jornal holandes - dezembro de 2009

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Ano 7 - Nº 73 - Dezembro de 2009 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais Pecuária leiteira com tendência positiva PÁGINAS 16 e 17 Entrevista O Deputado Federal e produtor rural Luiz Fernando Faria, ressalta a importância de movimentos na pecuária leiteira PÁGINA 8 Artigo A desmineralização do gado é um dos fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade média das fazendas As melhores produções individuais e por rebanho PÁGINAS 20 a 23 Wagner Correa Retrospectiva e perspectivas

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Page 1: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

Ano 7 - Nº 73 - Dezembro de 2009 - Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

Pecuária leiteira com tendência

positiva

PáGiNAs 16 e 17

EntrevistaO Deputado Federal e produtor rural Luiz Fernando Faria, ressalta a importância de movimentos na pecuária leiteira

PáGiNA 8

ArtigoA desmineralização do gado é um dos fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade média das fazendas

As melhores produções individuais e por rebanho

PáGiNAs 20 a 23

Wagner Correa

Retrospectiva e perspectivas

Page 2: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

2 Jornal Holandês| Dezembro de 2009

Leonardo moreira costa de souzaPresidente da associação dos

criadores de Gado Holandês de minas Gerais

Jornal Holandês - www.gadoholandes.comPublicação oficial da associação dos criadores de Gado Holandês de minas Geraisav. sete de setembro, 623, costa carvalho – Juiz de Fora – mG – ceP [email protected] – Fone: (32) 4009-4300

Presidente: Leonardo moreira costa de souzaDiretor Geral: José Vânio de araújoProjeto Gráfico: Lux - design comunicação e marketing Editora de Diagramação e Arte: Helô costa – 127/mG

Departamento Comercial: 32 4009-4300 | 32 9197- 2727- e-mail: [email protected] Belo Horizonte - 31 9105-7737

EstagiáriosConvênio Laboratório do Curso de Comunicação Social da UNIPACav. Juiz de Fora, 1100 – Juiz de Fora – mG - www.unipac.br - Fone: (31) 2102-2101Coordenação e Supervisão dos acadêmicos da Unipac: Profª marina magalhãesColaboraram nessa edição os seguintes estagiários: carolina alzei e marcos alexandre

Impressão: sempre editora Ltdatiragem: 10.000 exemplares

o Jornal Holandês não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, sendo de responsabilidade de seus autores.

OTIMISMO OU PESSIMISMO

EM 2010?Muitas pessoas discursam que a pecuária de leite vive sempre da esperança pela chegada

de dias melhores. Rechaçam o otimismo e vivem sempre o constante pessimismo, reclamando incessantemente dos resultados da atividade leiteira.

Porém, por que prosseguem na atividade? Esta pergunta eu sempre faço a mim mesmo sem obter uma resposta cartesiana. Será que faz parte da característica do produtor de leite reclamar sempre do seu próprio negócio? Creio que não.

O que falta em nossa opinião é uma melhor demonstração do que efetivamente acontece com base em números, demonstrando didaticamente aos produtores as razões da lei de mer-cado, procurando auxiliá-los na tomada de decisões corretas que façam imperar o otimismo e a colheita de resultados concretos. Um ciclo virtuoso que é possível ser alcançado.

O leite vem passando há alguns anos por uma grande transformação no Brasil e, efetiva-mente, só sobreviverão os eficientes, os que controlam, os que conhecem os seus próprios números, o seu negócio, as suas vacas, aqueles que sabem onde querem chegar, com objeti-vos claros, sem jogar a sujeira para baixo do tapete, com amor pelo que fazem, mas com maior paixão ainda pela lucratividade.

Somente com esta visão comum conseguiremos dar seqüência a busca pela melhor organi-zação setorial e defesa dos interesses dos produtores. Sempre se prega a necessidade de união dos produtores, a qual nunca chega. A pergunta deve ser: por que nunca chega? Para nós a res-posta também é simples e pode ser traduzida em um velho ditado: em casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão!

É por isso que vislumbramos, através da nossa Associação, com a prestação de serviços efi-ciente, contribuir com os nossos associados e pecuaristas de leite em geral, auxiliando-os a enten-derem o que acontece numericamente nas suas fazendas, sugerindo medidas a serem tomadas e orientando o produtor com base em conceitos técnicos testados. Um dos nossos objetivos é mostrar ao pecuarista que é possível ser eficiente e ter lucro na sua atividade, sobretudo com a raça holan-desa. Afinal, será que todos pagam para produzir ou será que existem produtores que lucram?

Sugerimos que os nossos leitores reflitam sobre as palavras acima, principalmente após lerem o conteúdo desta edição sobre o cenário realista para 2010, que tende a ser um ano bom para a nossa atividade, e que concluam acerca do que é possível ser feito se enxergarmos a nossa atividade nas suas entranhas, buscando com trabalho sério e constante as soluções para a obtenção do necessário lucro impulsionador da sua sustentabilidade.

Sugerimos que os nossos leitores iniciem 2010 com um bom planejamento financeiro, com um plano de trabalho eficiente, com a cabeça bastante aberta para usufruir positivamente das mudanças no nosso setor, motivado a quebrar paradigmas e enxergar que otimismo ou pessi-mismo não é puramente um sentimento ou uma característica, mas sim a conseqüência de um trabalho bem ou mal feito.

Um Feliz Natal a todos os nossos leitores e que 2010 seja recheado de otimismo por bons resultados alcançados e não por discurso apenas!

Boa leitura e um forte abraço.

Uma observação que faço a respeito das cartas que são recebidas pela redação do jor-

nal, e também através dos comentários que procuro obter dos leitores do Jornal Holandês,

é de que as pessoas gostam e confiam no jornal muito pelo conteúdo técnico que ele apre-

senta, o que de fato vem ao encontro do objetivo ao qual se propõe.

Como se trata de um veículo de informações de consumo para o produtor, é importante

estabelecer a necessidade de que cada edição contenha matérias voltadas para dar

suporte ao produtor, seja através de entrevistas que apresentem novidades e contenham

aplicação de novas técnicas, seja através de artigos e matérias que possam efetivamente

ser aproveitadas pelos leitores quanto a aplicabilidade na sua atividade cotidiana.

Não há dúvida de que todos os demais assuntos enfocados nas edições são também

importantes, pois se revestem de comunicação de interesse do meio rural. Mas, de forma

alguma este veículo de informações deve deixar de publicar em suas edições mensais as

matérias de cunho técnico para deleite de seus leitores.

Como o uso deste espaço é sempre com o objetivo de dar um norte para o desenvolvi-

mento de pautas futuras, fica a sugestão para que a redação publique a cada edição matérias

que valorizem cada vez mais a leitura em benefício de nossos produtores rurais brasileiros.

Boa leitura, Feliz Natal e um ótimo 2010 para todos os leitores do Jornal Holandês.

Tive a satisfação de ler o Jornal Holandês. Como sou pequeno produtor de leite, gostei muito do conteúdo, pois faço inseminação no meu gado e seu eu pudesse receber periodi-camente este jornal seria muito bom, pois irá me ajudar muito no meu desempenho.

Jorge Antônio da Fonseca, Lajinha/MG Da redação: Prezado Jorge, agradecemos o recebimento de sua carta. É com prazer que

informamos a inclusão de seu nome no cadastro de assinantes do Jornal Holandês. A partir da próxima edição os exemplares mensais já serão enviados para o seu endereço infor-mado. Bem vindo ao clube de leitores do Jornal Holandês!

ASSoCIAção DoS CrIADorES DE GADo HoLANDêS DE MINAS GErAIS

Avenida Sete de Setembro, 623 Centro - Juiz de Fora - MG - CEP 36070-000

Tel: (32) 4009-4300 Presidente: Leonardo moreira costa de souza - [email protected]

Superintendente Geral: José Vânio de araújo - [email protected] de registro: cleocy Fam de mendonça Junior - [email protected]

Acricom - Associação dos Criadores de Gado Holandês do Centro oeste MineiroPresidente - alberto oswaldo continentino de araújoavenida amazonas, 6020 - Gameleira. 30510-050 Belo Horizonte - mG - tel: (31) 3334-8500

Nughoman - Núcleo Criadores de Gado Holandês da MantiqueiraPresidente -almir Pinto reisrua João Baptista scarpa, 666. 37464-000 itanhandu - mG - tel: (35) 3361.2404

Nughobar - Núcleo dos Criadores de Gado Holandês de BarbacenaPresidente - cristovam edson Lobato campos avenida amílcar savassi, s/n caixa postal 126. 36200-000 Barbacena - mG - (32) 3332-8673

rePresentações reGionais:

antônio de Pádua martinsengenheiro civil e Produtor [email protected]

(35)9981.0404

editorial

expediente

endereços úteis

ouvidoria

carta

Page 3: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

3Jornal Holandês| Dezembro de 2009

O Real e o Dólar: produtores rurais já reclamam contra a valorização da moeda

A preocupação que antes era só da indústria agora é incorporada pelos produ-tores. Sem a ajuda dos preços internacio-nais que eram altos antes da crise, a valori-zação da moeda prejudica a conta da renta-bilidade das exportações do setor agrícola. Depois de três anos de equilíbrio, o setor agropecuário convive agora com o impacto negativo na remuneração em moeda local. Os preços em reais das exportações recua-ram 14,5% entre junho e setembro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em relação a setembro do ano anterior (antes da crise), a queda foi de 11%.

O câmbio pulverizou os ganhos da recu-peração das commodities, que voltaram a subir com o início da retomada do aqueci-mento da economia global. A conta fecha na seguinte equação: enquanto os preços

(em dólares) das exportações do setor agrí-cola aumentaram 6,3% no terceiro trimes-tre, o real disparou valorização à taxa de 19,6% em relação às moedas dos principais parceiros do setor mundial.

Se os impactos da valorização já preju-dicam os setores do campo, a situação da indústria é bem pior. É que o “estrago” do real forte na agricultura é bem menor que na indústria. Cálculo preliminar da Fun-dação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) aponta que a rentabili-dade das exportações da agricultura e da pecuária caiu 24% em outubro de 2209, se comparado ao mesmo período do ano anterior e voltou para o patamar do início do ano passado. A rentabilidade das ven-das externas da indústria, por sua vez, amarga o pior desempenho desde meados da década de 80.

mercadoW

agner Correa

Page 4: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

4 Jornal Holandês| Dezembro de 2009produção

Investidores prevêem que leite deve subir 39% em 2010

Segundo notícia veiculada em dezem-bro pelo CDC – Diário do Comércio & Indús-tria, a queda da produção de commodities, do arroz ao leite, é má notícia para quase todos, menos para os investidores.

O governo dos Estados Unidos diz que o preço do leite em pó desnatado deverá dar um salto de 39% no ano que vem. Os custos

mundiais dos alimentos saltaram 7% em novembro, sua maior alta desde fevereiro de 2008, quatro meses antes de alcançar um recorde, segundo a Organização para a Ali-mentação e a Agricultura da ONU (FAO).

Os preços dos produtos agrícolas fica-ram atrás, este ano, dos contratos futuros de cobre, que duplicaram, e do petróleo,

cuja cotação subiu 57%. A recuperação da recessão, a pior desde a Segunda Guerra Mundial, estimulará a demanda por alimentos e impulsionará seus custos para compradores de commodities, ao mesmo tempo em que aumentará o con-tingente da população faminta, que, segundo a ONU, ultrapassa atualmente 1

bilhão de pessoas. ”As commodities agrícolas serão um

grande investimento nos próximos três a cinco anos”, disse Oliver Kratz, que admi-nistra US$ 10 bilhões como diretor de Inves-timentos da Global Thematic Strategy da DB Advisors, do Deutsche Bank, inclusive US$ 3 bilhões em agricultura.

O decreto que determina a prorrogação por dois anos do prazo para averbação de 20% da área das propriedades para reserva legal foi assinado no dia 1º de dezembro pelo presi-dente Lula. A alteração do decreto 6.686, após publicada no Diário Oficial de União, estabe-lece o prazo de 18 meses para a averbação, até 11 de junho de 2011, e ainda outros seis meses para adequações.

O decreto ainda prevê a retirada de multas impostas aos agricultores desde julho deste ano, e outros cinco itens básicos passíveis de alteração no Código Florestal ainda serão analisados até janeiro, quando sairá um documento final com os ajustes.

Outra novidade trazida pelo decreto é a criação do programa Mais Ambiente, criado com o objetivo de favorecer a adesão de agricultores familiares à legislação ambiental. O programa define o prazo de três anos para adesão, e ainda prevê apoio ao georreferenciamento e ao paga-

mento de outras despesas que os produtores venham a ter com o processo de

averbação.

ainda sobre a questão ambiental, ruralistas aprovam lei na câmara

A Câmara dos Deputados, em seu último dia de trabalho, aprovou no último dia 16/12

um projeto de lei dando aos Estados e municípios autonomia para criarem suas próprias leis ambientais. Antes mesmo da apresentação deste projeto de lei, o Estado de Santa Cata-rina havia tomado a iniciativa de aprovar sua própria lei ambiental, ora sob contestação no Supremo Tribunal Federal.

Este projeto de lei aprovado pela bancada ruralista cria também comissões de integran-tes do Executivo para resolver eventuais conflitos hoje sob responsabilidade do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), tirando assim parte do poder do Ibama para fisca-lizar o desmatamento em escala nacional.

Através deste projeto de lei, aprovado por 317 votos contra 17, os ruralistas tentam fazer adequações no Código Florestal, cuja legislação impõe limites ao desmatamento em terras privadas. O projeto de lei tramitará agora no Senado, e da aprovação deste, para entrar em vigor, ainda dependerá da sanção do presidente Lula.

meio ambiente

União prorroga adesão à reserva legal Wagner Correa

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5Jornal Holandês| Dezembro de 2009

No início do mês de dezembro, o Con-selho do Mercado Comum do Mercosul aprovou em Montevidéu, (Uruguai), a elevação da Tarifa Externa Comum de Importação de lácteos para países mem-bros (com exceção do Paraguai) para 28%. A proposta de revisão da antiga tarifa que estava entre 14% e 16% foi apresen-tada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na Câmara de Comércio Exterior (Camex), em 2007.

A medida vai proporcionar maior segurança para agricultores familiares e cooperativas de leite do Mercosul de pro-dutos provenientes de países com subsí-dios elevados. No Brasil, são produzidos 27 bilhões de litros ao ano, sendo que 58% do total são oriundos de um milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ministro do Desenvolvimento Agrá-rio, Guilherme Cassel, comemorou a ele-vação da taxa, que vem atender a uma reivindicação antiga do setor lácteo bra-sileiro. Segundo Cassel, a aprovação da nova tarifa é uma das mais importantes conquistas da agricultura familiar brasi-leira, uma vez que o leite é seu principal produto. “Um bom preço garante estabili-dade econômica. Além disso, é uma vitó-ria da integração regional do Mercosul, na medida em que estão criadas as con-dições para estabilizar o mercado de um produto sensível para a vida dos agricul-tores e para a segurança alimentar”, disse o ministro.

Para o coordenador da Assessoria Internacional e de Promoção Comercial do MDA, Laudemir Muller, a medida é a consolidação de uma política de apoio à produção. “Há dez anos a agricultura familiar e as cooperativas aguardavam por essa revisão. Ela vem defender o setor produtivo das práticas desleais do comércio internacional e ainda assegura oferta e estabilidade de preços para o crescente mercado consumidor da região”, disse.

Laudemir acredita que a mudança é

um passo importante para assegurar a continuidade da produção de lácteos no Brasil. “Antes éramos importadores, agora aumentamos a nossa produção, somos auto-suficientes e temos condições de exportar. Isso representa um ganho de mais de US$ 700 milhões na balança comercial brasileira”, afirmou.

Muller destaca ainda que a medida é a consolidação de uma política abrangente para o setor lácteo, conjugando política externa às ações de apoio ao setor que já vinham sendo implementadas pelo governo há alguns anos. “Isto significa que estamos gerando renda e alimentos para o crescimento econômico com esta-bilidade”, completa.

Mercosul aprova nova Tarifa Externa Comum de Importação de Lácteos

economiaW

agner Correa

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6 Jornal Holandês| Dezembro de 2009mercado

fique de olho

Decisão recente do Super ior Tribunal de Justiça (STJ) impediu o reajuste de 195% considerado indevido para correção de apólice de seguro. A decisão do STF foi no sentido de manter a correção dos valores das apólices pela inflação. Sobre a decisão do STJ não cabe mais recursos.

O fato decorreu de uma altera-ção na legislação inerente ao setor de seguros, que, a partir de 2006, q uando a Super intendência de

Seguros Privados (Susep) reprodu-ziu a Lei 10.406/2002, inserindo a o b r i ga to r i e d a d e d e re n ova ç ã o anual dos cont ra tos , re t i rando assim a cláusula de renovação automática dos seguros. Esse pre-cedente abriu espaço para renego-ciações a cada 12 meses, possibili-tando também a rescisão unilate-ral, sem negociação prévia com os consumidores, fazendo com que contratos antigos começassem a ser cancelados à medida que o

r isco diminuía para o segurado mais velho e crescia para a segura-dora. Neste caso, as seguradoras apresentavam aumentos conside-ráveis para renovação das apóli-ces, inviabilizando o consumidor/segurado de continuar a pagar as parcelas, dando assim as segura-doras o direito de cancelar unilate-ralmente os contratos de seguro quando o segurado negasse a ade-são ao novo valor das mensalida-des da apólice.

Entidades de defesas de consu-midores prevêem que a decisão do STF abre precedentes para uma avalanche de ações em todo o país, pois cria expectativa para quem já cons idera va perdido o invest i -mento feito com o seguro de vida. Ações colet ivas já iniciadas há mais de três anos podem movi-m e n ta r c i f ra s u p e r i o r a R $ 2 5 0 milhões, com um valor médio esti-mado de R$250 mil por cada inde-nização.

Em recente divulgação de levanta-mento efetuado pela Tetra Pak Dairy Index, o consumo mundial de lácteos (leite e outros lácteos líquidos como leite flavori-zado, evaporado e condensado, refrigera-dos ou não) aponta para crescimento em 1,3% este ano. Segundo o levantamento, o consumo mundial saltou de 259 bilhões de litros em 2008 para 263 bilhões de litros em 2009. No caso do Brasil, o aumento do con-sumo foi de 2,5%, passando para 10,3 bilhões de litros. Outro dado importante do levantamento é o aumento do consumo na região Nordeste do país, que alcançou 20%, segundo a Tetra Pak.

Os mercados emergentes, como o Bra-sil, devem continuar puxando o cresci-mento do consumo do setor de lácteos, segundo a Tetra Pak. Mas crescer nos mer-cados desenvolvidos, que representam 31% do consumo global de lácteos, é um desafio. ”Os mercados desenvolvidos são mais maduros, é mais difícil continuar crescendo. É preciso focar em inovação para avançar”, defendeu Dennis Jönsson.

Enquanto a perspectiva é de que o con-sumo no Brasil aumente a uma média ponderada de 3% entre 2009 e 2012, a expectativa é de queda de 0,6% nos Esta-

dos Unidos e no Reino Unido (dois dos paí-ses mais afetados pela crise) e de recuo de 2,3% no Japão. Já para Índia e China, a perspectiva é de crescimento de 2,2% e 7,1%, respectivamente. (ver quadro) Para o consumo global, a previsão da Tetra Pak é de um crescimento a taxa anual acumu-lada de 2,2% entre 2009 e 2012, conforme estimativas realizadas no início deste ano.

”Há um potencial para o aumento do consumo no Brasil”, disse Eduardo Eisler. Para ele, os mesmos fatores que sustenta-ram o crescimento este ano devem persistir no médio prazo. ”Há mais pessoas entrando no mercado, principalmente no Nordeste”, afirmou, por conta da melhora na renda. Além disso, há uma recuperação da economia e o investimento das empre-sas no segmento de lácteos, parte delas, exatamente no Nordeste.

O cenário também melhorou na China, onde a indústria de lácteos sofreu um baque por conta dos casos de contaminação com melamina, em 2007. De acordo com Jöns-son, o consumo de lácteos já começa a se recuperar, num ritmo mais rápido do que se esperava, após forte queda. Até novembro deste ano, o aumento foi de 7,1% em relação a igual período de 2008.

Tendência de crescimento no consumo mundial de lácteos em 2009

Reajuste abusivo de seguro de vida é barrado no STJ

Wagner Correa

Page 7: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

7Jornal Holandês| Dezembro de 2009

SENAR e SEBRAE lançamprograma de gestão da pequena propriedade

Em nota divulgada no último dia 11 de dezembro, a Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil destacou a celebração de convênio de cooperação técnica entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O convênio visa a promoção de ação inédita para estimu-lar o crescimento do pequeno produtor rural. Juntas, as duas instituições vão desenvolver uma metodologia especí-f ica de Gestão de Empreendimento Rural (GER).

Um público de dois mil pequenos pro-dutores rurais será beneficiado. O convê-nio de cooperação técnica foi assinado pela presidente da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pre-sidente do Conselho Deliberativo do Senar, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e pelo diretor-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

Serão desenvolvidos dez projetos-piloto. O projeto contará com investi-

mento de R$ 10 milhões durante os próxi-mos 15 meses. Meta prioritária será pro-mover ações de qualificação do homem do campo, de forma que o produtor rural receba treinamento de capacitação com ajuda do Senar, do Sebrae e dos sindica-tos rurais, no sentido de aprimorar a ges-tão da sua pequena propriedade, trans-formando-a em negócio lucrativo.

Em julho deste ano, Senar e Sebrae realizaram na sede da CNA, em Brasília, o workshop “Empreendedorismo para Gestão da Pequena Propriedade Rural”. Desde então, ficou acertado de que as duas instituições iriam atuar em parceria para desenvolver um programa de efici-ência de gestão da empresa rural de âmbito nacional. “O produtor rural pre-cisa estar consciente de que é um empre-sário rural e que precisa ter lucro com a sua atividade, para assim poder conti-nuar oferecendo alimentos bons e bara-tos para toda a população”, afirma o secretário-executivo do Senar, Omar Hennemann.

Serão realizadas ações de capacita-ção de instrutores, e posteriormente dos produtores, nos processos de implanta-ção orientada do GER, e acompanha-mento e supervisão dos resultados. Tam-bém será elaborado material didático específico, ampliando o rol de mecanis-mos de apoio ao produtor rural.

Depois de estruturada a metodologia do GER, levando em consideração as peculiaridades de cada região e das diversas culturas, o Senar será responsá-vel por disseminar os novos conceitos de gestão empresarial rural por todo o País. A tarefa será facilitada devido à presença pulverizada do sistema CNA/SENAR, que conta com as ações de 27 Federações de Agricultura e Pecuária presentes em todas as unidades da Federação e de uma rede com mais de 2,2 mil sindicatos rurais atuantes em todo o País. Essa rede forma um pólo integrado pronto para atuar na difusão dos novos conceitos de gerenciamento da atividade dos peque-nos produtores rurais.

convênio

visita

A Semex do Brasil, em parceria com a Brazil Usa Tours e o departamento de Comércio do Consulado Geral do Canadá, levou em novembro último, uma delegação ofi-cial do Brasil para visitar duas importantes feiras do setor de gado leiteiro, a Royal Agricultural Winter Fair em Toronto, Ontário e a International Holstein Show em St. Hyacinthe, Quebec, ambas no Canadá.

Mais de 50 pessoas participaram da viagem, cujo pro-grama incluiu acesso a conhecimento de novos serviços, programas e produtos nos dez dias de viagem, e foi com-plementado com uma série de visitas técnicas à fazendas comerciais e visitas às principais centrais Semex e às belas cidades do Canadá. Segundo o Diretor Presidente da Semex Brasil, Nelson E. Ziehlsdorff, “a Semex vem promo-vendo regularmente essa viagem ao Canadá”. Nelson acrescenta ainda que esse foi o 3º Grupo organizado pela Semex, com mais de 50 pessoas, representando uma receptividade muito gratificante a adesão e participação de técnicos, diretores de laticínios, veterinários e criado-res de Holandês, Jersey e Girolando de vários estados do Brasil, e com diversificados sistemas de produção.

Diante do sucesso do programa, a Semex já iniciou o planejamento para o grupo de 2010, que terá um foco maior ainda nos serviços, programas e produtos que estão sendo desenvolvidos e aprimorados pela empresa para atender com excelência o seus clientes.

Semex Brasil leva grupo de criadores e técnicos ao Canadá

Grupo de criadores, veterinários e executivos formado pela Semex aproveitou bem a visita ao Canadá

Arquivo Semex

Page 8: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

8 Jornal Holandês| Dezembro de 2009mercado

Estudo aponta que Leite achocolatado pode reduzir inflamações

Artigo publicado pela Folha on-line destaca estudo realizado por cientistas que sugerem que a ingestão regular de leite desnatado, com adição de cacau (rico em flavonóides), pode reduzir infla-mação, potencialmente desacelerando ou prevenindo o desenvolvimento da arteriosclerose.

No estudo foi realizado em Barcelona, Espanha, onde foram recrutados 47 voluntários, com 55 anos de idade ou mais, que apresentavam algum risco de doenças cardíacas. A metade deles rece-beu duas doses de 20g de pó de cacau solúvel para beber com o leite desnatado duas vezes por dia, enquanto o restante tomou leite desnatado puro. Um mês depois, os grupos inverteram a bebida.

Exames de sangue descobriram que, depois que os participantes tomavam leite achocolatado duas vezes ao dia durante quatro semanas, eles apresenta-ram níveis mais baixos, com escalas bem

significantes, em vários indicadores bio-químicos de inflamação, embora alguns indicadores de inf lamação celular tenham permanecido iguais.

Os participantes também apresenta-ram níveis expressivos do colesterol bom, HDL, depois de conclusão da dieta a base de leite com chocolate. O estudo apareceu na edição de novembro do “The American Journal of Clinical Nutrition” e está dispo-nível on-line.

Ponto positivo para o marketing a favor do produto. O leite, puro ou adicio-nado a uma variedade de opções de sabores, vem se convertendo em opção de bebida saudável e barata. Com a pre-ocupação cada vez mais crescente por parte dos consumidores, que avaliam as qualidades dos alimentos que ingerem, notícias como essa, caem como luva para que o produto adquira o status que merece e caia de vez no gosto da cadeia de consumo.

investimento

A Alta Genetics anunciou neste mês a compra da empresa austra-liana 21st Century Genetics. O acordo de compra foi assinado no dia 1º de dezembro e contou com a colabora-ção de Daryl Brown e Brian Leslie, sócios da 21st Century Genetics, que agora passa a se chamar Alta Gene-tics Austrália PTY Ltda.

“Esse é um investimento natural para a Alta Genetics, pois temos nosso foco de construir relações fortes com os principais clientes de leite progressistas em países produtores de leite,” afirma Cees Hartmans, CEO da Alta Genetics. “Com a aquisição da 21st Century nós já saímos liderando o mercado. Daryl e Brian desenvolveram uma base sólida e pronta para mais crescimento. Esta-

mos muito orgulhosos de dar seqüência ao que eles alcançaram na Austrália.”

Há mais de 20 anos a Alta Genetics tem sido fornecedora de genética para a indústria Australiana, e em 2003 a 21st Century Genetics se tornou uma distribuidora Alta naquele país. Nos últimos sete anos a 21st Century criou um negocio de sucesso fornecendo aos fazendeiros Australianos uma gené-tica de alta qualidade proveniente das melhores vacas da Austrália e fora do país. A combinação entre Alta Gene-tics e 21st Century Genetics tem um histórico de liderança, e o objetivo dessa união é dar continuidade a este aspecto. A Alta Genetics Austrália PTY irá oficialmente começar suas ativida-des em Janeiro de 2010.

Alta anuncia a compra da australiana 21st Century Genetics

Presenteie os seus animais com nomes criativos ao registrá-los.

Afinal, eles merecem ter nomes, filiação, méritos conquistados...

O valor do registro é bastante acessível para levar tanta informação.

Cada animal só é registrado uma única vez. Portanto, valorize este investimento.

O nome do proprietário do rebanho vai constar no registro, e o nome do afixo que

identifica a sua propriedade também.

Garanta valor para o seu plantel. Registrar é um investimento para o resto da vida!

Consulte-nos. Temos muito a contribuir para o seu plantel aparecer e se destacar.

Caixa de novidades para novos associados em 2010

associação dos criadores de Gado Holandês de minas Geraisav. sete de setembro, 623, costa carvalho – Juiz de Fora – mG – ceP 36070-000

Page 9: Jornal Holandes - Dezembro de 2009
Page 10: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

10 Jornal Holandês| Dezembro de 2009levantamento

A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgou nota pública infor-mando que o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE) errou ao publicar o valores do Índice de Gini no Censo Agrope-cuário 2006. Informa a senadora, que o dado sobre a suposta concentração de ter-ras na área rural, além de errado, foi ampla-mente divulgado como se representasse um prejuízo ao País. Posteriormente, o IBGE reconheceu o erro primário em nota sem qualquer destaque.

O Censo Agropecuário IBGE 2006 exibe fortes inconsistências quando comparado aos levantamentos anuais do próprio insti-tuto, como a Pesquisa Pecuária Municipal IBGE 2006 e a Pesquisa Agrícola Municipal IBGE 2006. Neste caso, o Censo ou as pes-quisas anuais, ou ambos, estão errados. Ao lado os números apurados pelo censo.

Segundo a presidente da CNA, diante de tão expressivas diferenças, cabe ao IBGE explicar aos produtores rurais e à socie-dade brasileira as razões que levaram a resultados que geram suspeição sobre sua credibilidade, reconhecendo que as pes-quisas amostrais podem apresentar desvio quando comparadas àquelas que conside-ram todo o universo pesquisado, mas res-saltando que a dimensão das diferenças encontradas nos números apresentados é no mínimo questionável.

Os desvios exibidos pelo Censo Agrope-cuário IBGE 2006 causaram prejuízos incal-culáveis ao setor, cuja importância econô-mica foi subestimada pelos dados divulga-dos. Além do desgaste de sua imagem, os produtores rurais ficaram sem referências estatísticas confiáveis para a definição de políticas públicas e para a decisão de novos investimentos na atividade.

CNA alerta para disparidade em pesquisas

Pesquisas feitas Pelo iBGe no ano De 2006Pesquisa Pecuária MuniciPal

2006(resultado anual)

Pesquisa agrícola MuniciPal

2006(resultado anual)

censo agroPecuário

2006(a cada 10 anos)

censo agroPecuário

2006(a cada 10 anos)

Produção de leite (litros)

Vacas ordenhadas (cabeças)

rebanho bovino (cabeças)

25,3 bilhões

20,9 milhões

205,9 milhões

20,1 bilhões

12,6 milhões

171,6 milhões

5,2 bilhões de litros (21% a menos)

8,3 milhões de cabeças (40% a menos)

34,3 milhões de cabeças (16,6% a menos)

Produção de soja (toneladas) 52,4 milhões 40,7 milhões 11,7 milhões de toneladas (21% a menos)

diferença entre os núMeros

das Pesquisas

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Publicação Oficial dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

O jornal Holandês atinge todos os envolvidos no meio da pecuária leiteira. Isso o coloca como veículo com maior afinidade em todas as áreas da cadeia produtiva. Do ordenhador, sentado no banquinho, orgulhoso de ver a foto do animal que cuida, no sorriso de um técnico que tem o recorte de seu artigo publicado guardado com carinho, do criador que coleciona junto aos prêmios a edição que estampa a foto de seu valoroso animal, da cara de curiosidade saciada de quem não entende nada de leite, mas reconhece na qualidade de nossos textos a seriedade com que lidamos com o assunto. Isso é acertar no alvo de forma precisa sem perder nada. Aqui não só vendemos bem seu produto ou serviço como também temos credibilidade para dar sustentação a sua marca em uma campanha. Afinal, quem não gosta de ver um produto que usa anunciando no principal veículo do meio e assim valorizando seu trabalho.

Page 11: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

2 ORDENHASPROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL NÚMERO COMP. PRODUÇÃO DATA DO REGISTRO RACIAL DIARIA CONTROLEmiriam Fatima Leite Farias Guarara enGenHo da rainHa Francesca 674 ruBens-te LB2513 Po 56,5 15/10/2009aLmir Pinto reis itanHandu aLana aeroLine Lenita BX318624 Po 54,4 14/10/2009manueL Jacinto GoncaLVes itanHandu Bocaina inteGritY reBeca tanGa BX326721 Po 53,8 29/10/2009coLLem construtora moHaLLem Ltda ressaQuinHa coLLem eLLiPsis iLLem BX352708 Po 53,2 14/10/2009Luiz cLoVis Braz scarPa itanHandu sao Braz Loteria Leader BX394864 Po 52,2 08/10/2009dirceu de manciLHa itanHandu GaLena estamPa PasJa BX318588 Po 50,2 07/10/2009marcio macieL Leite cruziLia emieLe carteira Locate Br1378475 Gc-06 48,4 02/10/2009aniceto manueL aires antonio carLos a.m.a. aeroLine Brit - 541 BX354804 Po 48,2 22/10/2009Vicente antonio marins e FiLHos tres coracoes Vam BeiJa namorada LuiGi Br1492265 Gc-04 48,2 23/10/2009aLtair da siLVa reis itanHandu santos reis marsHaLL JamiLe BX335403 Po 47,6 14/10/2009

3 ORDENHASPROPRIETÁRIO MUNICIPIO NOME DO ANIMAL NÚMERO DE COMP. PRODUÇÃO DATA DO REGISTRO RACIAL DIARIA CONTROLEruBens arauJo dias e/ou camPestre itaGuacu adaLia 2730 Br1401551 Gc-03 68,0 01/10/2009Lucas e.P.coimBra e/ou Jose antonio o.siLVa PiumHi onda suL Locust 2411 Br1413550 Gc-01 65,0 15/10/2009antonio de Padua martins sao Joao Batista GLoria Landemart reVenue emBaiXatriz 1166 Br1419961 Gc-01 63,3 14/10/2009eVaristo Francisco marQues/Leandro s.marQues GuaXuPe eF & Ls teteia GarWood Br1426712 Gc-01 62,8 21/10/2009armando eduardo de Lima menGe Pouso aLeGre menGe taLent suzana 1026 BX363405 Po 59,9 27/10/2009eLLos Jose noLLi caete J.e.n. Leader Vita BX305079 Po 58,2 02/10/2009Luiz Fernando rodriGues oLiVeira monte aLeGre de minas Vertente araPuca 428 Br1497213 Pcod 54,2 28/10/2009carLos aLBerto adao muzamBinHo c.a.a. LoBa conVincer Br1472516 Gc-01 54,0 22/10/2009PauLo ricardo maXimiano e/ou outros caPetinGa cartHom's Hida eQuitY Br1426501 Gc-05 53,2 16/10/2009carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro aLFredo VasconceLos riVeLLi BoLiVia 0147 sr412433 31/32 51,2 16/10/2009

Produções indiViduais de animais suBmetidos ao controLe oFiciaL aFeridas em outuBro/2009 HoLandesa

Aqui não tem conversA prA boi dormiranuncie no Holandês. o Jornal de agronegócios que mais cresce no país

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classe, com primeira

divisão 305 e 365 dias, 2 e 3 ordenhas

Melhores médias de produção por rebanho

Dez maiores produções individuais diárias por rebanho

dezembro de 2009 Publicação oficial dos criadores de

Gado Holandês de minas Gerais

Page 12: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

CONtrOle leiteirO OfiCiAlMelHOres lACtAções POr ClAsse

1 ano Parida

1 ano Parida

Primeira diVisão 305 dias 2 ordenHas - PerÍodo 01/10/2008 a 30/09/2009 raça: HoLandesa

Primeira diVisão 305 dias 3 ordenHas - PerÍodo 01/10/2008 a 30/09/2009 raça: HoLandesa

NoME ANIMAL

NoME ANIMAL

LEGENDA:

rEGISTro

rEGISTro

CLASS

CLASS

IDADE

IDADE

DIASLACT.

DIASLACT.

ProDLEITE

ProDLEITE

ProDGorD.

ProDGorD.

ProDProT.

ProDProT.

% GorD

% GorD

% ProT.

% ProT.

TIT.

TIT.

ProPrIETárIo

ProPrIETárIo

UF

UF

NoME Do PAI

NoME Do PAI

2 anos Junior

2 anos Junior

2 anos senior

2 anos senior

4 anos senior

4 anos senior

3 anos senior

3 anos senior

3 anos Junior

3 anos Junior

4 anosJunior

4 anosJunior

6 anos

6 anos

7 anos

7 anos

aduLtaJunior

aduLtaJunior

aduLtasenior

aduLtasenior

5 anos

5 anos

coLLem martY crYstaL BX283720 B+-82 01-11 305 12374,0 374,8 3,03 347,6 2,81 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda 2003 ricecrest martY-et riVeLLi anGoLa 0186 Br1483335 01-10 305 11424,6 294,1 2,57 322,4 2,82 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG Queiroz decemBer Paris Br1466316 01-11 305 10174,0 324,1 3,19 315,3 3,10 Lm GuiLHerme de aLmeida Queiroz mG dooLHoF decemBer c.s.c.s. marina i. ProGress-381 BX400724 B+81 01-11 305 10142,1 258,3 2,55 289,0 2,85 -- cesar Garcia Brito e/ou siomara s.G.Brito mG c.s.c.s. iGor meGaBucK ProGress-terecordista mineira oLimPia GoLiat de santa PauLa Br1081330 B+-80 02-01 305 12321,0 339,0 2,75 0,00 Lm sidneY nerY 1998 GoLiat riVeLLi Jussara 0169 Br1483332 02-04 305 11697,8 283,4 2,42 349,2 2,99 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG coLLem FredericK iraci BX352699 B+81 02-03 305 11463,9 378,7 3,30 352,0 3,07 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG cLinita zacK FredericK-et coLLem caLListo cLarice BX271750 mB-85 02-10 305 13532,0 338,0 2,50 405,0 2,99 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda 2004 deL santo c.m.caLListo n.e. Karina decemBer 952 BX376855 mB87 02-11 295 12356,9 371,8 3,01 350,4 2,84 Le GeraLdo antonio de oLiVeira marQues mG dooLHoF decemBer enGenHo da rainHa FrenzY 781 cHamPion BX352296 mB88 02-06 305 11861,5 446,5 3,76 376,4 3,17 Lm miriam Fatima Leite Farias mG caLBrett-i H H cHamPion rio Verde dundee Victoria VicKY BX353819 mB87 02-07 305 11406,7 386,0 3,38 369,3 3,24 Le GustaVo Gomes Fernandes e outros mG reGancrest dundee-et Vera cruz ProVincia BX246790 B+-82 03-02 305 15502,0 590,0 3,81 439,0 2,83 Le Vicente antonio marins e FiLHos 2002 FraeLand LeadoFF-et KiVi BLitz auKJe 295 BX341545 mB87 03-00 305 12713,8 381,7 3,00 555,4 4,37 Lm Jose VaLmir amancio mG Fustead emorY BLitz-et sao Braz rosa BLue riBBon BX347134 mB85 03-02 305 12503,4 262,4 2,10 350,1 2,80 -- Luiz cLoVis Braz scarPa mG sandY-VaLLeY BLue riBBon-et coLLem ruBens GLaucia BX335627 B+83 03-04 305 12470,5 444,1 3,56 372,0 2,98 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG stBVQ ruBens-et recordista mineira aVani Peteca GoLd duster BX251440 mB-88 03-11 305 15532,0 533,0 3,43 0,00 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda 2000 WoodBine-K GoLd duster-et c.s.c.s. KeLLY addison-330 Br1434593 B 78 03-09 297 12280,0 363,0 2,96 366,2 2,98 Le cesar Garcia Brito e/ou siomara s.G.Brito mG etazon addison daJo rodeLa roscoe Br1413858 B 79 03-06 305 12144,2 249,5 2,05 182,3 1,50 -- Lucas Pimenta VeiGa e/ou serGio ruBens F. soa mG ricecrest roscoe-et santa PauLa soPHYa cHaLet red BX291632 mB-87 04-03 305 15418,0 368,0 2,39 445,0 2,89 Lm sidneY nerY 2002 Wine-ridGe cHaLet-red-et riVeLLi esmeraLda 0066 Br1465534 04-03 305 14510,4 369,7 2,55 405,7 2,80 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG GaLena euroPa Bernard BX318589 B+82 04-01 305 13183,2 431,5 3,27 397,1 3,01 Lm dirceu de manciLHa mG Bernard i s H a manueLa Herodes 819 BX361860 B+84 04-02 305 12997,2 492,4 3,79 414,2 3,19 Lm WLadimir antonio PuGGina mG s H a Herodes Wade 19 emieLe iana LaY out BB18632 B+-83 04-11 305 14915,2 569,7 3,82 397,9 2,67 Lm marcio macieL Leite 2006 LaY-out coLLem Lord LiLY erin BX317405 mB89 04-10 305 12934,2 521,6 4,03 404,1 3,12 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG etazon Lord LiLY-et coLLem PasJa Finne BX318448 B+81 04-11 305 12510,2 458,1 3,66 392,4 3,14 Le coLLem construtora moHaLLem Ltda mG deLta PasJa norremose 687 teen ruBens-te BX326979 B+84 04-11 305 12045,7 419,0 3,48 382,0 3,17 Le dora norremose Vieira marQues mG stBVQ ruBens-et Jardim Genuina BX208241 mB-85 05-01 305 17189,2 400,9 2,33 529,4 3,08 Lm andre Luis moreira de andrade e outra 2002 B-HiddenHiLLs marK-o-PoLo santos reis outside Lucimara BX317496 mB86 05-02 305 12968,0 335,1 2,58 377,9 2,91 Lm aLtair da siLVa reis mG comestar outside-et coLLem storm dione-te BX313787 eX90 05-08 305 12886,3 547,1 4,25 366,8 2,85 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG mauGHLin storm-et a.c.B. HiGHLiGHt PurPura BX271574 B+84 05-09 305 12644,6 409,9 3,24 343,9 2,72 Lm adaHiLton de camPos BeLLo mG HiGHLiGHt mr marK cinder-et a.m.a. BLacKstar corrie 199-te BX207542 mB-85 06-03 305 16542,0 563,1 3,40 450,1 2,72 Lm aniceto manueL aires 2003 to-mar BLacKstar-et cruziLia QueBra LuXemBurG BX298825 mB85 06-09 305 15494,1 952,1 6,15 480,8 3,10 Lm mauriLio Ferreira macieL mG deLta LuXemBurG Vam Gema Genuina storm BX304726 06-00 305 14946,8 312,9 2,09 427,4 2,86 Lm Vicente antonio marins e FiLHos mG mi-Bren matHie storm cruziLia redonda marKer Br1367201 mB88 06-05 305 14698,8 524,5 3,57 408,8 2,78 Lm mauriLio Ferreira macieL mG soutHLand marKer GenoVa GoLd BeLL de santa PauLa Br1048927 B+-83 07-10 305 17110,0 340,0 1,99 0,00 Le sidneY nerY 1999 tri-Q-cHeKd GoLd BeLL cruziLia PerGunta Windstar BX298817 mB88 07-04 284 14735,1 599,6 4,07 458,1 3,11 Lm mauriLio Ferreira macieL mG duPasQuier Windstar santos reis astre catarina BX280245 eX90 07-01 305 12378,2 349,5 2,82 361,8 2,92 Lm aLtair da siLVa reis mG dureGaL astre starBucK-et GaLena etinia HarVeY BX289230 B+82 07-07 305 12030,8 329,6 2,74 345,5 2,87 Lm dirceu de manciLHa mG sinGBrooK m HarVeY-et Beatriz eciLa Br1015226 09-04 304 16404,0 669,0 4,08 0,00 Le niLson GoncaLVes Pereira 1999 sao Braz Loteria Leader BX394864 mB87 09-00 305 13521,7 312,6 2,31 390,3 2,89 Le Luiz cLoVis Braz scarPa mG comestar Leader-et rio Verde rudoLPH PoLLY BX251679 eX90 08-05 305 12601,9 360,7 2,86 336,2 2,67 Lm GustaVo Gomes Fernandes e outros mG startmore rudoLPH-et sao Braz LindY LeVada BX394863 mB86 09-00 305 11736,3 267,3 2,28 339,0 2,89 -- Luiz cLoVis Braz scarPa mG toWnson LindY-et doutora encHant riLene J.c. Br1049810 10-05 305 15658,3 542,6 3,47 397,9 2,54 Lm sidneY nerY 2004 a sir encHant et FaePe Garota Br1287543 08-10 305 10879,9 341,0 3,13 335,2 3,08 Lm Fundacao de aPoio ao ensino PesQ.e eXtensao mG emieLe reVoLta Hodierno Br1149565 mB87 11-05 305 10450,5 361,1 3,46 331,4 3,17 Lm marcio macieL Leite mG J.P.r.Hodiernoa.c.m. GaLaXia BLacKstar-te BX202256 13-06 295 10137,9 259,5 2,56 269,2 2,66 -- Jose ricardo XaVier mG to-mar BLacKstar-et

LaGos stormatic PHiLomena 782-te BX367588 mB-85 01-10 305 13315,3 365,2 2,74 288,5 2,17 Lm armando eduardo de Lima menGe 2006 comestar stormatic-et menGe cHamPion saPeca 1073 BX366867 mB85 01-10 305 12786,5 309,7 2,42 323,2 2,53 Lm armando eduardo de Lima menGe mG caLBrett-i H H cHamPion camPoLat toucHdoWn sanY 2145 BX363065 mB87 01-11 305 12252,6 377,1 3,08 366,0 2,99 Lm GiLBerto ViLeLa oLiVeira mG ricecrest toucHdoWn-et menGe mortY suzi 1020 BX361910 mB85 01-10 305 11969,1 359,4 3,00 351,8 2,94 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et sao Quirino Feniana BLacK KinG dourada BX319527 B+-80 02-04 305 14447,0 440,0 3,05 396,0 2,74 Lm armando eduardo de Lima menGe 2005 Beaucoise BLacK KinG tamBo das Pedras outside duda-te BX347906 mB85 02-03 305 14059,6 469,8 3,34 441,3 3,14 Lm armando eduardo de Lima menGe mG comestar outside-et Landemart dramatic GeLeira 1399 Br1481108 B 78 02-03 305 13301,8 297,5 2,24 361,2 2,72 Lm antonio de Padua martins mG sHadoW-ridGe dramatic LaGos GiBson Querencia 817 BX343206 mB86 02-02 305 12982,1 361,7 2,79 399,4 3,08 Lm armando eduardo de Lima menGe mG siLKY GiBson-et c.a.a. Jessica Br1449849 mB-86 02-11 305 16711,9 466,3 2,79 536,4 3,21 Lm carLos aLBerto adao 2007 LaGos stormatic reGina 906-te BX384799 B+82 02-11 305 14777,9 496,5 3,36 399,6 2,70 Le armando eduardo de Lima menGe mG comestar stormatic-et camPoLat GoLdWYn runas 2120 BX363057 mB87 02-03 301 13554,0 367,1 2,71 425,1 3,14 Le GiLBerto ViLeLa oLiVeira mG BraedaLe GoLdWYn LaGos taLent rocK'n roLL 954 BX355540 mB88 02-11 305 13357,4 424,1 3,18 382,2 2,86 Le armando eduardo de Lima menGe mG Ladino ParK taLent-imP-et LaGos mortY QuiosQue 859-te BX345168 B+-83 03-03 305 16335,6 515,1 3,15 495,9 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe 2008 stouder mortY-et LaGos mortY QuiosQue 859-te BX345168 B+83 03-03 305 16335,6 515,1 3,15 495,9 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et tamBo das Pedras astronomicaL teQuiLa BX347229 mB87 03-04 305 14831,6 531,3 3,58 450,8 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe mG oseeana astronomicaL-et LaGos mortY Quadrante 840 BX343488 B+84 03-04 305 14362,7 577,6 4,02 387,8 2,70 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et VaLe do miLK' deLicada ii Br1271165 mB-87 03-09 305 19947,0 612,0 3,07 241,0 1,21 Lm Vinicius da siLVa saLGado 2000 aLFY caYuaBa ceLLo Xiririca BX332680 B+83 03-09 305 15391,2 473,6 3,08 447,0 2,90 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG doWnaLane ceLLo LaGos mortY Quatrina 860-te BX345169 B+83 03-09 305 14554,2 408,8 2,81 415,8 2,86 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et tamBo das Pedras outside Princesa-te BX347231 B+84 03-07 305 14362,5 363,0 2,53 410,1 2,86 Le armando eduardo de Lima menGe mG comestar outside-et c.a.a. Jessica Br1449849 mB-86 04-03 305 19204,6 592,2 3,08 533,3 2,78 Lm carLos aLBerto adao 2009 LaGos Hi metro PaisaGem 734 BX326365 B+82 04-02 305 16146,3 496,9 3,08 505,6 3,13 Lm armando eduardo de Lima menGe mG siKKema-star-W Hi metro-et LaGos LYster Quarentena 815 BX343204 mB86 04-02 305 14751,9 384,8 2,61 436,4 2,96 Le armando eduardo de Lima menGe mG tcet LYster eF & Ls amazonas sWinGer Br1492523 B+84 04-01 305 14319,2 430,3 3,00 394,3 2,75 Lm eVaristo Francisco marQues/Leandro s.marQues mG deLta sWinGer-et LaGos Pc duster LiLa 301 BX270502 mB-86 04-09 305 17756,0 824,0 4,64 495,0 2,79 Le armando eduardo de Lima menGe 2005 Pen-coL duster-et Vertente cuBa 290 Br1497182 B+84 04-06 305 16878,3 483,1 2,86 440,1 2,61 Le Luiz Fernando rodriGues oLiVeira mG aLFY caYuaBa matHie uruGuaia BX303638 mB88 04-10 305 16752,6 595,4 3,55 519,5 3,10 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG Paradise-r cLeitus matHie recanto PinHaL Leader Luciana BX330809 mB87 04-06 305 15465,4 482,0 3,12 533,4 3,45 Le armando eduardo de Lima menGe mG comestar Leader-et c.a.a. america Br1449851 eX-90 05-07 305 21605,7 519,4 2,40 609,1 2,82 Lm carLos aLBerto adao 2007 J.e.n. JoLt uLtra-te BX313423 B+83 05-09 305 15936,1 530,6 3,33 495,7 3,11 Lm eLLos Jose noLLi mG second-LooK JoLt santos reis cHarisma GraYce BX303469 mB89 05-05 305 15669,8 409,8 2,62 454,3 2,90 Lm aLtair da siLVa reis mG Petinesca cHarisma-et sao Quirino Fenar BLacK KinG damascena BX319523 B+82 05-02 305 15584,8 664,9 4,27 455,6 2,92 Lm armando eduardo de Lima menGe mG Beaucoise BLacK KinG LaGos duster Lais 453 BX251609 mB-85 06-01 305 17167,8 585,4 3,41 484,1 2,82 Lm armando eduardo de Lima menGe 2006 Pen-coL duster-et aLFY caYuaBa siderio uda BX304009 mB86 06-03 273 15495,4 503,1 3,25 454,9 2,94 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG aLFY caYuaBa ceLsius siderio-te matriX rose Br1519336 B+84 06-02 305 14820,4 676,1 4,56 393,8 2,66 Lm matriX aGroPecuaria Ltda mG aLFY caYuaBa addison tartana-te BX283778 mB85 06-11 305 14496,8 407,4 2,81 410,1 2,83 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG etazon addison LaGos storm LeiLa 457 BX251613 B+-80 07-08 305 16746,7 493,2 2,95 415,5 2,48 Lm armando eduardo de Lima menGe 2008 mauGHLin storm-et J.e.n. Lee tHandara-te BX280737 eX90 07-07 305 14787,8 450,7 3,05 420,7 2,85 Lm eLLos Jose noLLi mG comestar Lee-et aLFY caYuaBa ceLsius somBra BX252027 mB85 07-09 305 13639,9 509,5 3,74 450,7 3,30 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG etazon ceLsius reis arGentina 349 sr410345 07-00 305 13604,8 394,3 2,90 411,0 3,02 Lm aLcY dos reis nunes mG maria's morena PreLude-te BX192263 B+-84 08-04 305 15723,7 526,7 3,35 462,2 2,94 Lm eLY Bonini Garcia 2003 ronnYBrooK PreLude-et scarceLLi Laides BrooKedaLe BX313494 mB87 08-05 305 15528,4 374,3 2,41 440,1 2,83 Lm armando eduardo de Lima menGe mG BrooKedaLe-a Leadmn Beau-et KuiPercrest storm ButterFLY BX328290 eX90 08-06 292 13698,0 417,8 3,05 376,4 2,75 Lm eLLos Jose noLLi mG duncan ProGress-et LaGos duster moema 336 BX280607 B+84 08-05 300 13640,7 457,1 3,35 390,3 2,86 Lm armando eduardo de Lima menGe mG Pen-coL duster-et c.a.a. LaGoa Br1449850 mB-88 10-00 305 18353,5 550,9 3,00 482,2 2,63 Le carLos aLBerto adao 2008 KatisPera Leader GoLd-te BX248564 mB88 10-06 305 11402,3 330,5 2,90 346,9 3,04 Lm eLLos Jose noLLi mG comestar Leader-et reis niGeria Br1098289 14-05 305 11305,7 434,8 3,85 376,7 3,33 Lm aLcY dos reis nunes mG c.a.a. LaGoa Br1449850 mB88 11-02 305 11134,9 341,6 3,07 286,7 2,57 Lm carLos aLBerto adao mG

305

DiAs

recordista mineira recordista BrasiLeira

Page 13: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

CONtrOle leiteirO OfiCiAlMelHOres lACtAções POr ClAsse

365 DiAs

1 ano Parida

1 ano Parida

Primeira diVisão 365 dias 2 ordenHas - PerÍodo 01/10/2008 a 30/09/2009 raça: HoLandesa

Primeira diVisão 365 dias 3 ordenHas - PerÍodo 01/10/2008 a 30/09/2009 raça: HoLandesa

NoME ANIMAL

NoME ANIMAL

LEGENDA:

rEGISTro

rEGISTro

CLASS

CLASS

IDADE

IDADE

DIASLACT.

DIASLACT.

ProDLEITE

ProDLEITE

ProDGorD.

ProDGorD.

ProDProT.

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% GorD

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TIT.

TIT.

ProPrIETárIo

ProPrIETárIo

UF

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NoME Do PAI

NoME Do PAI

2 anos Junior

2 anos Junior

2 anos senior

2 anos senior

4 anos senior

4 anos senior

3 anos senior

3 anos senior

3 anos Junior

3 anos Junior

4 anosJunior

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6 anos

6 anos

7 anos

7 anos

aduLtaJunior

aduLtaJunior

aduLtasenior

aduLtasenior

5 anos

5 anos

aLFY caYuaBa WaLLace tuca BX283766 B+-84 01-11 365 14820,8 427,5 2,88 456,6 3,08 Le eLY Bonini Garcia 2003 etazon WaLLace riVeLLi anGoLa 0186 Br1483335 01-10 344 13044,2 338,8 2,60 380,0 2,91 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG Queiroz decemBer Paris Br1466316 01-11 365 12103,5 385,0 3,18 382,6 3,16 Lm GuiLHerme de aLmeida Queiroz mG dooLHoF decemBer coLLem reVenue JuLiete BX360611 mB85 01-11 362 11684,6 356,6 3,05 343,3 2,94 Le coLLem construtora moHaLLem Ltda mG eastVieW nBo reVenue mattie samar LadY LoYoLa BX247962 02-04 365 14677,0 469,0 3,20 0,00 Lm roBerto HamiLton Fenoci 2002 maizeFieLd BeLLWood-et coLLem FredericK iraci BX352699 B+81 02-03 365 14050,4 455,0 3,24 438,6 3,12 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG cLinita zacK FredericK-et riVeLLi Jussara 0169 Br1483332 02-04 355 13019,0 316,2 2,43 393,0 3,02 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG c.s.c.s. marisa triBute-385 BX397794 B+80 02-00 365 12962,7 418,1 3,23 382,9 2,95 Lm cesar Garcia Brito e/ou siomara s.G.Brito mG Granduc triBute-et KuiPercrest storm ButterFLY BX328290 eX-90 02-03 339 15536,0 582,0 3,75 434,0 2,79 -- eLLos Jose noLLi 2002 duncan ProGress-et enGenHo da rainHa FrenzY 781 cHamPion BX352296 mB88 02-06 365 14164,3 525,6 3,71 463,1 3,27 Lm miriam Fatima Leite Farias mG caLBrett-i H H cHamPion rio Verde dundee serena BX348347 mB88 02-10 352 12130,1 391,1 3,22 390,7 3,22 Lm GustaVo Gomes Fernandes e outros mG reGancrest dundee-et itaGuacu Bisca 2845 sr411458 02-10 365 11742,0 454,5 3,87 411,9 3,51 Lm ruBens arauJo dias e/ou mG caLandra carLota BLacKstar BX158589 B -78 03-05 365 17120,0 623,0 3,64 0,00 Lm marcos arruda Vieira 1996 to-mar BLacKstar-et KiVi BLitz auKJe 295 BX341545 mB87 03-00 365 15640,8 463,7 2,96 685,0 4,38 Lm Jose VaLmir amancio mG Fustead emorY BLitz-et roYaL a Pereira 1281 cHamPion BX348839 mB85 03-03 365 13889,3 395,6 2,85 544,3 3,92 Lm adaHiLton de camPos BeLLo mG caLBrett-i H H cHamPion coLLem ruBens GLaucia BX335627 B+83 03-04 351 13786,9 480,1 3,48 416,0 3,02 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG stBVQ ruBens-et aVani Peteca GoLd duster BX251440 mB-88 03-11 340 16574,0 565,0 3,41 0,00 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda 2000 WoodBine-K GoLd duster-et Queiroz noBeL nazi Br1482055 03-11 365 14286,2 320,9 2,25 462,5 3,24 Lm GuiLHerme de aLmeida Queiroz mG marKWeLL noBeL-et daJo rodeLa roscoe Br1413858 B 79 03-06 365 13693,1 315,6 2,30 230,6 1,68 -- Lucas Pimenta VeiGa e/ou serGio ruBens F. soa mG ricecrest roscoe-et itaGuacu aurea 2737 Br1401556 03-07 365 13650,3 440,5 3,23 432,0 3,16 Lm ruBens arauJo dias e/ou mG JocKo Besn a.m.a. astre camiLa BX190727 mB-88 04-01 365 17388,3 594,7 3,42 0,00 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda 1999 dureGaL astre starBucK-et riVeLLi esmeraLda 0066 Br1465534 04-03 365 16512,3 417,4 2,53 464,7 2,81 Le carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro mG GaLena euroPa Bernard BX318589 B+82 04-01 365 15077,3 487,4 3,23 454,9 3,02 Lm dirceu de manciLHa mG Bernard i coLLem corsario FranceLLY BX326531 mB85 04-05 365 14742,8 541,5 3,67 422,6 2,87 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG coLLem storm corsario c.J.c. rocKY doidinHa BX146418 mB-85 04-08 365 16730,0 518,0 3,10 0,00 Lm Jose aLair couto 1996 sHi-La straiGHt Pine rocKY coLLem Lord LiLY erin BX317405 mB89 04-10 365 15109,8 595,3 3,94 479,3 3,17 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG etazon Lord LiLY-et Vam VamP terraBoa marK star Br1401443 04-09 365 13639,8 327,1 2,40 411,7 3,02 -- Vicente antonio marins e FiLHos mG HoLmes-VieW marK star itaGuacu truFas 2563 Br1368986 04-11 365 13552,7 404,9 2,99 410,6 3,03 Lm ruBens arauJo dias e/ou mG mi-Bren matHie storm Jardim Genuina BX208241 mB-85 05-01 365 19940,7 442,9 2,22 621,4 3,12 Lm andre Luis moreira de andrade e outra 2002 B-HiddenHiLLs marK-o-PoLo santos reis outside Lucimara BX317496 mB86 05-02 365 14922,4 420,8 2,82 443,7 2,97 Lm aLtair da siLVa reis mG comestar outside-et coLLem storm dione-te BX313787 eX90 05-08 365 14889,5 645,0 4,33 431,5 2,90 Lm coLLem construtora moHaLLem Ltda mG mauGHLin storm-et a.c.B. HiGHLiGHt PurPura BX271574 B+84 05-09 365 14000,6 457,3 3,27 384,5 2,75 Lm adaHiLton de camPos BeLLo mG HiGHLiGHt mr marK cinder-et a.m.a. BLacKstar corrie 199-te BX207542 mB-85 06-03 365 19284,8 611,2 3,17 530,6 2,75 Lm aniceto manueL aires 2003 to-mar BLacKstar-et cruziLia QueBra LuXemBurG BX298825 mB85 06-09 365 16939,5 1023,7 6,04 531,8 3,14 Lm mauriLio Ferreira macieL mG deLta LuXemBurG Vam Gema Genuina storm BX304726 06-00 365 16637,8 341,9 2,06 483,9 2,91 Lm Vicente antonio marins e FiLHos mG mi-Bren matHie storm cruziLia redonda marKer Br1367201 mB88 06-05 356 16545,0 587,8 3,55 466,6 2,82 Lm mauriLio Ferreira macieL mG soutHLand marKer GenoVa GoLd BeLL de santa PauLa Br1048927 B+-83 07-10 316 17557,0 354,0 2,02 0,00 Le sidneY nerY 1999 tri-Q-cHeKd GoLd BeLL santos reis astre catarina BX280245 eX90 07-01 365 13502,0 376,5 2,79 399,0 2,96 Lm aLtair da siLVa reis mG dureGaL astre starBucK-et GaLena etinia HarVeY BX289230 B+82 07-07 365 13331,3 370,3 2,78 386,1 2,90 Lm dirceu de manciLHa mG sinGBrooK m HarVeY-et Vam dinda diamantina marK star Br1339818 07-11 365 12851,5 365,7 2,85 361,6 2,81 Lm Vicente antonio marins e FiLHos mG HoLmes-VieW marK star cruziLia LeGenda Frin Br1173977 09-07 358 17158,9 770,6 4,49 500,3 2,92 Lm desconHecido 2007 QuaLitY sB Frin rio Verde rudoLPH PoLLY BX251679 eX90 08-05 365 15003,3 430,9 2,87 403,2 2,69 Lm GustaVo Gomes Fernandes e outros mG startmore rudoLPH-et sao Braz Loteria Leader BX394864 mB87 09-00 314 13719,7 319,1 2,33 396,7 2,89 Le Luiz cLoVis Braz scarPa mG comestar Leader-et santos reis cHieF BarBiane-te BX271325 eX90 08-03 365 13338,8 397,2 2,98 405,6 3,04 Lm aLtair da siLVa reis mG WaLKWaY cHieF marK doutora encHant riLene J.c. Br1049810 10-05 365 17479,3 610,3 3,49 443,8 2,54 Lm sidneY nerY 2004 a sir encHant et FaePe Garota Br1287543 08-10 365 12571,9 395,1 3,14 388,0 3,09 Lm Fundacao de aPoio ao ensino PesQ.e eXtensao mG emieLe reVoLta Hodierno Br1149565 mB87 11-05 361 11727,0 409,8 3,49 376,5 3,21 Lm marcio macieL Leite mG J.P.r.HodiernoQueiroz ss cLYde FLaneLa Br1152615 r 70 10-07 357 9955,7 250,3 2,51 299,7 3,01 -- GuiLHerme de aLmeida Queiroz mG a HanoVer-HiLL-ss cLYde

LaGos stormatic PHiLomena 782-te BX367588 mB-85 01-10 358 15722,7 440,8 2,80 368,5 2,34 Lm armando eduardo de Lima menGe 2006 comestar stormatic-et camPoLat toucHdoWn sanY 2145 BX363065 mB87 01-11 365 14823,2 471,6 3,18 443,7 2,99 Lm GiLBerto ViLeLa oLiVeira mG ricecrest toucHdoWn-et menGe mortY suzi 1020 BX361910 mB85 01-10 365 14465,7 421,6 2,91 424,7 2,94 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et LaGos titanic roteirista 999-te Br1466307 mB88 01-10 365 14351,3 555,9 3,87 436,2 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe mG HartLine titanic-et tamBo das Pedras outside duda-te BX347906 mB-85 02-03 365 16245,1 543,7 3,35 510,9 3,15 Lm armando eduardo de Lima menGe 2008 comestar outside-et tamBo das Pedras outside duda-te BX347906 mB85 02-03 365 16245,1 543,7 3,35 510,9 3,15 Lm armando eduardo de Lima menGe mG comestar outside-et Vertente PeroLa 417 Br1497215 02-04 365 15018,0 454,0 3,02 406,3 2,71 Lm Luiz Fernando rodriGues oLiVeira mG LaGos GiBson Querencia 817 BX343206 mB86 02-02 365 14952,7 417,6 2,79 466,8 3,12 Lm armando eduardo de Lima menGe mG siLKY GiBson-et c.a.a. Jessica Br1449849 mB-86 02-11 365 18928,1 542,1 2,86 609,5 3,22 Lm carLos aLBerto adao 2007 LaGos stormatic reGina 906-te BX384799 B+82 02-11 350 16380,9 555,5 3,39 451,7 2,76 Le armando eduardo de Lima menGe mG comestar stormatic-et LaGos taLent rocK'n roLL 954 BX355540 mB88 02-11 365 15237,5 494,7 3,25 446,0 2,93 Le armando eduardo de Lima menGe mG Ladino ParK taLent-imP-et reis amiGa 607 sr413920 02-06 365 14560,5 397,8 2,73 424,4 2,91 Lm aLcY dos reis nunes mG LaGos mortY QuiosQue 859-te BX345168 B+-83 03-03 365 18649,9 585,7 3,14 567,0 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe 2008 stouder mortY-et LaGos mortY QuiosQue 859-te BX345168 B+83 03-03 365 18649,9 585,7 3,14 567,0 3,04 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et LaGos mortY Quadrante 840 BX343488 B+84 03-04 365 16501,7 641,3 3,89 453,5 2,75 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et aLFY caYuaBa taBoo zina BX343311 mB85 03-02 365 16478,3 511,8 3,11 512,9 3,11 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG rose-Baum taBoo-et VaLe do miLK' deLicada ii Br1271165 mB-87 03-09 365 24051,0 792,0 3,29 367,0 1,53 Lm Luiz HenriQue siLVa e soraYa t.a.mendes siLVa 2000 aLFY caYuaBa ceLLo Xiririca BX332680 B+83 03-09 365 16966,2 528,1 3,11 503,1 2,97 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG doWnaLane ceLLo LaGos mortY Quatrina 860-te BX345169 B+83 03-09 365 16829,7 493,4 2,93 490,4 2,91 Lm armando eduardo de Lima menGe mG stouder mortY-et Landemart reVenue enGenHosa 1175 Br1419968 03-08 365 16094,4 415,6 2,58 503,6 3,13 Lm antonio de Padua martins mG eastVieW nBo reVenue mattie c.a.a. Jessica Br1449849 mB-86 04-03 365 21462,0 667,0 3,11 610,8 2,85 Lm carLos aLBerto adao 2009 LaGos Hi metro PaisaGem 734 BX326365 B+82 04-02 365 19286,4 609,3 3,16 619,2 3,21 Lm armando eduardo de Lima menGe mG siKKema-star-W Hi metro-et LaGos LYster Quarentena 815 BX343204 mB86 04-02 365 16931,4 438,2 2,59 511,8 3,02 Le armando eduardo de Lima menGe mG tcet LYster eF & Ls amazonas sWinGer Br1492523 B+84 04-01 365 16701,6 484,9 2,90 478,2 2,86 Lm eVaristo Francisco marQues/Leandro s.marQues mG deLta sWinGer-et Vertente cuBa 290 Br1497182 B+-84 04-06 365 19044,3 580,1 3,05 520,3 2,73 Le Luiz Fernando rodriGues oLiVeira 2009 Vertente cuBa 290 Br1497182 B+84 04-06 365 19044,3 580,1 3,05 520,3 2,73 Le Luiz Fernando rodriGues oLiVeira mG aLFY caYuaBa matHie uruGuaia BX303638 mB88 04-10 365 18626,5 657,9 3,53 583,6 3,13 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG Paradise-r cLeitus matHie recanto PinHaL Leader Luciana BX330809 mB87 04-06 354 17503,6 572,9 3,27 601,6 3,44 Le armando eduardo de Lima menGe mG comestar Leader-et c.a.a. america Br1449851 eX-90 05-07 350 23153,7 564,1 2,44 655,6 2,83 Lm carLos aLBerto adao 2007 sao Quirino Fenar BLacK KinG damascena BX319523 B+82 05-02 365 18084,5 762,4 4,22 532,0 2,94 Lm armando eduardo de Lima menGe mG Beaucoise BLacK KinG aLFY caYuaBa merrY Ventura BX313752 B+84 05-04 365 18025,5 584,4 3,24 532,1 2,95 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG BroeKs merrY et J.e.n. JoLt uLtra-te BX313423 B+83 05-09 365 17643,8 595,6 3,38 556,9 3,16 Lm eLLos Jose noLLi mG second-LooK JoLt Pora Leader danuBia-te BX251975 B+-84 06-01 365 19961,6 600,0 3,01 610,6 3,06 Lm desconHecido 2006 comestar Leader-et aLFY caYuaBa addison tartana-te BX283778 mB85 06-11 365 16385,2 459,4 2,80 474,8 2,90 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG etazon addison aLFY caYuaBa marconi uBana BX303643 mB85 06-03 365 16378,1 624,0 3,81 548,7 3,35 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG HaVeP marconi matriX rose Br1519336 B+84 06-02 365 16319,7 691,7 4,24 444,9 2,73 Lm matriX aGroPecuaria Ltda mG LaGos storm LeiLa 457 BX251613 B+-80 07-08 365 20238,5 616,6 3,05 517,9 2,56 Lm armando eduardo de Lima menGe 2008 mauGHLin storm-et J.e.n. Lee tHandara-te BX280737 eX90 07-07 365 18259,8 567,7 3,11 524,2 2,87 Lm eLLos Jose noLLi mG comestar Lee-et aLFY caYuaBa ceLsius somBra BX252027 mB85 07-09 365 16107,9 599,9 3,72 538,3 3,34 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG etazon ceLsius aLFY caYuaBa meadoWLord tarde-te BX283777 B+83 07-09 365 15311,7 455,4 2,97 428,6 2,80 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG eastVieW meadoWLord-et maria's morena PreLude-te BX192263 B+-84 08-04 365 17819,0 643,0 3,61 534,0 3,00 Lm eLY Bonini Garcia 2003 ronnYBrooK PreLude-et scarceLLi Laides BrooKedaLe BX313494 mB87 08-05 365 17684,8 432,5 2,45 509,0 2,88 Lm armando eduardo de Lima menGe mG BrooKedaLe-a Leadmn Beau-et LaGos BrooKedaLe LadY 424 BX250311 mB86 09-04 360 13992,7 489,4 3,50 384,7 2,75 Le armando eduardo de Lima menGe mG BrooKedaLe-a Leadmn Beau-et aLFY caYuaBa scott siriGaita BX271220 B+83 08-04 365 13962,3 414,9 2,97 401,8 2,88 Lm caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda mG LonG-HaVen mandeL scott-et c.a.a. LaGoa Br1449850 mB-88 10-00 337 19655,9 596,7 3,04 518,0 2,64 Le carLos aLBerto adao 2008 reis niGeria Br1098289 14-05 365 13115,1 506,5 3,86 433,9 3,31 Lm aLcY dos reis nunes mG c.a.a. LaGoa Br1449850 mB88 11-02 365 12549,8 395,5 3,15 332,9 2,65 Lm carLos aLBerto adao mG roLusei miri Br1369079 11-01 365 11882,7 555,4 4,67 367,6 3,09 Lm roGerio Luiz seiBt mG

recordista mineira recordista BrasiLeira

Page 14: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

ProPrIETárIo MUNICíPIo LACTAçõES LEITE TIPo ENCErrADAS 305IA CoNTroLE

ProPrIETárIo MUNICíPIo LACTAçõES LEITE TIPo ENCErrADAS 305IA CoNTroLE

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(22 Rebanhos Concorrentes)1 ruBens arauJo dias e/ou camPestre - mG 22 9.514 2X mensaL2 aLmir Pinto reis itanHandu - mG 20 8.823 2X mensaL3 WiLson euGenio assis santa rita de caLdas - mG 20 8.813 2X mensaL4 Leonardo moreira costa de souza oLiVeira - mG 15 8.611 2X BimestraL5 GasPar de Lima e FiLHos muzamBinHo - mG 16 8.246 2X mensaL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(24 Rebanhos Concorrentes)1 Luiz cLoVis Braz scarPa itanHandu - mG 26 10.662 2X mensaL2 caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda entre rios de minas - mG 27 10.075 2X mensaL3 carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro aLFredo VasconceLos - mG 34 10.030 2X mensaL4 dirceu de manciLHa itanHandu - mG 26 9.919 2X mensaL5 adaHiLton de camPos BeLLo BarBacena - mG 32 9.674 2X mensaL

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes)1 manueL Jacinto GoncaLVes itanHandu - mG 73 9.618 2X mensaL2 Jose ricardo XaVier eLoi mendes - mG 57 9.254 2X mensaL3 aLtair da siLVa reis itanHandu - mG 56 8.847 2X mensaL4 GuiLHerme e Leonardo corsini saLLes inGai - mG 62 8.504 2X mensaL5 aGro Pecuaria Jm Ltda camPos Gerais - mG 67 8.334 2X mensaL

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(05 Rebanhos Concorrentes)1 coLLem construtora moHaLLem Ltda ressaQuinHa - mG 89 10.858 2X mensaL2 cesar Garcia Brito e/ou siomara s.G.Brito tres Pontas - mG 78 9.586 2X BimestraL3 roBerto HamiLton Fenoci VarGinHa - mG 82 8.751 2X mensaL4 Luiz carLos Garcia macHado - mG 81 8.596 2X mensaL5 ricardo FiGueiredo de Faria iLicinea - mG 82 7.999 2X mensaL

Acima de 100 Vacas Encerradas(07 Rebanhos Concorrentes)1 Vicente antonio marins e FiLHos tres coracoes - mG 107 9.949 2X mensaL2 WLadimir antonio PuGGina aLFenas - mG 232 9.044 2X mensaL3 rauL Pinto itanHandu - mG 107 9.036 2X mensaL4 GuiLHerme de aLmeida Queiroz Patrocinio - mG 109 8.861 2X mensaL5 dora norremose Vieira marQues cruziLia - mG 105 8.510 2X BimestraL

Rebanhos com 10 a 25 Vacas Encerradas(12 Rebanhos Concorrentes)1 andre Luis moreira de andrade e outra itanHandu - mG 24 11.496 3X mensaL2 antonio auGusto souza Praca itumirim - mG 12 11.029 3X mensaL3 mauro raso assumPcao Prudente de moraes - mG 11 10.942 3X mensaL4 carLos aLBerto adao muzamBinHo - mG 15 10.780 3X mensaL5 Jose VaLmir amancio Patos de minas - mG 11 10.777 3X mensaL

Rebanhos com 26 a 50 Vacas Encerradas(06 Rebanhos Concorrentes)1 sancHo Jose matias Patos de minas - mG 45 11.280 3X mensaL2 antonio JuLio Pereira PeLucio BaePendi - mG 35 10.596 3X mensaL3 marieLLe camPos Lima assis deLFim moreira - mG 28 10.279 3X mensaL4 carLos FaBio noGueira riVeLLi e outro aLFredo VasconceLos - mG 30 10.136 3X mensaL5 aLdemar HenriQue coeLHo de moraes carVaLHo Guarani - mG 38 8.503 3X mensaL

Rebanhos com 51 a 75 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes)1 Luiz Fernando rodriGues oLiVeira monte aLeGre de minas - mG 57 11.596 3X BimestraL2 renato mezencio Queiroz aLPinoPoLis - mG 51 9.766 3X mensaL3 PauLo ricardo maXimiano e/ou outros caPetinGa - mG 61 9.278 3X mensaL

Rebanhos com 75 a 100 Vacas Encerradas(03 Rebanhos Concorrentes)1 caYuaBa Genetica & Pecuaria Ltda entre rios de minas - mG 81 11.143 3X mensaL2 Leandro s.marQues GuaXuPe - mG 86 10.906 3X mensaL3 Joao Braz de oLiVeira sao GoncaLo do saPucai - mG 98 10.800 3X mensaL

Acima de 100 Vacas Encerradas(09 Rebanhos Concorrentes)1 armando eduardo de Lima menGe Pouso aLeGre - mG 197 12.601 3X mensaL2 eLLos Jose noLLi caete - mG 104 12.080 3X mensaL3 aLcY dos reis nunes Patrocinio - mG 135 11.884 3X mensaL4 ruBens arauJo dias e/ou camPestre - mG 241 10.319 3X mensaL5 antonio de Padua martins sao Joao Batista GLoria - mG 193 10.223 3X mensaL

mÉdia de reBanHos reFerentes ao PerÍodo outuBro de 2008 a setemBro de 2009 - 2 ordenHas

mÉdia de reBanHos reFerentes ao PerÍodo de outuBro de 2008 a setemBro de 2009 - 3 ordenHas

MelHOres MéDiAs De PrODuçãO POr rebANHO

rAçA HOlANDesAcom a alteração das tabelas para divulgação de médias em 2 e 3 ordenhas, o rebanho que tiver encerramentos em 2 e 3 ordenhas no período referido poderá aparecer nas duas tabelas caso alcance médias entre as cinco melhores de cada categoria

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15Jornal Holandês| Dezembro de 2009 curtas

Reflexo da bovinocultura leiteira, onde o consumo de ração decresceu 7,9% em 2009, a indústria de rações fechará 2009 com produção semelhante a 2008, porém com queda de 0,5% em relação ao ano anterior. Contribuíram para a

queda os segmentos de bovinocultura de leite e de corte, principalmente em decorrência da observação de um des-compasso entre as receitas e os custos de produção.

Para o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação

Animal (Sindirações), 2009 foi um ano de preços baixos para o milho, o que implicou maior utilização do grão pelo produtor e diminuição do uso de premix (pré-mistura de minerais e vitaminas usada na ração).

Cai em 0,5% a produção de ração no Brasil em 2009

Semex lança novo serviço - Semex Embryo

Com o objetivo de oferecer mais um serviço para seus clientes, a Semex Brasil disponibilizou exclusivamente em seu site a lista de embriões disponíveis através da Semex Alliance – Canadá.

Estão disponíveis embriões provenien-tes das melhores doadoras do Canadá tanto da Raça Holandesa quanto de Jersey, com linhagens maternas de grande soli-dez, vacas de reputação mundial, campeãs das principais pistas norte americanas, além de inúmeras mães de touros estão listadas com os respectivos acasalamentos que geraram os embriões disponíveis.

Para obter a lista de embriões através de link na página inicial ou no menu Serviços, acesse o endereço www.semex.com.br

Tortuga desembarca no Chile

A Tortuga iniciou em dezembro suas operações no Chile, com escritório em Talca, cidade localizada a 250 quilômetros de Santiago. Antes de entrar no País, a Tor-tuga fez pesquisas de campo para estudar cada uma das quinze regiões chilenas.

Segundo Max Fabiani, Presidente da Tortuga, “os estudos tiveram como objetivo principal mapear e analisar toda a estru-tura e necessidade da agropecuária chi-lena e de suas perspectivas. Com essas informações, traçamos as estratégias necessárias para oferecer os produtos mais adequados aos agropecuaristas deste país”, explicou.

Acrescenta ainda o presidente Fabiani que o Chile valoriza muito a modernidade, as novas tecnologias e as inovações, condi-zendo com a qualidade dos produtos e ser-viços da Tortuga, que atuará com uma equipe multidisciplinar e conhecedora das particularidades deste País andino, como é o caso do clima e solo.

Para 2010, a Tortuga planeja expandir sua atuação para a Colômbia e Venezuela, visando ampliar o faturamento total da empresa no mercado externo, que atual-mente corresponde a 4%. A meta é que em 2011, esse número aumente para 10%.

Page 16: Jornal Holandes - Dezembro de 2009

16 Jornal Holandês| Dezembro de 2009entrevista

“Produtores devem se unir e construir representação

forte e atuante”MARCOS ALExAndRE

AcAdêmico de JornAlismo

Santos Dumont – MG. Com a proximi-dade das eleições para o legislativo e governos estaduais e das especulações que se adiantam acerca da sucessão presi-dencial, o Jornal Holandês entrevistou o pecuarista e Deputado Federal Luiz Fer-nando Faria (PP-MG). Apegado às tradi-ções, ele recebeu a reportagem do Jornal Holandês em seu escritório na cidade de Santos Dumont, onde mantém um de seus empreendimentos, a Leiteria São Luiz, ponto de parada obrigatório na BR-040, para quem busca o sabor de um bom queijo mineiro “meio-cura” e o tradicional queijo do reino Palmyra. Nessa entrevista o Depu-tado Luiz Fernando falou sobre pecuária, leite e política.

Holandês: Há quanto tempo o senhor se dedica às atividades da pecuária lei-teira?

Luiz Fernando: A minha vida toda. Cos-tumo dizer que nasci a dois metros do cur-ral. A casa de meus pais era muito próxima do curral da fazenda que meu avô possuía. Toda a minha infância e juventude estão ligadas à atividade. Morei a vida toda na fazenda e ainda hoje é minha residência.

Holandês: Sua vida está intimamente ligada à produção leiteira e as coisas do campo, então. Que atividades rurais desenvolve atualmente?

Luiz Fernando: Sim, atualmente con-vivo com a pecuária de leite, um pouco com a pecuária de corte e com a eqüinocultura (cavalos) e não abro mão disso. O leite não é uma atividade das mais rentáveis que existem, mas me dá muito prazer e muita vida. É por essas questões é que me dedico e faço questão de manter minha residência na minha fazenda aqui em Santos Dumont. Aqui estão as minhas raízes.

Holandês: Consta nos registros da ACGHMG que o senhor foi criador de gado Holandês, destaque da raça e tam-

bém ocupou o cargo de vice-presidente. Fale um pouco da sua participação na entidade.

Luiz Fernando: Eu tive a honra de fazer parte da diretoria da associação mineira dos criadores de gado holandês em um momento muito importante em termos da pecuária de leite no Brasil. Naquela época as importações eram difíceis, nós não tínhamos as facilidades que temos hoje, seja em questão da tecnologia, ou pela genética. Transferência de Embrião (TE), importação de sêmen, tudo era demorado.

Naquele momento, com as parcerias que desenvolvemos e até mesmo individual-mente, nós buscamos genética de ponta no exterior. Trouxemos para o país muitos animais do Canadá, dos Estados Unidos, Argentina e até do Uruguai. Isso foi muito importante à época, para contribuir com o melhoramento genético do gado brasileiro. Aqui na região (S. Dumont), também houve melhoramento com incorporação de genética de ponta vindo do sul do país. Para mim foi muito importante ter a consciência que de alguma forma eu pude contribuir

com o melhoramento genético do gado holandês e, por conseguinte, com todo o gado leiteiro do país. Foi uma passagem que muito me honra, poder ter contribuído de alguma forma pelo melhoramento dos rebanhos, com minha passagem pela associação mineira.

Holandês: O que o fez se afastar da entidade?

Luiz Fernando: O fato de ter ingressado na vida pública. Isso me fez reduzir minhas atividades de pecuarista com o gado holandês. Fui Deputado Estadual por três legislaturas e atualmente atuo como Depu-tado Federal. Para poder cumprir com as atividades do cargo que o povo me desig-nou, tive que dar uma reduzida nas minhas atividades pessoais e empresariais. Redu-zir não significou parar, é no meio que faço minhas reflexões e que tenho meus maio-res momentos de alegria.

Holandês: O senhor fala em redução das atividades como pecuarista. Qual a situação atual?

Luiz Fernando: No nosso auge da pro-dução, cheguei a produzir mais de cinco mil litros leite/dia. Hoje estamos na casa de dois mil litros/dia, com a redução. Não sei se é pouco ou se é muito, mas é o que posso produzir, em face de outros compro-missos que já citei. A nossa indústria de laticínios também continua funcionando. Não mais com o tamanho que era, mas funciona bem.

Holandês: O senhor possui grande experiência como produtor, e agrega a isso, o fato de ser Deputado Federal. Assim, como avalia a situação dos produtores de leite do país atualmente?

L u i z F e r n a n d o : Pa s s a m o s p o r momento difícil. O leite no ano passado chegou a bater quase a casa de um real. Hoje, o preço está na média de sessenta a setenta centavos. Qualquer atividade que apresente redução na ordem de 15, 20%, isso influi na lucratividade absurdamente. Mas sou um otimista, acredito que em

Marcos Alexandre / Arquivo ACGHMG

o Deputado Federal Luiz Fernando Faria com o seu assessor e médico veterinário José Eduardo Meirelles

“Qualquer atividade que apresente redução na ordem de 15, 20%, isso influi na lucratividade absurdamente. Mas sou um otimista, acredito que em curto espaço de

tempo este preço vai apresentar crescimento.”

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17Jornal Holandês| Dezembro de 2009

curto espaço de tempo este preço vai apre-sentar crescimento. O momento atual em si, não é dos melhores.

Holandês: O senhor tem uma ligação muito forte com o meio rural. Após sua eleição para a Câmara federal como tem acompanhado o desenrolar das questões que envolvem os produtores?

Luiz Fernando: Uma das razões da minha entrada na vida pública foi justa-mente levantar a bandeira do produtor rural. Meu pai foi um dos fundadores do Sindicato Rural de Santos Dumont. Posteriormente, participei das diretorias e presidi o sindicato por 12 anos. Na Assembléia Legislativa de MG, em meu segundo mandato, eu fui um dos deputados que ajudou a instalar a Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) do preço do leite. A CPI fez um trabalho muito importante, porque o preço do leite na ocasião estava a 12 centavos em algumas regiões, em outras 16 e ao final de nossos trabalhos, conseguimos elevar o preço para R$ 0,38. Conseguimos triplicar o preço que se praticava naquele momento. A partir desta CPI em Minas, ajudamos na implanta-ção de CPIs similares em mais sete Estados.

Holandês: União e mobilização política é a saída para melhorar a situação dos produtores de leite?

Luiz Fernando: Sim, é preciso que a classe continue unida, motivada e faça as suas lideranças, seus deputados, seus representantes em todos os níveis, para que sejamos fortes como outros segmentos fazem, para que possamos assim, repre-sentar bem e defender os interesses da classe rural. Eu tenho conversado muito a respeito disso na Câmara Federal.

Holandês: E qual o cenário vigente em relação ao leite em Brasília?

Luiz Fernando: Estamos lá com a frente parlamentar em defesa do preço do leite, encabeçada por vários deputados, que têm ligação com a classe rural, especifica-mente com a pecuária leiteira. Da bancada mineira, temos lá além de mim, o Deputado Antônio Andrade (PMDB-MG), Paulo Piau (PMDB-MG), Marcos Montes (DEM-MG), Aélton Freitas (PR-MG) e Lael Varella (DEM-MG) . Esses são os que me vem à cabeça no momento, mas há representan-tes de outros Estados, também engajados no propósito. É importante que a classe também se mobilize, não fique só obser-vando de longe. As associações têm que estar ao mesmo tempo cobrando e também dando apoio aos seus representantes.

Holandês: Sabe-se que esta ação de apoio e cobrança passa primeiro pela

união da classe. Como ela deve se posi-cionar, para construir essa base de apoio parlamentar, de forma mais con-creta e atuante?

Luiz Fernando: Os produtores têm que se organizar em torno de suas representa-ções, ou seja, associações e sindicatos rurais. É assim que os outros segmentos fazem para se mobilizar. A partir daí, os dirigentes dessas entidades dão as coor-denadas para as mobilizações que são extremamente importantes nos momen-tos de votações de projetos na Câmara, nas assembléias e que interessam aos produtores . Agora mesmo estamos votando lá no congresso, matérias que são de interesse dos metalúrgicos de São Paulo. Eles ficam lá, de bandeira em punho, pressionam seus deputados, fazem lobby o dia inteiro, semana inteira se necessário. Então são importantes essas mobilizações nos momentos decisi-vos. São os dirigentes de associações, sin-dicatos e outras entidades ligadas que dão o “norte” para mobilizar os produtores e incentivar seus representantes acerca dos interesses dos produtores. Agir politi-camente, coordenados e unidos.

Holandês: Quando ainda ocupava o posto de Deputado Estadual, seu nome foi cogitado para a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, Essa possibilidade ainda o atrai?

Luiz Fernando: É verdade. Em determi-nado momento meu nome foi ventilado, mas eu só aceitaria este desafio, se o governador que estiver à frente no palá-cio, assumir comigo o compromisso de montar uma estrutura na secretaria, capaz de atender os anseios da classe rural. Eu não vi a possibilidade naquele momento de assumir, porque não encon-trei por parte do governo, disposição de

poder dar esta estrutura necessária, para retribuirmos com trabalho aos produtores. Mas continuo motivado, para em determi-nado momento aceitar esse desafio, desde que tenhamos uma estrutura sólida, capaz de dar retorno.

Holandês: No próximo ano teremos eleições. É candidato à reeleição?

Luiz Fernando : Sou candidato a reelei-ção à Deputado Federal, para poder dar continuidade ao trabalho que iniciamos à 16 anos, sempre com votação expressiva e apoio do povo mineiro.

Holandês: Qual seu posicionamento em relação à situação atual das questões de regularização de licenciamento ambiental, de reservas legais e APPs?

Luiz Fernando: Essa é uma questão extremamente grave. Em função disso, já ocorreu troca de secretário em Minas gerais, por exemplo. Os ambientalistas têm sido muito radicais e essa radicalização, no meu entendimento, tem prejudicado muito, não só os produtores rurais, mas o desen-volvimento do nosso país. Acredito que temos que estar sim, em sintonia com as questões ambientais, não tem (os produto-res rurais) nenhuma intenção de motivar ou degradar o meio ambiente, muito pelo contrário, nós queremos é preservá-lo. Mas queremos fazer uma preservação susten-tável, não podemos é ser radicais. Eu sou muito crítico em relação às atitudes que tem sido tomada pelo governo em algumas áreas. Estou ao lado do ministro, na decisão dele de não assinar o Decreto Presidencial que vem trazer prejuízos grandes ao setor rural, sobretudo aos pequenos produtores.

Holandês: Qual avaliação o senhor faz da figura e da atuação do Ministro Minc?

Luiz Fernando: Eu não conheço muito

bem o ministro, de longe me parece uma figura muito controversa. Eu acompanho muito as ações do Ministro da Agricultura, que sempre foram sensatas. Eu acho que em determinados momentos, o Ministro Minc está ultrapassando os limites da sua pasta. Eu sou um pouco crítico quanto à atuação dele, pelos problemas que tem causado aos produtores rurais.

Holandês: Voltando a Minas. O gover-nador Aécio Neves sinalizou com uma redução de impostos e incentivos fiscais no Estado, para fazer frente à guerra fiscal que tem levado para estados vizinhos, as empresas, sobretudo aquelas de Juiz de fora e Zona da Mata, achatando o cresci-mento econômico e reduzindo postos de trabalho. Como avalia a ação?

Luiz Fernando: Vejo com uma decisão muito acer tada do gover nador. Eu mesmo levei por algumas vezes essa preocupação ao governador e ele aco-lheu e determinou que se fizessem estu-dos a respeito. Mas o que nós precisamos mesmo é que se faça uma reforma fiscal a nível nacional. Mas essas reformas têm que ser feitas em início de governo, que é quando se tem maior força política para tal. Isso resolveria e questão de uma vez por todas. Espero que em 2011, seja qual for o presidente, que ele promova uma reforma fiscal, tributária e trabalhista. Enfim, as reformas que precisam ser implantadas. Quanto à questão pontual da redução de impostos em Minas, trará um alento às empresas que ficaram na região, e às que saíram terão possibili-dade de avaliar um possível retorno.

Holandês: Sabemos que Juiz de Fora é pólo em pesquisa na área do leite e pólo formador de mão de obra especializada para as indústrias de lácteos. Na cidade há a Embrapa Gado de Leite, a Cândido Tostes/Epamig, a UFJF com seu curso de pós-graduação em produção de lácteos, e a Associação dos Criadores de Gado Holandês de MG. Assim, a redução de impostos poderá atrair de vez, empresas para captação de leite e produção de deri-vados na região?

Luiz Fernando: Sem dúvida podere-mos dar continuação a essa tradição que temos aqui na Zona da Mata que já foi a maior bacia leiteira do Estado. Para cá vieram os primeiros animais holandeses importados. Ações como essas, são impor-tantes para recuperarmos esse status que perdemos nos últimos anos. Somos uma região vocacionada para o leite e agora há possibilidade do retorno dos investimen-tos, beneficiando em muito a região e aos produtores daqui.

“Acredito que temos que estar sim, em sintonia com as questões ambientais, não tem

(os produtores rurais) nenhuma intenção de motivar ou degradar o meio ambiente, muito pelo contrário, nós queremos é preservá-lo.”

“São os dirigentes de associações, sindicatos e outras entidades ligadas que dão o “norte” para mobilizar

os produtores e incentivar seus representantes acerca dos interesses dos produtores.”

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18 Jornal Holandês| Dezembro de 2009artigo

A falta de preocupação de uma parcela dos pecuaristas com a mineralização do rebanho é hoje um motivo de preocupa-ção dentro da cadeia de produção animal, uma vez que a desmineralização e/ou a submineralização do gado, está entre os fatores responsáveis pelos baixos índices de produtividade média das fazendas de criação, tanto em sistemas de produção de carne quanto de leite.

São muitas as variáveis possíveis de serem analisadas, antes de se chegar a um número confiável com relação ao atual déficit de mineralização do rebanho bovino brasileiro, que mantém uma popu-lação flutuante de 170 milhões de cabeças distribuída em uma área aproximada de 170 milhões de hectares de pastagens. Dados do setor, no entanto, mostram que entre 30% e 40% dos nossos rebanhos não recebem nenhum tipo de suplementação nutricional, percentual que cresce de forma preocupante se for considerado os animais sub-suplementados, cerca de entre 70% e 80%, que são aqueles que não têm incluídos nas suas dietas a quanti-dade correta de sal mineral ou qualquer outro tipo de suplementação alimentar.

Uma conta simples ajuda ilustrar melhor esse cenário, pois, se considerar-mos um consumo médio diário de 70 gra-mas/animal/dia, seriam necessárias 4 milhões de toneladas de sal mineral para abastecer somente o mercado interno.

Dados do segmento, no entanto, dão conta de uma produção nacional de apenas 2 milhões de toneladas. Ou seja, metade daquilo que seria efetivamente necessá-rio para uma suplementação adequada do rebanho, simplesmente não existe.

Outro fato importante para analise diz respeito aos atuais índices que medem a produtividade média por hectare da pecu-ária brasileira, muito aquém daquilo que se pode visualizar como ideal, conside-rando os índices de alguns países que concorrem diretamente com o Brasil por uma fatia do mercado mundial de produ-tos de origem animal. Isso significa, em outras palavras, que existe uma necessi-dade urgente da pecuária elevar seu nível de tecnificação, caso queira competir em condição de igualdade por esses nichos de consumo.

A menor disponibilidade de área dis-ponível para a pecuária de corte e a pres-são social em torno de um modelo de pro-dução agrícola sustentável também têm sido fatores responsáveis por acelerar o processo de intensificação do sistema de produção da pecuária no mundo, situa-ção hoje já sentida também no Brasil, em questões como o desmatamento do bioma amazônico.

A explicação para essa falta de cui-dado do pecuarista com a nutrição do gado, ou mesmo para a utilização de téc-nicas alternativas de suplementação do

rebanho como o uso de sal branco mistu-rado ao suplemento mineral, farinha de osso, entre outras invenções que comu-mente são vistas no campo, se baseia na falsa idéia de que os bovinos apresentam uma resistência natural aos desafios apresentados pelo ambiente, quando na verdade, a busca está numa redução dos custos com alimentação para tentar dri-blar os efeitos das sucessivas crises finan-ceiras que geram problemas sérios de caixa às fazendas de criação.

Um ponto preocupante nessa questão é que as consequências de curto prazo para o pecuarista que não faz uso correto da suplementação mineral na dieta do gado são quase imperceptíveis , só podendo ser vista com clareza, no médio e longo prazo. O fazendeiro que deixa de usar sal mineral consegue, ainda por um tempo, que os resultados se mantenham pouco perceptíveis, o que ajuda a maquiar a realidade, dando a falsa impressão de que o gasto com mineralização é dispen-sável. No entanto, isso não é verdade. Os malefícios gerados pelo desequilíbrio nutricional na dieta dos animais, no longo prazo, trazem conseqüências devastado-ras ao rebanho, ao ponto de inviabilizar totalmente o projeto.

A ação de empresários inescrupulosos dentro do mercado que vendem falsas promessas ao produtor é outro fator que tem levado muitos pecuaristas a não mais

saber em quem ou no que acreditar, e isso é muito ruim para o futuro da atividade pecuária e, sobretudo, para o setor de nutrição animal que possui empresas sérias e comprometidas de verdade com os resultados da criação e com a credibili-dade do agronegócio brasileiro.

O jeito que essas empresas encontram para atuar dentro do mercado, em sua grande maioria, é oferecendo produtos milagrosos, com preços bem abaixo daquilo que é praticado pelos outros fabri-cantes, com a diferença de jamais apre-sentarem qualquer dado científico consis-tente sobre os resultados obtidos por suas supostas tecnologias. Por isso, todo cui-dado é pouco na hora de escolher a empresa para quem você vai entregar a nutrição do seu rebanho.

Para finalizar quero dizer que em matéria de nutrição animal não existem milagres. Tecnologia para ser de fato efi-ciente tem um custo. Hoje para o pecua-rista implementar na fazenda um pro-grama estratégico de nutrição do rebanho ele vai gastar em média entre R$ 45 e R$ 60, preço este que vai depender do nível de tecnologia a ser empregado e a categoria animal suplementada. Na verdade o pecuarista não deve enxergar o dinheiro empregado na nutrição animal como gasto e sim como um investimento no rebanho que no futuro trará para ele eco-nomia em todo o sistema de produção.

Desmineralização: risco iminente

LAURISTOn BERTELLIdiretor técnico dA Premix técnicA em

suPlementAção [email protected]

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19Jornal Holandês| Dezembro de 2009

Campo das Vertentes é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal

O programa “Queijo Minas Artesanal” ganhou reforço de municípios da região do Campos das Vertentes e o números de muni-cípios que pertencem ao programa chega à 62. A região é composta pelos municípios de Barroso, Conceição da Barra de Minas, Coro-nel Xavier Chaves, Carrancas, Lagoa Dou-rada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Prados, Piedade do Rio Grande, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São João DelRei, São Tiago e Tiradentes.

Estudos históricos, de agrogeologia e de condições de solo e clima identificam as regiões tradicionalmente produtoras do Queijo Minas Artesanal. Além do Campo das Vertentes as microrregiões do Serro, Canas-tra, Araxá e Cerrado (Alto Paranaíba) tam-bém são produtoras do queijo artesanal.

O Programa é executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), em parce-ria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), tem como objetivo garantir a segu-rança alimentar, através de programa de controle sanitário do rebanho e de práticas de controle produtivo. O programa busca também, incentivar e fortalecer a organiza-ção dos produtores, cadastramento e defini-

ção da cadeia produtiva.Para João Carlos Dutra de Ávila Carva-

lho, presidente da Associação dos Queijeiros Artesanais das Vertentes da Mantiqueira (Aquaver), a inclusão do Campo das Verten-tes no Programa vai promover o desenvolvi-mento sócio-econômico e a inclusão social. “Cerca de 200 famílias vão receber orienta-ção para as adequações e poderão comer-cializar livremente os seus produtos. O leite da região será valorizado, uma vez que, e as orientações do IMA ajudarão na promoção da segurança alimentar e sanidade animal”, Afirmou.

Carvalho destaca que hoje os produtores de queijo da região reconhecem o IMA como parceiro.

Altino Rodrigues Neto, Diretor Geral do IMA, afirma que quanto maior o número de adesões no Programa, melhor será para os produtores e também para os consumidores. “Cada vez mais os consumidores estão em busca de produtos com garantia de proce-dência. Esse comportamento faz com que os produtores se profissionalizem e tenham seu produto valorizado”, afirma Neto.

Atualmente há no programa 116 queija-rias cadastradas. 62 localizadas no Serro,

07 em Araxá, 26 no Cerrado e 21 na Canas-tra. Até outubro, 21 novas queijarias entra-ram no Programa, sendo a maioria na região do Serro, com 15 adesões. As outras foram: Uma no Cerrado, duas da Canastra e três em Araxá.

Para se inscrever no Programa o produtor tem que pertencer a municípios de uma das cinco regiões, conforme determina a Lei Estadual 14.185/02. Caso ele atenda a essas condições, deve procurar a unidade do IMA ou Emater mais próxima para cadastrar. Só com o cadastramento é que os produtores poderão comercializar seus produtos.

A próxima etapa a ser cumprida diz respeito às exigências higiênico-sanitá-rias. A Emater capacita os produtores rurais, e faz orientações sobre as adapta-ções do espaço físico do estabelecimento e ainda orienta para as boas práticas de produção e higiene.

É responsabilidade do IMA, auditar todas as etapas do processo e emitir o laudo técnico que aprove toda a fabricação dos queijos, deixando o produtor apto a ser cadastrado no programa Queijo Minas Arte-sanal. O processo de cadastramento pode levar até um ano para se concretizar.

Reconhecimento do IMA foi através da portaria nº. 1.022 de novembro de 2009

exiGências Do iMa quanto à ProDução: (lei 14.185/02, Do Decreto 42.645/02 e Da Portaria 818/06)

água para a produção Potável e clorada

infra-estrutura da queijaria Limpa, azulejada e proteção contra insetos em portas e janelas.

currais e ordenha cimentados, água disponível para higienização.

sanidade do rebanho documentação de vacinação contra a raiva, brucelose, atestado negativo de teste contra brucelose e tuberculose, vacinação contra aftosa.

Funcionários Boas condições de saúde daqueles que participam da fabricação dos queijos.

Wagner Correa

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20 Jornal Holandês| Dezembro de 2009economia

Retrospectiva e perspectivas

para o mercado de leite

O que ocorreu em anos anteriores e quais as projeções para 2010

MARCOS ALExAndRE E CAROLInA ALzEIAcAdêmicos de JornAlismo

O fim do ano se aproxima e é natural para a época, que se façam especulações de como foi o ano para o setor leiteiro e qual será o comportamento do mercado para 2010.

Essas respostas determinam as toma-das de decisões futuras. No intuito de entender essas e outras questões, o Jornal Holandês foi buscar informações com o Economista e Pesquisador da Embrapa Gado de Leite – CNPGL - Glauco Carvalho, que acompanha de perto os números refe-rentes à pecuária leiteira, bem como de todo o agronegócio.

Para ele, o ano de 2008 foi razoavel-mente bom para o leite, embora que no fim do ano tenha havido um recuo dos preços, logo que explodiu a crise financeira mun-dial. “Todas as commodities caíram e não foi diferente para o leite”, disse.

Segundo Carvalho, 2009 foi um período mais difícil, se comparado ao ano anterior, embora que, com a queda de preço, verifi-cada a partir do fim de 2008 e seu reflexo em 2009, caíram também os preços dos insumos, fato que ajudou a equilibrar as contas dos produtores. “Foi um período de preços de fertilizantes mais baixos, preço de rações mais ponderados. Ressalva para

a mão de obra, que verificou alta, uma vez que é atrelada às políticas de governo, como o aumento do salário mínimo. Mas no geral, os preços dos insumos ficaram mais comportados”, afirmou.

Munido de várias tabelas que refletiram o comportamento do preço do leite e dos insumos praticados pelo mercado, o econo-mista traça um panorama do que foi essa relação nos últimos anos. “Uma análise dos indicadores demonstra em 2007, o preço do leite subindo e os insumos também, mas em escala menor que o preço recebido. No ano, verificaram-se alguns momentos bons para os produtores, mas algumas fases difíceis para a indústria, que não conseguia repas-sar os preços”, recorda.

Para o pesquisador, 2008 foi um ano em que a relação de troca veio bem até o fim do

primeiro semestre, piorando em função da crise, a queda dos preços e também ao crescimento da produção, que, aliás, se refletiu no crescimento da produção do ano todo, da ordem de 5,5%, que é bem expres-sivo. “Com esses eventos, a relação de troca piorou e os produtores começaram a colo-car o pé no freio da produção,” afirma.

Isso fez com que se verificasse, já em abril de 2009, uma redução na produção leiteira, com índices até decrescentes, quando se avalia os índices de captação de leite no período. Nesses índices, quando se compara ao mesmo período do ano anterior, verificam-se quedas de 7% em média. Só agora no final do ano de 2009 é que os números mostram uma recuperação na captação.

O economista e pesquisador explica que

o ano de 2009, que começou com uma cap-tação bem inferior ao que era praticado em 2008, possibilitou uma recuperação nos preços. O problema foi que não consegui-mos manter o ritmo de exportação do ano anterior, devido a um conjunto de fatores: queda dos preços internacionais dos lác-teos, enfraquecimento da demanda mun-dial e valorização do real frente ao dólar que reduziu a competitividade dos nossos pro-dutos. “Felizmente temos um mercado interno grande, o que atenuou efeitos nega-tivos da queda da exportação. Por outro lado, a importação cresceu bastante e houve interferência do Governo para controlar a entrada de lácteos vindos principalmente da Argentina e Uruguai”, diz.

Carvalho evidencia a questão do câm-bio em relação à competitividade com os vizinhos: “Tivemos leite aqui, cotados a 35 centavos de dólar, enquanto que na Argen-tina, por exemplo, o preço era de 24. Fica difícil competir assim”. Para ele, apesar de reconhecer que os vizinhos são competiti-vos, o diferencial está mesmo é nas taxas de Câmbio praticadas nos países. “Eles ope-ram em taxas de 3,70 por dólar e nós a 1,70”, explica.

Para se ter uma idéia da dança dos números em relação ao preço do leite no mundo nos períodos, os gráficos mostram,

Glauco Carvalho é economista e pesquisador da Embrapa Gado de Leite – CNPGL, e acompanha de perto os números referentes à pecuária leiteira, bem como de todo o agronegócio

Nossa produção de leite por hectare é baixa, o mesmo acontecendo com a mão-de-obra. Precisamos

urgentemente melhorar estes índice, caso contrário vamos demorar um pouco mais até sermos grandes

exportadores de leite,” afirma.

Arquivo Embrapa

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21Jornal Holandês| Dezembro de 2009

A partir do ano de 2000 até hoje, veri-fica-se que a produção brasileira de leite cresceu muito rápido. Algo em torno de 3,5% ao ano. Para se sustentar um cresci-mento desta ordem, precisa-se de mercado interno em crescimento e também canais de exportação do excedente. Em um pano-rama de médio e longo prazo, o mundo vai demandar muito leite. O Pesquisador da Embrapa concorda com essa afirmação e traça um quadro futuro, a partir das carac-terísticas atuais de alguns países produto-res. Para ele, quando o assunto é produção, a Europa é pouco competitiva e necessita de subsídios. Com isso o velho continente vem perdendo participação no mercado mundial. Na Ásia o consumo de leite é cres-

cente, pois passou a reconhecer o produto como fonte de proteína barata, mas sofre com a limitação de recursos naturais para produzi-lo. A Oceania também não deve ter condições de expandir muito sua produção em função de terem pouca disponibilidade de terras e uma produtividade alta por vaca em sistema de produção a pasto. Se resol-verem fazê-lo, terá que importar milho e soja para alimentar seus rebanhos, o que tornaria o processo oneroso e menos com-petitivo. Para Carvalho, Brasil e Estados Unidos é que ainda dispõem de condições naturais e de tecnologia para aumentar a produção de leite quando a demanda sur-gir. Mas no caso do Brasil, ele afirma que um aumento substancial de produção, só

será possível se algumas deficiências forem sanadas. Ele aponta, por exemplo, a baixa produtividade do rebanho nacional como um desses limitadores. Se uma pequena parte dos produtores consegue índices produtivos satisfatórios, a maioria ainda está longe do ideal. Ele aponta, por exemplo, dados divulgados recentemente pelo IBGE, que apontam que a assistência técnica governamental está em 43% dos estabelecimentos agropecuários somente. “Esse é um grande gargalo do agronegócio no país. Produzimos tecnologia, mas é difí-cil implantá-la nas propriedades, seja por questões financeiras, de cultura do homem do campo ou pela dimensão continental do país, que dificulta o processo”, diz.

Produção nacional de leite, mercado e demanda mundialpor exemplo, o leite em pó no mercado inter-nacional em 2007 com preços muito altos. Algo em torno de U$ 5 mil por tonelada. Em 2008 praticou-se preço de quatro mil por tonelada e no primeiro semestre deste ano o preço caiu a U$ 2 mil por tonelada. Agora no fim de 2009, já se ensaia uma recuperação e as especulações apontam algo em torno de U$ 3,5 mil por tonelada.

Para o economista, esse é o sinalizador do mercado para 2010. Começa a se perce-ber uma recuperação no preço internacio-nal, as coisas começam a se organizar em função da economia mundial mostrar sinais de recuperação. Se este ano a econo-mia mundial deve cair 1,1%, no ano que vem, deve crescer 3,1%, conforme previ-sões do Fundo Monetário Internacional. “Tivemos a economia mundial crescendo a taxas de 5%, depois caiu para 3% e passa-mos para uma recessão de 1%. Agora para 2010, tudo indica que a economia mundial voltará a crescer. Mesmo que sobre uma base ainda ruim, mas mesmo assim, vis-lumbrar crescimento é uma boa notícia”, afirma Carvalho.

Para ele, 2010 pode ser um ano bom. A economia americana dá sinais de recupe-ração e é este ainda o mercado que segura o consumo no mundo. Outro ponto é a sina-lização de um aumento do petróleo, que aumenta a renda e o consumo dos cida-dãos dos países produtores, que são gran-des importadores de produtos lácteos, já que a maioria deles tem uma deficiência na produção de alimentos. Para finalizar, Glauco aponta o aumento verificado no leilão da Fonterra, em relação ao leite em pó, de U$ 3,5 mil/tonelada, que sinaliza a tendência de mercado futuro do produto para o ano de 2010.

Wagner Correa

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22 Jornal Holandês| Dezembro de 2009economia

2010O ano de

É consenso entre os economistas que a economia mundial vá experimentar uma recuperação no novo ano, sinalizada pela recuperação do Produto Interno Bruto. O indicador que ainda não melhora é o emprego, que demora um pouco mais, uma vez que necessita de investimentos e de mais tempo para se firmar.

Mas pelo lado da demanda, tudo indica que 2010 será um ano bem melhor do que foi 2009, com os preços do leite em um patamar mais satisfatório para o produtor.

Nisso concorda Glauco Carvalho, que enumera uma série de fatores que exemplificam o otimismo: “No mer-cado internacional verifica-se uma economia em recu-peração, que vai influenciar positivamente na demanda. Por outro lado, a resposta de produção de leite não é tão rápida. Na Europa o mercado é regulado por cotas e a resposta deles a melhores preços é baixa”, afirmou.

Para ele, outros países como a Nova Zelândia e Austrália, vão ter uma recuperação de produção, mas essa resposta produtiva não será muito expressiva em

curto prazo. Ele estima o crescimento da produção da Oceania em 2010 entre 2 e 3%, se o comportamento do clima for normal. “Onde pode haver uma recuperação maior na produção é nos Estados Unidos. Eles conse-guem aumentar a produção à partir do gado confi-nado. A relação de troca atual entre preço de leite e preço de ração está melhorando, a tecnologia de pro-dução que possuem e muito boa e as safras de milho e soja serão altas.

Para o Brasil, o economista destaca o fato de que fer-tilizantes deverão manter a linha de preços atuais, o que tranqüiliza o mercado. O mesmo deve ocorrer com o preço do concentrado e demais insumos, exceto mão-de-obra que continuará subindo. Com insumos estáveis e com aquecimento na demanda, acredita-se que o preço do leite possa sofrer acréscimos da ordem de cinco a sete centavos de Real, comparado aos preços praticados em 2009. Isso daria índices de preço médio do litro do pro-duto em torno de R$ 0,75 a R$0,80 durante o ano de 2010. Em relação ao preço mundial ainda estaremos pouco

competitivos devido ao problema cambial, cujas proje-ções indicam taxa de 1,75 a 1,80 por dólar. Carvalho destaca ainda o fato do custo de produção não estar subindo e acredita que a maior pressão seja exercida pelo custo da mão de obra. “É claro que fatores ao longo do ano podem influenciar esses cenários. Questões de clima, do plantio das safras, da safrinha brasileira de milho, por exemplo. Mas o que se percebe é que 2010 será um ano relativamente bom para o leite”, completa.

Em se confirmando o que mostram os números, 2010 será um ano em que os produtores terão possibilidade de organizar melhor a propriedade, melhorar o sistema de gestão e melhorar principalmente as respostas dos fato-res de produção. “Temos um sério problema no uso de fatores de produção, em parte porque temos abundân-cia. Nossa produção de leite por hectare é baixa, o mesmo acontecendo com a mão-de-obra. Precisamos urgentemente melhorar estes índice, caso contrário vamos demorar um pouco mais até sermos grandes exportadores de leite,” afirma.

Wagner Correa

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Glauco Carvalho: Acho uma política de preços mínimos inte-ressante, sobretudo para a agri-cultura familiar. No caso do leite, esse tipo de ação deve ser política de governo, para bancar essa diferença, não a indústria. O governo usa o mercado de opções para milho e para outras commo-dities. Para leite não tem, até por-que não existe mercado futuro de leite no Brasil. Isso dificulta a implantação deste sistema. Reco-nheço que é difícil o processo de se produzir leite, pasto e ração e ainda gerenciar a fazenda. Tem que se estar presente todos os dias, pois não é possível estocar o pro-duto. Esse é um processo compli-cado em todo o mundo. O que acontece é que em alguns países mais desenvolvidos economica-mente, o litro do produto é mais caro, o que por si, já garante renda para o produtor. Nestes países, o consumidor tem salários altos e pode pagar mais pelo produto. Isso infelizmente não acontece no Brasil e não é justo que sejam os produtores que tenham que arcar com a conta. Neste sentido, um

preço mínimo é uma idéia interes-sante.

Mas há outras saídas. Se pegarmos o preço do leite pago na década de 80 e corrigirmos seu valor, o produtor estaria rece-bendo R$ 2,00 por litro hoje. Aí fica a pergunta: O produtor é louco? Recebia dois reais por litro e agora recebe setenta centavos. Como a produção dobra?

Como receber cada vez menos e produzir cada vez mais?

Aí entram os processos tecno-lógicos. Você precisa ser muito bom em eficiência para produzir leite. Essa eficiência passa pelo gerenciamento dos processos. Tem gente produzindo leite com custos mais baixos e obtendo lucro, enquanto o vizinho está pagando para produzir. O produ-tor precisa saber qual é o seu custo de produção e essa informação só uma minoria dispõe. Produzir leite hoje é difícil e tende a se tornar ainda mais difícil à frente. Não dá para se pensar em produzir leite de forma ineficiente. A nova ordem é a profissionalização dos processos.

Os produtores de leite, em sua grande maioria, defendem a idéia de uma política de preço mínimo

para o leite, como forma de resguardar seus investimentos de produção. Perguntamos ao

economista da Embrapa Gado de leite, quais suas ponderações a respeito. Confira:

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... aos nossos parceiros, anunciantes, leitores e a todos que colaboraram, apoiaram e acreditam nos nossos ideais um

Feliz Natal e um Próspero 2010! São os votos da equipe do Jornal Holandês e da

Diretoria e funcionários da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais

Imagine!Um tempo, um dia, um clima, um lugar, uma hora

e sinta felicidade no ar.

É neste momento que queremos desejar...