jornal laboratório (5º semestre fasb)

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8 dezembro/2009 cultura Repórter TONI OLIVEIRA E tradição na semana santa católi- cos relembrarem com encenação os úl- timos passos de Jesus até a sua morte na cruz. Em Barreiras, o grupo de jo- vens Juventude Reunido ao Amor de Cristo (JURAC) realiza há 26 anos esse espetáculo pelas ruas da cidade, e faz com que as pessoas se emocionem e reflitam sobre a data religiosa. De acordo com o diretor, produtor e ator Juliano Francisco de Jesus as pri- meiras apresentações tinham apenas 6 atores, hoje conta com aproximada- mente 50 integrantes nas apresentações das cenas, e mais 10 pessoas de apoio responsáveis pelas montagens de ce- nários e figurinos. “É bom ver que a maioria dos componentes do grupo são jovens e que eles se dedicam totalmen- te’, diz, deixando claro que a tradição de celebrar a data pode durar muitos anos na região. Mesmo com as dificuldades de rea- lizar este tipo de evento, Juliano gostou do resultado, ao ver que as pessoas en- tenderam a mensagem, e a cada apre- sentação ficarem adeptos às apresenta- ções. Perguntado qual a sensação de atu- ar e contar uma história milenar, Ju- liano diz: “é satisfatório e ao mesmo tempo emocionante participar de um momento muito especial, que foi a pro- va do amor de Cristo para com a hu- manidade. “O grupo espera que esta tradição não venha ser esquecida pela popula- ção, até porque com a chegada de ou- tras culturas na região, o evento tende D’ARTAGNAN NASCIMENTO Criada há 13 anos, a escola de mú- sica Antonino Sampaio, localizada no Centro Cultural Rivelino Carvalho, em Barreiras, já formou cerca de 30 músicos e artistas. No local já foram apresentadas várias peças teatrais incluindo um musi- cal representando a vida do cantor Raul Seixas, e do humorista Nairon Barreto que se apresentou com o personagem Zé Lezin, (Escola do professor Raimundo da TV Globo), trazendo para o teatro um número expressivo de pessoas. Antes da alteração do nome, o Centro Cultural era utilizado para apresentações públicas e privadas. Com a mudança, as regras para a locação também foram revistas. Para as peças teatrais e eventos de cunho público que não vislumbram lucro, o local continua sendo disponibili- zado sem custo nenhum de aluguel. para os eventos que envolvem retorno fi- nanceiro só podem ser realizados na casa se houver contrapartida de responsabili- dade social. Se uma companhia de teatro quiser Jovens do Bairro Vila Amorim anualmente se organizam para encenação dos últimos momentos da vida de Jesus Cristo. 26 anos de fé e tradição 20kg nas costas RANIERE LACERDA, REPRESENTOU CRISTO CARREGANDO UMA CRUZ POR 6KM. A comunidade acompanha trajetória da encenação da Via Sacra. JOANEY TANCREDO mesmo sem apoio, o som ecoa nos corredores do centro cultural de Barreiras. O som não pode parar. D’ARTAGNAN NASCIMENTO usar o ambiente para apresentar uma peça cujo público são alunos de esco- las particulares, por exemplo, não há problema, desde que a cada duas apre- sentações, uma seja feita para alunos de escolas públicas. O sistema para empre- sas privadas que desejam locar o espaço é parecido. A partir do momento que o palco do centro é disponibilizado, essas instituições se comprometem a doar uma determinada quantidade de alimentos que, posteriormente, será encaminhada a entidades carentes de Barreiras. Escola de Música No Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho, também funciona a Escola Municipal de Música Antonino Sampaio. A escola foi reativada no se- a perder o seu espaço, como muitos que já não existem mais”. Para mostrar o seu traba- lho durante a semana santa, o grupo se valeu da venda de objetos de segunda mão, doados pela população, co- mercializados em brechós, para arrecadar verbas para a montagem do espetácu- lo. Os atores não recebem salário ou ajuda de custo. O grupo também contou com o apoio da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), da Prefeitura Municipal, do comércio local, e própria Igreja Católica. O CENTRO CULTURAL O Centro Cultural de Barreiras foi inaugurado no dia 30 de dezembro de 1996. O prédio estava ocioso já há algum tempo, desde quando o Clube Dragão Social, um dos mais famosos de Barreiras foi desativado. Com a sanção da Lei 793/2008, de 29 de abril de 2008, o Centro Cultural de Barreiras passou a ser chamado Centro Cultural de Barreiras Rivelino Silva de Carvalho. O autor da Lei foi o vereador Heronildo Rodrigues. A alteração do nome come- çou vigorar em setembro de 2009. gundo semestre do ano passado. Os alu- nos matriculados Têm aulas de violão, canto e instrumentos de sopro, como flauta, sax e clarineta. A escola de mú- sica surgiu após um projeto trazido pelo professor em Licenciatura de Clarineta Joel Barbosa, mas houve muitas inter- rupções neste período devido à falta de interesses da população. Tiago Menezes iniciou seus estudos no ano de 1997 e hoje ministra aulas de saxofone para crianças de todas as idades. Apesar da história de sucesso, a escola segue com problemas como a falta de acústica nas salas. Alunos que não quiseram se iden- tificar chegaram a reclamar do piso e de instrumentos parados por falta de repa- ros. Mesmo sem acústica a sala é usada para aulas de saxofone. D’ARTAGNAN NASCIMENTO

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Projeto experimental: Jornal Laboratório. Acadêmicos do 5ºsemestre de Jornalismo da FASB (Faculdade São Francisco de Barreiras)

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8dezembro/2009cultura Repórter

TONI OLIVEIRA

E tradição na semana santa católi-

cos relembrarem com encenação os úl-timos passos de Jesus até a sua morte na cruz. Em Barreiras, o grupo de jo-vens Juventude Reunido ao Amor de Cristo (JURAC) realiza há 26 anos esse espetáculo pelas ruas da cidade, e faz com que as pessoas se emocionem e reflitam sobre a data religiosa.

De acordo com o diretor, produtor e ator Juliano Francisco de Jesus as pri-meiras apresentações tinham apenas 6 atores, hoje conta com aproximada-mente 50 integrantes nas apresentações das cenas, e mais 10 pessoas de apoio responsáveis pelas montagens de ce-nários e figurinos. “É bom ver que a maioria dos componentes do grupo são jovens e que eles se dedicam totalmen-te’, diz, deixando claro que a tradição de celebrar a data pode durar muitos anos na região.

Mesmo com as dificuldades de rea-lizar este tipo de evento, Juliano gostou do resultado, ao ver que as pessoas en-tenderam a mensagem, e a cada apre-sentação ficarem adeptos às apresenta-ções.

Perguntado qual a sensação de atu-ar e contar uma história milenar, Ju-liano diz: “é satisfatório e ao mesmo tempo emocionante participar de um momento muito especial, que foi a pro-va do amor de Cristo para com a hu-manidade.

“O grupo espera que esta tradição não venha ser esquecida pela popula-ção, até porque com a chegada de ou-tras culturas na região, o evento tende

D’ARTAGNAN NASCIMENTO

Criada há 13 anos, a escola de mú-sica Antonino Sampaio, localizada no Centro Cultural Rivelino Carvalho, em Barreiras, já formou cerca de 30 músicos e artistas. No local já foram apresentadas várias peças teatrais incluindo um musi-cal representando a vida do cantor Raul Seixas, e do humorista Nairon Barreto que se apresentou com o personagem Zé Lezin, (Escola do professor Raimundo da TV Globo), trazendo para o teatro um número expressivo de pessoas.

Antes da alteração do nome, o Centro Cultural era utilizado para apresentações públicas e privadas. Com a mudança, as regras para a locação também foram revistas. Para as peças teatrais e eventos de cunho público que não vislumbram

lucro, o local continua sendo disponibili-zado sem custo nenhum de aluguel. Já para os eventos que envolvem retorno fi-nanceiro só podem ser realizados na casa se houver contrapartida de responsabili-dade social.

Se uma companhia de teatro quiser

Jovens do Bairro Vila Amorim anualmente se organizam para encenação dos últimos momentos da vida de Jesus Cristo.

26 anos de fé e tradição

20kg nas costasRANIERE LACERDA, REPRESENTOU CRISTO CARREGANDO UMA CRUZ POR 6KM.

A comunidade acompanha trajetória da encenação da Via Sacra.

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mesmo sem apoio, o som ecoa nos corredores do centro cultural de Barreiras. O som não pode parar.

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usar o ambiente para apresentar uma peça cujo público são alunos de esco-las particulares, por exemplo, não há problema, desde que a cada duas apre-sentações, uma seja feita para alunos de escolas públicas. O sistema para empre-sas privadas que desejam locar o espaço é parecido. A partir do momento que o palco do centro é disponibilizado, essas instituições se comprometem a doar uma determinada quantidade de alimentos que, posteriormente, será encaminhada a entidades carentes de Barreiras.

Escola de Música No Centro Cultural Rivelino

Silva de Carvalho, também funciona a Escola Municipal de Música Antonino Sampaio. A escola foi reativada no se-

a perder o seu espaço, como muitos que já não existem mais”.

Para mostrar o seu traba-lho durante a semana santa, o grupo se valeu da venda de objetos de segunda mão, doados pela população, co-mercializados em brechós, para arrecadar verbas para a montagem do espetácu-lo. Os atores não recebem salário ou ajuda de custo. O grupo também contou com o apoio da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), da Prefeitura Municipal, do comércio local, e própria Igreja Católica.

O CENTRO CULTURAL

O Centro Cultural de Barreiras foi inaugurado no dia 30 de dezembro de 1996. O prédio estava ocioso já há algum tempo, desde quando o Clube Dragão Social, um dos mais famosos de Barreiras foi desativado. Com a sanção da Lei 793/2008, de 29 de abril de 2008, o Centro Cultural de Barreiras passou a ser chamado Centro Cultural de Barreiras Rivelino Silva de Carvalho. O autor da Lei foi o vereador Heronildo Rodrigues. A alteração do nome come-çou vigorar em setembro de 2009.

gundo semestre do ano passado. Os alu-nos matriculados Têm aulas de violão, canto e instrumentos de sopro, como flauta, sax e clarineta. A escola de mú-sica surgiu após um projeto trazido pelo professor em Licenciatura de Clarineta Joel Barbosa, mas houve muitas inter-rupções neste período devido à falta de interesses da população. Tiago Menezes iniciou seus estudos no ano de 1997 e hoje ministra aulas de saxofone para crianças de todas as idades. Apesar da história de sucesso, a escola segue com problemas como a falta de acústica nas salas. Alunos que não quiseram se iden-tificar chegaram a reclamar do piso e de instrumentos parados por falta de repa-ros.

Mesmo sem acústica a sala é usada para aulas de saxofone.

D’A

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