jornal do rio vermelho 04 edicao

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Jornal do Rio Vermelho – uma publicação da AMARV – Salvador, Bahia – Abril de 2013 – ano II número 4 Foto: Manu Dias/Secom–BA Foto: Edgard Carneiro P ara quem curtiu nossas praias, teve de tudo. Do relaxamento nas areias ao agito dos esportes. A febre do stand-up paddlle e o baba na Paciência; o frescobol e o salão- zinho no Buracão (uma das mais frequentadas do verão de Salva- dor); as ondas para os surfistas, na Sereia e Torrefação; e as águas pro- fundas para os mergulhadores em todo o litoral. Para os baianos e turistas, nossos feste- jos e manifestações culturais, principal- mente a Festa de Yemanjá (destaque desta edição). Para todas as tribos, a boemia demo- crática, de todos os espaços e horas acompanhada da excelente gastrono- mia que o bairro oferece. O curtir do pôr do sol, lindo de se ver e fotografar, tudo isso regado ao sabor de um tabuleiro de acarajé das nossas melhores baianas. Realmente, o verão do Rio Vermelho deixa saudades. Pags. 5 a 7 O verão deixa saudades! O momento mais esperado do futebol baiano, sem esquecer o passado. Arena Fonte Nova – Pag. 3 Homenagem ao mestre do desenho pela passagem dos 90 anos do seu nascimento. Floriano Teixeira – Pag. 4 Centenário da Paróquia de um dos bairros mais católicos de Salvador. Paróquia de Sant’Ana – Pag. 10 A Galeria do Artista traz uma pessoa apaixonada pelas artes, pela Bahia, falan- do sobre cultura e nosso bairro. Aninha Franco – Pag. 12 Foto: Divulgação Foto: André Avelino Foto: Darío Guimarães Neto

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Page 1: Jornal do rio vermelho 04 edicao

J o r n a l d o R i o V e r m e l h o – u m a p u b l i c a ç ã o d a A M A R V – S a l v a d o r , B a h i a – A b r i l d e 2 0 13 – a n o I I n ú m e r o 4

Foto: Manu Dias/Secom–BA

Foto: Edgard Carneiro

Para quem curtiu nossas praias, teve de tudo. Do relaxamento

nas areias ao agito dos esportes. A febre do stand-up paddlle e o baba na Paciência; o frescobol e o salão-zinho no Buracão (uma das mais frequentadas do verão de Salva-

dor); as ondas para os surfistas, na Sereia e Torrefação; e as águas pro-fundas para os mergulhadores em todo o litoral.

Para os baianos e turistas, nossos feste-jos e manifestações culturais, principal-

mente a Festa de Yemanjá (destaque desta edição).

Para todas as tribos, a boemia demo-crática, de todos os espaços e horas acompanhada da excelente gastrono-mia que o bairro oferece.

O curtir do pôr do sol, lindo de se ver e fotografar, tudo isso regado ao sabor de um tabuleiro de acarajé das nossas melhores baianas. Realmente, o verão do Rio Vermelho deixa saudades.

Pags. 5 a 7

O verão deixa saudades!

O momento mais esperado do futebol baiano, sem esquecer o passado.

Arena Fonte Nova – Pag. 3

Homenagem ao mestre do desenho pela passagem dos 90 anos do seu nascimento.Floriano Teixeira – Pag. 4

Centenário da Paróquia de um dos bairros mais católicos de Salvador.

Paróquia de Sant’Ana – Pag. 10

A Galeria do Artista traz uma pessoa apaixonada pelas artes, pela Bahia, falan-do sobre cultura e nosso bairro.Aninha Franco – Pag. 12

Foto: Divulgação Foto: André Avelino Foto: Darío Guimarães Neto

Page 2: Jornal do rio vermelho 04 edicao

2 – JRV

EDITORIAL

Nesta edição, uma lembrança do verão do Rio Ver-melho. Nossos festejos e manifestações com des-taque para a nossa maior festa: a de Yemanjá. Ve-

rão que deixou saudades. A boemia do dia a dia, o lazer, principalmente nas nossas praias, com destaque para o Buracão, que foi indicada como uma das mais frequen-tadas de Salvador com seu clima cool, refúgio de artistas, intelectuais e da gakera jovem.

Uma homenagem a Floriano Teixeira, esse maranhense que adotou o Rio Vermelho de cavalete e tudo, na pas-sagem dos 90 anos do seu nascimento, da sua vida e trajetória artística.

Uma matéria sobre o novo equipamento multiuso, a Arena Fonte Nova e um pouco da história desse espaço.

Comemorações do Centenário da Paróquia de Nossa Se-nhora Sant’Ana do Rio Vermelho e o forte catolicismo do bairro. Dentro da paróquia, os 70 anos de fundação da Escola Medalha Milagrosa, que vem contribuindo com o saber de várias gerações. O personagem do Rio Ver-melho é Cacau do Pandeiro, esse músico de pandeiro e mão cheia. A Galeria traz a artista Aninha Franco que en-riquece esta edição com a sua entrevista. Sentamos no Restaurante Casa de Tereza e batemos um papo com a sua proprietária e chef, Tereza Paim, sobre cultura e gas-tronomia, e ela nos apresentou a deliciosa moqueca Tri-logia do Mar, que é o Prato Quente dessa edição.

Ainda nesta edição, um balanço sobre as ações da AMARV e o melhor para o Rio Vermelho.

O número anterior com a homenagem as nossas baia-nas teve grande repercussão, o que muito nos gratifi ca. Agradecemos o apoio dos comerciantes e empresários do bairro por acreditarem no projeto do Jornal do Rio Vermelho, e você, leitor, observe também os nossos anúncios publicitários.

Boa leitura!Lauro Alves da Matta Júnior

Presidente da AMARV

EXPEDIENTECONSELHO EDITORIAL – José Sinval Soares – André Avelino de Souza Ferreira – José Mário de Magalhães Oliveira – Wanderley Souza Fernandes – Carmela Talento – Marcos Antonio Pinto Falcão

Jornalista Responsável – José Sinval Soares – MTE 1369Revisão – Carlos Amorim – DRT/BA 1616Projeto Gráfi co e Editoração – Dendê ComunicaçãoTiragem – 7.000 exemplaresImpressão – Gráfi ca Press ColorContato – [email protected]ÇÃO GRATUITA

Esta é uma publicação da Associação dos Moradores e Amigos do Rio Vermelho – AMARV. Fotos e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Delimitação dos bairros de Salvador

A AMARV encaminhou ofício ao prefeito ACM Neto, assinado por seis representantes de entidades (AMARV, Colônia de Pesca Z-1, Con-selho de Segurança, Blog do Rio Vermelho, Associação de Morado-res do Barro Vermelho, Associação da Fonte do Boi), solicitando solu-ção na defi nição dos limites de bair-ros de Salvador, conforme estudo denominado “Delimitação dos Bair-ros e das Bacias Hidrográfi cas de Salvador”, realizado por uma equipe interdisciplinar da UFBA, IBGE, Con-der, SMA e outros órgãos do gover-no municipal e do estadual.

É fundamental que tenhamos uma base territorial confi ável e dados consistentes sobre a população, para que tenhamos um planeja-mento mais efi caz dos bairros. Esta-mos aguardando.

Trios e carros de som fora da Festa de Yemanjá

A Portaria nº 029/2013 da Prefeitura Municipal de Salvador, publicada em 23/01/2013, garantiu mais uma vez a não participação de trios elétricos e carros de som na Festa de Yemanjá. O acordado se deu em reunião com o Secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura do município, Gui-lherme Bellintani; a vereadora Ala-dilce Souza (PCdoB); representantes da AMARV Lauro Matta e José Mário Oliveira; do Blog do Rio Vermelho,

representado por Carmela Talento; e da Colônia de Pesca Z-1, Marcos Antonio Souza. Vale lembrar que, no ano passado, a AMARV precisou dar entrada em uma representação junto ao Ministério Público, que foi acatada em juízo.

Operação Tapa Buracos

O Rio Vermelho foi um dos primeiros bairros contemplados com a Opera-ção Tapa Buracos, dentro do crono-grama elaborado pela prefeitura, que leva asfalto para ruas e avenidas de Salvador. Não é o ideal para algumas vias do bairro que, de tão esburaca-das, necessitam de recapeamento total, mas já é um bom começo.

Audiência com prefeito ACM Neto

Para expor e tratar de questões per-tinentes ao bairro do Rio Vermelho nos seus diversos macroambientes, foi solicitada uma audiência com o Prefeito ACM Neto, por meio de ofício encaminhado pela AMARV, assinado conjuntamente com as entidades: Colônia de Pesca Z-1; Conselho Comunitário e de Segu-rança do Rio Vermelho e Ondina; Associação do Barro Vermelho; As-sociação da Fonte do Boi, Blog do Rio Vermelho, ONG Cipó Comuni-cação Interativa, Bloco Palhaços do Rio Vermelho, Bloco Amigos do Rio Vermelho, Centro Cultural, Recreati-vo e Escola Bando Lero-Lero; e Sitor-ne Estúdio de Artes Cênicas.

Obras emergenciais no bairro

No fi nal de março, a AMARV enca-minhou ofício ao Secretário de De-senvolvimento, Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani, que se com-prometeu a dar encaminhamento a cada setor ou secretaria por cada pleito. Nesse ofício, foram enumera-das cerca de 20 obras emergenciais que o bairro necessita. Dentre estas, podemos citar:

• Recuperar encostas nas praias: a imensa cratera que

se formou na Rua da Paciência já ameaça desabar

o passeio de pedestres, levando junto o asfalto da

rua; erosão na encosta da quadra de esportes da

Paciência; cratera no muro de contenção da Rua

Borges dos Reis (ao lado do SESI); e erosão acen-

tuada no Morro da Paciência, defronte à praia.

• Demolição da estrutura inacabada do edifício da

Rua Feira de Santana no Parque Cruz Aguiar, que

espera solução desde a década de 70. A título de

esclarecimento, informamos que o referido imó-

vel foi objeto de desapropriação pela Prefeitura

desde 13 de julho de 1990.

• Pintar 17 faixas de pedestres que estão pratica-

mente apagadas, causando riscos para pedestres e

motoristas. (Foi enviada uma relação de locais em

que se encontram).

• Requalificar a Praça da Mariquita com a reforma

das calçadas e do estacionamento, instalação de

bancos, projeto paisagístico e substituição dos

sombreiros.

• Elaborar projeto para reordenação e melhoria do

trânsito nas principais ruas do bairro, com atenção

redobrada para a área do Parque Cruz Aguiar e im-

plantação de Zona Azul em horário noturno.

• Realizar a cobertura do Rio Camurugipe no trecho

da Av. Juracy Magalhães Júnior (Rua do Canal)

entra a Praça da Mariquita e a Embasa, com todas

as obras necessárias à modifi cação viária para me-

lhoria do fl uxo de trânsito e proporcionar mais área

para estacionamento de veículos.

• Realizar o “banho de luz” substituindo as lâmpadas

de vapor de sódio por metálicas nas seguintes vias

do bairro: Av. Juracy Magalhães Júnior e ruas da

Paciência, Guedes Cabral, Profª Almerinda Dutra,

Borges dos Reis, Odilon Santos, Fonte do Boi, Os-

valdo Cruz e João Gomes.

• Reordenar e organizar a ocupação das calçadas

invadidas por mesas e cadeiras, sem deixar espaço

para o fl uxo de pedestres.

• Transferir as quadras de esporte da Paciência para a

área aterrada ao fundo do Mercado do Peixe, trans-

formando este local em complexo de esporte e lazer.

• Construir uma praça com mirante na área ocupada

pelas quadras de esporte na Rua da Paciência.

• Reformar e adequar os passeios do bairro, que estão

totalmente danifi cados, com a inserção de rampas

de acesso para defi cientes.

• Reformar as duas pracinhas da Av. Juracy Maga-

lhães Júnior (Rua do Canal), que se encontram em

péssimo estado de conservação, sendo que uma

delas fi cou completamente destruída após a queda

de uma árvore centenária.

• Realizar a poda e descupinização das árvores em

todo o bairro.

• Promover o “Projeto Rua de Lazer” com o fecha-

mento do trânsito no trecho entre a Rua da Pa-

ciência até a Rua Borges dos Reis, aos domingos, no

período da manhã.

Notas da AMARV

ANUNCIE AQUI!LIGUE PARA LAURO MATTA:(71) 9158-8000 / 9667-9666 / 8164-7144 / 88492674

Page 3: Jornal do rio vermelho 04 edicao

JRV – 3

Foto: Raul Golinelli/Secom-BA

Foto: Elói Corrêa/Secom-BA

No ano de 1949, o então Gover-nador Octávio Mangabeira idea-lizou a construção de um estádio de futebol para Salvador, visando os jogos da Copa do Mundo de 1950, o que acabou não aconte-cendo por atraso de cronogra-ma. Em 28 de janeiro de 1951, na passagem do seu governo para o sucessor, Governador Régis Pa-checo, foi inaugurado o Estádio Octávio Mangabeira, projeto do arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças, no formato de uma ferradura e com um nível de ar-quibancada. O estádio ficou co-nhecido como Fonte Nova, em função da localização junto às fontes de águas existentes na La-deira da Fonte das Pedras. O jogo de inauguração foi Botafogo Sport Clube 1x0 Associação Des-portiva Guarany (extinto), gol de Antônio do Botafogo, que entrou para a história como o primeiro gol da Fonte Nova.

Vinte anos se passaram e o está-dio já se mostrava insuficiente para abrigar a paixão da torcida baiana. Então, no dia 4 de mar-ço de 1971, o Governador Luiz Vianna Filho reinaugura a nova Fonte Nova, com ampliação do lance de arquibancadas, o que elevaria a capacidade do está-dio para 85 mil espectadores, projeto do próprio Diógenes Rebouças. Foi programada uma rodada dupla, com o primeiro jogo E. C. Bahia 1x0 Flamen-go (RJ), gol de Zé Eduardo do Bahia, emplacando o primeiro gol da nova Fonte Nova. O se-gundo jogo E. C. Vitória x Grê-mio foi interrompido por uma tragédia. Um refletor estourou estabelecendo-se um pânico geral que resultou em 2.086 tor-cedores feridos e dois mortos.

Trinta e seis anos depois, o Está-dio Octávio Mangabeira foi fe-

chado em 25 de novembro de 2007 após nova tragédia, quan-do sete torcedores do E. C. Bahia morreram, com o desabamento de parte da arquibancada supe-rior durante o jogo E. C. Bahia 0x0 Vila Nova (GO) válido pelo Cam-peonato Brasileiro da 3ª Divisão.

Em 2008, o Governador Jaques Wagner, através do laudo pe-ricial do engenheiro Vicente Castro, optou pela implosão do estádio e a construção de um novo, seguindo as determina-ções da FIFA.

As obras começaram em 21 de junho de 2010 e a implosão acon-teceu no dia 29 de agosto do mesmo ano. Desde então, foram inúmeras etapas cumpridas na execução da obra, garantindo o cronograma estabelecido, o que viabilizou Salvador como cidade sede da Copa das Confederações

em 2013; da Copa do Mundo em 2014; e das Olimpíadas em 2016.

O novo empreendimento é uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado e a Fonte Nova Negócios e Partici-pações, concessionária formada pela empresas Odebrecht Parti-cipações e Investimentos e pela OAS. A obra foi realizada pela Odebrecht Infraestrutura e pela Construtora OAS, e o consórcio cuidará da administração, ope-ração e manutenção da nova arena pelos próximos 35 anos. O contrato de parceria foi no valor de R$ 591,7 milhões (data-base janeiro 2010) que previa a de-molição, reconstrução da arena e construção do edifício-gara-gem. O projeto é dos arquite-tos Marc Duwe e Claas Schulitz, utilizando o mesmo modelo de gestão multiuso de sucesso na Europa, o do Amsterdam Arena,

do Ajax, e parceiro na operação da nova arena baiana.

Vale destacar o papel multiuso da arena, que será palco dos jogos de futebol, mas também garante no mesmo espaço uma programação variada com even-tos de todos os portes, shows nacionais e internacionais, cen-tro de convenções, exposições, reunião de negócios, congres-sos e gastronomia. Eventos que levarão a imagem da Bahia para todo o mundo, incentivando o turismo e oportunidades de in-vestimento em diversas áreas.

O dia 7 de abril de 2013 fica na história do futebol baiano como o dia da inauguração da Are-na Fonte Nova com o clássico E.C. Bahia 1x5 E.C. Vitória, pelo Campeonato Baiano de 2013, sendo que o primeiro gol foi de Renato Cajá do E.C. Vitória.

Administrador: Fonte Nova Negó-cios e Participações S.A.

Capacidade: 50 mil lugares cobertos

Arquibancadas: três níveis

Camarotes: 70 com capacidade para 1.250 pessoas

Especiais: 2.100 assentos premiuns; 358 assentos para espectadores com mobilidade reduzida; 66 vagas exclusi-vas para cadeirantes; 60 assentos para obesos; 16 assentos para deficientes visuais e 500 para acompanhantes

Gramado: 105 x 68 m com distância de 10 metros para arquibancadas la-terais e 12,30 m para arquibancadas da linha de fundo

Quiosques de alimentação: 39

Sanitários: 94 comuns e 23 adapta-dos para deficientes

Estacionamento: 2.000 vagas

Elevadores: 11

Restaurantes: 02 panorâmicos

Espaço cultural: 01

Segurança: 200 câmeras de alta definição

Iluminação: em LED com opções de colorir a fachada de amarelo, azul, branco, laranja, lilás, verde e vermelho

O ESTÁDIODa Fonte Nova...

... à Arena Fonte Nova

Page 4: Jornal do rio vermelho 04 edicao

4 – JRV

Modo de prepararArrume os temperos na panela de

barro com o peixe, o caldo de cabe-

ças quente, o leite de coco e o dendê.

Quando o peixe estiver quase cozido,

inclua os camarões e as lagostas e

tampe a panela, e deixe por mais 5

minutos.

Arrumação do pratoSirva com uma pimenta dedo-de-

-moça inteira e um ramo de coen-

tro por cima.

MOQUECA TRILOGIA DO MARPrato Quente

Foto

: Sol

ange

Ros

sini

Tereza Paim exibe energia e in-quietude em cada movimento. A vigorosa chef começou sua carreira na área da Ciência da Computação, mas, há dez anos, reencontrou em São Paulo uma paixão adormecida. O gosto pela culinária a levou aos cursos e especializações em cozinha no Brasil e Europa.

Determinada, viu chegar a hora de criar sua empresa de catering, a Tereza Paim Gastronomia, onde dirige uma equipe de, aproxima-damente, 50 colaboradores, mos-trando, através da sua gastrono-mia autoral, o melhor da culinária baiana. Tereza dedica-se também à produção da culinária kosher.

A chef tem atualmente o restau-rante Terreiro Bahia, na Praia do Forte, e sua casa em Salvador, a Casa de Tereza, no bairro do Rio Vermelho. Ela declara as influ-ências dos saberes e sabores de sua Bahia, da Tailândia, Portugal e Itália e um grande sonho: criar uma escola técnica de gastro-nomia, onde possa passar para as gerações futuras que saber dominar o uso de um bom dendê, tem o mesmo valor de

se trabalhar bem com foie gras ou trufas.

Reconhecida dentro e fora do Brasil como cozinheira baiana, Tereza Paim tem convicção de que é bem-sucedida com a “ve-lha” novidade de incluir a comida baiana – sua grande paixão – nos eventos que acontecem na Bahia, para que os que aqui chegam ou festejam possam compartilhar da culinária baiana. Premiada, Tereza é uma das chefs baianas vistas fora da Bahia como profissional que conseguiu atualizar a culinária local. Inovou, mas com absoluto respeito às origens. Através do uso da tecnologia para manter seus sabores originais, a chef consegue fazer eventos para centenas pes-soas e manter a singularidade da sua assinatura. É a evolução da co-mida baiana.

A chef Tereza Paim, baiana no sabor

Foto: Divulgação

Ingredientes • 150g de camarões limpos 21-25;

• 150g de peixe em pedaços com pele;

• 2 lagostas médias aberta ao meio;

• 150ml de caldo concentrado de ca-

beça de camarão e lagosta;

• 80g de cebola picada;

• 80g de tomate picado;

• 1 dente de alho;

• 1 tira da cebolinha;

• 2 galhinhas de coentro picado;

• 120ml de leite de coco;

• 40ml de azeite de dendê;

• 1 pimenta dedo de moça;

• Sal e pimenta branca a gosto.

Onde?Casa de Tereza. Rua Odilon Santos, 45, Rio Vermelho.Tel.: (71) 3329-3016 Horário: 12h à 1h (Domingo até 19h)

Em homenagem aos 90 anos de nascimento de Floriano de Araújo Teixeira, a Paulo Darzé Galeria de Arte programou uma exposição, de 15 de março a 13 de abril, das obras desse mes-tre do desenho e o lançamento do livro Homenagem a Floriano Teixeira, mostrando a sua vida e trajetória artística com textos de Caribé, Claudius Portugal, Jorge Amado, Mário Cravo Jr. Myriam Fraga e Vauluizo Bezer-ra. A organização do evento foi de Paulo Darzé e Thaís Darzé, que estão de parabéns por essa justa homenagem.

Floriano de Araújo Teixeira nas-ceu em Cajapió, no Maranhão, em 8 de março de 1923, e fale-ceu aos 77 anos no dia 21 de julho de 2000, em Salvador, na Bahia. Casado com Alice Teixeira, teve sete filhos: Geo-vani, Sandro, Monique, Dante, Silvana, Cristiano e Pedro. Na sua chegada à Bahia, procurou saber onde era o bairro dos ar-tistas. Chegando aqui, fixou re-sidência e não saiu mais do Rio Vermelho. Morou na Rua Bor-ges dos Reis, na Rua do Céu, hoje Arquibaldo Baleeiro, e, por último, na Rua Ilhéus, onde atualmente mora a família. Foi pintor, desenhista, miniaturis-ta, capista, ilustrador, retratista, escultor, cenógrafo e autodida-ta brasileiro. Deixou um legado de centenas de exposições co-letivas e individuais em quase todos os estados brasileiros, principalmente no Maranhão, Ceará, Bahia e em países como Portugal, Itália, Senegal e a antiga Tchecoslováquia. Suas obras estão presentes em im-

portantes acervos públicos e privados em todo o mundo e em dezenas de murais e pai-néis no Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco e também em capas e ilustrações de livros, especialmente nos romances de Jorge Amado, Mário Var-gas Llosa, Antonio Celestino, James Amado e Graciliano Ramos. Criou cenários para teatros e cartazes para filmes, especialmente Gabriela Cravo e Canela, e para a Fundação Casa de Jorge Amado. Floria-no foi premiado diversas vezes com destaque para o I Prêmio do I Salão de Dezembro em São Luís, no Maranhão; I Prê-mio do VIII Salão de Abril em Fortaleza, no Ceará; I Prêmio do XI Salão de Abril em For-taleza, no Ceará; e Prêmio do XII Salão de Abril em Fortaleza, também no Ceará; e Grande Prêmio da I Bienal Nacional de Artes Plásticas em Salvador, na Bahia, dentre outros prêmios.

Floriano recebeu vários títulos: Comenda Ordem do Mérito da Bahia, Comenda Rio Branco, Ci-dadão Honorário de Fortaleza e Cidadão Honorário de Salvador. Ele era uma pessoa querida por todos. Simples, calmo, gostava de contar histórias, enfim era um verdadeiro amigo. Sua obra a cada dia se impõe por sua qua-lidade, seu valor e significado. Mestre do desenho, senhor de um traço inconfundível, sua sen-sualidade e habilidade fez dele um dos maiores desenhistas brasileiros de todos os tempos, que conquistou a pintura com paciência, enorme talento e rara consciência artística.

Arte do maranhense Floriano Teixeira – Baiano

do Rio Vermelho

• 1935 – Inicia estudos de desenho com Rubens Damasceno

• 1940 – Pintura com João Lázaro de Figueiredo

• 1942 – Primeiro prêmio com o quadro Bêbados – I Salão de Dezembro

• 1948 – Catalogou a coleção de obras de arte de Artur Azevedo. Conhece os

trabalhos de Daunier, Gavani, Müller e outros

• 1949 – Funda o Núcleo Eliseu Visconti com outros artistas

• 1950 – Muda-se para Fortaleza, no Ceará

• 1951 – Participa da criação do Grupo dos Independentes

• 1952 – Membro da comissão julgadora do Salão de Artes do Ceará

• 1962 – Organiza e dirige o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará

• 1965 – Muda-se temporariamente para Salvador, na Bahia, emprestado à

Universidade Federal da Bahia

• 1969 – Transferência da Universidade Federal do Ceará para a Universidade

Federal da Bahia num pedido irrecusável de Jorge Amado e Carybé, com in-

fluência do reitor Miguel Calmon. Foi um dos primeiros artistas a iniciar na

Bahia a Arte Moderna

• 2000 – Faleceu em Salvador no dia 21 de julho

Trajetória

Fotos: Divulgação

Page 5: Jornal do rio vermelho 04 edicao

JRV – 5

Foto: Edgard Carneiro

As festas do verão do Rio Vermelho

A maior data do Rio Vermelho , o 2 de Fevereiro, dia de-

dicado para homenagear Ye-manjá, a Rainha do Mar, é uma das maiores manifestações públicas de fé do candomblé eé uma das festas mais popu-lares da Bahia.

A tradição de reverenciar o ori-xá muda a rotina de milhares de baianos e turistas, indepen-dentemente de religião, um ri-tual único e emocionante.

As comemorações começaram cedo com a alvorada de fogos às 5 horas da manhã na che-gada do presente principal e a colocação deste no carraman-chão, ao lado da Colônia Z-1. Uma escultura de Yemanjá em fi bra de vidro revestida de vidri-

lhos com iluminação especial em tons brancos e azuis foi o presente principal deste ano de autoria do artista plástico Ruy Santana. Sobre essa escultura vão as oferendas preparadas com fundamentos sagrados e secretos. A mãe Aíce Santos, ialorixá do Terreiro Odé Mirim, recebeu o presente e entoou os cânticos sagrados e fez as re-verências fi nais. Há 21 anos que mãe Aíce é a ialorixá responsá-vel pelo comando da festa.

Durante todo o dia, centenas de devotos fi zeram fi las para entregar as suas oferendas, que são colocadas em balaios quando, às 16h30, são levados em um cortejo marítimo para o alto mar. Há 33 anos que o saveiro Rio Vermelho é o res-

ponsável pela condução do presente principal.

Nas ruas do bairro, desfi lam grupos de samba, ijexá, capoei-ra, blocos afros, grupos fantasia-dos e blocos de percussão, de-monstrando devoção e muita alegria durante a festa.

Nas residências e hóteis, reali-zam-se festas particulares com muita comida e bebida, além de atrações e DJs para todos os gostos.

Não existe festa popular mais bonita do que a de Yemanjá para se ver, fotografar, partici-par e ter devoção e fé.

A cada ano essa festa atrai multi-dões para o bairro do Rio Verme-

lho, tornando-se uma das maio-res festas populares da Bahia.

Origem e história da Festa de Yemanjá

A festa teve início no ano de 1923, quando um grupo de pescadores do Rio Vermelho re-solveu oferecer presentes para a Mãe das Águas, em busca de conseguir ajuda para melhorar a pesca. Esses pescadores des-cendentes de índios, negros e brancos, adeptos às lendas indígenas, ao candomblé e ao catolicismo, buscaram na fé a solução para a falta de peixes no litoral do bairro. No início, era chamada de Festa da Mãe D’Água, agregando todas as reli-giões e era realizada em conjun-to com a Paróquia de Sant’Ana.

Nossa Senhora da Conceição para os católicos, Yemanjá para o candomblé e Iara (sereia) para os descendentes dos tupinambás.

Na década de 60, a Paróquia de Sant’Ana se desliga dos festejos e, a partir daí, os pescadores passaram a homenagear ape-nas a Yemanjá, tornando-se fi -nalmente Festa de Yemanjá.

Orixá do candomblé ketu, Ye-manjá é uma das entidades femininas mais importantes. Ela é a mãe de todos os orixás, re-presentada como uma mulher de grande ventre e seios volu-mosos. É protetora da cabeça e é saudada com a expressão “odôyá”. É a deusa da materni-dade, das grandes águas, mares e oceanos.

Festa de Yemanjá

Page 6: Jornal do rio vermelho 04 edicao

6 – JRV

A alegria dos Palhaços do Rio VermelhoFoi mais que um sábado de

verão, 26 de janeiro, foi o sábado do terceiro desfile do Bloco Palhaços do Rio Verme-lho pelas ruas do bairro. Mais de 3.500 foliões encheram o Rio

Vermelho de alegria e mostra-ram que o bloco veio para ficar.

Palhaços, arlequins, colom-binas, mascarados, fantasias, ala de baianas, confetes e ser-

pentinas marcaram o desfile colorido, descontraído e ale-gre do bloco com pessoas de todas as idades, contagiando o bairro com uma verdadeira prévia do Carnaval de Salva-

dor. O repertório de marchi-nhas foi de responsabilidade da Banda Marmelada, com-posta por 50 músicos de so-pro e percussão sob a batuta do Mestre Chico, e no cortejo

a Ala de Baianas de Claudi-nha, a presença dos convi-dados grupo Zambiapunga de Nilo Peçanha e Caretas de Praia do Forte, mais o grupo circense de pernas-de-pau e as Chicas travestidas.

O homenageado foi o ator e produtor cultural Nonato Freire, tradicional morador do bairro, que recebeu a coroa do Reino dos Palhaços das mãos do cantor Gerônimo, em con-corrida cerimônia.

Desde a concentração na Rua da Paciência até o fim do desfile na Rua Fonte do Boi, a tranquilidade foi a tônica da festa, que contou com a participação decisiva de 35 policiais militares comanda-dos, pessoalmente, pelo Ma-jor André Ricardo, para aju-dar a ordenar todo o desfile. Os Palhaços do Rio Vermelho conseguem atrair um público cada vez maior com a sua be-leza, descontração e alegria. Valeu Palhaços!

Hoje tem marmelada? Tem sim, senhor!

Foto: Edgard Carneiro Filho

Bloco Amigos do Rio Vermelho na Festa de Yemanjá

Reunindo uma turma de mora-dores e amigos do bairro, dan-

do continuidade a uma história de 12 anos na Festa de Yemanjá, o Blo-co Amigos do Rio Vermelho mos-trou muita disposição e alegria no seu desfile deste ano pelas ruas do Rio Vermelho.

O som de ótima qualidade, re-pleto de sambas e marchinhas carnavalescas, foi animado pela

Banda Rio Vermelho, composta por 60 músicos sob o comando dos maestros Chico na percus-são e Jorge no sopro. O design da camisa do bloco foi de auto-ria do artista plástico Igas Eloy, trazendo a figura de uma sereia sentada numa jangada com o nome Yemanjá.

O ponto alto do desfile do bloco é a concentração na Praça Brigadei-

ro Faria Rocha, na Mariquita, onde se assiste a grandes momentos de confraternização, encontros, reen-contros e muita azaração. Muita gente fica por ali mesmo.

O desfile começou às 13 horas com muita animação, puxado pela Ala das Baianas, levando o balaio de oferendas para ser pre-senteado à Rainha do Mar. Para-béns à toda galera!

Bloco Amigos do Rio Vermelho marcou presença na Festa de Yemanjá

Foto: Carmela Talento

Carnaval do Alto de São GonçaloWaltinho Queiroz e Gerônimo, dois ícones da

música popular brasileira juntos, dispensam comentários ou adejtivações. A presença dos dois transforma o mais simples evento em um aconteci-mento memorável. E foi isso que ocorreu no Carnaval promovido pelos moradores do Alto de São Gonçalo,

Foliões brincam no Carnaval do Alto de São Gonçalo

Foto: Carmela Talento

Por: Carmela Talento

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JRV – 7

Bloco Lero-Lero

No domingo, 27 de janeiro, foi a vez do Bloco Lero-Lero rea-

lizar seu desfile e o tradicional Ba-nho de Mar à Fantasia, única festa do gênero que ainda acontece em Salvador.

O desfile pré-carnavalesco percor-reu as ruas do bairro saindo da con-centração na Vila Matos e seguindo

pela Rua da Paciência em direção à Praça Colombo e retornando à Praia da Sereia, onde acontece o banho à fantasia ao por do sol do Rio Vermelho.

Com mais de 70 anos de existên-cia, o Lero-Lero é um dos blocos mais antigos de Salvador em ati-vidade. Conduzido pelo Mestre

Cacau do Pandeiro e sua bateria, o bloco reúne crianças, jovens e idosos com suas fantasias im-provisadas, muito papel crepom, muito brilho e protestos bem humorados, numa explosão de alegria e irreverência. Parabéns a Luciana Souza Cruz Silva que, na linha de frente, coordena toda a galera e mantém viva a tradição!

Com mais de 70 anos, o Lero-Lero é um dos blocos mais antigos em atividade na cidade

Foto: Carmela Talento

Geração Jovem Guarda mantém a Tradição

Dando continuidade a uma tradição de 13 anos, o Bloco Geração Jovem Guarda, formado com

o objetivo de reunir antigos moradores do Rio Ver-melho ao som de uma boa batucada, muita alegria e uma boa gelada marcou presença no domingo, 26/01, na Mariquita.

No início, o bloco desfilava pelas ruas do bairro saindo da concentração no Alto do São Gonçalo até um bar escolhido democraticamente pelos seus integrantes, onde acontecia o grito de Carna-val. Com o passar dos tempos e a falta de pique para o desfile, o bloco passou a ir logo ao que in-teressava e direto para o bar escolhido, mantendo assim a fidelidade dessa diferente manifestação: o bloco que desfila sem sair do lugar. O Bar do Manu, no Largo da Mariquita, voltou a ser o escolhido em 2013, e seu proprietário, Manuel Macias, agradeceu a preferência e participou da muvuca. O Geração homenageou o saudoso ator Wilson Mello.

Bororó, Gildásio e Pino desfilam sem sair do lugar

Foto: Carmela Talento

Paroano Sai Milhó encanta o Largo de SantanaÉ quinta-feira de Carnaval no

Largo de Santana. Um gru-po formado por 15 integrantes vestidos de palhaço, portando instrumentos de corda e percus-são, vai embalando os sonhos e fantasias dos carnavais passados e distribuindo sua irreverência, enquanto arrasta centenas de pessoas. É o Paroano Sai Milhó. E sai mesmo, cada vez melhor e já

se vão 50 anos em marcha lenta, lentíssima.

Um ícone dos carnavais de Sal-vador, o Paroano Sai Milhó fez a abertura do Carnaval 2013 no Rio Vermelho. Fantasiados de palhaços alegres e coloridos, o grupo se reuniu no Bar San-ta Maria, Pinta e Nina, partindo para contornar o Largo de San-

tana, atraindo uma multidão de admiradores, que curtiu o ritmo cadenciado do grupo. É impressionante o silêncio que se faz em volta, ou, no máximo, acompanha-se a música cantan-do na medida para não cobrir o som dos instrumentos. Puro en-cantamento. Tem jeito, não. Tem gosto de quero mais. É por isso que Paroano Sai Milhó.

Cinquentenário de muito rítmo, colorido e alegria

Foto: Carmela Talento

Carnaval do Alto de São Gonçalona quarta-feira, 6 de fevereiro, na pracinha que fica no topo da ladeira da Rua Almirante Barroso, comandado também pela excelente cantora Sílvia Patrícia.

Foi tudo de bom. Os Palhaços do Rio Vermelho mar-caram presença acompanhando o Rei Gerônimo, vá-

rias atrações se revezaram no palco e os moradores se divertiram can-tando e dançando. Enfeites, confetes e serpentinas coloriam o ambiente. No entorno, muitos comes e bebes e cerveja bem gelada. Tudo que um folião precisa para fazer um Carnaval em grande estilo, em um ambiente tranquilo e de muita paz.

O Carnaval do Alto de São Gonçalo foi realizado pela segunda vez e ain-da divide a opinião dos moradores. Alguns entendem que é preciso en-contrar alternativa para evitar a de-predação da pracinha, local central da festa, que é mantida e cuidada pelos próprios moradores. Mas num ponto ninguém discute, as pessoas que participaram da festa só tinham elogios para as atrações e para a or-ganização. Polêmicas ficaram para depois que ninguém foi besta de perder a festa.

Foliões brincam no Carnaval do Alto de São Gonçalo

Foto: Carmela Talento

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8 – JRV

Fundada em 8 de abril de 1943, a Escola Medalha Milagrosa completa 70 anos de existência trazendo, ao longo desse perío-do, uma educação de qualidade para o bairro do Rio Vermelho e adjacências, formando pessoas preparadas para fazer a diferen-ça no mundo em que vivem.

No início era denominada Insti-tuto Medalha Milagrosa e absol-via parte do ensino público de qualidade. Pela instituição passa-ram a maioria dos jovens do bair-ro, principalmente do sexo femi-nino que se tornaram pessoas íntegras, profi ssionais capacita-dos e importantes em diversas áreas da sociedade, sempre le-vando o nome “medalha” como referência de ensino.

Hoje, a Escola Medalha Milagro-sa é uma escola dinâmica que acompanha as mudanças sociais, tecnológicas e pedagógicas, pro-porcionando aos seus alunos uma educação de qualidade unindo a tradição e modernidade.

O trabalho pedagógico conti-nua baseado na fi losofi a vicen-tina, fundamentada nos princí-pios vividos e ensinados por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, capaz de unir ação e refl exão, estimulando educa-dores e educandos pelo estu-do e pesquisa a se situarem no mundo, unindo espiritualidade e ciência, fé e vivência de valores

humanas e cristãos, sempre em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional.

Atua na área da Educação In-fantil num ambiente agradável com atividades orientadas que possibilitam o desenvolvimento integral da criança. No Ensino Fundamental com ações pe-dagógicas que são norteadas pelos princípios éticos, morais e sociais, que fundamentam a for-mação do educando com com-prometimento e solidariedade.No Ensino Médio, preparando o educando para uma nova reali-dade social e profi ssional, atra-vés de uma pedagogia ativa e cooperativa fundamentada nos princípios cristãos.

Possui uma excelente infraestru-tura, oferecendo laboratórios de informática de química e biologia, biblioteca, amplas salas de aula, sala de orientação educacional, salas de multimídia, lousa eletrô-nica, salão de festa, cantina, teatro, parque coberto, piscina, quadra poliesportiva, campo de futebol de área, área verde e capela.

De parabéns a Escola Medalha Milagrosa, de parabéns a educa-ção do bairro.

Medalha MilagrosaTravessa Lídio de Mesquita nº 15Rio Vermelho, Salvador-BahiaTels.: (71) 3334-5317e-mail: medalhamilagrosa.com.br

Escola Medalha Milagrosa, 70 anos de um aprendizado para toda vida

Sobre a Medalha Milagrosa

Teve origem em Paris, na França, no dia 27 de no-vembro de 1830, quando a noviça Catarina Labouré, da Congregação de São Vi-cente de Paulo, foi ao con-vento fazer as suas orações e teve a visão de Nossa Se-nhora das Graças. A santa revelou a sua imagem em forma de uma medalha e pediu a Catarina que lutas-se para que essa medalha fosse cunhada e distribuí-da em grande quantidade, e as pessoas que usassem com devoção iriam rece-ber muitas graças.

A medalha de forma oval com a imagem da santa traz a jaculatória: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorre-mos a vós”. No seu reverso a letra “M”, tendo uma cruz na parte de cima com um traço na base. Por baixo: o Sagrado Coração de Jesus cercado por uma coroa de espinhos em chamas e o Sagrado Coração de Maria em chamas atravessado por uma espada cercado de 12 estrelas. Atualmente, são milhões de medalhas em todo mundo.

Foto: Carmela Talento

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JRV – 9

Jardim da Casa de Jorge Amado pode ser aberto ao público

De acordo com informações publicadas pela Agência Lusa, Paloma, a filha do escritor Jorge Amado, está pensando em abrir para a visitação, ainda este ano, o jardim da Casa 33, da Rua Ala-goinhas, no Rio Vermelho, onde a família Amado residiu por mais de quatro décadas. “Tenho pen-sado em abrir ainda este ano o jardim, a área [da casa] em que não dependemos de uma segu-rança muito grande, quando o conseguimos manter bem con-servado, porque o meu pai está lá e muita gente gostaria de ir ao jardim, sentar-se debaixo da mangueira” ali plantada e “estar um pouco com ele”, explicou Pa-loma Amado, em Macau.

70 anos sem Pasquale De Chirico

Em 31 de março de 1943 faleceu em Salvador o escultor italiano Pasquale De Chirico, um dos pri-meiros moradores do Rio Verme-lho e autor de inúmeras obras clássicas espalhadas pela cidade,

entre elas o monumento a Cas-tro Alves, um dos cartões-postais mais conhecidos de Salvador; o de Visconde de Cayru, em frente ao Mercado Modelo; o busto de D. Pedro Fernando Sardinha, o primeiro Bispo do Brasil; e muitos outros. A cidade ainda deve uma homenagem a esse grande artista.

Sucom proíbe shows no Mercado do Peixe

Depois de denúncias feitas por moradores acusando o ba-rulho e problemas no trânsito na Mariquita, a Sucom decidiu proíbir a realização de grandes eventos no Mercado do Peixe. A Associação dos Permissioná-rios alega que todos os shows foram realizados com autori-zação. Até mesmo o projeto Jota Veloso Recebe no Merca-do, que pretendia apresentar um show por mês no local, foi suspenso.

Fiação elétrica precisa de atenção

A fiação elétrica do bairro está uma verdadeira bagunça. Em vários trechos é possível ob-

servar o emaranhado de fios, inclusive alguns soltos. Apenas para citar alguns exemplos, na praça ao lado da Igreja de Sant´Ana os fios ficam enrola-dos na grade. Na Juracy Maga-lhães Jr. até mesmo a placa que indica o pronto de ônibus está coberta pelos fios.

Obras de arte em péssimo estado

A prefeitura precisa agir com mais rigor para que a ordem pública seja restabelecida na cidade. Com todo o respeito ao autor das obras que estão expostas no Largo de Santana, mas já passou da hora de man-dar recolhê-las. Pregos enor-mes enferrujados e expostos representam sério risco para os frequentadores da área.

Deu no Blog blogdoriovermelho.blogspot.com.br

Foto: Carmela Talento

Visão mais nítida em alto-mar

Lentes polarizadas eliminam refle-xos e promovem uma real percep-ção das cores O mar de águas cal-mas e cristalinas da Baía de Todos os Santos seduz a todos que deci-dem cruzar os encantos deste belo cenário nacional. Para observar melhor as imagens paradisíacas do fundo do mar, fotógrafos utilizam lentes polarizadas, que retiram o reflexo e permitem contemplar melhor as águas transparentes da segunda maior bafa do mundo.

Se soubessem disso antes, certa-mente os navegadores e coloni-zadores não perderiam a opor-tunidade de observar melhor as folhagens, recifes de corais e a grande diversidade de ecossis-temas que se escondem sob as águas cristalinas.

Para conseguir a mesma técnica utilizada pelos fotógrafos profis-sionais, os óculos polarizados pos-suem funções que vão além da diminuição da intensidade da luz. Eles absorvem parte da luminosi-dade refletida, diminuindo os re-flexos, eliminando o ofuscamento

e aumentando o contraste. Dessa forma, é possível obter imagens mais nítidas, ideal para quem pra-tica esportes ao ar livre como, por exemplo, a pesca, vela, esqui, corri-da ou ciclismo.

Ter uma visão polarizada é como transformar ruído em música”, compara o personal glasser, João Dantas, proprietário do Empó-rio Occhiali. Além do conforto visual e maior nitidez de visão, as lentes polarizadas possuem 100% de proteção UV e reduzem a astenopia visual, que se trata da fadiga ocular, que acontece em situações como viagens lon-gas, onde a pessoa precisa diri-gir por muito tempo.

Com uma real percepção das cores, o mar deixa de ser um espelho d’água para se tornar um aquário. “É possível escolher o peixe em que se põe a isca”, exemplifica João. As lentes po-larizadas podem ser feitas sob medida, sem grau, com grau e até em multifocal, trazendo mais conforto. Peça do vestuário – ”Só não usa óculos quem ignora seus benefícios”, destaca João Dantas.

Para ele, os óculos são produtos obrigatórios como a roupa, bol-sa e sapato. Ninguém entra em um ambiente descalço ou vai para uma audiência sem gravata. São valores sociais pré-definidos. Além da necessidade corretiva, todos têm a necessidade de pro-teção contra os raios UVA e UVB, que fazem dos óculos a principal peça do vestuário, portanto in-dispensável” Salvador é a segun-da metrópole mais iluminada do mundo, perdendo apenas para Atenas, na Grécia. Por ser uma metrópole rodeada pela água do mar, o índice de radiação é muito alto, exigindo mais ainda a proteção constante”, explica João. Para escolher os óculos ideais para cada tipo de rosto, é preciso avaliar a geometria facial e personalidade do usuário. “Os óculos são a moldura dos olhos e fazem parte da composição do rosto, pois representam 80% da imagem transmitida”, lembra o especialista .

Rua Jequié, nº 78. Parque Cruz Aguiar. Rio Vermelho, próximo ao lnstítuto de Olhos Freitas – Telefone (71) 3205-5331

Empório Occhiali – Óculos personalizados

O Póstudo Restaurante entra em reforma por 40 dias e, no início do mês de maio, será reinaugu-rado com nova roupagem, novo visual, nova culinária, nova admi-nistração, o “novotudo”.

A parceria entre o Póstudo, tra-dição de bons pratos e drinques do seu cardápio de filmes com espaço de shows de rock e jazz, e o Buteco do França de cozinha premiada, oito vezes a melhor comida do Buteco (Veja Salvador) e primeiro lugar no ano passado como a melhor cozinha de bar (Veja Nacional) é a novidade do setor de bares e restaurantes do Rio Vermelho. A mistura dessa receita leva ao consumidor um excelente atendimento com qua-lidade na culinária e boa música.

Dulce Ferrero (Póstudo) e Zé Raimundo (Buteco do França)

inovaram e trazem uma nova proposta de gastronomia e di-versão para Salvador. Uma casa com ambientação aconche-gante, culinária nacional e in-ternacional (isso eles tiram de letra) e música. A ideia, além da parceria, é trazer o bem-estar e alegria aos frequentadores dos dois espaços formados por artistas, arquitetos, jorna-listas, publicitários, fotógrafos, as galeras do rock, MPB e jazz e você, lógico, que curte uma boa energia.

Parabéns Dulce, parabéns Zé Raimundo!

Póstudo RestauranteRua João Gomes, nº 87Rio VermelhoTel.: (71) 3015-8800

Novidade na gastronomia do Rio Vermelho

Foto: Divulgação

O Póstudo Restaurante fecha parceria com o Buteco do França

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10 – JRV

Nativo do Rio Vermelho, Carlos Lázaro da Cruz, o Cacau do Pandeiro, nasceu no dia 11 de fevereiro de 1929, no Núcleo da Paciência, na área do Corte Grande, em Vila Matos. Casado com D. Amara Souza Cruz, tem como filhas Luciana, Lucimeire, Liliane e Luana. Começou a conviver com a música ain-da menino, observando e aprendendo com os irmãos mais velhos que eram músicos, Belmiro, João, Aloísio, Libe-rato e Roberto, que tocavam bateria, pandeiro e todo o tipo de instrumento de percussão. Foi um dos fundadores do Bloco Lero-Lero, que proporciona aos moradores do bairro o tradicional Banho de Mar à Fantasia.

Em entrevista ao Jornal do Rio Ver-melho, ele conta um pouco da sua vida e sobre sua carreira artística.

Como surgiu o apelido Cacau do Pandeiro?Dentro da família e no convívio com os amigos era apenas Cacau. Quando comecei a tocar pandeiro e fui cres-cendo no meio artístico ficou Cacau do Pandeiro. Antigamente, associavam o nome da pessoa ao instrumento que ela tocava.

Como começou na vida artística?No início ajudava meu irmão, levando sua bateria para o local da festa para depois armá-la. Eu ia de bonde até a Praça da Sé e depois ia andando car-regando tudo até o Taboão, onde eles tocavam em vários lugares. Tinha dois clubes, o 18 e o Clube Oceania, que era o clube dos estivadores onde nasceu o Filhos de Ghandi, também no Café Astúria, ponto de encontro dos músi-cos da época. Então eu convivia nesse meio artístico.

Aprendi a tocar pandeiro e depois ba-teria com meu irmão, o Mestre Belmiro. Comecei a trajetória aqui no Rio Ver-melho, onde o bairro era muito festivo. Tocava nas noites de Santo Antônio (tre-zena) e nas festas de largo de Salvador, Conceição, Lavagem do Bonfim, Segun-da-feira Gorda da Ribeira, Rio Vermelho no Bando Anunciador. Gostava de apre-ciar os Ternos de Reis, Terno da Terra, Sol do Oriente, Estrela Dalva, mas o que eu gostava mais era do Terno da Bonina. Lá tocava um dos maiores pandeiristas da Bahia, chamado Caboclo. Pena que hoje existam poucos ternos, só tem na Lapinha e no Bonfim. Depois passei a tocar nas festas dos bairros de Salva-dor, nos clubes Palmeiras da Barra e o Amazonas, nas casas noturnas Tabaris, Rumba Dance e outras. Fui músico da orquestra da Rádio Sociedade da Bahia e por aí vai...

Você tocou com vários artistas do Rio Vermelho?Fiz parte da orquestra do maestro Carlos Lacerda. Toquei com Dorival Caymmi, Ta-baréu (pai de Vandinho do Barquinho), Galo Cego que morava em Ondina e par-ceria com Zé Pretinho da Bahia...

Você foi integrante do grupo Os Ingênuos que foi sucesso nacional. Conte sobre isso.Os Ingênuos começou sob o comando de Pinguim do Cavaquinho e Edson Sete Cordas. Depois de um certo tem-po eles se separaram e Edson tocou o grupo sozinho. Convidou Avelino, Zé Luis, Gerson do Cavaquinho, Miguel Neri do Pandeiro e Ronaldo. Depois de dois anos com essa formação, fui con-vidado por Edson para fazer parte do grupo. O sucesso estourou e eu estava lá. Gravamos quatro discos de sucesso.

Paralelo a isso, eu fazia parte da or-questra do Clube Português da Bahia, que, por causa do famoso Baile de Yemanjá, passou a ser chamada de Orquestra Yemanjá.

Cite alguns sucessos de Os Ingênuos.A música chamada Os Ingênuos, Cho-rando na Flauta, A Estrela Maior, Kika, Carlito no Choro, teve vários.

Como surgiu a ideia do Bloco LeroLero?A família toda gostava de música. Meu pai, Alonso Rafael da Cruz, foi fundador de vários blocos do Rio Vermelho que

saíam no Bando Anunciador do bairro, tinha o Vai Quem Quer, o Monarca e o Rei Zulu, que saíam da Vila Matos.

Em 1940, inspirado na música Lero--Lero de Orlando Silva, o cantor das multidões, fundamos o Blodo Lero--Lero do Rio Vermelho. A proposta do bloco sempre foi a alegria, pro-testos bem humorados, o colorido das fantasias e a criatividade dos rapazes vestidos de mulher. Depois do desfile, vinha o Banho de Mar à Fantasia na Praia da Sereia. E, até hoje, isso acontece com minha filha Luciana à frente do bloco.

Lembranças do Rio Vermelho?Eu me lembro das pessoas, Astério So-brinho que era o delegado do Rio Ver-melho, Cassiano Rajo, José Taboada, a família de Romenil Gonçalves. Na Ma-riquita tinha Adolfo Moreira. O eterno presidente do E.C. Bahia Osório Vilas Boas, que ajudamos a eleger vereador e, para quem não sabe, ele torcia para o Botafogo Sport Clube, que tinha campo aqui no Rio Vermelho. Do meu primo, o pescador Herculano Rafael da Cruz, que foi um dos fundadores do Presente da Mãe D’Água em 1923 e que, hoje, é a Festa de Yemanjá.

E o Rio Vermelho de hoje?Ainda é o melhor bairro de se mo-rar. Cresci aqui, aprendi música e fiz muitas amizades. Gosto muito do Rio Vermelho.

Foto: André Avelino

Personagem do Rio VermelhoCarlos Lázaro da Cruz, O Cacau do Pandeiro

A Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho, que faz parte da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e tem como padro-eira Nossa Senhora Sant’Ana, está completando 100 anos de existência.

A Provisão da Criação do Cura-to de Sant’Ana do Rio Vermelho é datada de 5 de abril de 1913 e consta no Livro de Tombo da Arquidiocese lavrado em 12 de abril de 1913, assinada por D. Jerônymo Thomé da Silva, Ar-cebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, criando a Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho e emancipando o Rio Vermelho da Paróquia de Nossa Senhora da Vitória. A capela do Largo de Santana foi promovida à condi-ção de Igreja-Matriz e o Padre Antônio de Menezes designado pároco do novo curato.

Essa pequena Igreja de Sant’Ana, construída na primeira metade do século XIX, tinha capacidade apenas para 72 pessoas sentadas. Com o crescimento do bairro, veio a necessidade de criação de um novo templo. O Monsenhor Antônio da Rocha Vieira, pároco à época, juntamente com a comu-nidade do bairro, iniciaram a cam-panha de construção e, em 26 de julho de 1967, foi inaugurada a atual Igreja-Matriz de Nossa Se-nhora Sant’Ana do Rio Vermelho, no local onde antes era o Forte de São Gonçalo do Rio Vermelho, ao lado da Colônia de Pesca Z-1.

Uma vasta programação está sendo feita para a comemora-ção desses 100 anos. Hoje, o Rio Vermelho se constitui num dos bairros mais católicos de Salva-dor e sua comunidade reveren-cia Nossa Senhora Sant’Ana com muita fé e devoção.

Centenário da Paróquia de Sant’Ana do Rio Vermelho

Data de criação: 5 de abril de 1913

Padroeira: Nossa Senhora Sant’Ana

Pároco: Padre Angelo Magno Carmo

Lopes

Capelas no território: Capela da Me-

dalha Milagrosa; Capela do Bom Pas-

tor; Capela Nossa Senhora das Mercês

Instituições de educação: Escola

Medalha Milagrosa; Instituto Hercília

Moreira

Congregações religiosas: Ancilas do

Menino Jesus; Casa Nossa Senhora de

Lourdes (Noviciado); Bom Pastor; Filhas

da Caridade de São Vicente de Paulo;

Comunidade das Irmãs da Medalha

Milagrosa; Congregação das Irmãs

Mercedárias; Missionárias do Brasil;

Casa Geral e Centro de Encontros

Hospital territorial: Hospital Jorge

Valente – Capelão Padre Angelo Lopes

Endereço paroquial: Rua Guedes

Cabral, 143 – Rio Vermelho

CEP: 41950-620 – SSA/BA

Tel.: (71) 3335-2012

Fax: (71) 3335-5794

e-mail: secretaria@igrejadesantana.

org.br

Site: www.igrejadesantana.org.br

Matéria pesquisada no site da Paróquia

A PARÓQUIA

Foto: André Avelino

Engenhariaer

ES

Page 11: Jornal do rio vermelho 04 edicao

JRV – 11

Promovendo uma série de mu-danças em pontos-chaves da Polícia Civil e Polícia Militar, o Governador Jaques Wagner assinou portarias trocando as chefias da maioria das delega-cias de Salvador e Região Me-tropolitana e os comandos da Polícia Militar em diversas re- giões do Estado. Dentre as substituições, está a exonera-ção da Delegada Dra. Jorvane Andrade dos Santos, que es-tava à frente da 7ª DT desde março de 2012 e a nomeação de Dra. Jussara Maria Santos de Souza para o cargo.

Com sede na Rua Morro do Con-selho, nº 75 na Mariquita (tel. 3116-5345), a 7º DT tem uma área de atuação que se estende pelo Rio Vermelho, Ondina, par-te da Vasco da Gama (Vale das Muriçocas), Cardeal da Silva, En-genho Velho da Federação e Ga-ribaldi, indo até o Calabar. Conta com o apoio da 12ª CIPM e da 41ª CIPM, Companhias Indepen-dentes da Polícia Militar.

Desejamos boas vindas à Dra. Jussara Maria Santos de Souza que pode contar com o apoio do Conselho de Segurança do

Rio Vermelho, da AMARV, da Co-lônia de Pesca Z-1 e do Blog do Rio Vermelho.

À Dra. Jorvane Andrade dos San-tos nossos agradecimentos pela sua atuação e conduta enquan-to esteve conosco, e desejar-lhe boa sorte à frente da 4ª DT de São Caetano.

7ª Delegacia Territorial do Rio Vermelho sob novo comando

Foto: Divulgação

Novas policiais militares capacitadas para o PROERD

Dando seguimento ao processo de contínua ca-pacitação do seu efetivo, a 12ª CIPM/Rio Vermelho teve três policiais militares femininas, as Soldados PM Juliana Menezes, Mônica Prado e Ana Patrícia, forma-das no Curso de Preparação para instrutores do PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). Uma iniciativa institucional que visa inte-grar a Polícia Militar, comu-nidade, escola, pais, mes-tres e educadores visando orientar crianças e adoles-centes a evitarem ingressar no mundo das drogas e da violência, através de um modelo sólido de tomada de decisão, com aplicação de currículos para 4ª e 6ª séries do ensino funda-mental e, também, para os pais das crianças.

O PROERD teve sua ori-gem em 1983, do D.A.R.E (Drug Abuse Resistance Education) do Departa-

mento de Polícia de Los Angeles, nos Estados Uni-dos da América, com es-truturação em forma de pirâmide cujos vértices são escola, polícia e famí-lia. No Brasil, o programa chegou em 1992, no Es-tado do Rio de Janeiro, e foi a partir da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, no Estado de São Paulo, que expandiu para os demais estados da Fe-deração e Distrito Federal. Na Bahia, o PROERD che-gou em 1998, mais ga-nhou força em 2003, ten-do sua institucionalização e estruturação administra-tiva no ano de 2007.

A 12ª CIPM/Rio Vermelho já iniciou o seu planejamento para o Curso PROERD, com pretensão de alcançar as es-colas municipais e estaduais dos bairros do Rio Vermelho e Ondina, formando até o final de 2013 um total apro-ximado de 500 crianças e adolescentes.

Entrega de certificados das novas instrutoras do PROERD

Foto: Divulgação

Para fortalecer ainda mais o título de “Bairro Boêmio”, o Rio Vermelho ga-nhou mais uma entidade, o “Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito”, com-posto por empresários do setor de lazer e gastronomia. O Jornal do Rio Vermelho entrevistou Gustavo Ra-mos, vice-presidente da nova enti-dade que ainda não está formalizada legalmente, mas que já nasce forte e decidida a apoiar, sugerir e, também, tomar a frente de ações que tragam benefícios para o nosso bairro.

Qual o nome da nova entidade?Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito. Nossa

entidade reúne representantes dos principais

estabelecimentos comerciais do setor de la-

zer e gastronomia do bairro, e tivemos como

participantes iniciais o Twist, 30 Segundos,

Zen, Moema, San Sebastian, La Taperia,

Mme Champanheria, Companhia da Pizza,

Pasta em Casa, Franco Café, Padaria Bar, Bo-

dega Rio Vermelho, Barbitúrico, Le Pom Pom

Rouge e São Jorge. Mas não vamos parar por

aí, estamos convidando muitos estabeleci-

mentos para se juntarem a nós.

Qual a pretensão inicial desse grupo? Quais os seus objetivos?A ideia principal é que unidos teremos mais

força e voz para fazer reivindicações para um

setor que é destaque no bairro. Vamos lutar

por interesses comuns ao setor de lazer e gas-

tronomia e que tragam impactos positivos

aos residentes aqui.

Quais as primeiras medidas que estão sendo tomadas?Pleitear segurança para o bairro, uma coleta

de lixo diferenciada, iluminação pública e es-

tacionamento, e pretendemos ainda destacar

o Rio Vermelho e seus diferenciais numa cam-

panha publicitária, que já está sendo criada.

O trinômio lixo, trânsito e segurança, são alguns dos piores problemas do Rio Ver-melho. E tem uma relação muito próxima com as atividades desse grupo. O que vo-cês pensam sobre isso?Nosso propósito inicial é que temos que procurar

soluções para isso com essa vocação natural que

o Rio Vermelho tem para o turismo e o lazer. O

Rio Vermelho é tradicionalmente um bairro bo-

êmio há décadas, não estamos criando nada, só

estamos nos aquecendo nessa chama. Por isso

esses assuntos são prioridades na nossa pauta,

e foi o que levou esse grupo a se reunir. Dessa

forma, todos sairão beneficiados: moradores,

turistas, visitantes, rede hoteleira e comercian-

tes de outros setores. Todos serão beneficiados.

A nossa primeira reunião já houve e elencamos

os pontos mais urgentes a serem atacados:

coleta de lixo, iluminação, segurança pública e

estacionamento. Já solicitamos reunião com os

órgãos responsáveis para conseguirmos encon-

trar uma solução pensada e conjunta.

O grande desafio do Rio Vermelho é con-ciliar o fato de ser um bairro tradicional e ser o bairro boêmio de Salvador. Como esse grupo pode atuar nesse sentido?Com planejamento, organização e parceria.

Poder público, iniciativa privada, moradores

e turistas temos que criar esse compromisso

e essa responsabilidade com nosso bairro. É

bom lembrar a frase de JFK (John Kennedy –

presidente dos EUA): “Não se pergunte o que

o país pode fazer por você, mas o que você

pode fazer pelo seu país”.

Grupo Rio Vermelho Bairro Conceito

Empresários criam nova entidade no bairro do Rio Vermelho

Foto: André Avelino

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12 – JRV

Ana Maria Pedreira Franco de Castro, soteropolitana, nasceu na Rua 13 de Maio, no Pelourinho, em março de 1951. Participou do ensino público de qualida-de no Colégio Góes Calmon, no Colégio Central e se formou em direito na UFBA. Apaixona-da pelas artes, pelo jornalismo e pelo Rio Vermelho (moradora do bairro desde 1997), Aninha Franco, como é carinhosamente conhecida, é advogada, escritora, colunista, dramaturga, crítica e agente cultural. É autora de di-versos livros de poesia, história do teatro, romance e peças. Ga-nhou vários prêmios nos gêneros Prosa (Romance), Poesia, Drama-turgia e Pesquisa Histórica, como o Prêmio Sharp de Melhor Musi-cal Brasileiro com Os Cafajestes. Aninha é responsável pelas ativi-dades promovidas pelo Comple-to Complexo Cultural XVIII que inclui o Theatro XVIII.

Em entrevista ao Jornal do Rio Vermelho, ela conta um pouco de sua vida e de sua carreira artística.

Jornal do Rio Vermelho: Você é formada em direito. Chegou a exercer a profissão? Aninha Franco - Durante 12 anos trabalhei com meu irmão, Joaquim Arthur Pedreira Fran-co, que adora advogar. Eu era, fui e sou artista.

Como iniciou no teatro, atuando ou escrevendo?AF – Na Faculdade de Direito, eu participei

de um grupo de teatro e nós encenamos Canudos, um tema proibido pelas Forças Ar-madas. Escrevi o texto com alguém que não lembro o nome e participei da encenação. Na estreia, a Polícia Federal desceu com fun-cionários da escola e nós fugimos. Foi meu encerramento de carreira. Em 1988, entendi o significado de fazer teatro com Os Sete Pe-cados Captados, com direção de Paulo Dou-rado com interpretação de Rita Assemany, Meran Vargens e Iami Rebouças. E em 1990 fui captada pelo teatro escrevendo Dendê & Dengo com direção espetacular de Carmen Paternostro com interpretações de Rita As-semany e Iami Rebouças.

Você é considerada a pessoa que populari-zou o teatro na Bahia. Como foi isso? Tem saída para a chamada cultura de massa?AF – É a única saída. Sem a “massa”, a pasta não tem sabor.

Continua com o Completo Complexo Cultural XVIII? Comente sobre isso.AF – Continuo. O Theatro XVIII não é meu, é do Pelourinho, é da cidade. É um encontro único e irrepetível do espectador com o artista. O fun-cionamento artístico dele é único. Não conheço outro modelo tão eficiente para a democratiza-ção. Mas a burocracia é caótica. Estamos equa-cionando o entendimento burocrático com a empresa Organiza (Márcio Lopes) e reformando algumas coisas dele para voltar. Todos os dias, um espectador pergunta: quando?

Qual o trabalho que você considera a menina dos olhos? O que tem de novo no cenário e o que vem por aí?AF – Sou apaixonada pelo texto e pela ence-nação de Três Mulheres e Aparecida (2000,

Theatro XVIII) criado para comentar a inva-são portuguesa de 1500. E fiquei muito feliz quando Lola Proaño, encarregada de organi-zar a Antologia de Teatro Latino-Americano (1950.2007), selecionou esse texto e sua encenação com direção de Nadja Turenko com interpretação de Rita Assemany para represen-tar o Brasil. Lola selecionou Três Mulheres e um texto de Angusto Boal para uma edição de 3 mil exemplares que foram distribuídos nas bibliote-cas da América Latina.

Gosto muitíssimo de Éramos Gays (2013, direção de Adrian Steinway) e de Fic Véi, Fic Legal (2013, direção de Rita Assemany). Estou revisando Dramaturgia Encenada (1990/2008) que sai em setembro deste ano. E Algumas Criações da Cidade da Baía (1990 a 2000), que comenta as criações de carnaval, dança, literatura, música, po-lítica e teatro da cidade, além das relações de negros e brancos em Salvador. Algumas criações saem em 2014, acho.

Segundo o IBOPE, a Bahia não está bem na fita em mobilidade urbana, segu-rança, educação, turismo e cultura. Pra você Aninha, a Bahia tem jeito?AF – A Bahia e o Brasil estão mal em todos es-ses quesitos. Mas têm jeito, sim. Educação pú-blica de qualidade pode resolver todos os pro-blemas relacionados e todos os que não foram. Fale um pouco sobre Aninha Franco. Fora do trabalho o que você gosta?AF – De viver. Nada é melhor do que acordar de manhã para desfrutar da vida. E dormir exausto disso.

Em entrevista você disse que está mais anarquista do que na adolescência. Para você ser anarquista é um estado de espírito?AF – Ser anarquista é um estado de espírito permanente em mim.

O que você curte no Rio Vermelho?AF – Tudo. Adoro caminhar pela manhã; visitar meus amigos da Colônia de Pescadores, Rasta, Ca-labar; pirraçar o petista da Banca do Rio Vermelho; comer a mim mesma no França; degustar as inven-ções maravilhosas de Tereza Paim (Casa de Tereza) ou Leila (Dona Mariquita); aparar os cabelos no Es-calpo (Gerson); tomar café da manhã no Mungunzá, no Posto Chaminé; beber um chope no Boteco; uma água de coco na (Praça Brigadeiro Farias da Rocha), um café em Jane (Café Cognac); um cebiche em Pa-trícia (Ciranda). Sou uma consumidora total do Rio Vermelho. Sinto falta de um teatro lá.

O que acha que deve melhorar no Rio Vermelho?AF – O que precisa melhorar na cidade inteira: limpeza, transporte, serviços etc.

Galeria do Artista ANINHA FRANCOFotos: Darío Guimarães Neto

Armazém do Reino pratica culinária ecológicaO Armazém do Reino, restauran-te ecológico situado no bairro do Rio Vermelho, após ser reconhe-cido como case de sucesso pelo Sebrae foi citado dentre três ou-tros em todo o Brasil pela Chef Tatiana Cardoso, do restaurante Moinho de Pedra (São Paulo). Chef renomada internacional-mente com premiação mundial de literatura gastronômica.

Tatiana fez um elogio ao Chef do Armazém do Reino em entrevis-ta para a revista Gol linhas aéreas do mês de março, evidenciando a seguinte frase: “O talento do Chef Ramon é inigualável e a co-mida dele, um presente!”

Armazém do Reino é especializado em Culinária Viva Gourmet “ecológi-ca” e em suas diretrizes o Chef prati-

ca uma autêntica culinária sensorial, com 365 cardápios ao ano.

Armazém do ReinoRua Borges dos Reis, Cond. Rio Ver-melho Boulevard, nº 46, Sala 5.http://www.armazemdoreino.blogspot.com.brReservas: (71)3482-1192 Terça a domingo: Almoço - 12h às 15h30 e Jantar - 19h às 23h