jornal idade do saber
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Santa Casa da Misericórdia de Silves “ A Idade do Saber”
Julho 2011 Nesta edição:
Santos populares
Dia da espiga
Oferta de ramos
Páscoa 2011
O dominó
A animação
Convívios com Alcantarilha
Os nossos Passeios
Uma história
Cantinho da poesia
Cantinho da culinária
Cantinho das orações
Passatempos
Santos Populares
No dia de São João assistimos a uma festa feita pelas professo-ras e pelos meninos da Creche. Foi colocado um palco na rua para a festa dos meninos. Cada professora, acompanhada dos seus meninos apresentava uma dança diferente de acordo com as idades dos meninos. Foi tudo muito bonito. Depois desta linda festa, foi feito um convívio no largo da mata, onde não faltava as sardinhas, as febras, os cara-cóis e os doces. Mais tarde ouvimos as bonitas cantigas que o grupo de cantares da Santa Casa da Misericórdia de Silves cantou. Embo-ra eu não tivesse participado gostei muito de ouvir a música e ver, as danças ,as rodas que foram feitas. “Os olhos gostam de ver como a boca gosta de comer.”
D. Deolinda Felix 88 anos Lar Nossa Senhora da Conceição
Dia da espiga
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Dia da espiga No dia da espiga, fomos ás fontes de Estombar. Quando lá che-guei estavam lá muitas pessoas. Estivemos à sombra, apareceu uma senhora amiga a oferecer cerejas para todos. Antes de almoço algumas pessoas fizeram os ramos da espiga. Eu trouxe o meu e ofereci-o à Julieta. Depois dos ramos fomos almo-çar; sardinhas e carapaus assados com salada, batatas cozidas, pão, água, sumo e fruta. Depois do almoço, levaram-me a passear, passei o rio e fui ver um parque infantil. O Faustino até andou de escorrega, foi muito engra-çado. . Tiramos muitas fotografias.
Gostei muito deste passeio e quando houver outro passeio des-tes, quero ir outra vez. Passei um dia muito feliz. Obrigada a todos.
D. Fernanda Varela, 52 anos Unidade de Cuidados Continuados
Elaboração dos ramos da espiga
Oferta do ramo ao Sr. Vice – Provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Silves Oferta do ramo ao
Director de Serviços da Santa
Casa da Misericórdia de Silves
Oferta do ramo à Directora Técnica da Santa Casa da Misericórdia de
Silves
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A Páscoa
No dia 20 de Abril comemoramos a Páscoa. Na hora do lanche tínhamos uma grande mesa, composta com todos os doces e não fal-tou a laranjada, havia amêndoas e folares que é a nossa tradição. Esta foi a minha festa… Nossa festa foi muita airosa Para o Idoso e para a Idosa, A nossa mesa estava cheirosa, É do Idoso e da Idosa… Foi feita pelas empregadas, Com muita admiração Eu agradeço a todos Do fundo do meu coração...
D. Catulina 72 anos Centro de Dia
Ramo da espiga: Espigas, flores, romãzeira,
oliveira
Oferta do ramo ao Sr. Provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Silves
Oferta do ramo à D. Zulmira
Oferta do ramo á D..Isabel
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O Dominó O jogo de dominó é muito importante para mim. Foi na Santa Casa da Misericórdia de Silves que aprendi este jogo. O meu irmão, o Inácio, e o António San-tos são os meus colegas permanentes no dominó. De todas as actividades que temos na Santa Casa o dominó é o meu passatempo preferido porque está sempre á mão, a qualquer hora podemos jogar, é um jogo muito divertido. Para além de jogar dominó, temos várias actividades convive-mos muito e não pensamos em mais nada. Cada dia que passa gosto mais de estar aqui porque, aqui tenho companhia, passatempos e muita alegria. Estou sempre bem disposto... Sr. Domingos Matias 85 anos
Centro de Dia
Animação A Animação é um dos sectores desta Instituição de Solidarieda-de Social. Existem na Santa Casa da Misericórdia de Silves duas anima-doras jovens e dinâmicas que não se poupam a esforços para conse-guirem levar a bom termo a sua espinhosa missão, o que alias não é nada fácil. Nas valências onde elas actuam só se encontram Utentes de idade avançada e em parte já mentalmente diminuídos o que os leva já a não se reconhecerem a si próprios. Dadas todas estas condições mais difícil se torna a sua altruís-ta missão que além de nobre é muito ingrata. Para ser levada a bom termo é preciso muito boa vontade e persistência. Elas não se deixam levar por ditos e mexericos, levam a sua vontade em frente, procurando sempre animar toda agente, contri-buindo dentro do possível para minorar o sofrimento alheio. Organizam diversões como jogos, trabalhos manuais, orações, bailes, ginástica, passeios etc., tudo o que possam, para que todos passem o tempo da melhor maneira, embora a sua missão seja em parte, por vezes mal reconhecida. Para elas, vai o meu apreço e faço votos para que a sua missão seja sempre bem sucedida e reconhecida como de facto o merece.
Sr Afonso Correia 83 anos
Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
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Convívios com o Lar de Alcantarilha
Um dia ( 13 de Abril), vieram umas pessoas do Lar de Alcantari-lha visitar a Santa Casa da Misericórdia de Silves. No grupo havia pessoas conhecidas que gostamos de encontrar, pois há muitos anos que não sabíamos nada delas. Almoçamos todos juntos no Centro de Dia e com os membros da Direcção. Depois do almoço fizemos ginástica com a professora Leonor…
Estes convívios com outros lares são importantes para conviver e reencontrar pessoas conhecidas.
Alcantarilha
No dia 28 de Junho ,fomos á Santa Casa de Alcantarilha a um baile com música de um acordeão. Depois do baile, lanchamos todos juntos. Dançamos, conversamos e lanchamos, foi um belo convívio.
Sr. Constantino Sequeira 79 anos; D Brites 82 anos; Sr. Inácio 88 anos Centro de Dia
D. Rene 83 anos; D. Brites 82 anos Centro de Dia
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Passeio às Barragens
“ O passeio ás barragens foi realizado num dia de sol. O campo esta-va coberto de flores e nós fizemos alguns ramos. Mais tarde lanchamos numas mesas que estavam á sombra. Tiramos muitas fotografias e estivemos sempre bem. Foi uma tarde muito bem passada!”
D. Beatriz Jonatas 77 anos; Centro de Dia
“Este passeio foi muito bonito, correu tudo muito bem. A paisagem estava toda coberta de flores… , foi um dia muito bem passado.”
D. Conceição Rodrigues 78 anos Centro de Dia
Os nossos Passeios
Caminhadas na baixa da Cidade
“Os passeios pequenos para mim têm muito valor. Algumas das nossas tardes foram pas-sadas á beira rio. Depois do almoço saía-mos em duas carrinhas e passamos a tarde a con-versar, a andar e a fazer ginástica. Que tardes tão bem passadas!”
D. Inácia Correia 76 anos Centro de Dia
Parque da Juventude – Portimão
“...gostei muito de ir passear, não consegui ver… mas gostei de ouvir as galinhas, os gansos, gos-tei do cheirinho da natureza… adorei lanchar naquelas sombras frescas…”
D. Isilda 77 anos Centro de Dia
“… foi um passeio muito bonito, vi pássaros, gansos, patos, patacas… gostei muito…”
D. Maria do Rosário 85 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
“Havia lá um lago muito bonito… Foi uma tar-de muito bem passada, conversamos e brincamos uns com os outros.”
D. Palmira 82 anos Centro de Dia
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Armação de Pêra Sr.ª da Rocha
O nosso passeio a Armação de Pêra, foi muito bonito, gostei imenso. Eu fui na carrinha com a Sónia e outras pessoas foram na carrinha com a Dina e a Belinha. Lanchamos num lugar calmo e boni-to Armação de Pêra e a Senhora da Rocha, foi um passeio para não esquecer!
D. Conceição Rodrigues 78 anos Centro de Dia
Tiborna na Pedreira
Numa tarde de Primavera, saímos nas carrinha da Santa Casa e fomos até à Pedreira. Fomos convidados para lanchar na casa da
Belinha. Quando lá chegamos a Belinha e o marido estavam a pôr o pão no forno. Enquanto o pão cozia, ouvimos música e alguns de nós até dançamos. Depois do pão cozido, chegou a hora do lanche! Fizemos uma tiborna, come-mos caracóis e por fim apareceu um
grande bolo. Gostei muito, estava tudo muito bom, fomos recebidos com mui-ta simpatia e passou-se uma tarde muito boa, no sitio da Pedreira.
D. Felismina 74 anos Centro de Dia
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Uma História Os animais da quinta
Perto de uma terra não muito longe da nossa havia uma quinta, propriedade de um casal, que lá vivia com um filho de tenra idade. Nessa quinta além dos animais de lavoura também havia um cão, uma cabra e um porco. Neste tempo os animais fala-vam nem que fosse entre si. Dizia o porco ao cão: - Vocês são uns parvos, fartam-se de trabalhar. O cão de noite, vigiava a quinta contra os intrusos e de manhã ia com o dono à caça, trazia-lhe os coelhos à mão, eles comiam a car-
ne e davam-lhe os ossos . A cabra dá-lhes o leite, todos os dias de manhã e dá-lhes os cabritos e eles soltam-na para pastar e comer as ervas daninhas. À noite vai dormir para o estabulo não tem casa própria enquanto eu tenho casa própria e todos os dias me fazem uma cama nova e dão-me do bom e do melhor para comer; dão-me milho,
tremoços, “lândeas” e batatas, tudo daquilo que eu gosto e ninguém me obriga a trabalhar. O cão respondia: - Olha amigo comer sem trabalhar nalguma coisa má vai dar! O tempo foi passando e o porco foi engordando até que um dia,
por estar tão gordo já não se levantava. Um dia de manhã, muito cedinho, o cão ouviu um grande alarido; homens falando e o porco gru-nhindo. Então o cão levantou-se e foi ver o que se passava. Diz o cão:
- Eu não te dizia que comer sem trabalhar nalguma coisa má iria dar: aí tens! Mataram o porco.(…) Agora vou passar dois versos que não são meus e não sei de quem são que dizem assim:
Sr. José Santos 89 anos Lar Nossa Senhora da Conceição
Quem trabalha sabe bem Quanto o pão custa a ganhar Mas na vida o melhor bem O que mais honra contem É viver a trabalhar
E quem não quer trabalhar E o trabalho acha custoso Normalmente anda a roubar O pão que custa a ganhar A quem não é preguiçoso
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Cantinho da poesia
Adeus amor de algum dia
Ainda podia ser hoje A culpa não foi só minha Foi ´”d ´agente” os dois
Sr. Claudino Madeira 93 anos Lar Adelaide M. Vieira
O meu amor é um cravo E bem o soube escolher
No jardim já não há outro Só se tornar a nascer.
D. Lucrécia 102 anos Lar Adelaide M. Vieira
Se Coimbra fosse minha, Como é dos estudantes
Mandava-lhe por no centro Um boquêt de diamantes
D. Conceição Freire, 90 anos Lar Adelaide M. Vieira
Quando eu era pequenina
Jogava ao pião Diziam os moços todos
Joga aqui na minha mão
D. Teresa Beatriz 86 anos Lar Adelaide M. Vieira
Oliveira recortada Sempre parece oliveira Mulher bonita casada Sempre parece solteira
D. Laurinda Medronho, 86 anos
Lar Adelaide M. Vieira
Que lindo botão de rosa Que eu tenho na minha costura
Amizade que eu tenho por ti Só tem fim na sepultura
D. Quitéria ( falecida )
Eu quero muito á minha sogra E devo-lhe um muito obrigado
Veio dar-me o seu filho Depois de ele estar criado
D. Rosa Brito 82 anos Lar Adelaide M. Vieira
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Cantinho da Culinária
Caracolada Ingredientes:
Caracóis secos com a capinha Dentes de alho qb esmagados com a
casca; Água, sal e orégãos
Preparação:
Lavar os caracóis com água até ela vir limpa. Colocar os cara-cóis num tacho com o alho e água, e tapar o tacho +/- quatro
horas. Depois colocar em lume brando e acrescentar mais água até
tapar os caracóis. Quando começar a ferver juntar os orégãos e o sal, até cozer.
Escorrer parte da água. Acompanhar com pão e uma bebida a gosto.
D. Deolinda Félix 88 anos Lar Nossa Senhora da Conceição
Arjamolho Ingredientes:
Alho picado Cebola picada Pepino picado Tomate picado Sal, azeite, vinagre e orégãos Água fresca Pão cortado aos quadradinhos.
Preparação
Juntar o alho, a cebola, o pepino, o tomate, o sal, o azeite, o vinagre e os orégãos e mexer. Adicionar a água fresca e o pão aos quadradinhos.
D. Adúlia 87 anos Lar Nossa Senhora da Conceição
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Cantinho das Orações
Senhora da Encarnação Senhora da Encarnação, sua mãe de verbo divino,
deitai a sua divina bênção que eu vou por este caminho, a procura de salvação e do sacramento
divino. Quem esta oração disser um ano dia a dia a vir-
gem lhe aparecerá, e três dias antes da sua morte ela virá dizendo, confessa-te pecador que aqui vem
o Senhor em teu louvor.
D. Laurinda Medronho 86 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
Vinde por mim Senhor que eu por vos estou esperando a
minha alma está rindo o meu coração chorando, alegra-te minha alma consola o meu
espírito que eu estou para rece-ber o corpo do nosso Senhor
Jesus Cristo.
D. Maria Coelho ( falecida)
Santa Barbara Bendita no céu está escrita na terra assegura-da quantos anjos estão no céu
acompanhem as nossas almas.
D. Bárbara Águas 83 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
Onde vais tu ó Barbara? Vou espalhar esta trovoada, que no
céu anda armada para as outras ban-das das águas do mar onde não ouça galo nem galinha cantar, nem menino
pelo pai bradar
D. Gertrudes Reis 94 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
Menino Jesus
Vem me guardar Sou pequenino Não sei rezar.
Lurdes Funcionária
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Passatempos
Ficha Técnica:
Nome: A Idade do saber Publicação : trimestral /Julho 2011 Editado por: Santa Casa da Misericórdia de Silves Largo Comendador Vilarinho Apartado 96 Silves Telefone n.º : 282 442 635 Correio electrónico: [email protected]
Lengalengas
Numa escola politécnica
Está uma mulher paralítica Trabalha nos fuzileiros E sabe falar de politica E ela diz: pipapapigrafo!
Sr. Joaquim Louzeiro 82 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
Ó que tarde, rica tarde Teve a tarde de ontem á tarde Há-de ser tarde e bem tarde
Quando vir uma tarde Como aquelas de ontem á tarde
Deus lhe dê uma muito boa tarde. Boa tarde!
D. Rosa Brito 82 anos Lar Adelaide Mascarenhas Vieira
M T L U P M M B
A L A C E R E K
Ç I R O M Ã L I
à U A K T R A W
B V N I A A N I
A A J W N D C P
N S A A G O I A
A L N M E L A O
T A N A N Á S E
B M O R A N G O
LARANJA
MELANCIA
ROMÃ
BANANA
MAÇA
MELÃO
UVAS
MORANGO
ANANAS
KIWI
Procure dez frutas na tabela.