jornal do centro - ed512

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 15 pág. 16 pág. 18 pág. 21 pág. 22 pág. 24 pág. 28 pág. 29 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 6 a 12 de Janeiro de 2011 Ano 10 N.º 512 1,00 Euro Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Publicidade Publicidade D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro | páginas 8 e 9 “Os jovens são os grandes parentes pobres da sociedade actual” Nuno André Ferreira

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Jornal do Centro - Ed512

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário6 a 12 de Janeirode 2011

Ano 10N.º 512

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

licid

ade

Pub

licid

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∑ D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

| páginas 8 e 9

“Os jovens são os grandes parentes pobres da sociedadeactual”

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Page 2: Jornal do Centro - Ed512

praçapública

palavrasdeles

rÉ mais fácil parti-lhar a pobreza do que partilhar a riqueza.”

Dom Ilídio LeandroBispo da Diocese de Viseu, Jornal do Centro, edição 512

rO discurso de rigor do Ministro da Saúde sai muito chamuscado deste episódio (nome-ação da administração do Centro Hospitalar Tondela - Viseu) e de outros similares que vão acontecendo em todo o país.”

Manuel Pizarro Deputado do PS, ex-secretário de Estado da Saúde, Jornal do

Centro, edição 512

rOs partidos do blo-co central são insensí-veis às necessidades das populações e à função social que os CTT prestam.”

Carlos VieiraDeputado municipal por Viseu do BE, em declarações ao Jornal

do Centro, edição 512

rO Teatro Viriato (...) ainda não viu um cênti-mo do QREN, de uma candidatura que já tem dois anos”

Paulo RibeiroDirector artístico do Teatro Viriato, em conferência de impren-

sa, 3 de Janeiro de 2012

“O começo de um livro é precioso. Mui-tos começos são preciosíssimos.

Mas breve é o começo de um livro – mantém o começo prosseguindo.

Quando este se prolonga, um livro se-guinte se inicia.

Basta esperar que a decisão da intimi-dade se pronuncie.

Vou chamar-lhe fio ______ linha, confiança, crédito, tecido.”

Maria Gabriela Llansol, O Começo de um Livro É Precio-so: Assírio & Alvim, 2003

Tal como no começo de um livro, um ano começa.Cada dia é uma página, do resto da nossa vida. Em cada dia

que se abre, há um espaço em branco a preencher, a escre-ver. A desafiar-nos. Cada manhã, olhamos o espelho e sem narcisismos, recordamos a nossa missão diária: procurar a felicidade. Thomas Hardy, um pessimista radical, escritor, deixou para a posteridade: “A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que te-mos.” Frase sábia, nestes tempos, em que a sovinice é con-siderada virtude.

No início do ano, sejamos optimistas. Fica bem. Cai bem. Até porque, como dizia Winston Churchill: “Seja optimista. Não serve de muito ser outra coisa qualquer.” Optimis-tas, então, no tecido da vida, na decisão da intimidade. Mes-mo perante o mar encapelado.

Abre-se um ano, desfolha-se um sonho, um desejo. Volta-se a viver uma realidade: os outros. Jean-Paul Sartre, escre-

veu, que “o inferno são os outros”. Mas eles, os outros, são uma realidade omnipresente. Nem sempre diabólica, manda a verdade, que se diga. Também Guillermo Cabrera Infante, lembra em A Ninfa Inconstante (Quetzal, 2009): “ “Os outros é que são sempre a realidade. Mesmo os do outro lado da página”. Mesmo esses.

E tal como as paginas de um livro, os dias de uma vida enfrentam-se em solidão. Porque, para os outros fica o iso-lamento. Vergílio Ferreira, em ensaio denso e inteligente, haveria de nos ajudar a compreender: “a solidão tem que ver connosco, não com os outros; e o isolamento é só com os outros que tem que ver. O isolamento gera-se numa dimensão física; a solidão, numa dimensão meta-física. Assim a solidão exprime apenas a ambiência de uma autenticidade. Por isso o grande homem da acção prática a não ignora.” (O Existencialismo é um Humanismo, com Jean-Paul Sartre, Editorial Presença. 1970).

É pelos outros, que corremos, a fugir ou procurando o en-contro. Mas, corremos. E de que vale isso? Pouco, a dar ou-vidos, a Marcel Proust: “ Toda a gente vive apressada, e sai-se no momento em que se devia chegar.”

Daí: ler apressadamente, não nos deixa tempo para reflectir. Correr desalmadamente, não nos deixa tempo para viver.

Aliás, a pressa nunca foi boa conselheira, como sabemos. E, por falar em conselho, nada como ouvir os gregos (quan-do ainda tinham voz, nada de confusão, hoje estão reduzidos ao lixo, como nós). Bom, escreve Epicuro: “Faz tudo como se alguém te contemplasse”. Cá está! A solidão enquanto estratégia.

O velho lema, cada dia é um dia, deu no que deu. O amanhã não existia, hoje, o passado desaba sobre as nossas cabeças,

inapelávelmente. Seguiu-se, em demasia, Séneca: “Apres-sa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” Ora, pois claro, o hedonismo sem freio, a irromper pelas páginas dos dias.

É certo, que o que escreve Marguerite Duras, no seu be-líssimo, O Amante (Difel, 1984), também não é menos ver-dade: “Muito cedo na minha vida foi tarde de mais.” Mas, não se encerra aqui a loucura da velocidade. Surpre-ende-se, isso sim, a perda de uma oportunidade, por má gestão da emoção, por distracção, por falta de reflexão. A velha expressão, se soubesse o que sei hoje, a condimentar a impotência nas fasquias derrubadas, por inabilidade (para ser simpático, com as terminologias, principalmente se me dizem respeito).

Enfrentamos, cada dia, o branco singular, virginal, de cada página, tentando descrever os nossos movimentos de sobre-vivência, enquanto o amanhã da eternidade, não interrompe a caminhada, não nos interpela definitivamente.

A bruma do desespero, vai alimentando, insondável, incon-solável, as dificuldades multiplicadas do quotidiano.

Estamos no início… esperando o fim. Sim, já dizia Jacques de la Palice, “o que tem começo tem fim.” Desculpem, não foi ele, enganei-me, mas sim, Maquiavel. Ele mesmo. E as-sim, o caso muda de figura: é que dito, por este senhor, não estamos perante uma das célebres palissadas, que marcam o ridículo. Proferido por Maquiavel, quererá dizer, que o que tem começo, pode não ter fim. E, o que tem fim, pode não ter começo.

O que esperamos, é que a crise começada, tenha um fim. Rápido e urgente. E que o seu fim, dê inicio a um começo, prolongado, com um fim adiado.

Opinião O começo tem um fim?

José Lapa Técnico Superior do IPV

Este ano passado, bem diferente de outros para a maioria das pessoas, ficou especialmente marca-do pela análise, tão ajustada quanto possível, do que aos poucos vinha emergindo. A crise. Sempre a cri-se. Anunciada à boca pequena, por uns e gritada em pregões, por outros, cada pessoa deu conta de que o passado passou a ter um significado diferente: abun-dância, despreocupação, possibilidade de concretizar alguns sonhos, andar nas auto-estradas sem custos acrescidos, ter pão mais barato, combustíveis mais baixos, refeições mais em conta, oportunidade de mu-dar de emprego/trabalho, fazer férias desafogadas… e sei mais eu o quê. O que vinha a ser anunciado desde

há algum tempo lá se veio a concretizar. O colapso. O deslizar para a miséria; o aumento de indigentes e de sem abrigo; de jovens que ficam por crescer academi-camente por escassez de suporte financeiro; de idosos a penar de fome e frio; de suicídios por falta absoluta de soluções. Inútil é enumerar. Abusou-se. Entrou-se em rota de colisão com princípios económicos e fi-nanceiros que não admitem desvios. Gastou-se o que se tinha e o que não se tinha. Endividámo-nos absur-damente, sem qualquer centelha de responsabilidade por parte dos nossos governantes. Pagámos balúrdios a gente que nunca levantou uma palha nem dizia bom-dia a ninguém (alvorada depois do meio-dia). Promo-

veu-se o ócio subsidiado. As políticas remuneraram melhor os desempregados do que os activos. Pagaram mais a um jovem que nunca produziu mais do que cin-za de cigarros do que a idosos depois de trabalhar uma vida inteira. Eu confesso que fiquei edificado com tan-to progresso. Esse progresso anunciado nos jornais e televisão, em que nas estatísticas aparecíamos à frente de outros países padrão como esconjura do passado. Fronteiras abertas, emigração “à Lagardère”, prostí-bulos a esmo, professores agredidos, autoridades agre-didas, anarquia descontrolada de trânsito, crianças com birras e aos berros em restaurantes e em locais de sossego, linguagem desbragada da criançada e de

Opinião Passou de ano ou chumbou?

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Quais os maioresreceios para 2012?

Importa-se de

responder?

O meu maior medo é o aumento do desemprego. Porque, no geral, acho que estão a alarmar em demasia as pessoas, anda toda a gente com medo, mas não sabem bem de quê.

Eu acho que tudo se consegue com esperança e força de vontade. O meu receio é que as pessoas percam essa espe-rança e força de vontade e aí sim, pode tornar-se uma situa-ção complicada.

Eu questiono-me, onde é que Portugal vai parar com esta crise e se vai ou não continuar na União Europeia, logo com a moeda do Euro? Temos de ser firmes e olhar para o futuro com esperança.

O meu maior receio é que o desemprego aumente, em es-pecial para os jovens que são os homens de amanhã. A crise social também me preocupa.

Maria DominguesDesempregada

Sofia MorgadoEstudante

Alexandre OliveiraPorteiro

Fernanda RodriguesFuncionária Pública

estrelas

Dom Ilídio LeandroBispo da diocese de Viseu

Nuno Gandra com a “Areias do Tempo”, ao editar maioritariamente obras de viseenses ou de escritores ligados a Viseu, como os recém-pu-blicados Rogério de Seabra Cardoso e António Gil, está a estimular a pro-dução dos valores locais.

Joaquim EscadaPresidente da Associação de

Andebol de Viseu

números

44É o número de acidentes re-

gistados pela GNR nas prin-cipais estradas do distrito de Viseu, durante os quatro dias da Operação Ano Novo.

Nuno GandraPresidente da Direcção

da Associação Cultural e Editorias Areias do Tempo

O Andebol continua a ser a modalida-de que mais eventos internacionais tráz à região. Se o Torneio São Mateus é uma referência nacional na preparação de pré-época, as selecções de Portugal são tam-bém clientes habituais. Agora é Lamego a receber um jogo da principal equipa na caminhada para o Mundial de 2013, em Espanha. Joaquim Escada e a associação a que preside têm uma papel decisivo ao conseguirem estes eventos para a região.

Ao ordenar os 10 primeiros diá-conos casados na Diocese de Viseu, Dom Ilídio Leandro alarga as suas formas de luta contra a exclusão e a favor da solidariedade e da par-tilha.

adolescentes (com preponderância para as raparigas) equipamento social vandalizado, abuso de drogas e álcool, violência doméstica e mais um quasi infinito número de coisas que eu, e mais uma grande quanti-dade de pessoas, classificam como desvio e mãe do estado pútrido a que chegámos.

Em tempos ouvia-se falar, com alguma reserva, de uma pessoa que era elencável para lugar de estado, sempre que se tratasse de um tecnocrata. Os políticos torciam o nariz e desabridamente teciam desabonos sobre as capacidades governativas desses “experts”. Era o “cuquismo” a ditar as leis. A intolerância a quem faz sombra. Assim, só os rapazes que tivessem andado

uma vida a colar cartazes e seguido a matriz corpora-tiva do partido estariam aptos a chegar aos lugares de topo na vida política do País. Veja-se no que deu!!!

Aqui chegados, com mais um ano civil para trás e a memória infectada pelo cúmulo de golpes e de cica-trizes com que nos atingiram, é hora de assacar res-ponsabilidades, à semelhança do que fazemos com os nossos filhos: Estudaram? Foram esforçados? En-tregaram-se à missão que deveriam cumprir? Então passam. Não? Chumbam.

E nós? Estivemos, sim, atentos à melhor hipótese de “passar” de ano. Em casa de amigos, num bar, num ho-tel, enfim, num “reveillon”. Passámos o ano, de facto.

Mas o ano civil. O “tal” ano a que me refiro, que rela-ciono com o ano escolar dos nossos filhos, esse chum-bámos! E nos anteriores, também. Criámos esta gera-ção que há quem se atreva de chamar de “rasca”. Nada fizemos por lhes garantir o futuro. Ou melhor, tudo fi-zemos para garantir que herdem esta situação. Impu-semos-lhes estes desmandos. Votámos anos a fio nessa pseudo-competência dos não tecnocratas; dos lobbies, das “lojas”, dos mal-formados, dos desonestos, enfim, dos que não sabem nadar! Sim, porque esses, para so-breviver, afundam a quem se lhes acerque.

Pedro Calheiros

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

[email protected]

Redacção (redaccao@

jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Departamento Comercial [email protected]

Directora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedacçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP - 3500-680 Repeses, Viseu• Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

O museu na sua origem era um lugar, sítio, espaço das Musas. As Musas, nove irmãs, eram cantoras divinas ligadas ao primado da mú-sica no Universo, mas também pre-sidiam ao Pensamento, nas suas plurais formas. Camões a invoca-as em “Os Lusíadas”. Sendo do Tejo ninfas, Tágides as nomeou.

Tenho visitado ultimamente al-guns dos mais representativos museus do distrito. E bastantes há abertos e alguns mais a abrir. O que prova três coisas: o rega-nho de interesse por esta forma de cultura, a existência de uma ri-queza patrimonial histórico-cul-tural abundante e, provará ainda, que aqueles que detêm capacida-de decisória, nomeadamente a ní-vel autárquico, estão sensibilizados

para os discursos museológicos. Quer eles sejam de carácter histó-rico, social ou político. Ou de todos misturados.

Hoje, numa época em contínua construção, a mutabilidade deter-mina uma adaptação dinâmica dos conceitos aos novos paradigmas sócio-vivenciais emergentes e vi-gentes.

Hoje, mais do que ontem, o Mu-seu procura um público menos eru-dito, mais jovem, mais heterogéneo, menos estruturado mas mais estru-turável culturalmente e mais aber-to a uma construção identitária, pela perceptibilização de todos os cambiantes da Terra onde se entor-gam suas raízes, avassalando-lhe a memória, estimulando-lhe o desejo de saber ou de obter conhecimen-

to, incitando-o à pesquisa e sensi-bilizando-o para a evolução do Ho-mem comum, através dos seus há-bitos, usos, costumes e culturas. Do sector primário ao terciário.

Num toque minimalista, mas concedendo pleno ênfase ao ex-posto, um arado – cujo valor mate-rial é de 200 ou 300 euros — como peça relevante de uma sala. Potes de barro negro como peças cru-ciais de um topos expositivo… di-zem-nos, num discurso magnani-mamente simples e eloquente, que a “riqueza” se lavrou e moldou as-sim.

E se no museu tradicional o vi-sitante busca tesouros, preciosi-dades e raras riquezas de outrora, no museu coetâneo procura, num revivalismo que o leva às suas pri-

Editorial Ainda acerca de “Terras de Besteiros ou o elogio do

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

Naquela primeira manhã de 2012, Fernando Streets acordou bem disposto mesmo sabendo que já só ia estar um ano e tal à frente dos destinos da colectivi-dade local e nem o facto do site oficial ter surgido com as tradu-ções todas “googladas” lhe tirava a bonomia e o sorriso matinal.

Deixava obra feita a tal ponto que até teimavam em o apelidar de Roundabouts, tinha as contas em dia com o Orçamento Zero aprovado e todos os membros do clã reunido em 20 e tal anos de trabalho estavam agora instala-

dos nos principais centros de de-cisão, tudo precavido e precau-cionado para “os dias de chuva” que haviam de chegar.

Nem mesmo os desentendi-mentos com o seu delfim William Adams o incomodavam e já nem sequer os mais directos oposi-tores lhe tiravam o sono. O John Cross via premiada a sua inércia e em breve rumaria para o estran-geiro aproveitando de mão amiga e dos avisados conselhos da lide-rança superior da Nação e o ou-tro, também ele Fernando mas de sobrenome Bladder, no máximo o

que sabia fazer era abster-se, de modo que não seria por aqui que viria mal ao mundo.

Claro que ficaria atento aos seus críticos mais directos e a uma cer-ta incómoda blogosfera mas para isso contava com a atenção cons-tante das suas funcionárias Go-retti Kings e Olivia Lion, além dos “services sur rendez-vous” dos ga-binetes dos seus assessores direc-tos para o inteirarem das novida-des e um dia, tal como uma certa rádio, haveriam de ter a sua lição, além de que já eram poucos.

O “eterno candidato” ao seu

Opinião Pura ficção... or maybe not!

Fernando [email protected]

Neste início de 2012 Portugal está a ser atingido por um brutal agravamento dos preços dos bens e serviços essenciais. Trata-se, sem dúvida, do maior das últimas dé-cadas.

O simples enunciado de alguns exemplos desta insuportável rea-lidade é arrasador. E testemunha bem a autêntica política de TER-RORISMO SOCIAL do governo de Passos Coelho e de Paulo Portas.

Na saúde, o preço das novas ta-xas, ditas moderadoras, mais do que duplicou. Os custos atingem os 20 a 50 euros nas urgências hospi-talares; 10 euros nas consultas nos

hospitais; 5 euros nas consultas nos centros de saúde; 4 e 5 euros nos cuidados de enfermagem. Na prá-tica constituem a transformação de um direito num privilégio para uns poucos. E num negócio de mi-lhões para alguns e na negação dos cuidados de saúde a muitos que de-les precisam.

Na electricidade, com a imposi-ção deste novo aumento, no espaço de um ano assistimos a um agrava-mento dos custos da energia eléc-trica para os consumidores domés-ticos de 25,2%. Isto num sector cuja principal empresa, a EDP alcançou no mesmo período mais de 1000

milhões de euros de lucro!!! Nos bens e serviços essenciais,

em particular na alimentação – água, mercearia, charcutaria, café, refeições congeladas, etc. – assisti-mos a agravamentos do IVA para a taxa máxima. Também para a taxa máxima (de 13% para 23%) passou todo o sector da restauração. As consequências são mais do que previsíveis: degradação da quali-dade nas refeições servidas e/ou encerramento de milhares de esta-belecimentos incapazes de absor-ver o impacto deste aumento.

Nos transportes, portagens e te-lecomunicações os aumentos são

Opinião Terrorismo social

António [email protected]

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

mevas raízes, os produtos da Terra, os artefactos diligentemente construídos pelos artesãos. E ao fazê-lo, valoriza aquilo que durante séculos se acolheu, em seu desdoiro, a um estatuto de abe-goaria, tulha, estábulo ou armazém de quinta.

E é aqui que o nó axial se desloca do fausto das elites para a genuinidade pragmática do povo, entidade colecti-va e anónima.

Se aristocracia é o poder de uma elite; se as elites de outrora o eram pelo san-gue e nem sempre pela obra, estas “aris-tocracias populares” propõem-nos per-cursos maravilhosos pelo imaginário e pela obra concretizada por um homem supostamente ignaro, que se construiu em função das suas necessidades e re-alidades, forjando para tal os produtos para a sobrevivência e edificação das

tecidos sociais actuais.E não será a sobrevivência a mais sá-

bia e engenhosa das artes, a pedra de toque da cultura e o culminar do ser cingido à sua insciência, mas não ver-gado a tal fatalidade? No fundo, o ho-mem determinante por oposição ao ho-mem determinado, certificando-nos sem equívocos, que o homem dos Des-cobrimentos não foi somente o de 500, mas sim aquele que dominou o fogo, entalhou a pedra, forjou o ferro, sulcou a terra com a rabiça dos seus arados, teceu o linho, pisoou o burel, entrete-ceu o adobe, moldou o barro e, da ma-dre Natureza, com o fraterno animal a seu lado, ajustado à sua realidade de vivente, ergueu o mundo e a socieda-de de hoje.

Todos estes percursos são calcorrea-dos no Museu Terras de Besteiros, re-

cém-criado em Tondela, sem descurar um pormenor, sem subalternizar uma arte, ignorar uma era, distinguir uma matéria.

De visita absolutamente obrigatória e urgente. E que este texto, se mais uti-lidade não tiver, que sirva ainda de ins-piração e lembrança a todas as Escolas do distrito que, frequentemente, fazem centenas de quilómetros com os seus alunos e professores, em exaustivas peregrinações pedagógicas salutares, quando têm ao alcance da “mão” e de minutos, o objecto do seu saber…

Os Santos da porta, afinal, fazem mi-lagres!

cargo na direcção andava mais inte-ressado em reunir apoios nas hostes para o tudo ou nada em próximas eleições e o Acácio Chick passava o tempo agora empenhado em devol-ver aos outros as perguntas que an-teriormente lhe tinham sido coloca-das recebendo a mesma resposta que outrora lhes dera.

O b a l a n ç o q u e f a z i a d o a n o transacto também lhe dava razões para sorrir. Tinha, ao fim de 2 anos e muita trapalhada à mistura, con-seguido abrir as portas do jardim e, embora não tivesse tantos metros de relva como lhe tinham dito, também

ninguém se iria dar ao trabalho de os medir. Tinha levado a internet a todas as chafaricas se bem que al-gumas estivessem sempre de portas fechadas impedindo essa ligação ao mundo mas poucos também se im-portariam com isso. Tinha tríptica-mente perpetuado a memória vitorio-sa de Viriathus de forma tão grandio-sa que se Julius Caesar a visse ficaria com tão invejosa raiva que comeria a coroa de louros. Tinha o seu eleva-dor da glória a transportar a cliente-la acima e abaixo a custo zero numa factura que outros acabarão por ter que pagar e nem isso lhe retirava o

sucesso pois até já tinha saído numa reportagem de uma agência de co-municação francesa o que lhe cata-pultou o ego para patamares de cota mais elevada que a torre da colecti-vidade, se bem que se tivesse aper-cebido, na ocasião, que o seu inglês, mercê das aulas particulares, tinha outra proficiência que o seu francês e era capaz de o projectar até, quem sabe um dia, no panorama diplomá-tico internacional.

Tinha ainda um milhão de euros empatados a render juros no banco que esperava um dia recuperar e um acervo de calhaus que ainda acredi-

tava ser capaz transformar num mu-seu e nem os 50 Kms que a pé teve que percorrer na Ecovia tinham cus-tado tanto como a promessa que nou-tros tempos o fez ir a Fátima… é fac-to que a Praia ganhou outro destino, que o Salão de Espectáculos também não passará do papel, que muita ou-tra coisa ficará por fazer, que por ve-zes já se dá conta que a emenda é pior que o soneto mas o que é certo é que apesar de muitos já se arranharem pelo seu lugar ainda não se dava por vencido e a última palavra ainda será sua … afinal de contas, não era ele o Mayor?

generalizados. Nos transportes tive-mos no verão a maior subida de que há memória, superior a 15%. Agora pende a ameaça de novos aumentos a entrarem em vigor em Fevereiro. Isto a par do corte nos benefícios nos passes sociais para estudantes e reformados. Depois das reduções de serviços na CP, anun-cia-se o propósito de novos e drásticos cortes da operação nos transportes ur-banos de Lisboa e Porto e nas ligações fluviais entre as duas margens do Tejo. Nas portagens a subida média é supe-rior a 4,3%. Acrescida, é claro, dos ar-redondamentos feitos pelas concessio-nárias. Saliente-se ainda os impactos da imposição de portagens nas chamadas

SCUTs a 8 de Dezembro. E que estão a ter consequências calamitosas para as populações e para a actividade eco-nómica. As portagens das pontes fo-ram também aumentadas. No caso da Ponte 25 de Abril quase 7%. Nas tarifas das telecomunicações as subidas se-rão em média, e de forma concertada (onde anda a dita ANACOM?), supe-riores a 3%.

De sublinhar ainda os aumentos con-siderados no âmbito do Orçamento do Estado para 2012. Referimo-nos ao IMI, ao novo imposto sobre a electricidade, ao Imposto Sobre Veículos, ao Impos-to Único de Circulação, à anunciada Lei das Rendas. Tudo a contribuir para au-

mentar de forma ainda mais drástica o conjunto de despesas básicas da gene-ralidade da população.

Este aumento dos preços não é ne-nhuma espécie de maldição que todos os anos se abate sobre o povo portu-guês. Ou um qualquer fenómeno natu-ral que faz disparar os preços e contra o qual nada haveria a fazer.

O aumento de praticamente todos os bens e serviços essenciais é um roubo descarado e despudorado ao povo por-tuguês!

Aumento dos preços que ocorre ao mesmo tempo que os lucros dos princi-pais grupos económicos e financeiros, nacionais e estrangeiros, que operam

no nosso país atingem uma dimensão obscena. Pelos dados já disponíveis (re-ferentes aos 3 primeiros trimestres de 2011) assistiremos nos sectores da ban-ca e segurador, nos fornecedores de energia eléctrica e nos combustíveis, na grande distribuição, nas telecomuni-cações e na indústria, a colossais lucros de milhares de milhões de euros.

Não pode haver nem compreensão, nem aceitação destes aumentos. Eles constituem um roubo ao povo. Os tra-balhadores e o povo português não se irão submeter a este processo de des-truição do país, de liquidação das suas condições de vida, de agravamento da exploração.

Homem anónimo

lagrese !

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Parece que, lentamente, tudo está a vol-tar à normalidade nos serviços centrais dos CTT, em Viseu. Depois do encerra-mento de três balcões na cidade, que re-sultou em grandes constrangimentos aos utentes e filas de espera intermináveis, a Estação Central dos CTT, bem no cora-ção da cidade, começa agora a dar res-posta positiva e atempada às solicitações das pessoas que diariamente se deslocam àquele espaço. “Por altura do Natal não se rompia, eram às centenas as pessoas que quase acampavam aqui”, disse João Ma-chado, reformado de 58 anos. “Agora, está tudo normal e ainda bem, acho que bene-ficia utentes e funcionários”, explicou.

O Jornal do Centro começa o ano com “Um dia...” na Estação Central dos CTT de Viseu. Durante o período de funcio-namento, tudo correu “sem percalços” e “com o movimento que se esperava”, dis-se um funcionário. Pela manhã, cerca de dezena e meia de mulheres entraram ca-

bisbaixos. “É o nosso país, fomos vítimas de despedimento colectivo e viemos au-tenticar documentos”, adiantou apressa-da uma das senhoras. E foi a “grande ava-lanche” antes do almoço. Durante a tar-de, muita gente foi pagar portagens, fruto das viagens de fim de ano. O dia termi-nou calmo. Apesar de tudo, aquela ideia de que vivemos na era das tecnologias de informação e que através da internet tudo se revolve, até pode ser verdade, mas não em absoluto. Há muitos idosos, reforma-dos e até jovens, que dependem ou não abdicam dos serviços dos correios.

No passado dia 9 de Dezembro en-cerraram de vez as estações de correios de Viriato, na freguesia de S. José, e da Balsa, na freguesia de Coração de Jesus. O balcão da Loja do Cidadão já havia fe-chado. Agora, as questões que se colo-cam são: será que era mesmo necessá-rio encerrar estes balcões? Teriam falta de movimento? Bem, segundo Carlos

Vieira, deputado do Bloco de Esquerda por Viseu, “é falso dizer que estas esta-ções não tinham movimento. Os CTT da Balsa tinham uma média diária de 267 atendimentos e a estação de Viriato de 200 atendimentos. Não faz qualquer sentido encerrar agora estes postos de correios, e no caso particular da Esta-ção da Balsa é mesmo um contra-senso, uma vez que na freguesia de Coração de Jesus está concentrada grande parte da população do concelho”. Carlos Vieira disse ainda que já tinha alertado para a situação do encerramento dos balcões dos CTT em Viseu , quando “apresen-tou na Assembleia Municipal de Viseu, no dia 19 de Abril de 2010, uma moção em Defesa dos Serviços Públicos de Cor-reios aprovada com 9 votos (BE e PS) a favor e 46 abstenções do PSD”. Em jeito de conclusão, o deputado deixou o aler-ta: “As estações dos CTT de Abraveses e da Quinta do Galo vão fechar portas

até 2015. É uma consequência do PEC 1, aprovado pelo PS em conluio com o PSD que o viabilizou”.

O PCP, pela voz de Manuel Rodrigues, “junta a sua voz à de todos os que têm vindo a tornar pública a sua indignação com o encerramento dos balcões dos CTT em Viseu e já contactou o seu Gru-po Parlamentar na Assembleia da Repú-blica, para que este questione o Ministro da Economia, que tutela este serviço, so-bre a necessidade da Administração do CTT voltar atrás nesta decisão absurda e incompreensível, já responsável por enormes sacrifícios e prejuízos para mi-lhares de viseenses”. O dirigente do PCP por Viseu estranha o silêncio da Câmara Municipal de Viseu, uma que vez consi-derou que “cumpriria, em nome da defesa dos direitos e interesses dos seus muní-cipes, tomar a dianteira nesta denúncia e exigindo a pronta reabertura dos serviços encerrados”.

1- Com que periodicidade se desloca à Estação

Central dos CTT ?

2-Que serviços requisita aquando da

deslocação?

3- Tem-se deparado com um maior fluxo de

pessoas? A Ausenda Zurga Técina de análises clinicas

abertura textos ∑ Tiago Virgílio Pereirafotos ∑ Nuno André Ferreira

Um dia... nos CTT de Viseu

1- Por norma deslocava-me ao balcão situado no Bair-ro da Balsa. Era muito mais cómodo, porque moro perto daquela zona e arranjava estacionamento com mais faci-lidade. Com o encerramento do serviço sou obrigada a vir a esta estação.

2- Levantamento de encomendas.

3- Fiquei surpreendida quando entrei e não tive de esperar. Contava que estivesse mais gente mas foi bastan-te acessível.

Jornal do Centro06 | Janeiro | 20126

Page 7: Jornal do Centro - Ed512

267 Número médio diário de atendimentos que, segun-do o BE, Os CTT da Balsa tinham.

UM DIA... | ABERTURA

1- Não costumo deslocar-me a este balcão dos CTT, vim porque tinha de enviar umas cartas registadas e te-nho que o fazer obrigatoriamente aqui. Moro em Torre-deita e utilizo o balcão de lá.

2- Enviar cartas. Pagamentos faço-os através da in-ternet e pelo multibanco, sou fã das novas tecnologias.

3- Vim cá na semana passada e estava imensa gen-te. Hoje encontrei menos pessoas, não estava à espera, mas ainda bem.

A Ana OliveiraDoméstica

1- Venho todos os dias à Estação Central dos CTT de Viseu, há três anos a esta parte.

2- Deixo análises, a minha vida profissional a isso o obriga, uma vez que, a nível pessoal, é muito raro utilizar os serviços dos CTT.

3- Desde o dia 9 de Dezembro, senti grandeafluência de pessoas, que durou até ao final do ano. Agora, deparo-me com menos gente, acho que as en-chentes terminaram e tudo está a estabilizar.

A Guida Costa Técnica de secretariado

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9 Foi neste dia, em Dezem-bro de 2011, que encerraram as estações de correios de Viriato, na freguesia de S. José, e da Balsa, na fregue-sia de Coração de Jesus.

200 Atendimentos, em média, que diariamente se efectu-avam nos CTT de Viriato, na Rua Serpa Pinto, em Viseu.

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed512

Entrevista ∑ Emília Amaral e Paulo Netofoto ∑ Nuno André Ferreira à conversa

“É preciso ter coragem para

ser pobre”

O que mais o inquieta neste arranque de 2012?Inquieta-me uma situa-

ção alargada de alarmismo por sucessivamente se ter anunciado a crise, a auste-ridade e um conjunto de consequências, que levam a que as pessoas tenham medo. Tenho comprovado pelo contacto que faço, que hoje as pessoas vivem com um sentimento de medo, de insegurança perante o dia de amanhã e estou a falar de empresas, de emprego, de acessibilidade aos meios mais comuns da necessida-de de satisfação na vida.

Esse medo é provocado por-quê e por quem?Por um lado, por uma si-

tuação que é difícil, mas por outro lado, aparenta não ha-ver vontade de quem man-da em Portugal e na Euro-pa, de possibilitar às pessoas

um clima de segurança e de confiança.

Será isso possível perante os problemas todos que vive o país?Eu não conheço soluções

técnicas, agora, o que nos vem da doutrina social da igreja propõe uma série de valores que devem nortear a vida das relações entre as pessoas e entre os povos. E aquilo que é propagandeado é um certo isolacionismo de sermos vítimas de um mal terrível fechando-nos a um conjunto de boas novas que também vêm de outros con-tinentes e que também vêm de outros espaços do uni-verso da humanidade. Falta nos responsáveis políticos dos dias de hoje essa aber-tura a uma procura de solu-ção para os problemas, para além dos nossos próprios cantos, seja o português,

seja o europeu, seja aquele espaço onde circula a polí-tica que nos fez chegar até aqui.

Quais são as soluções?Há uma ONU que é ne-

cessário descobrir e que é necessário fazer com que tenha a sua implantação a nível de um equilíbrio mun-dial e, depois com a ONU, serem criados poderes e or-ganizações internacionais que possibilitem um equi-líbrio e uma procura de so-lidariedade que faça com que, os que têm mais pos-sam responder à necessida-de dos que têm menos. Ac-tualmente no mundo não se vê isso, o que se vê são pe-quenos blocos que gritam pelo medo de não terem a sua sobrevivência sustenta-da e adquirida e com medo daqueles que têm mais, que são os papões que nos po-

dem vir tirar a nossa paz e perturbar a nossa cultura e a nossa política. Falando-se há tantos anos de uma globali-zação que vence fronteiras, línguas, credos e que ven-ce raças, eu pergunto o que tem sido feito para que essa globalização possa dar às pessoas um equilíbrio que vá para além dos nossos pe-quenos mundos?

Esta semana ficou a saber-se que aumentou 160 por cento o número de famílias decre-tadas falidas pelos tribunais, em Portugal. Por isso, essa serenidade de que fala é difícil encontrar?Porém, confrontamo-nos

sistematicamente com esta realidade: há uma supres-são difícil num país, numa região e há os mais podero-sos e os mais ricos que utili-zam a solidariedade para au-mentar os juros de emprés-timos. Não se compreende que se fale em solidariedade europeia, quando os países que vão entrando em quase falência são compensados com juros altíssimos, que se

vêm perante a incapacidade de pagar.

Solidariedade é uma então ironia, o que se vê é ganância. Concorda?Exactamente, como é que

se fala em solidariedade quando se empresta dinhei-ro a preços enormíssimos, que impossibilita qualquer país de poder pagar, com uma austeridade absoluta-mente impensável.

Concorda com o Bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins quando diz que “2012 vai ser marcado pelo ano de perder o trabalho e de não ter pão na mesa”?É a angústia que leva a

que esteja em perigo sobre-tudo a perda do emprego para aqueles que o têm e a incapacidade de encontrar emprego por parte do quem o perdeu. Hoje, as duas clas-ses de pessoas que estão em maior dificuldade são os de-sempregados e as de baixas reformas, há reformas que não dão sequer para os me-dicamentos e são normal-

mente de pessoas mais ido-sas que vivem sozinhas e que não têm outra possibi-lidade de auferir a qualquer tipo de rendimento.

Onde cabe a serenidade?Cabe na necessidade das

instituições - como a igreja, como os que detêm o poder político, como os que têm o poder da cultura e da in-fluência na própria menta-lidade das pessoas, como a comunicação social - não caírem no alarmismo pe-rante uma austeridade que se julga necessária de apli-car. Não se privem as pesso-as do que é justo. Essas ins-tituições devem alimentar uma esperança que deve ser o grande antídoto de todo um conjunto de dificulda-des evidentes. Isso leva a que não se vá além da aus-teridade meramente neces-sária, que não se fale prio-ritariamente de crise mas que se faça um apelo à espe-rança, à confiança, a um sa-ber viver com menos mas sentir que os que têm mais, têm que dar um contributo

D. Ilídio Pinto Leandro, de 61 anos, é Bispo da Diocese de Viseu há cinco anos. Foi ordenado sacerdote no dia de Natal de 1973 e tem guiado a sua carreira por um projecto social sempre ao lado das pessoas em defesa da solidariedade. Crítico em alguns momentos e até destemido noutros, contraria o discurso político dos governantes de que tudo será negro em 2012 e chega mesmo a apelar para que se acabe com o clima de “medo” nacional.

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maior, para que evite as pes-soas de caírem na miséria e na impossibilidade de terem uma vida humana.

O país está a ir para além da austeridade necessária?Sim. Não se ganha nada

ao ameaçar com uma cri-se maior do que aquela que é necessária implemen-tar, com medidas auste-ras que porventura não se justificam perante o esta-do de coisas que deveriam ser equilibradas, com a tal solidariedade da União Europeia e que devia ser promovida a uma escala maior, mundial.

Parece estar a apelar a uma utopia?Se consideramos utopia,

o sermos irmãos, membros de uma comunidade que deve privilegiar os valores do ser humano, começan-do por respeitar a igualda-de e a dignidade radical de toda a pessoa humana, pois sou utópico e acredito nes-sa utopia.

Essa igualdade radical de que fala passaria na sua opinião por uma mudança na classe política que ainda é conside-rada privilegiada aos olhos do cidadão comum?É sempre uma constata-

ção triste de, por vezes, se fa-zer um apelo vigoroso como que a dizer da impossibili-dade de ser de outra manei-ra, infringindo políticas de restrição a quem tem menos e, depois, ir-se tomando co-nhecimento que há deter-minada classe de pessoas que está sempre fora dessa restrição.

Está a falar da classe política?Naturalmente que a clas-

se política também perten-ce a esse classe de pessoas privilegiadas, muitas vezes, não se sujeitando às leis que vão criando e que parece não serem para eles.

Sente no discursos dos governantes o tom de ameaça, de medo...?Quem ouve actualmen-

te os políticos tem sempre a sensação de que se não se acatar determinadas re-gras, há como que a ame-aça da impossibilidade de sobrevivência. Talvez por uma certa forma de viver, em que muitas vezes se uti-liza na expressão “brandos costumes”, que a nossa so-ciedade vai mantendo, pa-

rece que se pinta demasia-do a cor da dificuldade.

Em tempos parecia ser o con-trário.Todo o exagero é negati-

vo. Defendo uma comuni-cação da realidade sempre com um apela à esperança e à confiança nas capacida-des que todos temos de ser-mos capazes de superar as dificuldades. Esse apelo à esperança e à confiança é absolutamente necessário para que não haja a morte pela cura, mas a cura pelos remédios que são necessá-rios aplicar.

Realçou o papel da família na homilia de 1 de Janeiro. Por-quê? A família é a célula vi-

tal da sociedade em todos os campos e naturalmente na economia doméstica. Eu penso que a família pode ser o paradigma de referên-cia na solução dos grandes problemas sociais e depois quando dou conta que a fa-mília aparece hoje numa si-tuação muito precária a ní-vel da vivência dos valores fundamentais, quando vou à prisão na véspera de Natal e vejo cerca de 40 jovens de-tidos interrogo-me: se estes jovens tivessem uma famí-lia estável que fosse apoia-da pelas forças culturais, so-ciais e políticas, podiam ser hoje muito importantes na recuperação da sociedade. Interrogo-me quando vejo que hoje há mais divórcios do que casamentos por ano e quando vejo que a estabi-lidade da família é dos dra-mas mais urgentes, em que a família passa por situações dramáticas, porque não sen-te que é amada e apoiada pe-las forças sociais, políticas e culturais. A legislação que tem a ver com os aspectos económicos, sociais, cultu-rais - tendo a escola como o centro das atenções -, devia ter um respeito e uma aten-ção prioritárias pela família e não tem.

A escola também está a fa-lhar?A referência que tenho dos

professores de moral das es-colas públicas, é de que hoje a escola é um mundo muito difícil. É muito difícil passar valores, comportamentos e opções de vida que ajudem os jovens a ter um ambiente de serenidade, de paz e de estabilidade para construir o seu futuro.

D. ILÍDIO LEANDRO | À CONVERSA

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desemprego é o

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a uma procura de

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problemas”

Como é que a diocese de Viseu se está a preparar para estes tempos difíceis?A diocese de Viseu está

no segundo ano do Sínodo, que tem como força funda-mental a comunhão entre todos os elementos da Dio-cese, mas numa abertura missionária a todos os ou-tros. Em segundo lugar, a igreja está a preparar a or-denação dos primeirosdiáconos permanentes casados. O diácono, é por criação, o servidor do amor na caridade, na solidarie-dade, na partilha. O diáco-no tem como vocação con-tribuir para a partilha dos bens de modo a que che-guem a todos, e todos pos-sam usufruir dos bens que existem na sociedade. Va-mos ordenar este ano os primeiros 10 diáconos na nossa diocese.

É um gesto de abertura da Igreja Católica?É um gesto profético para

a nossa igreja diocesana de valorização e de aposta nos princípios da doutrina so-

cial da Igreja.

Essa medida vai fazer au-mentar a solidariedade na Diocese?Espero que sim. Temos

o Fundo Diocesano de So-lidariedade para o qual te-nho feito vários apelos.

Um fundo que tem sido es-casso.Com certeza, porque na

medida em que os bens existentes são gastos, ou-tros são necessários e cada vez mais. Ao longo da Dio-cese e onde quer que vá, te-nho dito que nenhuma pes-soa deixe de manifestar as necessidades que tem e que nenhuma pessoa deixe de receber algo que é necessá-rio para satisfazer as neces-

sidades fundamentais.

Está a falar da pobreza enver-gonhada?Estou a falar na pobreza

a todos os níveis. A diocese tem em cada paróquia um apelo para que as pessoas possam encontrar na parte de um grupo de apoio so-cio-caritativo a escuta para as suas dificuldades. Se na paróquia não tiverem res-posta recorram à Diocese e se não Diocese não hou-ver resposta momentânea, recorre-se ao Fundo Nacio-nal de Solidariedade que foi criado no ano passado pela Conferência Episcopal. É a partilha da pobreza por-que tem mais sentido par-tilhar a pobreza do que par-tilhar a riqueza. A riqueza

fica nas mãos de poucos. É mais fácil partilhar a po-breza do que partilhar a ri-queza. A Igreja em Viseu quer partilhar a pobreza que temos, mas natural-mente acreditando que os poucos bens podem bene-ficiar e responder às carên-cias grandes que as pessoas venham a sentir.

A pouca participação dos padres da Diocese ao apelo que fez em tempo de Natal, para que entregassem parte do seu subsídio de Natal ao fundo de solidariedade, pode traduzir-se em falta de solida-riedade?Escutei muitos sacerdo-

tes que me foram dizen-do: “eu já partilho com al-gumas organizações e na paróquia, para satisfazer algumas necessidades”. Houve 40 que participa-rem com cerca de 12 mil euros. Alguns continua-rão a partilhar e os apelos irão continuar a ser feitos para que sacerdotes e lei-gos possam ser ainda mais solidários.

Vamos ordenar este ano os 10 primeiros diáconos casados na nossa Diocese

Quem falha nesse percurso?Não podemos dizer que

quem falha é este ou aquele. Há um ambiente nas esco-las que deveria ajudar mais a concretizar os objectivos da escola, que vão muito além de transmitir conhecimento. Passa muito pela educação e formação da pessoa humana e da sua integração na socie-dade, procurando que cada pessoa seja um contributo positivo na construção da sociedade do futuro.

Alguma vez sentiu uma crise destas na Diocese de Viseu?Eu sou bispo há cinco

anos e já como padre sen-tia que havia carências, po-rém, há um acelerar pro-gressivo de situações muito difíceis por gente desem-pregada, famílias que não têm recursos normais de sobrevivência, e depois as reformas muito peque-nas numa sociedade muito envelhecida, com pessoas a viverem muito isoladas sem grandes possibilidades. O desemprego é o maior pro-blema da comunidade da diocese.

Quem é que bate mais à porta da diocese, jovens ou idosos?Tenho uma lista de mais

de uma dezena de jovens que são licenciados e que nunca tiveram emprego e alguns já acabaram a licen-ciatura há mais de 10 anos. Nunca trabalharam numa situação estável para po-derem constituir família e construírem o seu futuro. Os jovens são os grandes parentes pobres da socie-dade actual, são as grandes vítimas, porque surgem na sociedade com uma ilusão muito grande ao entrarem no ensino superior e depois ao terminarem o curso é uma desilusão. Não foram ajudados a serem eles pró-prios a criar a sua riqueza e a sua própria vida, foram crescendo com a convicção de que tudo é fácil e de que tudo está feito.

Reconhece que temos todos que nos preparar para tempos difíceis?Temos que nos preparar,

mas continuo a dizer - e a igreja deve ser aí também pedagógica – que se deve

apelar muito à esperança, à confiança e à coragem de ser pobre. É preciso hoje ter co-ragem para ser pobre, isto é, saber viver com poucos re-cursos e ainda ter capacida-de e coração para olhar para o lado e ser capaz de repar-tir os poucos recursos com quem tem ainda menos.

Durante estes últimos anos an-dámos a viver de miragens?Ir ao banco e ser quase

forçado a trazer emprésti-mos para tudo quanto fosse esbanjar e usufruir de vanta-gens e de sonhos que não fo-ram assentes no trabalho e na produção, é estragar o fu-turo de quem aceita os em-préstimos. Não é a viver a utopia da abundância que se reforma a sociedade e que se mudam hábitos e comporta-mentos de vida. Esta fase da sociedade a agravar-se pode ser uma fase de descoberta do sentido da vida e dos va-lores fundamentais da dou-trina social da igreja, onde o bem comum, a justiça social, a solidariedade sejam valo-res estruturantes de uma so-ciedade global.

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região

A Câmara Municipal de Viseu vai deixar de pagar para pertencer ao conselho consultivo do Conselho Empresarial do Centro (CEC), pas-sando a poupar cerca de 4.500 euros por ano, mas não abandonará este ór-gão.

Esta decisão foi dis-cutida na Assembleia Municipal de hoje, em cuja ordem de trabalhos constava a votação da proposta da câmara de desvinculação do CEC.

O presidente da au-tarquia, Fernando Ruas, explicou que pediu aos técnicos que analisas-sem a participação da câmara em várias asso-ciações, de forma a ver quais os custos e os be-nefícios. Segundo Fer-nando Ruas, como a conclusão foi de que os cerca de 4.500 euros pa-gos por ano se traduzi-ram em “poucos benefí-cios”, a câmara decidiu desvincular-se do CEC. No entanto, acrescentou, dirigentes do CEC con-tactaram a Câmara in-formando que, como na base da desvinculação estão motivos financei-ros, poderia manter-se na associação, mas sem pagar.“O que queremos é

ser libertados do esfor-ço financeiro”, frisou o autarca, garantindo que a autarquia está dispo-nível para participar em todas as reuniões para

que for convocada.O conselho consultivo

do CEC integra empre-sários, autarcas e outros agentes regionais e fun-ciona como uma plata-forma de reflexão e mo-nitorização do desen-volvimento económico da região. “Pensávamos que o não pagamento implicaria a desvincu-lação. O que nos disse-ram depois agradou-nos de sobremaneira”, subli-nhou Fernando Ruas.

A proposta da câmara para desvinculação do CEC acabou por não ser votada na última reu-nião da Assembleia Mu-nicipal, de forma a ser reformulada para dei-xar claro que a câmara apenas deixará de pagar, mas mantém-se no con-selho consultivo.

O CEC é uma asso-ciação sem fins lucra-tivos, fundada em 1993, que representa as asso-ciações empresariais da NUT II Centro, bem como dos distritos de Aveiro, Castelo Bran-co, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. O actu-al presidente da Asso-ciação Empresarial da região de Viseu, João Cotta é um dos vice-presidentes do CEC. Al-meida Henriques, pre-sidente da Assembleia Municipal de Viseu e actual secretário de Es-tado da Economia pre-sidiu ao CEC até Abril 2010. Emília Amaral/Lusa

Câmara de Viseu deixa de pagar mas mantém-se no CEC

A população de Viseu que ainda opta por con-sumir água dos cerca de 500 fontanários públicos existentes no concelho, sobretudo para beber em alternativa à água da rede pública, mostra-se preo-cupada com a placa in-dicativo “água não con-trolada”, que nos últimos meses foi afixada em to-das as fontes. A falta de esclarecimen-to leva a que os consumi-dores entendam o aviso como estando a água im-própria para beber, mas não é esse o caso. Esta indicação não significa que a água daquela fon-te ou fontanário seja im-própria para consumo, mas também não garan-te que ela cumpra todos os parâmetros para que seja considerada própria. Quando está imprópria, a autarquia junta a essa pla-ca uma outra com o avi-so “imprópria para con-

sumo”. “Pode estar própria para consumir, mas não temos o controlo permanente sobre ela, como acontece na rede pública, esclarece o vice-presidente da Câ-mara de Viseu, Américo Nunes. O autarca confirma que a água dos fontanários do concelho é analisada periodicamente, através de análises efectuadas pela delegação de saúde, mas sublinha que quem a bebe “consome com ris-co e não devia consumir, porque para inquinar bas-ta um simples gesto”.Orgens é uma das fregue-sias onde têm surgido al-gumas críticas. O presi-dente da Junta, Manuel Pereira admite haver “fal-ta de informação às pes-soas”, mas aproveita para lembrar que a água que pode ser consumida sem risco é a da rede pública, pelo controlo rigoroso

que existe.Na Freguesia de S. Salva-dor as queixas também se fazem sentir. Um mo-rador contou ao Jornal do Centro que “em tempos se consumia a água dos fontanários sem proble-ma, mas agora as pesso-as têm receio pelo aviso afixado”.O aviso “água não con-trolada” tem que ser afi-xado por lei pela Câma-ra Municipal. Américo Nunes lembra que todos os fontanários devem ter essa indicação, por vezes, a placa já não existe por-que é a própria população que a retira. Uma atitude considerada “negligente” confirmada por vários presidentes de junta.Um estudo divulgado em Junho do ano passa-do, pela associação de defesa do consumidor Deco revelou que um em cada três fontanários tem água imprópria para con-

sumo e bebê-la é “arris-car a saúde”, porque não têm ligação à rede públi-ca, nem tratamento ou controlo. Nos meses de Abril e Maio, a Deco re-colheu amostras de água de 35 fontanários, de nor-te a sul do país, tendo es-colhido os concelhos com base no elevado número de fontes públicas. Da lis-ta negra fazia parte a co-nhecida fonte de Gumi-rães (na foto).A Deco alertou na altu-ra para a necessidade de mudar a legislação para evitar situações dúbias sobre a responsabilida-de na gestão das fontes e da qualidade da água que fornecem. Para a associa-ção o fecho é solução li-mite que, sendo uma me-dida impopular, é mais segura que o aviso de “água não controlada”.

Emília [email protected]

Placas nos fontanários geram receio na populaçãoViseu ∑ “Agua não controlada” pode estar própria para beber mas não tem controlo permanente

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REGIÃO | CARREGAL DO SAL

Garrafa aberta,garrafa bebida

Opinião

Nesta época de fim dos festejos, verificou-se como sempre um consu-mo exponencial de espu-mantes produzidos mui-tos deles a partir do méto-do champanhes.

Portugal registou um inegável avanço no que a este produto diz respeito. É fácil de encontrar nas di-ferentes regiões vitiviní-colas, produtores que se têm vindo a dedicar à sua produção com resultados muito interessantes e con-seguidos.

Os vinhos destinados à produção de espumantes encontram nas regiões da Bairrada e no Távora-Varo-sa os seus locais de eleição.

Relativamente à região da Bairrada, a sinergia cria-da em volta dos vinhos aí produzidos e do consumo de leitão assado, é um dado adquirido. No entanto, é na região do Távora-Varosa que os espumantes têm al-cançado um valor inques-tionável. Os vinhos de base utilizados para a produção de espumantes nesta re-gião resultam da combina-ção harmoniosa das cas-tas Malvasia-fina, Cerceal e Gouveio. Esta tem sido a combinação de castas que tenho utilizado para este fim, com os melhores re-sultados.

A região do Távora-Varo-sa possui ainda uma rique-za monumental invejável: a igreja de S. João de Tarouca, o convento de Salzedas e a Ponte fortificada da Uca-nha. É neste local que se en-contram as caves da Mur-ganheira, provavelmente um dos melhores produtos de espumantes portugue-ses, pelo menos o que atin-giu maior notoriedade. Nes-te local, novos produtores têm também vindo a trilhar o seu caminho e o esforço que temos vindo a partilhar e a desenvolver certamente poderá trazer novidades.

Produzidos os vinhos de base a partir das referi-das castas (que encontram nesta região as condições ideias para a sua correcta maturação), colhidas num perfeito estado sanitário que induz a correcções e sulfitações diminutas e ainda colados e filtrados, há que promover de novo

a fermentação, a qual está agora a ocorrer na garrafa para promover a eferves-cência tão desejável neste vinho. Este processo é con-seguido através da adição de leveduras seleccionadas (fermento) e de um xarope de açúcar conhecido como

“licor de tiragem”. Capsula-das as garrafas, permane-cem vários meses a uma temperatura de 10ºC até se atingirem as 6 atm de pres-são no seu interior. O perí-odo de maturação poderá ter a duração de vários me-ses ou anos. Nesta fase, as garrafas são montadas em cavaletes, onde se operam movimentos de 1/4 de hora, sempre no mesmo sentido, designados por “remuage”. Este movimento tem como finalidade, por um lado, re-volver as leveduras ai exis-tentes, mas também permi-tir que se vão depositando e ganhando consistência para depois ocorrer a ex-pulsão através do método conhecido como “degor-gement”: Nos dias de hoje, e num processo industrial, esta operação é conseguida através do congelamento do gargalo da garrafa para posterior libertação dessa massa. Finda esta operação, é necessário fazer, ou não, a adição do licor de expe-dição. É em função da con-centração desse licor que se vai obter as diferentes cate-gorias de espumantes, va-riando dos doces ao bruto, sendo que neste último a sua adição não se verifica. As garrafas são posterior-mente rolhadas.

Deste modo, não existe nenhum método que per-mita suster a libertação do gás da garrafa após a sua abertura, só rolhando-as de novo. Nos copos, este desprendimento deverá ser ténue mas continuo, conhecido como “perlage”, uma característica sobeja-mente avaliada e apreciada nestes vinhos.

Assim aberta a garrafa, há que chamar a família e os amigos para ser total-mente vertida nos copos.

Um bom ano.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

“A vontade da autarquia é a mesma que eu par-tilho, restaurar a Casa do Passal e com isso dar visibilidade e mos-trar o reconhecimento a Aristides de Sousa Men-des”, disse ao Jornal do Centro o presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Atílio Nunes.Apesar desta vontade, o edil reconheceu que “o que tiver de ser fei-to será sempre em con-junto com a administra-ção da Fundação Aris-tides de Sousa Mendes. “Esta não é uma funda-ção rica, há muita misé-ria”, lembrou. Recentemente, a autar-quia adquiriu o imóvel pela módica quantia de 1 euro. Por esta al-tura, é visível o avan-çado estado de degra-dação da casa. “Entris-tece-me muito ver a casa a cair, ainda tenho dois anos de mandato e um dos meus objecti-vos é erguer a casa des-

te meu amigo”, garantiu o autarca. Para tal, está a contar com as verbas dos fundos comunitá-rios do QREN. “Temos de aproveitar este f i-nanciamento. Se con-seguirmos 85 por cen-to de comparticipação teremos de arranjar 15 por cento”. Ta m b é m Jo s é L u í s Ferreira, de “Os Verdes” está preocupado com a deterioração da Casa do Passal. O deputado entregou na Assembleia da Re-pública uma pergun-t a em que que s t io -na o Governo, através da Secretaria de Esta-do da Cultura sobre a Casa do Passal. “Tendo presente as competên-cias atribuídas por Lei ao IGESPAR está pre-vista alguma interven-ção que permita travar o processo de degrada-ção e possibilitar a re-cuperação da Casa do Passal? Tendo presente a doa-

ção de dinheiros públi-cos à Fundação Aristi-des de Sousa Mendes tem esta Secretaria de Estado acompanhado o trabalho desenvolvido pela mesma?Pondera a Secretaria de Estado da Cultura tomar algumas medidas para a Casa do Passal”? A Casa do Passal está situada em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal. Foi classifica-da como monumento nacional, em 2011. Por este motivo, José Luís

Ferreira reclamou “es-pecial protecção e valo-rização, nos termos que a lei prevê”.A fundação projectou para o imóvel, um mu-seu dedicado a Aristi-des de Sousa Mendes, um centro de memória e arquivos, uma biblio-teca e um centro de do-cumentação e um au-ditório, no sentido de transmitir às gerações futuras a herança moral do cônsul.

Tiago Virgílio Pereira

Atílio Nunes quererguer a Casa do PassalDeteriorada∑ Imóvel necessita de restauro

Preocupação∑ “Os verdes” reclamam actuação do Governo

A A Casa do Passal está situada em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal

Arq

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∑ Aristides de Sousa Men-des foi considerado um dos heróis nacionais do século XX e o maior símbolo portu-guês saído da II Guerra Mun-dial. Em 1940, quando era cônsul em Bordéus, protago-nizou a “desobediência jus-ta”. Não acatou a proibição de Salazar de se passarem vis-tos a refugiados: transgrediu e passou 30 mil, sobretudo a judeus. Foi demitido compul-sivamente.

A história...

Jornal do Centro06 | Janeiro | 201212

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PENALVA DO CASTELO | LAMEGO | REGIÃO

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No próximo dia 7 de Janei-ro, pelas 15h30, realizar-se-á, na Igreja Misericórdia de Penalva do Castelo, um Reci-tal de Canto Lírico com a ac-tuação do grupo Prima Voce.

Prima Voce é um ensem-ble que se dedica a diferen-tes géneros musicais, com sede no Porto. Nascido para dar resposta a inúmeras soli-citações, o grupo abrilhanta qualquer tipo de evento com o seu charme vocal e encan-to em palco.

Todos os seus elementos têm alta formação musical e já demonstraram o seu ta-lento em vários pontos do globo, tais como Espanha, França, Reino Unido, Brasil ou Malásia. Têm actuado re-

gularmente sob a batuta dos mais notáveis maestros.

Este espectáculo é orga-nizado pela Paróquia da Ín-sua e a ADPC – Associação Defesa do Património Cul-tural de Penalva do Castelo, em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia e a Câ-mara Municipal de Penalva do Castelo.

Este evento insere-se no ciclo de espectáculos musi-cais de géneros variados que a ADPC tem planeado para 2012. A ADPC pretende, des-te modo, proporcionar mais um momento cultural e de convívio para usufruto de toda a população, bem como valorizar e despertar interes-se para o Canto Lírico.

Recital de Canto Lírico em Penalva A capela de São Pedro

de Balsemão, situada nas imediações da cidade de Lamego, está a ser alvo de obras de conservação e valorização orçadas em 63 mil euros, de acordo com o anúncio da Direc-ção Regional de Cultura do Norte (DRCN).

Esta intervenção está integrada no projecto “Redes de Monumentos do Vale do Douro” (fi-nanciado pelo FEDER e pelo Programa Operacio-nal Regional do Norte) e deverá ficar terminada em Abril.

Segundo a DRCN, tra-ta-se de “uma das mais antigas igrejas de Portu-gal” e está classificada

como Monumento Na-cional desde 1921.

Os trabalhos de con-servação e valorização “incidirão sobretudo na parte exterior da igreja e também na melhoria das instalações e das redes de iluminação”, explica em comunicado.

“Há mais de 30 anos que o imóvel não é alvo de trabalhos desta natu-reza, à excepção de repa-rações ligeiras e pontuais que se revelaram insufi-cientes para sanar ano-malias e deficiências vá-rias detectadas”, acres-centa.

Com esta intervenção, a DRCN pretende “reno-var integralmente o as-

pecto exterior da capela e melhorar as condições de iluminação e visibilidade dos elementos do patri-mónio no seu interior”.

A DRCN aproveitará para fazer “uma nova fase na promoção do monu-mento, como uma mais valia na valorização do território duriense alto transmontano” em que se insere.

A fundação da capela de São Pedro de Balse-mão remonta ao período da reconquista cristã (sé-culo X).

“Ainda que no exterior sobressaia o carácter seiscentista da composi-ção da fachada, é no espa-ço interior que se realça a

sua antiguidade, onde as colunas com capitéis co-ríntios e o arco ultrapas-sado apresentam frisos e orlas em ornamentos com profusão de motivos figurados e geométricos”, informa o comunicado da DRCN.

A capela permanecerá visitável durante a maior parte do tempo de obras. Segundo a DRCN, só está previsto o seu encerra-mento durante a última semana de Janeiro e a pri-meira de Fevereiro, por “não ser possível assegu-rar nesse período as me-lhores condições de se-gurança”.

Lusa

Obras melhoram capelade São Pedro de BalsemãoLamego∑ Uma intervenção de 63 mil euros anunciada pela DRCN

Rua dos Casimiros, 33 - 3510-061 ViseuTel: 232 420 850 - [email protected] - www.ihviseu.com

NNovos cursos

a iniciar em

Fevereiro

IInglês e Espanhol

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012 13

Page 14: Jornal do Centro - Ed512

REGIÃO | MANGUALDE | VOUZELA | VISEU

APREENSÃO Vseu. A PSP encontrou fábricas de foguetes com produtos pirotécnicos não autorizados ou com armazéns sobrelotados durante uma operação de fiscalização nos dis-tritos de Viseu e Porto que durou quatro dias.Os agentes fiscalizado-res constituíram dois arguidos e elaboraram seis autos de notícia, quatro deles relaciona-dos com a posse de pro-dutos pirotécnicos sem a necessária autorização policial.Entre o material apre-endido contam-se 1095 bombetas, 425 baterias de diversos calibres, 141 Balonas e 44 Foguetes sem cana.Foram ainda apreendi-dos 171 repuxos, 200 dú-zias de canudos, 14 can-delas, 160 brinquedos pirotécnicos, 48 fachos, duas chamas em cone, duas rodas de fogo arti-fício, uma cascata e um pote de fumo.

DETENÇÃO Viseu. A GNR de Viseu deteve dois homens por furto de cobre. O s dois suspeitos foram apanha-dos em flagrante, em Vila Chã de Sá, por militares do Núcleo de Investiga-ção Criminal, após um alerta feito directamen-te pela da PT Comunica-ções. De acordo com as autori-dades, os dois suspeitos já tinham cortado e des-carnado os cabos de co-

bre da Portugal Telecom, quando foram detidos. Durante a operação, a GNR apreendeu um au-tomóvel, 28 metros de cabo em cobre, dois es-tribos, uma serra para cortar ferro e outros ob-jectos usados neste tipo de furto.

ASSALTOViseu. A PSP de Viseu está a investigar um as-salto à mão armada num café na Avenida da Bélgi-ca, em Viseu.Três homens encapuza-dos e armados, entraram no estabelecimento ao fi-nal do dia de sexta-feira, dia 30 de Dezembro, obri-garam os clientes a deita-rem-se no chão, rouba-ram o dinheiro que havia na caixa registadora e co-locaram-se em fuga com cerca de 350 euros.

APREENSÃOViseu. A PSP de Viseu deteve dois jovens, de 19 e 22 anos, na posse de haxixe suficiente para cerca de 86 doses. As detenções acontece-ram na semana passa-da, no âmbito de uma operação de combate ao tráfico e consumo de es-tupefacientes.A PSP apreendeu um veículo ligeiro de pas-sageiros, um bastão ex-tensível, uma chave de fendas, uma chave de estrela, uma navalha e cinquenta euros em di-nheiro.

A GNR de Viseu regis-tou 44 acidentes nas principais estradas do distrito de Viseu, du-rante os quatro dias da Operação “Ano Novo”, dos quais resultaram 13 feridos ligeiros e um ferido grave , vítima de um atropelamento em Póvoa de Sobrinhos, Viseu.Os dados confirmam uma ligeira diminui-ção do número de aci-dentes em relação ao mesmo período do ano passado.A GNR fiscalizou ain-da ao longo dos quatro dias 2.200 automobilis-tas, tendo sido detidas 10 pessoas por condu-ção com excesso de ál-cool e outras sete por

falta de carta de con-dução.

2011. O balanço nacio-nal provisório da Au-toridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) do ano passa-do confirmou que 690 pessoas perderam a vida nas estradas por-tuguesas. É o valor mais baixo de há 50 anos e re-presenta menos sete por cento em relação a 2010, um número só atingido em 1960.O mesmo relatório reve-lou que Viseu, a par de Beja e Évora, foram os distritos que registaram os aumentos mais sig-nificativos em termos de vítimas mortais. Por outro lado, Aveiro, Lis-

boa e Porto são os que apresentam as reduções mais consideráveis, em comparação com 2010. Na última década, o nú-mero de vítimas mor-tais e de feridos graves manteve uma tendên-cia decrescente desde 2002, embora menos acentuada nos últimos anos. No ano passado, regis-taram-se em média dois mortos e sete feridos graves por dia, enquan-to em 2002 a média era de quatros mortos e 13 feridos graves, refere a ASNR.Entre 2002 e 2011 regis-tou-se uma diminuição de 53 por cento de mor-tos e de 49 por cento de feridos graves.

Menos acidentes naoperação “Ano Novo”Viseu ∑ Um dos três distritos com maior aumento de mortos

A Balanço provisório de 2011 animador com descidas significativas de vítimas nas estradas

ALUNOS DE MANGUALDE CRIAM LOGÓTIPO DOPLANO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE

A Câmara Municipal de Mangualde desafiou os alunos do terceiro ci-clo e ensino secundário das escolas do conce-lho a apresentarem, até Março, propostas para a criação do logótipo do Plano Municipal para a Igualdade.

Os alunos que con-corram devem ter pro-postas que “reflictam e promovam a igualda-de entre homens e mu-lheres no concelho de Mangualde”, explica uma nota da autarquia.

“As propostas serão avaliadas tendo em con-ta critérios de criativida-de, qualidade e adequa-ção do tema, legibilidade e boa visibilidade, boa capacidade de reprodu-ção gráfica e facilidade e flexibilidade na adap-tação às necessidades do projecto”, acrescenta.

CÂMARA DE VOUZELA VENDE IMÓVEIS EM HASTA PÚBLICA

A Câmara de Vouzela leva a hasta pública esta sexta-feira, dia 6, a ven-da de oito imóveis.

À venda estão cinco escolas, na Meã, Fre-guesia de Alcofra, em Ansara, na Freguesia de Ventosa, em Covas, na Freguesia de Fornelo do Monte, em Lourosa, na Freguesia de S. Miguel do Mato e em Carvalhal do Estanho, na Freguesia de Queirã, um edifício habitacional tipologia T3 na Senra, em Vouzela e dois lotes urbanos em Sampaio, também em Vouzela.

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Jornal do Centro06 | Janeiro | 201214

Page 15: Jornal do Centro - Ed512

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Feliz2012

A Câmara Municipal de Mortágua decidiu manter gratuito o fornecimento das refeições escolares no Pré-Escolar e 1ºCiclo, du-rante o ano de 2012. “A medida, que transita

do ano anterior, tem em consideração o actual con-texto de crise do País e a necessidade de continuar a apoiar as famílias, acau-telando, nomeadamente, eventuais situações de ca-rência social que possam vir a ocorrer”, justificou o presidente da autarquia, Afonso Abrantes (PS).

Actualmente 129 das 142 crianças do Ensino Pre-Escolar e 274 das 276 crian-ças do 1º Ciclo usufruem dos serviços de refeição escolar, representando um custo total para o Mu-nicípio, no ano lectivo, su-perior a 150 mil euros. No entanto o Município en-cara esta despesa sobretu-do como um investimento, tendo em conta a impor-tância de proporcionar a todas as crianças condi-ções favoráveis ao seu ple-no desenvolvimento e su-cesso educativo. EA

Câmara de Mortágua assegura refeições escolares

As obras de constru-ção de um novo Centro Escolar na freguesia de Ranhados devem arran-car durante os primeiros três meses do ano. A ga-rantia foi dada pela au-tarquia viseense durante uma reunião com as jun-tas de freguesia.

Junto ao Hospital de Viseu vai nascer a Escola Viseu Estrela, orçada em cerca de dois milhões de euros. Este investimento

permitirá às crianças te-rem aulas em regime nor-mal. Nessa reunião, uma professora alertou para a situação vivida pelos alu-nos, que diariamente têm de circular entre a escola, o centro paroquial, a an-tiga sede da junta e o sa-lão nobre da actual para terem as actividades e al-moçarem. “As crianças estão distribuídas por quatro lugares, sem as devidas condições”, dis-

se o presidente da Junta de Freguesia de Ranha-dos, António Mateus.

O presidente da Câma-ra de Viseu, Fernando Ruas (PSD), respondeu que, uma vez que não foi construída a Escola Bá-sica Integrada (EBI) de Ranhados – alvo de um protocolo celebrado em 2005 com a Direcção Re-gional de Educação do Centro (DREC) – a au-tarquia decidiu avançar

com o seu próprio pro-jecto. “Vamos fazer o que é da nossa compe-tência. O Governo que resolva o seu problema (relativamente ao se-gundo e terceiro ciclo)”, sublinhou.

A escola ficará com quatro salas para jardim-de-infância e dez para o primeiro ciclo do ensino básico.

Tiago Virgílio Pereira

Centro Escolar de Ranhados vai avançar este ano Decisão∑ Autarquia avança com projecto e aguarda que Governo resolva o seu problema

A Infra-estrutura vai nascer junto ao Hospital de Viseu

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A Expressart’ – Esco-la d’Artes do Município de Santa Comba Dão vai promover um workshop de língua gestual desti-nado à comunidade es-colar e a toda a popula-ção, com o objectivo de estimular a comunica-ção nestes grupos, “que-brando as barreiras exis-tentes entre a comunida-de ouvinte e falante, e a comunidade surda-mu-da, adianta a autarquia em comunicado.

Sob o lem a “ Vem

aprender a comunicar em silêncio! O Teu cor-po também pode falar!”, este workshop preten-de ainda divulgar a lín-gua natural da comuni-dade surda-muda “que se expressa pela confi-guração das mãos e da expressão facial e cor-poral”.

As inscrições podem ser efectuadas através dos números de telefo-ne 964335818/910542198 e ainda por [email protected].

Workshop de língua gestual decorreem Santa Comba Dão

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Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012 15

Page 16: Jornal do Centro - Ed512

economia

A venda da EDP à Chi-nesa Three Gorges é na minha opinião um marco importante para o futuro da economia portuguesa e pode representar, no mé-dio prazo, uma mudança de paradigma no nosso pro-cesso de desenvolvimen-to, em particular, uma al-teração significativa na estratégia de internaciona-lização das empresas por-tuguesas. O mercado ex-terno é determinante para o crescimento das empre-sas nacionais. As exporta-ções serão decisivas para o crescimento da economia portuguesa nos próximos anos, dadas as enormes fra-gilidades na procura inter-na.

A entrada de capitais chineses em Portugal abre, também, uma oportunida-de nova de financiamento dos nossos défices - externo e interno - libertando-nos da excessiva dependência do financiamento europeu, isto apesar da venda de ac-tivos das privatizações não serem directamente conta-bilizados no abatimento do défice. Na contabilização do défice orçamental são apenas usadas as despesas e as receitas do Estado num ano. Destaque-se, contudo, que uma parte significativa da despesa do Estado Por-tuguês é feita com os en-cargos que tem de supor-tar com os juros da dívida pública.

Por lei o Governo é obri-gado a aplicar 40% do va-lor arrecadado na redução da dívida. Isso significa que dos 2,7 mil milhões de euros que o Estado arrecadou, com a venda da sua partici-pação na EDP, cerca de mil milhões serão obrigatoria-mente para esse efeito. Des-ta forma, o abate da dívida pública tornará o financia-mento do Estado mais ba-rato e o custo com encar-gos em juros menor. É im-portante percebermos que estes encargos com juros da dívida são hoje a compo-nente mais importante da despesa pública orçamental representando já um valor superior à despesa com o

Ministério da Saúde.A entrada da Chine-

sa Three Gorges também é importante porque abre um novo mercado a Portu-gal. A China quer interna-cionalizar as suas empresas e a EDP vai contribuir para que isso aconteça. A China é hoje a segunda maior po-tência mundial e deve tor-nar-se a primeira na próxi-ma década - mantendo-se as taxas de crescimento ve-rificadas nos últimos anos. Percebe-se que a compra da EDP é parte de uma es-tratégia maior que procura “usar” Portugal como pla-ca giratória para entrada no Brasil e em África e na União Europeia. Penso que Portugal poderá ganhar com esse processo uma vez que esta cooperação poderá induzir um maior crescimento na economia nacional por via de um sig-nificativo acréscimo de IDE – Investimento Direc-to Estrangeiro, financiado por um gigante comercial como é a China com fortís-simas reservas de moeda e com excesso de liquidez. A nossa excessiva dependên-cia da Zona Euro, no tocan-te ao financiamento exter-no, acabou por não nos be-neficiar e os resultados são por todos conhecidos. A di-versificação de fontes de fi-nanciamento externo pode e deve trazer uma melhoria significativa de condições para o País, libertando-nos um pouco das amarras im-postas pela Troika.

Finalmente, penso que a entrada da China na Eco-nomia Nacional deve ser entendida como um gran-de desafio para o País, ne-cessariamente com riscos, mas que em face da situa-ção gravíssima a que chegá-mos, pode representar uma solução inteligente para re-tomarmos os níveis de cres-cimento e emprego que to-dos desejamos que aconte-ça o mais rápido possível.

2012: O primeiro ano português do calendário chinês

OpiniãoDIA ABERTO DE VITICULTURA

No âmbito da discipli-na de Viticultura, os alu-nos da Escola Superior Agrária de Viseu irão realizar o dia Aberto de Viticultura, na próxima quinta-feira, dia 12 de Ja-neiro.

Esta actividade tem como principal objec-tivo abrir a escola à co-munidade, divulgar o curso, promover a agri-cultura como uma ac-tividade profissional com futuro, capaz de criar riqueza, preser-var a cultura, preservar o ambiente e promover a qualidade de vida dos portugueses.

A recepção dos parti-cipantes está marcada para as 9h00. De segui-da, o docente da unida-de curricular de Viticul-tura, João Paulo Gou-veia, dará uma palestra sobre poda. Os traba-lhos na vinha come-çam às 10h00. Depois de um almoço campes-tre, os trabalhos na vi-nha recomeçam e ter-minam por volta das 17h30. Após um jantar de confraternização ha-verá um espectáculo de fado. TVP

Roche doa equipamento científico à Agrária

A Empresa suiça disponibilizou vários aparelhos para a Escola Superior Agrária de Viseu

A empresa Suíça F. Hof-fmann-La Roche Ltd, a maior companhia de bio-tecnologia a nível mun-dial, sediada em Basileia, doou à Escola Superior Agrária (ESA) do Insti-tuto Politécnico de Viseu (IPV) material para la-boratório e equipamen-to científico considerado “valioso”.

“Esta doação constitui uma mais-valia para a ins-tituição IPV e uma opor-tunidade única para a ESA que vê assim reforçada a sua capacidade para atin-gir os seus principais ob-jectivos. O ensino de ex-celência, a prestação de serviço à comunidade, o apoio às empresas e a aposta crescente em pro-gramas de investigação e desenvolvimento tecno-

lógico”, adianta Dulcineia Ferreira, professora da ESA em comunicado.

Esta parceria surge no seguimento de vários contactos realizados en-tre Dulcineia Ferreira e investigadores da Roche ocorridos em congressos internacionais.

“O equipamento foi criteriosamente selec-cionado, em colaboração com os directores dos de-partamentos e demais do-centes da Escola Superior Agrária, tendo por base as necessidades da ESAV”, acrescenta a professora.

O equipamento inclui, um aparelho de cromoto-grafia líquida de alta pres-são (HPLC), um detector de varrimento para HPLC, uma câmara de fluxo la-minar, uma câmara de

cultura de células, equi-pamento de eletroforese capilar, um leitor de placas para teste Elisa com apli-cação em ensaios imuno-enzimáticos, câmara de secagem, viscosímetro, densímetro, centrífugas refrigeradas e a alta pres-são, processador automá-tico de tecidos animais.

“O referido equipamen-to deverá assumir grande importância no desenvol-vimento de projectos de ensino e de investigação no âmbito das áreas cien-tíficas de química, biolo-gia molecular, ciência e tecnologia dos alimen-tos, microbiologia e ciên-cia animal”, termina a do-cente.

Emília [email protected]

Mais-valia∑ Escola diz que vai reforçar a investigação e o apoio às empresas

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Alexandre Azevedo PintoEconomista

[email protected]

16 Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012

Page 17: Jornal do Centro - Ed512

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

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Iniciativa gastronómica promove Refeiçõestradicionais com desconto

A Papas de Milho é um dos pratos tradicionais propostos na iniciativa

Seis restaurantes e dois empreendimentos turísticos do concelho de Moimenta da Beira par-ticipam nos dias 13, 14 e 15 nos “Fins-de-Semana Gastronómicos”. A ini-ciativa oferece descon-tos em refeições típicas e alojamento local com o objectivo de divulgar as tradições gastronómicas do município.

“Milhos com moi-ra”, “Arroz de salpicão” e “Delícia de maçã” são os pratos tradicionais sugeridos pela restaura-ção local e que garantem 10 por cento de descon-to na noite de sexta-fei-

ra, 13, a quem optar por uma daquelas iguarias seleccionadas.

Os restaurantes ade-rentes são a Pousada, Quinta do Melião, Moi-nhos da Tia Antoninha, O Prato Dourado, Peto Real-Hotel Verdeal e Pico do Meio Dia.

Também os empreen-dimentos turísticos Ho-tel Verdeal e Moinhos da Tia Antoninha asse-guram descontos: 20 por cento de desconto na se-gunda noite de estadia.

Para usufruir das pro-moções é necessário ob-ter antecipadamente no Posto de Turismo da au-

tarquia o “Passaporte Es-pecial”, que é gratuito.

Esta iniciativa, leva-da a cabo pelo Turis-mo do Porto e Norte de Portugal em colabo-ração com a autarquia de Moimenta da Beira, “pretende oferecer boas sugestões para o fim-de-semana a preços convi-dativos”, refere a orga-nização em comunica-do. Uma das jusgestões para uma deslocação a Moimenta da Beira é a “Feirinha da Terra”, um certame que tem vindo a crescer na vida. A pro-xima edição é na manhã de sábado, 14.

Moimenta da Beira ∑ Turismo e Câmara divulgam gastronomia

Paridades de Poderde Compra

Clareza no Pensamento

Por vezes procura-se comparar o nível de vida entre países confrontando os respetivos PIB per capita (Produto Interno Bruto por habitante), que corresponde, basicamente, ao rácio do PIB total do país (valor da produ-ção gerada no território eco-nómico do país) pela popu-lação residente no mesmo. A comparação nesses termos padece, no entanto, de vá-rias limitações.

Uma das limitações maio-res decorre do facto de os ní-veis de preços serem dife-rentes entre os países (in-fluenciando, assim, o poder de compra dos indivíduos).

Daí que uma medida mais ajustada para comparações seja o PIB per capita mas ex-presso em Paridades de Po-der de Compra (PPC). Este indicador expressa o valor do PIB per capita mas “cor-rigido” pelo nível de preços relativo do país (eliminan-do-se assim os efeitos das di-ferenças nos níveis dos pre-ços entre países). As PPC funcionam pois como uma “moeda comum” artificial que permite medir o poder de compra associado ao PIB per capita em moeda. Basi-camente, calcula-se pela re-lação entre o PIB per capita (em moeda) do país e o seu nível de preços relativo (re-presentado por um índice de preços).

A comparação pelas PPC conduz muitas vezes a re-sultados consideravelmente diferentes dos que se obtêm pela comparação dos PIB per capita em moeda.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou em dezembro de 2011 os valores do PIB per capita expresso em PPC, para 37 países europeus, relativos

a 2010. A referência para a comparação é o valor mé-dio para a União Europeia (UE, 27 países), ao qual se atribui o valor de 100%. A moeda de referência é, na-turalmente, o euro (fazen-do-se a correspondente conversão para os países com moeda diferente).

Vejamos a situação por-tuguesa. Em 2010, o PIB per capita português, em mo-eda, era de 16244,59 euros. O índice de preços relati-vo, por sua vez, era de cer-ca de 83,0 (que compara com o valor de referência 100 para a média da UE e que significa que aquilo que custava na UE, em média, 100 euros, custava em Por-tugal, em média, 83 euros). Da relação daqueles mon-tantes resulta um valor de 19565,31 para o PIB per capi-ta expresso em PPC.

Este valor, para Portugal, do PIB per capita expres-so em PPC representava, em 2010, apenas 80,1% da média da UE. Trata-se de um resultado pouco inte-ressante, pois para além do considerável afastamento da média europeia (100%), Portugal registava o valor mais baixo entre os 15 pa-íses “antigos” da UE (não considerando os 12 países que aderiram à UE a par-tir de 2004), ficando ainda atrás de alguns membros mais recentes (como Chi-pre, Eslovénia e Malta). São, aliás, resultados que, na li-nha de outros, confirmam o fraco desempenho da eco-nomia portuguesa nos últi-mos anos, particularmente na última década.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Joaquim SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

DESFILE DE MODA NA POUSADA DE VISEU

As lojas Preto & Bran-co, Castelo Atelier, Sim-plesmente Marisa, Gina Machado Sapataria, to-das sediadas nas ruas de Viseu (sapataria Gina em Tondela) promovem este sábado, dia 7, às 21h00, um desfile de moda na Pousa-da de Viseu, uma das uni-dades hoteleiras mais em-blemáticas da cidade.

“Ano Brilhante” assim se chama o evento que marca o arranque do ano na moda de Viseu e que se quis que fosse mais do que um desfile da colecção Ve-rão 2012. Ao longo da noi-te vai haver música com os grupos Be Flat de San-ta Comba Dão, o duo An-gelicus Musicae e a Escola de Ballet-Dança do Inatel de Viseu.

CÂMARA LANÇAPLATAFORMA DECOMÉRCIO ELECTRÓNICO

A autarquia de Santa Comba Dão criou uma plataforma online de co-mércio de produtos de merchandising do conce-lho. Os produtos, que tam-bém podem ser adquiridos no Posto de Turismo local, vão do vestuário a esfero-gráficas, postais, publica-ções entre outros.

Esta loja, inaugurada a 22 de dezembro, pode ser visitada em http://loja.cm-santacombadao.pt e encontra-se disponível 24 horas por dia e em qual-quer parte do mundo. As entregas dos produtos ad-quiridos serão efectuadas através dos CTT e após confirmação do pagamen-to através de transferência bancária.

17Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012

Page 18: Jornal do Centro - Ed512

desporto

Apuramento Playoff Mundial de Andebol 2013

Portugal venceu e convenceu a Turquia em LamegoFavorito ∑ Portugal cumpriu frente à Turquia (35-22)

Portugal cilindrou a se-lecçao da Turquia com um expressivo 35 – 22.

Perante um público entusiasta, que lotou por completo o novo e muito funcional Multiusos de Lamego, a equipa nacio-nal não teve dificuldades em conseguir o triunfo. O passar dos minutos ser-viu apenas para ir solidi-ficando uma vitória que nunca chegou a estar em causa.

A Turquia acabou por demonstrar em Lamego que é a mais fraca das três equipa do grupo e que será entre Portugal e Ucrânia que a presença no playoff se vai decidir.

Os 13 golos de diferen-ca acabam por ser um re-sultado normal num jogo onde Portugal defendeu bem e onde Hugo Figuei-ra acabou por ter uma ac-tuação de relevo com um punhado de grandes in-

tervenções.Portugal vai agora até à

Turquia onde vai ter que voltar a vencer para de-pois, nos dois desafios com a Ucrânia, decidir a vitória no grupo, já que só o primeiro classifica-do tem passaporte para o playoff onde depois se discutirá uma presença na fase final do Mundial que se vai disputar em 2013 em Espanha.

Do jogo em Lamego

duas certezas: Portugal tem equipa para voltar a marcar presença num Mundial de Andebol, e Lamego deve estar orgu-lhosa da infra-estrutura de que dispõe.

Palavra final para o pú-blico, que foi incansável no apoio à equipa Nacional do primeiro ao último dos 60 minutos de jogo.

Gil Peres

Gil

Pere

s

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay A chamada época de

inverno de transferên-cias no futebol tem de positivo trazer novas motivações aos adep-tos. Caras novos agu-çam a curiosidade dos seus adeptos e criam novas espera nças . Quando o custo, destas aquisições, está dentro do orçamento da épo-ca as mudanças podem ter esta faceta de «me-xer» com a motivação dos clubes e adeptos.

Cartão FairPlay Viseu perdeu um

dos seus campeões. João Vinagre foi sem-pre um atleta dedicado, trabalhador. No Clube Académico de Futebol fez parte da equipa que disputou o nacional da 1.ª divisão. No golfe ganhou vários prémios. No ténis era uma referência dis-trital. O João com a sua forma de estar e ser mui-to sui generis fez sempre da competição um modo de vida e é um exemplo do querer. Mestrado na área do desporto o João deixou-nos fisicamente. Até sempre campeão.

Cartão VermelhoO aumento do IVA no

preço dos bilhetes dos espetáculos desportivos, tem este fim de semana o primeiro impacto no bolso dos espectadores. Preços já antes bastante elevados para o nível de vida dos portugueses e para condições que nem sempre são as melhores, além da qualidade de al-guns jogos ser má.

Visto

FutebolReabertura Mercado Transferências

João Vinagre

IVAPreço Bilhetes

AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL - CENTRO

13ª jornada - 08 Jan - 15h00

Cesarense - Sp. Mêda

Infesta - Grijó

Serzedelo - Vila Real

Sp. Lamego - Rebordosa

Leça - Sousense

Vila Meã - Alpendorada

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

14ª jornada - 08 Jan - 15h00

Madalena - Tondela

Paredes - Coimbrões

Sp. Espinho - Gondomar

Boavista - S.J. Ver

Oliv. Bairro - Angrense

Amarante - Anadia

Cinfães - Padroense

Operário - Aliados Lordelo

Publicidade

14 jornada - 08 Jan - 15h00

Lajeosa Dão - Molelos

Tarouquense - Silgueiros

Viseu Benfica - Mortágua

Lusitano - Paivense

Vale de Açores - Fornelos

GD Parada - Castro Daire

Lamelas - Alvite

Sátão - Arguedeira

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL DE VISEU DIVISÃO DE HONRA

13ª jornada - 08 Jan - 15h00

Sanjoanense - Oliv. Frades

Avanca - Oliv. Hospital

P. Castelo - Valecambrense

C. Senhorim - Bustelo

Nogueirense - Ac. Viseu

Sampedrense - Alba

III DIVISÃO NACIONAL SÉRIE B

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DESPORTO | MODALIDADESPublicidade

Futebol

“Mercado de Inverno” agitado

O Tondela anunciou a contratação de mais um avançado para o seu plantel.

A escolha recaiu em Mauro Bastos, jogador que alinhava no Desportivo de Chaves.

É um avançado experien-te, com 32 anos, e que tem no seu percurso desportivo passagem por clubes como Gil Vicente, Carregado ou Fátima, além de algumas experiências no estrangei-ro.

Depois das saídas de Beré (Famalicão) e de Ronan (Benfica de Castelo Bran-co), Mauro Bastos é assim mais uma opção para o sec-tor avançado, embora as op-ções para Vítor Paneira não fiquem por aqui e possam ainda voltar a ser reforçadas nos próximos dias.

No Académico de Viseu, mini revolução. O clube em-prestou quatro jogadores ao Canas de Senhorim: Zito, Dedé, Vitinho e Leo. Foram ainda emprestados Tiago

Rodrigues, ao Penalva do Castelo e André Mateus, o ex-junior que vai até final da época jogar no Viseu e Benfica.

No Oliveira de Frades, as saídas de Nuno Pedro (Pampilhosa) e Rúben (Sátão) foram colmatadas com a chegada de Toninho, ex-Cinfães.

Cinfães onde Rui Lopes se transferiu para o Apop do Chipre, e que entretanto viu regressar Rui Gonçal-ves. GP

A Mauro Bastos

Remo

Nacional de Fundo em Resende

As águas do Douro, jun-to às Termas das Caldas de Aregos, em Resende, vão receber o Campeonato Na-cional de Fundo, de Remo.

É mais uma prova do calendário nacional que se disputa nesta região do Norte do Dstrito de Viseu.

A competição está agen-dada para o próximo dia 28 de Janeiro, nos escalões de júnior e sénior na modali-

dade de remo. É um evento homologa-

do e organizado pela Fede-ração Portuguesa de Remo com o apoio da Câmara Municipal de Resende, da empresa municipal TurA-regos e do Clube Náutico de Caldas de Aregos.

Nesta altura, a cerca de três semanas da sua realiza-ção, ainda decorre a fase de inscrições. Na época pas-

sada este campeonato con-tou com cerca de cinquenta tripulações inscritas e cer-ca de duzentos e quarenta atletas em todas as compe-tições destes escalões.

Para este ano, face à pos-sibilidade de cada clube in-cluir até duas tripulações por tipo de barco, a organi-zação prevê que estes nú-meros sejam ultrapassa-dos. GP

A Toninho A Tiago Henriques

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DESPORTO | ENTREVISTA

Esta novidade do volei feminino sénior, pretende ser o quê? “Uma lança em África?”Liliana Soares – Quere-

mos implementar o volei-bol em Viseu. Acreditamos que é um projecto que veio para ficar. É isso que o clu-be (Lusitano de Vildemoi-nhos) quer, e é isso que nós pretendemos. Queremos também dar seguimento ao que o CARDES faz na formação e depois não tem aproveitamento. Em mas-culinos, em Viseu, só há a PT e também vamos tentar alterar essa situação.

É então um projecto que não se esgota com esta equipa feminina?LS – De todo. Além de

uma equipa masculina, para competir no Inatel, no futuro vamos também procurar apostar na for-mação. A nossa ambição passa pelo máximo de es-calões e em masculinos e femininos.

Como surgiu este projec-to? Em que momento e de que forma é que decidiram avançar para a criação desta equipa?Teresa Lima – Algumas

de nós já nos conhecíamos, outras foram aparecendo e o grupo foi crescendo. Co-

meçámos também a trei-nar com a equipa mascu-lina da PT e depois deci-dimos que tínhamos que formar uma equipa, por-que a nossa vontade e o nosso objectivo era jogar, era competir.

E no Inatel porquê?TL - Além de algumas

de nós já ter uma certa ida-de (risos)… no Inatel por-que uma equipa federada é muito dispendioso. Op-támos por entrar na com-petição do Inatel e tivemos a colaboração do Lusitano que nos integrou na es-trutura do clube de forma efectiva e com total apoio, e depois o Inatel conseguiu integrar-nos na competi-ção da zona Norte.

Ainda há não muito tempo o presidente do Lusitano nos afirmava que modalidades extra-futebol só as “auto-suficientes”. Como é que conseguem?Carmo Batista – Em

primeiro lugar através de um pequena mensalidade que todas nós pagamos. Ti-vemos também patrocina-

dores, que deram um apoio importante, mas precisa-mos de mais, até porque as nossas idas ao Norte vão ser muito dispendiosas e não temos qualquer tipo de apoio institucional. Temos ainda o clube que nos ajuda naquilo que pode.

TL – Temos também realizado alguns eventos, como foi o caso da I Mara-tona de Voleibol Indoor, e que são uma forma de an-gariar algum dinheiro para nos ajudar, principalmente, nas deslocações que vai ser o mais caro.

Quanto vai custar esta épo-ca?LS – Fizemos essa esti-

mativa, mas depois alterá-mos porque o que seria o custo principal, com o pa-vilhão, devido ao protocolo que o Lusitano tem com o Inatel, acabámos por não o ter. Assim, temos uma esti-mativa que aponta para os 3 mil euros. São custos com deslocações, portagens, equipamentos, bolas, e as próprias inscrições que fo-ram dispendiosas e total-mente a cargo das atletas.

CB – Os próprios equi-pamentos foram pagos por nós. Cada uma pagou o seu próprio equipamento.

Quanto atletas tem a equi-pa?TL – São 16…

Suficientes?LS – Penso que sim, mas

todas serão bem-vindas. Se houver quem queira prati-car a modalidade as por-tas estão abertas. Mas que tenham a noção que isto é um compromisso sério a que queremos dar conti-nuidade, e que não somos apenas um grupo de ami-gas que se junta e vez em quando para jogar volei.

Há uns anos, quando se fala-va das competições do Inatel, havia um pouco a noção de que eram competições para amadores, para a diversão…LS – Ainda no verão pas-

sado ouvi isso mesmo, mas posso dizer-lhe que exis-tem atletas a deixar o des-porto federado e a optarem pelo Inatel. No caso con-creto do voleibol há atle-tas que jogavam na A1, a

divisão de topo da moda-lidade em Portugal, e que optaram pelo Inatel. Isto porquê? Porque fica mais barato. Mas isto para de-mostrar que o Inatel é hoje em dia uma competição com nível e qualidade.

No voleibol do Inatel há três equipas masculinas do distrito, mas feminina são a única.TL – Exactamente. Fi-

cámos integradas na zona Norte que é onde há com-petição, onde há mais equi-pas.

Falaram no projecto que têm para a formação. No caso concreto das raparigas, como é que vão conseguiu captá-las para a prática desportiva sabendo-se do estigma que há ainda da “maria-rapaz”?LS – Eu penso que no

caso do voleibol não há esse problema porque con-sidero que é uma modali-dade extremamente ele-gante e feminina.

Quem são a mais velha e a mais nova da equipa?CB – A mais velha é a Né

(risos…) e a mais nova a Rita, com 17 anos.

TL – Temos atletas ainda juniores porque, lá está, não há equipas em Viseu para esse escalão etário. O Cardes vai ape-nas até aos juvenis.

Apesar de este ser uma es-pécie de ano zero, vocês já vão competir a sério. Quais as expectativas?

CB – Temos nossa equi-pa atletas que nunca jo-garam volei. Para elas vai ser especial, uma adrena-lina diferente das outras mais habituadas a prati-car a modaldiade.

TL – Queremos ga-nhar que conseguirmos ganhar, Queremos tam-bém aprender, porque temos muito ainda que aprender.

E o futuro?LS – Nós este ano va-

mos ser um bocadinho a cara da modalidade. Mostrar que ela existe, está em Viseu e é para

ser praticada também por mulheres.

TL – Penso que o volei-bol em Viseu tem futuro. Cada vez mais temos con-tactos de pessoas mais no-vas que querem aderir, e até por parte de crianças.

É aí que entra o vosso pro-jecto para a formação. Em concreto, o que pretendem alcançar no curto e médio prazo?TL – Temos andado a

fazer, diria, uma “prospec-ção de mercado”. Ver da adesão que podermos ter e do interesse que exista para que no próximo ano possamos então avançar com as escolinhas de for-mação. O número de es-calões que possamos vir a ter depende então da ade-são que venha a haver, seja em masculinos seja em fe-mininos.

LS – Penso que os mas-culinos também seriam uma boa aposta já que não existe nenhum clube em Viseu a fazer essa forma-ção. A PT só tem seniores, não faz formação.

Gil Peres

“O voleibol em Viseu tem futuro”Começaram por ser três, são já 16, mas esperam no futuro ser muitas mais. São a equipa de voleibol do Lu-sitano de Vilde-moinhos, a única que no distrito faz competição. No ano da es-treia vão jogar no Inatel, mas além desta com-petição o objec-tivo é apostar na formação e em desenvolver a modalidade.

A Carmos Batista, Liliana Soares e Teresa Lima, as promotoras do projecto de voleibol no Lusitano

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em focoJornal do Centro06 | Janeiro | 2012 21

Foi com muita animação, música e folia que os viseenses se despediram de 2011 e deram as boas-vindas a 2012. Milhares de pessoas juntaram-se no Campo Viriato, bem perto do guerreiro viseense e em contagem decrescente vibra-ram com o soar das 12 badaladas. A banda musical Hi-Fi deu música a todos os presentes e o fervor durou até às tantas da madrugada. Champanhe, pas-sas e o espírito familiar e de amizade imperaram numa noite em que a crise foi esquecida, assim como os problemas sociais que dela advêem.

Para o ano há mais...

10 a 13 de Novembro

Secretáriosde Estado de ontem e de hoje

Enquanto as massas populares se agitam ao frio da noite, os políticos da nossa praça, Cesário e Junquei-ro, no temperado ambiente de um bom hotel festejam, animados, a previsível AD de que se fala. (!?)

A Noite Encantada no Campo Viriato

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culturasD “Chefes Intragáveis” em Sátão

O município de Sátão entra no novo ano a rir. O filme de comédia “Chefes Intragáveis” abre a programação do Cine-teatro, amanhã, pelas 21h00. O preço do bilhete está fixado nos 3 euros.

expos Destaque Arcas da memória

“Tempos sem Remição” ou a aldeia

revisitada

Tempos sem Remição, edição cuidada da Palima-ge, é o mais recente livro de (Diamantino) Gertrudes da Silva, amigo desde a adoles-cência de colégio, exemplo maior de uma cidadania de Abril tão causticada ago-ra nos seus sonhos de bem, Tempos de Remição tem o seu quê de poema heróico, lá onde em sete cânticos se celebra a sorte de um povo que num tempo mitifica-do pousou nas planuras da aquiliniana Serra da Nave e ali se fincou chamando à serra-madre terra sua, berço e cova, chão sagrado que o é desde o tempo longínquo das orcas. Gertrudes da Sil-va, nome de guerra, regres-sa um dia à sua terra, Alvi-te, regressa depois de lon-ga, longuíssima viagem e na aldeia que ficara deserta com o tempo e sucumbiu à ruína, ele intenta reinventar a geografia das praças, das ruas e vielas, dos caminhos de pé posto que levavam as mulheres para as hortas, os homens às courelas e os pas-tores para a serra, ele intenta reinventar a alma antiga da gente que habitou esses lu-gares. E é então que se sol-tam as memórias dos epi-sódios concretos que o nar-rador viveu na sua infância, as efabulações desse imagi-nário herdado de uma lon-

ga cadeia de gerações, pais e avós que foram lavrado-res de terras que o tanto la-vrar amansou, como às va-cas atreladas ao arado, que foram cabaneiros, sem eira nem beira que pudessem chamar sua, migrantes sa-zonais de engenho vário que partiam pelas sete partidas das terras em redor com fer-ramentas de prestável ofício, saco em bandoleira para a recolha de peles de coelho, cornelho, farrapos … miúdo comércio, mas honrado. E o pão ganho com suor e os filhos criados e a ausência que gerava um amor redo-brado como se a aldeia fos-se mulher. E o ciclo do ano corre pelo livro fora. Os tra-balhos e os dias. A lua e o sol a ritmar a vida, a faina dos campos, o cio dos bichos, as andanças de quem seguia caminhos de Cristo pelas terras fora. Franças e Ara-ganças que vieram e se fo-ram. E uma esperança que o tempo jamais consumiu. E uma aldeia nova que nas-ceu nas margens ora fecun-das da aldeia antiga. Uma aldeia nova que agora cha-mam vila. E o teu livro. E as límpidas memórias. E o teu olhar que vai até ao fundo, onde as lágrimas existem e onde o amor governa. E a al-deia antiga por ti salva. Ago-ra para sempre.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

“Du Don De Soi”, é o es-pectáculo que abre a pro-gramação deste ano no Teatro Viriato, em Viseu. Considerada a melhor peça de dança de 2011, esta cria-ção de Paulo Ribeiro nas-ce a partir do universo ci-nematográfico de Andrei Tarkovsky e surge a convi-te da Companhia Nacional de Bailado. Em cena, dias 20 e 21 de Janeiro, a partir das 21h30.

“Abrimos a temporada com uma programação fortíssima”, disse o direc-tor do teatro viseense, em

conferência de impresa. Na apresentação da pro-gramação dos primeiros três meses, Paulo Ribei-ro destacou ainda a actu-ação da Orquestra de Jazz de Matosinhos, no dia 11 de Fevereiro e “Mútuo Con-sentimento”, o novo ál-bum de Sérgio Godinho, que encerrará o mês de Março.

Para suportar esta pro-gramação, o director admi-tiu que teve de recorrer a um empréstimo bancário. Apesar “dos custos com o pessoal e da programa-

ção estarem equilibrados”, o Teatro Viriato, no âmbi-to da rede 5 sentidos, “ain-da não viu um cêntimo do QREN”, de uma candidatu-ra que tem já dois anos.

Apesar destas dificul-dades, “em 2012 o Teatro Viriato vai funcionar sem percalços”, garantiu Paulo Ribeiro. Este ano, a grande novidade passa pelo alar-gamento do preço jovem - 5 euros - a espectadores com idade igual ou inferior a 30 anos.

Tiago Virgilio Pereira

Viriato abre temporada com “Du Don De Soi”Paulo Ribeiro∑ “Abrimos com uma programação fortíssima”

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 30 de Janeiro

Exposição “Aquilino Ribei-

ro nas Terras do Demo”.

VISEU∑ IPVAté dia 31 de Janeiro

Exposição “Grão Vasco

Digital”, de autoria de José

Manuel Pereira Galvão.

MANGUALDE∑ IPVAté dia 31 de Janeiro

exposição de Banda Dese-

nhada “AS AVENTURAS

DE TINTIN”, uma produ-

ção do GICAV - Grupo de

Intervenção e Criativida-

de Artística de Viseu.

∑Biblioteca MunicipalAté dia 9 de Janeiro

Exposição “O Presépio,

por Portugal e pelo Mun-

do”.

MOIMENTA DA BEIRA

∑ Paços do ConcelhoAté dia 31 de Janeiro

Exposição “Concurso de

Árvores de Natal”. Onze

árvores de Natal fei-

tas a partir de material

reciclado, por alunos do

ensino pré-escolar e do

primeiro ciclo do ensino

básico.

A Marisa Miranda e Paulo Ribeiro durante a conferência de imprensa de apre-sentação da programação

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culturasLiteratura

A Associação Cultural e Editorial Areias do Tem-po tem à frente da direcção um viseense, Nuno Gan-dra que além de editor é também poeta.

Interessante destacar que no conjunto de títulos publicados pontuam os vi-seenses, ou de certo modo, pessoas ligadas a Viseu. Francisco de Seabra Car-doso, João Pedro Domin-gos d’Alcântara Gomes (pseudónimo), Rodrigo Emílio, Martim de Gouveia e Sousa e António Gil.

Desta feita a Areias do Tempo deu ao prelo mais duas obras, “Fábulas Fa-miliares”, de Francisco de Seabra Cardoso da qual fa-laremos oportunamente e “Indústrias do Absoluto”, de António Gil.

Este último, cuja produ-ção literária há muito co-nhecemos da Revista Li-terária Ave Azul, venceu em 1999 o prémio de Re-velação de Poesia da As-sociação Portuguesa de Escritores com o livro”A Céu Aberto”, cuja publica-ção em 2001 esteve a cargo da editora Difel. Conjunta-mente com Eduardo Araú-jo e João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes publica “Filigrafias” e colabora na antologia publicada pelo IPV “o regresso à condi-ção”. No ano seguinte es-creve a peça de teatro “Pisa Relva” que foi encenada por Igor Gandra. Em par-ceria com a “Ave Azul” pu-blica em 2005 “Canto de-sabitado”.

António Gil nasce em Angola em 1963. Chega a Portugal em 1974. Fixa-se em Viseu onde é professor

desde 1993. Tem publica-ção dispersa em diversas revistas e em 2010 surge, de novo, com “Indústrias do Absoluto” onde somos postos em alerta pelo pró-prio título e pela referên-cia a um escritor “maldito” no frontispício: “... Já nem sequer sei ser gentil...” - Céline ... e em quadras ur-gentes e concisas começa por apresentar em prefá-cio “Eis o excelso produto / da técnica que exacerbo: / este envenenado verbo...

O índice é “a lista com-pleta de preços”, à laia de menú, que se espraia em 4 cantos:

I - átrio total da entre-ga; II - quadratura do cír-culo; III - genes que mani-pulo; IV - templo da roti-na cega... que também se lê em texto, nos seus sub-títulos, como poema, tal o exemplo: IV - templo da rotina cega / sob a égide dos cartéis / e do merca-do triunfante / finge-se a lei ignorante / o drama dos sem papéis...

No final do livro e na pág. 99 abre-se em balanço o “Cálculo Total de Estra-gos” rematado com 4 qua-dras em modo de manual de uso acautelado.

António Gil não cessa de nos surpreender e não é por acaso que ao lê-lo, vários são os remetimen-tos que se nos abrem para o gaulês Francis Ponge e Manuel Gusmão, um dos maiores poetas portugue-ses da actualidade.

António Gil e “Indústrias do Absoluto” para ler... ab-solutamente.

Areias do Tempo -- uma editora a “vigiar”. PN

António Gil e“Indústrias do Absoluto”

O bar “Livraria da Praça”, em Viseu, recebe hoje, a partir das 22h00, o concerto, em formato acústico, de João Simões. O finalista no programa “Operação Triunfo”, da RTP 1 começa o ano a recordar os temas do 1º EP “Tarde Demais”.

D João Simões actua em Viseu

Destaque

Já é conhecida a pro-gramação do próximo trimestre, do Teatro Ri-beiro Conceição (TRC), em Lamego.

Até Março, o teatro vai contar com mais de 40 iniciativas distribuídas por várias áreas cultu-rais. Amanhã, vão “Can-tar os Reis”, no auditório do Ribeiro Conceição, a partir das 21h30. Contu-do, a grande atracção do primeiro mês está agen-dada para o dia 28. “É como Diz o Outro”, uma comédia teatral interpre-tada por Bruno Noguei-ra e Miguel Guilherme e encenada por Tiago Guedes. A peça relata o dia-a-dia de dois ami-gos que trabalham jun-tos. Aí, conversam sobre a vida, aspirações e dis-cutem sobre temas com-plexos.

Em Fevereiro, em mais um aniversário da rea-bertura do TRC, “Tim e os Companheiros de Aventura” juntam-se às celebrações de um mês repleto de iniciativas de

teatro. Eunice Muñoz dará

inicio à digressão na-cional da sua peça “O Cerco a Leningrado”, nos dias 3 e 4 de Março, marcando também a co-memoração dos seus 70 anos de carreira.

A peça conta a história de duas mulheres - Ma-ria José Paschoal e Eu-nice Muñoz - que vivem

encerradas num velho teatro da cidade e que lutam contra a sua anun-ciada demolição.

Esta comédia é a mais importante obra de José Sanchis Sinisterra.

Março termina com a peripécia teatro “1325, Mulheres Tecendo a Paz”.

Tiago Virgílio Pereira

Lamego apresenta programação no Ribeiro Conceição“É Como Diz o Outro”∑ Bruno Nogueira e Miguel Guilherme interpretam comédia teatral

Os alunos das orques-tras de guitarras, cordas, acordeões e coros do Con-servatório de Música de Viseu – Dr. Azeredo Per-digão são os convidados para animar o “Grande Concerto de Ano Novo”, que o Palácio do Gelo vai

promover, amanhã, a par-tir das 16h00.

É desta forma que o shop-ping se despede da qua-dra natalícia e dá as boas vindas ao ano de 2012. No âmbito do apoio ao ensi-no da música, o Palácio do Gelo irá doar, à ima-

gem do que acontece há quatro anos, um cheque no valor de 2500 euros ao conservatório de Músi-ca Dr. Azeredo Perdigão, para a aquisição de novos instrumentos musicais.

Os alunos vão apresen-tar um repertório diver-

sificado e prometem ani-mar todos aqueles que se desloquem ao piso 0 do centro comercial. O ano começa com animação, lazer e cultura aliado à importância e divulga-ção da música e seu en-sino. TVP

Alunos do Conservatório de Viseu dão concerto

Gala de Música no Colégio de Viseu

A Associação de Pais dos Alunos do Colégio da Imaculada Conceição (APA-CIC) promove a 2ª Gala da Música, no próxima quinta-feira, dia 12 de Janeiro, pelas 20h30, na capela do Colégio da Imaculada Conceição, em Viseu.

Em parceria com os docen-tes da instituição, a 2ª Gala da Música APACIC contará no programa com a actuação do Musicorum do Colégio e a audição de piano e violino, com a colaboração dos pro-fessores José Miguel Amaral e Joaquim Pedro. Depois, irá actuar a docente Ana Marga-rida Santos.

A animação continuará com o coro do sétimo, oita-vo e nono anos do Conser-vatório Regional de Música Dr. Azeredo Perdigão, diri-gido pela professora Ecate-rina Neagu. O grupo de fado “Fado em Si”, encerrará a noi-te musical.

O objectivo deste convívio passa pela promoção do espí-rito de comunidade integran-te do colégio e dos docentes das áreas artístico-musicais. A APACIC pretende que este seja um espaço de interacção entre agentes educativos e artísticos que desenvolvem a sensibilidade musical das crianças, como parte inte-grante de um crescimento harmonioso. TVP

Falta pouco mais de uma semana para o heavy me-tal, o industrial e o doom invadirem Mangualde. A 18ª edição do Hardmetal-fest realiza-se no dia 14 de Janeiro, no Centro Cultu-ral de Santo André, a par-

tir das 15h00.Muitas bandas nacio-

nais de renome vão pisar o palco do festival com maior número de edições em Portugal. Os Bizarra Locomotiva serão os ca-beça-de-cartaz. Taran-

tula, Heavenwood, Grog, For the Glory e Desire, são outros nomes “de peso” que vão animar os aman-tes do hardmetal. A noite terminará ao som dos ale-mães Witchburner.

O preço dos bilhetes va-

ria entre os 10 e os 13 euros, e podem ser adquiridos, em Viseu, no bar Acade-mia, no bar Ground Zero e na Rip Off Skate Shop. No Porto, na Piranha, e em Lisboa, no Carbono e no Xaranga. TVP

Festival de metal de regresso a Mangualde

A Espectáculo está marcado para o dia 28 de Janeiro

Música

Concerto

Música

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saúde

A Comissão Inter-Con-celhia Lamego/Tarouca do PCP diz em comunicado que o Ministério da Saúde confirmou ao Grupo Par-lamentar do partido que o Hospital de Lamego “vai deixar de ser um hospital de retaguarda, passando a ser um hospital de ambula-tório e adianta que decisão tomada já pelo anterior Go-verno socialista, acarreta “graves prejuízos para o re-gime de internamento”, fi-cando apenas “com um en-treposto de triagem à beira de uma auto-estrada”.

“Acabam-se as funciona-lidades de um verdadeiro hospital, nomeadamente os internamentos, a assis-tência a doenças crónicas, as urgências com apoio das especialidades ou a existência de camas desti-nadas a patologias do foro médico ou cirúrgico. Fica o chamado hospital reduzido às funções de um centro de saúde”, acrescenta a comis-são do PCP.

O novo hospital de Lamego só deve come-çar a funcionar em Abril e não neste mês de Janeiro,

como estava previsto, re-velou o presidente do con-selho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

Em declarações à agên-cia Lusa, Carlos Vaz expli-cou que o atraso na aber-tura deste hospital ficou a dever-se a atrasos em “questões técnicas”, como climatização e informáti-ca.

O novo hospital de Lamego representa um in-vestimento de 42 milhões de euros. É considerado um

projecto inovador, que tem como objectivo reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias.

“Irá ter 14 especialidades médicas e médico-cirúr-gicas e três blocos opera-tórios para fazer cirurgias de ambulatório”, explicou Carlos Vaz, acrescentan-do que neste hospital ficará centralizada “grande parte da cirurgia de ambulató-rio de todo o Centro Hospi-talar de Trás-os-Montes e Alto Douro”. Terá também “um hospital de dia gran-

de, urgência básica com to-das as áreas modernas que hoje se exigem e 30 camas de cuidados continuados”, acrescentou.

Desde o início que o pro-jecto do novo hospital de Lamego mereceu muitas críticas, por prever apenas 30 camas para cuidados continuados e excluir o in-ternamento tradicional.

“Nos Estados Unidos já vão na quinta geração de hospitais de ambulatório, em Espanha na terceira e em Portugal ainda não há nenhum. É o que se faz em

todo o mundo e nós ainda andamos a discutir se vale a pena”, lamentou Carlos Vaz, exemplificando que, na zona de Barcelona, “já fazem 75 por cento de toda a cirurgia em ambulató-rio”.

Não resignado, o PCP de Lamego/Tarouca pergunta pela comissão local de de-fesa do novo hospital, que durante o Governo de José Sócrates criticava o projec-to e reivindicava 150 camas para a nova unidade.

Emília Amaral/Lusa

Críticas∑ PCP insiste que a transformação da unidade em hospital de ambulatório “vai trazer graves prejuizos para o internamento”

Abertura do novohospital de Lamego adiada para abril

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232 437 461232 437 461

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Page 25: Jornal do Centro - Ed512

SAÚDE

PROJECTO VISEUEM MOVIMENTO PROSSEGUE COM ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO

A Câ ma ra Muni-cipal de Viseu rea-liza próximo dia 10, às 10h00 na sede da Junta de Freguesia de Cepões, rastreios de recolha de sa l i-va, pesagem e medi-ção, e actividades in-teractivas. A acção decorre no âmbito do projecto “Viseu em Movimento - Ge-rações Saudáveis” e conta com o apoio da Unidade Móvel de Saúde, ACES Dão Lafões I, do Instituto Politécnico de Viseu – Escola Superior de Saúde de Viseu, do Centro Regional das Beiras da Universida-de Católica Portugue-sa – Medicina Dentá-ria e do Instituto Jean Piaget Viseu – Escola Superior de Saúde.

Obesidade infantil∑ Associação desafiou escolas a incentivar as crianças ao consumo da fruta para fazer um retrato nacional actualizado

Quatro escolas de Viseu aderem ao projecto “Heróis da Fruta”

Quatro escolas do dis-trito de Viseu aderiram ao projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudá-vel” lançado na terça-fei-ra pela Associação Portu-guesa Contra a Obesida-de Infantil (APCOI), para incentivar as crianças até aos 10 anos a consumirem mais fruta diariamente e inverter a estatística na-cional do consumo destes produtos que é de apenas dois por cento.

A E.B. 1 nº 3 de Viseu (Massorim), o Centro Es-colar de Lamego Sudes-te, o Centro Educativo de Santa Comba Dão e o Jardim Escola Alvare-lhos/Agrupamento Esco-las Carregal do Sal fazem

parte do conjunto de 516 Jardins de Infância e Es-colas Básicas do 1º Ciclo que aderiram a esta inicia-tiva nacional de interven-ção escolar, que decorrerá ao longo de seis semanas (entre 3 de Janeiro e 10 de Fevereiro).

A APCOI, organiza-ção sem fins lucrativos que centra a sua activida-de na promoção da saúde das crianças com projec-tos de prevenção, forma-ção e investigação sobre sedentarismo, má nutri-ção, obesidade infantil e restantes doenças asso-ciadas, pretende com esta iniciativa incentivar o consumo de fruta no lan-che escolar nos jardins-

de-infância e escolas do primeiro ciclo.

Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Euro-

pa com maior número de crianças com excesso de peso: 32 por cento das crianças entre os seis e os oito anos têm excesso

de peso e 14 por cento são obesas. O sexo feminino apresenta valores supe-riores às do sexo mascu-lino.

O último estudo do Ins-tituto Nacional de Saú-de Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre obesidade infantil revela que mais de 90 por cento das crian-ças portuguesas come “fast-food”, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana, menos de um por cento bebe água todos os dias e só dois por cento con-some fruta fresca diaria-mente.

Emília [email protected]

A Em todo o país aderiram 516 escolas

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SAÚDE

“Os critérios dos aparelhos dos partidos

Manuel Pizarro, mé-dico, licenciado pela Faculdade de Medici-na da Universidade do Porto. Especialista em Medicina Interna. Fun-dou a Unidade de Cui-dados Intermédios de Medicina do Hospital de S. João. Foi assis-

tente na Faculdade de Medicina da Universi-dade do Porto e, mais recentemente, no cur-so de medicina da Uni-versidade do Minho. Deputado na Assem-bleia da República e membro da Comissão Parlamentar de Saú-

de entre 2005 e 2007 e após as legislativas de 2011. Secretário de Estado da Saúde entre 2008 e 2011.

Que considerações lhe merecem as novas polí-ticas implementadas e a implementar na área da Saúde?

O Governo tem aban-donado a perspet iva humanista que caracte-rizou o desenvolvimen-to do nosso Serviço Na-cional de Saúde (SNS). As medidas que têm vin-do a ser tomadas tratam apenas das questões de natureza financeira, es-quecendo os objetivos em matéria de saúde que

devem ser alcançados. Não podemos ignorar a difícil situação do país e a necessidade de con-tenção dos gastos. Mas não devemos esquecer que a saúde é um bem essencial para cada pes-soa, para a sua família e para o país. Fico choca-do, por exemplo, quando vejo responsáveis gover-

namentais admitir que o número de transplanta-ções de órgãos pode di-minuir. Se isso acontecer vai haver seres humanos que podiam ter sido sal-vos e que vão morrer ou, no caso dos rins, que vão continuar a fazer diálise, com perda significativa da qualidade de vida. Precisamos de equilí-

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SAÚDE

a comandarem a acção do Governo”

brio. É indispensável re-duzir o desperdício e te-mos que aceitar alguns cortes. Mas não deve-mos deitar fora o que o SNS conseguiu de bom ou mesmo de excelente. A mortalidade infantil em 2010, foi de 2,6. É um dos melhores resultados do Mundo. Um ajusta-mento das taxas mode-

radoras teria que se fa-zer, mas estes aumentos brutais, em especial no atual contexto económi-co, revelam uma brutal insensibilidade social.

Aquando da tomada de posse do atual conselho de Administração do Cen-tro Hospitalar Tondela V i s e u , o S E M a n u e l

Ferreira Teixeira referiu a existência de uma dívida de 4 milhões de euros. Esta dívida corresponde à realidade?Em relação à gestão

do Hospital de Viseu a questão essencial é sa-ber-se que, nos últimos cinco anos (entre 2006 e 2010), o Hospital apre-sentou sempre resulta-dos líquidos positivos, que somam mais de 12 milhões de euros. Em 2010, último ano de con-tas encerradas, o Hospi-tal teve resultado opera-cional positivo, resulta-do líquido positivo e um EBIDTA superior a 4 mi-lhões de euros. A dívida referida tem a ver com uma quantia que a ges-tão do Hospital reclama da Administração Cen-tral do Sistema de Saú-de e que esta, por razões burocráticas pouco sus-tentadas, não reconhe-ceu. Mas isso nada altera em relação aos bons re-sultados financeiros do Hospital de Viseu.

O conselho de adminis-tração demitido estava a fazer um bom trabalho. Foi substituído porque motivos?Essa é a pergunta a que

o senhor Ministro da Saúde deve responder, visto que foi uma deci-são sua. Na ausência de explicações temos que concluir que a substitui-ção ocorreu por mesqui-nhas razões de ordem partidária que se sobre-puseram ao interesse pú-blico. O anterior Conse-lho de Administração foi

bem sucedido na gestão financeira do Hospital, área que preocupa mui-to o Ministério. Mas os resultados em termos as-sistenciais também de-vem ser realçados. Entre 2007 e 2010, as primeiras consultas realizadas em cada ano cresceram de 50 mil para 68 mil. No mes-mo período a cirurgia de ambulatório mais do que duplicou, de 23,6% para 53,4% dos atos cirúrgi-cos programados. Ape-sar da redução da natali-dade o número de partos manteve-se sempre aci-ma dos 2300. Foi prepa-rada a criação do Centro Oncológico. Foram anos de crescimento e conso-lidação para o Hospital de Viseu que, numa ava-liação séria e rigorosa, merecem nota muito po-sitiva.

A nomeação da nova ad-ministração foi polémica e enredada em declarações de elementos da própria coligação, como o de-putado centrista Hélder Amaral , que fa la “em amiguismo partidário” e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que aborda este assunto na sua crónica semanal. Qual o seu co-mentário?As declarações do de-

putado Hélder Amaral confirmam a análise que faço. Em relação à mu-dança do Conselho de Administração aconte-ceu o pior que a demo-cracia partidária tem em Portugal, com os crité-rios dos aparelhos dos partidos a comandarem

a ação do governo. É tris-te e muito grave que isso aconteça num momen-to de dificuldades para os portugueses, que jus-tificava maior pondera-ção. O discurso de rigor do Ministro da Saúde sai muito chamuscado deste episódio e de outros si-milares que vão aconte-cendo em todo o país.

U m a m e n s a g e m a o s utentes da Saúde, em Viseu.As pessoas de Viseu

têm motivos para se or-gulharem dos progres-sos verificados no Hospi-tal e de muitas melhorias que foram acontecendo também nos cuidados de

saúde primários, nome-adamente com a criação das Unidades de Saúde Familiar (USF). Há, ain-da, um longo caminho a percorrer. Mas é indis-pensável que os cidadãos participem ativamente. Temos que estar atentos para não deixar degradar o Hospital e para defen-der o seu desenvolvimen-to, nomeadamente com a criação do Centro de On-cologia. É imperioso que sejam criadas mais USF, que façam chegar médi-co de família a todas as pessoas. O SNS é um pa-trimónio do país que não deve ser alienado.

Paulo Neto

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ADVOGADOS

VISEU

ANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 V iseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDE

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELAS

JOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Obser-vações www.chefchinarestauran-te.com

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Mo-rada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Ob-servações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

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T2 Dpx Centro Cidade c/180m2, cozi-nha mob. e equipada, lareira, arrumos. 103.000,00€T. 914 824 384

T2 Repeses c/ aquec. central, cozinha equipada, arrumos, óptimo estado. 91.500,00€T. 969 090 018

T3 Centro Cidade c/135m2, lareira, cozinha equipada, arrumos, garagem. 100.000,00€T. 917 921 823

T4 Dpx c/250m2, aquec. completo, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 122.500,00€T. 914 824 384

Moradia Ranhados c/ boas áreas, ane-xos, varanda, 500m2 área descoberta. 105.000,00€

T. 969 090 018Andar moradia Repeses c/ óptimas áreas, cozinha equipada, garagem, logradouro. 90.000,00€T. 917 921 823

Andar moradia Gumirães c/ cozinha mob. e equipada, A/C, lareira c/ recup., logradouro. 90.000,00€T. 914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SE T2 Cidade c/ cozinha mob. e equipada, mobilado, arrumos. 275,00€T. 917 921 823

T2 Cidade mobilado e equipado, arrumos, boa exposição solar. 325,00€T. 914 824 384

T2 Duplex Cidade c/140m2 área, cozi-nha equipada, lareira, arrumos. 500,00€T. 969 090 018

T3 a 2 min. Cidade c/ 130m2 área, lareira c/ recup., cozinha equipada, garagem. 375,00€T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/aquec. central, lareira, cozinha equipada, garagem. 350,00€ T. 917 921 823

T3 Marzovelos c/130m2, cozinha equi-pada, lareira c/ recup., garagem, aquec. central. 430,00€T. 914 824 384

Moradia a 3 min. Cidade c/ aquec. cen-tral, cozinha equipada, churrasqueira. 400,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

Andar moradia a 2 min. Cidade c/ boas áreas, varandas, arrumos, boa exposição solar. 250,00€T. 914 824 384 T1 Junto à cidade, todo mobilado e equi-pado, garagem fechada. 325,00€ T. 969 090 018

T3 Jtº. Cidade c/ 145 m2, bom estado, cozinha mobilada e equipada, garagem fechada. 450,00€T. 917 921 823

Moradia T2 cozinha mobilada equipada, garagem fechada. 350,00€T. 914 824 384T4 no centro, cozinha mobilada e equi-pada, terraço com 30 m2. 300,00€T. 232 425 755 (AMI 5083)***

T3 Junto à cidade c/ cozinha mob. e equipada, garagem fechada e terraço com 47 m2. 375,00€T. 969 090 018

T3 Boas áreas, bom estado, cozinha mobilada e equipada, garagem fechada. 475,00€T. 917 921 823

Jornal do Centro06 | Janeiro | 201228

Page 29: Jornal do Centro - Ed512

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão - Ref. 587763680

Marceneiro com experiên-cia. Carregal do Sal - Ref. 587783204

Cabeleireiro. Pretende-se praticante de cabeleireiro com carteira e experiência profissional. Tondela - Ref. 587786598

Cortador de carnes verdes. Santa Comba Dão - Ref. 587792565

Auxiliar de laboratório. Preferência por candidatos com experiência. Mortágua - Ref. 587792800

Cabeleireiro. O candidato deverá ter carteira profissio-nal de ajudante, praticante e de cabeleireira e experiência profissional. Carregal do Sal - Ref. 587793117

Outros condutores de máquinas agrícolas e flo-restais. Mortágua - Ref. 587794894

Pasteleiro com experiên-cia. Carregal do Sal - Ref. 587795088

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Vendedores e demonstra-dores c/ experiencia na área comercial. Viseu - Ref. 587795220

Ajudante de cozinha. Sernancelhe - Ref. 587796663

Motorista de veículos pesa-dos – mercadorias. Para transporte de mercadorias nacionais. Poderá efectuar transportes internacionais. Tarouca - Ref. 587795508

Outros assistentes de medicina dentária. Apoio ao médico e apoio na recepção. Com experiência e conhe-cimentos de informática. Lamego - Ref. 587796209

Empregado de mesa. Lamego - Ref. 587796251

Recepcionista com for-mação/experiência, com conhecimentos de informá-tica e línguas (francês, inglês e espanhol). Lamego - Ref. 587796252

Cozinheiro. Lamego - Ref. 587796254

Estucador com ou sem experiência. Lamego - Ref. 587796790

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem expe-riência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / trabalhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de

Frades – Ref. 587748278Pasteleiro com conhecimen-tos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Servente - Construção Civil. Sátão - Ref. 587787972

Marceneiro/carpinteiro. Viseu - Ref. 587787716

Estucador. Viseu - Ref. 587787639

Servente - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786916

Pintor - Construção Civil. Viseu - Ref. 587786911

Pedreiro. Viseu - Ref. 587786876

Servente - Construção Civil. Mangualde - Ref. 587786353

Pedreiro. Nelas - Ref. 587778084

Serralheiro. Nelas - Ref. 587778068

Condutor/Manobrador. Mangualde - Ref. 587786391

Ajudante de cozinha/mesa. Viseu - Ref. 587788640

Escriturário/condutor de ligeiros. Viseu - Ref. 587788442

Mecânico de automóveis. Viseu - Ref. 587788441

Empregado de mesa. Cepões - Ref. 587787476

Empregado de mesa 1º emprego. Viseu - Ref. 587780085

Pintor – superfícies metáli-cas. Viseu - Ref. 587784528

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

ZÉ DA PINHAVende Pinha (Sacos 50L.)

Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira.

Terra para Vasos (Sacos 5Kg.)T. 967 644 571 - [email protected]

Workshop de cozinha criativa na Muda

A galeria Muda promove dia 15 de Janeiro, às 16h30, no seu espaço do Palácio do Gelo um workshop de cozinha criativa orienta-do por Renato Sá.

Reconhecimento dos produtos utilizados, re-gras e fases iniciais na co-

zinha, elaboração de menu de quatro pratos (entrada fria; prato quente de pei-xe; prato quente de car-ne e sobremesa) e degus-tação dos mesmos, notas para um bom serviço de Vinhos (copos, temperatu-ras, acessórios), são alguns

dos pontos destacado da acção de formação.

“Com este workshop os participantes irão ser capazes de preparar, em casa, uma refeição ou con-vívio de alto nível”, subli-nha a Muda em comuni-cado..

Serventeprocura trabalhoConstrução civil e

obras públicas.Zona de ViseuT. 927 732 803 966 997 886

Explicações economia

contabilidade cálculo financeiro

econometriaT. 915 413 293

Precisa-se de Técnico Oficial

de Contas (TOC) c/ experiência p/

Lamego.Enviar CV p/ Jornal do

Centro, Ref. 510

Pretendes Emigrar?Mas não sabes a Língua – Nós Ajudamos

Aulas de Francês, Alemão e Inglês

Contacto:Centro de Estudos 910 181 830

Seminário de preparação do curso de Programação e Gestão Cultural

A Escola de Estudos Avançados das Beiras vai promover dia 16, às 17h30 no edifício do Expobeiras, em Viseu um seminário sobre “Empreendedoris-mo Cultural - Desenvol-vimento Local”, com o objectivo de apresentar a segunda edição do curso “Programação e Gestão Cultural”.

A iniciativa destina-se a profissionais liga-dos a instituições cultu-rais e de ensino, técni-cos de assessoria cultural e de pelouros culturais

autárquicos, profissio-nais responsáveis pela gestão de equipamentos culturais (centros de cul-tura, teatros, associações,

fundações, bibliotecas, ar-quivos e galerias), técni-cos de museus, centros de interpretação e parques temáticos.

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed512

NECROLOGIAMaria Selene da Silva, 83 anos, viúva. Natural de S. Cosmado, Ar-mamar e residente em Cardais, S. Cosmado, Armamar. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Cardais, Armamar.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

Ermelinda de Melo Polónio, 92 anos, viúva. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Maria de Jesus Fernandes, 93 anos, viúva. Natural de Oliveira do Conde e residente em Fiais da Telha. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fiais da Telha.

Maria da Conceição Sousa Simões, 86 anos, casada. Natural e resi-dente em Cabanas de Viriato. O funeral realizou-se no dia 3 de Ja-neiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Manuel António, 87 anos, casado. Natural e residente em Tendais, Cinfães. O funeral realizou-se no dia 29 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Tendais.

Joaquina de Paiva Almeida, 92 anos, viúva. Natural de Alva, Cas-tro Daire e residente em Rio Tinto, Porto. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Alva, Cas-tro Daire.

Adélia da Rocha Gaspar, 86 anos, viúva. Natural de Mezio, Castro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Mezio, Castro Daire.

Abílio Gaspar, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Vale Abrigoso, Mezio, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mezio, Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria Virgínia da Silva, 84 anos, viúva. Natural e residente em Para-da de Ester, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Parada de Ester.

José Duarte Paiva, 95 anos, viúvo. Natural e residente em Tulha Nova, Cabril, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cabril.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Maria Manuela Furtado Teixeira Santos Sousa, 76 anos, casada. Natural de Tomar e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 30 de Dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Maria Fernanda de Almeida Amaral, 77 anos, viúva. Natural de Pin-do, Penalva do Castelo e residente em Mangualde Gare. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Albertina Fernandes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Novais, Alcofra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas 12.00 horas, para o cemitério de Alcofra.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Cassilda de Jesus Carvalho, 93 anos, viúva. Natural de Sátão e resi-dente em Pedrosa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Sátão.

Agência Funerária Sátão Sátão Tel. 232 981 503

Alfredo do Carmo Santos, 80 anos, casado. Natural e residente em Ferreirim, Lamego. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Ferreirim.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Hermínia Gomes Seixas, 86 anos, casada. Natural e residente em Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Dezembro para o cemitério de Campo.

Maria Cândida Lima Martins Clemente, 43 anos, casada. Natural de Abraveses e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Dezembro para o cemitério de Campo.

Casimiro Braz Vilar, 76 anos, casado. Natural e residente em Várzea de Calde. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro para o cemitério de Póvoa de Calde.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Maria da Rocha Bernardes Rosário, 82 anos, solteira. Natural de Santa Maria da Feira e residente no Instituto Jesus Maria José, em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Dezembro, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério velho de Viseu.

Acácio Lopes Rodrigues, 83 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de Janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Ana Ferreira Pereira, 86 anos, casada. Natural de Mouraz, Tondela e residente em São João, Carvalhal de Mouraz, Tondela. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Mouraz.

Isaías António Sobral Amante, 54 anos. Natural de Chosendo, Ser-nancelhe e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Ja-neiro, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Chosendo.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

João de Jesus Almeida, 75 anos, viúvo. Natural de São Salvador e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Ja-neiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Paradinha.

José Marques Lopes, 71 anos, casado. Natural de Silgueiros e resi-dente em Passos, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 2 de Janei-ro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Fernando Augusto Rodrigues de Almeida, 82 anos, casado. Natural de São Martinho das Moitas, São Pedro do Sul e residente em Se-queiros, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 4 de Janeiro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Sequeiros.

João Carrega Nobre Montez, 87 anos, casado. Natural de Covilhã e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Janeiro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Canas de Santa Maria, Tondela.

José Marino Gomes, 80 anos, casado. Natural de Sernancelhe e re-sidente em Travassós de Cima, Rio de Loba, Viseu. O funeral reali-zou-se no dia 5 de Janeiro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Sernancelhe.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Iria Aurora Balula, 74 anos, solteira. Natural de Couta e residente em Mundão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mundão.

Alfredo Almeida Pereira, 90 anos, casado. Natural de Povolide e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de Dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Alfredo Rodrigues Gomes, 94 anos, viúvo. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Repeses.

Isalino Rodrigues dos Santos, 70 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Carlota da Assunção Neves, 90 anos, viúva. Natural de Mafra e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Prazeres Batista, 88 anos, viúva. Natural do Campo e residente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Campo.

INSTITUCIONAIS

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 512 de 06.01.2012)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 512 de 06.01.2012)

Maria Margarida Pereirinha, 81 anos, casada. Natural de Castro Daire e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Janei-ro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

António Tavares dos Santos, 88 anos, solteiro. Natural de Bodiosa e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 5 de Janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro06 | Janeiro | 201230

Page 31: Jornal do Centro - Ed512

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu.Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor.O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

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FOTOS DA SEMANA

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HÁ UM ANO

Nins

HÁ UM ANO

Câmaras de

Viseu elegem educação

como área prioritária

em 2011

Pub

licid

ade

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

07 de Janeiro de 2011

Sexta-feira

Ano 9

N.º 460

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ As maiores fatias dos orçamentos de “contenção”

vão para os centros escolares e acção social | página 6

O país visto a partir de Viseu

Joaquim Simões e Rogério Matias,

professores do IPV, perspectivam 2011

Presidenciais

Fernando Nobre arranca

campanha em Viseupágina 8

∑ Asvão p

PenedonoPenedono

ViseuViseu

VouzelaVouzela

Arm

amar

Arm

amar

Car

rega

l do

Sal

Car

rega

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Sal

Cas

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re

Cas

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Cinfã

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Cinfã

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Lamego

Lamego

MangualdeMangualde

Moimenta da Beira

Moimenta da BeiraMortágua

MortáguaOliveira de Frades

Oliveira de Frades

Penalva do Castelo

Penalva do Castelo

Resende

Resende

Sant

a C

omba

Dão

Sant

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S. Jo

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a Pe

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S. Jo

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São

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o do

Sul

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Sul

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celhe

Sernan

celheTabuaço

Tabuaço

TaroucaTarouca

TondelaTondela

Vila Nova de PaivaVila Nova de Paiva

NelasNelas

RegiãoAcademia do Bacalhau há 10

anos a prestar solidariedadepágina 9

CulturaViriato abre temporada

com um corte de 33%página 15

ComércioCasa da Boneca fecha

portas ao fim de 134 anospágina 10

| página 7

EDIÇÃO 460 | 07 DE JANEIRO DE 2011

∑ Uma das condições que o FMI imporá é a estabe-

lidade política que não temos - Joaquim Simões e Ro-

gério Matias.

∑ Academia do Bacalhau de Viseu a(posta) na soli-

dariedade.

∑ Hélder Amaral pede urgência na transferência da

psiquiatria.

∑ Mortágua amplia parque industrial.

∑ Câmara de Viseu investe em gerações saudáveis.

∑ Rebelo Marinho quer separar bombeiros da pro-

tecção civil.

∑ Termas de Alcafache com estatuto “PME Exce-

lência”.

∑ Tondela vai ter gabinete de apoio ao agricultor.

Paul

o N

eto

Entre leões, animais abandona-dos e cavalos, uma forma de co-memorar a entrada no Ano Novo, com alguma apurada estética, sen-tido de proporções, nacionalismo e muitas cervejas alemãs!

Uma imagem sempre agradável de ver: os patrulheiros da GNR na sua Bri-gada equestre, calcorreando os caminhos do concelho com simpatia e pre-sença.

Nada tendo contra o método de secagem da roupa, considero que uma Escola tem o direito à sua dignidade que começa, também, pelo seu espaço exterior, nestecaso, já pouco digno, talvez por desinteresse dos seus responsáveis. Escola da Ri-beira - Viseu. Um pai preocupado.

Paul

o N

eto

Fern

ando

Mat

ias

Jornal do Centro06 | Janeiro | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed512

JORNAL DO CENTRO06 | JANEIRO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 6 de Janeiro, Céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 15 e mínima de 5ºC. Amanhã, 7 de Janeiro, Céu parcialmente nublado durante o dia. Tempo limpo de noite.. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 5ºC. Domingo, 8 de Janeiro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 4ºC. Segunda, 9 de Janeiro, Tempo limpo de manhã, céu parcialmente nublado para o resto do dia.. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 3ºC.

tempo: pouco nublado

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. Este ano áspero que agora se encerta terá que ser aqui contado neste jornal. Que o Jornal do Centro seja uma voz inconformada com este eucaliptal domesticado em que se tornou Viseu no ano de 2012.

Foi calada a Rádio Noar, a informação do Jor-nal da Beira não faz justiça ao espírito aberto e admirável do bispo Ilídio Leandro, as escolas superiores olham para o umbigo, a assembleia municipal de Viseu não existe, na câmara a oposição seguiu o exemplo de Miguel Ginestal, desonrou o voto que recebeu dos viseenses, e foi tratar da vidinha.

Ou estamos engarrafados nas estradas nacio-nais, ou estamos a ser esbulhados na A24 e A25 onde as portagens têm preços que fazem as do li-toral parecerem baratas. As nossas empresas es-tão a falir ao mesmo tempo que é dado este golpe brutal na economia e mobilidade da região.

O distrito dorme pastoreado pelo vazio: ne-nhum deputado na assembleia da república, dos nove eleitos com os nossos votos, nenhum votou contra as portagens do sr. Pedro Passos Coelho, do sr. Álvaro e do sr. Paulo Campos. Nem um.

2. «A Beira não tem símile no mundo. Em poucas dezenas de quilómetros está represen-tado o mundo todo: amenidade e braveza, a montanha e o vale, a civilização e a selvajaria», isto foi dito em 1952 por Aquilino Ribeiro a um jornal do Rio de Janeiro, jornal que rematou a entrevista perguntando-lhe: «O que mais pre-za no mundo?»

Respondeu o mestre: «A liberdade. Sinto que o homem moderno precisa dela como do ar que respira e que sem ela não há alegria, nem pra-zer, nem honra.»

Seis décadas depois, nesta Beira insímile, os de cima estão atafegados pelo seu percurso de compromisso e fouxidão.

Que haja, em 2012, “braveza” nos de baixo, que os de baixo respirem o “ar” da liberdade. E que este jornal, ao menos ele, lhes dê voz. E músculo.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Vamos cantar as Janeiras...∑ViseuRossio/Praça D. Duarte, sexta∑ Integrado no Programa Viseu a Minha Terra Natal, a Câmara Municipal promove em parceria com o Centro Cultural Distrital de Viseu, Lions Clube Viriato e o Orfeão de Viseu a iniciativa Cantando as Janeiras, a partir das 21h00, na Praça da República, seguindo em desfile pela Rua Formosa e Rua do Comércio em direcção à Praça D. Duarte, onde em varandas de alguns edifícios, os grupos interpretarão um reportório característico desta quadra.

Vila Chã de Sá, sábado, 7∑ O CANTORIAS - Grupo de Cantares de Vila Chã de Sá promove este sábado o 8º Encontro de Cantares de Janeiras da freguesia, na Igreja Matriz de S. João Baptista, às 21h00.

Salão Paroquial de Ranhados, domingo, 8∑ Almoço de reis a favor das obras de construção da Igreja Madre Rita, localizada na Quinta da Alagoa junto ao centro comercial Palácio do Gelo. O encontro promete ainda música e animação. A organização propõe que cada participante leve doces tradicionais.

Castro DaireIgreja Matriz, sábado, 7 ∑ A Câmara Municipal de Castro Daire promove o XIII Encontro de Cantares de Janeiras do concelho, dia 7, às 17h00, na Igreja Matriz da vila. Quatro grupos participam no evento que, segundo a autarquia “representa uma tradição antiga que faz parte da cultura e da identidade “ daquela comunidade.

VouzelaS. Miguel do Mato, sábado, 7 ∑ A 19ª edição do tradicional Encontro Concelhio de Cantares de Janeiras, em S. Miguel do Mato, vai juntar cerca de 300 vozes de 14

grupos do concelho de Vouzela. O encontro está marcado para dia 7, às 20h00.

Penalva do CasteloIgreja da Misericórdia, domingo, 8∑ O Grupo Coral da Misericórdia promove, em parceria com a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, o XIII Encontro de Janeiras, domingo, às 14h30, na Igreja da Misericórdia na vila. O evento, organizado rotativamente pelas colectividades do concelho, procura reviver estas tradições musicais das janeiras e dos reis, este ano, através da participação de 12 grupos de musica tradicional.

Oliveira de FradesIgreja de S. Pelágio, sábado, 7∑ A Câmara Municipal de Oliveira de Frades integra na sua programação cultural o encontro “Cantar as Janeiras”, que decorre este sábado, às 21h30, na Igreja de S. PLágio situada na própria vila.

ArmamarSexta-feira, 6∑ Festa dos Reis em Contim, organizada pela Associação Cultural, Desportiva e Cultural

de Contim; Cantar os Reis pelos alunos do 1º das escolas do 1º Ciclo e do pré-escolar, organizado pelo Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira de Armamar.

Domingo, 8Cantar das Janeiras nos lares da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso e da Santa Casa da Misericórdia. Uma iniciativa do Centro Cultural e Recreativo de Travanca.

LamegoTeatro Ribeiro Conceição, sábado, 7∑ O Teatro Ribeiro Conceição recebe este sábado, às 21h30, o espectáculo “Cantar os Reis”, com a participação do Grupo de Cantadores de Lalim e do Rancho Regional de Fafel.

Moimenta da BeiraAuditório Municipal Padre Bento da Guia, sábado, 7∑ A Associação de Desenvolvimenbto Local e Regional de Moimenta da Beira promove O Encontro de Cantadores de Janeiras do concelho, este sábado,às 21h00, no Auditório Municipal Padre Bento da Guia.

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