jornal saber 05

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ANO I • Nº 05 JORNAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA • UVV • MARÇO/2004 UVV realiza sétima edição do Trote Cidadão, com foco na responsabilidade social [ Página 6 ] Em pauta: reconhecimento de cursos, eventos, cineteatro, rádio poste e muito mais [ Páginas 2 e 3 ] No Dia Internacional da Mulher, nossa homenagem às mulheres que acumulam inúmeras tarefas [ Página 7 ] Estudantes para sempre

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Page 1: jornal saber 05

ANO I • Nº 05 JORNAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA • UVV • MARÇO/2004

UVV realiza sétima edição

do Trote Cidadão, com foco

na responsabilidade social

[ Página 6 ]

Em pauta: reconhecimento

de cursos, eventos, cineteatro,

rádio poste e muito mais

[ Páginas 2 e 3 ]

No Dia Internacional da Mulher,

nossa homenagem às mulheres

que acumulam inúmeras tarefas

[ Página 7 ]

Estudantes para sempre

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EM PAUTA

“Saber” é uma publicação interna doCentro Universitário Vila Velha (UVV)Ano I – Número 05 – Março/2004

Conselho Editorial: Humberto Rosa,Marcello Nunes, Denise Simões Motta,Marinete Francischetto, Giulianno Bresciani,Angela Dantas, Adriana Moura, JeffersonCabral, Luciana Dantas, Marlene Pozzatto,Cynthia Molina.

Edição: Gerência de Comunicação da UVV

Jornalista responsável: Cintia Dias, Mtb638/96

Textos: Cintia Dias, Francisca Pereira, JudithGóes e Simone Patrocínio (aluna do 8ºperíodo de Jornalismo).

Revisão: Maria Luiza de Barros Faria

Fotografias: Simone Patrocínio

Projeto Gráfico e editoração: Bios Ltda

Fotolitos e impressão: Grafitusa

Tiragem: 12.500 exemplares

Filiado à

Centro Universitário Vila Velha (UVV)

Reitor: Manoel Ceciliano Salles de Almeida

Vice-reitora: Luciana Dantas da S. Pinheiro

Pró-reitor acadêmico: Paulo Régis Vescovi

Pró-reitor administrativo: Edson FrancoImmaginário

Rua Comissário José Dantas de Melo, 21Boa Vista, Vila Velha, 29.102-770www.uvv.br • [email protected]

Tel.: (27) 3320.2001

Jornal Saber

Está no ar a Rádio Poste, do curso deJornalismo. Com alto-falantes espalha-dos pelo campus de Boa Vista, a progra-mação vai ao ar de segunda a sexta, nosintervalos de aulas, preparada pelos alu-nos do 4º período, sob a coordenação daprofessora Gilda Soares. O programa éproduzido por grupos diferentes em cadadia. A diversificação é a marca da RádioPoste. Alguns programas têm mais hu-mor, outros tocam música mais agitada,alguns têm conteúdo mais jornalístico.Os nomes dos programas vão desde “Mo-queca Capixaba”, “Candonga”, “Quintalivre”, até o sugestivo “Ufa! A sexta che-

Rádio Poste UVV está no argou!”. A programação vai contar coma colaboração semanal dos alunos do2º período de Jornalismo e ainda como pessoal do Diretório Central dos Es-tudantes (DCE), que divulgará even-tos de interesse dos alunos. A pro-gramação da rádio está aberta a to-dos os alunos do curso de Comuni-cação Social. “Queremos que os cur-sos da instituição e os funcionárioscolaborem com muita informação eaproveitem bastante este importan-te canal de comunicação dentro docampus”, afirma a professora GildaSoares.

A UVV sediará, de 26 a 28 de maio, oIX Encontro Nacional de Coordenadoresde Engenharia de Produção (Encep).Principal evento da área no Brasil, oEncep reunirá 130 pessoas de todo opaís, entre coordenadores de graduaçãoe pós-graduação. A UVV recebeu a con-firmação da realização do Encep no Es-

UVV sedia encontro nacionalNúcleo de PráticasContábeis

Em 2004, a UVV contará com oNúcleo de Práticas Contábeis (Nu-prac), formado por alunos deCiências Contábeis sob a supervi-são de Humberto Rosa e EduardoPinheiro, respectivamente coorde-nador e subcoordenador do cursode Ciências Contábeis da UVV. ONúcleo funcionará no térreo doEd. Sorbonne, que abriga o curso,e poderá contar com a participa-ção de 20 alunos simultaneamen-te. “A idéia é que as aulas práti-cas aconteçam dentro do Núcleo”,explica Humberto Rosa. Em par-ceria com a Associação dos Con-tabilistas de Vila Velha (Ascovv),o Nuprac prestará atendimento aopúblico. “A idéia é abrir oportuni-dades para a comunidade. Na épo-ca do imposto de renda, faremosatendimento a pessoas físicas, gra-tuitamente. Os alunos atuarão soba supervisão dos professores”, in-forma Humberto.

O III Curso Intensivo de Julgamentode Zebuínos acontecerá entre 10 e 12 demarço, ministrado pelo DepartamentoTécnico da Associação Brasileira dos Cri-adores de Zebu (ABCZ), com organizaçãoda ABCZ/ES, cursos de Zootecnia e Vete-rinária da UVV e Tortuga. O evento é aber-to a todas as pessoas interessadas emadquirir conhecimentos sobre as raças ze-buínas. O curso, que contempla partesteóricas e práticas, habilita os participan-tes a definir o animal campeão, com baseem critérios raciais. Durante as aulas, osalunos aprendem os desafios da empresarural, como selecionar animais com baseem características físicas do bovino e oscritérios de julgamento das raças zebuí-

nas. A novidade desta edição do curso éa realização do I Simpósio Capixaba deZebuínos, que ocorrerá no dia 9 de marçoe contará com palestrantes de renome daagropecuária brasileira. Dentre os temasabordados estão mercado, nutrição, sa-nidade e reprodução. As inscrições parao simpósio custam R$ 20,00 (acadêmi-cos) e R$ 30,00 (profissionais e criado-res) e para o curso o valor é de R$ 160,00(acadêmicos) e R$ 340,00 ( profissionaise criadores). Quem se inscrever para ocurso pode freqüentar o simpósio. Maio-res informações com a ABCZ/ES(3328.9772 ou 3228.0203) ou com os cur-sos de Zootecnia (3320.2075) e Veteriná-ria (3219.7898).

Simpósio e curso de Julgamento de Zebuíno Junior AchievementO diretor de Marketing da UVV,

Jefferson Cabral, atua no programavoluntário Junior Achievement, de-senvolvido em escolas do ensino mé-dio e fundamental, cuja finalidadeé orientar os alunos a abrirem umaminiempresa e vivenciarem todo oprocesso que envolve o negócio.Jefferson já orientou alunos doDarwin, do Sesi, do Leonardo Da Vincie do Santa Adame. “O programa éuma contribuição à mudança social,de ambiente, mentalidade e postu-ra”, resume. Interessados em aderirao programa podem obter informa-ções no site www.ajaes.org.br.

Profissionais, acadêmicos e estudantes

da área de informática podem associar-se

à Sociedade Brasileira de Computação. As

vantagens, segundo a coordenadora do cur-

so de Ciência da Computação, Adriana

Moura, são muitas. “A SBC é a organiza-

ção mais importante da área em nível na-

cional, e é responsável por defender os

interesses da categoria, estudar diretrizes

curriculares, zelar pela regulamentação da

profissão, patrocinar e organizar eventos,

tado durante o Enegep (Encontro Nacio-nal de Estudantes de Engenharia de Pro-dução), do qual participaram 35 alunose as professoras Teresa Cristina e Patrí-cia Alcântara (coordenadora do curso),esta última novo membro da diretoriada Associação Brasileira de Engenhariade Produção (Abepro).

como o congresso anual, e está sempre à

frente das novidades na área”, diz. Para

Adriana, a relação custo e benefício é gran-

de. Os valores da anuidade variam entre

R$ 30,00 (estudante) e R$ 3,1 mil (em-

presas categoria A), e podem ser pagos

em cartão de crédito, cheque ou boleto

bancário. São previstos descontos e facili-

dades para inscrições em conjunto, por

grupo de pessoas. Maiores informações no

site www.sbc.org.br.

Sociedade Brasileira de Computação

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Coordenaçãode Estágio

O curso de Administração rees-truturou a Coordenação de EstágioSupervisionado e Obrigatório, quepassou a ser coordenado pela pro-fessora Adriana Rigoni. O setor, quefoi criado desde o segundo semes-tre de 2002, funciona, atualmen-te, em sala compartilhada com aempresa júnior Hexa, na UnidadeAcadêmica III, no campus Boa Vis-ta, em Vila Velha. Estão sendo ori-entadas três turmas das disciplinasEstágio Obrigatório I, II e III. Sãoofertadas entre dez e 20 vagas, deacordo com a área. Todos os traba-lhos têm resultados práticos. “O di-ferencial é a sólida fundamentaçãoteórica dos trabalhos, que, orien-tados, proporcionam aplicação e re-sultados em cases reais. É uma con-sultoria que a empresa escolhidapelo aluno recebe gratuitamente”,resume Adriana.

O Diretório Central dos Estudantes(DCE) passou por processo eleitoral nofinal de 2003. As eleições, previstas paraabril de 2004, foram antecipadas em de-cisão da assembléia realizada no dia 21de novembro, já que vários membrosestavam se formando e não tinham con-dições de permanecer no órgão. A elei-ção aconteceu no dia 02 de dezembro,com duas chapas inscritas: “Atitude cominovação”, encabeçada pelo estudante deDireito José Altafim Júnior, e “1 novotempo”, tendo à frente a também estu-dante de Direito, Patrícia SiqueiraNunes. O processo contou com 603 vo-tantes. Foram três votos nulos, um votoem branco, 125 votos para a chapa “Ati-tude com inovação” e 474 votos para achapa “1 novo tempo”. A posse ocorreuem 12 de fevereiro, para um mandatode dois anos. A chapa vencedora já temsuas propostas. “Queremos nos aproxi-mar dos estudantes, promover a vivên-cia universitária, através de atividadesacadêmicas e culturais e dar mais trans-parência aos atos do Diretório”, diz

a presidente,Patrícia SiqueiraNunes. Além dePatrícia, com-põem a Direto-ria do DCE os se-guintes alunos:Rovana ColodettiPitanga Pinto,aluna de Fisio-terapia e vice-presidente; Roberta Cristina Bispo de Car-valho, aluna de Direito e diretora finan-ceira; Bernardo Soneghet Giurizatto, alu-no de Direito e diretor de eventos; De-vair de Souza, aluno de Publicidade ePropaganda e diretor de Comunicação;Lorraine Lameri Cruz e Silva, aluna deDireito e diretora de assuntos jurídi-cos; Fabiano Roccio Rocha, aluna deRelações Internacionais e diretor deHumanas; Filipe Rodrigues Morgado,aluno de Farmácia e diretor de Biomé-dicas; e Thiago Barbosa do Amaral, alu-no de Engenharia de Produção e dire-tor de Exatas.

ProvãoUma boa notícia para a UVV

no Provão de 2003 foi o desem-penho da formanda do curso deJornalismo Eliana Gorritti, queconquistou a melhor nota des-se curso no Estado. Ela fez 75pontos. “Essa nota foi resulta-do de muita dedicação porqueeu estudei para a prova”, come-mora a universitária da UVV.Alunos formandos de sete cur-sos da UVV participaram do Pro-vão. Jornalismo, Direito e Me-dicina Veterinária conquistaramconceito B. Economia, Adminis-tração e Fonoaudiologia obtive-ram C e o curso de Ciências Con-tábeis teve conceito D. O reitorda UVV, Manoel Ceciliano Sal-les de Almeida, na condição device-presidente da ABMES (As-sociação Brasileira das Mante-nedoras do Ensino Superior) foiconvidado a participar da aná-lise crítica do novo critério deavaliação do ensino superiorque vai substituir o Provão apartir do ano que vem. “Até omomento não se sabe ao certocomo serão as avaliações. Háapenas um documento de 100páginas entregue no lançamen-to do Sistema Nacional de Ava-liação da Educação Superior(Sinaes) às instituições para emi-tirem opinião”, afirma o reitor.

O Cineteatro da UVV ganhou novo sis-tema de som. Foram adquiridos 24 cai-xas de som – 12 embutidas no teto doscorredores e 12 acopladas às colunas –duas novas mesas de áudio, quatro cai-xas de frente para o palco (duas de gra-ves, e outras duas de médio-grave e agu-dos), três amplificadores, e oito micro-fones, sendo quatro sem fio. O projetofoi elaborado pelo responsável pela áreade eletroeletrônica da UVV, Marcos Viei-ra da Costa. “A maior parte dos equipa-mentos é importada, e supre as necessi-dades do cineteatro. O som será perfei-

Sonorização do cineteatroto para as pessoas que estiverem senta-das na platéia”, conta. As mesas de áu-dio ficarão na cabine de operação e nopalco, esta última para uso em necessi-dades mais complexas, como shows acús-ticos. No palco, já há entrada para equi-pamentos multimídia. “O som, aliado àacústica do cineteatro, que é muito boa,ficou de ótima qualidade. Não há emba-raçamento de som, o que o torna muitonítido”, revela o engenheiro. Os técni-cos responsáveis pela operação do novosistema já receberam treinamento paraa função.

Biblioteca, Núcleo Integradode Comunicação, Hospital Vete-rinário, Complexo Biopráticas eUVV Guaçuí já integram o novosistema monitorado da UVV, queconta com minicâmeras colori-das de alta definição. Ao todo,são 74 câmeras gravando, emcores, o que se passa nesses lo-cais. O próximo passo, segundoo responsável pela área de ele-troeletrônica da UVV, MarcosVieira da Costa, é aprovar os tes-tes do sistema de gravação nocomputador, o que permite oacionamento a distância doequipamento. “Além disso, es-tamos prevendo integrar a Poli-

Câmeras de segurançaclínica, o Ed. Sorbonne (ondefuncionam os cursos de CiênciasContábeis e Turismo) e a UVV Vi-tória, além de unificar o moni-toramento em um único lugar”,avisa o engenheiro. Atualmente,o monitoramento é feito em cadaum dos locais onde estão insta-ladas as câmeras. Toda a UVV,atualmente, é monitorada por câ-meras, só que nem todos os pon-tos contam com a nova tecnolo-gia, de sistema monitorado emcores, com alta definição. “A di-ferença é que a melhor defini-ção de imagem permite zoome visibilidade maior”, explicaMarcos Vieira.

Convenção de ContabilistasNos dias 21, 22 e 23 de julho, no Cineteatro e

no Anfiteatro da UVV, acontece a XVII ConvençãoEstadual de Contabilistas, uma promoção da Asso-ciação dos Contabilistas de Vila Velha (Ascovv) eda Coordenação de Ciências Contábeis da UVV.Realizada de dois em dois anos, a Convenção reú-ne profissionais e alunos do Espírito Santo, alémdas comitivas de outros estados, dos presidentesdos conselhos regionais e do Conselho Federal deContabilidade. Na abertura será apresentada umapeça teatral sobre a história do profissional de con-tabilidade, desenvolvida pelo diretor de teatroMilson Henriques. Além de painéis, a convençãocontará com o Fórum de Empresários, um eventodestinado a discutir as necessidades da classe em-presarial quanto aos profissionais de Contabilida-de. Já estão confirmadas as presenças de LucasIzoton, da Cobra D’Água, e de Domingos Rigoni,da Movelar. “O foco é aproximar os profissionaisdo empresariado”, afirma Humberto Rosa, coorde-nador do curso de Ciências Contábeis da UVV.

Resultado da eleição do DCE

Patrícia Nunes

Eliana Gorritti

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CAPA

E S P E C I A L

Judith Góes e Simone Patrocínio

O conhecimento, o crescimento cien-tífico e a atualização profissional são ca-racterísticas que, nos dias de hoje, sãoexigidas constantemente das pessoasque desejam se manter competitivas.Uma das soluções para ter uma melhorposição no campo profissional é o apren-dizado contínuo, denominado EducaçãoContinuada. Este conceito propõe a bus-ca do conhecimento para a vida toda,mantendo o indivíduo capacitado, atua-lizado e em contato com as inovaçõesnos diversos campos da ciência, datecnologia e do mundo.

O pró-reitor Acadêmico da UVV, PauloRégis Vescovi, diz que a Educação Conti-

nuada está re-lacionada comuma constan-te atualizaçãoprofissional ea reciclagempermanentede conheci-mentos. “AEducação Con-tinuada é de importância fundamental,pois possibilita ao profissional a atuali-zação de sua formação acadêmica, com aapresentação de técnicas e procedimen-tos mais atuais. A participação nesteseventos também permite a formação deuma extensa e rica rede de contatos apartir da convivência com professores ecolegas de turma”.

Muitas pessoas estão optando porter mais de um curso superior. Um de-les é Augusto Cesar Salomão Mozine,recém-formado em Relações Internaci-onais pela UVV, e aluno do 5° períododo curso de Direito, também na UVV.Ele diz que este curso é importante, poisfunciona como um complemento ao cur-so de Relações Internacionais, e acre-dita que todas as pessoas deveriam co-nhecer o Direito, ressaltando a impor-tância que o conhecimento das leis tra-ria para a sociedade.

Para Augusto César, os profissionaisqualificados são inseridos com maior fa-cilidade no mercado de trabalho. “O mer-cado de trabalho é um tanto ingrato, aformação em duas áreas interessantes eimportantes, como o Direito e as Rela-ções Internacionais, representa um dife-rencial na área empresarial, pois possoaliar o conhecimento jurídico e interna-cional às atividades profissionais”, diz.

Outra que aderiu à formação em duasáreas é Aline Barros Ruy, que cursaMarketing e Direito na UVV. Ela ingres-sou na instituição no curso de Marketinge, devido às atuais dificuldades de colo-cação no mercado de trabalho, principal-mente no Espírito Santo, pensou que se-ria melhor fazer o curso de Direito, paraabrir seu “leque” de oportunidades. “Noatual mercado de trabalho está difícil con-seguir emprego, a não ser que eu abra aminha própria consultoria. Com o cursode Direito, terei a chance de fazer maisconcursos públicos e, assim, ganho mai-or abrangência profissional”, afirma. “O

nosso maior poder é o conhecimento, semele não podemos tomar decisões e, as-sim, nos tornamos seres sem capacidadecrítica”, completa.

SeqüenciaisIsabel Girão, diretora dos cursos se-

qüenciais da UVV, acredita que a oportu-nidade dada pela instituição, através dooferecimento dos cursos superiores decurta duração, deve ser aproveitada deforma melhor pela sociedade. “Os cursosseqüenciais são vistos como inferiores aoscursos de graduação tradicionais, mas naverdade são um caminho mais rápido eespecífico para conquistar um diploma.Nos Estados Unidos e na Europa, as pes-soas ingressam primeiro nos cursos se-qüenciais para obterem o diploma e de-pois optam pela graduação, pois podemeliminar váriasdisciplinas e segraduarem maisrápido”, explica.

Como exem-plo, a diretoracita a turma deLogística, que seformou recente-mente, e cujosalunos vão pros-seguir com o cur-so de Administra-ção da UVV. “Elesconseguiram eliminar 21 disciplinas, pra-ticamente 50% do curso. Então, nos qua-tro anos de estudos eles terão em mãosum diploma de formação específica e umdiploma de graduação”, diz.

O aluno do curso seqüencial de Co-municação Empresarial e Estratégias emEventos, Gustavo Silva, já é formado emPublicidade e Propaganda e decidiu fa-zer o curso pois atua na área de comuni-cação e eventos. Ele tem uma empresana área de compra e venda de shows lo-cais e nacionais. Gustavo diz que o retor-no às salas de aulas, além de proporcio-nar conhecimento, também abriu as por-tas para novas negociações. “Estudar, pormais que isso pareça um chavão, é sem-pre necessário, além da própria sala deaula ser uma maneira de ampliar meusnegócios. São pessoas que estão ali pelo

A vez da Educação ContinuadaO desenvolvimento

profissional

continuado é a

palavra de ordem

num cenário em

que a educação

ganha lugar de

destaque

Paulo Régis Vescovi

Isabel Girão

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mesmo objetivo e que já trabalham nomeio, portanto, abre-se mais uma opor-tunidade de parcerias”, relata.

Ângela Regina de Souza Costa Cola,aluna do curso seqüencial em RecursosHumanos, sempre demonstrou preocu-pação em se manter atualizada atravésda educação continuada. Ela se formouem Administração, fez especializaçãoem Administração de Empresas, além deser mestre em Administração Pública,pela Fundação Getúlio Vargas. Resolveuvoltar aos bancos escolares por meio deum curso superior de curta duração,pois trabalha na área de Recursos Hu-manos e sentiu necessidade de conhe-cimentos específicos, por não ter ex-periência nesta área.

Segundo ela, os cursos seqüenciais sãomais rápidos do que os de graduação e,em seu caso, o curso escolhido era volta-do especificamente para a área de RH. “Euestudo todos os dias e não apenas no pe-ríodo de provas. Estudo das 6h às 8h damanhã, antes de vir para o trabalho, das13h às 14h, no horário de almoço e nosfinais de semana. Para fazer trabalhos degrupo é mais difícil, porque os horáriosdisponíveis das pessoas nem sempre com-binam”, conta Ângela Regina.

Pós-graduaçãoA diretora de Pós-Graduação da UVV,

Danielle Bresciani, explica que o prin-cípio da Educação Continuada expres-sa a necessidade, cada vez maior, dabusca constante pelo conhecimento,através da permanência do aluno noensino. Para ela, atualmente, o merca-do de trabalho está mais exigente e aomesmo tempo excludente; assim, aeducação continuada deve ser indis-pensável às pessoas que desejam umamelhor colocação no mercado profissi-onal. “A educação continuada surgecomo uma alternativa à crise atual eaté como uma necessidade diante dascaracterísticas inerentes à sociedademoderna”, afirma. Para ela é cada vezmais recorrente o caso em que o alunofaz mais de um curso de pós-gradua-ção em busca de conhecimentos varia-dos, mas ao mesmo tempo afins, istoé, que se complementam.

O coordenador Administrativo daUnimed Fácil, Ricardo da Silva Gouvêa,já está em sua segunda especialização.Graduado em Administração, especi-alizou-se em Recursos Humanos, pelaUVV, e agora está cursando a pós-gradu-ação em Administração Hospitalar e Sis-temas de Saúde, oferecida também pelaUVV, em convênio com a FGV/Eaesp. Emambos os cursos contou com o auxílioda empresa em que trabalha – a Uni-med. Segundo ele, o profissional deveestar sempre preocupado em se aperfei-çoar. Na primeira vez que fez um cursode especialização, ele escolheu Recur-sos Humanos pois trabalhava nesta área,agora está fazendo um curso na área desaúde, para poder desenvolver um me-lhor trabalho em seu atual ramo, no qualestá há cerca de um ano. Ricardo relataque a continuidade da educação propor-ciona a manutenção da empregabilida-de, a reciclagem profissional e a aquisi-

O que é educaçãocontinuada

A educação continuada é hoje umaexigência em qualquer campo pro-fissional. O desenvolvimento tecno-lógico e a rapidez das informaçõesobrigam o profissional que desejamanter-se competente (e competi-tivo) a acompanhar a evolução dosconhecimentos, o que só é possívelcom o aprendizado constante, coma educação continuada.

A fim de suprir a demanda do mer-cado, as instituições estão oferecen-do uma ampla variedade de cursosnas diferentes áreas, o que permitea seu público estar em contínuoprocesso de formação e atualizaçãocom o que há de mais moderno emsua área de atuação.

O mundo tem passado por inúme-ras transformações e esse momen-to vem sendo chamado de era da“Informação e Tecnologia”, queexige profissionais polivalentes epreparados para lidarem com to-das as mudanças relacionadas àsprofissões. Daí surge a necessida-de do contínuo aperfeiçoamentoprofissional e cultural.

Portanto, a função mais importan-te de uma instituição de ensino mo-derna é preparar os alunos para astransformações do mundo. Para istohá necessidade de contínua atuali-zação de conhecimentos teóricos epráticos, com um programa peda-gógico especialmente orientadopara esse fim: cursos que objetivemdesenvolver competências que con-duzam ao constante aprender e quemantenham vinculação estreita como mercado de trabalho.

Rachel Baião Duenke - UVV

No Brasil, segundo o Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE), em 2003,o número de desempregados no país au-mentou em 600 mil pessoas, baseado emdados obtidos nas principais capitais bra-sileiras. Isto se deve à escassez de mão-de-obra qualificada, evidenciando a impor-tância da continuidade dos estudos parauma pessoa que deseja ter uma boa colo-cação profissional.

O Departamento Intersindical de Estatísti-ca e Estudos Socioeconômicos (Dieese) in-formou que a cada ano chegam 1,5 mi-lhão de pessoas ao mercado de trabalho enão há como suportar tantos profissionais,a não ser que se diferenciem dos demais,por meio da qualificação.

Além disso, o nível de educação está in-timamente ligado à mobilidade social. Um

ção de mais co-nhecimento, as-sim, com a jun-ção desses as-pectos, o indiví-duo pode se tor-nar mais com-petitivo no mer-cado de traba-lho.

Larissa Ce-lante dos Reis, formada em CiênciasContábeis e aluna do curso de MBA -Controladoria e Finanças, oferecido pelaUVV, está fazendo seu segundo curso depós-graduação. Em 1999 já havia feitoa especialização em Planejamento Fis-cal e Auditoria Contábil, na mesma ins-tituição de ensino. Mesmo assim, deci-diu continuar seus estudos pela impor-tância de se manter atualizada e inves-tindo em novos conhecimentos. “Estarsempre estudando e em contato com omundo acadêmico é visto com bonsolhos pela sociedade e, hoje, investirem educação é muito importante paraconquistar espaço no mercado de tra-balho”, disse ela.

Atualmente, ela trabalha na MichelinPneus, como analista contábil, e acredi-ta que a educação continuada pode aju-dar em uma futura evolução profissionale lhe permitirá concorrer em outros cam-pos profissionais de seu interesse.

Segundo Rachel Maria Baião Duenke,da Diretoria de Planejamento e Ensino daUVV, a flexibilidade é um dos principaispontos da Educação Continuada. “Os cus-tos, horários e prazos de conclusão flexí-veis fazem da educação continuada umbom programa para quem quer se manterantenado no mercado sem tirar o pé dele.Isto é possível não apenas pela facilida-de de levar os cursos em paralelo à roti-na, mas também pelo contato próximocom os especialistas das áreas, que co-mandam as aulas”.

exemplo é a renda familiar média, que variade R$ 806,00, para estudantes de primeirograu, e R$ 2.906,00 para os de nível superi-or, segundo dados do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea).

A mobilidade social está intimamente ligada àescolaridade. A oportunidade de um empregoestável está ao alcance de 60% daqueles quepossuem educação superior, contra 31% dosque só têm educação básica. Quem cursa en-sino superior tem o benefício de ter sua ren-da aumentada em quase três vezes após con-cluir essa etapa, e ver a sua probabilidade dedesemprego reduzida em quase três vezes.

Dados do Ipea apontam que a escolarizaçãofaz a produtividade do trabalhador aumen-tar em até 20% por cada ano a mais na es-cola. O salário sobe, em média, 12% a cadaano de estudo.

Há, ainda, diferenciais de ganho emcada etapa educacional. São observa-dos altos retornos para um ano adicio-nal no primário, baixos no ginásio e no-vamente altos no secundário e no su-perior. No ginásio, os diferenciais fi-cam em torno de 30%; no secundário,observam-se 95%; enquanto no superi-or, esse percentual sobe para 300%, setomada a educação primária como re-ferencial.

Indivíduos sem instrução recebem cercade 30% a menos do que os com instru-ção primária. O fato é que a desigualda-de entre os níveis de escolaridade dostrabalhadores é a principal fonte de de-sigualdade salarial brasileira. A educa-ção é responsável por 2/3 de todas asfontes capazes de explicar a desigualda-de observada.

Relação educação e trabalho

Danielle Bresciani

“A educação continuada

surge como uma alternativa

à crise atual e até como uma

necessidade diante das

características inerentes

à sociedade moderna”

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DE BEM COM A VIDA

E D U C A Ç Ã O

Simone Patrocínio

Receber novos alunos. Este era o obje-tivo do trote nas instituições de ensinosuperior quando a atividade teve início.Tintas no rosto, danças engraçadas e mui-to bom humor faziam parte deste ritualde recepção dos calouros. Mas os inciden-tes violentos levaram os trotes aos jornaise o modelo passou a ser questionado. Omovimento começou a mudar a partir de1997, quando houve a explosão de trotesviolentos. A Fundação Educar esteve àfrente da substituição do trote violentopelo trote cidadão, e, em 1998, apoiou oprimeiro Trote da Cidadania, realizado naUnicamp (SP). Dessa forma, os trotes tra-dicionais foram substituídos por ativida-des de caráter social, que visavam desper-tar nos universitários ingressantes, e tam-bém nos veteranos, a idéia de cidadania.

Para resgatar o verdadeiro propósitodo trote e usá-lo como ferramenta de for-mação, a Unicamp desenvolveu um pro-jeto de Trote Cidadão em que o aluno sediverte e aprende a ajudar o próximo. AUVV recebeu o novo formato do trote e aele aderiu. “Queremos resgatar a brinca-deira do trote e mostrar que podemos usá-lo como ferramenta para a formação dosnossos alunos”, comenta Luciana Dantas,vice-reitora da UVV. Na instituição, a pro-moção do trote é uma parceria com o Di-retório Central dos Estudantes (DCE). Apresidente do Diretório, Patrícia SiqueiraNunes, diz que o principal objetivo dotrote é despertar a consciência do estu-dante sobre sua responsabilidade peran-te a sociedade. “Além de produzir conhe-cimento, o universitário deve promover

cidadania e ação social. Outros benefíci-os do trote são a integração no campus eentre este e a comunidade.”

ResultadosMaior incentivadora do trote, Lucia-

na Dantas se orgulha dos resultados ob-tidos nas seis edições já realizadas. “Asdoações de sangue são sempre um suces-so. No início do ano conseguimos ajudara abastecer o banco de sangue para oCarnaval e no segundo semestre garanti-mos novamente”, diz, orgulhosa. Desde2001, quando teve início o trote, mais de820 bolsas de sangue foram coletadas en-tre os calouros e veteranos da UVV e maisde 800 Kg de alimentos e 12 mil litros deleite foram arrecadados e encaminhadosàs comunidades carentes. “O balanço daatividade é muito positivo. Conseguimossuperar metas, quebrar recordes e implan-tar uma cultura que praticamente nãoexiste em outras instituições”, comemo-ra a presidente do DCE, Patrícia Nunes.

O Trote Cidadão funciona como umagincana, em que as turmas iniciantes,com o auxílio dos veteranos, competempara ver quem arrecada mais donativos econsegue o maior número de doações desangue. A turma mais bem-sucedida éagraciada com um churrasco de confra-ternização. “A competitividade da gin-cana é saudável, pois garante a integra-ção e desperta o compromisso com a co-munidade. Com certeza, é uma atividadeque contribui para os excelentes resulta-dos”, afirma Patrícia Nunes, do DCE.

AtividadesAlém do trote cidadão, os calouros da

UVV são recebidos com uma programa-ção muito especial. Palestras de boas-vin-das com palestrantes de renome nacio-nal são sempre realizadas para abrir asatividades de recepção aos calouros. Ce-zar Itaborahy, professor; Edvaldo Farias,administrador; Sylvia Jubrael, psicólogae especialista em dinâmica de grupo;Paulo Afonso Ronca, psicólogo; e Marce-lo Madureira, humorista, são nomes quejá receberam os calouros da instituição.“A idéia é promover palestras em que oaluno perceba que ele é o condutor dasua carreira, e que os resultados que ob-terá na sua trajetória dependem das ati-tudes que ele vai tomar já no início docurso”, informa Luciana. Para receber os

calouros do primeiro semestre de 2004 aUVV convidou o alpinista Waldemar Ni-clevicz, o primeiro brasileiro a atingir otopo do Everest.

A programação prossegue com pales-tras, apresentações culturais e visita aocampus. “Cada coordenação promove umapalestra específica sobre o curso e umavisita ao campus. Dessa forma, os novosalunos se sentirão mais familiarizados tan-to com a profissão que escolheram comocom a instituição”, esclarece Rachel BaiãoDuenke, da Diretoria de Planejamento eEnsino (DPE). “Essa é uma forma de rece-bermos bem nossos alunos e evitarmos si-tuações desagradáveis como as que esta-vam acontecendo pelo país”, comenta.

Quem já participou aprovou o TroteCidadão da UVV. “Foi muito bom partici-par do trote. Conseguimos ajudar pessoascarentes e também trabalhar em grupocom a turma”, conta Edmilson GhisolfiCampanharo, do 2º período do curso deFarmácia. Feliz por ter vencido a últimaedição do trote, Edmilson se diz surpresocom o envolvimento da turma. “Foi im-pressionante a participação da turma. To-dos participaram. Eu doei sangue e leite”,orgulha-se. Pesquisa realizada pela Dire-toria de Planejamento e Ensino (DPE) noprimeiro semestre de 2003 confirma a sa-tisfação do aluno. A doação de sangue foiconsiderada boa e muito boa para 90% dosentrevistados, enquanto a arrecadação dedonativos recebeu 88% dos mesmos con-ceitos. De um modo geral, 74% dos entre-vistados consideraram as atividades derecepção de calouros boas ou muito boas.

Trote, só cidadãoSaiba mais sobreo Trote Cidadão

Trote é o nome dado à co-memoração de entrada na fa-culdade. Geralmente aconte-ce no primeiro dia de aula.

A idéia do Trote Cidadão épromover o conhecimento,por parte dos alunos, da rea-lidade social do lugar em quevivem, incentivá-los a buscarsoluções criativas, planejar,executar suas idéias, avaliaro projeto e os resultados es-perados. Estima-se que esseenvolvimento estimule acriatividade, os sonhos e a vi-são ética e cidadã do mundo.

O objetivo maior do Trote Ci-dadão é promover a confra-ternização, realizar campa-nhas sociais e estimular a so-lidariedade entre o meio es-tudantil e a comunidade lo-cal, favorecendo o cresci-mento intelectual e o ama-durecimento do aluno comoser humano.

O Trote Cidadão ganhou for-ça após vários incidentes quemostraram que a barreira en-tre a brincadeira e os abusoshavia sido rompida. Em 1993,a Unesp chegou a criar umacomissão para apurar os ca-sos de trotes violentos, e aPUC proibiu a prática dentroda universidade. Em seguida,várias instituições criaramrestrições e punições paraaqueles que insistissem empráticas abusivas.

Uma pesquisa realizada pelaFundação Educar DPaschoalaponta que 54% das univer-sidades brasileiras já prati-cavam o trote solidário noano de 2000.

O novo modelo de trote járegistra desdobramentos,como o trote social, o trotecultural e o trote ecológico.

Fonte: www.educar.com.bre Folha Online

UVV realiza em 2004 a sétima edição do Trote Cidadão,com foco na cidadania e na conscientização do aluno

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PROVA DOS NOVE

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Há algumas décadas era normal sereferir às mulheres como sexo frágil eenxergá-las como a única responsávelpelas tarefas domésticas. Hoje, fogão,tanque, cozinha e filhos são apenas al-gumas das tarefas das mulheres, que acu-mulam também funções profissionais, emque estão galgando espaços cada vezmaiores. Essa realidade é confirmada pe-las pesquisas do Ministério da Educação(MEC), que constataram que 54,3% dapopulação com nível superior são mulhe-res, sendo 55% dos graduados e 43% da-queles que têm mestrado ou doutorado.

Denise Fátima da Silva, aluna do 4ºperíodo do curso de Administração daUVV, é um exemplo de mulher que supe-ra todas as dificuldades e dá conta deuma rotina pra lá de agitada. Sua aten-ção e seu tempo são divididos entre umfilho de dez anos, Raphael, várias disci-plinas do curso de Administração e umacarga horária de trabalho de oito horasdiárias. Isso sem falar que, no primeiroperíodo, Denise percorria cerca de 180quilômetros por dia para ir e voltar dafaculdade, já que residia em Anchieta,no sul do Estado. Tudo isso porque nãoabria mão da companhia de seu filho.

Aos 28 anos de idade, Denise sabe bemo que é uma vida de lutas e vitórias. Paraconseguir conciliar as tarefas, ela veiomorar em Vila Velha e estuda depois quechega da faculdade. Seus finais de sema-

na são aguardados ansiosamente pelo fi-lho. “Passo a semana inteira em Vila Ve-lha estudando e trabalhando, e nos fi-nais de semana eu volto para Anchietapara ficar com meu filho e com meuspais”, diz.

Para Denise, seu maior desafio é sedespedir do filho no domingo à noite. “Elechora muito e reclama que sente minhafalta. É sempre muito triste porque seique vou ficar uma semana longe dele.Quando tenho semana de prova é piorainda, porque não posso visitá-lo, tenhoque ficar estudando”, lamenta.

Todo o sacrifício de Denise tem umpropósito muito bem determinado: me-lhorar a condição de vida para o filho epara os pais. “Quero construir minha tra-jetória para dar qualidade de vida para omeu filho e para minha família”, afirma.

Além de Denise, há muitos outrosexemplos de mulheres vencedoras. Na

Uma bela conquistaNo Dia Internacional da Mulher, comemora-se a ascendênciado sexo feminino ao ensino superior, embora as mulherescontinuem acumulando inúmeras tarefas

perfilEstilo de música... MPB e Gospel

Último livro que leu? “O sucesso é ser feliz”, de Rober-to Shinyashiki

Um filme? “Homens de honra”

Uma cor? Azul

Uma comida? Pizza

Um lugar? Praia

Uma coisa que a deixa feliz? Amizade sincera

Minha maior riqueza é... acreditar em Deus

Uma mensagem? As circunstâncias unem e separam aspessoas. As circunstâncias ficam e as pessoas passam.Porém, cada pessoa que passa deixa um pouco de si emcada pessoa que fica.

Mulheres eSociedade

As mulheres estão conquistando cada vezmais espaço na sociedade, o que refleteuma melhor qualificação profissional, poisé uma exigência do mercado de trabalho.“A grande questão é que a mulher estáconquistando espaço, mas continua pre-sa às tarefas da casa. O stress acaba sendoconseqüência da sobrecarga de tarefas”,analisa Arion Carlos Ribeiro, psicólogo eprofessor na UVV.

O sociólogo e professor da UVV, Sérgio Sil-va, explica que “a tendência é que as esta-tísticas aumentem sistematicamente, dadoo fato de haver uma desproporção na ocu-pação das atividades profissionais entre ho-mens e mulheres na nossa sociedade”. Paraele, o movimento vai ser intensificado, jáque as mulheres estão ocupando váriosespaços como forma de conquista social.

“A evolução da mulher se deu em todos osaspectos. Tanto nos objetivos, representa-dos pelo caráter material da vida econô-mica e política, como no aspecto subjeti-vo, com as conquistas sutis e inteligentes.Isso mudou para sempre o imaginário davida na nossa sociedade e, de certa forma,na sociedade global”, comenta Sérgio.

As mulheres só começaram a ingressar noensino superior no final do século XIX. Apioneira foi uma médica, formada pela Fa-culdade de Medicina da Bahia, em 1887.

As mulheres começaram a ampliar a suapresença nas carreiras tidas como tradicio-nais a partir dos anos 40. Enquanto os ho-mens ocupavam as áreas de valor social epossibilidades econômicas, as mulheres fi-cavam com aquelas voltadas à preparaçãopara o ensino secundário e à cultura huma-nística. Concentravam-se nos cursos de Le-tras, Magistério, Artes e Enfermagem.

A partir dos anos 70, há uma expansãode matrículas no ensino superior; grandeparte delas oriundas do aumento da par-ticipação feminina nesse grau de ensino.

Embora a escolaridade média esteja cres-cendo em ambos os sexos, as mulheresestão alcançando esse estágio em uma ve-locidade maior. Em 1960, a escolaridademédia dos homens era de 1,9 ano contra1,7 das mulheres. Em 1996, esses núme-ros passaram para 5,8 e 6,1, respectiva-mente. Ou seja, enquanto em 1960 a di-ferença era de 0,2 ano em favor dos ho-mens, em 1996 passou para 0,3 ano emfavor das mulheres.

O aumento do nível de escolaridade dasmulheres está associado a fatores comoqueda da fecundidade, da morbidade e damortalidade dela e de seus filhos, alémda maior e mais consciente participaçãona vida pública. No entanto, as meninassão as primeiras a sofrer com a baixa ren-da das famílias: quanto menor a rendafamiliar, menor o número de meninas naescola proporcionalmente ao de meninos.

Fonte: Mulheres no Ensino Superior no Bra-sil, de Delcele Mascarenhas Queiroz (Uneb e

UFBA) e dados do Ipea – Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada

proximidade do Dia Internacional daMulher, comemorado em 08 de mar-ço, a UVV presta uma homenagem atodas as mulheres que dão conta desuas inúmeras tarefas.

Mulheres na UVV (em %)

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Bibliotecário xBiblioteca

O Dia do Bibliotecário é comemoradoem 12 de março, em homenagem à datado nascimento do bibliotecário, escritore poeta Manuel Bastos Tigre. Desde osurgimento do primeiro curso de Biblio-teconomia no país, em 1910, até os diasatuais, podemos observar uma mudançano perfil do bibliotecário brasileiro. Deuma visão mais humanista, o bibliotecá-rio passa a ser um “gerente informacio-nal”, com qualificações como domíniodas tecnologias de informação, atitudesgerenciais e administrativas, tratamen-to e disseminação de informação emqualquer suporte físico, e outras.

A Biblioteca Central da UVV tem bus-cado corresponder aos desafios das bi-bliotecas universitárias. Fazendo umbalanço das principais atividades desen-volvidas pela nossa Biblioteca em 2003,podemos destacar:

1. Consolidação dos nossos produtos eserviços, como empréstimo, devolu-ção, comutação, visita orientada aoscalouros e distribuição sistemática doBoletim on-line de Novas AquisiçõesIncorporadas ao Acervo;

2. II Semana do Livro e da Bibliotecana UVV, em outubro, com o lança-mento dos impressos da Biblioteca,como: folders, marcadores, cartazese guia do usuário (este último tam-bém disponível na internet) e reali-zação do Workshop “NormalizandoTrabalhos Acadêmicos”;

3. Visita orientada de uso da Bibliote-ca, que acontece no início da cadasemestre letivo, com a presença de1.239 calouros;

4. O número de empréstimos de livrosfoi de 148.792, com uma média de800 empréstimos/dia;

5. Treinamento de usuários em pesqui-sa – orientando como fazer uma pes-quisa em bases de dados, foram aten-didos 44 alunos dos diversos cursos;

6. Comutação bibliográfica – Comut,com localização de artigos e perió-dicos, totalizando 263 artigos (IBICT)e 184 artigos (Bireme), atendendo asolicitações de alunos e professores;

7. Levantamentos bibliográficos – lista-gem por assunto de material biblio-gráfico que faz parte do acervo daBiblioteca. Total: 28 levantamentos;

8. Boletim on-line de Novas Aquisições –foram disponibilizados quatro boletins;

9. Recebemos Comissões do MEC para re-conhecimento dos cursos de Jorna-lismo, Relações Públicas, Nutrição eCiência da Computação. Em 80% dosquesitos obtivemos conceito MB(muito bom).

No mês que se comemora o Dia Inter-nacional da Mulher (08 de março), e oDia do Bibliotecário (12 de março), que-ro cumprimentar a equipe da BibliotecaCentral da UVV, em especial às colegasbibliotecárias, com as quais tenho com-partilhado conhecimentos e conquistas.

Marlene PozzattoDiretora da Biblioteca Central

B I B L I O T E C A

UVV, nome de Universidade. Qua-se uma grande cidade! Muito maisque uma universidade! Escola jovem,atuante, que realmente cumpre o seupapel na sociedade.

A UVV veio para brilhar, a UVVveio para ficar, ela é uma estrela quefulgura através de seus professores,alunos, dirigentes e funcionários.

Como sei de tudo isso?Não trabalho na instituição, não sou

aluna e nem faço parte do quadro deseus docentes. Mas a experiência quetenho tido desde junho/03, me auto-riza a mostrar à sociedade de Vila Ve-lha que ela tem uma jóia em seu seio,que deve ser admirada e valorizada.

Vamos à história...Meu marido, após um AVE hemor-

rágico, gravíssimo, coma, UTI..., ini-ciou um trabalho de fisioterapia in-

tensiva na Policlínica de Fisioterapia deReferência – UVV. Tão importante quan-to os cuidados fisioterapêuticos que elerecebeu neste ano de 2003, cuidadosprofissionais de qualidade dispensadospor graduandos e professores, é o cari-nho, e a dedicação desses dedicadosprofissionais.

Tanto meu marido, quanto todosos outros “pacientes”, são tratadoscom tanta atenção e tamanha dedi-cação que chega a emocionar. É umaalegria muito grande quando ele searruma para irmos para o tratamentode fisioterapia; o estímulo que os pa-cientes recebem, o sorriso e o cari-nho que lhes são dedicados os ani-ma, os incentiva e também a nós, seusfamiliares. Os formandos (graduan-dos) do curso de Fisioterapia, coor-denados por seus mestres orientado-res, são verdadeiros anjos aos quaissó podemos dispensar muita gratidãoe reconhecimento.

Quanta doçura aqueles jovensquase já profissionais acumulam noscorações e distribuem com bondadeaos nossos queridos irmãos, maridos,filhos...

E assim esta universidade cum-pre o seu papel; serve à sociedadeonde está inserida e a serve commuita garra, com muita determina-ção, com muito critério e responsa-bilidade, tendo à frente mestrescompetentes e preparados. Parabéns,Vila Velha; parabéns, UVV; parabéns,curso de Fisioterapia.

Parabéns, Vila Velha, parabénspor abrigar no seu município umaescola como a UVV. Parabéns, UVVem Vila Velha, por contribuir tãoeficazmente com o seu desenvolvi-mento e progresso. A UVV cumpre oseu papel e nós, que usufruímos deseu trabalho, somos os privilegiados.

Sueli Pereira

Depoimento de esposa de um paciente