho de grama, que como porque fico com o estôma-go enjoado. Devia ter comido mais gra-ma na minha vida, porque ela melhora o trato intestinal e reduz o risco de cân-cer de intestino, mas agora já era. Bom, com grama, quimio, trato veterinário e recomendações médicas (pareço gen-te), acho que estou melhorando. Aliás, segundo decifro pelas feições e falas hu-manas da médica com meu dono, acho que não vou mais precisar fazer a tal da quimioterapia.

Depois da tempestade, vem à bonança. Assim espero, porque depois da notícia triste sobre meu estado, meu dono ficou meio borocoxô, mi-nha ilha (de carinho e companheiris-mo), a dona Malvina, e a ilhota, digo, filhota, a Martinha, também, todos fi-caram meio consternados. Senti até falta do meu dono sair para passear

aos domingos, buscar a Carta Capi-tal e ficar lendo as notícias políticas. A propósito, que coisa é essa do Cid Gomes latir no Congresso: “Larguem o osso, saiam do governo”? O que ele quis dizer além dessas claras palavras verdadeiras? Que os políticos ruins são cachorros? Lembro até do livro batuta “Confissões de um Vira-Lata”:

“Essa mania de chamar de ca-chorro ao que há de pior no mundo humano foi sempre, para mim, um osso no gogó.

Há cães que não ligam. Uns dão o maior desprezo. Ouvem com indiferen-ça o baixo insulto. Outros, infelizmente “comprados” pelo íntimo convívio com os homens, preferem não reagir. Fazem-se desentendidos. Acham mais negócio manter boas relações com exemplares dessa raça que lhes asseguram restos de comida e outras concessões que nos aviltam. Por esses, tenho quase nojo. Mereciam ser xingados de “homens”. Mas não vou tão longe. Eu compreen-do as fraquezas caninas. A luta pelo osso não é sopa...

Comigo, porém, homem não brinca!

Que não se use o sobrenome de Cachorro ou de Cão, pouco me impor-ta. O problema é do homem. Mas que nos usem o nome para qualificar o que há de pior entre os homens, isso eu já disse: não suporto.”

Falando em vira-lata, meu dono diz que sou um SRD (sem raça definida). Ele é meu dono, mas a dona dele ou do coração dele, diz que eu sou um beagle com vira. Vira-lata sou. Pela contagem dos homens devo ter doze ou quator-ze anos, sou quase um velho. Meu dono diz que tenho 13, acho que ele fala essa idade por causa do seu partido políti-co. Politicamente, acho que o homem é o melhor amigo do cão... Como diria Orígenes, o Lessa, autor do livro batu-ta citado acima, “o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas há milhões de cães pelo mundo a fora com um homem, ou toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como cães. Às vezes reconhecidos como gente”.

A clínica veterinária Pronto Vet é na Avenida Brasil, O-1370, no Michel Neme e atende também com hora marcada. Liga lá: 14 3284-5836.

A veterinária falou que ia cuidar de mim com carinho, fiquei desconfiado pra cachorro

Chu Arroyo