jornal mastologia em minas - 6ª edição

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Informativo da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Minas Gerais Janeiro/ Fevereiro/ Março/Abril 2016 -Edição 06 IMPRESSO Tela de Botticelli, “O Nascimento da Vênus” Páginas 5 e 8.

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Page 1: Jornal Mastologia em Minas - 6ª Edição

Informativoda Sociedade Brasileirade MastologiaRegional Minas Gerais

Janeiro/ Fevereiro/ Março/Abril 2016 -Edição 06

IMPRESSO

e o futuro

da MastologiaTela de Botticelli, “O Nascimento da Vênus”

Páginas 5 e 8.

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Expediente

Diretoria - Triênio: 2014 /2016PresidenteClécio Ênio Murta de LucenaVice- PresidenteWaldeir José de Almeida JúniorSecretárioVander José Ramalho Lima 2º SecretárioGustavo Lanza de Melo TesoureiraAnnamaria Massahud R. dos Santos 2º TesoureiroWilson Roberto BatistaDiretora CientíficaBárbara Pace Silva de AssisDiretor Defesa ProfissionalCristóvão Pinheiro Barros

Editoração da Revista:Start Comunicação e Marketing

Jornalista ResponsávelAílson Santos MTB 5239

DiagramaçãoMaira Hess

Secretária da SBM-MG(Assoc. Médica/ MG)Lays Fernanda OliveiraTel.: (31) 3247-1613

Sociedade Brasileira de Mastologia/MG

Associação Médica de Minas GeraisSociedade Brasileira de Mastologia -Regional MG

Av. João Pinheiro, 161 - Centro 30.130-180 BH/MGTelefone: (31) 3273-5788 - Fax: (31) 3273-1540

Escreva para o jornal: [email protected]

EspecialEditorial

Prezados colegas,

Iniciando esse último ano do nosso manda-to, mescla-se um sen-timento de angústia pela impossibilidade de conclusão de pro-jetos planejados como a elaboração do novo Estatuto da SBMMG e também o projeto de atualização do manual de condutas da nossa

sociedade. Por outro lado, nos orgulhamos de ver crescer o nome da Mastologia não apenas no cenário local, mas em todo o ter-ritório nacional.Apesar de toda a crise da institucionalida-de nacional e da sensação da inércia de im-portantes setores governamentais, frente a toda a turbulência política atual, jamais po-demos nos entregar a essa mesma parali-zação, buscando contrapor a tudo isto com ações e propostas resolutivas para os gra-ves problemas de saúde pública que insis-tem em dissolver a esperança da população brasileira, destacando-se aqui, as mulheres vitimadas pelo câncer de mama. Em con-sonância à aprovação da lei estadual (Lei 21.963/2016) que determina a realização

imediata da reconstrução mamária total ou parcial nessas pacientes, temos participado junto à SES e também na Comissão de Saú-de da ALMG para buscar soluções às defi-ciências atuais que impossibilitam o pronto atendimento dessa legislação vigente.Os nossos eventos científicos continuam em estruturação permanente, com manuten-ção da sua periodicidade necessária, tanto nas reuniões interdisciplinares, quanto nos eventos científicos organizados ou apoia-dos pela SBMMG. Além disso, temos inicia-do conversas para estruturação da Coope-rativa Médica da Mastologia, objetivando a formação de um alicerce para as decisões coletivas de pontos da atuação profissional de nós Mastologistas. Para isso, tornam-se fundamentais o apoio, o envolvimento e a participação de cada Mastologista da nossa regional.Dessa forma, alimentamos a convicção de um trabalho robusto e que busca caminhar em sinergismo com os interesses dessa es-pecialidade que torna-se cada vez mais gra-tificante e encantadora.

Um forte abraço a todos,

Clécio Lucena Presidente da SBM-MG

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Jornal Mastologia em Minas 3

A Anvisa reitera sua profunda preocupação em relação à Lei nº 13.269, que libera a produção e comercialização da substância Fosfoetanolamina, mesmo sem esse produto ter realizado os estudos clínicos capazes de comprovar sua eficácia e segurança e de não ter sido registrado na Agência, como todos os medicamentos em uso no País precisam ser. Essa exceção, concedida pela Lei nº 13.269, abre perigoso precedente porque afronta o sistema regulatório em vigor, que foi estabelecido pelo próprio Congresso Nacional, e pode trazer riscos sanitários importantes para nossa população.As exigências vigentes no Brasil para que um medicamento tenha sua produção e comercialização autorizadas são similares às que existem em todos os países desenvolvidos e visam garantir que o produto tenha sua qualidade, segurança e eficácia comprovadas, protegendo a saúde da população A Lei nº 13.269, em posição singular no cenário internacional, transforma em “medicamento” autorizado uma substância que não realizou quaisquer desses estudos. Pior ainda: colocada no mercado por força dessa Lei, a substância Fosfoetanolamina poderá estar completamente fora das ações de controle sanitário.Dessa maneira, quem assegurará ao consumidor que a substância que está adquirindo não é uma inescrupulosa falsificação? Quem garantirá que a quantidade da substância informada na embalagem é efetivamente a que existe no interior de cada cápsula? Como ter certeza

que no interior de cada cápsula existe apenas a Fosfoetanolamina, e não outras substâncias que poderão ser ingeridas sem que o consumidor saiba de sua existência? Na embalagem haverá data de fabricação e de validade e as informações que permitem identificar o lote produzido, em caso de ocorrerem eventos adversos? Haverá bula e nela poderá ser indicado que o paciente não deverá realizar o tratamento convencional contra o câncer? Na bula ou na embalagem poderá ser anunciado que a substância cura todos os tipos de câncer, mesmo sem haver qualquer comprovação científica para essa alegação? Se um paciente de câncer tomar a Fosfoetanolamina e não tiver seu câncer curado, a quem ele poderá responsabilizar? São essas perguntas que sintetizam alguns dos principais riscos a que poderão estar expostas as pessoas que consumirem a Fosfoetanolamina. Nos medicamentos registrados, essas informações são

Especial

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Esta publicação tem o patrocínio da Radiocare - Centro Avançado de Radioterapia, de Belo Horizonte

obrigatórias para proteger o consumidor.Por esses motivos, a Anvisa procurou colaborar em todos os debates realizados para alertar sobre a inadequação de se liberar medicamentos por meio de leis, contrariando as práticas de todos os países desenvolvidos e o próprio esforço do Brasil, que desde os anos 70 vem trabalhando na consolidação de um moderno ambiente regulatório, o que foi enormemente fortalecido com a aprovação, em 1999, da Lei Nº 9.782, que criou a Anvisa e definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.Ressalte-se que jamais foi protocolada, junto à Anvisa, qualquer solicitação de registro dessa substância, ou sequer de autorização, para realizar os ensaios clínicos que são internacionalmente considerados obrigatórios para todos os novos medicamentos. Caso houvesse, essa solicitação estaria no topo da nossa lista de análise, porque corresponderia aos critérios

de prioridade da Anvisa por tratar-se de um medicamento novo desenvolvido no Brasil.O que deveria se questionar sobre uma substância que foi desenvolvida há 20 anos são os motivos pelos quais seus produtores não tiveram a preocupação em fabricá-la em local autorizado para produzir medicamentos com qualidade, realizar os ensaios pré-clínicos e clínicos de acordo com os protocolos internacionais e, por fim, pedir seu registro.Por fim, é importante ressaltar que liberar medicamentos que não passaram pelos devidos critérios técnicos significa colocar em risco a saúde da população. A Anvisa analisará todas as medidas possíveis de serem adotadas para eliminar ou reduzir os riscos à saúde da população produzidos pela Lei nº 13.269.

Publicado em portal.anvisa.gov.br. Brasília - 14 de abril de 2016.

A SBM lança o Programa de Valorização ao Associado, que além de continuar o traba-lho que vem sendo realizado, desenvolverá novas ações e benefícios com o objetivo de ampliar ainda mais a representatividade da especialidade e fortificar o conhecimento de seus profissionais sócios. Mas antes de apresentar essas ações, a SBM gostaria de conhecer e ouvir a opinião e necessidades de seus associados. Sendo assim, uma pes-

quisa interna está sendo enviada a todos por um link via e-mail. São apenas dez questões. Para construirmos uma SBM cada vez mais forte, é fundamental que todos participem e dêem a sua opinião para chegarmos o mais próximo do que todos esperam desta enti-dade. Contamos com a participação de to-dos.

A SBM cada vez mais forte.

Notícias

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Jornal Mastologia em Minas 5

A Sociedade Brasileira de Mastologia reali-zará nos dias 23 e 24 de maio a 7ª edição do IBOHC - Curso Internacional de Oncoplastia Mamária, que acontece, em Orlando (EUA). Apesar de ocorrer no exterior, o curso será ministrado todo em português e proporcio-nará aos alunos a realização de procedimen-tos em cadáveres frescos, com aparência muito semelhante ao tecido vivo. O objetivo do curso é apresentar todas as técnicas oncoplásticas, com suas indicações e limites, de forma bastante prática, para que os alunos possam aprofundar os seus conhecimentos com o que há de mais atual

mundialmente.O curso contará com palestras dos profes-sores: Dr. Cícero Urban, Dr. Gustavo Zucca--Matthes e Dr. Mauricio Resende e tem como objetivo aprofundar o conhecimento das mais recentes técnicas oncoplásticas, suas indicações e limites, de forma prática para o tratamento do câncer mamário.O evento nessa edição concederá descontos especiais para associados da Sociedade Bra-sileira de Mastologia.

Inscreva-se em: http://sbmastologia.com.br

Notícias

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Saiu na Mídia

Pesquisadores da Universidade de São Pau-lo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos(UFSCar) desenvolveram um método de diagnosticar a predisposição genética para o câncer de mama em mulheres e ho-mens.Atualmente, o diagnóstico é possível por exames como o realizado pela atriz Angelina Jolie em 2013, mas são opções caras e o de-safio dos cientistas da USP de São Carlos e da UFSCar de Araras era criar um teste bara-to. O resultado foi um protótipo que permite exames a um custo estimado de R$ 70.

Sensor

Após dois anos de estudo, os pesquisadores chegaram a um sensor aparentemente sim-ples, que revela mutações em um cromosso-mo específico.“Essa mutação acontece em um gene co-nhecido como gene BRCO1. É um gene já bastante conhecido em relação a mutações relacionadas à predisposição ao câncer de mama e ao câncer de ovário”, explicou a pesquisadora Laís Ribovski, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).O sensor é formado por um bastão com um condutor elétrico e um disco de ouro de 2 mm na ponta. Uma amostra de sangue ou saliva é colocada em contato com o eletro-do e, se as partes não se juntarem naque-le desenho clássico do DNA, a dupla hélice, significa que a pessoa não tem a mutação, não tem o defeito genético. Mas, se os frag-mentos se juntarem, existe a tendência a de-senvolver a doença.“Depositamos a patente neste ano e a gente

espera que haja o interesse de alguma in-dústria ou mesmo laboratório que se inte-resse em comprar essa patente ou investir no desenvolvimento da patente para a gente ter um protótipo para poder aplicar ao mer-cado”, afirmou o professor Bruno Janegitz, integrante do Laboratório de Sensores, Na-nomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) da UFSCar.

Diagnóstico

Para o médico oncologista Luiz Gazzi é mui-to importante saber se a mulher tem ou não a mutação genética. O ideal é confirmar a predisposição para que a paciente tenha um acompanhamento especial.“Detectar o tumor precocemente, e isso é válido para qualquer tipo de tumor, é im-portante para que nós possamos aumentar a chance de cura”, disse.

Pesquisa foi desenvolvida por cientistas de São Carlos e de Araras. Aparelho indica se pacientes podem desenvolver tumores na mama.

Sensor é estruturado por um bastão com con-dutor elétrico e disco de ouro (Foto: Reprodu-ção/EPTV)

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Na pele

A aposentada Valmira da Cruz conviveu com a doença. Depois de sentir fortes dores, ela procurou um médico e descobriu o tumor no seio. “Eu passei por oito químios, fiz a ci-rurgia da retirada da mama, depois eu fiz 28 [sessões] de rádio”, contou.

Com a notícia dos avanços na pesquisa, a neta dela, que ajudou durante todo o trata-mento, vê a tecnologia como um alívio. “É ótimo saber que antes mesmo a gente já pode se prevenir, se cuidar para não ter esse avanço na doença”, afirmou a estudante Ana Laura da Cruz Maduro.Fonte: Publicado no site G1 em 18/04/2016

AÇÃO ABORDAGEM RESULTADOS PAUTA – Dia Nacional da Mamografia

Texto informativo aborda a importância da realização do exame a partir dos 40 anos, alertando também sobre a qualidade e estrutura das mamografias pelo país. Sugestão de entrevista com Dr. Clécio e Dra. Annamaria Massahud.

3/02 – Estado de Minas/ Suplementos 4/02 – TV Globo/ MGTV 1ª edição 4/02 – Rádio Inconfidência AM 880 4/02 – BH News/ Revista BH News 10/02 – TV Rede Super/ De tudo um pouco

ARTIGO – Mamografia pode salvar vidas

Texto aborda a importância da realização do exame a partir dos 40 anos, alertando também sobre a qualidade e estrutura das mamografias pelo país.

10/02 – Estado de Minas / Opinião

ARTIGO – DIA DA MULHER - Saúde da mulher em xeque

Texto opinativo assinado pela Dra. Annamaria Massahud revela dados do câncer no país e aponta cuidados que a mulher pode ter para evitar a doença.

14/03 – Hoje em Dia / Opinião

PAUTA – Reposição Hormonal e câncer

Texto faz alerta sobre riscos da reposição hormonal no início da menopausa.

15/04- TV BH News / Redação BH News - Entrevista concedida ao vivo pelo Valdeir

PAUTA – Entraves para reconstrução de mama no SUS

Texto aponta e debate soluções para as dificuldades e desafios que o Sistema Único de Saúde ainda enfrenta para atender todas as demandas de reconstrução de mama

19/04 – Rádio Inconfidência am / Conexão Inconfidência - Entrevista concedida ao vivo

PAUTA – Desenvolvimento mamário

Texto aborda o desenvolvimento mamário na adolescência.

11/03 – BH News/ Revista BH News ENTREVISTA –

Importância do diagnóstico precoce do câncer

Texto sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, tendo como exemplo o caso da Jornalista Elaine Bast.

14/03 – Rádio Alvorada FM / Ciência em Foco - entrevista concedida.

ENTREVISTA – Uso da fosfoetanolamina / Pílula do câncer

Entrevista com membros da diretoria sobre o posicionamento da SBM em relação à “pílula do câncer” e a possibilidade do medicamento ser comercializado como suplemento alimentar.

31/03 – Band News/ Jornalismo – Entrevista concedida ao vivo pelo Dr. Alexandre Barra.

O Tempo /Cidades - Cirurgia reconstrutiva da mama TV Bandeirantes / Jornal Band MG

Entrevista com membros da SBM para esclarecer dúvidas sobre a cirurgia de reconstrução de mama.

7/04 – Entrevista concedida por Clécio Lucena 11/04 – Entrevista concedida por Clécio Lucena na Santa Casa.

Saiu na Mídia

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Abstract

We analysed whole-genome sequences of 560 breast cancers to advance understanding of the driver mutations conferring clonal ad-vantage and the mutational processes gene-rating somatic mutations. We found that 93 protein-coding cancer genes carried proba-ble driver mutations. Some non-coding re-gions exhibited high mutation frequencies, but most have distinctive structural features probably causing elevated mutation rates and do not contain driver mutations. Mu-tational signature analysis was extended to genome rearrangements and revealed twel-

ve base substitution and six rearrangement signatures. Three rearrangement signatu-res, characterized by tandem duplications or deletions, appear associated with defective homologous-recombination-based DNA re-pair: one with deficient BRCA1 function, ano-ther with deficient BRCA1 or BRCA2 function, the cause of the third is unknown. This analy-sis of all classes of somatic mutation across exons, introns and intergenic regions highli-ghts the repertoire of cancer genes and mu-tational processes operating, and progresses towards a comprehensive account of the so-matic genetic basis of breast cancer.

Considerado por muitos como um marco atual da Mastologia Brasileira, a publicação do livro texto Oncoplastia e Reconstrução Mamária, tendo como Editores, Clécio Luce-na, Régis Paulinelli e José Luiz Pedrini, e com participação de vários Mastologistas nacio-nais e internacionais, torna-se a primeira pu-blicação brasileira escrita por Mastologistas e voltada sobretudo para esses especialistas.Talvez pela complexidade cirúrgica ou por serem técnicas ainda recentes e em evolu-ção, a formação e o domínio específico des-ses procedimentos precisam ser aprimora-dos em todo o mundo. O conhecimento téc-nico em Oncoplastia e Reconstrução Mamá-ria necessita ser difundido amplamente para que esses avanços não seja um privilégio de poucos doentes, mas realmente uma parte integral e rotineira do tratamento do câncer de mama.

Oncoplastia e Reconstrução Mamária

Landscape of somatic mutations in 560 breast cancer whole-genome sequences