jornal do dia 21 de abril 2012

12
NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 3,50 - Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Sábado, 21 de Abril de 2012 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 Professores dizem que acordos firmados desde o ano passado caíram no esquecimento por parte do Executivo. n A4 O reconhecimento vem dos audito - res do Instituto de Qualidade Auto - motiva (IQA), órgão de certificação reconhecido pelo Inmetro. Empresa é a única concessionária do Amapá a atingir o alto nível de qualidade. nB1 BERLUSCONI Caso Ruby é um escândalo Essa foi a consideração do ex-ministro. nA7 Bate-boca entre os ministros Barbosa e Britto foi intenso. nA5 SOB FARPAS Ataques na alta corte HEVERTON MENDES FONTE/JDIA HEVERTON MENDES Ele ressaltou que os esforços do governo têm prioridades pelo desenvolvimento. nA7 PATRIOTA O Brasil quer ajudar PAROU GERAL Em greve, professores culpam governo de não cumprir acordo com a classe RECONHECIMENTO Betral Veículos é condecorada com o Oscar da Qualidade Deputado Dalto Martins morre em acidente aéreo Acompanhe nesta edição cobertura especial sobre o trá - gico acidente aéreo que vitimou o deputado estadual Dalto Martins (PMDB) e a empresária Rachel Loyola. As investigações sobre as causas já começaram. nB2 e B3 TRAGÉDIA Avaliação leva em consideração prazo, instalações, limpeza e estratégias de relacionamento Professores acampados ontem, debaixo de chuva, em frente ao Palácio do Governo

Upload: jornal-do-dia

Post on 15-Feb-2016

262 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Jornal do Dia 21 de Abril 2012

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

Domingo e Segunda R$ 3,50 - Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Sábado, 21 de Abril de 2012 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

Professores dizem que acordos firmados desde o ano passado

caíram no esquecimento por parte do Executivo. nA4

O reconhecimento vem dos audito-res do Instituto de Qualidade Auto-motiva (IQA), órgão de certificação

reconhecido pelo Inmetro. Empresa é a única concessionária do Amapá a atingir o alto nível de qualidade. nB1

BERLUSCONICaso Ruby é um escândalo

Essa foi a consideração do ex-ministro. nA7

Bate-boca entre os ministros Barbosa e Britto foi intenso. nA5

SOB FARPASAtaques na alta corte

HEVERTON MENDES

FONTE/JDIA

HEVERTON MENDES

Ele ressaltou que os esforços do governo têm prioridades pelo

desenvolvimento. nA7

PATRIOTAO Brasil quer ajudar

PAROU GERALEm greve, professores culpam governo de não cumprir acordo com a classe

RECONHECIMENTOBetral Veículos é condecorada com o Oscar da Qualidade

Deputado Dalto Martins morre em acidente aéreoAcompanhe nesta edição cobertura especial sobre o trá-gico acidente aéreo que vitimou o deputado estadual Dalto Martins (PMDB) e a empresária Rachel Loyola. As investigações sobre as causas já começaram. nB2 e B3

TRAGÉDIA

Avaliação leva em consideração prazo, instalações, limpeza e estratégias de relacionamentoProfessores acampados ontem, debaixo de chuva, em frente ao Palácio do Governo

Page 2: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A2JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012OpiniãoEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Cuidadoso - O deputado estadual Dalto Martins (PMDB) sempre foi muito cuidadoso, tanto na manu-tenção, como na condução de sua aeronave.

Saúde - Realizava também, com rigor, seus exames obrigatórios de saúde, como é dever de todo co-mandante.

Planejamento - Quando um piloto faz seu plano de vôo recebe orientações de profissionais que lhe dão as condições meteorológicas na decolagem de origem e de pouso, na chegada.

Fatalidade - O monomotor Cessna, de fabricação ame-ricana, é um dos mais segu-ros do mundo. Contudo, mesmo com as revisões em dia, pode ter deixado na mão o experiente parla-mentar, que pilotava há quase 20 anos. Não tem jei-to: máquina é máquina e, sendo assim, pode eventu-almente falhar.

Do contra – A deputada estadual Cristina Almeida (PSB) se vangloria de ser contra a verba indenizatória de R$ 100 mil, de R$ 50 mil e, se duvidar, até de R$ 30 mil.

Nem tanto – Contudo, seu colega de Parlamento, de-putado Edinho Duarte (PP), com base em informações do portal Transparência, da Assembleia Legislativa, ga-rante que não é bem assim.Prática - Segundo ele – dito em veículo de comunicação -, a parlamentar pessebista estourou quase R$ 44 mil da referida verba em no-vembro do ano passado. Ou seja, para a galera, ela diz que é contra. Na prática, não é tão contra assim.

Falta – Quem acompanhou ontem de manhã o sufoco enfrentado pelas equipes de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros, ten-tando encontrar o local onde caíra o avião do de-putado Dalto Martins, per-cebeu a falta que faz o heli-cóptero do GTA em situações como essa.

Custo – Vale lembrar o que disse o governador Waldez Góes, quando, à época do lançamento do GTA, foi questionado so-bre o valor do aluguel da aeronave, considerado alto por algumas pessoas: “Se uma vida for salva, o investimento se justifica”. O helicóptero do GTA aju-dou a salvar muitas.

Hora-Hora

Editorial

Edição número7883

Diretor Editorial: José Arcângelo Pinto PereiraDiret. Adm. Financeira e Contábil: Maria Inerine Pinto PereiraDiretor de Assuntos Corporativos: Luiz Alberto Pinto PereiraDiretor Executivo: Marcelo RozaAssessoria Jurídica e Tributária: Dr. Américo Diniz — OAB/AP 194Dr. Eduardo Tavares — OAB/DF - 27421Editor-Chefe: Janderson Cantanhede

EndereçosRedação, Administração, Publicidade e Oficinas: Rua Mato Gros-so, 296, Pacoval, Macapá (AP) - CEP 68908-350 - Tel.: (96) 3217.1110

E-mailspautas e contato com a redação: [email protected]: [email protected] comercial: [email protected]@[email protected]

JD na Internet: www.jdia.com.brVIA CELULAR: m.jdia.com.br

Representantes comerciais JC Repres. Com. Ltda. - Brasília, DF n Tel. (61) 2262-7469 - Rio de Janeiro, RJ nº Tel. (21) 2223-7551, São Paulo Visão Global Comunicação S/C Ltda. n Rua Alvarenga, 573- Bu-tantã - CEP - 05509-000 - São Paulo, SP Tel. (11) 3032-3595, Fax (11) 3032-4102.New Mídia - Belém-PA (Gil Montalverne) Tel.: (91) 3279-3911 / 8191-2217

ContatosFale com a redação (96) 3217-1117Fale com o departamento comercial (96) 3217-1100 / 3217-1111 Geral (96) 3217-1110Conceitos emitidos em colunas e artigos são de responsabilidade de seus autores e nem sempre refletem a opinião deste jornal. Os originais não são devolvidos, ainda que não publicados. Proibida a reprodução de matérias, fotos ou outras artes, total ou parcial-mente, sem autorização prévia por escrito da empresa editora.

Uma publicação do Jornal do Dia Publicidade Ltda. CNPJ 34.939.496/0001-85Fundado em 4 de fevereiro de 1987por Otaciano Bento Pereira(+1917-2006) e Irene Pereira(+1923-2011)Primeiro Presidente Júlio Maria Pinto Pereira(+1954-1994)

O Amapá sofreu ontem duas per-das significativas,

com as trágicas mortes do deputado estadual Dalto Martins (PMDB) e da empresária Raquel Loyola, em acidente aé-reo. Um acontecimen-to que causou conster-nação na sociedade amapaense.

Por mais que seus adversários possam questionar algumas de suas posturas, nenhum certamente poderá ne-gar que Dalto Martins era um daqueles parla-mentares de presença marcante na Assem-bléia Legislativa. Não passava em branco. Suas posições eram sempre expostas de forma clara, muitas ve-zes contundente, de maneira que angariava simpatias com a mes-ma facilidade com que gerava antipatia.

Na atual legislatura, começou o mandato como um parlamentar de oposição moderada ao Governo do Estado, mas ao longo do tem-po foi assumindo uma postura mais crítica.

Foi assim que che-gou à presidência da CPI que investiga pos-síveis irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde. A Comissão iniciou recentemente seus trabalhos, sendo conduzida de forma in-cisiva pelo parlamentar peemedebista.

Na última sessão, quinta-feira, 19, Dalto demonstrou sua dis-posição em realizar um trabalho marcante nes-ta área. Na sessão, fo-ram ouvidos o oftal-mologista Roberval

Menezes, chefe do ser-viço de oftalmologia do hospital Alberto Lima, e José Nilson França, gerente geral do programa Visão para Todos.

Terminada a sessão, o parlamentar escre-veu em seu blog: “A CPI da Saúde vai se aprofundar no caso, visto que ficou claro que o senhor José Nil-son França, gerente geral do programa Vi-são para Todos foi orientando para não comprometer a secre-taria de Saúde e omitiu muitas informações. Vamos retomar o as-sunto novamente e se necessário ouvi-lo mais uma vez”.

Tanto na CPI da Saú-de, quando no Parla-mento estadual, de modo mais amplo, sua ausência será sentida.

Da mesma forma, será sentida a falta de Raquel Loyola no cam-po empresarial. Trata-va-se de uma empre-sária jovem e ousada, responsável por um dos empreendimentos mais bem sucedidos no Amapá, no setor de supermercados.

Num estado que precisa cada vez mais de empresas fortes e bem sucedidas, para que sua economia se torne mais dinâmica, a fim de livrar-se da ex-cessiva dependência que tem em relação ao setor público, a perda de uma empreendedo-ra como Raquel Loyola é lamentável sob todos os aspectos.

Foi realmente uma sexta-feira dolorosa para o Amapá.

Duas grandes perdas

Opinião - A2, A3Geral - A4Política Nacional - A5

Índice Economia - A6Geral - A7Social - A8Dia Dia - B1, B3

Polícia - B2Santana - B4Esportes - C1 e C2Classidia - 12 Pág

As chuvas começaram a dar a trégua pró-pria do período. De

agora em diante, as preci-pitações começam a ser menos fortes e mais espa-çadas, dando tempo à ad-ministração municipal para a recuperação das vias.Os administradores que

preferiram enfrentar as crí-ticas, por causa do estado das ruas e avenidas dos di-versos núcleos urbanos, já podem começar a traba-lhar se o tempo foi apro-veitado para elaborar um plano para o verão, no sentido de chegar em agosto, pelo menos, com os principais problemas equacionados e em pro-cesso de resolução.Claro que não era para

deixar as cidades ficaram como ficaram. Macapá, principalmente, não tinha mais condições de esperar “passar a chuva” para agir no sentido das melhorias.Um sistema viário sem as

condições técnicas reco-mendáveis é um dos gran-des problemas da cidade e que influencia em vários setores, principalmente na segurança do trânsito pelo maior número de pontos críticos e pelos compo-

nentes decisivos tanto na irritação dos condutores, como no aumento consi-derável nos riscos de aci-dentes.É natural esperar-se que

no período chuvoso foi feita a reserva financeira necessária para aquisição de asfalto, areia, cimento, seixo, óleo diesel e os equipamentos usados pe-los trabalhadores do aca-bamento no lançamento do asfalto.Macapá tem mais mil

quilômetros de vias, me-nos de 50% pavimentadas, menos de 30% com asfalto apropriado e menos de 15% com sistema de dre-nagem instalados.Esses dados mostram o

tamanho do projeto que precisa ser deslanchado, ainda este ano, para em 10 anos, quando a cidade ti-ver mais de 600 mil habi-tantes, se atingir a grande parte das vias que hoje já são consideradas pavi-mentadas.Macapá tem um cresci-

mento populacional mé-dio anual de 4,1%, o que significa 17.000 habitantes por ano, em média, e nos próximos 10 anos seriam mais 170 mil novos habi-

O tamanho do problemaRODOLFO [email protected]

tantes, ou seja, mais de uma vez e meia a atual po-pulação do Município de Santana.São números impressio-

nantes, pois entre esses 170 mil habitantes, pelo menos 78.200 habitantes terão menos de 19 anos e precisarão de escola e atendimento especiais nos demais setores públicos do Estado. A responsabili-dade que os gestores do Município de Macapá as-sumem quando estão na gerência dos interesses macapaenses, é imensa, pois apenas na Capital es-tão mais de 52% da popu-lação do Estado.Nenhum programa de

desenvolvimento estadual pode ignorar a imensidão dos problemas concentra-dos na Capital e, por isso, haverá necessidade de compreender isso para que o posicionamento po-lítico-partidário e a disputa político-eleitoral não se-jam entendidos como de interesse superior ao de-senvolvimento geral do Estado.No momento, quando os

posicionamentos críticos estão recebendo mais im-portância do que o posi-cionamento lógico com relação aos resultados de interesse da população, até se compreende, devi-

do à teoria de poder de-senvolvida entre agentes públicos sem comprome-timento com o futuro, olhando para o umbigo, sem o considerar as condi-ções e situação das pesso-as e da sociedade local.Até agora os gestores

têm sido muito lentos quando têm que tratar um assunto com horizontes de mais de dois anos e têm ignorado, completamente, a possibilidade de contar com um plano estratégico, como horizonte mínimo de 10 anos.Centram-se na obediên-

cia à obrigatoriedade constitucional e confor-mam-se na elaboração de um Plano Diretor e na construção de uma pro-posta do Plano Plurianual.O Plano Diretor, exigido

constitucionalmente para os municípios com mais de 20 mil habitantes, tem sido o único instrumento de desenvolvimento alinha-vado pelos técnicos e aprovado pelos políticos das Câmaras Municipais. Como plano diretor não

tem metas não serve nem para alimentar o Plano Plurianual e, por isso, se transforma em um instru-mento de ficção e em um dos planos mais desobe-decidos pelas gestões mu-nicipais.

O Estado do Amapá experimenta uma crise que beira o

desrespeito e fomenta a desmoralização das insti-tuições, buscando encobrir o fraco desempenho que, há algum tempo, vem aco-modando os gestores que, diretamente estariam in-cumbidos de evitar esse tipo de ocorrência.Uma vez tive a oportuni-

dade de ler em um ensaio de Lucien Lefebvre, histo-riador francês, nascido em 1878 que, em colabo-ração com Marc Bloch, fundou em 1929 os “Anais de História Econômica e Social”, uma revista que revolucionaria o pensa-mento e a investigação historiográficos.Lefebvre definia o que era

o homem público, o ho-mem de Estado, distin-guindo com precisão do homem do Estado.Para o historiador fran-

cês o homem do Estado aceita e legitima o Estado e o homem de Estado põe em questão, critican-

do e se coloca à disposi-ção da reforma das insti-tuições política.Pois bem, há mais de 20

anos venho buscando agir como um homem de Esta-do, um homem público que vota as suas ações para o público, para o polí-tico, para a gestão refor-madora do Estado.Sempre procuro um sen-

tido de missão, de tarefa a cumprir, em que as quali-dades pessoais e a vonta-de de poder são apenas instrumentos de uma tare-fa maior de construção ou da atenção social, em um momento em que as elites locais estão tão desorien-tadas, incapazes de definir um projeto estadual em meio a uma crise política que se arrasta e se apro-funda há mais de um ano.Recentemente o ministro

Ricardo Lewandowski des-tacou os 120 anos de his-tória do STF e a importân-cia da harmonia entre os Poderes.Disse o ministro: “Esta é

uma expressão política

Homem de EstadoEDINHO DUARTEdeputado estadual

que se renova periodica-mente para celebrar a ple-nitude da vigência do re-gime democrático no País, e a harmonia e o apreço que os Poderes cultivam entre si.”Estamos vivendo o limiar

de um novo tempo onde toda ação pública objetiva interesses particulares, eleitorais ou coorporativos. Creio que esse tipo de situ-ação acaba causando uma gradativa apatia política.Estamos presenciando o

começo de uma era políti-ca pautada no empobreci-mento da vida cívica. Um tempo onde as ações polí-ticas divergem da idéia popular de amor e solida-riedade.O resultado dessa privati-

zação do público faz emer-gir forças heterogêneas de dominação, cujo interesse comum, se converge para a busca frenética pelo po-der político. Enfim, o declí-nio do homem público, faz ruir com ele, a natureza que dá sentido as institui-ções públicas.Mas calma! Nem tudo

esta perdido assim. Exis-tem algumas raras exce-ções de compromisso co-

letivo e cívico. Além do que, temos uma forte retó-rica, calcada na Constitui-ção, que não deixa apagar a idéia de que: todo poder emana do povo e em seu nome será exercido.A Constituição, a meu

ver, talvez seja essa luz que a sociedade precisa para ampliar sua consci-ência dos direitos. Mesmo que o homem público, a cada dia, tenha que en-frentar todo tipo de teste, prefere manter o seu com-promisso coletivo. A so-ciedade ainda é maioria, e pode, por força de uma luta pela cidadania, mudar esse cenário.Não adianta procurar

empobrecer o debate ver-dadeiro, encobrir os pro-blemas e as dificuldades, o que o homem público pre-cisa hoje, aqui no Estado do Amapá, é assumir as suas atribuições e respon-der por elas todas as vezes que, qualquer do povo, precisar de uma resposta.Reconhecer que os tem-

pos mudaram é também uma ação do homem de Estado e do homem do Es-tado.

BOM DIA

Frases do Dia“O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar

do jardim para que elas venham até você.”(Mário Quintana)

“Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...”

(Mário Quintana)

“Um artista é uma das duas coisas: ou ele é um alto sacerdote, ou então um

saltimbanco mais ou menos esperto.”( Giuseppe Mazzini )

Page 3: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A3JD GeralEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012

Siga: @cantanhede_APAcesse: jandersoncantanhede.wordpress.comEmail: [email protected]

Repercussão - A morte do deputado estadual Dalto Martins (PMDB) re-percutiu ontem em todo o Amapá e nacionalmente. Os portais da Veja, G1, Terra e UOL foram alguns dos que noticiaram o aci-dente ocorrido no início da manhã de ontem.

Experiência - Dalto Mar-tins era considerado um piloto experiente. Frequen-temente viajava em seu monomotor e ontem de-colou para uma viagem de, aproximadamente, quatro horas de duração com des-tino a Manaus (AM).

Condições - Para que Dal-to fizesse essas constantes viagens era imprescindível que sua aeronave estives-se em perfeito estado de conservação e manuten-ção. Afinal de contas, avião não é que nem carro que mesmo vazando óleo ou com qualquer outro quebra-galho chega em qualquer lugar.

Raros imprevistos - Le-vando em consideração todos esses aspectos é de se estranhar que o trágico acidente com Dalto tenha acontecido por conta de uma pane no motor ou qualquer outro imprevisto que raramente acontece na aviação.

Investigação - O presi-dente da Assembleia Le-gislativa, Moisés Souza (PSC), chegou a dizer em um dos programas mati-nais de informação que já acionou o Ministério Públi-co e a Polícia Federal para

”investigarem o acidente aéreo. Teria Dalto sido víti-ma de uma sabotagem?

Ameaças – Dalto presidia a CPI da Saúde e era um político polêmico. Com ele, ou era ou era. Não tinha meio termos. Chegou a co-mentar com os membros da Comissão que vinha so-frendo ameaças. Assim, o pedido de investigação por parte da Federal não seria exagero.

Dinheiro – O que pouca gente sabe é que no local do acidente foi encontrada uma quantia considerável de dinheiro em espécie. Tudo em notas de R$ 50.

Reação - O que não deu para aceitar ontem foi a manifestação de deboche de algumas pessoas nas redes sociais. São típicos seres humanos que se não soubessem falar ou andar em duas pernas poderiam naturalmente ser tratados na coleira feito animais. Triste reação.

Atraso – O velório do de-putado Dalto Martins, marcado ontem para co-meçar às 18 horas, acabou atrasando por conta de um imprevisto. Informações dos bastidores apontavam que as buscas no local do acidente teriam encontra-do algo mais. Por conta

[email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano

do caráter” (Claudio Abramo)

Entre Aspasdisso, o corpo teve que voltar para a funerária.

No lugar – A Justiça Eleito-ral confirmou ontem que a ex-deputada Raimunda Beirão (PSDB) deve assu-mir na vaga deixada por Dalto Martins. Ela é da coli-gação PMDB/PPS/PV/PSDB. Ela teve 4.490 mil votos.

De luto – Quem também está de luto é a família da empresária Raquel Loiola, a segunda vítima do trági-co acidente. O corpo está sendo velado na Capela Santa Rita. Em frente ao Supermercado Favorito, uma faixa mostrou o senti-mento de pesar da família pelo ocorrido.

Integrantes - A CPI do Ca-choeira contará com uma ampla maioria de integran-tes da base aliada. Das 32 vagas disponíveis no cole-giado, 25 estão reservadas para os governistas contra sete destinadas aos parla-mentares da oposição.

Afinados - Com 78% da CPI composta por parla-mentares que apoiam o Pa-lácio do Planalto, congres-sistas do DEM e do PSDB se reúnem no início da próxi-ma semana para afinar o discurso que adotarão e traçar a estratégia que se-guirão ao longo do traba-lho de investigação, previs-to para durar 180 dias.

Bom feriado a todos...

Empresária Rachel Loyola Costa

Beirão assume vaga deixada na AssembleiaCom a morte do deputado estadual Dalto Martins (PMDB), algumas modificações precisarão ser feitas no parlamento

Educar significa, em larga medida, conduzir o edu-cando através de proces-

sos instrutivo-dialógico-dia-léticos, visando sua inclusão social dentro de aspectos fundamentais a sua consti-tuição cívica, ética, moral e produtiva, características de cada grupo social no qual ele está inserido e de acordo com seus elementos cultu-rais fundamentais e fundan-tes. Desse modo, podemos conceber a educação como instrumento legítimo para a canalização das aspirações de determinado agrupa-mento humano, estabele-cendo suas feições mais ínti-mas, nuanças e substancialidade. Contudo, toda essencialidade da ação educativa está na intenciona-lidade de proporcionar, aquele que é educado, um suporte adequado à vivência coletiva, isto é, fornecendo categorias cognoscíveis in-dispensáveis à constituição individual no âmbito de sua formação, desenvolvimento, manutenção e maturação, em campos como a afetivi-dade, a fala, o pensamento, a temporalidade, a sociabili-dade etc., como o intuito de provê-lo de instrumentos críticos. Na verdade, o obje-tivo por excelência a nortear o itinerário educativo, se-gundo o educador brasilei-ro Paulo Freire, é a conquis-ta, por parte do aluno, de sua própria autonomia e li-bertação, à medida que ele se torna agente atuante/condutor de sua realidade educativa e social.

Todos já frequentamos (e em muitos casos ainda fre-quentam) salas de aulas como alunos empenhados em apreender conhecimen-to, fortalecendo nossas rela-ções com o universo existen-te fora de nós (o extramural) e com os outros. Assim, o ambiente escolar faz parte inconteste da vivência diária dos indivíduos na maioria

das sociedades humanas, so-bretudo enquanto elemento de intensificação das rela-ções intersubjetivas, além de favorecer a edificação de cer-ta identidade coletiva, senti-mento de pertencialidade e ação cooperativa. Por isso, e em virtude do tempo passa-do nos educandários, é indis-cutível a importância assumi-da por alguns “professores inspiradores” que passaram pelas vidas dos educandos como ícones de um ideal de existência: o ato de ensinar--aprender na inter-relação afetiva. Eles foram a grande influência, além de nossos familiares e amigos, à forma-ção de nossas identidades, nas múltiplas maneiras de ver o mundo, isto é, dosas-pectos interiores que nos torna sujeitos singulares, subjetivos, e autônomos. Eram à força de caráter, a no-breza das ações, o compro-metimento com as causas coletivas o que os diferencia-va. Logo, o educador é o ma-estro sem o qual nenhuma música é tocada.

Quantas foram às vezes em que nos encantamos com a postura esclarecida, inspira-dora e corajosa de certos educadores, quando a sala de aula parecia ser o palco de um grande espetáculo de genuína capacidade elucida-tiva, onde o professor era o grande herói e, todos os de-mais, eram coadjuvantes li-derados pela batuta (pala-vra-conhecimento) sedutora do grande maestro. Há sem-pre uma grande referência marcante, um modelo ou al-guém que se faz notar como aquele que ensina “o cami-nho das pedras”, mas tam-bém, o bem amar o conheci-mento e a grandeza de nossa capacidade intelectiva no in-tercâmbio gnosiológico com a existencialidade. Embora o professor parecesse, em de-terminadas situações, al-guém além do mundo, ele era no fundo outro indivíduo

Professor: o grande maestroDORIEDSON ALVESProfessor

(com angústias e sentimen-tos igualmente conflitantes) mais envolvido pelas amar-ras e sobressaltos de uma realidade que se descortina-va assombrosa – a ele e aos outros –, ante a imaturidade de poucos anos de vida, marcados ainda de forma bem substancial pela insegu-rança de quem está se des-cobrindo sujeito humano, o jovem educando. Portanto, nesse contexto, cabe de for-ma muito peculiar à ideia do “saber ouvir” paulofreriano, quando o ato educativo se caracteriza por intenso, bila-teral e ininterrupto diálogo, onde a tônica relacional-afe-tiva é o meio por excelência para a feitura da realidade cotidiana, ante o grande de-safio do ensinar-aprender.

Contudo, cada aluno traz consigo sua própria experi-ência de vida, repleta de de-safios e de incertezas, com apelos colossais a responsa-bilidade e as cobranças típi-cas de uma sociedade ali-mentada, canibalescamente, por aqueles que não se en-quadram nela. Entretanto, é justamente nesse momento, ante o tsunami de dúvidas assolando o aluno, que emerge desafiadoramente a figura emblemática do pro-fessor. No entanto, ai se en-contra o grande desafio de educar: o ser para o outro a resposta que ele não tem. Não quero com isso afirmar ingenuamente que ao pro-fessor caiba toda e qualquer resposta. No entanto, isso se deve ao fato de passamos a vida inteira ora na condição daquele que aprende, ora na do que ensina: apren-demos a todo momento, para logo em seguida en-sinar, num modo de ser dialético de sujeitos dinâ-micos, em um mundo ex-traordinariamente mutan-te. Mas, a contramão desse procedimento é a negação vergonhosa do importante e indispensável papel de-sempenhado pelos docen-tes, cuja vocação cidadã se encontra profundamente relacionada ao exercício de sua profissão.

O corpo da empresária Rachel Loiola Costa, de 38 anos, chegou

ontem à Capela Santa Rita somente às 22 horas para ser velado por amigos e fa-miliares.

A empresária deixou um casal de filhos. Ela estava separada há dois anos e se-gundo informações de al-guns familiares que con-versaram com a reportagem do Jornal do Dia, Rachel estava de caro-na no monomotor do de-putado Dalto Martins e se-guiria até Belém (PA), onde trataria de negócios.

O sepultamento do cor-po está marcado para ama-nhã à tarde, mas ainda não está confirmado horário e nem local. A tragédia ocor-rida no início da manhã de

sexta-feira (20), que vitimou Rachel e Dalto Martins, chamou a atenção pelas formas com que ocorreu.

Informações de amigos do deputado afirmam que o avião, um Cesnna 206 (seis lugares) estava novo e com a manutenção toda em dia. A última havia sido realizada no Estado de Goi-ás. Vale ressaltar que a qualidade dos serviços na-quele Estado é tida como referência na aviação civil.

Os peritos vindos de Be-lém e que vão investigar o acidente já estão no Ama-pá. Eles vão preparar um relatório preliminar em um prazo de noventa dias. Após esse prazo, o resulta-do vai basear um relatório final que não tem prazo para ser concluído.

Com a morte do depu-tado estadual Dalto Martins (PMDB),

ocorrida no início da ma-nhã de ontem, de forma trágica, algumas modifica-ções precisarão ser feitas no parlamento estadual.

A primeira é dar posse na vaga à suplente Rai-munda Beirão (PSDB), que já foi confirmada para assumir a cadeira. Ela dis-putou as eleições 2010 na coligação PMDB/PPS/PV/PSDB e teve 4.490 mil vo-tos. No lugar geral, foi a

29ª mais votada.O outro ponto a ser ana-

lisado é quem assumirá a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denún-cias na Saúde. Dalto era o presidente. Com sua mor-te, fica uma interrogação até então não respondida pelo parlamento, mas que deverá ser solucionada nas próximas reuniões. Por en-quanto, quem assume é o então vice, deputado Kaká Barbosa (PTdoB).

Dalto era do tipo de par-

lamentar polêmico. Em suas bandeiras de luta, sempre estavam os anseios da classe médica, dos pro-fissionais da Polícia Técnica e da segurança pública. Comenta-se que por conta de sua atuação enérgica na CPI da Saúde, ele vinha sendo ameaçado.

Diante dessa suspeita, ontem o presidente da AL, deputado Moisés Souza (PSC), disse que vai acionar o Ministério Público e a Polícia Federal para investi-garem o trágico acidente.

Rachel deixa dois filhos e estava separada

Prévias partidárias para escolha de candidatos a presidente podem

se tornar parte do calen-dário político do país. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pode votar, nesta quarta--feira (25), a partir das 10h, em decisão terminativa, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 156/2011, do sena-dor Alvaro Dias (PSDB--PR), que regula a eleições prévias partidárias para a escolha de candidatos à Presidência da República. A realização de prévias já está prevista na Lei das Eleições, porém não é obrigatória. O texto de Al-varo Dias também não torna obrigatórias as pré-vias, “mas visa oferecer as condições para que os partidos possam optar por fazê-las”.

Segundo Alvaro Dias, as primárias podem ampliar a participação das pesso-as na escolha dos candi-datos, reduzindo assim o

poder das cúpulas parti-dárias, “que, muitas vezes, fazem essa escolha me-diante barganhas ou acordos espúrios”. Ele está entre os que defen-dem a realização de pri-márias no PSDB para a escolha do candidato do partido em 2014.

O senador também destaca que o projeto se inspira no modelo norte--americano, em que o confronto realizado du-rante as prévias permite aos eleitores conhecer as propostas dos pré-candi-datos.

Alvaro Dias ressalta que sua iniciativa não torna obrigatória a realização das primárias. Conforme observa o senador Pedro Taques (PDT-MT) em seu relatório sobre a matéria, a obrigatoriedade des-respeitaria a autonomia que a Constituição dá aos partidos.

Para disciplinar o assun-to, o projeto de Alvaro

Dias acrescenta um artigo à Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997). Esse arti-go define que os pré-can-didatos poderão fazer suas campanhas entre 1º de abril e o primeiro do-mingo de junho do ano da eleição, e que os meios de comunicação poderão re-alizar debates entre eles. Também define que o es-colhido nas prévias deverá ter sua candidatura for-malizada em convenção.

Pedro Taques apresen-tou uma emenda ao texto, para definir que a partici-pação da Justiça Eleitoral nas eleições primárias não será facultativa, e sim obrigatória. O objetivo da emenda, segundo Pedro Taques, é “ampliar a ne-cessária legitimidade [das prévias] e prevenir dispu-tas e contestações que, sem a mediação da Jus-tiça Eleitoral, podem comprometer todo o procedimento”. (Agên-cia Senado)

Vai a votação eleições primárias para presidente da República

A Comissão de Juristas instituída pela Presi-dência do Senado

para elaborar o anteprojeto do novo Código Penal aprovou ontem sugestões para a redução da pena aplicável ao autor de crime de furtos menos ofensivos, além de medida para per-mitir a extinção do delito quando a vítima concordar em apenas ser reparada pelo dano. A intenção é evi-tar que autor de crime de menor potencial lesivo seja trancafiado em prisões su-perlotadas e acabe engros-sando a escola do crime.

- A clientela que procura-mos atender é essa que fur-ta um pacote de bolachas ou um frasco de xampu, como tantas vezes a im-prensa noticia que fica pre-sa por mais de um ano. Foi

o segmento que quisemos favorecer com uma pena mais proporcional e ade-quada – comentou o pro-curador Luiz Carlos Gonçal-ves, relator da comissão.

O crime de furto é defi-nido como a subtração de bem alheio, em benefício do autor ou de terceiro. Nesse tipo de crime não ocorre emprego de violên-cia, sendo praticado quan-do há oportunidade favo-rável ou descuido da vítima. Atualmente, está descrito do artigo 155 a 183 do Código Penal.

Para réu primário e coisa de pequeno valor, os juris-tas estão propondo ape-nas punição com multa. Nas demais condições de furto simples, o autor po-derá pegar reclusão de seis meses a três anos, mas

valendo a hipótese de re-paração e extinção da pu-nição. Atualmente, a pena para os furtos simples vai de um a quatro anos de reclusão.

Há ainda a previsão de crimes de furto qualifica-do, com penas de dois a oitos anos e uma nova si-tuação, o furto com uso de explosivo ou outro meio que cause risco público. Com essa previsão, os ju-ristas querem enquadrar com maior rigor uma prá-tica comum nos dias atu-ais: o furto de caixas ele-trônicos de bancos. Nesses casos, a pena será de qua-tro a dez anos de reclusão.

- Aí não tem conversa: não pretendemos de ne-nhuma maneira favorecer esse e outros grupos – dis-se o relator.

Juristas querem pena leve para furto simples e rigor para explosão de caixa eletrônico

Page 4: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A4JD GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012

Bastidores da notícia

Greve dos professoresOs professores estão anunciando para hoje, sexta-feira, o começo da greve geral no sistema estadual de educação. Ontem os sindicalistas es-tiveram nos meios de co-municação informando as razões da paralisação e fazendo contraponto da mídia que está sendo vei-culada na televisão e no rádio, explicando a pro-posta feita aos professo-res, com a qual o Gover-no considera ter atingido o limite. Segundo os sin-dicalistas os professores já abriram mão até do piso salarial nacional.

Impróprio para consumoOs gerentes dos super-mercados de Macapá precisam observar as fru-tas que são oferecidas aos consumidores nas gôndolas das lojas. As frutas, impróprias para o consumo, são oferecidas indiscriminadamente. E nem os funcionários que estão no caixa percebem o problema e listam a fru-ta sem qualquer comen-tário, dando a entender que se trata de uma orientação. Apesar de se tratar de um registro re-petido, o mais recente exemplo ocorreu na quarta-feira na loja do Supermercado Fortaleza da Rua Tiradentes.

Sem soluçãoAté agora as autoridades do trânsito e aquelas res-ponsáveis pelo sistema viário da cidade e pelo sistema rodoviário esta-dual, ao que parece, não perceberam um dos pon-tos de conflito no trânsito que está instalado no cru-zamento da Rodovia JK com a via que possibilita a saída dos veículos vin-dos do Conjunto da Em-brapa. Os acidentes se repetem todos os dias e alguns com gravidade. É preciso as autoridades re-ajam e enfrentem o pro-blema que, até agora, não tem indicativo de qualquer solução.

Dia do índioO dia 19 de abril, quinta--feira, marcou o Dia do Índio. Em 1940, durante o 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, foi aprovada uma recomendação pro-posta pelos delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México – a Recomenda-ção 59. Foi proposto e aprovado: 1) o estabeleci-mento do Dia do Índio pelos governos dos paí-ses americanos, que seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino; 2) que seria adotado o dia 19 de abril para comemorar o Dia do Índio.

OrientaçãoA recomendação de insti-tucionalização do “Dia do Índio” tinha por objetivo geral, entre outros, outor-gar aos governos ameri-canos normas necessárias à orientação de suas polí-ticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação das culturas indígenas. Desde, então, existe a comemoração do “Dia do Índio”, às vezes, estendida por uma sema-na, a “Semana do Índio”.

CriseMais uma semana está terminando e mais uma semana termina marcan-do a crise que se instalou entre alguns dos princi-pais órgãos do Estado.

Acusações de parte a parte, tomada de partido de um lado e de outro e atenção rarefeita para as questões que estão na ordem do dia, inclusive a greve dos professores. O sindicato dos profissio-nais em educação confir-mou que, a partir de hoje, sexta-feira, abre-se o pe-ríodo de greve por tem-po indeterminado.

Lugar bonitoNo próximo dia 10 de ju-nho serão completados os primeiros 6 anos da inauguração do Lugar Bonito, o complexo cons-truído em trono do Par-que do Forte e que co-meça no Trapiche Eliezer Levi, segue pela Orla do Bairro Santa Inês e chega até o Complexo do Ara-xá. Durante os seis anos de uso o Lugar Bonito passou por períodos de bons e maus tratos e, re-centemente, durante os lançantes do começo do mês, teve algumas partes completamente destruí-das e assim continuam preocupando os usuários do local que temem pelo abandono daquele local.

Primeiro caso do anoA Secretaria de Estado da Saúde, através da Coor-denadoria de Vigilância em Saúde e Divisão de Epidemiologia do Estado, divulgou por nota a con-firmação do primeiro caso de influenza A (H1N1) na Capital. O pa-ciente foi uma criança de cinco anos atendida no Pronto Atendimento In-fantil. Assim que foi con-firmado o fato, técnicos da Divisão Epidemiológi-ca tomaram todas as pre-cauções, bem como, o monitoramento do pa-ciente e de seus familia-res.

Fim do 14º e 15º saláriosA vice-presidente em exercício do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), anunciou na quarta-feira que a Mesa Diretora da Casa decidiu, por unani-midade, aprovar o fim dos 14º e 15º salários pa-gos anualmente aos se-nadores e deputados fe-derais. Atualmente, cada parlamentar recebe R$ 26,7 mil por mês, fora be-nefícios, como plano de saúde, cota para gastos de gabinete (que cobre telefone, correspondên-cias, transporte, etc.), além de passagens áreas.

CopomA reunião do Comitê de Política Monetária (Co-pom) do Banco Central no meio da semana que termina hoje decidiu bai-xar a taxa básica de juros da economia brasileira de 9,75% para 9% ao ano, em um novo corte de 0,75 ponto percentual. Com isso, os juros caíram ao menor nível desde abril de 2010 (8,75% ao ano - mínima histórica, que vigorou entre julho de 2009 e abril de 2010). Esta foi a sexta redução consecutiva da taxa.

Munição contra o psbCom a aproximação para a definição de nomes dos candidatos à Prefeitura de Macapá, o Partido dos Trabalhadores (PT) vol-tou a apontar a sua mu-nição contra o PSB e pro-mete lutar até o fim para lançar seu candidato a prefeito da capital. Louri-val Freitas, um dos princi-pais articuladores do par-tido, está cobrando do governador Camilo Capi-beribe (PSB) o cumpri-mento do acordo firman-do em 2010.

Departamento Estadual de Trânsito recebe sugestões de psicólogosO diretor-presidente

do Departamento Estadual de Trânsi-

to do Amapá (Detran/AP), Sávio Pinto, reuniu-se com psicólogos peritos no trânsito que são cre-denciados na instituição e prestam serviços ao De-partamento, com a inten-ção de receber sugestões para melhorar o funcio-namento das atividades.No decorrer da reunião,

foram enfatizados vários questionamentos e su-gestões por parte dos

profissionais referentes a taxas de serviços, distri-buição equitativa, cre-denciamentos de novos profissionais, procedi-mentos realizados na Junta Psicológica, instru-mentos psicológicos e in-tensificação de fiscaliza-ções nas clínicas credenciadas, tendo em vista, à importância das adequações as resolu-ções do Conselho Nacio-nal de Trânsito (Contran) e Portarias do Detran/AP e ainda a participação do

Conselho Regional de Psicologia (Seção Amapá) nas reuniões.Uma comissão de psicó-

logos será montada para apresentar as sugestões de mudança nos serviços, no sentido de agilizar e melhorar o funcionamen-to dessa atividade na ins-tituição. O Detran conta atualmente com 33 psi-cólogos credenciados.O exame é exigido nos

casos de primeira emis-são da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e

renovação, além dos ca-sos de condutores que trabalham como motoris-tas, sendo remunerados. Sávio Pinto informou que receberá as sugestões e atenderá na medida do possível.“Se é para melhorar os

serviços nesta área den-tro do Departamento, com toda certeza, digo que iremos realizar as mudanças na medida do possível, realizando análi-ses e estudos para que todos fiquem satisfeitos”.

Desde 8h da manhã de ontem (20), debaixo de uma chuva tor-

rencial, professores da rede estadual de ensino, munidos de cartazes, faixas e carro de som e guarda--chuva, reuniram-se na Praça da Bandeira para anunciar a greve da cate-goria. Depois de uma serie de negociações frustradas, reuniões com os secretá-rios de Planejamento, Or-çamento e Tesouro e edu-cação e a divulgação errônea feita pelo Governo do Estado do Amapá (GEA) de que os servidores da educação teriam um au-mento salarial de 18%, os professores aceleraram o processo de paralisação e foram às ruas reivindicar seus direitos.A crise na educação ama-

paense começou no início deste ano, quando o GEA não cumpriu o acordo fei-to em outubro de 2011. Entre as reivindicações do sindicato, estava o reajus-te do piso salarial, desar-quivar e pagar as Promo-ções de A para C, atualizar o interstício da Progressão de Agosto/ 2010 a 02 de Fevereiro/2012, melhores condições de trabalho nas escolas dos municípios, entre outras. Após a para-lisação nacional de 3 dias, ocorrida nos dias 14, 15 e 16 de março, o Sinsepeap saiu da promessa e entrou em greve por tempo inde-terminado, e só retomará as atividades só quando o governo estiver propenso a novas negociações.

Propaganda enganosaDe acordo com a direto-

ra do Sinsepeap, Ana Luiza Rocha, o GEA faltou com a verdade ao anunciar o au-mento de 18%, sendo que era de apenas 8%. Muito abaixo do aumento nacio-

Convênios garantem material para sinalização de ruas e avenidas da capitalO diretor-presidente

do Departamento Estadual de Trânsi-

to do Amapá (Detran/AP), Sávio Pinto, entregou na manhã de ontem, 20, o restante do material, o que corresponde a 605 baldes de tintas, para a Companhia de Transporte e Trânsito de Macapá (Ce-temac) e Superintendên-cia de Transportes e Trân-sito de Santana (STTRANS).

A entrega das tintas faz parte dos convênios 04 e

05, para os órgãos de trânsito da capital e de Santana, respectivamente. Em Macapá, a Cetemac está utilizando as tintas nas ações de revitalização e sinalização horizontal das vias, e em Santana se-rão utilizadas em aproxi-madamente 16 bairros.

O prefeito de Santana, Antônio Nogueira, rece-beu o material e apresen-tou projetos para o dire-tor do Detran no sentido de receber apoio logísti-

co para realizar ações que vão organizar o trânsito do município. O diretor, por sua vez, soli-citou os projetos do ges-tor municipal e vai verifi-car a possibilidade de realizar a parceria.

O Governo do Amapá, por meio do Departa-mento Estadual de Trân-sito, enviará para o muni-cípio de Santana o caminhão da instituição específico para realizar ações de pintura nas vias.

RODOLFO [email protected]

Professores entram em greve e acusam governo de não cumprir acordosCrise na educação amapaense começou no início deste ano, quando o governo não cumpriu o acordo feito em outubro de 2011

Sinsepeap saiu da promessa e entrou em greve por tempo indeterminado, e só retomará as atividades só quando o governo estiver propenso a novas negociações. Flagra ontem, dos professores paralisados debaixo de chuva

nal da categoria, que é de 33%. Para garantir o rea-juste, os professores redu-ziram o percentual, que nem consideração au-mento, mas reparos das perdas salariais. Ainda se-gundo Ana Luzia, o au-mento salarial dado pelo Governo foi de 8% para

todas as categorias do Es-tado, inclusive para os professores. Mesmo com o percentu-

al de 15% concedido pelo GEA, os professores rei-vindicaram por gratifica-ções pelas perdas salariais acumuladas em gestões anteriores e a garantia de

benefícios que valorizem o trabalho do servidor público. “A nossa greve está por tempo indeter-minado. Nós queremos a garantia de, pelo menos, 20% do nosso piso, pois não estamos lutando por na sua integralidade.”, afirma Ana Luiza.

JACKELINE CARVALHODa Redação

HEVERTON MENDES

Detran entrega material

DIVULGAÇÃO

Page 5: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A5JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012PolíticaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Farpas expõem clima tenso no STF às vésperas do julgamento do mensalãoDepois da posse de Ayres Britto, Joaquim Barbosa levanta o tom contra o ex-presidente da Corte Cezar Peluso

O ministro do Supre-mo Tribunal Federal Joaquim Barbosa

afirmou em entrevista ao Globo que Cezar Peluso manipulou conforme seus interesses os resultados de julgamentos quando era o presidente da Corte. Bar-bosa se refere ao duplo voto de Peluso - previsto no regimento interno do STF - no julgamento da Fi-cha Limpa, o que garantiu a volta do senador Jader Barbalho (PMDB-AP) ao Senado. Além disso, o mi-nistro acusou o compa-nheiro de Corte de “surru-piar” o processo, enquanto ele foi aos EUA para uma consulta médica, para po-der ceder facilmente às pressões.Barbosa chamou Peluso

de “rídiculo”, “brega”, “cai-pira”, “corporativo”, “desle-al”, “tirano” e “pequeno” e acusou o ex-presidente do STF de praticar bullying contra ele por conta de seus problemas de saúde.A reação de Barbosa

aconteceu depois de Pelu-so dizer em entrevista ao ‘Estado’ que o ministro era inseguro e de tempera-mento difícil. Na entrevista, Peluso afirmou que o tri-bunal se apaziguou na ges-tão dele. Barbosa discor-dou e disse que ele “incendiou o Judicário com a sua obsessão corporati-vista”. Joaquim Barbosa re-bateu: “O Peluso se acha”, afirmou. “Na verdade ele

tem uma amargura. Em re-lação a mim então...”De saída do STF, Peluso

disse que o futuro da Corte é preocupante e que o tra-balho da ministra Eliana Calmon na Corregedoria Nacional de Justiça não ge-rou qualquer resultado. Pe-luso disparou críticas à pre-sidente Dilma Rousseff por ter tirado do Orçamento deste ano o aumento do Judiciário, e o senador Francisco Dornelles, que ele afirma estar a serviço dos bancos.A tese de Peluso, é que

Barbosa teria alimentado planos eleitorais por conta da relatoria do processo do mensalão. Barbosa negou que tenha algum dia falado sobre pretensões políticas com alguém. “Eles estão inventando essa história. Eu jamais falei com qual-quer pessoa sobre candi-datura”, disse.Na posse do ministro Car-

los Ayres Britto, nesta quin-ta-feira, 19, ficou claro o clima de tensão no Supre-mo Tribunal Federal. O conflito acontece meses antes do julgamento do mensalão, processo que tem como relator o minis-tro Joaquim Barbosa.Um clima marcado por

trocas veladas de acusa-ções e cobranças tomou conta do Supremo Tribunal Federal (STF) na trilha do julgamento do mensalão. Pouco antes da sua posse, Ayres Britto defendeu a en-

trada na pauta ainda neste ano. “Tão logo o processo seja liberado para a pauta de julgamento, nós provi-denciaremos a devida pu-blicação e formatação da pauta”, afirmou. A recém empossada presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se disse habilitada a julgar o processo tão logo ele entre na pauta.Já o ministro Ricardo

Lewandowski, principal responsável por definir quando o processo será julgado, afirmou que vai li-berar seu voto neste se-mestre, o que permitiria o julgamento a partir de agosto. Segundo ele não há a “menor possibilidade

de ocorrer a prescrição” enquanto o processo esti-ver em suas mãos. Na se-mana passada, Lewando-wski discutiu com o ministro Gilmar Mendes no intervalo da sessão, inco-modado de ser cobrado pelo colega nas páginas dos jornais.Um fato importante e

que inflama a discussão é o risco de prescrição dos crimes. Parte dos ministros afirma que a eventual de-mora de Lewandowski po-deria levar à prescrição de algumas penas. Outros mi-nistros afirmam que o ris-co não existe e que a ame-aça é falsa e usada simplesmente para pres-

sionar a Corte.

Licença médicaO Joaquim Barbosa foi

personagem de algumas polêmicas. O ministro tirou licença em 2010 por reco-mendação médica, alegan-do que tem um “problema crônico na coluna” e, por isso, enfrentava dificuldade para despachar e estar pre-sente aos julgamentos no plenário do STF. O fato tra-vou a pauta do Supremo. Na época, no entanto, o ‘Estado’ flagrou o ministro e uns amigos no bar do Mercado Municipal, em Brasília. Naquela época, o ‘Estado’ obteve informa-ções que ele havia compa-

recido a uma festa de ani-versário, no Lago Sul, na presença de advogados e magistrados que vivem em Brasília. Em nota à impren-sa, Barbosa reforçou sofrer de dores crônicas na região lombar e afirmou que os dados médicos estavam “fartamente documenta-dos”. Disse repudiar os ‘as-pirantes a papparazzi e fa-bricantes de escândalos’ que invadiram sua privaci-dade’ e afirmou ainda que seus momentos de lazer foram aconselhados pelos médicos. Barbosa assumirá em sete meses a presidên-cia da Corte, porque Ayres Britto completará 70 anos se aposentará.

Maia diz que CPI deveria quebrar sigilo de contatos de Cachoeira

O presidente da Câ-mara, deputado Marco Maia (PT-RS),

defendeu ontem (20) que a CPI do caso Cachoeira que-bre os sigilos de todos os que tiveram contato com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cacho-eira. “Eu começaria que-

brando o sigilo bancário, fiscal, telefônico de todos aqueles que tiveram qual-quer tipo de contato com o Cachoeira, mas quem vai tomar essa decisão é o re-lator”, disse.Maia voltou a negar inter-

ferência do Palácio do Pla-nalto para blindar as inves-

Barbosa chamou Peluso de “rídiculo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno” e o acusou de praticar bullying contra ele

DIVULGAÇÃO

tigações. “Eu pelo menos nunca fui consultado, nem fui recomendado nem pela presidenta nem pelo presi-dente Lula. Essa questão de que há interferência de A, B ou C para turbinar ou aba-far a CPI faz parte da imagi-nação de alguns.”O deputado disse que fez

um apelo aos líderes parti-dários para que indiquem membros da comissão que estejam dispostos a investigar - e não transfor-mar a comissão “numa disputa meramente políti-ca entre oposição e situa-ção”. Maia afirmou que a CPI vai “investigar em to-das as direções, sem dis-

tinções ou privilégios”.Líder do PT na Câmara, o

deputado Jilmar Tato (SP) reiterou que o Planalto, nem o ex-presidente Lula, estão manobrando para evitar que as investigações respinguem no governo. “Eu sei exatamente o que faremos na CPI. O nome que vamos indicar, o plano de trabalho. O governo não vai interferir, vocês é que não acreditam. O go-verno não está se metendo e os líderes do governo têm que estar preocupa-dos com a defesa do go-verno, não na CPI.”Tato disse que a oposição

vai fazer “marola” na co-

missão e os governistas vão se reunir com o relator e o presidente para traçar uma estratégia de ação. “O governo não precisa dizer para a gente o que a gente vai fazer. Não é uma CPI contra o governo.”

FarpasTato classificou de “dese-

legância” os ataques feitos pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) à ministra Ideli Salvatti (Relações Ins-titucionais) sobre falhas na articulação política do go-verno. Em discurso na tri-buna do Senado nesta quinta-feira, o petista disse que o governo está “erran-do muito”.“Não é verdade, ele está

sendo injusto com a minis-tra Ideli, que é uma compe-tente articuladora, solícita, faz reuniões cotidianamen-te. Acho que foi uma dese-legância que ela não mere-

ce”, afirmou Tato.O líder disse que seria “re-

baixar muito o trabalho da CPI” usá-la pelos aliados como instrumento para pressionar o governo em troca de indicações ou libe-rações de verbas.”

Page 6: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A6JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012EconomiaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Empresa latino-americana que amargou o maior prejuízo foi a mexicana Cemex

Em um ranking com as 30 empresas de capital aberto da América Lati-

na que fecharam 2011 com os maiores prejuízos, 20 são brasileiras. Entre elas, OGX e MPX, de Eike Batista, além de Gol, TAM, Gafisa, Camargo Correa, Fibria e Marfrig. O ranking foi feito pela consultoria Economa-tica. Segundo o levanta-mento, a empresa latino--americana que amargou o maior prejuízo no ano pas-sado foi a mexicana Cemex, fabricante de cimento, com perdas de US$ 1,37 bilhão.Em segundo lugar ficou a

Chile Vapores, chilena de transporte marítimo, com US$ 1,24 bilhão de prejuí-zo. A terceira colocada foi a brasileira Gafisa, de cons-trução, com perdas de US$ 503,7 milhões, segundo a Economática.

Por setorEntre as 30 empresas de

capital aberto com maior prejuízo, há seis do setor de energia elétrica sendo quatro brasileiras. Entre elas está a MPX Energia, do grupo do bilionário Eike Batista, que registrou perda de US$ 217,8 milhões. O setor de construção de edi-fícios residenciais tem três representantes brasileiras, com a Gafisa, CCDI e Viver. As empresas aéreas Gol e TAM também fazem parte da lista a primeira, com prejuízo de US$ 400,6 mi-lhões, na quinta colocação; e a TAM, com US$ 178,6 milhões, na 15ª colocação.

MetodologiaPara o calculo do prejuízo

em dólares, a Economática considerou os valores pu-blicados pelas empresas latinas nos respectivos ór-gãos de fiscalização locais por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Brasil.

Social commerce ganha mais espaço na vida do consumidor brasileiro

Confiança do empresário diminui em abril, mostra CNI

Após BB e queda da Selic, Caixa Econômica faz nova redução de juros

A Caixa Econômica Federal anunciou ontem uma nova

redução de juros. A medi-da atinge juros tanto para pessoas físicas quanto ju-rídicas. As justificativas da Caixa são as mesmas do Banco do Brasil, que on-tem também anunciou uma nova redução nos juros: a queda na Selic.Na última quarta-feira, o

Banco Central anunciou a redução de 9,75% para 9% dos juros do governo, piso das taxas, o menor patamar em dois anos. Também da mesma for-ma que o BB, as novas taxas passam a vigorar na próxima segunda-feira (23).De acordo com o banco,

a redução para pessoas físicas abrange os juros mínimos e máximos para empréstimo consignado para aposentados INSS e as taxas mínimas para fi-nanciamento de veículos

e crédito pessoal.Para pessoa jurídica, a

redução atinge produtos para micros, pequenas e médias empresas. A Caixa também lançou um pro-grama de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou ontem que irá aumentar o horário de atendimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a demanda do programa de redução de juros.

Quedas O BB foi o primeiro ban-

co a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril, com o lançamento do programa BomPraTo-dos. No dia seguinte (5 de abril) foi a vez da Caixa Econômica Federal. O HSBC foi o primeiro

banco privado a anunciar queda nas taxas, no dia 12. O Santander reduziu os juros para micro e pe-quenas empresas na últi-

ma terça-feira. Na quarta--feira (18), Bradesco e Itaú, os maiores bancos privados do país, também anunciaram medidas se-melhantes. No mesmo dia, o Santander também reduziu as cobranças para pessoas físicas. A Caixa também lançou um pro-grama de renegociação de dívidas. O banco ainda anunciou hoje que irá au-mentar o horário de aten-dimento ao público entre os dias 23 de abril e 11 de maio para atender a de-manda do programa de redução de juros.

Estímulo a economia O movimento de redu-

ção das taxas nos bancos públicos atende ao cha-mado da presidente Dil-ma Rousseff, que tem o assunto como uma de suas prioridades. A inicia-tiva é uma forma de acir-rar a concorrência com os bancos privados, que

também anunciaram cor-tes após o BB e a Caixa, e estimular a economia para garantir um cresci-mento próximo a 4% neste ano. A Caixa Econômica Fe-

deral informou ontem que também registrou um crescimento no volu-me de concessões de cré-dito. Os financiamentos voltados para pessoa físi-ca alcançaram R$ 518 mi-lhões nos cinco primeiros dias de vigência do pro-grama, que foi chamado de Melhor Crédito. A cifra representa um avanço de 17% na comparação com a semana anterior ao lan-çamento. A base de clientes pes-

soa física cresceu 11%, de acordo com o banco. Houve aumento também nas concessões para em-presas, com um volume 9% superior ao registrado na semana anterior ao início do programa.

A febre das redes so-ciais vai além do con-tato com os amigos,

colegas e conhecidos pelas páginas de sites como Face-book e Twitter. O hábito de socializar virtualmente criou uma nova modalidade den-tro do e-commerce: o social commerce.

O social commerce nada mais é que a possibilidade de comprar por meio de pá-ginas das redes sociais. Quanto mais contatos na rede da loja, maiores serão, consequentemente, as pos-sibilidades de lucro.

De acordo com a pesquisa divulgada recentemente pela Cetelem, 53% dos con-sumidores afirmam que comprar produtos por meio das páginas das redes so-ciais, sem ter que ir à loja virtual, é uma expectativa próxima.

Segundo o levantamento, 61% dos consumidores re-presentantes das classes AB apostam na ascensão do social commerce, en-quanto 55% da classe C, e 42% das classes DE afir-mam o mesmo. Geografi-camente, 57% dos entrevis-tados da região Nordeste acreditam no potencial de vendas por meio das redes sociais, seguidos pelas re-giões Sudeste, com 53%; Sul, com 52%; e Nordeste e

Centro-Oeste, com 46%.A febre das redes sociais

vai além do contato com os amigos, colegas e conheci-dos pelas páginas de sites como Facebook e Twitter. O hábito de socializar virtual-mente criou uma nova mo-dalidade dentro do e-com-merce: o social commerce.

O social commerce nada mais é que a possibilidade de comprar por meio de pá-ginas das redes sociais. Quanto mais contatos na rede da loja, maiores serão, consequentemente, as pos-sibilidades de lucro.

De acordo com a pesquisa divulgada recentemente pela Cetelem, 53% dos con-sumidores afirmam que comprar produtos por meio das páginas das redes so-ciais, sem ter que ir à loja vir-tual, é uma expectativa pró-xima. Segundo o levantamento, 61% dos con-sumidores representantes das classes AB apostam na ascensão do social commer-ce, enquanto 55% da classe C, e 42% das classes DE afir-mam o mesmo. Geografica-mente, 57% dos entrevista-dos da região Nordeste acreditam no potencial de vendas por meio das redes sociais, seguidos pelas regi-ões Sudeste, com 53%; Sul, com 52%; e Nordeste e Cen-tro-Oeste, com 46%.

O empresário indus-trial está menos confiante, segundo

pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada ontem (20). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) chegou a 57,2 pontos em abril, uma queda de 1,4 ponto em relação a março e de 2,3 pontos na compa-ração com o mesmo mês de 2011. O índice varia de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 mostram oti-mismo.Segundo a CNI, a con-

fiança recuou principal-mente entre os empresá-rios do setor da construção civil (-3 pontos). Na indús-tria de transformação, dos 28 setores pesquisados, 19 mostraram queda na con-fiança. A piora da confian-ça foi registrada em todos os portes de empresas, sendo que nas pequenas ocorreu a maior queda (-2,4 pontos).

A confiança do empresá-rio da indústria no cenário atual da economia ficou em 47,7 pontos em abril, registrando queda na comparação com o mês de março, quando o índice chegou a 49 pontos. Tam-bém houve queda no índi-ce que mede as condições atuais da empresa, que passou de 50 pontos em março para 48,8 pontos em abril.Quanto às expectativas

para os próximos seis me-ses, houve queda no índi-ce que mede as perspecti-vas em relação à economia, que passou de 59,2 pontos para 58,1 pontos em abril. O índice que mede a expectativa em relação à empresa para os próximos meses diminuiu 1,4 ponto no pe-ríodo, passando de 65,5 pontos para 64,1 pontos.A pesquisa foi feita entre

os dias 2 e 17 de abril e ouviu 2.388 empresas.

Empresas brasileiras dominam ranking de prejuízos na América

Page 7: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A7JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012GeralEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

PT considera relatório do Código Florestal um retrocesso e ameaça não votar o texto

O líder do PT na Câ-mara, deputado Jilmar Tatto (SP),

avaliou ontem (20) como “retrocesso” e “quebra de acordo” o relatório do novo Código Florestal Brasileiro, apresentado pelo deputado Paulo Piau (PMDB-MG). Para o petista, o texto retoma a ideia da Emenda 164, aprovada no primeiro turno na Câmara e retira-da posteriormente no Senado, que consolidava todas as áreas desmata-das até que o governo definisse quais deveriam ser recuperadas.“É um retrocesso. Man-

tém a anistia [aos desma-

tadores], não tem recupe-ração de áreas desmatadas. É inaceitável e o PT não vai votar esse relatório”, garan-tiu Tatto. Segundo ele, o acordo fechado entre os partidos da base aliada era o de votar o texto aprovado no Senado. Ele não descatou a possibili-dade de obstruir a vota-ção do código. Mesmo com as críticas, Tatto acredita no bom-senso do relator. “Esperamos que ele [Paulo Piau] pos-sa dialogar, conversar com os partidos, conosco e, se tiver essa margem de negociação, vamos nego-ciar. Senão, vamos votar contra o relatório”.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT--RS), confirmou hoje que, mesmo sem acordo, o pa-recer do deputado Piau vai à votação na próxima ter-ça-feira (24). “Vai prevale-cer a opinião e a opção de cada partido e os deputa-dos vão [votar] de acordo com a sua convicção. Va-mos tentar construir um acordo até o dia 24, se não for possível, o plenário é soberano”, disse Maia.No parecer que apresen-

tou à Câmara, Piau retirou diversos dispositivos apro-vados pelos senadores, entre eles, o que fixava áreas que deverão ser re-florestadas às margens de

rios e córregos. Na pro-posta aprovada no Sena-do, essas faixas variavam de 15 metros a 100 me-tros, de acordo com a lar-gura do curso d’água.Para Piau, essa altera-

ção não representa anis-tia aos produtores rurais. Segundo ele, mesmo sem a fixação dessas áre-as, a recuperação ocorre-rá conforme parecer téc-nico do órgão ambiental competente. O peeme-debista acrescentou que as faixas nas margens de rios e córregos deverão ser regulamentadas pos-teriormente por projeto de lei ou medida provi-sória.

O ministro das Rela-ções Exteriores, An-tonio Patriota, reite-

rou ontem (20) que Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável, a Rio+20 será o momento de romper paradigmas e con-solidar a disposição brasi-leira em defesa da constru-ção de uma nova ordem mundial. O evento ocorrerá de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Patriota ressal-tou que os esforços do go-verno demonstram as prio-ridades em busca do desenvolvimento econômi-co, mas sustentável e com melhorias sociais.“A Rio+20 será um mo-

mento histórico e de um novo paradigma”, disse Pa-triota, na solenidade em comemoração ao Dia do Diplomata e de formatura de uma turma de profissio-nais da carreira. “O Brasil quer ajudar a construir uma ordem social mais justa”, acrescentou o ministro.O chanceler elogiou o fato

de os cerca de 120 diplo-matas que se formaram on-tem homenagearem Rai-munda Carneiro, mãe de Milena Oliveira de Medei-ros, 35 anos. A diplomata morreu depois de cumprir missão de trabalho, em de-zembro de 2011, devido a complicações causadas pela malária, contraída na Guiné Equatorial (África).

Patriota ressaltou que os esforços do governo demonstram as prioridades em busca do desenvolvimento econômico, mas sustentável e com melhorias sociais

Patriota: a Rio+20 será um momento histórico e de novo paradigma

DIVULGAÇÃO

Brasil quer ajudar a construir uma ordem social mais justa, diz Patriota

Paraninfo da turma de for-mandos, o representante--geral do Brasil no Merco-sul (grupo que inclui o Brasil, a Argentina, o Uru-guai e o Paraguai), Samuel Pinheiro Guimarães, desta-cou que um dos desafios da diplomacia brasileira é aliar os esforços para supe-rar as dificuldades internas e as vulnerabilidades exter-

nas à busca da consolida-ção do desenvolvimento econômico e social.Oradora da turma de di-

plomatas, Maria Eugenia Pulino acrescentou que en-tre os desafios do país está criar oportunidades para todos os segmentos da so-ciedade. Segundo ela, os principais cargos do poder no país ainda são domina-

dos por homens brancos. Ela ressaltou também que todos devem assumir com-promissos de construir uma sociedade mais democráti-ca. “Faltam mulheres, ín-dios, negros, deficientes [nesses cargos]”, disse a di-plomata recém-formada. “[Apesar dessa] nova gera-ção de diplomatas indicar diversidade.

Integração regional, drogas, exploração de madeira e petróleo ameaçam índios isoladosOs projetos desenvol-

vimentistas de inte-gração viária até o

Oceano Pacífico, a explora-ção de madeira e a extra-ção de petróleo no Peru e o tráfico de drogas pres-sionam índios isolados no Acre, aponta o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Há o temor de que o impacto dessas ativida-des possa afetar a popula-ção de indígenas ainda não contatados da região, seja pela contaminação por doenças infectoconta-giosas ou em função de conflitos por terra.Segundo Lindomar Dias

Padilha, do Cimi Regional Amazônia Ocidental, esse é o caso dos índios localiza-dos, mas ainda não identifi-cados, no Igarapé Tapada, próximo às terras indígenas Nukuni e Nawa, dentro do Parque Nacional da Serra do Divisor, que fica no nor-te do Acre. Padilha teme que os governos brasileiro

e peruano construam uma estrada ligando Cruzeiro do Sul (AC) a Pucallpa, no Peru – via que teria cerca de 200 quilômetros de extensão.O projeto faz parte da Ini-

ciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul--Americana (IIRSA), que projeta, no chamado eixo amazônico, a possibilidade de melhorar a circulação de pessoas e mercadorias en-tre os dois países, mais a Colômbia e o Equador. A IIRSA aponta que apenas 5% das exportações soma-das desses países foram fei-tas entre eles (cerca de US$ 13 milhões em 2008).“Querem fazer a ligação

para melhorar o escoa-mento de commodities [minério, petróleo e produ-tos agrícolas] para a Ásia”, avaliou Lindomar Padilha, ao apontar que tanto o go-verno federal quanto o go-verno local são entusiastas da ideia. “A única forma de desenvolvimento que eles

conhecem é essa, destruin-do a floresta”, queixou-se. O ativista teme que a Fun-dação Nacional do Índio (Funai), como aconteceu com a Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA), permita a obra em consulta, durante o processo de licenciamen-to ambiental.Desde o último dia (18),

cerca de 200 índios ocu-pam pacificamente a sede da Funai em Rio Branco, a capital acreana. De acordo com Padilha, os índios re-clamam dos projetos de in-tegração regional, dos con-flitos fundiários e da morosidade de demarca-ção de cinco terras indíge-nas no Acre e de mais cinco no Amazonas.Juan Scalia, coordenador

regional substituto da Fu-nai, admite que tem pro-blemas que dificultam o atendimento aos índios, como, por exemplo, a falta de pessoal para cuidar das demandas indígenas no

Acre, Amazonas e em Ron-dônia. Para Scalia, a “dificul-dade de articulação institu-cional” entre o Brasil e o Peru, e dos próprios órgãos nacionais (como Funai, Exército, Polícia Federal e Ibama) agrava a proteção dos índios isolados.O coordenador-geral de

Índios Isolados e Recente-mente Contatados da Fu-nai, Carlos Travassos, asse-gura que a fundação não dará qualquer autorização para empreendimentos que possam ameaçar os povos isolados. “Uma legis-lação baseia o trabalho da Funai”, disse à Agência Bra-sil ao acrescentar que a sua coordenação adota “o prin-cípio de precaução” em caso de risco de contato e respeita a vontade dos indí-genas. Segundo ele, essa orientação é seguida desde a Constituição de 1988 e, dentro do governo, a per-cepção é que “direitos de-vem ser respeitados”.

JD Mundo

DIVULGAÇÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Coreia do Norte

México

Silvio Berlusconi

Paquistão

Queda de avião sem sobreviventesAutoridades paquistanesas informaram que não houve sobreviventes no acidente aéreo com o Boeing 737, que caiu em uma área rural do país próxima da capital, Isla-mabad. A aeronave, com 127 pessoas a bordo, partiu de Karachi às 17h (9h em Brasília) com destino à capital, em um voo que duraria cerca de duas horas. Fontes da Aviação Civil informaram que foi dada autorização para o avião pousar, mas que a torre de controle perdeu o contato com a aeronave minutos depois. A aeronave caiu em uma vila a 3 km da principal rodovia de Islama-bad, e à pouca distância do aeroporto internacional.

DIVULGAÇÃO

Promete lançar mais satélitesA Coreia do Norte advertiu ontem que lançará satélites

“uns atrás dos outros”, ignorando mais uma vez as con-denações da comunidade internacional depois do lan-çamento frustrado de um foguete, considerado um tes-te de míssil balístico. Em um comunicado, o governo norte-coreano afirma que concluiu a investigação das causas da desintegração do foguete Unha-3, que explo-diu após dois minutos de voo.

Ruby é encenação midiáticaO ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi afir-mou hoje em Milão que o processo do caso Ruby “é uma operação midiática de difamação” dirigida contra ele. “Vim aqui ver esta encenação, uma grande opera-ção midiática de difamação”, afirmou Berlusconi no Tri-bunal em Milão, onde compareceu para assistir a audi-ência do caso. Ele ainda acrescentou que “é um escândalo” o uso do dinheiro público para “este proces-so inútil”. Quando questionado sobre a entrega de di-nheiro para jovens que foram convidadas a participar das festas em sua casa o ex-premier afirmou manter “todas as garotas que tiveram a vida estragada por este processo”.

160 mil pessoas deixaram seus laresPelos menos 160 mil pessoas deixaram seus lares no

México em 2011 por conta da onda de violência ligada ao narcotráfico que vem afetando o país, apontou um relatório divulgado pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). O alto comissário do organismo, Antonio Guterres, disse, durante a apre-sentação do documento, realizada ontem, que os deslo-camentos foram causados principalmente por brigas pelo controle de rotas de drogas entre carteis.

Desde o começo deste ano, calcula-se que pelo menos 24,5 mil pessoas tenham deixado Ciudad Juárez, cidade localizada na fronteira com os Estados Unidos, conheci-da por ser a mais violenta do país.

Page 8: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

A8JD Informe Publicitário Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012

Page 9: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

JD B1Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012Informe Publicitário

Dirigentes e todos os funcionários estiveram reunidos no salão da empresa para receber o prêmio; reconhecimento vem dos auditores do Instituto de Qualidade Automotiva (IQA), órgão de certificação reconhecido pelo Inmetro

Dirigentes e funcionários comemoram a conquista do prêmio do Instituto de Qualidade Automotiva (IQA)

Betral Veículos recebe Oscar de Qualidade

A Betral Veículos, concessionária Fiat do Amapá, recebeu

na noite da última quin-ta-feira (19), um dos prê-mios mais importantes na categoria de excelên-cia de atendimento ao cliente. Dirigentes e to-dos os funcionários esti-veram reunidos no salão da empresa para receber o prêmio. Logo após, foi oferecido um coquetel e distribuição de brindes entre os colaboradores. A empresa é a única con-cessionária do Amapá a atingir o alto nível de qualidade, se destaca en-tre as maiores do país.

O reconhecimento vem dos auditores do Instituto de Qualidade Automotiva (IQA), órgão de certificação reconhe-cido pelo Inmetro e cria-

do em parceria com en-tidades do setor, nesse caso a Fiat.

De acordo com Lucile-ne Nunes, coordenadora de vendas da Betral, o objetivo da certificação é atestar a conformidade dos padrões de atendi-mento Fiat de todas as concessionárias integran-tes do projeto “Padrões de Atendimento – Gestão Por Processos” da mon-tadora localizada em Be-tim. “Esse processo nós amadurecemos por bas-tante tempo, nós mantí-nhamos esse processo padrão, mas não conse-guimos chegar até o fim, ora porque a Fiat desistia ou os concessionários envolvidos no processo achavam por bem não continuar. Mas agora a questão do atendimen-

FOTOS HEVERTON MENDES

to é uma questão fun-damental, e esse prêmio traz isso claramente”,

disse.A coordenadora enfati-

za que a Fiat consegue

manter os padrões indi-cadores, e quem faz isso são os clientes. “Para re-ceber esse prêmio de pa-drão de atendimento sig-nifica dizer que o cliente está nos reconhecendo, é ele que nos escolheu, e mais do que nunca, a voz do cliente foi determi-nante para toda a nossa equipe”, destacou.

O compromisso da equipe Betral logo após o 26ª lugar em 2010 foi um dos grandes destaques da premiação. “Fomos coroados com essa pre-miação graças a confian-ça de toda a nossa equi-pe que acreditou que é possível conquistar esse prêmio, e o mais impor-tante foi o reconheci-mento do cliente que nos corou com essa certifica-ção importantíssima, e

vamos manter o mesmo padrão Betral de atendi-mento”, ressaltou.

PremiaçãoTodos os anos, dezenas

de concessionárias da Fiat são preparadas pela montadora e recebem uma consultoria especia-lizada para conhecer e implantar as técnicas e processos. A partir da im-plantação e da incorpo-ração da nova cultura de atendimento, começa o trabalho para a certifica-ção de cada unidade.

Entre as centenas de itens avaliados estão a entrega de produtos e reparos dentro do prazo, as instalações, a limpeza, as estratégias de relacio-namento com o cliente e o controle de manuten-ção de equipamentos.

Coordenadora Lucilene Nunes enfatiza que a Fiat consegue manter os padrões indicadores, e quem faz isso são os clientes

Page 10: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

B2JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Dalto Martins seguia para Manaus quando após decolar avisou a torre de controle que estava tendo problemas

Deputado morre em acidente aéreo após quatro minutos da decolagem

O relógio marcava 5h40 da manhã de ontem quando uma

grande explosão acordou um casal de caseiros de uma fazenda, localizada às proximidades do Distrito do Coração. Ao verifica-rem, constataram que se tratava de uma aeronave que estava em chamas. Imediatamente a dona da casa ligou para o 190 e chamou por socorro.

O monomotor da marca Cessna modelo C206, pre-fixoPRCRR, de proprieda-de do deputado estadual Dalto Martins (PMDB) te-ria levantado voo do Ae-roporto Internacional de

Macapá minutos antes e tinha como destino a ci-dade de Manaus. Antes, pousaria em Santarém para reabastecimento.Todo o voo teria a dura-ção de aproximadamente quatro horas.

Quatro minutos depois da decolagem e antes de sumir do radar o piloto en-trou em contato com a tor-re informando de um pro-blema técnico e que iria retornar. Não conseguiu. A queda foi inevitável.

ExplosãoTestemunhas disseram

ter observado a aeronave sobrevoar muito abaixo do normal a comunidade do Coração, distante apro-ximadamente 12 quilôme-

tros do Centro de Macapá. Pouco depois outras pes-soas disseram ter ouvido uma forte explosão nas matas próximas a uma fa-zenda às proximidades da Rodovia Duca Serra, na zona oeste da cidade.

Homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar se desloca-ram para o local, localiza-do no trecho entre as ro-dovias Duca Serra (Macapá/Santana) e JK (Macapá/Fazendinha). O local de difícil acesso só foi encontrado por volta das 8h30 da manhã.

O coronel Miranda, co-mandante do Corpo de Bombeiros foi um dos pri-meiros a chegar ao local. A aeronave ainda tinha si-

nais de fumaça. “Encontra-mos dois corpos, um deles totalmente carbonizado e fizemos as primeiras bus-cas por mais sobreviven-tes, mas não encontra-mos”, disse o coronel.

DinheiroNo local do acidente foi

encontrada uma alta quantia de dinheiro em es-pécie. Parte das notas fi-cou queimada nas pontas.

PolitecA perícia da Polícia

Técnico Científica cons-tatou que o primeiro cor-po encontrado era do deputado Dalto pelos documentos que ele por-tava e por algumas ca-racterísticas da face.

Quem foi Dalto Martins

Dalto da Costa Martins tinha 49 anos de idade. Era

médico legista, biólogo, foi tenente da Polícia Militar de São Paulo, e piloto de avião e depu-tado estadual eleito para o terceiro manda-to pelo PMDB. Era casa-do com a médica Maria Teresa Reno e tinha três filhos. Nasceu em Bre-ves, no Pará.

Em seu perfil no site oficial disse: “Meus pais não tiveram a chance de estudar, mas me de-ram a oportunidade de me tornar o que sou

hoje. Tenho orgulho e fico feliz primeiramente por ser médico e poder ajudar uma pessoa de cada vez, e segundo por ser político e ter a possibilidade de ajudar várias pessoas ao mes-mo tempo”.

Atualmente presidia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura indícios de irre-gularidades na rede es-tadual de saúde. Era considerado um piloto muito experiente, com mais de 19 anos de pro-fissão e pilotava o pró-prio avião.

ALYNE KAISERDa Redação

Experiente e apaixonado pela aviação, Dalto há 19 anos pilotava seu monomotor da marca Cessna modelo C206, prefixoPRCRR

Dalto Martins presidia a CPI da Saúde, na Assembleia Legislativa

Já o segundo corpo, que estava completamente carbonizado não fora identificado inicialmente.

Informações de alguns familiares dizem que o passageiro do voo era a empresária Rachel Loyo-la, do ramo de alimenta-ção. Ontem à tarde, em frente ao supermercado Favorito, na zona sul de Macapá, foi colocada uma faixa de luto. O es-tabelecimento não fun-cionou.

Segundo Odair Montei-ro, diretor da Politec, fo-ram colhidos materiais ge-néticos de familiares de Rachel. Ela teria dito em casa que viajaria com al-guns amigos. Junto com

destroços do avião foram encontrados uma bolsa, um par de sapatos que podem ser de Rachel. “No mínimo dois dias para que a identificação de um cor-po carbonizado seja finali-zada”, disse o diretor.

O velórioO corpo do deputado

foi liberado da Politec por volta das 15h de ontem. O velório que estava mar-cado para acontecer às 18 horas teve de ser adia-do por conta de uma in-formação de última hora. O motivo foi a suspeita de terem encontrado mais um pedaço de um dos corpos envolvidos no acidente.

ARTE: JAIR JUNIOR

Page 11: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

B3JD Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012DiaDiaEditor: Fabrício Costa - [email protected]

Causa do acidente será estudada, diz Infraero

As 5h53 da manhã de ontem (20), a In-fraero teve o último

contado com a aeronave Cessna, modelo C-206, que estava sendo pilota-da pelo deputado esta-dual Dalto Martins (PMDB). Na última con-versa entre o piloto e a torre de controle, Dalto havia informado que a aeronave estava com problemas técnicos.

Foi aproximadamente nesse mesmo horário que moradores do bair-ro Marabaixo IV ouvi-ram uma explosão, que espalhou um clarão por uma área de mata fe-chada da localidade. Algumas horas mais tarde foi confirmado pelo Corpo de Bombei-ros Militar, que o res-ponsável pela explosão

era a nave que tinha perdido o contato com a torre de controle do Aeroporto Internacio-nal de Macapá.

De acordo com David Oliveira, superinten-dente da Infraero, o ór-gão enviou sua equipe de de apoio ao Corpo de Bombeiros Militar do Es-tado, que com algumas dificuldades chegaram ao local do acidente. “A nossa equipe foi com o intuito de preservar a área para evitar contra-tempos na hora da in-vestigação”, disse.

O representante que forneceu uma entrevista ao Jornal do Dia afirmou que todos os procedi-mentos que cabiam a In-fraero foram realizadas e que mais informações, como a causa do aciden-te, só poderiam ser for-necidas pela equipe do Serviço Regional de In-

vestigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), que chegou na tarde de ontem em Macapá. “O que estava a nossa juris-dição fizemos, as outras informações só serão re-passadas após o fim da investigação da Seripa, que é o órgão regional responsável pela investi-gação. O que podemos repassar é que o piloto ganhou a autorização da torre as 5h48 da manhã e que às 5h53 perdeu-se o contado”, contou David.

Em relação à torre de controle, as legalidades do voo, os motivos do acidente a Infraero só informou que essas res-postas seriam divulga-das pela equipe da Seri-pa. As investigações serão desde o envio do pedido de autorização para voo (plano de voo), até o momento da per-da de contado.

Avião do deputado era considerado um dos mais seguros do mercado

O Cessna 206 Station Air é um avião mo-nomotor a pistão

com capacidade para um piloto e cinco passagei-ros, fabricado nos Esta-dos Unidos pela empresa Cessna Aircraft Company, de propriedade da cor-poração americana Tex-tron Company, que utili-zou como base outro projeto original da déca-da de 1960 chamado Su-per Skywagon do mesmo fabricante Cessna.

Na verdade, os mode-los Cessna 206 Station Air e Cessna 206 Super Skywagon são pratica-mente o mesmo projeto e as denominações dife-rentes de cada um deles foram originadas apenas para efeitos de marke-ting aplicados para sina-lizar ao consumidor a modernização natural do projeto básico do antigo

Super Skywagon produ-zido até o final da déca-da de 1970, ou seja, o Station Air atual é mais moderno que o modelo anterior Super Skywa-gon, principalmente no que se refere aos aviôni-cos utilizados, a introdu-ção do sistema de inje-ção eletrônica de combustível e alguns su-tis retoques de estética que o deixaram mais bo-nito que o antecessor.

A produção em série do robusto Super Skywagon foi interrompida tempo-rariamente no início da década de 1980 por ini-ciativa da própria fabri-cante Cessna, que utili-zou como argumento o excesso de regulamenta-ção e responsabilidades financeiras advindas de uma Lei de Responsabili-dades aprovada nos Esta-dos Unidos, chamada por

lá de Liability, e que pro-vocou alguns temores por parte da indústria ae-ronáutica civil norte--americana em geral, so-bre a sua própria saúde financeira pois, como uma eventual consequ-ência da legislação apro-vada. A partir daquela data os fabricante teriam que arcar com uma forte carga de eventuais custos e de indenizações oca-sionados por acidentes envolvendo aviões que se julgava serem acima do que seria razoável.

Nesses 15 anos em que a produção desses aviões foi interrompida, o mer-cado mundial acumulou uma espécie de “deman-da reprimida” por aviões à pistão de fácil operação e custo operacional ex-tremamente baixo, a maioria de proprietários rurais emergentes que

estão adquirindo seu pri-meiro avião ou decidiram simplesmente trocar a sua aeronave mais antiga por um modelo mais novo e moderno.

Quando essa Lei de Responsabilidades foi re-discutida e reformada nos Estados Unidos, na metade da década de 1990, a Cessna norte--americana estudou o re-lançamento dos modelos Cessna 210 Centurion e Cessna 206 Super Skywa-gon, que na verdade são quase idênticos entre si, mas decidiu pelo relança-mento do modelo mais simples e barato Super Skywagon.

Para relançar o Super Skywagon rebatizado de Station Air, a Cessna de-cidiu também manter to-das as características de baixíssimo consumo de combustível e manuten-

ção fácil e muito barata, acrescentando apenas o necessário para atualizar este modelo onde essas características básicas não fossem afetadas, conservando as caracte-rísticas anteriores de ro-bustez estrutural do Su-per Skywagon.

SeguroO Cessna 206 Station

Air é uma aeronave fácil de pilotar graças a uma boa aerodinâmica e aos componentes eletrôni-cos, mecânicos, elétricos e hidráulicos que for-mam um bom conjunto, começando pela confiá-vel e tradicional motori-zação Lycoming IO 540 Aspirado de 300 hp pro-duzida nos Estados Uni-dos pela própria Textron e pelas hélices de três pás McCaulley, passando pelos indispensáveis

GPS, Stormscope, TCAS e, finalmente, completa-dos pelo sistema EFIS de navegação, com o PFD (tela primária) e MFD (te-las multifuncional) no painel de controle, que podem ser solicitadas pelo cliente ao fabricante como opcional.

O Station Air tem três amplas portas laterais de acesso ao interior da ae-ronave, uma para o pilo-to e acompanhante (não há necessidade de co-pi-loto) e outras duas para os passageiros dos qua-tro assentos traseiros, to-talizando seis assentos. O robusto trem de pouso é fixo, o que reduz os custos de manutenção da aeronave. Para finali-zar, o fabricante Cessna tomou o cuidado de acrescentar itens de con-forto como bancos de couro, entre outros.

De acordo com David Oliveira, todos os procedimentos que cabiam a Infraero foram tomados

FOTO HEVERTON MENDES

ANDERSON CALANDRINIDa Redação

Veja o momento em que os corpos foram resgatados sob intensa chuva

Equipe do Seripa já está no Estado investigando as causas do acidente

Dentro de um mês o Sétimo Serviço Re-gional de Investiga-

ção e Prevenção de Aci-dentes Aeronáuticos (Seripa VII) deve emitir um relatório preliminar sobre as causas do acidente ocorrido na manhã de on-tem, envolvendo o avião Cessna, modelo C206, prefixo PT-PTB.

O órgão disponibilizou

duas equipes para atuar no caso. Enquanto uma atua na coleta de dados e destroços da aeronave, no local em que ocorreu o acidente, numa área de mata fechada, próximo ao distrito do Coração. Segundo informações, a outra equipe está res-ponsável pelo levanta-mento de informações referentes a documenta-

ção da aeronave.Segundo informações, o

resultado final da perícia e das causas que provoca-ram o acidente e que re-sultou na morte do piloto, deputado Dalto Martins, e da empresária Rachel Loyola, deve ficar pronto em um prazo de um ano.

Ligado ao Ministério da Defesa, o Seripa tem como atribuição promo-

ver o planejamento, con-trole e execução da pre-venção e investigação de acidentes aéreos na Ama-zônia, atuando nos esta-dos do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima e Be-lém. Nos últimos meses, cerca de três acidentes fo-ram registrados na região norte. Acredita-se que o acidente do deputado Dalto Martins seria o

quarto investigado pelo Seripa VII.

A Portaria nº2/ GC3, de 5 de janeiro de 2007, criou sete novas Organizações Militares denominadas Serviço Regional de Inves-tigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), encarregadas do planejamento, gerencia-mento e execução das ati-vidades de Segurança de

Voo nas suas respectivas áreas de atuação. Distri-buídos pelo território bra-sileiro, os SERIPA facilita-ram a disseminação da doutrina de segurança de voo no país. Os SERIPA são subordinados, técnica e operacionalmente, ao CENIPA e, administrativa-mente, aos Comandos Aéreos Regionais (CO-MAR).

Page 12: Jornal do Dia 21 de Abril 2012

Aline LimaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Macapá-AP, sábado, 21 de abril de 2012

Luana Souza e Vanessa

Tamires e Hugo

Mensagem do dia“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brinca-

deira do que em um ano de conversa.” (Platão)

Contrate o Programa Balada Fashion para o seu evento: Inauguração de empresas, coquetel de lançamento da nova coleção, aniversário, formatura, confraternização, etc... Contatos: 9112 5045/ 9112 1989. Programa Balada Fashion todos os sábados às 18:40 e reprise aos domingos às 14h. Na RE-DETV.

Ana Maria e Ricardo

Vencedora do concurso Garota Armazém Cintya Samara

Adria e Paulanny

Kamilla Penteado Luani Samilly

Priscila Soares

Longas pernas e corpos esguios. Atri-Neste final de semana o CVV realiza “Curso de seleção de voluntários para o posto do CVV de Macapá”. A aula inaugural será no auditório da escola Graziela Reis de Souza, no sábado dia 21 às 15 horas, onde também os in-teressados poderão fazer a inscrição. O curso será ministrado pelos pró-prios voluntários do CVV. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 3223-4311 ou 141. O CVV já funciona no Amapá há dez anos, e no Brasil há 50 anos. Hoje no Estado são 26 voluntá-rios, mas o objetivo do Centro é che-gar ao número de 46 voluntários. Por mês, o CVV em Macapá recebe uma média de 200 ligações. Contato: José Façanha- voluntário- 9137- 4938.