jornal do centro - ed560

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 18 pág. 20 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 31 pág. 33 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 7 a 13 de dezembro de 2012 Ano 11 N.º 560 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10 Publicidade Nesta edição Sugestões Passagem de Ano N N N N Nest ta ed d di ição sugestões sugestões Passagem de Ano Passagem de Ano Entrar no novo ano num ambiente distinto e elegante é mais fácil com o programa especial fim-de-ano do Hotel Durão. A unidade hoteleira, localizada perto do centro da cidade de Viseu, na Avenida da Bélgica, prepara uma noite diferente e inesquecível com início marcado para as 19h45, com um cocktail de ano velho. O jantar buffet, composto pe- las mais deliciosas e tradicio- nais iguarias da região são o mote para uma noite que se pretende memorável. Pode- rá disfrutar de muita anima- ção com música ao vivo. E, de- pois de uma festa de arromba o merecido descanso. O Hotel disponibiliza alojamento e as reservas efetuadas até ao pró- ximo dia 18 beneficiam de um desconto de cinco por cento. Passe o seu réveillon em festa e no único Eco-hotel da cida- de, que respeita e se preocupa com o ambiente. Para mais in- formações e reservas contacte através do 232 410 460 ou por correio eletrónico info@hotel- durao.com. Entre com elegância Hotel Durão Diversão, boa disposição, música e dança são as propostas da Dance- teria Mamma Mia para a noite mais longa do ano. Localizada na Estrada do Aeródromo – Campo de Viseu, a Mamma Mia promete um ambiente festivo e glamoroso e convida à pre- sença de todos a partir das 22 horas. A decoração moderna e requin- tada, pensada especialmente para a data, não vai deixar ninguém indife- rente e com projetores de televisão em ecrã gigante oferece um ambien- te diferente e festivo. O preço por pessoa é de 20 euros (crianças e jovens entre os 10 e os 16 anos pagam apenas 10 euros e gratui- to para crianças até aos nove anos). O valor inclui duas bebidas à escolha e à meia-noite champanhe e passas, para brindar ao novo ano. A partir das 3 da manhã a danceteria serve a ceia onde poderá deliciar-se com bolo-rei, bôla e cacau quente. A animação musical fica a cargo do grupo “Pau de Canela” e quando a noite já for longa a cabine fica aos comandos do Dj Migg, festa e muita animação até às 6 da manhã. Pode efetuar reserva atra- vés dos contactos 966 153 891 ou 936 014 763. Diversão até ser dia Mamma Mia 19 Jornal do Centro “Um chefe de Estado “Um chefe de Estado rei teria controlado rei teria controlado muito melhor muito melhor os desmandos os desmandos dos governos” dos governos” Publicidade Paulo Neto

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Jornal do Centro - Ed560

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Page 1: Jornal do Centro - Ed560

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02

pág. 06

pág. 08

pág. 12

pág. 18

pág. 20

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pág. 26

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pág. 31

pág. 33

pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário7 a 13 de dezembrode 2012

Ano 11N.º 560

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

∑ Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa,Dom Duarte de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa,

em entrevista ao Jornal do Centro em entrevista ao Jornal do Centro | págs. 8, 9 e 10

Pub

licid

ade

Nesta ediçãoSugestões Passagem de Ano

NNNNNestta edddiição

sugestõessugestões

Passagem de AnoPassagem de AnoEntrar no novo ano num

ambiente distinto e elegante

é mais fácil com o programa

especial fim-de-ano do Hotel

Durão. A unidade hoteleira,

localizada perto do centro da

cidade de Viseu, na Avenida

da Bélgica, prepara uma noite

diferente e inesquecível com

início marcado para as 19h45,

com um cocktail de ano velho.

O jantar buffet, composto pe-

las mais deliciosas e tradicio-

nais iguarias da região são o

mote para uma noite que se

pretende memorável. Pode-

rá disfrutar de muita anima-

ção com música ao vivo. E, de-

pois de uma festa de arromba

o merecido descanso. O Hotel

disponibiliza alojamento e as

reservas efetuadas até ao pró-

ximo dia 18 beneficiam de um

desconto de cinco por cento.

Passe o seu réveillon em festa

e no único Eco-hotel da cida-

de, que respeita e se preocupa

com o ambiente. Para mais in-

formações e reservas contacte

através do 232 410 460 ou por

correio eletrónico info@hotel-

durao.com.

Entre com elegânciaHotel Durão

Diversão, boa disposição, música

e dança são as propostas da Dance-

teria Mamma Mia para a noite mais

longa do ano. Localizada na Estrada

do Aeródromo – Campo de Viseu, a

Mamma Mia promete um ambiente

festivo e glamoroso e convida à pre-

sença de todos a partir das 22 horas.

A decoração moderna e requin-

tada, pensada especialmente para a

data, não vai deixar ninguém indife-

rente e com projetores de televisão

em ecrã gigante oferece um ambien-

te diferente e festivo.

O preço por pessoa é de 20 euros

(crianças e jovens entre os 10 e os 16

anos pagam apenas 10 euros e gratui-

to para crianças até aos nove anos).

O valor inclui duas bebidas à escolha

e à meia-noite champanhe e passas,

para brindar ao novo ano. A partir

das 3 da manhã a danceteria serve

a ceia onde poderá deliciar-se com

bolo-rei, bôla e cacau quente.

A animação musical fica a cargo

do grupo “Pau de Canela” e quando

a noite já for longa a cabine fica aos

comandos do Dj Migg, festa e muita

animação até às 6 da manhã.

Po de e fe t u a r re ser va a t ra -

vés dos contactos 966 153 891 ou

936 014 763.

Diversão até ser diaMamma Mia

Publicidade

19

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

“Um chefe de Estado “Um chefe de Estado rei teria controlado rei teria controlado

muito melhormuito melhoros desmandosos desmandosdos governos”dos governos”

Pub

licid

ade

Paul

o N

eto

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praçapública

palavrasdeles

rTemos que nos cul-par a nós próprios por-que deixamos o nosso Estado, eleito por nós, dar cabo da economia portuguesa por inép-cia, irresponsabilidade e, nalguns casos, fran-camente, por corrup-ção”

D. Duarte de BragançaChefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro

rHá Estado a mais na Proteção Civil”

Rebelo MarinhoPresidente da federação de Bombeiros do Distrito de Viseu

(Tomada de posse do comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu, 2 de dezembro)

rTemos uma eco-nomia de gastos não-sustentável a corrigir etodos contamos com os beirões para intro-duzir este espírito revo-lucionário na nossa economia”

D. Duarte de BragançaChefe da Casa Real Portuguesa, em entrevista ao Jornal do Centro

rOu se arranja um modelo de financia-mento para sustentar os bombeiros ou, mais dia menos dia teremos a vida muito compli-cada.

Valdemar FreitasPresidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-

tários de Viseu(Entrevista ao Jornal do Centro, 4 de dezembro)

O principal ensinamento que temos de reter atualmente é que todos os recursos são muito es-cassos. Têm de ser eficientemen-te usados, para criar o maior va-lor possível.

Qual o resultado que preten-demos? Queremos investimen-to para criar riqueza, promover a natalidade e fixar de pessoas! Queremos investimento indus-trial, económico, cultural, social, na retenção de todo o tipo de ta-lento. Apenas o investimento permite gerar valor a prazo. Tudo isto depende de nós sociedade ci-vil, poder político nacional e re-gional, o ensino e as empresas. O caminho é o alinhamento es-tratégico, agregação de esforços,

racionalização de recursos e a orientação para resultados.

A sociedade civil tem de ser forte, afirmativa e interventi-va. O poder político nacional irá identificar os parceiros sociais regionais interlocutores únicos e credíveis. Os autarcas já deram um passo em diante ao criar a Comunidade Intermunicipal. O ensino ainda não fez o caminho da agregação e do alinhamento estratégico, que permitirá atrair, fixar e desenvolver talentos.

E os empresários? Para Lisboa e Porto fomos, somos e seremos sempre periféricos. Quer a nível associativo quer individual te-mos de fazer as coisas de forma diferente, para obtermos os re-

sultados melhores e diferentes. Os empresários têm de me-

lhorar a qualidade da sua gestão, inovar nos produtos, nos mode-los de negócio e trabalhar em rede com outras empresas com-plementares. Isto dará dimensão às empresas, reduzirá o risco na procura de novos mercados, pro-moverá as sinergias de recursos e o aumento de competitividade regional.

As Associações empresariais regionais têm de dar o exemplo. Nenhuma associação empresa-rial de cariz nacional se empe-nhará na resolução dos nossos problemas. A constituição do Conselho Empresarial da Região de Viseu conferirá maior poder

negocial e representatividade aos empresários. O que une as Asso-ciações empresariais da nossa região é muito! Temos necessida-des e problemas iguais, que po-demos resolver atuando de forma concertada.

Uma associação empresarial regional única permitirá aumen-tar a sua sustentabilidade, a coo-peração entre os diversos setores, receber competências centrais e trabalhar com todos os parcei-ros regionais. O Conselho Em-presarial da Região de Viseu terá de ser um motor regional, com a prioridade cimeira da captação de investimento, única garantia da criação de riqueza e fixação de pessoas.

Concertação empresarial, motor regional do desenvolvimentoOpinião

João Cotta Presidente da AIRV

Em Fevereiro passado, em Lis-boa, fui desafiada a falar numa conferência sobre participação política das/os jovens. Às vezes, sinto que o facto de ter estudado Ciência Política serve para tudo o que tenha a palavra “política” e, até ao momento em que co-mecei a falar na dita conferên-cia, estava convencida que tinha sido um erro de casting na cons-trução do painel – de participa-ção política tinha muito pouco, pensei eu.

Nunca desempenhei funções ao nível de cargos políticos e nunca militei em nenhum par-tido. Nem sempre exerci o meu privilégio de voto e, das vezes que o fiz, só levei a sério o voto das autárquicas porque é o úni-co voto, da dita democracia re-presentativa, que vejo como re-almente útil.

A militância, por si só, é per-

niciosa. A etimologia leva-nos à resposta do resultado de qual-quer militância – servir como um soldado – e quem serve como um soldado não é livre. Por isso, numa sociedade tão agrilhoada, evitar novo acorrentamento de-veria ser, penso, o imperativo de qualquer ser pensante.

Que participação política te-nho, então, eu? A dita “participa-ção cívica” contará? Claro que sim, pensei, mas, mesmo aí, a minha participação é, maiorita-riamente, de trabalho no terre-no. Pouco faço, directamente, ao nível do lobbying e influência de políticas públicas, sou, na-turalmente, uma pessoa de bas-tidores. Estava quase a deses-perar sobre que poderia eu di-zer que pudesse ser útil à plateia quando, me apercebi, que o meu papel é precisamente esse – eu tento ser útil. Nos trabalhos que

desenvolvo voluntariamente no Terceiro Sector, ou mesmo pro-fissionalmente, o meu papel é ser útil a quem age. Contribuo, humildemente, para o desenvol-vimento de ferramentas de ac-ção e, dessa forma, para o em-poderamento de jovens pares que se vão cruzando comigo e connosco – esse conjunto de pessoas cuja missão é, também, serem úteis. Somos – sou – uma espécie de multiplicador.

Bem sei que o único multipli-cador que se fala nos últimos tempos é o keynesiano. As cri-ses têm esse efeito agridoce, au-mentam substancialmente a li-teracia de um país. Mas o nosso efeito multiplicador não se tra-duz na matemática. Somos um multiplicador da economia real

– aquela que não passa por abs-trações e artificialidades finan-ceiras, mas aquela que organiza

a vida em sociedade de modo a providenciar a satisfação das ne-cessidades dos indivíduos. Isto porque, alguém, dos muitos “al-guéns” que por mim, e por nós, têm passado, há-de salvar as ba-leias e outro alguém há-de erra-dicar a pobreza extrema. Have-rá outro alguém que lançará um livro que ficará para a História das ideias que mudaram o mun-do ou então criará um sistema de incentivo ao envelhecimen-to activo no seu bairro e deixa-rão de haver as mortes no isola-mento. E poderíamos continuar a descrição de tudo aquilo que o resto do mundo poderá fazer. Não somos nós – mas é, também, através de nós – um nós quem contém aqui o “vós”.

A melhor incubadora de so-nhos é a realidade da acção. Multipliquemo-la e o mundo mudará.

A propósito de multiplicadores

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que ideia tem da monarquia?Importa-se

deresponder?

É uma família real que por um lado tem um patriotismo com o país e por outro com a Europa. A monarquia é uma es-pécie de símbolo vivo de união.

Para mim representa um agrupamento familiar muito im-portante, que nos dá o exemplo, que nos agrupa e ajuda a ter-mos uma indicação de como nos comportar, associar e, prin-cipalmente, de como respeitar os nossos valores.

A monarquia é uma alternativa ao que temos, a uma repú-blica gasta. Seria uma forma de as pessoas conhecerem ou-tro tipo de vida, outra forma de se gerir um país. Era uma boa opção.

Penso que deveria haver monarquia em Portugal. Para além de estar acima dos partidos talvez melhorasse alguma coisa, nomeadamente a vida dos portugueses.

Ricardo MendesArquiteto

Maria de Lurdes Peixoto

Reformada

Jorge CapelleAdministrativo

Clara OsórioReformada

estrelas

Luís DuarteComandante dos Bombei-

ros Voluntários de Viseu

A ASSOPS recebeu em Guima-rães o Óscar Mundial de Folclore pela mão do presidente da Junta de Freguesia, Carlos Coelho. Este galardão coloca Passos de Silguei-ros na rota cultural nacional.

Catarina SobralPresidente do Banco Alimen-

tar de Viseu

números

10.000O montante em euros rou-

bado por cinco homens que assaltaram nesta terça-fei-ra, a dependência da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, em Silgueiros, no concelho de Viseu.

António Lopes PiresPresidente da direção da

ASSOPS

Mobilizando mais de 1500 pes-soas, o Banco Alimentar recolheu 95 toneladas de alimentos que irá distribuir por 60 instituições de Solidariedade Social.

Depois de 36 anos ao serviço dos bombeiros, Luís Duarte foi empossado Comandante dos Vo-luntários de Viseu, propondo um novo ciclo para a a corporação.

Publicidade

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

(…) “o povo, como qualquer país à beira mar plantado, vergava sob impostos pesa-díssimos, corrompendo na miséria e na es-curidão.”

Aquilino Ribeiro, O Livro do Menino Deus, Bertrand, 1945

Ainda por cima somos hipócritas?Numa sociedade, os idosos e os re-

cém-nascidos são as duas franjas etárias mais frágeis. Se os anciãos são descartáveis como as Bic’s – honra às exceções – num país com uma tão acen-tuada quebra demográfica, deveríamos esperar que os segundos fossem tão abençoados como a chuva cálida depois da longa seca. Mas não. Hoje, como se tornado hábito, já não preocupante mas alarmante, há mães a dar à luz e a “lar-

gar” os filho nas maternidades – o lu-gar da “mater”. Não há competência para julgar um ato deste teor. E falar em desumanidade é simplista. Acredi-tamos que só o mais profundo e exacer-bado dos desesperos pode levar uma mãe a abandonar seu filho. Ou um fi-lho a abandonar seu pai… Atrocidades, ambas.

Que maculada cegueira nos tolda a vista e não nos deixa ver quem são os idosos de amanhã. Aqueles que irão ser deixados entregues a si e ao seu te-mível destino: morrer sozinho pelos fi-lhos desprezado, como nascer sozinho, fugida a mãe a seguir ao parto. Questão cultural? Só muito parcialmente. Há tri-bos no mais recôndito sertão que fes-tejam e acarinham tanto os nascituros

como os anciãos. Questão económica? Será ela o cerne da questão. Mas é cer-to também que há famílias tão pobres como Job ou os Fandingas e onde avô e neto nunca foram repudiados. Sinais e reflexos dos tempos? Absolutamente. Uma sociedade decadente e amoral, sem valores, é geradora de todas as vi-lezas. A Escola desprestigiada e agora, ao que se diz, em vias de se tornar luxo de elites; filhos deficientemente for-mados que irão ser pais com défices de educação acentuados; um neoliberalis-mo tresvairado e insano que despreza o ser humano, só o apreciando como besta de carga; políticos-governantes espelhando as piores e mais estigmati-zantes práticas… tudo conjugado, que sociedade geradora de afetos e valores

Editorial “Gramática do Inferno”

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

O julgamento durou apenas dois me-ses, onde ficou provado aquilo que já toda a gente sabia à partida, Renato Se-abra é culpado. Dúvida havia era relati-vamente à sua consciência do momen-to em que cometeu o crime, maníaco, psicótico ou não, há pormenores nesta novela de horrores que só me fazem pensar que pelo menos um pequeno

rasgo de loucura teve de se manifes-tar a qualquer momento. Um rasgo de loucura que começa logo no momen-to em que uma pessoa com a idade e mediatismo do Carlos Castro, não se pode permitir a justificar com o calor da paixão uma relação baseada no in-teresse e favoritismo, onde a ascensão como modelo que ele proporcionava

era paga dentro de portas de um quar-to de hotel. Talvez não o percebesse, eu duvido, acho que o que ele não per-cebeu foi que o desfecho final podia vir a ser tão dramático. Um rasgo de loucura deve também ter invadido a cabeça de Renato quando se aperce-beu (consciente ou não) que pagava com uma homossexualidade que se diz

Nova Iorque, Nova Iorque

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Opinião

1. Incubadora de Empresas: No decurso natural da história dos povos, diversos foram os líde-res que ao longo da sua vida mu-daram de opinião, ou de partido, sem que o caos viesse ao mundo. Winston Churchill será o exem-plo mais flagrante. Surpreendente-mente, numa terra em que o tempo demora a passar, o mesmo acon-teceu com Fernando Ruas. No es-paço de duas mudanças de calen-dário, o ilustre autarca alterou a sua opinião relativamente às in-cubadoras de empresas. O único lamento é que apenas o tenha feito com uma década de atraso em rela-ção ao boom destas iniciativas na

lusa pátria. Vamos a factos, a 28 de Agosto de 2010, em plena Assem-bleia Municipal, Fernando Ruas, dominando como poucos a arte da “fina” ironia, afirmava: “…uma Incubadora no Centro Históri-co… Eu a princípio até pensei andamos com algum problema com a história das funerárias, já lá há no Centro Histórico, mas não é a mesma coisa...” Chega-dos a Novembro do corrente ano, um Fernando Ruas visionário lan-ça o projecto de uma incubadora de empresas, na antiga sede dos bombeiros voluntários de Viseu em pleno centro histórico. Relati-vamente ao espaço escolhido, ul-

trapassada a ideia de por lá instalar a loja do cidadão e mais tarde al-guns serviços municipais, logo que se preserve o imóvel de alto valor histórico e patrimonial, a escolha parece acertada. De forma a mini-mizar os riscos, ao nível da gestão do conceito, será conveniente rea-lizar um estudo prévio que contex-tualize o sucesso obtido por outras incubadoras de âmbito municipal que se desenvolveram nos últimos anos. De modo a que este projecto não esteja condenado à nascença, também será sensato, que a esco-lha para ocupação do espaço recaia sobre empresas tecnologicamente avançadas, criativas ou de eleva-

Incubar Viseu

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Opinião

1. Sabendo que tantas coisas pode-riam ser modificadas, faz-me pena:

. ver as pessoas amalgamadas no en-tulho da propaganda do pós 25 D’Abril, sem terem saber, ou coragem, de se li-vrar dessa maleita;

. que o nosso povo esteja sempre dis-posto a crucificar, à laia dos fariseus, quem colida com os seus interesses particulares, esquecendo o colectivo;

. Que se esqueçam os responsáveis pelos crimes que contra o todo, a Na-ção, têm sido perpetrados, sobretudo por aqueles a quem confiaram o Po-der;

. que haja tanta gente, verdadeiras rémuras, parasitando quem produz, colhendo o fruto sem nada criar, a não ser cirrose e maledicência;

. que quem sustenta essa parasita-

gem não se rebele, negando o dever de dar a quem só entende ter o direito de colher;

. que se negue aos idosos, que sempre trabalharam, tudo aquilo que se dá aos bandidos nas cadeias;

. que não se exija Justiça célere, igual, operante, confiável e servidora do povo;

. que se percam processos judiciais

Faz-me pena

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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Page 5: Jornal do Centro - Ed560

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

esperávamos encontrar? Batedores do Infer-no não alcançam Paraíso…

Portugal recuou nos últimos anos, déca-das no seu processo evolutivo. Voltámos a ser – e já não com o anátema do fascismo – um país não desenvolvido, um país não em vias de desenvolvimento, mas sim um país subdesenvolvido. Que regressão…

Sim, temos mais auto estradas que tor-tulhos – lancinantes riscos negros na pai-sagem sulcada – onde cada vez circulam menos automóveis. Sim, temos Expos me-galómanas para atestar e expor o novo-ri-quismo que agora se paga e pago será pelas gerações vindoiras – os filhos da desgraça. Sim, temos parques escolares alarvemente despesistas na forma sem serem sinónimo de boas práticas no conteúdo, antes atesta-dos da corrupção exarados na “pires” obra.

Sim, damos centenas de milhares de “Ma-galhães” – como o Fernão – às criancinhas tecnológicas para as apodarmos de info-incluídas, mesmo carenciadas da broa, do caldo migado, do ralão corrido. Sim, temos bpn’s de amigos e ex-libris de Negócios à

Portuguesa, resgatados com a desgraça de milhões de “inimigos”. Sim, temos muitos acessórios, mas não bastam para colar com cuspo e fel o apressado rótulo do desenvol-vimento, apenas adregando ao parolismo, ao arranjismo, ao amiguismo e ao enxame de incompetentes que se vêm cevando nas lautas e marmoreadas manjedoiras da go-vernança, alheados do Estado-monstro que estão a gerar, onde a miséria é pródiga, a ri-queza parca e os valores nulos. Hoje os por-tugueses já não vivem, sobrevivem e – pior ainda – indiferentes ao depauperado estado de sítio reinante em derredor.

“Mas depois a noite manteve-se imóvel”George Steiner, O transporte para San Cristó-

bal de A. H., GradivaSe em democracia um político é sufragado

pelo seu programa eleitoral, pelas promes-sas que traz arrimadas à sua candidatura, que se devia fazer àquele que, uma vez elei-to, deita tudo para trás das costas e faz exata-mente o mesmo ou pior que aqueles contra quem se apresentou a votos?

Querem alterar a Constituição? Pois co-mecem por aí: Artigo I – Todo o político que usando de discursos cínicos e de ilusão tire deles proveito para ludibriar o povo que nele confiou, praticando o oposto do prometido, só tem uma forma de expiação: Pelourinho com ele, de pés e mãos acorrentados às ar-golas do granito pendentes, exposto ao es-cárnio, à bosta, ao escarro e à natureza que o pariu. Porque em primeira e derradeira instância, eles são os culpados da “malina” que assola Portugal, agrilhoado à miséria e ao desengano.

forjada um percurso profissional que nunca seria associado a mérito próprio, que apesar de ter conseguido um sonho, ele implica-va consequências para as quais não tinha maturidade nem estabilidade psicológica. Seja qual for a verdade, sejam quais forem os contornos reais desta história de crime e paixão, sinto pena do rapaz, sinto pena das famílias. Sinto pena também por tudo ter

acontecido em Nova Iorque, ser julgado à luz da lei desse estado, que significa que vai apanhar uma pena de 15 anos a prisão per-pétua, o que a mim me parece algo como um intervalo do género: de 2ª oportunidade a vida perdida. As penas para mim só têm lógica se permitirem uma 2ª oportunidade, e nunca uma perda total de vida, é dever da sociedade não punir com as mesmas armas

aqueles que condena por as usarem, senão como saberíamos onde está o “racional” do animal? Nunca entendi o conceito de pena de morte, assaltam-me sempre perguntas como: Não estamos a ser iguais aos crimi-nosos? Que justiça há em punir com a pró-pria vida? Não devíamos tentar redimir e oferecer a oportunidade de mudar? Mas as-sim não estamos a fazer o “papel de Deus”?

Este português que matou outro português, pode não apanhar uma pena à portuguesa, pode não merecer nunca o perdão das pes-soas que fez sofrer, mas é demasiado novo e a história é demasiado grotesca para que não tenha direito a um dia reconstruir a sua vida, por isso espero que ele seja condena-do a uma pena entre os 15 e os 20 anos, pa-rece mais justo.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

do valor acrescentado. Ao analisar este tipo de apoio ao desenvolvimento eco-nómico seremos induzidos a concluir que, grosso modo, apenas as incuba-doras umbilicalmente ligadas a esta-belecimentos de ensino superior, a um tecido empresarial inovador ou a uma população dinâmica e com massa críti-ca disponível, onde abundem especia-listas e/ou criativos capazes de dinami-zar constantemente o espaço, atribuin-do uma vida autónoma (longe da mão protectora do Estado) à incubadora, pa-recem atingir relativo sucesso. Neste momento, ainda sem dados concretos sobre os moldes em que este conceito vai ser desenvolvido, será sempre in-justo questionar a bondade da inicia-

tiva. Resta esperar que a autarquia te-nha a capacidade de estudar e aprender com os erros de terceiros. Numa cidade sem tradição industrial, não nos pode-mos dar ao luxo de perder duas vezes o mesmo comboio.

2. Incubadora de Ideias: O ano de 2013 do calendário gregoriano anun-cia o fim de uma era política. O mode-lo de desenvolvimento proposto pelo Engº Carrilho, em grande parte exe-cutado por Fernando Ruas, já não ga-rante resposta às necessidades desta cidade, neste século. No entanto, ape-sar do “modelo Carrilho” estar esgo-tado, o Ruísmo dá sinais de resistir ao seu fim anunciado e as máquinas par-

tidárias teimam em adiar o despontar de uma nova geração de ideias e líde-res. Entretidos em combates internos, tanto o PS como o PSD, parecem pou-co preocupados em debater a cidade. Os partidos políticos ou tão pouco a sociedade civil, não parecem encon-trar soluções para este impasse. Afi-gura-se forte, a probabilidade de ser perdida uma oportunidade de agentes políticos e sociedade civil sentarem à mesma mesa os seus elementos mais válidos, para em conjunto, livres de preconceitos ideológicos, definirem um projecto de Cidade. A política lo-cal carece de uma linha orientadora de ideias e objectivos que os cidadãos reconheçam como desígnios a serem

atingidos. Em época de troika, a ló-gica, até aqui reinante, de projectos avulsos, obras fátuas sem qualquer visão estratégica ou gigantismos de personalidade terá de ser definitiva-mente ultrapassada.

3. Incubadora de Vices: No culminar de uma longa carreira como vice-presi-dente, mantendo a mesma equipa, não se vislumbrando um inequívoco pen-samento de fundo sobre a cidade, Amé-rico estará à altura dos tempos? Temo que a resposta seja negativa.

Miguel FernandesPolitólogo

[email protected]

por prescrição maliciosa, corrupta e negli-gente (apoiada pelos sindicatos);

. que as famílias estejam tão desmembra-das pelo rescaldo desta voragem insana em que mergulhámos;

. que se ponham a dirigir organismos e instituições aqueles que não tendo apetên-cia para o fazer a substituem por laços ma-çónicos, partidários, religiosos, clubísticos, nepóticos, ou outros avessos aos verdadei-

ros interesses;. que se faça uma ronda pelo interesse das

fundações criadas e que o resultado tenha sido aquele nada que foi difundido nos mé-dia;

. que o Governo não tenha atributos geni-tais que lhe permitam rumar e remar con-tra as imposições internas e externas que constantemente o comprimem na hora da decisão;

. que a oposição seja tão pobre de “sarro”, tão inócua, tão naïf e limpa de ideias;

. que não haja quem dê linhas-guia à nossa mocidade, por já não haver quem conheça nem linhas, nem guias.

2. Ver desaparecer, consumido pela do-ença, um amigo de invulgar estrutura, tem-perado por

princípios inabaláveis e dono de uma cul-tura de justiça verdadeiramente admirá-

vel, como foi o Coronel da GNR Manuel Alberto Mourão Rios, a quem presto, aqui, o meu preito de profunda amizade, admi-ração e gratidão, sabendo que nestas letras vai o sentir da Família da Guarda, sobretu-do daqueles que, seus subordinados, tiveram nele um apoio amigo, solidário, confiável e permanente.

Pedro Calheiros

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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abertura

A Catarina Sobral, pres. da Direção do BA Viseu, empresária, o rosto local da iniciativa

textos e fotos ∑ Paulo Neto

“Neste

momento

apoiamos

cerca de 5400

pessoas todos

os meses”

Dádiva e Partilha… o lema do Banco Dádiva e Partilha… o lema do Banco Alimentar contra a Fome de ViseuAlimentar contra a Fome de Viseu

O 1º e o 2º de Dezem-bro foram, uma vez mais, dias de DAR. O Banco Ali-mentar de Viseu, membro da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome mobilizou os seus voluntários e, numa estratégia e logística apura-das, concertadas, diligentes e profícuas, pôs em marcha mais uma iniciativa de re-colha de bens alimentares.

Se a última campanha de 26 e 27 de Maio últimos apurou 87 toneladas de ali-

mentos, com as dificulda-des crescentes que se vi-vem por todo o lado, as pre-visões dividiam-se, sendo em geral de receio pela di-minuição de dádivas reco-lhidas. Porém, pela madru-gada do dia 3 recebíamos o sms de Catarina Sobral, a presidente da direcção do BA – Viseu: “95 tonela-das” – uma vez mais, a apos-ta estava ganha mercê do empenhamento e dedica-ção destes cidadãos.

Num momento parti-

cularmente difícil, eco-nomicamente precário e de imenso deficit de boas práticas sociais, os conce-lhos do distrito aderentes à iniciativa provaram que quanto maior é a falta mais há quem dê, numa socie-dade onde um espartilho asfixiante está a reduzir os portugueses às maiores ca-rências de todos os bens es-senciais.

O BA Viseu nasceu em 2009 pela mão de pessoas que entenderam lutar con-

tra o desperdício de ali-mentos e contra a fome na região de Viseu. O seu ar-mazém está localizado na AIRV. Ainda neste ano fo-ram seriadas por voluntá-rios do Banco Alimentar de Viseu cerca de 60 institui-ções de solidariedade social que solicitaram apoio tendo sido assinados 56 acordos de cooperação e ajuda ali-mentar.

Estas instituições rece-bem, todos os meses, em média, 12 toneladas de

produtos, que distribuem por cerca de 5400 pessoas carenciadas. No seu dia-a-dia, o BA Viseu tem a par-ticipação de dezenas de vo-luntários que garantem o seu optimizado funciona-mento.

Consagrámos o Do-mingo ao acompanha-mento desta iniciativa. Falámos com muitos vo-luntários. Vimo-los agir. Andámos por alguns con-celhos. Tentámos enten-der a gigantesca operação

logística que subjaz a todo este notável empreendi-mento. No fim, passada a surpresa inicial, ficou a admiração e o muito res-peito por todas estas cen-tenas de cidadãos anóni-mos que conferem com seus actos desinteressa-dos e solidários um valor novo à esperança e um estímulo à crença de que nem tudo está perdido en-quanto houver gente des-ta raça, fibra e carácter.

Há quanto anos nestas andanças?Há pouco. O banco ali-

mentar de Viseu tem ape-nas quatro anos de existên-cia e nós andaremos nisto há cerca de seis anos, com toda as preparações pré-vias, antes de abrir o Ban-co Alimentar.

Quais são as suas motiva-ções?O projeto do Banco Ali-

mentar tem como funda-mento evitar o desperdí-cio alimentar. Na minha vida profissional lido com alimentos e sei que mui-tos deles, que não podem ser comercializados, têm

que ser destruídos. Haven-do pessoas a passar fome, isso é uma coisa que nos in-comoda. E, quando come-çámos com esta iniciativa, pareceu-nos que seria um bom motivo para nos lan-çarmos num projeto des-tes. É um projeto que é tra-balhoso, porém no fundo e aquilo que nos move é mes-mo evitar o desperdício ali-mentar enquanto houver carências.

E as carências são muitas?Sim, temos vindo a au-

mentar o número de pedi-dos e instituições apoiadas. Neste momento já apoia-mos cerca de 5400 pesso-

as todos os meses, duran-te todo o ano. O aumento foi gradual porque somos recentes e temos vindo sempre a aumentar quer o número de concelhos que apoiamos – já estamos neste momento no distrito todo – quer o número de instituições que também ao longo dos anos nos têm vindo a conhecer e a pedir ajuda.

A adesão é grande? Em termos de voluntá-

rios, durante as campa-nhas, nunca tivemos falta de voluntários. Maiorita-riamente são jovens mas vemos várias pessoas, avós

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BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME - VISEU | ABERTURA

com netos, famílias intei-ras. É também uma forma de educar e o que nota-mos, e temos vindo a de-senvolver algum trabalho junto das escolas, é que os pequeninos trazem a fa-mília toda. Os filhos tra-zem os pais, os irmãos. O que constatamos é que as famílias aderem muito às campanhas.

Em termos de voluntá-rios do dia-a-dia, temos uma pessoa aqui, que não é uma contratada ainda e está com um programa que conseguimos com o apoio da Segurança Social, e o trabalho é feito por vo-luntários assíduos que re-

gularmente se deslocam ao Banco Alimentar para fazer todo o trabalho, des-de carregamento de dados, neste caso as faixas etárias são um bocadinho mais acima, são pessoas refor-madas, ou que por algum motivo ficaram desempre-gados.

Diziam-me que pessoas de-sempregadas aderiam mais a estes projeto que outras.Já na outra campanha

notámos que as dificul-dades e a crise que se tem vindo a sentir de algum modo tocou toda a gen-te e as pessoas neste mo-mento sentem que têm

que ajudar, daí também os donativos serem acima das nossas espectativas e to-das as pessoas estarem a colaborar.

Em números, estamos a falar de que quantidades de donativos?O primeiro dia fechou

em linha com o que tínha-mos feito em Novembro do ano passado. Para nós foi uma surpresa positiva uma vez que não aumen-támos os concelhos que abrangemos, nem o núme-ro de superfícies comer-ciais. E realmente o con-texto é de crise económica profunda, as pessoas estão

sem dinheiro, muitas não receberam o subsídio de Natal e achámos que isso de algum modo iria afetar a nossa recolha.

Fechámos com 51 tonela-das, ontem. Hoje já vamos com 61 toneladas.

O banco alimentar tem uma expressão mais voluntariosa em momentos como estes.Podemos considerar o Banco Alimentar como um sucedâ-neo a um estado associal? De algum modo, nós

e as instituições substi-tuímos o estado nestes apoios que estamos a dar. O Banco Alimentar não apoia diretamente pesso-

as carenciadas, fazemo-lo através de instituições, servimos meramente de intermediário, somos um centro logístico, recolhe-mos e entregamos.

Quais são essas institui-ções?IPSS, Conferências São

Vicente Paulo, que são ins-tituições que não são IPSS, mas que têm cariz comu-nitário. Todas elas apoiam pessoas carenciadas e todas elas são visitadas com algu-ma regularidade por visita-dores do Banco Alimentar.

Aqui neste armazém da AIRV estão quantas pessoas a tra-

balhar?No dia todo passam mais

de 300.

No distrito têm quantas?Mais de 1500 e ainda não

os temos todos contabili-zados. 900 e muitos nas lojas.

A voz dos voluntáriosAndámos na estrada; visitá-

mos alguns concelhos, fomos a superfícies comerciais, esti-vemos no “quartel-general”. Por todo o lado, a mesma mo-tivação, o mesmo entusias-mo, a mesma gratificante e voluntariosa forma de ser soli-dário. Alunos das escolas mais próximas, escuteiros, profes-sores, enfermeiros, veteriná-rios, empresários, desem-pregados, mais ou menos jo-vens… um ror de gente. Um denominador comum: dar o pouco ou o muito que em si têm disponível para aqueles que ainda têm menos…

“Há pessoas que aderem bastante e que vêm de pro-pósito para ajudar e comprar os produtos para o Banco Alimentar”, diz o professor Jorge, da Viriato e conclui “Os portugueses nestes mo-mentos difíceis para todos nós são solidários e penso que estão a responder den-tro dos limites. Eu lembro-me de um senhor desempre-gado que entrou aqui hoje de manhã e ele próprio con-tribuiu.”

Em Abraveses, refere-nos Ana Borges, jovem escutei-ra: “Penso que são os desem-pregados aqueles que mais contribuem e são solidários. Também os reformados. “

Em Pascoal, Emília Cor-deira, aposentada dos CTT, diz-nos: “ Há muita adesão. Pessoas que dizem que tam-bém são pobres mas que aju-dam na mesma. E, normal-mente, não são os que mais têm que mais dão. “

Em Tondela, Cristina afir-ma: “ Esta é a forma mais

correta de ajudar quem pre-cisa”. Ao lado, a sua colega Sara acrescenta: “- As faixas etárias predominantes são os mais velhos e são os que têm menos que mais contri-buem.”

Na outra porta do mesmo espaço, Maria Cília cons-tata: “Há uma boa adesão. Dos mais velhos aos mais novos. Esta é uma boa cau-sa. Hoje para uns, amanhã para nós!”

Ainda em Tondela, João Urbano, o chefe da equipa com funções de juntar, co-ordenar e distribuir as equi-pas no terreno, confessa-nos: “Temos hoje 8 pessoas no terreno. No geral, chega às 30 pessoas. As pessoas es-tão mais alertadas para toda esta situação e o povo portu-guês é um povo que em tem-pos difíceis sempre gostou de contribuir”.

Helena Ribeiro, a colabo-rar na organização, acres-centa: “ As faixas etárias oscilam entre os 16 e os 54 anos. Os habitantes de Tondela estão solidários. Neste momento com me-nos quantidades de alimen-tos que nos anos anteriores, mesmo assim foi bom. Há muitas pessoas que dizem que não podem dar porque estão desempregadas. Mas estou muito contente com a ajuda que tem sido dada. Penso que o Banco Alimen-tar tem estado bastante pre-sente em todas as situações e as pessoas têm colaborado. As pessoas sabem separar o que é o Banco Alimentar daquilo que são cabazes de Natal e estão bem informa-

das quanto ao destino das recolhas e não se recusam a contribuir”.

A Soraia, a Cristiana e o Stefano vieram de Viseu para Canas de Senhorim e Carregal do Sal. São jovens alunos do ensino profissio-nal. Vêm porque há quem precise. E se, por vezes, em casa não há muita fartura, pensam que há famílias em piores condições. Por isso, dão o que têm: o seu sába-do e o seu domingo, muitas horas juntas para estar em toda a parte onde haja ne-cessidade de mais dois bra-ços. “Uma escola de vida”, remata Soraia que trabalha num café para pagar os seus estudos.

O nosso último entrevista-do foi o José Esteves Ferreira que tem 11 anos e estava no centro de recolha dos bens alimentares, segundo o jo-vem: “Para ajudar a minha mãe e as crianças necessita-das a terem alimentos para poderem viver. Ponho os alimentos nos carros e aju-do a minha mãe nas tarefas dela. Acho que é bom para as crianças que não têm di-nheiro para comer e assim já podem fazê-lo.”

Ao fim do dia o cansaço estampava-se no rosto de muitos dos maratonistas. As costas doíam. As pernas pe-savam e os braços refletiam o cansaço de tanta labuta. Porém, de comum, a certe-za. “Estarei cá na próxima campanha e trarei amigos e familiares comigo”, desa-bafou uma professora apo-sentada que se quis manter incógnita…

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Quais as ligações afetivas de Dom Duarte de Bragança a Viseu?Desde criança que me

lembro de vir a Viseu com os meus pais, de achar uma cidade lindíssima e com pessoas muito simpáticas. Mas quando o engenheiro Pedro da Silveira me deixou a casa de Santar passei a vir mais vezes e a ter uma ati-vidade muito próxima. Vivi em Santar uns anos, embora fosse muitas vezes a Lisboa, tinha a minha base aqui em Viseu. Entretanto combinei com o meu irmão Miguel e ofereci-lhe a casa de Santar, que agora dirige. A partir daí, sobretudo com o casa-mento e com a necessidade de resolver vários proble-mas em Lisboa, no resto do país e no mundo lusófono, acabei por vir menos vezes a Viseu. Mas tenho uma li-gação afetiva muito grande à cidade, que tem o mérito de sempre ter conseguido preservar a sua área históri-ca, com algumas barbarida-des pelo meio, mas de modo geral tem tudo bem preser-

vado e isso é a coisa mais di-fícil nos nossos dias. Temos localidades lindíssimas em Portugal que estão comple-tamente desfiguradas e há sobretudo um problema, as instituições oficiais pre-ocupam-se com os monu-mentos, mas não tomam em consideração a paisagem. E a cidade de Viseu, com um edifício como, por exemplo, a torre da Segurança Social, destrói muito da paisagem urbana. Uma rua lindíssima, medieval, com o caixote do Siza Vieira no meio perde a sua graça, por mais interes-sante que seja a arquitectu-ra dele. Não se pode mistu-rar nenhuma área, que tem um conjunto paisagístico, um equilíbrio próprio, que faz parte da nossa memó-ria e desfigurá-la com cons-truções que não têm nada a ver.

Duarte Pio João Miguel Ga-briel Rafael. É este o nome completo? Detém alguma simbologia?É tradição de família pedir

a proteção dos três arcanjos

[Miguel, Gabriel e Rafael]. Todos os membros da famí-lia tiveram sempre esses no-mes e até o ramo brasileiro mantém essa tradição.

Agrónomo e agricultor, foi piloto aviador. A terra e o ar. E o mar português ficou de fora?Não. Há uns anos quando

se comemorou o centená-rio do assassinato do rei D. Carlos, que foi o fundador das Ciências de Estudo Ma-rítimo da Oceanografia em Portugal, fizemos um con-gresso internacional dos pa-íses lusófonos (Congresso Mares da Lusofonia). Vie-ram cientistas, especialis-tas, oficiais da marinha, to-dos os países de língua por-tuguesa e gostaram tanto do congresso que pediram para se repetir. Desde então tem-se feito todos os dois anos e o terceiro vai ser no Rio do Janeiro, organizado pela marinha brasileira, pela Associação dos Antigos Ma-rinheiros Brasileiros e pela Petrobrás. E, neste sentido, o mar não fica de fora.

C o m o v ê o m o m e n t o político-económico-social vivido em Portugal? Existe alternativa?Temos um grande proble-

ma de pensamento em Por-tugal que é causado pelo en-sino escolar, pela cultura fa-miliar e que põe de lado o raciocínio lógico. Tomam-se decisões emocionais e pouco lógicas e estamos na situação de uma pessoa que andou anos a comer de mais, a não cuidar da saú-de e agora tem que entrar em dieta rigorosa e tomar remédios muito amargos. Esta é a situação do Esta-do português. Depois fica-mos muito zangados com o médico que é muito mau connosco quando, na ver-dade, temos que nos culpar a nós próprios porque dei-xamos o nosso Estado, eleito por nós, dar cabo da econo-mia portuguesa por inépcia, irresponsabilidade e, nal-guns casos, francamente, por corrupção. Muitas des-tas obras espaventosas de país muito rico que andá-mos a fazer durante estes

anos todos tinham dois ob-jetivos: Ser simpático para com o eleitorado que gosta de autoestradas, rotundas, de monumentos engraçados e disparatados nas rotundas mas, sobretudo, obras públi-cas. Mas há um motivo mui-to pior, estou convencido que muitas dessas obras pú-blicas eram para dar negó-cios aos amigos, que depois dão emprego aos políticos que tomaram essas decisões, já para não dizer, financiar os partidos políticos a par-tir de comissões e doações dadas pelas empresas que fizeram as grandes obras públicas. Se em vez de, por exemplo, se ter feito a Expo, em Lisboa, onde se gasta-ram centenas de milhões de euros numa festa de seis meses, se tivessem restau-rado bairros históricos de Lamego, Lisboa, Porto, uma quantidade de bairros histó-ricos em Portugal que estão a cair, dava trabalho a mui-tas pequenas empresas de construção civil, era muito mais útil para o país, tinha muito mais interesse. Não

dava era as tais comissões nem as negociatas que fo-ram feitas à volta da Expo. O mesmo aconteceu com o Centro Cultural de Belém, estádios de futebol, ponte Vasco da Gama que custou imenso e que estamos a ago-ra a pagar. Na altura o estado estava a pagar as suas despe-sas com dinheiro do exterior e quem nos emprestava o di-nheiro disse: “Então como é que vão pagar isso? Com o vosso nível de vida nunca vão ser capazes de pagar. Só continuamos a emprestar se passarem a ter uma gestão muito cuidadosa e se gas-tarem menos do que aquilo que ganham”. Mas ainda es-tamos a gastar mais do que o que ganhamos… Isto era o inevitável causado pela irresponsabilidade e que já tinha acontecido com a pri-meira República, começa-ram a fazer a mesma coisa e em 1926, ao fim de 16 anos estavam na falência. Alter-nativas… Em primeiro lugar produzir produtos que pos-sam ser vendidos no estran-geiro, darmos o máximo de

entrevista e fotos ∑ Paulo Neto à conversa“50% da riqueza

produzidaem Portugal

é para sustentaro Estado”

D. Duarte Pio de Bragança é pretendente ao trono de Portugal, e detentor do título de duque de Bragança, reivindicando direitos sobre o tíitulo de Rei de Portugal. É o chefe da Casa de Bragança e, por inerência, o chefe da Casa Real portuguesa.Nasceu em Berna a 15 de Maio de 1945. Foi o primeiro filho de D. Duarte Nuno de Bragança e de D. Maria Francisca de Orléans e Bragança. Os seus padrinhos foram o Papa Pio XII, a Rainha D. Amélia de Orleães e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein.Estudou em Portugal, no Colégio Nuno Álvares e nos Jesuítas de Santo Tirso. Em 60 ingressou no Colégio Militar. Estudou no ISA e graduou-se pelo Instituto para o Desenvolvimento, da U. de Genebra.Entre 68 e 71 cumpriu o serviço militar em Angola como piloto da FAP. Em 72 organi-zou uma lista independente de candidatos à AN o que determinou a sua expulsão do território angolano por ordem de Marcelo Caetano. No 25 de Abril divulgou em comu-nicado: “Vivo intensamente este momento de transcendente importância para a Nação. Dou o meu inteiro apoio ao MFA e à Junta de Salvação Nacional”. Foi presidente da Campanha “Timor 87 de apoio à independência de Timor-Leste. Tal iniciativa deu destaque à causa timoren-se, congregando diversas personalidades. Com esses e outros apoios, D. Duarte conseguiu a construção de um bairro de quarenta casas para desalojados. Através da Fundº D. Manuel II enviou ainda ajudas para Timor-Leste no valor de centenas de milhares de €.Casou com D. Isabel Inês de Castro Curvelo de Herédia e tem três filhos.

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apoio à produção nacional, agricultura, pesca, indús-tria, tudo aquilo que nós sa-bemos fazer bem e que foi negligenciado e destruído e, curiosamente, o único setor que melhorou este ano foi a agricultura. Outro aspeto é saber se o dinheiro que o Estado está a gastar é bem aplicado. Toda a gente tem pena dos funcionários públi-cos despedidos, claro que é para ter pena, mas será que vale mesmo a pena que nós todos, quem produz riqueza em Portugal, sustentemos 700 mil funcionários públi-cos, quando em 1975 tínha-mos 200 mil? É isso que te-mos que saber, se queremos pagar isso e provavelmente não, preferimos pagar ser-viços que realmente rece-bemos e não a uma data de gente que muitas vezes não se sabe o que está a fazer. E, 80% do orçamento do Esta-do, são salários do funciona-lismo público, do governo central e das câmaras. 50% da riqueza oficialmente pro-duzida em Portugal é para sustentar o Estado e isto co-meça a ser insustentável. Se cada um de nós trabalha 11 meses, recebe 14, metade do que ganhamos é para sus-tentar a máquina do Estado. Mas de todas as desgraças se pode tirar um ensinamento e alguma vantagem, neste caso, visto que não soube-mos obrigar o nosso Estado a comportar-se como pes-soa de bem e sensata, agora não há alternativa. Em vez de cortar naquilo que é útil e produtivo no país, como é o caso de excesso de impos-tos que vão matar a produ-ção industrial e agrícola, a economia produtiva, e que vão dificultar a nossa com-petitividade internacional, é preferível menos impos-tos e mais cortes na despesa do Estado e eu acho que isto é básico e lógico. E, àqueles que tiverem de ficar desem-pregados, arranjem-lhes ou-tros trabalhos onde sejam produtivos, onde possam produzir coisas úteis. Qua-se toda a gente sabe fazer ou-tras coisas, há muita gente que está a abandonar a ci-dade, a ir para o campo e a criar produtos comestíveis, que são industrializados, que são vendidos aumen-tando a produção agrícola. Há dezenas de milhares de estrangeiros, a trabalhar na agricultura portuguesa, por-que poucos portugueses es-tão interessados em fazer

vindimas, apanhar azeitona, fazer limpeza florestal. Há muita gente a receber sub-sídios para não fazer nada. Há câmaras, que eu conhe-ço pessoalmente, como é o caso de Setúbal, onde quem recebe subsídios é obriga-do a prestar serviços à co-munidade, desde pessoas que ajudam na segurança das escolas, que dão expli-cações aos alunos com di-ficuldades, que tratam dos jardins municipais, que res-tauram prédios degradados, desempregados que têm um certo nível cultural e traba-lham nessa área, outros que vão levar comida a casa dos mais velhos que não podem sair de casa… Milhares de pessoas a fazerem trabalhos para a comunidade em tro-ca dos subsídios que rece-bem. Isso é um passo muito positivo em todos os aspe-tos, e para eles em primei-ro lugar. Claro que há os fal-sos desempregados, até há pouco tempo 30% das ofer-tas de trabalho em Portugal não tinham ninguém inte-ressado nelas. O povo das Beiras tem mais flexibilida-de, as pessoas são desemba-raçadas, têm experiência de campo, quando perdem o emprego num serviço ou numa indústria sabem fazer outras coisas, podem mais facilmente adaptar-se à si-tuação de crise económica do que, por exemplo, as do Porto e Lisboa.

De que modo poderia a Ins-tituição Real ser um fator de união popular?Tanto nos países super-

desenvolvidos, muito pro-gressistas como os do norte da Europa, países Escandi-navos, Holanda, Bélgica e como nos países de terceiro mundo, que são democra-cias, como a Tailândia, Cam-boja, etc., mesmo em países onde a sua democracia é completamente diferente da nossa, como os países ára-bes, mesmo aí comparan-do a monarquia com a repú-blica, a monarquia funciona melhor. Marrocos funciona melhor que a Argélia, a Jor-dânia funciona melhor que a Síria, ou que o Egipto. Por-tanto, comparando na mes-ma região, as monarquias funcionam sempre melhor que as repúblicas. Estou con-vencido que um chefe de Estado rei teria controlado muito melhor os desman-dos dos governos, porque não é suspeito de parciali-

dade. Os nossos presidentes, por melhor que tenham sido, quando tentavam dizer ao governo “você está a exage-rar, está a disparatar”, eram logo acusados de parciali-dade partidária, com a ex-ceção dos militares, como o general Ramalho Eanes que tinha uma verdadeira independência, os outros fo-ram fundadores, presiden-tes, dirigentes partidários e não se conseguem libertar disso. As pessoas não acre-ditam na independência do chefe de Estado, mesmo que eles o tentem ser.

Disse-se que os portugue-ses perderam a esperança e vivem cada vez mais aca-brunhados e desesperados. Partilha desta opinião?Há muita gente assim e

pelas circunstâncias em que vive. É a primeira vez em que a geração mais nova vai, provavelmente, ter que viver com menos e com mais dificuldades que a ge-ração dos seus pais. Até ago-ra, nas últimas dezenas de anos, foi sempre o contrá-rio. Há famílias extrema-mente angustiadas porque não conseguem cumprir os

seus compromissos finan-ceiros e outras já nem con-seguem sustentar as neces-sidades básicas da casa. Por outro lado está-se a desen-volver muito a solidariedade, o apoio dentro da própria fa-mília, o apoio entre amigos, de instituições de solidarie-dade e de caridade. Vê-se pelo sucesso que o Banco Alimentar, a Cáritas e ou-tras têm e são o exemplo de que é uma grande tradição portuguesa, muito profun-da, que está na nossa alma nacional e que tem estado a dar uma resposta muito boa perante as circunstân-cias atuais.

O que acha imperioso mudar em Portugal?Primeiro, na base de to-

dos os problemas está a fal-ta de raciocínio lógico. Em geral temos um comporta-mento incoerente e ilógico nas nossas decisões. Gasta-mos o que não deveríamos gastar, compramos o que está fora dos nossos meios, tomamos decisões de esco-lha de profissão e de curso baseado em modas ou em simpatias e não em vocação ou de perspetiva de futuro e emprego, nas decisões po-líticas, votamos no “nosso partido”, como se fosse um clube de futebol, mesmo que o presidente seja corrupto e esteja tudo mal, continua-se a votar porque é o “meu clube”.

Há uma reincidência do elei-torado português?A maioria do eleitorado

português vota sempre nos mesmos partidos desde o começo da democracia, o tal espírito de clube sem lógica.

Numa perspetiva de poder local entreveria com bom grado a hipótese de candi-daturas autónomas supra-partidárias?Acho que seria muito útil e

uma acção de civismo mui-tíssimo interessante. Acon-teceu nas presidenciais. Há também pequenos partidos, como o Partido da Terra e outros que têm ideias muito originais e interessantes e que poderiam estar no cen-tro dos movimentos cívicos.

Têm algum descrédito os partidos?Considero que os parti-

dos são indispensáveis para o funcionamento democrá-tico. A minha dúvida é se o poder todo deve ser con-

trolado pelos partidos ou se não seria melhor ter, por exemplo, o voto uninominal para o parlamento, ou pelo menos metade ou dois ter-ços fosse eleito por voto uni-nominal.

Que opinião tem sobre os nossos governantes, em geral?Temos tido, dos vários go-

vernos, pessoas de grande qualidade, de grande valor. Do governo atual há minis-tros com valor intelectual e profissional, mas também temos tido pessoas politica-mente menos competentes, mesmo que tecnicamente possam ser bons. Tenho ou-vido muitas queixas, no sen-tido de que a escolha para os cargos políticos não é ne-cessariamente pelos mais competentes, mas por moti-vos partidários, por motivos de outra ordem. É pena que cada vez que muda o gover-no mudem todas as cúpu-las das instituições e daqui-lo que faz funcionar o Esta-do. Por exemplo, em França, normalmente ninguém vai para ministro sem ter sido aluno das grandes escolas de administração e pelo me-nos ninguém vai para car-gos públicos de administra-ção sem ter passado por es-sas escolas.

E sobre a figura do Presiden-te da República? Vota nas presidenciais?Nunca votei nas presi-

denciais, por uma questão de princípios, porque se não concordo com a insti-tuição, Presidência da Repú-blica, não faria sentido votar nela. Voto nas eleições mu-nicipais, porque aí conhe-ço os candidatos, sei aquele que merece mais confiança e voto nele como pessoa e não como partido. Eu acho que o atual presidente é uma pessoa de muito valor, mui-to dedicada e que se esfor-ça para cumprir a sua mis-são, mas é um cargo difícil, por um lado pela sua ori-gem partidária, que é sem-pre suspeito de favorecer o seu próprio partido, embo-ra nunca o tenha feito e mui-tas vezes até incomodou e atrapalhou o próprio parti-do, mostrando isenção. Por outro lado, o facto de mui-tas vezes termos o presiden-te num partido e o governo noutro tem criado muitos conflitos institucionais à po-lítica portuguesa, que é ou-tro dos inconvenientes do

D. DUARTE DE BRAGANÇA | À CONVERSAJornal do Centro07 | dezembro | 2012

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À CONVERSA | D. DUARTE DE BRAGANÇA

sistema republicano. E o pior dos inconvenientes é quan-do um presidente é muito bom, toda a gente gosta dele e gostaria que ele continuas-se, ele não pode continuar porque a Constituição não deixa. Aliás, eu pergunto: porque é que a Constituição não deixa o povo reeleger sempre o mesmo presidente, se o quiser? Essa é a vanta-gem dos reis e, de qualquer forma, também podem ser

“despedidos”, porque em to-das as democracias ociden-tais o parlamente tem poder para destituir o rei.

Qual a figura política portu-guesa das duas últimas déca-das com a qual tem alguma identificação?Há bastantes, com quem

trabalhei em matéria de po-lítica internacional, desde o Dr. Durão Barroso, o Dr. Jai-me Gama, o próprio presi-dente Cavaco Silva, são pes-soas com quem eu me dei bastante, o Dr. Mário Soares, enfim, tento sempre man-ter um relacionamento com eles na medida em que eles podem e que têm disponibi-lidade de tempo. Por outro lado, há realmente pessoas de grande nível que passa-ram pelos nossos governos e com quem tive um relacio-namento muito interessan-te. São vários e se começo a citar uns esqueço-me de outros…

Que motivos o levaram em 87 a criar um movimento de apoio a Timor Leste e que relações subsistem atual-mente com esse país.A dada altura Timor es-

tava sob ocupação Indoné-sia, havia centenas de mi-lhares de mortos e as forças políticas que governavam Portugal achavam o assun-to incómodo, que criava problemas com os nossos aliados, Espanhóis, Ame-ricanos e outros, e que era um caso perdido. Eu achei que isso não se podia fazer, era uma traição para com o nosso povo irmão e con-videi uma série de pessoas para participar numa cam-panha que tinha como pri-meiro objetivo realojar os refugiados timorenses que estavam a viver num aca-mamento provisório no Ja-mor. E o segundo objetivo, mobilizar a opinião nacio-nal e internacional a favor da causa de Timor e, de fac-to, tivemos desde o presi-dente da câmara de Lisboa,

João Soares, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, várias esposas de políticos, havia gente de to-dos os sectores, Intersindi-cal, UGT, todos apoiaram e a campanha teve um enor-me sucesso. O Artur Albar-rã teve também um papel importantíssimo. Curiosa-mente, um grupo de estu-dantes portugueses, a quem eu fiz uma conferência na Universidade de Brown, em Rhode Island, decidiu lan-çar uma campanha por Ti-mor, lá onde 15% da popula-ção é portuguesa. Então, o senador Kennedy, para ga-nhar o voto dos portugueses, decidiu apoiar Timor, virou o Senado americano, depois o Congresso americano e a política americana virou por causa dos estudantes portugueses da universida-de. Pequenos movimentos bem organizados podem ter efeitos muito grandes. Em 1997 visitei a Indonésia, tive encontros com os políticos de alto nível, vice-presidente da república, chefes milita-res, serviços secretos e con-segui convencê-los a mudar de política em Timor e foi assim que a Indonésia per-mitiu a libertação de Timor.

Neste momento que rela-ções subsistem com Timor?Tenho mantido um con-

tacto muito próximo, tenho lá ido todos os anos, por ve-zes ano sim ano não e, da última vez, em Março, tive uma grande alegria: o par-lamento votou por unani-midade dar-me a naciona-lidade Timorense. Depois o presidente Dr. Ramos Horta deu-me uma condecoração e o ministro Guterres deu-me o passaporte diplomáti-co, de modo que agora sou timorense de pleno direito. E também estou em vias de ter a nacionalidade brasi-leira, porque a minha mãe é brasileira e a presidente Dilma Rousseff é favorável a isso. Sou a favor de que de-veríamos ter o conceito de união lusófona ou confede-ração lusófona. Cabo Ver-de propôs há bastante tem-po o conceito de cidadão lusófono, o que eu me con-sidero. Sigo aquela frase de Fernando Pessoa, “a minha pátria é a língua portuguesa”. Também mais fácil e viável seria fazer um passaporte lusófono, que permitisse aos seus detentores ir a todos os países sem precisar de vis-to, que seria dado a pessoas

que tivessem motivos sérios para o pedir.

Da monarquia europeia, qual a figura com quem mais se identifica. Os meus primos mais pró-

ximos, com quem me dou muito bem, o Duque Hen-rique de Luxemburgo, o rei Alberto da Bélgica, to-dos eles são bisnetos do rei D. Miguel, ou o príncipe reinante de Lichtenstein, Hans Adam. Identifico-me e tenho uma grande sim-patia pelo príncipe Carlos de Inglaterra. O seu pensa-mento e natureza ecológi-ca e social, as grandes pro-

postas que tem para a Ingla-terra têm marcado muito o país. Tenho uma grande ad-miração pelo rei de Espanha, de facto foi quem aí salvou a democracia, que levou o país pacificamente da dita-dura para a democracia, en-quanto que, Portugal, sofreu uma revolução que destruiu e atrasou a economia portu-guesa, devido às nacionali-zações, ocupações, leis dis-paratadas, que nos tornaram pouco competitivos. Ou seja, para chegarmos à democra-cia precisámos de uma re-volução que ia dando cabo do país e que deu cabo do ultramar. Os nossos irmãos

africanos sofreram anos de guerra civil, miséria, fome, centenas de milhares de mortos, por causa de uma descolonização completa-mente irresponsável e mal conduzida. A Espanha evi-tou-o, num país muito mais perigoso e complicado que Portugal. A nível interna-cional tenho também vá-rias ligações com reis e rai-nhas, como a rainha da Di-namarca e a sua família, rei da Holanda, os reis da Jor-dânia, o imperador do Ja-pão, o rei da Tailândia, en-fim mantenho uma relação muito próxima com várias monarquias.

E de todos os 34 reis e rainhas de Portugal, qual o favorito? Sempre tive uma simpa-

tia muito especial pelo rei D. Dinis, desde criança. Con-sidero também que houve reis que foram muito in-justiçados na nossa histó-ria, como é o caso do rei D. Miguel. Todos os livros de História falam mal dele, de uma maneira muito injusta, efetivamente quem estava com programa do progresso, com a democracia e com a modernidade era o D. Pedro. O projeto era seguir o mode-lo Inglês de política demo-crática moderna, só que o povo português não estava para aí virado e identificou-se com D. Miguel e foi esse o drama. As elites quiseram a democracia moderna que D. Pedro propôs. Ambos ti-nham os seus ideais só que a maneira como a história tra-ta D. Miguel é completamen-te injusta e desligada da rea-lidade da época. Também D. João VI foi um rei inteli-gentíssimo, conseguiu que Portugal e o Brasil se con-seguissem salvar das inva-sões francesas, pelo menos salvar a sua independência, e fez do Brasil um país fan-tástico. Existe uma mística que acho muito importante, que é a do Quinto Império, do Império do Espírito San-to, em que a missão de Por-tugal está por cumprir, não se limitando ao retângulo peninsular, mas é universal e com a missão de levar uma mensagem de fraternidade, humildade e espírito cristão que, de alguma forma, ainda continua a existir.

Que mensagem deixa aos beirões?As qualidades humanas

que encontramos aqui nas

Beiras são de facto das me-lhores que há em Portugal e basta ver a quantidade de personalidades do mundo da cultura, ciência, política, que são da região e que têm tido sucesso. Os portugue-ses emigrados, maioritaria-mente destas zonas, têm su-cesso para onde vão, Esta-dos Unidos da América, no Luxemburgo, onde 25% da população ativa é portugue-sa, mostra que as nossas ca-pacidades devem ser bem aproveitadas e bem orien-tadas. Acho que foi pena os nossos emigrantes terem gasto muito das suas pou-panças em habitações, em geral esteticamente duvi-dosas, abandonadas e deve-riam ter investido em em-preendimentos de nature-za económica rentável. Há uma potencialidade muito grande que deve ser melhor aproveitada e encorajada e desde as câmaras munici-pais, às instituições, locais e nacionais, têm que conse-guir orientar as boas inicia-tivas no campo agrícola, in-dustrial e outras. A informa-ção tem que ser melhorada, o trabalho de extensão rural também deve ser melhora-do. As indústrias regionais e a produção agrícola regio-nal deveriam ser preferidas por todos. Vejo gente ligada à produção agrícola e que depois vai ao supermerca-do e compra produtos es-panhóis, sem sequer se im-portarem com a sua origem. Tem que haver coerência e eficácia no nosso comporta-mento para ultrapassarmos a crise económica e criar-mos uma nova dinâmica em que o país se torne sustentá-vel. Temos uma economia de gastos não-sustentável a corrigir e todos contamos com os beirões para intro-duzir este espírito revolu-cionário na nossa economia. Se estamos interessados em manter uma cultura e uma identidade cultural própria, e já que temos turismo, te-mos que salvar a nossa pai-sagem. Não podemos conti-nuar a destruir a paisagem com construções dispara-tadas, desenquadradas e de-pois querermos que os tu-ristas venham ver caixotes. Eles querem é boas aldeias, vilas, bons campos e o pa-pel do agricultor é também o papel de preservar, man-ter e melhorar a paisagem e isso tem que ser pago. O agricultor é um defensor da sua paisagem.

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região

“Não posso afirmar com certeza, mas se houvesse mais comunicação entre a GNR, os ladrões podiam ter sido capturados”, dis-se António Coelho, presi-dente da Junta de Fregue-sia de Silgueiros. Segundo o autarca, na altura do as-salto à agência da Caixa de Crédito Agrícola (CCA) de Silgueiros, em Viseu, “uma patrulha do destacamento de trânsito da GNR estava a multar uma senhora, a cerca de um quilómetro e meio. Se dessem logo o alerta ou se começassem a perseguição, o desfecho podia ter sido ou-tro”, explicou.

Pelas 12h00, de terça-feira, cinco “bandidos” pararam um BMW de cor cinzenta

- com matrícula falsa - em

frente à porta da CCA, loca-lizada na EN231-1. De cara ta-pada, um ficou no carro e os outros entraram no banco onde estavam dois funcio-nários e cinco clientes.

Com o dinheiro, cerca de dez mil euros, os assal-tantes fugiram em direção a Tondela e as autoridades montaram uma gigantes-ca operação que até contou com um avião.“Não foi nada que não es-

tivesse à espera. Ainda há poucos dias comentei com uma funcionária do banco sobre os riscos de assalto e ela disse-me que receava uma visita dos amigos do alheio”, disse o presidente da Junta.

António Coelho há mui-to que reclama um posto da

GNR em Silgueiros. “Até ofereci um terreno para construir um posto de raiz. Foi aprovado, por unanimi-dade, em Assembleia Mu-nicipal mas o tempo foi pas-sando e chegaram à conclu-são que não se justificava e o resultado está à vista: os roubos sucedem-se, as pla-cas de sinalização estão destruídas, as paragens dos autocarros vandalizadas. Não posso culpar a GNR de Viseu que, mesmo com falta de meios, está sempre dis-posta a ajudar”, lamentou.

Nos últimos dez anos, é a segunda vez que a CCA é assaltada. Em breve, a agên-cia vai passar para uma zona mais central e movimenta-da de Silgueiros, em frente à Junta de Freguesia. TVP

“Se houvesse mais comunicaçãoentre a GNR, os ladrões podiam ter sido capturados”

Decorre no próximo dia 15, a partir das 14h00, no Audi-tório do Centro Sócio Pas-toral da Diocese de Viseu, o I Congresso “Gerações Ativas”. Integrado no “Ano Europeu do Envelheci-mento Ativo e Solidarieda-de entre Gerações”, o even-to, organizado pela Cáritas Diocesana de Viseu e com a colaboração da Viseu-gest, pretende “combater a pobreza e a solidão e in-centivar o envelhecimento com dignidade”, explicou José Borges, presidente da Cáritas Viseu. O Congres-so visa ainda sensibilizar a comunidade viseense para o desafio do “enve-lhecimento populacional acelerado e para a neces-sidade de oferecer um am-biente favorável aos mais velhos”, através de um

“trabalho contínuo de par-tilha e de conhecimentos e saberes entre as novas e as mais antigas gerações”. José Borges alertou ainda para o facto de Viseu ser um concelho onde cerca de “17% da população tem mais de 65 anos”, tornando o evento uma mais-valia. Para debater o tema “En-velhecer com Qualidade” os organizadores da inicia-tiva escolheram um painel de oradores especialistas no asunto, Rui D’Espiney, diretor executivo do Ins-tituto das Comunidades Educativas e José Augusto Pereira, diretor da Univer-sidade Sénior de Rotary de Viseu. No debate estão também presentes o ator Ruy de Carvalho, o Bis-po de Viseu, o presiden-te da Câmara Municipal

de Viseu, o diretor da Se-gurança Social de Viseu e o Presidente da Cáritas Portuguesa. O Congresso conta ainda com a parti-cipação de músicos como Ricardo Azevedo, que agradeceu o convite e pro-mete dar “bons momentos musicais” e o Padre Vic-tor. Pelas 18h00 terá lugar a apresentação do livro “Os anjos não têm asas” do ator Ruy de Carvalho. A encerrar o Congresso, a escadaria da Igreja dos Terceiros vai ser palco de um “gesto pela paz e pela solidariedade”, designa-do “Dez Milhões de Es-trelas”, várias velas que representam a “justiça e a paz no mundo”, explicou José Borges.

Micaela Costa

I Congresso “Gerações

Ativas” em ViseuIniciativa∑ Combate à solidão e incentivo ao envelhecimen-

to com dignidade

A Cantor Ricardo Azevedo (1º à esquerda), anima o Congresso pelas 17h30

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REGIÃO | VISEU | VOUZELA | TONDELA | S. JOÃO PESQUEIRA| MANGUALDE

A Associação de Con-servação do Habitat do Lobo Ibérico promoveu na passada sexta-feira, dia 30 uma conferência alusiva ao tema “O lobo a sul do Douro” com o objetivo de divulgar, in-formar e discutir os vá-rios aspetos relaciona-dos com a conservação do lobo na região.

Ao longo da jornada fi-cou a saber-se que “em Portugal existem cerca de 300 lobos, quase todas acima do rio Douro e que, por serem tão poucos e a população ser muito instável, é uma espécie ameaçada de extinção”, divulgou Francisco Álva-res, da Universidade do Porto.

O especialista acres-centou que a atual situa-ção contrasta com o que se passava até à década de 1930 em que os lobos viviam às portas de cida-des como Lisboa e Por-to. A espécie começou a diminuir a partir de 1950, por doenças e pela caça.

O evento juntou à mes-ma mesa representantes das autarquias, associa-ções locais, comunidade científica, organizações ambientais e autoridades ambientais. EA

Maioria dos lobos vive acima do Rio Douro

MORTETondela. Um homem de 65 anos foi encontrado mor-to, no sábado, dia 1, num armazém em Lomba, Tondela, quando fabrica-va uma bomba artesanal para assustar os ladrões que nas últimas semanas rondaram os pavilhões de que é proprietário. Duarte Sousa Rodrigues experi-mentava o engenho ex-plosivo quando aquele re-bentou. “Manuseava o ex-plosivo improvisado, que estava na fase de experi-mentação, e que rebentou provocando inúmeras le-sões”, adiantou fonte liga-da às investigações. Foi a companheira que deu o alerta. A mulher ia visitar o empresário e encontrou-o caído, já sem vida, no ar-mazém. Também a PJ se deslocou ao local e mobi-lizou uma equipa da Polí-cia Científica para apurar que tipo de explosivo foi usado, trabalhos que de-correram durante a ma-drugada. Às 05h30, o cor-po foi transportado para o Instituto de Medicina Le-gal de Viseu.

MORTES. João da Pesqueira. Um idoso morreu, na se-gunda-feira, carboniza-do durante um incêndio que destruiu por com-pleto a casa onde vivia, em S. João da Pesqueira. O alerta foi dado pelas 20h00. quando os bom-beiros chegaram ao lo-cal, a habitação já estava em chamas.

Ao som da música “Eles comem tudo e não dei-xam nada”, de Zeca Afon-so, cerca de uma cente-na de pessoas juntou-se em frente do tribunal de Vouzela, no final da tarde de sexta-feira, dia 30 de novembro, para protestar contra o encerramento do tribunal da comarca.Segundo Maria do Carmo Bica, elemento da “Inicia-tiva Cidadã pelo Desen-volvimento de Vouzela”. ficar sem a comarca signi-ficará para Vouzela mais um passo na “perda de representatividade e de identidade” do concelho e obrigará a sacrifícios da população. Vouzela per-deu, nos últimos anos, o serviço do Ministério da Agricultura e o Serviço

de Atendimento Perma-nente (SAP) do centro de saúde e a lista de encer-ramentos pode agora au-mentar, com o tribunal. “As pessoas terão de se deslocar a Viseu para tra-tar de assuntos de justi-ça. Se já hoje há famílias com dificuldades eco-nómicas para aceder aos serviços de justiça, de futuro ainda será pior”, acrescentou, lembran-do que “não existe uma rede de transportes pú-blicos entre as aldeias do concelho e Viseu”, acres-centou. A vigília juntou representantes de todos os partidos e presidentes de Juntas de Freguesia. “É preciso sairmos à rua e lu-tarmos, não queremos ser tratados como cidadãos

de segunda”, gritaram os dinamizadores da inicia-tiva.N o d o m i n g o , e m Mangualde, cerca de duas centenas de pesso-as manifestaram-se con-tra a perda de competên-cias do tribunal, que, ao que tudo indica, irá levar ao seu encerramento. “A passagem de Penalva do Castelo para a comarca do Sátão é o principio do fim. Há uma ligação histó-rica, familiar e económica que agora se perde o que significa que Mangualde, a curto prazo, vai perder o tribunal”, concluiu João Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Mangualde.

Tiago Virgílio Pereira

Populares manifestam-se

contra o encerramento

de tribunaisVouzela e Mangualde ∑ Centenas de pessoas lamentam o

sucessivo encerramento de serviços

A Vouzela protestou com mensagens, velas e ao som de Zeca Afonso

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VISEU | REGIÃO

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Uma hora de solidariedade

Opinião

Os dias de hoje vêm demonstrar de forma gritante as lacunas e brechas existentes na nossa sociedade. Para muitos colabo-radores e técnicos que encetam agora o seu percurso laboral, descendentes da “ge-ração rasca”, ou pior a inda , da “geração dos 500 euros”, os d i a s n ão s e av i z i -nham nada fáceis.

Neste processo não há inocentes. Os tra-ba l hadores procu-ram auferir um ven-cimento que lhes pa-rece justo, em face do esforço desenvolvido na obtenção de mais-va l ias académicas . Por outro lado, os empregadores, numa visão estereotipada, de plena abundâ n-cia, de contenção de custos, despedem e baixam salários aos seus quadros quali-ficados.

A s s i m , a mu ito s resta-lhes a deplorá-vel condição de omi-tirem qualif icações no seu CV para a ob-tenção de um traba-lho de carácter sem-pre temporário.

Se este cenário se verif ica num espec-tro social com maior formação, a chaga assume proporções m a iores em t raba-lhadores menos qua-lificados, onde o de-semprego é prova-velmente a inevitável condição.

Esta ca la m idade tem vindo a grassar em Portugal de for-ma gritante e nesta conjuntura as acções de solidariedade vão sendo ainda o garan-te de alguma sanida-de para muitas famí-lias.

Para muitos de nós a

participação em cam-panha de recolha de alimentos como a que ocorreu este fim de se-mana, na distribuição de brinquedos usados é uma receita que se vem perpetuando já há algum tempo.

No entanto, o que se propõe é tão só uma hora de solida-riedade semanal. O consumo pelas famí-lias de sopa já está devidamente enrai-zado nos nossos há-bitos gastronómicos. Quanto tempo demo-ra a preparar uma pa-nela de sopa? Prova-velmente, uma hora. Depois de dividida em adequadas pro-porções, congelada ou refrigerada, nes-tes meses a sua dura-ção prolonga-se por uma semana, digo eu sem errar muito. Isto é, uma parte de uma refeição familiar de-mora uma hora a con-feccionar, ou minu-tos a aquecer. E se no bico do fogão ao lado se f izer a mes-ma sopa com as mes-m a s qu a nt id ades? Não será uma outra fa m í l ia que se a l i -menta? O gesto ine-rente a esta iniciativa não será suf iciente-mente reconfortante e cobrirá o custo da sua produção? Acre-dito que muitas famí-lias estarão por certo dispostas a participar nesta e noutras ini-ciativas de igual pen-dor. As instituições de solidariedade so-cial poderão e deve-rão funcionar nestas situações como pólos gestores e agregado-res de muitos destes movimentos.

Neste caso, partici-par é uma condição, não uma obrigação.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Câmara Municipal de Viseu vai lançar esta sexta-feira, dia 7, o Selo da Aces-sibilidade. Trata-se de uma iniciativa “pioneira” anun-ciada pelo vereador, Gui-lherme Almeida, na aber-tura do seminário da Asso-ciação de Paralisia Cerebral de Viseu.

O objetivo do selo é iden-tificar os edifícios públicos e locais onde o acesso uni-

versal às atividades econó-micas, sociais, culturais e turísticas está garantido, para receber pessoas com deficiência.

De acordo com o verea-dor, a Biblioteca Munici-pal, a Câmara Municipal e a Pousada de Portugal se-rão os primeiros edifícios a receber o selo da acessibili-dade, mas o executivo acre-dita que, dentro de pouco

tempo, outros equipamen-tos possam vir a receber o selo.“O trabalho das acessibili-

dades é para toda a cidade”, alertou Guilherme Almei-da, ao admitir que, se nada for feito, as cidades podem não estar preparadas para a “concentração de pessoas” que se perspetiva dentro de alguns anos para os centros urbanos, assim como o en-

velhecimento populacional que fará aumentar a popu-lação idosa. EA

Selo da acessibilidade surge em Viseu

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REGIÃO | VISEU

Num ambiente carrega-do de emoção estampa-do no rosto dos novos homens que vão asse-gurar o funcionamen-to do corpo ativo, to-mou posse no domin-go o novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu. Luís Duarte, 51 anos, 36 como bom-beiros, é agora coman-dante da corporação. Ao seu lado tem José Luís Teixeira como segundo comandante e Rui No-gueira no lugar de co-mandante adjunto. “É um novo ciclo que hoje se inicia”, assumiu o comandante, ao lem-brar que a corporação “pela primeira vez viu tomar posse um corpo de comando completo”.Luís Duarte quis dei-xar para trás momen-tos conturbados vivi-dos entre o comando e a direção da associa-ção humanitária que há nove anos não tinha uma equipa completa e

justificou-o com ações de “renovação” no ter-reno. O comandante apresentou a nova Es-cola de Infantes e Cade-tes já a funcionar com 30 elementos e anun-ciou o curso de estagiá-rios para maiores de 18 anos que está igualmen-te a decorrer, formando bombeiros para ingres-sar na carreira a curto prazo. “Queremos inje-tar sangue novo ao ser-viço do voluntariado”, justificou.Luís Duarte conside-rou, no entanto, que “a melhoria operacional não está terminada” e alertou para os proble-mas f inanceiros dos bombeiros, assim como o “parque automóvel en-velhecido e, no caso con-creto dos voluntários de Viseu, a necessidade de melhorar o acesso ao novo quartel - a funcio-nar desde 2011, em Rio de Loba, junto ao nó do IP5 - através da constru-

ção de uma rotunda no itinerário principal em frente ao edifício ou de uma outra solução que permita o acesso rápido ao quartel.A cerimónia de toma-da de posse começou com a bênção de uma nova Ambulância de Transporte Múltiplo (ABTM). O presidente da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários de Viseu, Valdemar Freitas adian-tou que a nova viatura integra-se num plano de renovação do equi-pamento, tendo anun-ciado a aquisição de um novo carro de combate a incêndios f lorestais. A nova viatura resul-ta de uma candidatura ao QREN que garante a comparticipação em 85% dos 130 mil euros sendo os restantes 20 mil euros assegurados pela Câmara Municipal de Viseu como confir-mou o presidente, Fer-

nando Ruas durante a cerimónia de tomada de posse.O secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimen-to Regional, Almeida Henriques realçou o “aspeto intergeracio-nal” dado recentemen-te à corporação de vo-luntários de Viseu. So-bre a classe, Almeida Henriques lembrou que uma das prioridades do projeto de reorganiza-ção dos fundos comuni-tários do QREN são as associações de bombei-ros estando a ser atual-mente beneficiadas 165 das 243 associação de bombeiros do país. De acordo com o secretá-rio de Estado isso repre-sentou um aumento de 96 milhões para 114 mi-lhões de apoios destina-dos a instalações, aqui-sição de novas viaturas e outros equipamentos.

Emília Amaral

“É um novo ciclo que

hoje se inicia”Posse ∑ Novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu assumiu

funções no domingo

A 2º Comandante, José Luís Teixeira

O que quis dizer quando afirmou no seu discurso que os Bombeiros Vo-luntários de Viseu estão numa “situação insus-tentável da tesouraria”?O nosso problema fi-

nanceiro, por força da construção do quar-tel, já é muito difícil na medida em que há ain-da compromissos ban-cários a assumir fruto do empréstimo contra-ído com a banca. De-pois, temos os custos fixos que se tornam di-fíceis de suportar com estes encargos e com o significativo aumento dos combustíveis, pois não há subsídios para o gasóleo e o aumento mí-nimo do preço do quiló-metro não veio supor-tar o aumento dos com-bustíveis. Temos ainda os custos diários com as viaturas de manu-tenção, e outras coisas mais.

Concorda com as pala-vras do presidente da Federação Distrital de Bombeiros, Rebelo Ma-rinho, quando disse que “os corpos de bombei-ros não resistem muito tempo mais à tempesta-de...”?É um pouco isso. Ou

se arranja um modelo de financiamento para sustentar os bombei-ros ou, mais dia, me-nos dia, teremos a vida muito complicada.

Pode ser já no próximo verão com os inevitáveis

incêndios?Sim, sim.

Quando diz que o atual plano de cooperação com os bombeiros “está de-sajustado” em relação a outras instituições, está a referir-se ao Governo?Exatamente. Nós re-

cebemos uma importân-cia mínima do Progra-ma Permanente de Co-operação, cerca de 3.700 euros, um montante que posso considerar ridí-culo para as necessida-des dos Voluntários de Viseu, que têm um or-çamento de cerca de um milhão de euros.

S e n ã o f o s s e m a s autarquias os bombeiros não estariam de porta aberta?Se não fosse a colabo-

ração da autarquia, os bombeiros só por si não sobreviviam.

O novo comando dos Bombeiros Voluntários d e V i s e u c r i o u u m a n o v a e r a d a v i d a d a corporação?É uma nova vida pelo

refrescamento do co-ma ndo, porque até aqui praticamente só existia comandante e esse comandante era inoperacional. Agora, com o comando com-pleto, com o seu perfil e formação, os Bom-beiros de Viseu podem ter dado uma viragem muito grande e recupe-rar a dignidade que já tiveram. EA

conversas

“Nós recebemosum montante [do Estado] que posso

considerar ridículo”

Valdemar FreitasPresidente da Asso-

ciação dos Bombeiros Voluntários de Viseu

A Comandante, Luís Duarte A Comandante adjunto, Rui Nogueira

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educação&formação

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A Escola de Negócios das Beiras (ENB) entre-gou certificados e diplo-ma, a 109 alunos que fize-ram formações nas mais diversas áreas de atuação durante o ano de 2012.

“Apesar do número de participantes ter sido re-duzido, a cerimónia foi feita para os alunos, de forma a homenagear a

sua disponibilidade e vontade para aprender”, af irmou a direção da ENB durante a cerimó-nia.

O encontro terminou com um brinde a todos os alunos presentes e aos ausentes com a mensa-gem de que “todos eles contribuem para o bom sucesso da Escola”.

ENB entrega diplomas

Os deputados do PS elei-tos por Viseu, Acácio Pin-to, José Junqueiro e Elza Pais questionaram esta se-mana o ministro da Edu-cação sobre o atraso na re-qualificação das escolas do distrito de Viseu, cujos projetos de recuperação dos edifícios estavam já calendarizados, mas que o atual Governo mandou parar em 2011.

As escolas Viriato e Grão Vasco em Viseu, a s s e c u n d á r i a s d e Mangualde, de Moimenta da Beira, Latino Coelho (Lamego), de S. Pedro do Sul e a Básica Secundária

de Oliveira de Frades são os estabelecimentos de ensino em causa.

Os deputados socialis-tas, consideram que o Or-çamento de Estado para 2013 não é esclarecedor sobre esta matéria, estra-nham o facto de não ser conhecida qualquer re-

programação e, por isso, perguntam ao ministro, através de requerimento entregue na Assembleia da República “quais as es-colas do distrito de Viseu que irão receber obras de requalificação durante o ano de 2013 e qual o cro-nograma previsto para as

respetivas execuções”.“Estes casos, colocam

diversos problemas às di-reções das escolas e agru-pamentos e têm vindo a merecer uma grande pre-ocupação por parte das diversas comunidades educativas, nalguns casos, a nível de segurança, de hi-giene e de relação pedagó-gica que se vive nesses es-tabelecimentos, que só não é mais grave devido ao for-te empenhamento dos pro-fissionais de educação e da comunidade”, acrescenta o texto do requerimento.

Emília Amaral

PS questiona Governo

sobre obras nas escolasReprogramação∑ Socialistas estranham o silêncio à volta dos projetos parados

A A Grão Vasco é uma das 7 escolas em causa

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sugestõessugestões

Passagem de AnoPassagem de AnoEntrar no novo ano num

ambiente distinto e elegante é mais fácil com o programa especial fim-de-ano do Hotel Durão. A unidade hoteleira, localizada perto do centro da cidade de Viseu, na Avenida da Bélgica, prepara uma noite diferente e inesquecível com início marcado para as 19h45, com um cocktail de ano velho. O jantar buffet, composto pe-las mais deliciosas e tradicio-nais iguarias da região são o mote para uma noite que se pretende memorável. Pode-

rá disfrutar de muita anima-ção com música ao vivo. E, de-pois de uma festa de arromba o merecido descanso. O Hotel disponibiliza alojamento e as reservas efetuadas até ao pró-ximo dia 18 beneficiam de um desconto de cinco por cento. Passe o seu réveillon em festa e no único Eco-hotel da cida-de, que respeita e se preocupa com o ambiente. Para mais in-formações e reservas contacte através do 232 410 460 ou por correio eletrónico [email protected].

Entre com elegânciaHotel Durão

Diversão, boa disposição, música e dança são as propostas da Dance-teria Mamma Mia para a noite mais longa do ano. Localizada na Estrada do Aeródromo – Campo de Viseu, a Mamma Mia promete um ambiente festivo e glamoroso e convida à pre-sença de todos a partir das 22 horas.

A decoração moderna e requin-tada, pensada especialmente para a data, não vai deixar ninguém indife-rente e com projetores de televisão em ecrã gigante oferece um ambien-te diferente e festivo.

O preço por pessoa é de 20 euros (crianças e jovens entre os 10 e os 16

anos pagam apenas 10 euros e gratui-to para crianças até aos nove anos). O valor inclui duas bebidas à escolha e à meia-noite champanhe e passas, para brindar ao novo ano. A partir das 3 da manhã a danceteria serve a ceia onde poderá deliciar-se com bolo-rei, bôla e cacau quente.

A animação musical fica a cargo do grupo “Pau de Canela” e quando a noite já for longa a cabine fica aos comandos do Dj Migg, festa e muita animação até às 6 da manhã.

Po de e fe t u a r re ser va a t ra -vés dos contactos 966 153 891 ou936 014 763.

Diversão até ser diaMamma Mia

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19Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

Page 20: Jornal do Centro - Ed560

economia

Este fim-de-semana, em nove restaurantes do con-celho de Penalva do Cas-telo reina o cabrito como prato gastronómico espe-cialmente servido na re-gião. Cabrito assado no forno, cabrito assado na brasa, cabrito em caçarola de barro e cabrito de cal-deirada ou ensopado são algumas das propostas que fazem parte da iniciativa Fim de semana do Cabrito,

promovida pela Câmara Municipal de Penalva do Castelo em conjunto com o Turismo Centro de Por-tugal, para atraírem turis-tas ao concelho.

“Com esta iniciativa, a autarquia promove mais um evento gastronómico, de forma a cativar mais vi-sitantes a Penalva do Cas-telo, que possam apreciar as potencialidades dos produtos endógenos”, re-

vela o presidente da Câ-mara, Leonídio Monteiro.

Nesta iniciativa dedicada à promoção dos produtos endógenos do concelho, os restaurantes aderentes juntam um naipe de do-ces regionais para sobre-mesa, tais como sabores da farinha de milho, cas-tanha, queijo Serra da Es-trela, pasteis “castendo” e a maçã bravo de Esmolfe. EA

Cabrito é cabeça de cartaz em Penalva do Castelo

AE.HTDOURO ANIMA NATAL NAS RUAS DE LAMEGO

Nos dias 23 e 24 deste mês e 6 de janeiro (Dia de Reis) uma viatura dos Bombeiros Volun-tários vai andar pelas ruas e escolas da cida-de de Lamego a distri-buir brindes e outras lembranças.

A iniciativa é da as-sociação de empresá-r ios AE .HTDOURO que está a promover desde o início do mês, um conjunto de ini-ciativas destinadas a envolver o comércio local no espírito na-talício e assim poder aumentar as suas ven-das. EA

LOJA ANTI-CRISE NASCE PELA MÃO DE EMPRESÁRIOSDE VISEU

A Escola de Negó-cios das Beiras e a Vi-sar Consultores e As-sociados acabam de lançar a “Loja Anti-Cr ise”. Trata-se de uma loja online (www.lojaanticrise.pt), onde os ut i l i zadores vão poder encontrar todos os serviços para a sua empresa, assim como “inúmeros benefícios para usufruir a título particular”, revelam os responsáveis pelo pro-jeto em comunicado, reconhecendo que “o comércio eletrónico é uma tendência ascen-dente em Portugal”.

Formação, seguros, contabi l idade, rent-a - c a r, con su ltor i a , projetos de invest i-mento, licenciamen-tos e cer t i f icações , são a lguns serviços disponibi l izados na loja virtual. EA

Roteiro quer dar a conhecer

projetos “Mais Centro”

A Pedro Saraiva, durante a apresentação no Welcome Center, em Viseu

A comissão diretiva do “Mais Centro” e a Co-munidade Intermunicipal (CIM) Dão-Lafões lança-ram, no Welcome Center, em Viseu, o roteiro Mais Centro-Dão Lafões.

O roteiro Mais Centro é um conjunto de roteiros, de cariz turístico e cultu-ral, das diversas sub-regi-ões do Centro de Portu-gal, que apresenta projetos visitáveis apoiados pelo programa “Mais Centro”: museus, parques, jardins, praias, piscinas, aldeias, património, mercados, bi-bliotecas. “A ideia é que em dois dias, uma família co-nheça e possa usufruir de

um conjunto de interven-ções realizadas pelo Mais Centro”, referiu Pedro Sa-raiva presidente da Comis-são de Coordenação de Desenvolvimento Regio-nal do Centro (CCDRC). A visita ao Parque Aquili-no Ribeiro, em Viseu, ao Museu Terras de Bestei-ros, em Tondela ou à Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, são algumas das propostas de um roteiro que, para além de papel, também está disponível on-line.

Para Carlos Marta, “a re-qualificação urbana e a re-cuperação de vias nacio-nais e regionais são metas

ainda por alcançar”. O pre-sidente executivo da CIM Dão Lafões alertou para o facto do país “ter de mu-dar o modelo económi-co” e elogiou o presidente da autarquia e a cidade de Viseu, “pelos sinais claros de progresso e qualidade de vida”.

Na sub-região de Dão Lafões, o programa “Mais Centro” apoiou 305 proje-tos, que correspondem a um investimento de cer-ca 167 milhões de euros, com comparticipação co-munitária de cerca de 121 milhões.

Tiago Virgílio Pereira

Composição∑ Museus, aldeias e património fazem parte do guia

O Natal do nosso descontentamento

Clareza no Pensamento

Chegados ao mês do Natal e ao final de um novo ano, época propícia ao sentimento de renovar esperança(s) e fomentar nova(s) etapa(s), deparo-me com uma manifesta e enraizada falta de esperança no futu-ro, principalmente pelo descrédito das instituições e por consequência do país. Nada me recorda a atual situação, nada se vislumbra no meu passado, mesmo alargando o horizonte temporal, à qual se assemelha este descrédito, desmotivação ou mesmo falta de es-perança, quase mitigada na falta de fé. Todos os dias somos massivamente consumidos por notícias que alimentam a atual situação, a da própria notícia, de desemprego, de famílias que já prescindiram de ener-gia eléctrica, água, gaz, de crianças que passam fome, de pessoas que há muito tempo vivem para lá do limi-te admissível e aceitável no país para o qual todos os nossos “pais” direta e indiretamente contribuíram, lutaram, trabalharam, acreditaram! O pior é que no futuro próximo não se perspectivam melhoras, muito pelo contrário, com as consequências que todos co-nhecemos e que muitos de nós já sentem.

Estas linhas, ao contrário do que o leitor até agora poderá ter pensado, são de esperança, de convicção, de continuar, de vencer e de acreditar que o amanhã, ou o depois será diferente. Que melhor exemplo o de acreditar que o do passado fim-de-semana, a da ini-ciativa de recolha de alimentos do Banco Alimentar, onde, mais uma vez, os portugueses se mostram ge-nerosos, tendo sido possível alcáçar as 2914 toneladas de alimentos!

São múltiplos, embora mais ou menos expressivos, os exemplos de solidariedade.

Apesar de tudo devo relembrar que talvez, “A CRI-SE” (fica de alguma forma controlada entre aspas) conduza ao despertar de algum espírito, daquele es-pírito, que todos precisamos mesmo quando não es-tamos em “CRISE”.

Deixo-vos um poema como prenda de Natal e com votos de um bom 2013.

“Ensinaram-me as coisas importantesQue afinal o não eram.Acumularam-me de conhecimentosDe que ainda me liberto.Ditaram-me no caderno de duas linhasOs exemplos que procuro não seguir.Fizeram-me ler as histórias de santos, sábios e heróis,Que eu não quero ser nem imitar.Soube de cor as constelaçõesQue hoje se escondem no fundo das cidades.Ensinaram-me a pescar nos rios e regatosEm que bóiam as garrafas de plástico.Quando eu sabia tudoAtiraram-me para a vida de que eu não sabia nadaE onde tudo era ao contrário do que aprendera.Habituei-me a raciocinar pelo contrário.Não era feliz, era desarmado.E tive de aprender, de novo,Tudo o que me haviam ensinadoE que eu queria não ter aprendido.”IN ENTRE MIM E O MUNDO DE JACINTO MA-

GALHÃES

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Madalena MalvaDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

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20 Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

Page 21: Jornal do Centro - Ed560

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

KAROL CABELEIREIROS ABRE NOVO ESPAÇO

O já conhecido salão de cabeleireiros Karol, abriu um novo espaço na Avenida Calouste Gulbenkian, nº 333, em Viseu, no passado dia 4. Um espaço amplo, moderno com serviço de cabeleireiro, estética, saúde e bem estar. A aposta em mais um espa-ço na cidade não assusta os proprietários que acreditam que o cliente merece um sa-lão diferenciado e com as condições idiais para que se sintam bem. A pensar tam-bém nos mais novos o Ka-rol Cabeleireiros recriou um espaço onde as crianças po-dem brincar. Até amanhã e como forma de comemorar, os clientes podem beneficiar de promoções de 50% . O salão está aberto de segunda a quarta das 8h30 às 19h e de quinta a sábado das 8h30 às 20h. Contacte através do 232 478 301 ou 961 944 783.

Decorreu no passado dia 29, na Associação Comer-cial do Distrito de Viseu, a Conferência “Portugal e o Futuro da Europa”, pro-ferida por Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto e au-tor do livro com o mesmo tema, “Ultimato”. A obra é uma reflexão da situa-ção económica e política do país e que, como ex-plicou o autor, “faz a his-tória recente e atual sem ser excessivamente críti-ca e demonstra o que afli-ge o povo português”. Na conferência discutiram-se os contornos da atual crise e da situação econó-mica que o país atraves-sa bem como a história e

o futuro da Europa. Para Rui Moreira tudo come-ça com uma má entrada na Europa “entrámos im-preparados, estávamos numa situação desespera-da e fizemos um negócio”. Quanto ao futuro da Eu-ropa, Rui Rodrigues, tra-ça duas alternativas “ou um modelo mais federal em que deixe de haver di-retórios, em que Bruxelas volte a ser Bruxelas e não seja apenas uma filial de Berlim ou então um mo-delo de dissolução em que a Europa se vai desagre-gar”. Após a conferência foi servido a todos os pre-sentes um Dão de Honra.

Micaela Costa

Portugal e a Europa

discutem-se em ViseuConferência∑ Reflexão da situação económica e política

A Rui Moreira, Pre-sidente da Associação Comercial do Porto e autor do “livro Ultimato”

Inaugura no próximo dia 13, em Viseu, a Ideia XXI - Centro de Formação Pro-fissional e Consultadoria, Ideia XXI, na Rua Cândido dos Reis.

A escola de formação, com mais de 14 anos de ex-periência tem, desde 2008, homologação para cursos de cabeleireiro e estética. Com sede em Paredes, atua ainda em Penafiel e Paços de Ferreira. A escolha pela cidade de Viseu deve-se ao facto de ser “uma capi-tal de distrito, uma cidade grande e ao mesmo tempo pequena e com um gran-de potencial para alargar-mos o nosso trabalho na

área da formação”, expli-cou Nuno Martins, diretor da Ideia XXI. Para além da área de cabeleireiro e esté-tica, a escola de formação tem ainda cursos de Auxi-liar de Fisioterapia, área de informática, saúde e apoio a crianças e jovens. A pri-meira turma de Esteticista e Cosmetologista arranca no dia 13 mas a Ideia XXI tem já vários cursos com inscrições abertas para ini-ciarem no primeiro trimes-tre do próximo ano.

Para mais informa-ções contacte através do 960232622 ou 934293963 e visite o site em www.ideia-xxi.pt

Ideia XXIabre em Viseu

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21Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Pouco mais de 400

espetadores marcaram presença nas bacadas do Estádio João Cardo-so, em Tondela, no que se refletiu numa receita de cerca de 2 mil euros para os Voluntários de Tondela. Um jogo soli-dário que foi um bom exemplo dado por dois clubes que, sendo rivais, se sabem unir quando as causas são nobres.

.

Cartão FairPlayDepois de seis épo-

cas de total domínio do Unidos da Estação, haver quem faça frente à equipa de Lafões no Futsal Feminino distri-tal é notícia. É o Pene-dono quem, para já, o consegue. Lidera, com mérito, o campeonato distrital. O Penedono soma por vitórias todos os jogos já realizados.

Cartão Vermelho As agressões de que

foram alvo adeptos e jo-gadores do Lusitano de Vildemoinhos em Vila Nova de Gaia não têm o mínimo de justificação ou desculpa. Numa altu-ra em que se legisla sobre a não obrigatoriedade de policiamento no fute-bol jovem, este bem que pode ser um caso que dê que pensar ao legis-lador. Indelizmente não é caso único. É que se os praticantes são jovens, já quem assiste é gente cres-cida, muitas vezes mal formada.

Visto

Futebol SolidárioCD TondelaAcadémico de Viseu

Futsal FemininoPenedono

FutebolViolência em Candal

.........

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FUTSALVISEU 2001 DEFRONTA BOAVISTAMuito importante para as aspirações do Viseu 2001 no Nacional de Futsal da II Divisão, o jogo deste domingo, pelas 17h00, no Pavilhão da Via Sacra, frente ao Boavista. Depois da derrota na Guarda com o Lameirinhas, e do empate caseiro com o Cohaemato, só a vitória interessa aos viseenses, ou podem ficar já bem longe da frente. Nesta altura são já quatro os pontos de diferença para o líder, e dois do segundo classificado, tendo ainda menos um ponto que os axadrezados.

NATAÇÃOACADÉMICO COM 4 PÓDIOS NO REGIONAL DE FUNDOOs nadadores de Viseu colecionaram um conjunto de bons resultados na Prova de Fundo da Associação de Natação de Aveiro, que decorreu nas piscinas do Fontelo, em Viseu. Estive-ram presentes cerca de 140 atletas em representação de 15 clubes, numa pro-va disputada em Infantis e Juvenis. O Académico garantiu a presença em 4 dos sete pódios finais. João Teixeira foi terceiro em In-fantis A, Cláudia Martins segunda também em In-fantis A, André Moura venceu os Juvenis B, e Rui Figueiredo venceu nos Juvenis A. Os nada-dores viseenses vão ago-ra disputar o Nacional de Clubes feminino, na Mealhada, e o Nacional de Clubes masculino, em Lisboa.

A Académico venceu “Jogo Solidário” em Tondela

II Divisão Nacional

Derbi em Cinfães aquece série CentroLiderança ∑ Cinfães tem 4 pontos de vantagem sobre o Académico de Viseu

O Académico de Viseu venceu por 1 a 0 o jogo sol id á r io f rente ao Tondela.

Partida no estádio João Cardoso que juntou as duas equipas, que apro-veitaram já não estarem em prova na Taça de Por-tugal para a realização de um jogo amigável em que a receita reverteu a favor dos Bombeiros Vo-luntários de Tondela.

Kifuta, reforço acade-mista, marcou na estreia com a camisola do clube viseense e fez aos 65 mi-nutos o golo que ditou o resultado final.

Um jogo em que Vítor Paneira aproveitou para

dar minutos a jogado-res menos utilizados no Tondela, enquanto Fili-pe Moreira fez questão de colocar o melhor 11 e assim procurar conso-lidar processos e o sis-tema de jogo que pre-tende implementar no Académico de Viseu.

Quanto à receita, foram perto de 400 os espeta-dores pagantes o que fez entrar nos cofres dos Vo-luntários de Tondela cer-ca de 2 mil euros.

Académico que assim teve um bom ensaio em vésperas de uma visita a Cinfães onde vai defron-tar o líder da série Cen-tro da II Divisão Nacio-

nal de Futebol.Um derbi distrital que

promete, já que colo-ca frente-a-frente duas equipas com a moral em alta. Desde logo o Cinfães, na sua condi-ção de primeiro classi-ficado, e que está a re-alizar uma época de grande nível , peran-te um Académico de Viseu que vem da re-cente “chicotada psi-cológica” que resultou numa vitória frente ao Tourizense, e no ami-gável em Tondela.

Será este derbi um grande teste à capacida-de da equipa viseense agora liderada por Filipe

Moreira.Um Académico que

chega a Cinfães a quatro pontos do líder, e que em caso de derrota poderá hipotecar as aspirações em lutar pelos lugares de subida. Já uma vitó-ria poderá ser a confir-mação que se vive uma nova fase na equipa.

Entretanto o clube vi-seense vai-se reforçan-do, tendo assegurado três reforços para Fili-pe Moreira - todos op-ções ofensivas - casos dos avançados Kifuta e Johnn, e do médio Mau-ro Antunes.

Gil Peres

Gil

Pere

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Ténis de Mesa - Torneio de Vagos

Jovens de Mundão em bom planoAlunos da Escola de

Mundão estiveram em destaque no I X Tor-neio Aberto de Ténis de Mesa do Concelho de Vagos para atletas federados.

Na prova de cadetes, M ig uel Perei ra ven-ceu o seu grupo, com

três vitórias, enquanto Rodrigo Mendes ven-ceu dois jogos e perdeu um. Sorte diferente teve Guilherme Oliveira que apenas venceu um jogo e não passou para a se-gunda fase. Já a elimi-nar, Rodrigo Mendes chegou a inda ao ter-

ceiro desafio onde caiu apenas frente ao líder do ranking nacional . Miguel Pereira perdeu também frente a um dos 10 primeiros do ranking Nacional. Contas finais, Rodrigo Mendes foi 19º e Miguel Pereira termi-nou em 26º.

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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Boas F estasBoas F estasJornal do Centro07 | dezembro | 2012 23

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DESPORTO | MODALIDADES

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Futebol - II Liga Profissional

Tondela marca passo com a Oliveirense

Terminou sem golos o jogo entre o Desporti-vo de Tondela e a Olivei-rense.

Uma partida da 16ª jornada da II Liga Pro-fissional em que o ven-cedor deixava para trás na classificação o seu ad-versário.

Um ponto ganhou?

Um ponto perdido? Mais para a frente se farão contas, mas os jogos em casa têm sempre a res-ponsabilidade acresci-da para quem joga nessa condição.

Com mais este pon-to o Tondela fica no oi-tavo lugar - à condição já que depende do que o

União da Madeira faça frente ao Sporting B (no fecho desta emissão ain-da não tinham jogado) - isto alguns dias antes da deslocação ao Sporting de Covilhã, este domin-go, dia 9 de dezembro.

Certo é que a Olivei-rense era um adversário de respeito, já que é uma

A Tondela não perde há quatro jogos para a II Liga

Gil

Pere

s

das equipas que habi-tualmente aposta forte nesta II Liga na pers-pectiva de lutar por uma subida ao princi-pal escalão do futebol português.

Com este empate o Tondela continua as-sim numa série de re-sultados posit ivos , m a nte ndo - s e u m a equipa sólida defensi-vamente - vai em qua-tro jogos consecutivos para a II Liga sem per-der.

O jogo com o Covilhã poderá abrir portas a um triunfo já que vai defrontar um dos “afli-tos”, o que deixaria o Tondela pelos luga-res cimeiros da tabela antes da recepção ao Sporting B, agendada para a manhã do dia 17 de dezembro.

Cumprido que está mais que o primeiro terço dos 42 jogos do campeonato, o Tondela vai somando os pontos que rapidamente lhe podem dar a manuten-ção, e depois então so-nhar com outros obje-tivos. GP

Nacional de Iniciados

Jogo termina em violência

Jogadores, dirigentes e simpatizantes do Lusita-no Futebol Clube, que se deslocaram no domingo ao recinto do Desportivo Candal, em Vila Nova de Gaia, já estavam alertados, por elementos de outro clube de futebol de Viseu que recentemente visitou aquele estádio, que a rece-ção não iria ser pacífica, mas nunca imaginaram que o campo de futebol se transformasse num cam-po de batalha.

No f inal do jogo de Juniores C, em que a equi-pa do Lusitano de Vilde-moinhos, venceu (0-3) o Desportivo de Candal, ini-ciou-se uma batalha cam-pal entre os pais dos atle-tas – de 13 e 14 anos. “Co-meçaram a atirar placas de alumínio, caixotes do lixo e cadeiras”, referiu João Gomes, diretor da forma-ção do Lusitano, que ape-lidou a situação de “mui-to grave”. “Pontapearam, ameaçaram com facas e tesouras, num espetácu-lo degradante de violência gratuita”, contou.

Dirigentes e pais criti-cam a atuação dos dois elementos da PSP que fo-ram destacados para o

jogo. “Perante a situação, o árbitro da partida fugiu e os polícias foram prote-ge-lo. Chamaram reforços que demoraram 40 mi-nutos a chegar”, criticou João Gomes. “Já vi mui-tos jogos do meu filho e nunca assisti a uma situ-ação destas. Já sabíamos dos perigos, por isso nem festejámos os golos, mas garanto que o meu filho nunca mais joga naquele campo. Nunca tive tanto medo na minha vida”, dis-se lavada em lágrimas Ca-tarina Marques, 34 anos, mãe de um atleta. O clube viseense garante que não voltará a Candal para o jogo da 2ª fase e irá enviar o caso à Federação Portu-guesa de Futebol e ao Mi-nistério da Administra-ção Interna. “Quando as pessoas semeiam ventos, colhem tempestades. Têm de respeitar o terreno que pisam”, disse à Lusa Jorge Marques, do Candal.

No dia 11 de novembro, o Clube de Futebol “Os Repe-senses” também visitou o estádio do Candal. A comi-tiva foi agredida e a massa-gista saiu com o nariz parti-do, depois de ter sido atingi-da com a cabeça. TVP

Futebol Formação

I Encontro de Traquinas

O Estádio Municipal Orlando Mendes , em Santa Comba Dão, vai receber no próximo sá-bado, 8 de dezembro, o 1º Encontro de Traqui-nas, no escalão de Sub-9.

Vai decorrer ao lon-go da manhã numa or-ganização da Associa-ção de Futebol de Viseu em colaboração com a Câmara Municipal de Santa Comba Dão.

E s t e E n c o n t r o d e

Traquinas começa pe-las 10h00 e vai contar com a participação de várias equipas de fute-bol do distrito de Viseu no escalão de Sub-9 do distrito de Viseu e tem como objetivos divul-gar a modalidade junto dos mais novos, ao mes-mo tempo que se pre-tende dar algum ritmo competitivo aos jovens atletas além de se pro-mover o convívio entre as diversas equipas.

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MODALIDADES | DESPORTO

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Futebol - Divisão de Honra de Viseu

Moimenta da Beira não cede

O Moimenta da Beira continua a liderar a Di-visão de Honra da As-sociação de Futebol de Viseu.

Venceu nesta jornada o Viseu e Benfica por 3 a 0, mas o resultado não diz o que o jogo foi. O Moimenta da Beira só

conseguiu marcar a 10 minutos do final, quan-do o Viseu e Benfica jo-gava já toda a segunda parte com 10 jogadores, e os dois últimos golos aconteceram já minutos finais.

Viseu e Benfica que estreou Carlos Marques

A Vitória em Viseu cimentou a liderança

Futsal Feminino

Unidos da Estação não facilita

Não houve surpresas na oitava jornada do Distrital de Futsal Feminino.

Penedono e Unidos da Estação venceram e conti-nuam a ser as mais sérias candidatas ao título.

O Unidos goleou o Car-belrio por 8 a 1. Depois de algumas escorregadelas

inesperadas, as hecam-peãs não facilitaram e venceram folgadamente, numa jornada onde as lí-deres do Penedono foram vencer a Castro Daire por 9 a 1.

Também sem surpre-sa a Casa do Benfica de Mortágua ganhou em São

João da Pesqueira por 7 a 3 enquanto Oliveira de Fra-des e Naval de Viseu em-pataram sem golos. Nesta jornada folgou o Lusitano de Vildemoinhos.

O Penedono é líder com 21 pontos, seguido do Uni-dos com 19, mas com mais um jogo disputado. GP

A Hexacampeãs venceram um Carbelrio desflacado de algumas jogadorasG

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“Mourilhe” no banco, como novo técnico, de-pois de ter substituído António Renato no de-correr da semana ante-rior.

Perante um Viseu e Benfica defensivamente bem organizado, o líder sentiu grands dificul-dades e só a 10 minutos do fim Ruizinho desblo-queou um jogo que esta-va bem complciado.

Na perseguição ao Moimenta continua o Castro Daire. Nesta jor-nada 11 a equipa orienta-da por Rui Almeida ven-ceu em casa o Campia por 1 a 0.

O Sátão é agora tercei-ro enquanto o Canas de Senhorim com o empa-te a 2 em Vildemoinhos perdeu terreno na fren-te. GP

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culturasD Joana Arnaut apresenta livro

“Um dia quem sabe”, é o nome da primeira obra escrita por Joana Arnaut, e será apresentada amanhã, dia 8, a partir das 16h00, na FNAC Viseu. O livro fala de vozes que confiaram na autora.

expos Arcas da memória

Os “cinco réisinhos” da praxe

“Dali até ao povo, em cada linha

de rampa, os pobres eram mais que

o cisco. Assentes sobre taleigos, os

surdos-mudos pareciam marcos de

baliza à espera que os distribuíssem

pelos campos; já os entrevadinhos

tinham avantado para o meio da

estrada, sobre os cotos das mãos ou

as pernas engatinhadas, algumas

secas como cabos de faca, e deita-

vam a lamúria:

- Ó meus ricos senhores, dai a es-

mola ao aleijadinho! Olhaide para a

minha triste sorte!”

Aquilino Ribeiro, Terras do

Demo.

Este retrato colheu-o Aquilino Ribeiro há um sé-culo atrás, acontecia à en-trada de todas as feiras e ro-marias nessa geografia am-pla que ainda hoje dá pelo nome de Terras do Demo e que dela não era apanágio, que saibamos. Eram os al-vores da Primeira Repúbli-ca, não houvera ainda tem-po de seu lema de igualdade se ter feito prática corrente! Meio século depois eu ou-via a mesma cantilena dos deserdados à entrada da ro-maria da Lapa ou da do Se-nhor dos Caminhos, na su-bida para as feiras quinze-nais ou para a Feira d’ Ano, pelos Santos. E escutava-os rezando Padre-Nossos à porta de minha mãe e ia de-pois entregar-lhes a abona-da fatia de pão que comiam sentados no balcão ou des-pejava-lhes no bornal de andarilho a cesta de bata-tas que requeriam para sus-tento da família. Iam trin-

ta anos de Estado Novo e os pobres continuavam a pedir!... Ontem, na cidade onde agora moro, as mes-mas mãos antigas se esten-deram para mim. Mãos de rapariga com filho peque-no, duas frases num cartão, mendigando “cinco rèisi-nhos”, o andar trôpego de um rapaz e as inquietas vol-tas do chapéu quase vazio, o pobre copo de um outro apontando à janela do meu carro na paragem breve do semáforo, e a mulher de joelhos, “cinco rèisinhos”, por piedade!... E Francisco de Assis que não passa!... E mais de trinta anos de De-mocracia que continuam passando ao lado!... Só mais recolhida, parece, a procis-são de mendigos que antes se mostrava. E o pão que lhes estendemos como fa-zia minha mãe. E os míse-ros “cinco rèisinhos”!... E a dignidade que não damos àquela mulher ajoelhada! E a vergonha do chapéu es-tendido igual ao que nos cobre! E a nossa vergonha de nunca mais saber esco-lher os homens que gover-nam a República!... E o ges-to exemplar de tantos que constroem esse Banco Ali-mentar!... Aguardando que todos se sentem, por igual, numa cadeira da “Respu-blica”.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

SÁTÃO∑ Casa da CulturaAté dia 29 de dezembroExposição de artesanato urbano “Pinceladas”, de Susana Santos.

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 31 de janeiro Exposição de escultura “Elmos e Cilindros”, de Manuel Vaz.

Até dia 31 de janeiro Exposição de ilustração “O Lápis”, da Junta de Freguesia de S. João da Madeira.

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 31 de janeiroExposição documental e de objetos dos 130 anos da linha da Beira Alta.

OLIVEIRA DE FRA-DES∑ Biblioteca MunicipalAté dia 31 de dezembroExposição de banda de-senhada “Cenários In-temporais – Portugal”, do GICAV – Grupo de In-tervenção e Criatividade Artística de Viseu.

MOIMENTA DA BEI-RA∑ Biblioteca Municipal Aquilino RibeiroAté dia 28 de dezembroExposição “Sente a Lei-tura”, de David Silva e Cristina Morais.

roteiro cinemas Estreia da semana

Amanhecer violento – Uma pequena cidade do estado de Wa-shington acorda para um acon-tecimento chocante e surreal: é o alvo principal de uma invasão aos EUA por militares estrangei-ros. Rapidamente e sem aviso, a cidade fica sob ocupação inimi-ga e os seus cidadãos são feitos prisioneiros.

VISEUFORUM VISEU

Sessões diárias às 21h10, 00h10*Aristides de Sousa Mendes - o Cônsul de Bordéus(M6) (Digital)Sessões diárias às 15h00, 17h40Força Ralph VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10A origem dos Guardiões VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h30, 23h50*A origem dos Guardiões VO(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 00h05* 007 Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 15h50, 17h50, 19h50, 22h00, 00h00*Sininho e o segredo das fadas(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40,

16h20, 19h00, 21h40, ooh20*A Saga Twilight: amanhecer parte 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 16h30, 18h50, 21h50, 00h30*Mato-os suavemente(M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h20, 17h30, 21h10, 00h05*Anna Karenina(M12) (Digital)Sessões diárias às 13h30,

16h10, 18h50, 21h30, 00h20*Amanhecer violento(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 21h00, 00h10*007 - Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 16h00, 18h40, 21h20, 00h00*A Saga Twilight: amanhecer parte 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 18h00Argo

(M12) (Digital)Sessões diárias às 21h40, 00h15*As voltas da vida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h30, 18h50A origem dos Guardiões VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h40, 17h15, 20h50 (exceto 6ª e sáb.), 21h50*Cloud Atlas(M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Destaque

A peça “Sermão aos Pei-xes”, que estreia amanhã, dia 8, a partir das 21h45, é a grande atração teatral do 18º FINTA - Festival Internacional de Teatro ACERT, que decorre até domingo, dia 9, no Novo Ciclo. Esta é a quarta cria-ção do Trigo Limpo, em 2012, e “reflete um momen-to especial do festival”, dis-se ao JC José Rui Martins, diretor da ACERT.

Ao longo do ano, a Asso-ciação Cultural e Recreati-va de Tondela lutou contra

todas as barreiras impos-tas pelo Governo - sobretu-do o corte de 38% - e resis-tiu. “Não podíamos aban-donar o nosso público que sempre nos apoiou. O FIN-TA é mais um ato de afir-mação do projeto ACERT que não se esgota, o que os outros vêm como despe-sa, nós vemos como inves-timento”, sublinhou José Martins.

O cartaz conta essen-cialmente com nomes na-cionais, mas com proje-ção internacional. O FIN-

TA aposta igualmente nas atividades paralelas, quer através de lançamentos de livros, quer pela animação nas ruas.

O preço do bilhete é de 7,50 euros para o público geral, 5 euros para sócios e 6,50 para reformados, es-tudantes e portadores de cartão jovem. No último dia, o preço fixa-se em 10 euros, e reverte a favor dos Bombeiros Voluntários de Tondela.

Tiago Virgílio Pereira

Festival Internacional de Teatro

até domingo na ACERT“Sermão aos Peixes”∑ Quarta criação do Trigo Limpo é a grande atração

O Centro de Estudos Aquilino Ribeiro con-vidou Dom Ilídio Le-andro, Bispo de Viseu, dia 7, às 21h30, no Solar do Vinho do Dão, para

uma “conversa” acerca de “O Livro do Menino Deus”, de Aquilino Ri-beiro. Segue-se convívio com momento musical e bolo-rei.

Serões do CEARLiteratura

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Page 27: Jornal do Centro - Ed560

culturasD Workshop de origami

O origami é uma arte japonesa de dobragem de papel, que transforma uma folha em quase tudo o que se possa imaginar. Esta é a proposta de Cristina Baccari, domingo, pelas 16h00, na FNAC Viseu. A entrda é livre.

“A Noite de

Natal” na

biblioteca

de TondelaA Biblioteca Municipal

de Tomás Ribeiro, em Tondela, assinala a qua-dra natalícia com um es-petáculo de natal basea-do num conto da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen. Destinado às crianças do 1º e 2º ciclos, no dia 13, quinta-feira, a partir das 14h00.

“A Noite de Natal” apre-senta-se como uma leitu-ra encenada, interpreta-da pelo ator Paulo Lages, com ilustração cénica através da manipulação de adereços sugeridos pela história.

Ludgero

Rosas ao vivo

na FNAC ViseuLudgero é um jovem

pianista, compositor e cantor português, que desde cedo teve apetên-cia para o mundo da mú-sica. Na adolescência, es-teve em várias bandas e aos 22 anos participou num programa televisivo, que marcou a sua origi-nalidade como intérpre-te. Desde então, desen-volve o seu trabalho em espetáculos a solo num registo mais intimista. “Horas Sem Dias” é o seu mais recente trabalho e será apresentado no do-mingo, dia 9, a partir das 19h00, na FNAC Viseu.

Variedades

Foi apresentado, no pas-sado dia 29, o livro “Plano C, o combate da cidada-nia”, no Hotel Grão Vasco em Viseu. A obra, redigi-da por 22 autores, “expri-me o sentimento da so-ciedade civil portuguesa”, explicou Mendo Castro Henriques, Presidente do Instituto da Democracia Portuguesa. O livro, pro-movido pelo Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), reúne um grupo de cidadãos independentes e alguns filiados em vários partidos. Nomes como Rui Moreira, Rui Rangel, João Gomes Almeida, Ribeiro Telles, apresentam temas como justiça, economia, Europa, cidadania, orça-mento de estado e tantos

outros assuntos que, se-gundo Mendo Henriques, pretendem “ser o primeiro passo e a partir daqui espe-ra-se que a sociedade em geral lance também pro-postas e soluções, que se-jam o 23º autor”. Quanto ao título da obra, o presi-dente do IDP, explica que “Plano A, é o plano de en-tendimento com a Troika, que não está a funcionar, o Plano B são os programas partidários, a oposição, que também não surte efeitos e, neste sentido, achámos que era preciso criar um Pla-no C, que transmita a for-ça da cidadania, através de temas como coragem, cul-tura, comunicação, consti-tuição e conhecimento”. O prefácio é assinado por D.

Duarte de Bragança, pre-sidente de honra do IDP e nele pode ler-se “sentimo-nos perdidos, perdidos nas ideias que nos devem guiar nos caminhos da democra-cia portuguesa, afastados dos ideais que orientam a nossa História e das pesso-as às quais esses caminhos vão dar. Para intervirmos no nosso país, na Europa e no Mundo, precisamos de afirmar os princípios que nos identificam”.

“Plano C” apresentado em Viseu

O som e a fúria

O Choque das Civilizações. Ainda?

Samuel Huntington foi um dos grandes cientistas políti-cos dos E.U.A. Em 1993 pu-blicou um ensaio fascinante intitulado “The Clash of Ci-vilizations?” que, posterior-mente, se tornou num livro cuja tese central é a de que o mundo pós-guerra fria seria marcado por um conflito ci-vilizacional.

Os seres humanos, escre-veu Huntington, estão divi-didos por linhagens culturais

– Ocidental, Islâmica, Hindu e por aí adiante. Não existe uma civilização universal. Pelo contrário, há obstácu-los e clivagens culturais, cada um de acordo com a respecti-va cartilha de valores. E, cla-ro, a civilização Islâmica é a mais problemática por não partilhar das mesmas pro-posições que o mundo Oci-dental (como, por exemplo, ao privilegiar a religião ao Es-tado Nação ou a aversão na-tural a certos ideias liberais como o pluralismo, o idea-lismo e a Democracia).

Com as mudanças que varrem o Mundo Árabe, e depois de ter passado três meses num país islâmico, atrevo-me a não concordar com o Sr. Huntington. Por várias razões que vou, bre-vemente, sumariar. Primeira, a tecnologia (internet, ipho-nes, ipads e todas essas “icoi-sas”) aproximou muitíssimo a geração mais recente des-tas civilizações muito mais aberta às ideias dos Ociden-te. Segunda, não é verdade que no mundo árabe o povo não é nacionalista. Não só o é como também preza o plu-ralismo e a Democracia que lhes permite um reconheci-mento único enquanto seres humanos e cidadãos. Aqui-lo que a que Platão se refere na República como thymos, intrínseco ao Homem e que o impulsiona (basta olhar

para a História) a lutar por uma ordem política que sa-tisfaça o seu desejo de reco-nhecimento da sua dignida-de e valor. Alguns Autores como Hegel e Fukuyama re-sumem o problema da histó-ria humana a essa busca de um meio de satisfazer o de-sejo de reconhecimento, bus-ca essa que terminou com a vitória de uma ordem social que atinja esse objectivo.

Na minha humilde opi-nião, Huntington esqueceu-se da importância do con-texto e das circunstâncias políticas (leia-se repressi-vas numa confusão da reli-gião com a cidadania e polí-tica) a que estavam sujeitos esses povos. Mas, sobretu-do, creio que Huntington se enganou ao definir cultura. Em alguns aspectos, somos, pessoas, todos muito pareci-dos; certo que, de certo modo, somo parte de uma cultura e de um grupo mas, também é verdade, que cada um de nós é único num certo senti-do. Huntington minimizou o poder de valores univer-sais exagerando a influência de valores culturais distin-tos. Mas, depois da (s) “Pri-mavera (s) Arabe (s)” parece evidente que muitos povos do Mundo árabe partilham de um desejo universal pela Liberdade, de uma aspiração ao reconhecimento da sua dignidade e a sistemas polí-ticos que respondem e res-peitam a vontade do povo. A cultura, latu senso, pode ser um factor de diferença civili-zacional mas a Democracia, e aquilo que ela implica em termos de satisfação Huma-na, é um factor de união des-sas civilizações.

Maria da Graça Canto Moniz

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Destaque

António Lopes Pires foi distinguido com o Ós-car Mundial de Folclore 2012. O presidente da di-reção da Associação de Passos de Silgueiros (AS-SOPS), de Viseu, recebeu o prémio atribuído pela IGF, Federação Interna-cional dos Grupos de Fol-clore.

Este ano, foi Portugal a organizar a festa e a ho-menagear 13 personalida-des de dez países, que se distinguiram no estudo, na defesa, na preserva-

ção e na divulgação dos diversos aspetos da cul-tura tradicional dos seus povos, em especial no fol-clore. Em Guimarães, Ca-pital Europeia da Cultura, Carlos Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Silgueiros, entregou o Ós-car a António Lopes Pires. Foi um momento alto para Silgueiros e para a asso-ciação, que ocupa já um lugar de relevo no panora-ma cultural português.

Tiago Virgílio Pereira

António Lopes Pires recebe

Óscar Mundial de FolcloreMérito∑ Associação de Paços de Silgueiros destaca-se no panorama cultural nacional

A Premiado é presi-dente da direção da ASSOPS

Literatura

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012

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em focoJornal do Centro

07 | dezembro | 201228

A propósito das comemora-ções dos 372 anos do 1º de de-zembro, dia da Restauração da Independência e do 20º Ani-versario da Real Associação de Viseu, a Real Causa de Viseu organizou, no passado dia 30, um jantar comemorativo.

O evento contou com a ilustre presença do Duque de Bragança, Presidente de Honra da Causa Real e com vários outros con-vidados que puderam disfrutar de um serão diferente.

“A Causa Real é uma entida-de nacional que reúne as Re-ais Associações existentes por todo o país e também no es-trangeiro e que tem como fina-lidade política lutar pela insta-lação da monarquia em Por-tugal. As Reais Associações, como é o caso da Real Asso-ciação de Viseu, são órgãos da Causa Real. Têm no entanto uma autonomia que lhes per-mite fazerem as suas próprias atividades e contribuírem para as de nível nacional”, explicou Álvaro Menezes, presidente da Causa Real de Viseu. “Temos sempre procurado fazer ativi-dades que tenham interesse público e que possam de algu-ma forma, como associação de pessoas, de portugueses, ter um papel social útil na área da cultura, da história, das tradi-ções, ao nível dos grandes pro-blemas nacionais, não entran-do em questões político-par-tidárias. Procuramos sempre ter ações que levem à reflexão, ao esclarecimento, debate e te-mos feito isso ao longo destes anos e têm merecido reconhe-cimento quer da Câmara Mu-nicipal, quer de outras entida-des”, acrescentou.

Durante o jantar foi apre-sentado o livro “Plano C, o combate da cidadania”, por Mendo Castro Henriques, Presidente do Instituto da Democracia Portuguesa” (ver página 27). Antes do jantar e enquadrado nas comemora-ções, houve uma conferên-cia intitulada “Portugal e o futuro da Europa”, proferida por Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ver página 21).

E como de comemorações se tratava o evento terminou com o bolo de aniversário da Real Associação de Viseu. MC

Causa Real Viseu comemora 20º Aniversário

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em focoJornal do Centro07 | dezembro | 2012 29

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em focoJornal do Centro

07 | dezembro | 201230

Tomada de posse do novo comando dos Bombeiros Voluntários de Viseu

Enérgica Ativa: Desporto e Arte

Pai Natal chega ao Retail Park de ViseuNo primeiro dia de dezembro, o

Pai Natal chegou ao centro comer-cial Retail Park de Viseu acompa-nhado de várias figuras natalícias e proporcionou um tarde divertida. A programação de Natal do cen-tro comercial, localizado em Fra-gosela, junto à A25, decorre até dia 24. Entre os dias 13 e 16 realiza-se o Mercado Medieval de Natal cha-mado “Dias de S. Nicolau”, perso-nagem histórica que serviu de mo-delo ao Pai Natal.

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No dia 1 de dezembro, o pavilhão Multiusos, en-cheu-se de música, dança, arte e bem-estar, num evento organizado pela Enérgica – Associação Juve-nil de Viseu.

“Enérgica Ativa Desporto & Arte”, além da Âni-mus, disponibilizou um Espaço Ginástica pela As-sociação de Guimarães, o Espaço Artes Marciais, com a organização do CEKS, o Espaço Música a car-go do Conservatório Regional de Música de Viseu, o Espaço Cycling promovido pela Forlife e o Espaço Saúde, do CHV para recolha de sangue, seguido de um Curso de Suporte Básico de Vida. O Alidanças or-ganizou o seu 5º espetáculo para a Cidade de Viseu. Parte dos lucros da bilheteira reverteram para a Al-deias de Crianças SOS de Portugal.

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Page 31: Jornal do Centro - Ed560

saúdesaúde e bem-estar

APCV pede revisão do acordo

de cooperação dos transportes

A presidente da Asso-ciação de Paralisia Ce-rebral de Viseu (APCV), Leonor Nascimento adiantou que os pedi-dos de atendimento e de apoio a utentes com paralisia cerebral “cres-cem a níveis assustado-res” e, por isso, “há áre-as que precisam de um olhar mais atento por parte do Estado”.

Leonor Nascimento fa-lava na abertura do semi-nário “Vários Caminhos... uma Finalidade” que de-correu nos dia 30 de no-vembro e 1 de dezembro, em Viseu e marcou o en-cerramento das come-morações dos 30 anos da APCV. A responsável as-sumiu que foram “30 anos a derrubar barreiras e pre-conceitos, 30 anos a sensi-bilizar e a combater a dis-

criminação com base na deficiência da pessoa”, ao prestarem uma resposta social indispensável ao distrito, mas é necessá-rio melhor algumas áre-as, nomeadamente a do apoio aos transportes.

Novos equipamentos. Também o presidente do Centro Distrital de Se-gurança Social de Viseu, Joaquim Seixas assumiu “que é fundamental pro-mover uma cobertura efi-caz e equilibrada de ser-

viços e equipamentos, criando condições de au-tonomia às pessoas com deficiência”. A SPCV viu chumbada a candidatu-ra para a criação de uma residência autónoma em 2013, mas Joaquim Seixas anunciou a entrada em funcionamento de dois novos lares residenciais e algumas residências au-tónomas em nove conce-lhos do distrito.

“Isso significa que o nú-mero de respostas mais do que duplica e a cobertu-ra será mais equilibrada, pois vários destes equi-pamentos estão sedeados em concelhos do norte do distrito, uma zona onde a escassez de resposta nes-ta área é muita”, acrescen-tou.

Emília Amaral

Aniversário ∑ Associação encerra comemorações dos 30 anos com seminário

A Sexualidade no deficiente, mercado de traba-lho e acessibilidades em análise

O Seminário “Vários Cami-nhos… uma Finalidade” é o resultado de 30 anos de traba-lho da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu?Representam 30 anos e é

uma forma de assinalar es-ses 30 anos. Ao longo des-te ano levámos a efeito um conjunto de atividades que não é normal na instituição, mas quisemos assinalar a data com um conjunto de atividades no exterior.

Os temas que destacaram para o encontro refletem as vossas preocupações?São os temas mais sensí-

veis e aqueles que têm mais atualidade. A sexualidade, porque ainda é um tema tabú pouco abordado, quer pelas pessoas portadoras de deficiência, quer pelos pró-prios profissionais, por isso, Foi importante trazer cá al-guém que pudesse falar de forma desassombrada so-bre o tema (, Jaime Antunes, médico assistente familiar); as acessibilidades porque se trata de uma parceria com a Câmara Municipal de Viseu e o mercado de trabalho, porque é também uma das nossas prioridades na qual temos tido excelentes re-sultados. Quizemos refletir e debater sobre outras for-mas de integração e sensi-bilizar a comunidade para que haja um despertar para estas questões.

Quais são as suas perspetivas paras instituição?Sabemos que nada está

fácil no país. Fizemos uma candidatura que infeliz-mente não foi aprovada. Tratava-se de uma obra perspetivada para 2013 que permitiria alargar o centro de atividades ocupacionais para mais 18 utentes, em dois deles iriamos fazer

uma experiência como re-sidência autónoma já que temos pedidos das famí-lias nesse sentido. São pes-soas que já começam a ter alguma idade e a sua pre-ocupação é não ter a quem deixar e filhos. Portanto es-távamos a entrar numa fase de tentar fazer residências autónomas para o permitir. Isso não foi possível, por-tanto, no próximo ano va-mo-nos virar mais para o interior da instituição.

Apelou ao Centro Distrital de Segurança Social de Viseu para rever o acordo de cooperação em matéria de transportes. Quer concretizar esse apelo?As necessidades e os cons-

trangimentos aumentam diariamente, os pedidos de atendimento e apoios cres-cem a níveis assustadores, as listas de espera engros-sam substancialmente e há áreas que necessitam de um olhar mais atento por parte do Estado. Não posso dei-xar de salientar que o apoio que prestamos aos nossos utentes, através das respe-tivas respostas sociais, tem um carater supraconcelhio e de enormes custos para a associação. São apoios que respondem a necessidades de concelhos tão distantes como o de Penalva do cas-telo a Viseu, através da sede, ou o de Mortágua até Car-regal do Sal, através do Pólo em Oliveira do Conde, com o recurso a sete viaturas e percorrendo 1500 quiló-metros por dia, 7500 quiló-metros por semana, 30 mil quilómetros por mês, que requerem um tratamento diferenciado e específico e representam custos que jul-gamos legítimo ver incluí-dos e contemplados no acor-do de cooperação relativo a transportes. EA

conversas

“Há áreas que necessitam de um olhar mais atento do Estado”

Leonor NascimentoPresidente da

Associação de Paralisia Cerebral de Viseu

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Viseu regista sete novos

casos de Sida este ano

O distrito de Viseu re-gistou este ano de 2012 sete casos novos de infe-ção VIH, sendo três deles da área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões. De acordo com os dados reve-lados pela Administração Regional de Saúde do Cen-tro (ARC Centro), Viseu é o terceiro distrito com me-nos casos na lista dos seis distritos da região Centro, representando uma taxa de 5,72 por cem mil habi-tantes de novos casos de-clarados de infeção em 2011 na área de influência da ARS Centro.

Os últimos dados de se-tembro deste ano revelam ainda que o distrito de Viseu tem 492 casos acumulados

(382 na área de influência da ARS Centro). No conjunto dos seis distritos, Aveiro é o que tem maior número ab-soluto de casos novos e tam-bém maior taxa de novos ca-sos notificados em 2010. No fundo da tabela com menor número de doentes está o distrito da Guarda. Em toda

a região Centro foram regis-tados 92 novos casos de in-feção, entre janeiro e 30 de setembro, correspondendo 69 à área de influência da ARS Centro.

Os dados foram reve-lados no Dia Mundial de Luta Contra a Sida, assi-nalado a 1 de dezembro.

A ARC Centro assume o programa de Prevenção e Controlo da Infeção VIH como “prioritário” e alerta a população para a impor-tância da prevenção.

“A adoção de compor-tamentos que permitam evitar a sua transmissão, o conhecimento precoce da situação de infeção atra-vés da realização do teste de rastreio e o tratamen-to adequado dos infetados são hoje, reconhecidamen-te a nível mundial, os prin-cipais meios de prevenção da transmissão do VIH e que poderão acabar com esta epidemia”, adianta a ARS Centro em comuni-cado.

Emília Amaral

Dados ∑ Distrito está a meio da lista de doentes infetados na região Centro com 492 casosA farmácia Tomás Ri-

beiro, em Tondela está a promover até 6 de janei-ro a campanha de Natal “Recolha de Mimo”. A campanha, desenhada em conjunto com a empresa de comunicação criativa Brandline, convida as pes-soas a entregar na farmá-cia um brinquedo, um li-

vro, um DVD ou uma peça de roupa usada, que depois serão oferecidos às crian-ças e jovens da Associação Recreio do Caramulo.

Todos os aderentes à campanha terão um des-conto de 15 por cento na compra de perfumes e co-ffrets (estojos de perfuma-ria).

Farmácia de Tondela promove “Recolha de Mimo”

A Dia Mundial de Luta Contra a Sida, 1 de dezembro

A Casa do Povo de Abraveses promove esta sexta-feira, dia 7, a par-tir das 9h30, no auditó-rio do Instituto Portu-guês da Juventude, o se-minário “Olhares Sobre a Violência Doméstica”. O encontro integra-se nas

jornadas nacionais con-tra a violência doméstica e pretende reunir inter-venientes ligados à pro-blemática, de diversas áreas profissionais, por forma a promover o de-bate e a reflexão sobre o fenómeno.

Violência Doméstica

A Câmara Municipal de Tondela assinalou o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de de-zembro) com a iniciativa “Boas Práticas para a In-

clusão”. Ao longo da tarde da passada segunda-feira, o ginásio do pavilhão Mu-nicipal encheu-se de crian-ças e jovens para comemo-rar a efeméride.

Tondela promove boaspráticas para a inclusão

Os três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) I, II e III que abrangem 14 dos 24 concelhos do distrito de Viseu, foram fundidos num só agrupamento, passan-do o diretor do ACES Dão Lafões I, Marques Neves a assumir a direção do novo organismo. A alteração surge na sequência des-pacho ministerial de 30 de novembro, publicado em “Diário da República” na passada segunda-feira.

Esta reestruturação ins-titui a partir de agora um novo organismo, o Agru-pamento de Centro de saú-

de Dão Lafões que irá gerir os destinos de 16 centros de saúde e várias extensões de saúde num total de cerca de 300 mil utentes.

José Armando Marques Neves foi designado para o cargo de diretor executivo do Agrupamento de Cen-tros de Saúde do Dão-La-fões, pelo período de três anos. EA

Dão Lafões passa de três para um ACES

Jornal do Centro07 | dezembro | 201232

Page 33: Jornal do Centro - Ed560

CLASSIFICADOS

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100 Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Condutor de máquina de escava-ção. Lamego - Ref. 587858819

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referên-cia (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Padeiro, em GeralRef. 587823363 – tempo completo – São Pedro do SulPedreiroRef. 587866642 – tempo completo – Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco ElectricoRef. 587872707 – tempo completo

– Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco ElectricoRef. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do SalA tempo completo

Outras costureiras,Ref. 587839124 - Carregal do Sal

Outros estucadoresRef. 587872760 - Carregal do SalA tempo completo.

Carpinteiro de limposRef. 587883429 - Carregal do SalA tempo completo. Bate-chapas de veículosRef. 587822404 - TondelaPadeiro, em geralRef. 587837876 - TondelaA tempo completoTécnico em higieneRef. 587874628 - Tondela

Cortador de carnes verdesRef. 587877191 - TondelaA tempo completo

EletromecânicoRef. 587889139 - TondelaA tempo completo

Empregado de mesaRef. 587893064 - TondelaA tempo completo

Fiel de armazémRef. 587893067 - TondelaA tempo completoServente de armazém / carrega-dor - serviço de catering

Ajudante de cozinhaRef. 587893071 - TondelaA tempo completoAjudante de cozinha com muita experiência - serviço de catering

EsteticistaRef. 587870029 - Tempo Completo - Viseu

CabeleiriraRef. 587868125 – Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro

Ref. 587862301 - Tempo Completo - Viseu

EstucadorRef. 587872917- Tempo Completo - Viseu

Soldador a metal ou solda forteRef. 587878046- Tempo Completo

– Viseu

Carpinteiro de limposRef. 587873509 - Tempo Completo - Viseu

PasteleiroRef. 587873118- Tempo Completo – Viseu

Pintor superfícies metalicasRef. 587884692 - Tempo Completo - Mangualde

Cortador Carnes VerdesRef. 587885012- Tempo Completo - Nelas

ANGARIADORDE ASSINATURAS

Faça parte da equipado Jornal do Centro.

Ligue 232 437 461 ou envie CV para:

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Jornal do Centro07 | dezembro | 2012 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed560

CLASSIFICADOS

NECROLOGIAJosé António Paiva, 86 anos, casado. Natural e residente em Pereira, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Pereira.

João Batista Carlos Mendes Costa, 49 anos, casado. Natural e re-sidente em São Joaninho, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 25 de novembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Jo-aninho.

Claudina Duarte, 81 anos, solteira. Natural e residente em Picão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 27 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Picão.

João Augusto Marques, 94 anos, casado. Natural de Pereira, Pi-nheiro, Castro Daire e residente em Castro Daire. O funeral reali-zou-se no dia 3 de dezembro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Celeste de Jesus, 89 anos, viúva. Natural e residente em Água Leva-da, Espinho, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de dezem-bro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Espinho.

Ana de Jesus Ramos, 94 anos, viúva. Natural e residente em Moimenta de Maceira Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moimenta de Maceira Dão.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

INSTITUCIONAIS

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)

(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 560 de 07.12.2012)

1ª Publicação

Rogério Peres Lopes, 45 anos, casado. Natural e residente em Cal-das da Felgueira, Canas de Senhorim, Nelas. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Fel-gueira.

Maria Fernanda Rodrigues Reis Lopes, 60 anos, casada. Natural e residente em Carvalhal Redondo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Carva-lhal Redondo.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Teresa Maria de Jesus, 99 anos, viúva. Natural e residente em Cras-to de Campia, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 1 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Campia.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Isabel Jesus Novo, 78 anos, casada. Natural de Sátão e residente em Samorim, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão.

António Gomes Martins, 86 anos, casado. Natural de São Miguel de Vila Boa, Sátão e residente em Abrunhosa, São Miguel de Vila Boa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério de São Miguel.

Albino Sousa Amaral, 94 anos, viúvo. Natural de São Pedro de Fran-ce e residente em Anadia. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Lucinda de Jesus, 97 anos, casada. Natural e residente em Louro-sa da Comenda, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Moçamedes.

José Graciano de Almeida, 76 anos, viúvo. Natural de Vila Maior e residente em Sobrosa, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 29 de novembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de San-ta Cruz da Trapa.

José Rodrigues Pereira, 82 anos, casado. Natural e residente em Banda Vises, Fataunços, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Fataunços.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Carlos João Quintela do Amaral, 78 anos, casado. Natural e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Laurinda da Cunha Rodrigues, 74 anos, casada. Natural e residen-te em São João de Lourosa. O funeral realizou-se no dia 28 de no-vembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério local.

António Caetano de Jesus, 88 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de novembro, pelas 16.00 ho-ras, para o cemitério velho de Viseu.

Silvestre dos Santos, 88 anos, casado. Natural de Bodiosa e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de novembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Rosa Gomes Pinto, 83 anos, viúva. Natural de Vinhô, Gouveia e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de novembro, pe-las 15.30 horas, para o cemitério de Vinhô.

Ângelo da Anunciação Coelho, 70 anos, casado. Natural e residen-te em Povolide. O funeral realizou-se no dia 2 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.

Maria Ermelinda de Almeida Ferreira, 65 anos, viúva. Natural e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Orgens.

Maria Júlia de Freitas Mota Ferreira, 90 anos, viúva. Natural de Matosinhos e residente em Oliveira de Cima, Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 6 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemi-tério de Bodiosa.

Maria dos Santos Loureiro, 87 anos, viúva. Natural e residente em Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 6 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro07 | dezembro | 201234

Page 35: Jornal do Centro - Ed560

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 508 | 9 DE DEZEMBRO DE 2011

∑ “Viseu podia tratar melhor o fado“. (Sousa,

guitarrista)

∑ “É preciso que os governantes vejam que o

turismo é um setor pujante”. (Pedro Machado)

∑ Viseu menos iluminada este Natal.

∑ Bispo de Viseu pede solidariedade aos padres.

∑ Alunos do IPV são dos mais empreendedores do

país.

∑ Federação ganha Marta, ou Tondela perde

autarca?

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 16pág. 17pág. 18pág. 21pág. 26pág. 30pág. 36pág. 38pág. 40pág. 43

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ESPECIAL> ECONOMIA> SUPLEMENTO

> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

9 a 15 de Dezembrode 2011

Ano 10

N.º 508

1,00 Euro

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ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Viseu e o fado∑ Do Hilário ao Sousa... | páginas 6 e 7

Nun

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ndré

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reira

CARTA DO LEITOR

Almoço de homenagem

Discurso proferido por Val-demar Reis:

Antes de mais, obrigado pela vossa presença, como sabem estamos aqui para confraternizamos este mo-mento, que simboliza a des-pedida da D. Francelina Car-doso pela atribuição da sua reforma.

Em tempo útil não foi possível realizar esta festa, mas como diz o ditado an-tigo, mais vale tarde do que nunca

Como sabem a D. France-lina trabalhou na Empresa Lopes & Correia Lda, Bel-cor e 5 à SEC de Viseu cerca de 40 anos é quase inédito haver situações semelhan-tes, mas por isso damos gra-ças a Deus pela saúde e força que Deus lhe deu, sendo um exemplo no que diz respeito à honestidade, assiduidade e profissionalismo.

Sabemos que por vezes por razões pessoais ou ou-tras, nunca deixou a loja fe-chada, sendo um sinal de responsabilidade que a ca-racteriza, são estas atitudes e comportamentos que mar-cam a história das empre-sas tornando-as fortes de um capital humano, activo e benéfico.

Assim neste contexto que-

ro agradecer à Dª France-lina, em nome pessoal , es-posa e filhos tudo quanto de bom trouxe à empresa.

Esperando desta forma que as funcionárias no ac-tivo, vejam aqui o exemplo a seguir, certamente não se-rão esquecidas.

Finalmente, termino dese-jando-lhe muita saúde, felici-dades para si e toda a família

assim como a todas as fun-cionárias e seus familiares.

Aproveito nesta Quadra Natalícia, para desejar os presentes um Santo Feliz Natal e um próspero Ano Novo 2013.

São estes os nossos votos sinceros, bem-haja.

Valdemar ReisGerente da 5 à SEC Viseu

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18o festival internacional de teatro acert

5 a 9 dez 2012 tondelawww.acert.pt/finta

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR APOIO

Jornal do Centro07 | dezembro | 2012 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed560

JORNAL DO CENTRO07 | NOVEMBRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 7 de dezembro, chuva moderada. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 7ºC. Amanhã, 8 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 9ºC e mínima de 4ºC. Domingo, 9 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 7ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 10 de dezembro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 1ºC.

tempo

Sexta, 7Sernancelhe∑ Exporacing - exposição de viaturas de competição (rallye, todo-o-terreno, velocidade), inaugurado às 18h00, no Expo Salão Multiusos. Adruzilo Lopes, antigo campeão nacional de rallye vai estar presente na inauguração do certame.

Viseu∑ Abertura das “Casinhas de Natal 2012”, às 18h00, no Rossio. A iniciativa repete-se no âmbito do programa “Viseu a Minha Terra Natal” da responsabilidade da autarquia viseense.

Viseu∑ Seminário sobre “Peixes Migrados, organizado pela ADDLAP - Associação de Desenvolvimento de Dão lafões e Alto Paiva, às 9h30, no Auditório da Escola Superior Agrária de Viseu.

agenda∑

O Jornal do Centro oferece:

∑Bilhetes para o FINTA, de 5 a 9 de dezembro, em Tondela. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.

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Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

O título deste Olho de Gato inspira-se na que-rela recente num tribunal tripeiro onde esteve em causa se um “FDP” junto ao nome de Rui Rio queria dizer aquilo que é comum pensar-se que-rer dizer, ou queria dizer “Fanático Dos Popós”, conforme jurava o réu.

O assunto Felizardos Dos Popós, com carrinhos, combustível, portagens, seguro, tudo pago pelos nossos impostos, é pouco falado na nossa esfe-ra pública. Sempre que alguém o levanta, leva o carimbo de “populista” e “anti-democrata”. Por isso, só se fala dos Felizardos Dos Popós nos co-mentários dos jornais, da blogosfera e das redes sociais.

É a segunda vez que o trato aqui. Da primeira defendi que os carros do estado deviam estar to-dos identificados como tal.

Dos bastidores das últimas negociações orçamentais entre os partidos da maioria, soube-se que o CDS queria moralizar o uso dos carros oficiais mas o PSD recusou.

O à-vontade com que a casta superior gasta os nossos impostos escapa à compreensão de um sueco, um holandês ou um alemão. Cá ninguém estranha.

Quando Freitas do Amaral abandonou o gover-no Sócrates mandou publicar um louvor à “ab-soluta discrição” do motorista “encarregado do apoio automóvel” à sua “família directa”. O blogue Corta-Fitas acha que este Felizardo dos Popós es-tava a gozar quando escarrapachou no diário da república que se sentiu “sempre muito tranquilo” por saber que os membros da sua “família mais próxima” estavam nas mãos do “pontual” moto-rista quando “precisavam dos seus serviços, de que sempre muito gostaram.” Involuntário mas, de facto, um gozo na nossa cara de pagadores de impostos.

Quando o topo usa assim os bens públicos, o exemplo replica-se pela máquina estatal abaixo. Ninguém se admire dos pilaretes com controle remoto que o dr. Ruas e o dr. Américo plantaram no Rossio para seu estacionamento privativo.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Felizardos Dos Popós

Dois anos depois de ter sido constituída, a Fede-ração das Associações Ju-venis do Distrito de Viseu (FAJDV) reúne-se este fim-de-semana pela pri-meira vez, para debater, por um lado, a mudança de legislação relativa às asso-ciações juvenis e, por ou-tro lado, as políticas locais de juventude.

O 1º Encontro Distrital de Associações Juvenis de Viseu decorre este sába-do e domingo, no auditó-rio do Instituto Português da Juventude, em Viseu. Representantes de 86 as-sociações do distrito ins-critas no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ) vão participar nos trabalhos ao longo dos dois dias.

O presidente da FAJU-VIS, Júlio Pacheco, adian-ta que o encontro faz par-te do plano de atividades

traçado para a Federação, mas também “faz todo o sentido acontecer” numa altura de crise em que “as associações têm um papel fundamental na resolução de problemas que o Estado não consegue resolver”.

Júlio Pacheco acrescen-ta que Viseu “apesar de ser um distrito forte em asso-ciativismo, nunca tinha fei-to esta tentativa de se unir através da Federação” e por isso é igualmente um mo-mento “histórico” para o associativismo distrital.

O sábado vai ser um dia dedicado ao trabalho prá-tico, com um workshop e plenários, a partir das 10h00. Já o domingo está reservado para o debate de políticas locais de ju-ventude. “Políticas Autár-quicas para a Juventude” foi o tema escolhido para o plenário, marcado para as 10h30, onde estarão re-presentantes das Câmaras de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão.

Emília Amaral

Federação reúne

associações no IPJViseu∑ Debate de políticas locais de juventude é um dos temas

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A Distrito tem 86 associações inscritas no RNAJ

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