jornal do rio vermelho 01 edicao

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Planejamento Estratégico e Plano de Gestão para o bairro Planejamento e organização. A partir desse conceito, a nova di- retoria da AMARV, empossada em 27 de setembro de 2011, lançou uma publicação com seu Plane- jamento Estratégico 2014 e Pla- no de Gestão 2011-2014. Nesse documento, de forma transparen- te, responsável e inovadora, foi elaborado um diagnóstico onde são pontuados os principais pro- blemas vivenciados pelo bairro e estabelecidas as metas que serão perseguidas para o período, no sentido de viabilizar as soluções previstas. O modelo teve como princípio trabalhar de forma participativa, ouvindo a comunidade e entida- des representativas, sempre colo- cando o interesse do Rio Verme- lho acima de tudo. Por intermédio desse Planejamento Estratégico e Plano de Gestão, a AMARV está implantando uma estrutura mais articulada e eficiente junto aos organismos públicos e privados, com o objetivo de defender os in- teresses da população e do bairro. A definição dos objetivos ocorreu por meio de diversas reuniões entre os membros da diretoria da AMARV e representantes de gru- pos de interesse do Rio Vermelho. Para melhor compreensão do tra- balho, é importante destacar que o Planejamento Estratégico foi estruturado em macroambientes, a saber: Físico-Territorial; Político- -Institucional; Econômico-Social; Segurança Pública; Cultural e Gestão Ambiental. Apesar de, à primeira vista, parecer burocrático este formato, facilitou o trabalho e permitiu um olhar mais abran- gente e uniforme sobre o bairro, além de estabelecer uma divisão de competências que tornou possível situar cada problema em sua área respectiva. Para dar certo, é necessário que essa atuação conjunta da AMARV, comunidade e entidades públi- cas e privadas, ocorra de forma planejada, incisiva e contínua. Sa- bendo que, durante a execução, observações e correções medi- das preventivas serão adotadas, de forma a assegurar o sucesso do planejado, aperfeiçoando a articulação das ações com as políticas públicas para o bairro. (continua nas páginas 4 e 5) Segurança é prioridade total Providências emergenciais estão sendo tomadas na área de segurança do bairro Deu no Blog blogdoriovermelho.blogspot.com.br Pedestres seguem acuados pelos carros estacionados de forma irregular Cratera pode acabar com a Paciência! Erosão da contenção da encosta na Praia da Paciência produz buraco que ameça engolir a pista Desfile dos Palhaços do Rio Vermelho O já tradicional grupo Palhaços do Rio Vermelho trouxe alegria e diversão com seu desfile bem humorado e colorido Jornal do Rio Vermelho – uma publicação da AMARV – Salvador, Bahia – Junho de 2012 – ano I número 1 Foto: Darjan Sanches Foto: André Avelino Foto: André Avelino Foto: Carmela Talento Foto: Edgard Carneiro

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Planejamento Estratégico e Plano de Gestão para o bairro

Planejamento e organização. A partir desse conceito, a nova di-retoria da AMARV, empossada em 27 de setembro de 2011, lançou uma publicação com seu Plane-jamento Estratégico 2014 e Pla-no de Gestão 2011-2014. Nesse documento, de forma transparen-te, responsável e inovadora, foi elaborado um diagnóstico onde são pontuados os principais pro-blemas vivenciados pelo bairro e estabelecidas as metas que serão perseguidas para o período, no sentido de viabilizar as soluções previstas.

O modelo teve como princípio trabalhar de forma participativa, ouvindo a comunidade e entida-des representativas, sempre colo-cando o interesse do Rio Verme-

lho acima de tudo. Por intermédio desse Planejamento Estratégico e Plano de Gestão, a AMARV está implantando uma estrutura mais articulada e efi ciente junto aos organismos públicos e privados, com o objetivo de defender os in-teresses da população e do bairro.

A defi nição dos objetivos ocorreu por meio de diversas reuniões entre os membros da diretoria da AMARV e representantes de gru-pos de interesse do Rio Vermelho. Para melhor compreensão do tra-balho, é importante destacar que o Planejamento Estratégico foi estruturado em macroambientes, a saber: Físico-Territorial; Político--Institucional; Econômico-Social; Segurança Pública; Cultural e Gestão Ambiental. Apesar de, à

primeira vista, parecer burocrático este formato, facilitou o trabalho e permitiu um olhar mais abran-gente e uniforme sobre o bairro, além de estabelecer uma divisão de competências que tornou possível situar cada problema em sua área respectiva.

Para dar certo, é necessário que essa atuação conjunta da AMARV, comunidade e entidades públi-cas e privadas, ocorra de forma planejada, incisiva e contínua. Sa-bendo que, durante a execução, observações e correções medi-das preventivas serão adotadas, de forma a assegurar o sucesso do planejado, aperfeiçoando a articulação das ações com as políticas públicas para o bairro. (continua nas páginas 4 e 5)

Segurança é prioridade totalProvidências emergenciais estão sendo tomadas na área de segurança do bairro

Deu no Blogblogdoriovermelho.blogspot.com.br

Pedestres seguem acuados pelos carros estacionados de forma irregular

Cratera pode acabar com a Paciência!Erosão da contenção da encosta na Praia da Paciência produz buraco que ameça engolir a pista

Desfile dos Palhaços do Rio VermelhoO já tradicional grupo Palhaços do Rio Vermelho trouxe alegria e diversão com seu desfi le bem humorado e colorido

J o r n a l d o R i o V e r m e l h o – u m a p u b l i c a ç ã o d a A M A R V – S a l v a d o r , B a h i a – J u n h o d e 2 0 12 – a n o I n ú m e r o 1

Foto: Darjan Sanches

Foto: andré avelino

Foto: andré avelino

Foto: Carmela Talento

Foto: Edgard Carneiro

Tornar a Associação dos Mora-dores e Amigos do Rio Vermelho – AMARV mais atuante e compro-metida com o destino do bairro e dos seus habitantes. Essa foi a pri-meira bandeira de luta assumida pela nova diretoria, eleita no dia 27 de setembro de 2011, e tem sido assim desde então: com a elaboração do Planejamento Es-tratégico e do Plano de Gestão da AMARV; com as contínuas visitas aos órgãos públicos em defesa dos interesses do bairro; com a partici-pação efetiva nas reuniões sema-nais do Conselho de Segurança; com as rondas pelas ruas do Rio Vermelho em busca de solução para problemas que se acumulam. Esse verdadeiro trabalho de formi-guinha está sendo feito e levado bem a sério por toda a equipe que assumiu a AMARV para o período até setembro de 2014.

Composta por 17 membros, na formação da nova diretoria, foram convidados moradores do bairro com perfil mais adequado a cada cargo (ver box), ainda que esta tenha sido uma tarefa bem difícil para o presidente Lauro Matta, visto que o Rio Vermelho tem um grande número de moradores capacitados e qualificados em suas áreas de atuação. No entan-to, entre todos os membros da nova diretoria, é possível destacar um ponto em comum: o orgu-lho em “vestir a camisa” do bairro. Ser 100% Rio Vermelho.

Com tantos problemas a serem enfrentados, o bairro do Rio Vermelho necessitava que a as-sociação tivesse esse nível de

comprometimento. Não apenas para criticar e cobrar, mas para discutir e propor soluções, além ouvir e envolver a comunidade nas decisões. E a visão de um modelo democrático de ges-tão da entidade tem se firmado com o comparecimento maciço

da nova diretoria, semana após semana, durante as reuniões da AMARV no salão paroquial da Igreja de Santana. Espaço gen-tilmente cedido pelo Padre Ân-gelo, já que, por incrível que pa-reça, a associação até hoje não tem uma sede própria.

EDITORIAL

O novo jornal do Rio Vermelho

Parabenizar toda a diretoria da AMARV e esperar novos dias com a sensação que o dever está sen-do cumprido e dentro das melhores perspecti-

vas. Essa edição do jornal do Rio Vermelho materiali-za tudo isso: uma nova identidade visual e editoração gráfica, ampliando também o seu conteúdo. Ficou mais organizado por seções e assuntos e adotou um design mais moderno. Mudar é sempre estimulante. A tarefa de transformação do jornal transparece aqui no trabalho feito por toda a equipe e colaboradores na definição das matérias e imagens.

Nessa edição, nos concentramos no recente Planeja-mento Estratégico da AMARV, abordando aspectos teóricos em sua prática na Gestão 2011/2014, cujo objetivo é fornecer subsídios e informações para o planejamento e avaliação institucional, consolidan-do com isto a busca por uma melhor qualidade de vida para os moradores do Rio Vermelho.

Inauguramos algumas colunas como: Personagem do Rio Vermelho, retratando sempre uma pessoa querida e conhecedora do bairro; Galeria do Artis-ta, trazendo nomes importantes no meio artístico e acadêmico, como escritores, poetas, artistas plás-ticos, arquitetos e historiadores, entre outros; Deu no Blog, uma parceria com o Blog do Rio Vermelho, transmitindo notícias importantes para o bairro. E por aí vai…

Agradecemos a cada parceiro e a cada um da equipe que, juntos, fizemos dessa retomada um momento de consolidação do jornal do Rio Vermelho. Sabemos que ainda há um longo caminho pela frente e um imenso desafio: a cada edição procurar aprimorar e se superar, levar conteúdo informativo de qualidade com transparência a todos os moradores e amigos do Rio Vermelho.

Lauro Alves da Matta JúniorPresidente da AMARV

Eleição da nova diretoria da AMARV

Lauro Alves da Matta Júnior PRESIDENTE

André Avelino de Souza Ferreira PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE

José Mário de Magalhães OliveiraSEGUNDO VICE-PRESIDENTE

Fabiano de Andrade Bastos PRIMEIRO DIRETOR-SECRETÁRIO

Célia Maria Dutra de Oliveira SEGUNDO DIRETOR-SECRETÁRIO

José Alberto Sena Filho PRIMEIRO DIRETOR-FINANCEIRO

Antonio Gonzaga Dias SEGUNDO DIRETOR-FINANCEIRO

Wanderley Souza Fernandes DIRETOR DE EVENTOS

Adalberto Bulhões Filho DIRETOR DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE

Manoel Costa Sobrinho DIRETOR DE DIVULGAÇÃO

Marcus Vinicius de Almeida e Marinho DIRETOR JURÍDICO

CONSELHO FISCAL

EFETIVOSLuciana Souza Cruz SilvaAlexandre Marques de OliveiraJoão Augusto Maia Hegouet

SUPLENTESJosé Abílio Ferreira da SilvaJoão Batista Marinho BrasilMarcos Antonio Pinto Falcão

NOVA DIRETORIA DA AMARV

Nova diretoria da amarv, eleita em setembro de 2011

Foto: José abílio

ExpEDIENTECONSELHO EDITORIAL – José Sinval Soares – André Avelino de Souza Ferreira – José Mário de Magalhães Oliveira – Wanderley Souza Fernandes – Carmela Talento – Marcos Antonio Pinto Falcão

Jornalista Responsável – José Sinval Soares – MTE 1369Revisão – Carlos Amorim – DRT/BA 1616Projeto Gráfico e Editoração – Dendê ComunicaçãoTiragem – 3.000 exemplaresImpressão – Gráfica Press ColorContato – [email protected]ção gratuita

Esta é uma publicação da Associação dos Moradores e Amigos do Rio Vermelho – AMARV. Fotos e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

De acordo com a presidente do Conselho de Se-gurança Social do Rio Vermelho e Ondina, Eloysa Cabral, apesar do aumento da insegurança, o bair-ro vive um momento ímpar com a posse do novo comandante e da nova delegada da 7ª Delegacia e da união das entidades, situação que não acontecia anteriormente.

Entretanto, a presidente ressalva que a questão é muito mais complexa e não será solucionada apenas com repressão. Segundo ela, é preciso uma ação articulada dos governos voltada para crianças, jovens e adolescentes. “O cerne de tudo é a educa-ção e a família”, ponderou.

Ela argumentou que quando se fala em segurança, a maioria das pessoas pensa logo na parte final

que é a repressão, “mas se a questão não for en-carada como um todo, quanto mais o tempo passa mas vai aumentar a marginalidade”, pontuou.

Para ela, o aumento do índice de violência no Rio Vermelho é reflexo do que está acontecendo em toda a cidade somada às características peculiares do bairro que funciona praticamente 24h, razão pela qual demanda uma estratégia diferenciada de segurança.

Explicou que a finalidade do Conselho é atuar como elo de ligação entre a comunidade e os ór-gãos públicos, e nesses 14 anos de existência vem fazendo isso. No campo social, vem promovendo cursos e encaminhado reivindicações. “Hoje há uma unidade entre Conselho, AMARV, Colônia de Pesca, Comando da PM e 7ª Delegacia. Na verdade estamos em um momento ímpar e isso é impor-tante porque todos estão agindo pensando na melhoria do bairro”, afirmou.

Para ela, tanto o perfil do novo Comandante da 12ª CIPM, o Major André Ricardo como da delegada Drª Jorvane que assumiu no início de abril, facilita o diálogo e a integração. “O novo comandante é uma pessoa de nível, é prepara-do e tem amor pelo que faz e está interessado em trabalhar junto com a comunidade que é quem sabe onde estão os problemas. A nova delegada tem demonstrado que é uma pessoa de bons propósitos, que está querendo acertar, mas tem que se dar um tempo, afinal ela assu-miu recentemente”, finalizou.

Em todas as pesquisas realizadas na capital, a falta de segurança aparece como uma das princi-pais preocupações da população e no Rio Vermelho não é diferen-te. São muitas as ocorrências de roubos praticados contra pedes-tres, casas comerciais e carros to-mados de assalto. A expansão do tráfico de drogas, principalmente no entorno da Praia de Santana, na área do Mercado do Peixe e no Alto de Ondina, é uma reali-dade preocupante.

Depois da morte do morador André Luiz, em abril passado, ao tentar defender a mãe dele das garras dos meliantes, após um saque na agência do Bradesco da Rua Conselheiro Pedro Luiz, as pessoas que já tinham medo de entrar nas agências bancárias ficaram ainda mais preocupa-das, até porque essa modalida-de de assalto conhecida como saidinha bancária também au-mentou no bairro.

O clima de medo ficou evi-dente depois que apareceram

pichações em muros e postes de várias ruas do bairro, cha-mando atenção para “zonas de assalto”. Essa intervenção foi destaque na imprensa e a questão da violência no bairro ganhou repercussão nacional após matéria divulgada no jor-nal da Globo.

O comandante de 12ª CIPM, Major André Ricardo, disse que houve coincidência entre a re-percussão da pichação com o esquema que havia montado para reduzir os índices de as-saltos no bairro. Segundo ele, 40 homens do grupo recém--formado de policias do úl-

timo concurso da PM foram enviados para treinamento no bairro, onde ficaram durante 10 dias. Entretanto, no dia 16 de abril, eles deixaram o bairro para receber treinamento para fazer a segurança na micare-ta de Feira de Santana. A boa notícia é que o Major André,

informou que o Comando da Polícia Militar acenou com a possibilidade dos policiais re-tornarem para o bairro.

Preocupada com a situação, a AMARV dedicou um capítulo à questão da segurança no Pla-nejamento Estratégico, onde foram traçadas as metas de atuação da atual gestão, entre elas a representatividade jun-to aos órgãos competentes, o que está sendo feito com a participação nas reuniões do Conselho Comunitário de Se-gurança e o encaminhamento de solicitações para fortalecer o policiamento 24h no bair-ro, policiamento nas praias, principalmente nos finais de semana, e a implantação de rádios comunitárias entre a sociedade, comércio e órgãos de segurança (Polícia Civil e Militar), providências estas, to-das em andamento. A AMARV também está incentivando a instalação de câmaras de vigi-lância em pontos estratégicos do bairro.

Conselho considera que bairro vive momento ímpar com posse do novo comandante da 12 ª CIPM

Segurança é prioridade total

É importante para o bairro a ronda das duplas de policiais

a presença constante de blitz policiais inibe a ação dos marginais

No comando da 12ª CIPM há três meses o Major André Ricardo afir-mou que a política do novo coman-do é de interligação completa com a comunidade, e de diálogo per-manente com a AMARV, Colônia de Pescadores, Conselho de Segurança e demais entidades.

Ele disse que o comando está aberto para receber a comunidade e qual-quer cidadão pode se comunicar, ou mandar mensagem por meio eletrô-nico para [email protected]. Informou ainda que o telefone (71) 3116-7907 está à disposição e fun-ciona 24h por dia.

Sobre o esquema de segurança traça-do para o bairro, ele explicou que está ajustando o que encontrou visando a redução da violência. De acordo com o Comandante, o policiamento é feito por meio de rondas com viaturas e durante 10 dias contou com o aporte do efetivo de 40 homens que, por duas semanas, fizeram o policiamento de rua em vários pontos do bairro, resultando na redução do número de ocorrências.

Esse policiamento ostensivo teve um pe-queno intervalo porque os homens foram deslocados para a segurança da Micareta de Feira de Santana, mas segundo o Major An-dré antecipou, o Comando Geral da PM ace-nou com a possibilidade do mesmo efetivo retornar ao bairro de forma permanente.

Com isso, outros esquemas serão coloca-dos em prática para reforçar a segurança, inclusive com a utilização de motos, e, posteriormente, o uso de bicicletas para o policiamento das praias.

Paralelo a isso, o comandante também pretende retomar o Programa Edu-cacional de Resistência às Drogas e à

Violência – Proerd, um programa de caráter social e preventivo posto em prática em todos os estados do Brasil por policiais militares devi-damente selecionados e capacita-dos nas escolas de ensino público e privado, para os alunos que este-jam cursando o quinto ou o sétimo ano do ensino fundamental.

A 7ª Delegacia do Rio Vermelho tem uma nova delegada, Dra. Jorvane que também destacou a importância da parceria com a comunidade e diz que o seu objetivo é contribuir para diminuir as ocorrências relacionadas à violência no bairro.

Novo comandante do 12º Batalhão e nova delegada na 7ª Delegacia

Foto: andré avelino

Foto: Carmela Talento

Foto: andré avelino

A construção do Planejamento Estratégico e do Plano de Ges-tão da Associação dos Morado-res e Amigos do Rio Vermelho – AMARV consolida uma mu-dança importante na busca por uma melhor qualidade de vida dos moradores do Rio Vermelho, com a necessária redução dos impactos ambientais no bairro.

Foram defi nidos os seguintes macroambientes: Físico-territo-rial; Político Institucional; Econô-mico; Social; Segurança Pública; Cultural e Gestão Ambental, bem como estabelecidos os seus objetivos e resultados. Por uma questão de espaço nessa pu-blicação, abordaremos apenas alguns destes macroambientes. Para todos os problemas detec-tados, a AMARV vem encami-nhando propostas de solução junto aos órgãos competentes.

Por meio desse Planejamento Estratégico e Plano de Gestão, a AMARV busca garantir a sua re-presentatividade política e ins-titucional junto aos organismos públicos, privados e a sociedade do bairro.

FÍSICO-TERRITORIAL

META – LIMITES GEOGRÁFICOS/ZONEAMENTOA delimitação ofi cial dos bairros de Salvador está desatualizada há 50 anos. A cidade cresceu, sur-giram novos bairros, subdivisões de outros, e hoje muitos de seus habitantes têm dúvidas sobre o endereço exato do local onde moram, o que gera estatísticas com dados controversos. É fun-damental que tenhamos uma base territorial confi ável e dados consistentes sobre a população de Salvador para um planeja-mento mais efi caz.

No caso do Rio Vermelho, a AMARV vem acompanhando o desenrolar dos fatos, participan-

do de Audiências Públicas com órgãos competentes e apoiando a implantação do novo projeto “Caminho das Águas de Salvador, Estudo e Defi nição dos Limites dos Bairros e Bacias Hidrográfi cas de Salvador”, realizado por diver-sos órgãos de Salvador. Na nova confi guração da cidade, apresen-tada pela Superintendência do Meio Ambiente (SMA), Salvador passaria a contar com 160 bair-ros, cinco ilhas e três ilhotas.

A AMARV aguarda a aprovação e vigência da nova lei para saber de fato o seu campo de atuação.

META – OBRAS INACABADAS/ABANDONADAS/IRREGULARESA estrutura inacabada onde de-veria funcionar um Centro de Artesanato e um “restaurante” ao lado do novo Mercado do Rio Vermelho na Mariquita, con-tinua sem solução. Atualmente, serve de apoio aos usuários de drogas e abrigo de moradores de rua, tornando-se um ponto perigoso no bairro. A obra foi embargada pela Justiça, com o argumento que estaria fora dos limites fi xados por lei para cons-truções próximas à linha do mar.

O prédio abandonado “balança mais não cai”, da Rua Feira de Santana no Parque Cruz Aguiar, é um problema antigo e até hoje sem solução. Sua estrutura, completamente comprometida e com risco de desabamento, é uma ameaça constante. Recla-mações diversas por parte dos moradores, há mais de 30 anos, dezenas de ofícios e abaixo assi-nados aos órgãos competentes foram enviados e nada foi feito. A Prefeitura já desapropriou o imóvel em 1990, porém o Decre-to caducou, e a AMARV continua cobrando da Prefeitura uma so-lução imediata para o problema.

O prédio abandonado da Ave-nida Oceânica em frente à Praia

da Sereia, outro descaso dos ór-gãos competentes. Há mais de 10 anos que não se toma uma providência, localizado em fren-te ao mar, a sua estrutura está comprometida por corrosão e com risco de desabamento.

O bairro tornou-se paraíso das construções irregulares, que além de não autorizadas, o en-tulho proveniente das mesmas, é jogado nas vias públicas e nas encostas das praias gerando um outro problema. A falta de fi sca-lização pelos órgãos competen-tes é visível no bairro.

META – ENCOSTASHá mais de quatro anos, a alvena-ria de pedra da encosta da Praia da Paciência sofre erosão em fun-ção da ação da maré e dos perío-dos de chuva. Com o passar dos

Planejamento Estratégico e Plano de Gestão para o rio vermelho

Publicação do Planejamento Estratégico 2014

Av. Cardeal da Silva, 66, Rio Vermelho(71) 3335-6887 / 8812-8706 – [email protected]

tempos e o descaso por parte dos órgãos competentes, o lugar afetado transformou-se em um enorme buraco, chamado pelos moradores de “Cratera da Paciên-cia”. A cratera já ameaça derrubar parte da pista da rua da Paciên-cia, uma das mais movimentadas vias do bairro.

META – SISTEMA VIÁRIOPor se tratar de um bairro tradicio-nal com ruas estreitas, o Rio Ver-melho não foge à existência de vários problemas no seu sistema viário, como congestionamen-to acentuado nos dois sentidos (Aeroporto-Centro), sinalização precária, excesso de semáforos ultrapassados, poluição visual, pavimentação precária, falta de suporte tecnológico, falta de al-ternativas de escoamento de trá-fego, operação de carga e descar-

ga sem regulamentação, falta de estacionamentos, falta de organi-zação dos pontos de táxi, falta de ciclovias, falta de heliponto, inexis-tência de abrigos de ônibus em diversos pontos do bairro, calça-das e passeios destruídos, proble-mas de circulação de pedestres, difi culdade de acesso para porta-dores de defi ciência e inexistência de passarelas de pedestres no bairro. Como se pode notar, não são poucos os problemas do Sis-tema Viário do Rio Vermelho.

AMBIENTE SOCIAL

META – FUNÇÃO SOCIALA situação de vulnerabilidade de parte da comunidade ca-rente do bairro, problemas com moradores de rua, aumento de usuários de drogas e catadores de lixo reciclável, são alguns dos

pontos levantados no Planeja-mento da AMARV na área social.

ESPORTE E LAZER

META – EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS E DE LAZERO bairro só dispõe da quadra da Paciência e das praias da Sereia, Paciência e Buracão para práticas desportivas. Não existe nenhum parque público com equipamen-to de ginástica, arena para capoei-ra, pista de skate e patinação, den-tre outros, bem como áreas de lazer e parque infantil. Nenhum tipo de evento esportivo de ini-ciativa pública é programado ou realizado no Rio Vermelho.

SEGURANÇA PÚBLICA

META – SEGURANÇA NO BAIRROA falta de segurança é uma constante no bairro, ocorrendo assaltos, roubos, sequestros e la-trocínios. A busca constante de dinamizar ações preventivas e educativas em parceria com os órgãos de segurança, poder pú-blico municipal e entidades da sociedade civil é uma das priori-dades no Planejamento Estraté-gico da AMARV.

AMBIENTE CULTURAL

META – PATRIMÔNIOÉ visível no Rio Vermelho o des-caso dos órgãos competentes na manutenção e proteção dos monumentos e na fi scalização da preservação do patrimônio arqui-tetônico. Monumentos como o de Cristóvão Colombo (Praça Co-lombo), Euricles de Matos (desa-parecido da Rua da Paciência), Sil-vio Batalha (Parque Cruz Aguiar), Yemanjá (Largo da Mariquita), estão sempre sujos e são alvos de todo o tipo de vandalismo.

As obras nas vias públicas, a exemplo dos artistas Bel Borba e Mestre Didi , são utilizadas como sanitário público e sofrem atos

de vandalismo como pichações e o cúmulo até de atear fogo. Já foram também observadas roupas estendidas na escultura “Barbatana de Peixe” do artista Ray Vianna no Largo de Santana.

O conjunto colonial arquitetô-nico do Largo de Santana foi completamente descaracteriza-do com novas construções fora dos padrões locais. A Igrejinha Antiga do Largo de Santana é sempre alvo de pichações e co-lagem de cartazes. A Casa de Ye-manjá e a Casa do Peso só veem melhorias no período anterior aos festejos do dia 2 de fevereiro.

META – SISTEMA CULTURALApesar de ser denominado “bairro das artes e dos artista”, o Rio Vermelho carece de um sistema cultural integrado. Falta apoio para os artistas locais sem-pre dispostos a participar de ini-ciativas culturais no bairro.

META – FESTEJOSO Rio Vermelho é um dos bair-ros mais festivos de Salvador. A sua principal festa, a de Yemanjá, faz parte do Calendário Turístico como o maior terceiro evento das festas populares da Bahia. Outros eventos como a Festa de Nossa Senhora Santana, padro-eira do bairro, bem como ma-nifestações populares espontâ-neas e novos modelos, como o dos Palhaços do Rio Vermelho, antigos modelos como o Banho de Mar à Fantasia do Lero-Lero, tornam o Rio Vermelho um bair-ro descontraído, alegre e cheio de charme. Infelizmente, estes eventos tem pouco ou nenhum apoio do poder público

GESTÃO AMBIENTAL

A Gestão Ambiental visa orde-nar as atividades humanas para que essas não agridam o meio ambiente. Apesar desse con-ceito, o bairro apresenta graves

problemas proporcionados pelo descaso dos órgãos competen-tes e falta de políticas de educa-ção ambiental para a população.

META – SANEAMENTO BÁSICOEsgotos que caem no Rio Lucaia e desembocam na Praia da Mari-quita, esgoto a céu aberto na Rua Manoel Rangel, esgoto e represa-mento de água pluviais, além do expurgo de entulhos na Praia da Paciência, são alguns dos proble-mas de saneamento do bairro.

META – COMBATE À POLUIÇÃOTodas as praias do bairro estão poluídas de alguma forma, seja por esgoto, lixo, entulho ou ocu-pação desordenada. A poluição visual é gritante em toda a área do bairro. Poluição sonora tam-bém está presente, não se cum-prindo a legislação vigente.

META – COMBATE AO LIXOVários locais do bairro estão trans-formados em grandes depósitos de lixo, como: a esquina do Largo de Santana com a Rua José Ta-boada; esquina da Rua Almirante Barroso com a Paciência; Avenida Oceânica com a Vila Matos; Largo da Mariquita entre outras.

Grande parte desse lixo se deve aos bares e restaurantes que co-locam em lugares impróprios e sem nenhuma seleção de re-ciclagem. Tem ainda o lixo das praias, após sábados, domingos e feriados, gerados por comer-ciantes informais e pelos pró-prios banhistas.

META – ESPAÇOS VERDESSão vários parques e jardins abandonados: Praça Silvio Bata-lha, a chamada Praça do Padre ao lado da Igreja de Nossa Senhora Santana, Largo da Mariquita e Praça Colombo, entre outras.

Por todo o bairro veem-se árvo-res e plantas maltratadas, cheias de fungo e cupins.

Planejamento Estratégico e Plano de Gestão para o rio vermelho

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Foto: Edgard Carneiro

A AMARV, como entidade representativa do nosso bairro, vem atuando em defesa dos in-teresses do Rio Vermelho, por meio de diver-sas solicitações aos órgãos públicos, sempre contando com o apoio da vereadora Aladilce durante estas visitas.

Esse ano houve uma preocupação da AMARV com relação à participação de trios elétricos e carros de som nos festejos de Yemanjá, o que prejudicaria o andamento da festa, além de ge-rar um aumento da violência, já que existe uma grande concentração de pessoas em um espaço restrito. Em audiência entre a AMARV, Colônia de Pesca Z1, Saltur, Sesp, Polícia Militar, Tran-salvador e representantes de outras entidades, foram relatados os malefícios que a presença desses veículos podem provocar à população que comparece aos festejos. Diante do expos-to, foi defi nido pelo promotor a proibição de trânsito de qualquer tipo de veículo não ofi cial durante os festejos do dia 2 de fevereiro.

No que se refere à infraestrutura, o bairro do Rio Vermelho necessita de uma ampla intervenção do poder público. Algumas questões pertinen-tes, tais como: a recuperação da encosta na Praia da Paciência; nova grade de proteção na ponte do Rio Camurugipe; operação tapa-bu-racos, principalmente na Avenida Juracy Maga-lhães (Rua do Canal) e Rua Aymorés; e desen-tupimento do canal de drenagem no entorno

da Igrejinha de Santana, dentre outros; foram debatidas pela entidade e enviados ofícios aos órgãos responsáveis com pedidos de solução. Projetos como a requalifi cação da Praça da Ma-riquita com a substituição dos sombreiros atuais por novos, semelhantes aos do Mercado do Peixe, e a reorientação do trânsito nas principais vias do bairro, a exemplo do Parque Cruz Aguiar que está completamente tomado por veículos, também foram enviados. Foi solicitado, ainda, o detalhamento do projeto que liga a Rua Oswal-do Cruz ao Vale das Pedrinhas com o objetivo de desafogar o trânsito e o projeto da cobertura do Rio Camurugipe entre a Praça da Mariquita e a Embasa. Em reunião com a Secretaria Munici-pal dos Transportes e Infraestrutura – SETIN, foi entregue a publicação do Planejamento Estraté-gico 2012 e Plano de Gestão 2011-2014 para o bairro, documento elaborado pela AMARV com sugestão de solução para todas as questões apontadas.

A preocupação da AMARV também se esten-de à segurança do bairro. Por esse motivo foi expedida uma solicitação aos empresários do Rio Vermelho e Ondina, com o apoio da 12ª Companhia da Polícia Militar e da 7ª Delega-cia da Polícia Civil, para que sejam instaladas câmeras de segurança nas áreas externas dos estabelecimentos comerciais como forma de inibir e identifi car criminosos ou suspeitos. Além disso, a AMARV elogiou e parabenizou o

Comando Geral da PM, em especial o Coronel Castro, pela iniciativa de colocar formandos da PM na segurança do Rio Vermelho e Ondina, mesmo que por um tempo determinado, quan-do foi observada uma melhoria na segurança do nosso bairro. Além da segurança, a limpeza do bairro também foi contemplada e, dentre as diversas solicitações, a LIMPURB atendeu com a colocação de um contêiner defronte ao ponto comercial Sacolão do Hortifruti (Rua do Canal), onde o lixo era colocado na via pública favore-cendo a proliferação de ratos e insetos.

Quanto às faixas de pedestre, foram feitas so-licitações relacionadas à pintura das que se encontravam apagadas e a colocação de novas faixas em locais de grande circulação. Dessas, já foi instalada a faixa defronte à igreja de Santana. No ofício enviado à SETIN, estão relacionadas 18 ruas e avenidas necessitadas desse serviço e foi incluído, também, o pedido de demolição da estrutura inacabada do edifício da Rua Feira de Santana, no Parque Cruz Aguiar, que se encontra abandonado desde a década de 1970. Acompa-nhando o mesmo ofício, foram entregues uma cópia do Diário Ofi cial de 15 e 16 de julho de 1990, onde, o então prefeito Fernando José, autoriza a desapropriação do imóvel em ruínas. Também foram anexadas fotografi as da cratera localizada na Praia da Paciência para serem to-madas as providências necessárias.

A preservação do patrimônio histórico do Rio Vermelho é uma das propostas de trabalho da AMARV. A realização de um seminário no auditório da Biblioteca Juracy Magalhães, envolvendo a participação das entidades pú-blicas municipais, estaduais e federais, será o primeiro passo para resgatar esse patrimônio.

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Cratera pode acabar com a Paciência!

Personagem do Rio VermelhoErnesto Ferreira Barreto

Filho de Sr. Acácio e D. Clara, ten-do como irmão mais novo Acaci-nho, Ernesto é casado com Irene e formam uma linda família com Clarissa, André e Laura.

Nativo do bairro, nasceu no dia de Natal no Núcleo da Mariquita na Rua Odilon Santos, 35. Aprendeu desde cedo a boa malandragem do Rio Vermelho, a pescar, jogar bola, estudar e fazer grandes amizades. Foi alfabetizado pela professora Jaci Oliveira Martins, fez o jardim de infância com as Professoras Ruth e Maria José, de-pois passou pela Escola do Parque e pelo Colégio Manoel Devoto. In-gressou na UFBa, formando-se em geologia na turma de 1977 – que saudade do ensino público!

Por outro lado, sempre festeiro com a alegria que Deus lhe deu, não perdia uma festa de largo – o amigo Juvená que o diga! Era Santa Bárbara, Conceição da Praia, Boa Viagem, Bonfi m, Ribeira, Rio Vermelho, Pituba, Itapuã, (e haja fôlego!) lá estava Ernestão com a sua banda.

Mestre de bateria e percussio-nista (gosta de um bongô), foi fundador do Bloco Hawaii 70, do Bloco Amigos do Rio Vermelho e hoje é diretor dos Palhaços do Rio Vermelho. A mistura de tudo isso criou essa pessoa maravilhosa, íntegra, cheia de otimismo e sa-ber. Quem não gosta de Ernestão no Rio Vermelho?

Em poucas palavras:

O signifi cado do rio vermelho em sua vida?Ernesto Barreto – Parafrase-ando Gil, o Rio Vermelho me deu régua, compasso, bússola e GPS. Esse bairro me deu toda formação moral. Meu pai, um

chofer de táxi, mi-nha mãe, doméstica, num bairro de classe média, mas não era um bairro qualquer, era o Rio Vermelho. Convivi com pessoas de cultura e vivência, como “meu tio” Cae-tano da Bahia, com a intelectualidade de Gerson Pena, a arte de Manoel Bonfim e por aí vai...

O rio vermelho de ontem e hoje...EB – O Rio Vermelho de hoje não foge ao mundo moderno, também globalizou. A especulação tomou conta de tudo, mas o Rio Vermelho não perdeu as suas características de bairro tradicional, não perdeu sua história. Poucos bairros em Salvador conservam isso, como a Ribeira e o Santo Antonio Além do Carmo, que possuem a magia da boa convivência.

Como carnavalesco, você apro-va um novo circuito da folia no bairro?EB – Não. E não se fala mais nisso. Temos sim, que resgatar e preser-var as manifestações populares do bairro, como o Lero Lero, os Palha-ços do Rio Vermelho, os Amigos do Rio Vermelho e outras manifesta-ções espontâneas da comunidade.

O rio vermelho é o bairro dos artistas. Cite três nomes da sua preferência.EB – O mestre Floriano Teixeira, Jorge Amado e a família Bonfi m (Manoel, João e Manoel, o pai).

Uma pergunta histórica: Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru, se escondeu na Pedra da Concha?EB – Eu fui menino criado nadando nas praias do Rio Vermelho, mas nunca vi espaço para ninguém se esconder na Pedra da Concha. A não ser, talvez, na gruta que existe na Pedra do Guaraçaim do outro lado da Pedra da Concha, na pró-Pria praia da Mariquita, hoje entu-lhada pelo emissário submarino.

Uma mensagem para galera do bairro.EB – O Rio Vermelho sempre agre-gou pessoas. Seria bom que os novos moradores tivessem cons-ciência e tomassem conhecimento da importância desse bairro para a cidade e dessem continuidade a essa história bonita.

Cratera imensa já ameaça derrubar o asfalto na rua da Paciência

Fotos: andré avelino

Prédio em ruínas na rua Feira de Santana

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Ele voltou

Quando o trabalho não é bem feito, acontece isso. Essa é a ter-ceira vez que esse buraco em frente ao Sesi do Rio Vermelho aparece, e não vai demorar para virar uma cratera.

Novo deslizamento de terra na cratera da Paciência

Com as chuvas dos últimos dias, ocorreu mais um deslizamento de terra na cratera da Paciência. Estamos chamando a atenção para esse problema faz tempo, mas a Prefeitura parece que pre-fere apostar na sorte. O precipí-cio já está se aproximando da borda da calçada e o meio-fio começa a se desprender.

Iluminação precária no Rio Vermelho

Várias ruas do Rio Vermelho estão com lâmpadas queimadas au-mentando ainda mais a insegu-rança. Em um bairro considerado

reduto da boemia, a iluminação deveria ser motivo de preocupa-ção constante por parte de admi-nistração municipal. Na Paciência, no trecho entre a Vila Matos e a entrada da Eurycles de Mattos só tem iluminação do lado da praia, e assim mesmo com várias lâmpa-das queimadas. Na subida da Rua Almirante Barroso, bem na esquina onde funciona uma vidraçaria, a lâmpada está queimada tem mais de um ano. Na Praça Geraldo Wal-

ter, depois de muita reclamação, a lâmpada foi substituída, mas não resistiu nem meia hora acesa e apagou. Na Mariquita a situação não é diferente. No Largo de San-tana, boa parte das lâmpadas de-corativas, colocada para iluminar as árvores, também estão apagadas, alias, esta área, apesar de bastante frequentada tem uma iluminação péssima do lado da Igrejinha, onde está a escultura do cachorrão, obra de Bel Borba.

Acesso restrito

O acesso ao Morro da Paciên-cia de onde é possível observar uma bela vista do Rio Vermelho agora está com o acesso restri-to, certamente por medida de segurança. A pergunta que fica no ar é a seguinte: o morro já foi privatizado?

A pretexto da falta de segu-rança vão surgindo na cidade

verdadeiros feudos privilegia-dos, com a incorporação de terrenos públicos impedindo o cidadão comum de exercer o seu direito constitucional de ir e vir. Esse é um fenôme-no que está acontecendo em todas as grandes metrópoles do país. As pessoas não vivem mais nos bairros, fecham-se nos condomínios, e acreditam que dessa forma estão livres da violência. Ledo engano.

(71) 3342-4232(71) 9957-6714

Contatos para shows:

Deu no Blog blogdoriovermelho.blogspot.com.br

Foto: Carmela Talento

A qualidade que vai da horta direto para sua mesa.

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No dia 2 de fevereiro, na tra-dicional Festa de Yemanjá, moradores, amigos e fre-quentadores do Rio Verme-lho se encontraram na Praça Brigadeiro Faria Rocha, local da concentração, para mais um animado desfile do Blo-co Amigos do Rio Vermelho.

AMIGOS DO RIO VERMELHO

Em fevereiro de 2011, o então presidente da AMARV, Ricardo Barretto, teve a ideia de fazer uma homenagem aos escrito-res Jorge Amado e Zélia Gattai, ilustres moradores do bairro. A ideia do projeto consistia em produzir um monumento, em bronze, em ta-manho natural, onde o casal es-taria sentado em um banco admirando a paisagem do mar no Largo de Santana, no Rio Vermelho. Com essa ideia na cabeça, Ricardo Barretto convidou o artista plástico Tati Moreno para executá-la. Esse, de ime-diato aceitou a incumbência e, a partir de então, começou a trabalhar. Em outubro de 2011 estava executada a obra em mi-

niatura e, juntos, começaram a prospectar patrocinadores. Foram ao então vice-pre-sidente da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima, que prontamente gostou da ideia

e apresentou ao d e p a r t a m e nto de marketing da Caixa Econômica, que aprovou 50% do valor do pro-jeto. Em seguida, apresentaram ao

Secretário de Turismo do Estado da Bahia, Domingos Leonelli, que achou excelente e também assumiu o compromisso de participar com 25%, e o restante do valor foi financiado pela Fundação Odebrecht. A inauguração do monumento está prevista para o dia 10 de agosto deste ano, quando Jorge Amado faria 100 anos.

MONUMENTO A JORGE AMADO E ZÉLIA GATTAI

Depois de muito papo e aza-rações com música da melhor qualidade e regado à cerveja (free até às 13h) o bloco desfi-lou pelas ruas do bairro levan-do o seu balaio de presentes para Yemanjá e distribuindo alegria e animação a todos os presentes na festa.

A Banda Rio Vermelho, com cinco anos de tradição, e 50 músicos de percussão e so-pro, garantiu o som e con-tagiou a galera. Destaque para o grande contigente de jovens, o que abre espa-ço para a nova geração co-nhecer e reviver os velhos desfiles.

Momentos de confraterni-zação, encontros e reen-contros marcaram a alegria dos Amigos do Rio Verme-lho. De parabéns toda a sua diretoria!

alegria contagiante do bloco amigos do rio vermelho

Divulgação

Divulgação

Foto: Sarnelli

Aos 42 anos de carreira, sendo pelo menos os últimos dois deles desenvolvidos nos seus ateliês no Rio Vermelho, o artista plásti-co Leonel Mattos (www.leonel-mattos.com) fala, com exclusivi-dade, para o Jornal da AMARV, da sua relação com o bairro.

Fundador e presidente do Sin-dicato dos Artistas Plásticos e Visuais da Bahia (Sinapev), ele explica também a importância da educação para a valorização da arte e para o estímulo ao sur-gimento de novos artistas.

Porque você escolheu o Rio Vermelho para expor os seus trabalhos?Leonel Mattos – Sempre morei em Mon-te Serrat, na península itapagipana, mas meu amigo Gustavo Moreno morava aqui no Rio Vermelho. Eu sempre o visitava e quando ele precisou mudar, há pouco mais de dois anos, passou o ateliê para mim. Aceitei porque era um espaço de frente para a rua, no bairro mais boêmio e cul-tural de Salvador. Ainda mais, em frente ao barracão de Yemanjá.

Você tem trabalhos espalhados pelo bairro?LM – Tenho uma sereia pintada no muro do casarão em frente à Praça de Santana e na fachada do ateliê anterior tem vários trabalhos meus, e pretendo fazer um mural de azulejos na sacada desse ateliê novo. Mas tenho muita vontade de fazer uma escultura para o bairro. O prefeito uma vez até me prometeu, mas parece que ele esqueceu.

Conte um pouco da sua relação com o mar e as divindades ligadas às águas.LM – Uma vez entrei em um buraco no Guarujá, em São Paulo. Se um surfista não me emprestasse a prancha, eu iria morrer. A maré estava me levando e eu estava cansado. Até pensei: meu Deus, um baiano morrer na praia em São Paulo é complicado (risos). Mas aconteceu uma coisa muito grave quando eu

morava em um sítio em Barra do Jacuípe, onde havia uma piscina. Meu filho tinha uns dois anos de idade e foi pegar uma bola e eu não vi. Minha sobrinha estava brincando com ele e avisou à mãe dele. Quando ela viu a cena, saiu correndo, gritando na minha direção. Quando cheguei à piscina, ele estava flutuando na flor d’água, desmaiado de barriga para cima. Tirei ele da água e fiquei fazendo o boca a boca por 40 minutos, até chegar no hospital em Lauro de Freitas. Ele ficou em coma e só acordou às 11 horas da noite. Para mim, foi uma força divina que o salvou. A partir daí, mudei muitos prin-cípios em minha vida e confirmei essa ligação com as águas quando cheguei aqui no Rio Ver-melho, em frente a Yemanjá.

Quais as principais lutas do Sindicato dos Artistas Plásticos e Visuais da Bahia (Sinapev)?LM – A classe artística é uma das poucas que ainda não é regularizada, não tem aposenta-doria e muitos precisam, por exemplo, de um ateliê coletivo para desenvolver seus trabalhos e espaços para expor. Infelizmente, nós ainda não temos uma cultura de valorização e consumo de obras de arte e até de estímulo ao surgimen-to de artistas e – como isso, está ligado à edu-cação – precisa começar nas escolas. Por isso, espaços como a Caixa Cultural e os Correios são muito importantes, porque organizam visitas das escolas, o que é muito positivo. Existem até leis municipais que estimulam a colocação de quadros e esculturas nos halls de prédios públi-cos e residenciais, mas não funcionam direito.

Palhaços do Rio Vermelho fazem a festaA letra da música diz que eram “… mais de 1.000 palhaços no salão”. Na realidade, não foram mil, foram mais de dois mil pa-lhaços na avenida! E o resul-tado foi festa e folia. Porque o dia 11 de fevereiro, um sábado antes do Carnaval, foi a vez dos Palhaços do Rio Vermelho bo-tar o bloco na rua. No seu des-file pré-carnavalesco, o bloco da alegria sem cordas partiu da concentração na Rua da Paciên-cia e ocupou o seu circuito até a Rua Fonte do Boi, atravessando as principais ruas do bairro.

Apenas a fantasia com o nariz de palhaço e pintar o rosto de ale-gria, quem nunca sonhou em ser palhaço um dia? Sem trio, sem corda, sem abadá, mais uma vez o bloco dos Palhaços mostra-ram que vieram para resgatar a tradição do Carnaval de rua dos bairros de Salvador. Novamente a presença do grupo Zambia-punga de Taperoá, puxando o desfile com as Princesas Chicas e os palhaços perna-de-pau, se-guidos da novidade do cortejo

a Ala das Baianas, capitaneadas por Claudinha, filha de Dinha, e da Banda Marmelada com 50 músicos de sopro e percussão. No repertório, marchinhas, mú-sica popular brasileira, hits do Carnaval e da música baiana, sem esquecer a presença do Ca-chorrão alegórico de Bel Borba e do carro-bar Palhaço Etílico de Júnior Gordo. Vale destacar ainda

o bom trabalho do Comando da 12ª Companhia da Polícia Militar, que, mesmo no período de gre-ve, esteve a postos e garantiu a tranquilidade do evento.

Parabéns, Palhaços do Rio Ver-melho! Muitos confetes e ser-pentinas para o trabalho de toda a diretoria. Ficou o gostinho de quero mais!

Galeria do artista

O Bloco Lero Lero do Rio Ver-melho, integrante do Centro Cultural Recreativo e Escola Ban-do Lero Lero, proporciona aos moradores do bairro uma folia sem igual, o tradicional Banho de Mar à Fantasia, única festa do gênero que ainda acontece em Salvador. O desfile pré-carnava-lesco, sempre 15 dias antes da folia momesca, percorre as ruas do bairro sem pressa, com a sua alegria permanente, protestos bem-humorados e o colorido das fantasias, que se destacam pela criatividade.

Com sete décadas de existência o Lero Lero reúne crianças, jovens e idosos, principalmente mora-dores da Vila Matos e Alto de On-dina, que desfilam pelo mesmo sentimento de paz e alegria.

A estrela principal do bloco é Car-los Lázaro da Cruz, o mestre Cacau do Pandeiro, que comanda a ban-da de mais de 40 músicos com uma vitalidade impressionante.

Esse ano o cortejo desfilou no dia 5 de fevereiro, com concen-tração na Vila Matos, percorren-do a Paciência em direção à Ma-riquita e retornando à Praia da Sereia, onde aconteceu o tradi-cional banho. Rainha, princesas, fantasias diversas, mascarados, “Farofa” com sua Piriguete do Morro, as Mocinhas, e quem não tinha fantasia improvisava na hora – vestido velho da esposa e papel crepom surgiram do nada.

Após o desfile, o momento mais tradicional da festa é o Banho de Mar à Fantasia, que retrata a irreverência dos foliões e das famílias que se divertem com suas fantasias nos mergulhos das ondas da Praia da Sereia, e a farra só termina com o pôr do sol do Rio Vermelho.

Parabéns à turma do Lero Lero! Não deixe o samba morrer. Não deixe o samba acabar!

Lucas e sua família devidamente paramentados no desfile dos palhaços

Foto: Edgard Carneiro

Cacau do Pandeiro em meio ao desfile do Lero Lero

Foto: Edgard Carneiro

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Bloco Lero Lero e seu Banho à Fantasia

Leonel MatosUm artista vivendo o Rio Vermelho